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DOENÇAS DOS NEURÔNIOS MOTORES APG

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Carolina Ferreira 
DOENÇAS DOS NEURÔNIOS MOTORES 
 
-Doenças do neurônio motor são um grupo heterogêneo de distúrbios nos quais a perda 
seletiva de função dos neurônios motores superiores, neurônios motores inferiores, ou ambos, 
resulta em comprometimento do movimento voluntário 
-O neurônio motor caracteriza-se pela distribuição na região anterior da medula e tronco 
cerebral desempenhando papel de integração de impulsos de origem do SNC e atividade 
muscular 
-As patologias que afetam o neurônio motor caracterizam-se por causarem apoptose 
neuronal, isto é dano na estrutura funcional celular, seja por alterações do DNA ou por stress 
funcional, ou necrose c/ agressão direta ao neurônio motor como na poliomielite 
-A doença do neurônio motor é um termo que se aplica a síndromes clínicas com 
características próprias como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Atrofia Muscular 
Progressiva (AMP), Esclerose Lateral Primária (ELP), Paralisia Bulbar Progressiva(PBP). 
-A doença adquirida + comum dos neurônios motores, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), é 
uma combinação de distúrbio dos neurônios motores superiores e inferiores 
 
 
-As características do envolvimento do neurônio motor inferior são perda de massa muscular 
(atrofia) fasciculações, e paresia flácida c/ reflexos tendíneos normais ou diminuídos. 
-A disfunção do neurônio motor superior pode provocar ↑do tônus muscular, clônus, fraqueza 
na distribuição piramidal, c/ reflexos tendinosos ↑, e respostas plantares em extensão (sinal 
de Babinski) 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fraciocinioclinico.com.br%2Fblog%2Frevisoes%2Ffraqueza-muscular-avaliacao-pratica-e-raciocinio-clinico%2F&psig=AOvVaw3wt2KnlfXexozAeUf9Ay4F&ust=1587006743442000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPCi8_y66egCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F284552%2F&psig=AOvVaw0dB-3sOuKJajiiE3x_hrGr&ust=1587006625999000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOiX6MW66egCFQAAAAAdAAAAABAJ
Carolina Ferreira 
-A marca patológica dos distúrbios degenerativos do neurônio motor é a morte dos neurônios 
motores inferiores (que consistem nas células do corno anterior da medula espinal e seus 
homólogos no tronco encefálico, que inervam a musculatura bulbar) e dos neurônios motores 
superiores ou corticospinais (originam-se da camada 5 do córtex motor e descem pelo trato 
piramidal p/ formar sinapses c/ os neurônios motores inferiores, seja direta ou indiretamente 
via interneurônios) 
 
 
❑ DISTÚRBIOS SELECIONADOS DO NEURÔNIO 
MOTOR INFERIOR 
 
 
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA 
-A ELA é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que causa lesão e morte celular dos 
neurônios motores inferiores no tronco encefálico e medula espinal, bem como os neurônios 
motores superiores no córtex motor 
-É a forma + comum de doença progressiva do neurônio motor 
-Embora no início possa envolver perda seletiva de função apenas dos neurônios motores 
superiores ou inferiores, a ELA termina causando perda progressiva de ambas as categorias de 
neurônios motores 
-De fato, se ñ houver comprometimento nítido de ambos os tipos de neurônio motor, o 
diagnóstico de ELA é duvidoso 
-Em um subgrupo de casos, a ELA surge concomitantemente c/ demência frontotemporal 
ocorre a degeneração dos neurônios corticais frontotemporais e atrofia cortical 
correspondente 
 
→EPIDEMIOLOGIA 
-ELA tem uma incidência de aproximadamente 2 por 100.000 e a prevalência de 6 a 8 por 
100.000 
-A incidência global é relativamente uniforme, c/ exceção de alguns focos de alta incidência, 
tais como as ilhas de Guam, no Pacífico Ocidental 
-A doença afeta predominantemente pessoas de meia-idade e idosos, c/ uma média de idade 
de 55 a 60 anos no aparecimento, embora indivíduos + jovens também possam ser afetados 
-O aumento de idade, o sexo masculino (relação masculino-feminino ≈1.6:1), e a 
suscetibilidade genética são os únicos fatores de risco comprovados 
-Aproximadamente 90% dos casos de ELA ocorrem esporadicamente, porém de 5% a 10% são 
familiares, geralmente c/ uma forma de herança autossômica dominante. 
→FISIOPATOLOGIA 
-O processo de degeneração neuronal na ELA é complexo 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.slideshare.net%2FCleantoSantosVieira1%2Fsistema-nervoso-aula-1-fisiopatologia-do-neuronio-motor-superior-e-periferico&psig=AOvVaw0dB-3sOuKJajiiE3x_hrGr&ust=1587006625999000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOiX6MW66egCFQAAAAAdAAAAABAD
Carolina Ferreira 
-O subtipo da doença causada por mutações da superóxido dismutase (SOD1) é responsável 
por 20% dos casos ELA familiar e 2% de ELA em geral 
-SOD1 mutante parece desencadear uma interação complexa de vários processos patogênicos, 
incluindo o estresse oxidativo, agregação proteica, disfunção mitocondrial e 
comprometimento do transporte axonal 
-Células ñ neuronais nas proximidades dos neurônios motores podem contribuir p/ a lesão 
neuronal 
-Os astrócitos que expressam SOD1 mutante exercem efeitos tóxicos nos neurônios motores 
vizinhos através de mecanismos ainda indefinidos 
-Doença do neurônio motor familiar foi ligada a mutações em SOD1, alsina, senataxina, 
angiogenina, VAPB, dinactina, TDP-43 e FUS/TLS 
 
→PATOLOGIA 
- Na necropsia, as características patológicas macroscópicas da ELA consistem na atrofia do 
giro pré-central cerebral, esclerose e palidez dos tratos corticoespinais da medula espinal, o 
adelgaçamento do nervo hipoglosso e das raízes nervosas ventrais pode ser observado e a 
atrofia muscular é óbvia 
-Microscopicamente, os pacientes c/ ELA apresentam tipicamente a perda de + de 50% de seus 
neurônios motores espinais e têm gliose astrocítica difusa na substância cinzenta da medula 
espinal 
-Os neurônios motores no núcleo de Onuf da medula espinal sacral, que inervam os músculos 
do assoalho pélvico, e os núcleos motores dos nervos cranianos III, IV e VI, que controlam os 
movimentos oculares, são relativamente preservados 
-A característica cardinal em neurônios motores residual é a presença de inclusões 
proteináceas ubiquitinadas, que podem ser compactas ou sob forma de fios dobrados e 
partidos 
-No córtex motor, há perda variável dos neurônios motores superiores e gliose astrocitária 
-Nos tratos corticoespinais descendentes, são observadas perda axonal, palidez da mielina e 
gliose 
-O músculo esquelético atrofiado mostra fibras atróficas angulares e agrupamento de fibra, 
resultantes de processo de denervação, seguido de reinervação por brotamento de 
terminações nervosas motoras distais próximas, embora a reinervação nessa doença seja 
consideravelmente menos extensa do que na > dos distúrbios que comprometem os neurônios 
motores (poliomielite, neuropatia periférica 
--C/ a progressão da desnervação, percebe-se facilmente a atrofia muscular em biópsias 
musculares e ao exame clínico essa é a origem do termo amiotrofia 
-Na ELA, o citoesqueleto do neurônio motor é comprometido logo no início da doença. 
-Observa também a proliferação da astróglia e da micróglia, que sempre acompanha todos os 
processos degenerativos do sistema nervoso central (SNC) 
-A morte dos neurônios motores periféricos do tronco encefálico e da medula espinal gera 
desnervação e consequente atrofia das fibras musculares correspondentes 
-A perda dos neurônios corticais resulta em adelgaçamento nos tratos corticospinais que 
trafegam pela cápsula interna e pelo tronco encefálico até as colunas lateral e anterior de 
substância branca na medula espinal 
-Uma característica marcante da doença é a seletividade da morte de células neuronais, pois 
todo o aparato sensorial, os mecanismos regulatórios para o controle e coordenação dos 
movimentos, permanece intacto. Exceto nos casos de demência frontotemporal, os 
componentes cerebrais necessários p/ o processamento cognitivo também são preservados. 
-Dentro do sistema motor, verifica-se alguma seletividade de comprometimento,os neurônios 
motores essenciais à motilidade ocular ñ são acometidos, tampouco os neurônios 
parassimpáticos da medula espinal sacral (o núcleo de Onufrowicz, ou Onuf) que inervam os 
esfincteres do intestino e da bexiga. 
Carolina Ferreira 
 
→MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
-ELA é caracterizada por uma combinação de degeneração do neurônio motor superior e do 
inferior 
-A degeneração do neurônio motor inferior provoca fraqueza, atrofia e fasciculação nos 
membros e na musculatura bulbar 
-As características de disfunção do neurônio motor superior incluem a presença de reflexos 
tendíneos vivos ou exaltados em um membro atrofiado, aumento do tônus muscular e, às 
vezes, presença do sinal de Babinski 
-A doença bulbar do neurônio motor superior causa paralisia pseudobulbar c/ labilidade 
emocional, reflexo vivo na mandíbula, redução dos movimentos repetitivos da língua, fala 
cansada e que requer esforço 
-A fadiga e a perda de peso também são sintomas frequentes 
-C/ a doença em estágio terminal, a > dos pacientes irá apresentar características de disfunção 
do neurônio motor superior e do inferior que afetem os 4 membros e a musculatura bulbar 
-Em aproximadamente 75% dos pacientes, a doença começa distal, focal e assimetricamente 
no membro superior e membro no inferior ou territórios bulbar, seguido pela disseminação 
progressiva da lesão em uma progressão anatomicamente lógica p/ grupos contíguos dos 
neurônios motores 
-Os indivíduos afetados podem notar fraqueza, atrofia e descoordenação motora de uma mão 
ou comprometimento da dorsiflexão unilateral do pé 
-As fasciculações são + evidentes nos grandes músculos proximais dos membros 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.msdmanuals.com%2Fpt%2Fcasa%2Fdist%25C3%25BArbios-cerebrais%2C-da-medula-espinal-e-dos-nervos%2Fdoen%25C3%25A7as-dos-nervos-perif%25C3%25A9ricos%2Fesclerose-lateral-amiotr%25C3%25B3fica-ela-e-outras-doen%25C3%25A7as-do-neur%25C3%25B4nio-motor-dnms&psig=AOvVaw3ibbFuuiAm-_Hh5w9ZhfKI&ust=1587007168308000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMDl8se86egCFQAAAAAdAAAAABAD
Carolina Ferreira 
-Nos membros superiores, os músculos tenares e músculos intrínsecos da mão tendem a ser 
gravemente afetados, enquanto o tríceps e flexores dos dedos são relativamente poupados 
até a doença avançada 
-Nos membros inferiores, o padrão de fraqueza assume uma distribuição piramidal (flexores + 
fracos do que os extensores), c/ fraqueza precoce de flexão do quadril e dorsiflexão do 
tornozelo e grave comprometimento dos músculos distais 
-Os sintomas bulbares, que são a característica inicial em aproximadamente 25% dos 
pacientes, são especialmente comuns em mulheres idosas c/ ELA. O primeiro problema é 
geralmente a fala arrastada, inicialmente aparente apenas quando o indivíduo está cansado 
-Os pacientes muitas vezes têm um misto de disartria espástica/ flácida, nos quais se 
desenvolve uma fala firme e estrangulada em função do componente do neurônio motor 
superior, com uma qualidade nasal superposta como um resultado da paresia flácida do 
neurônio motor inferior do palato e da nasofaringe 
-Em pacientes c/ doença bulbar, o exame revela frequentemente a fraqueza dos músculos 
faciais; uma língua espástica, fraca, atrofiada e fasciculada; e uma contração da musculatura 
mandibular viva 
-A disfagia, inicialmente + pronunciada p/ líquidos do que p/ sólidos, geralmente segue a 
disartria em algumas semanas ou meses 
-As complicações incluem perda de peso e refeições prolongadas e árduas c/ episódios 
frequentes de tosse, sialorreia e pneumonia por aspiração. 
-A fraqueza dos músculos respiratórios raramente é a característica inicial da ELA o que causa 
dispneia e ortopneia 
-Presença de movimento paradoxal da parede abdominal durante a inspiração e declínio 
acentuado na capacidade vital forçada na posição supina são sinais indicativos de fraqueza 
diafragmática. Cefaleia matutina, anorexia e sonolência diurna são sintomas de retenção 
noturna de dióxido de carbono 
-A fraqueza muscular do pescoço, que é frequente durante o curso da doença, causa 
dificuldade em manter a cabeça ereta (síndrome da cabeça caída) 
-Os movimentos dos olhos tendem a ser poupados, mesmo na doença avançada, o que 
permite comunicação através dos movimentos dos olhos 
-Da mesma forma, a força dos músculos do assoalho pélvico é relativamente preservada 
 
-C/ a disfunção do neurônio motor inferior e desnervação precoce, a 1º evidência da doença é 
início insidioso de fraqueza assimétrica, em geral distalmente em um dos membros 
-A fraqueza causada pela desnervação associa-se à emaciação e atrofia progressivas dos 
músculos e, em especial no início da doença, abalos espontâneos das unidades motoras ou 
fasciculações. Nas mãos, é comum predomínio da fraqueza extensora sobre a flexora 
-Quando a desnervação inicial compromete a musculatura bulbar o problema inicial é 
dificuldade de mastigação, deglutição e dos movimentos da face e língua 
-Quando o comprometimento corticoespinal é acentuado, há hiperatividade dos reflexos de 
estiramento muscular (reflexos tendíneos) e, c/ frequência, resistência espástica à 
movimentação passiva dos membros acometidos 
-A degeneração de projeções corticobulbares que inervam o tronco encefálico gera disartria e 
o exagero das expressões motoras de emoção que são um excesso involuntário de riso ou 
choro (afeto pseudobulbar) 
 
 →DIAGNÓSTICO 
 
-O diagnóstico da ELA é essencialmente clínico e ñ há teste diagnóstico específico 
-É essencial p/ o diagnóstico o envolvimento simultâneo dos neurônios motores superior e 
inferior com fraqueza progressiva, e a exclusão de todas as alternativas de diagnósticos. 
Carolina Ferreira 
-O distúrbio é classificado como ELA “definida” quando 3 ou 4 dos seguintes locais são 
acometidos: neurônios motores bulbares, cervicais, torácicos e lombossacrais. Quando 2 locais 
são comprometidos, o diagnóstico é “provável”, e quando apenas um local é implicado, o 
diagnóstico é “possível”. Faz-se uma exceção para aqueles que apresentam sinais dos 
neurônios motores superior e inferior progressivos em apenas um local e uma mutação do 
gene que codifica a superóxido-dismutase (SOD1) 
-O diagnóstico também requer a ausência de outros processos da doença, conforme 
determinado por meio de teste eletrofisiológico, neuroimagem, e se realizada,biópsia. 
-Cerca de 8% dos pacientes nos quais ELA é inicialmente diagnosticada têm outras síndromes 
de neurônio motor inferior, como neuropatia multifocal motora com bloqueio de condução, 
doença de Kennedy ou compressão mista de medula espinal e raiz nervosa 
-Os testes sanguíneos que podem ser úteis em distinguir a ELA de síndromes semelhante 
incluem hemograma e níveis séricos de cálcio, testes de função tireoideana, eletroforese de 
proteínas séricas, teste p/ sífilis (Venereal Disease Research Laboratory), creatina cinase, 
marcadores inflamatórios (velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa), e 
anticorpos antigangliosídeos GM1 e antiglicoproteína associada à mielina (MAG) 
-Os testes adicionais guiados por achados clínicos do paciente poderiam incluir anticorpo 
contra o receptor de acetilcolina; detecção de mutação em pacientes com suspeitas de doença 
familiar, doença de Kennedy ou atrofia muscular espinal (AME); detecção de metais pesados; 
porfirinas urinárias; níveis séricos de hexosaminidase A e B; teste para Borrelia (doença de 
Lyme) e teste para vírus da imunodeficiência humana 
-As características típicas da ELA na eletroneuromiografia (ENMG) incluem evidências de 
denervação ativa (ondas agudas positivas, fibrilação e fasciculações) e de 
denervação/reinervação crônica, resultando em rarefação dos potenciais (perda de unidades 
motoras) e presença de potenciais de amplitude e duração ↑(reinervação das fibras 
musculares por neurônios vizinhos, levando a um > nº de fibras musculares por neurônio), 
processo que ñ podem ser explicado por um único nervo, raiz ou lesão do plexo 
-P/ confirmação do diagnóstico de ELA há necessidadede alteração em 3 ou + segmentos 
(cranial, cervical, torácico ou lombar) 
-Exames de neuroimagens do cérebro e da medula espinal são, muitas vezes, necessários p/ 
excluir patologia estrutural 
-Os testes basais de função respiratória devem ser realizados em todos os pacientes 
→TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
-A ELA é + bem controlada em centros especializados que oferecem tratamento 
multidisciplinar 
-As equipes incluem geralmente um neurologista, enfermeira, terapeuta ocupacional, 
fisioterapeuta, fonoaudiólogo e nutricionista 
-O tratamento deve enfocar os sintomas e a preservação de independência e qualidade de 
vida 
-Durante o curso da doença, os pacientes frequentemente necessitam de encaminhamento p/ 
a colocação de uma sonda de gastrostomia e para fornecer suporte respiratório 
-O riluzol, um bloqueador de canais de sódio cujo principal mecanismo de ação é reduzir a 
excitotoxicidade por meio da inibição pré-sináptica da liberação de glutamato, prolonga a 
sobrevida em aproximadamente 3 meses quando administrada em 50 mg duas vezes ao dia, 
pode causar fadiga, náuseas e tontura 
-Devem ser realizados testes de função hepática na visita inicial e, mensalmente, durante os 
primeiros 3 meses de terapia 
-Em pacientes c/ problemas bulbares progressivos, o posicionamento adequado, a atenção p/ 
alimentos e consistência de líquidos e as técnicas protetoras de deglutição são úteis. Se a 
perda de peso continuar, suplementos nutricionais de altas calorias serão adicionados entre as 
refeições 
Carolina Ferreira 
-A colocação de uma sonda de gastrostomia por via endoscópica ou sob orientação 
radiológica é recomendada em pacientes que apresentam desidratação, perda de peso de 10% 
a 15% e episódios frequentes de sufocamento angustiante, prolongado e cansaço nos horários 
das refeições ou desenvolvam pneumonia por aspiração. A sonda devem idealmente ser 
colocadas antes que a capacidade vital forçada (CVF) do paciente caia abaixo de 50% do 
esperado 
-O tratamento deve enfatizar a detecção e prevenção da pneumonia por aspiração, auxílio na 
eliminação de secreções com aparelho de sucção e auxílio de tosse (Cough Assist), uso de 
agente mucolítico como carbocisteína (em uma dose de até 750 mg 3 vezes/dia), adoção de 
posição semiereta p/ dormir, e antibioticoterapia agressiva p/ bronquite ou pneumonia 
-Pode ser útil uma pequena dose de lorazepam por via sublingual (0,5 a 1 mg) se a dispneia for 
acompanhada por ansiedade extrema; a terapia c/ opiáceos (como morfina, diamorfina ou 
fentanil) pode ser administrada por via oral, transdérmica ou por infusão subcutânea para 
aliviar a angústia respiratória durante os estágios mais avançados da doença 
-Em estágios terminais o objetivo do tratamento é fornecer conforto, prescrevendo opiáceos e 
medicamentos ansiolíticos conforme necessário p/ aliviar o desconforto ou a angústia. 
→PROGNÓSTICO 
-As características clínicas associadas ao pior prognóstico incluem idade avançada no início dos 
sintomas, comprometimento precoce da função respiratória, sintomas bulbares e + rápida 
necessidade de atenção médica 
-A duração média a partir do início dos sintomas até a morte em pacientes c/ ELA esporádica 
varia de 27 a 43 meses 
-A taxa média de sobrevida de 5 anos é de 25%, e aproximadamente 5% dos pacientes irão 
sobreviver por mais de 10 anos 
-A causa comum de óbito é insuficiência respiratória, que pode ser acompanhada pela 
broncopneumonia. 
 
 
ATROFIA MUSCULAR ESPINAL 
-O termo de atrofia muscular espinhal (AME) abrange um grupo de distúrbios de neurônio 
motor inferior puro que causam fraqueza muscular progressiva e simétrica e atrofia 
-Devido a musculatura bulbar ser afetada, um termo alternativo proposto foi de “neuronopatia 
motora hereditária” 
-O tempo de aparecimento é variável, ocorrendo desde a fase intrauterina até a vida adulta 
-As AMEs são uma família de doenças seletivas no neurônio motor inferior de início precoce 
-O defeito na > das famílias com AME reside em um locus no cromossomo 5 que codifica uma 
suposta proteína de sobrevida do neurônio motor (SMN), a qual é importante na formação e 
no tráfego de complexos de RNA através da membrana nuclear 
 
 
→EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA 
 
-O tipo + comum de AME é causado por mutações nos genes de sobrevivência do neurônio 
motor (SMN), sendo herdado como um distúrbio autossômico recessivo 
-Estima-se que a frequência de portadores de uma mutação SMN é de 1 em 50. 
-AME tipo I (doença de Werdnig-Hoffmann) tem uma incidência de 1 em 8.000 nascidos 
-AME é dividido em subtipos de I a IV de acordo c/ a idade de início e a gravidade do fenótipo. 
-O gene SMN humano no cromossomo 5q13 existe em 2 formas c/ diferenças de 5 pares de 
bases entre SMN1 e seu homólogo centromérico SMN2 
Carolina Ferreira 
-A > dos pacientes com AME tem ausência homozigota de SMN1 no éxon 7, porém SMN1 pode 
ser substituído por uma cópia de SMN2 durante a replicação do DNA por um processo 
conhecido como conversão gênica 
-Na necropsia, os pacientes c/ AME apresentam medulas espinais atróficas c/ perda de 
motoneurônios α e evidências de degeneração dos neurônios motores e gliose 
-As raízes ventrais são atróficas e a atrofia muscular está aparente com evidência microscópica 
de desenervação e reinervação. 
Ao exame neuropatológico, essas doenças caracterizam-se por extensa perda de grandes 
neurônios motores 
 
→MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 -AME tipo I (doença de Werdnig-Hoffmann) é caracterizada por fraqueza muscular 
generalizada grave e hipotonia ao nascimento ou em 6 meses; as crianças afetadas nunca 
sentam ou andam 
-O tipo II é uma forma intermediária com um início de fraqueza muscular antes dos 18 meses; 
os pacientes podem se sentar, porém ñ são capazes de andar sozinhos 
-AME tipo III (doença de Wohlfart-Kugelberg-Welander) surge após 18 meses de idade; os 
pacientes adquirem a habilidade de ficar em pé e caminhar, mas muitas vezes se tornam 
dependentes de cadeira de rodas na adolescência ou na vida adulta 
-Os pacientes c/ AME tipo IV têm início de fraqueza muscular na vida adulta. 
-A AME do lactente (AME I, doença de Werdnig-Hoffmann) tem o início + precoce e a evolução 
+ rapidamente fatal. Em alguns casos, já se evidencia até mesmo antes do nascimento, 
indicada pela redução dos movimentos fetais no fim do 3º trimestre. Os lactentes acometidos 
são fracos e flácidos (hipotônicos) e ñ apresentam os reflexos miotáticos. A morte em geral 
ocorre no 1º ano de vida 
-A AME crônica da infância (AME II) inicia-se + tarde na infância e evolui + lentamente 
-A AME juvenil (AME III, doença de KugelbergWelander) manifesta-se no final da infância e 
tem evolução lenta e arrastada, ao contrário da > das doenças c/ desnervação, nesse distúrbio 
crônico a fraqueza é maior nos músculos proximais; de fato, o padrão de fraqueza clínica pode 
sugerir uma miopatia primária, como a distrofia da cintura dos membros 
→ DIAGNÓSTICO 
-O diagnóstico de AME causada por alterações na SMN é feito por exames genéticos em um 
paciente c/ sinais e sintomas clínicos apropriados 
-Cerca de 95% dos indivíduos afetados têm deleções de SMN 
-É possível o diagnóstico pré-natal 
-A eletrofisiologia e biópsia muscular revelam evidência de desenervação 
-Outros distúrbios que podem manifestar-se na infância como hipotonia e um padrão de 
fraqueza semelhante a AME relacionado c/ SMN podem ser distinguidos por características 
clínicas associadas, tais como o desconforto respiratório precoce ou paralisia das cordas vocais 
ou uma distribuição atípica de características motoras, tais como envolvimento 
escapuloperoneal ou predominante do membro superior e membro inferior 
-A AME II e a AME III podem ser distinguidas da polineuropatia desmielinizante inflamatória 
crônica pela presença de proteína normal no LCR e estudos de condução nervosa normais na 
AME 
-Os pacientes c/ AME III podem ter características clínicas que são semelhantes às de 
neuropatias sensitivas e motoras hereditárias, porém podem ser diferenciados pela avaliaçãoneurofisiológica e teste genético. 
→TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
 -Nenhum tratamento modificador da doença de AME está atualmente disponível 
-Nas AMEs II e III, as crianças podem se beneficiar de fisioterapia passiva e ativa, órteses leves, 
correção cirúrgica da escoliose e medidas de suporte respiratório 
Carolina Ferreira 
-Os pacientes c/ AME tipo I geralmente morrem por volta dos 18 meses, os pacientes c/ o tipo 
II geralmente sobrevivem até a adolescência e os pacientes c/ tipo III e tipo IV apresentam uma 
expectativa de vida normal. 
 
ATROFIA MUSCULAR ESPINOBULBAR/DOENÇA DE KENNEDY 
-Esta é uma doença do neurônio motor inferior ligada ao X na qual surgem fraqueza 
progressiva e emaciação dos músculos bulbares e dos membros em homens de meia idade, 
acompanhadas de insensibilidade aos androgênios, que se manifesta por ginecomastia e 
redução da fertilidade 
-Além da ginecomastia, que pode ser sutil, 2 achados que diferenciam esse distúrbio da ELA 
são ausência de sinais de doença do trato piramidal (espasticidade) e presença de uma sutil 
neuropatia sensorial em alguns pacientes 
-O defeito molecular subjacente corresponde a uma expansão da repetição de trinucleotídeos 
(-CAG-) no primeiro éxon do gene do receptor de androgênio no cromossomo X 
-A doença de Kennedy ou atrofia muscular espinobulbar (AMEB), é um distúrbio degenerativo 
ligado ao X, c/ comprometimento dos neurônios motores inferiores. Apesar de rara, é 
importante realizar o diagnóstico, em função das implicações genéticas para a família e uma 
evolução mais benigna do que ocorre com ELA 
→FISIOPATOLOGIA 
-AMEB é um distúrbio de repetição de trinucleotídeo onde a expansão de CAG codifica um 
trato de poliglutamina do primeiro éxon do gene do receptor androgênico no cromossomo 
Xq11-12 
-O receptor androgênico, que contém 3 domínios funcionais, é transportado p/ o núcleo, onde 
se liga ao DNA e atua como um fator de transcrição 
-A neurodegeneração em pacientes c/ AMEB é considerada resultante do ganho tóxico e 
dependente ao ligante da função da proteína do receptor androgênico mutante 
-A perda completa de sua função ñ leva à degeneração do neurônio motor 
-O exame patológico revela atrofia leve da medula espinal c/ atrofia e gliose no corno ventral, 
c/ diminuição de neurônios α-motores 
-O enovelamento da proteína expandida por poliglutamina (Q) leva à formação de inclusões 
nucleares que contêm os epítopos amino-terminais do receptor androgênico mutante dentro 
dos neurônios motores e certos tecidos não neuronais 
→MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
-A média de idade do início de AMEB é de 30 anos, c/ uma faixa etária de 15 a 60 anos e a 
gravidade da doença e sua idade no início se correlacionam c/ o tamanho da expansão 
repetida 
-Os sintomas iniciais consistem em tremores nas mãos, fasciculações e espasmos musculares, 
seguido por fraqueza progressiva e atrofia do membro e músculos bulbares 
-A fraqueza muscular dos membros tende a ser proximal e envolve predominantemente os 
membros inferiores 
-Ñ há sinais clínicos de disfunção do neurônio motor superior 
-A fraqueza dos músculos faciais inferiores e da língua causa disartria, e a fraqueza mandibular 
pode causar a abertura da boca 
-A presença de fasciculações periorais c/ queixo trêmulo é uma característica 
-O envolvimento da faringe pode causar disfagia, e a fraqueza dos músculos respiratórios 
causa falta de ar 
-Alteração sensitiva distal leve está frequentemente presente nos membros inferiores 
-As características de insensibilidade leve aos andrógenos c/ ginecomastia, atrofia testicular e 
disfunção erétil serão, muitas vezes, aparentes 
-Os portadores heterozigotos do sexo feminino de AMEB podem apresentar manifestações 
clínicas discretas da doença 
Carolina Ferreira 
-A ENMG e a biópsia muscular, que são frequentemente realizadas em função do nível de 
creatino cinase, tendem a ser elevadas e revelar evidência de desnervação crônica 
-O rastreamento genético para a expansão de repetições CAG no éxon 1 do gene do receptor 
androgênico é diagnóstico. 
-O diagnóstico deve ser considerado em qualquer paciente do sexo masculino com um 
distúrbio do neurônio motor inferior puro, particularmente quando a evolução da doença for 
relativamente indolente, a ginecomastia estiver presente ou haja evidência de uma neuropatia 
sensitiva leve acompanhante. 
→TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
-O tratamento consiste em assistência de suporte 
-A evolução da doença é lentamente progressiva, em comparação c/ ELA, sendo compatível c/ 
a expectativa de vida normal, embora uma proporção de pacientes possa morrer de 
insuficiência respiratória 
-Os pacientes podem se tornar dependentes de cadeira de rodas durante um período de 2 a 3 
décadas, porém alguns continuam capazes de andar até o final da vida. 
 
DOENÇA DE TAY-SACHS DO ADULTO 
-Diversos relatos descreveram neuropatias predominantemente do neurônio motor 
inferior, iniciadas no adulto, que decorriam de deficiência da enzima β-
hexosaminidase (hex A) 
-Elas tendem a distinguir-se da ELA em razão de serem lentamente progressivas; pode 
haver disartria e atrofia cerebelar evidente nos exames de imagem 
-Em casos raros, também pode haver espasticidade, embora em geral esta ñ ocorra 
 
NEUROPATIA MOTORA MULTIFOCAL COM BLOQUEIO DA 
CONDUÇÃO 
-Nesse distúrbio, a função do neurônio motor inferior é comprometida regional e 
cronicamente por bloqueios da condução eminentemente focais 
-Muitos casos apresentam títulos elevados de anticorpos monoclonais e policlonais 
contra o gangliosídeo GM1 os anticorpos produzam desmielinização seletiva focal 
paranodal dos neurônios motores 
-A neuropatia motora multifocal c/ bloqueio da condução ñ se associa a sinais 
corticospinais 
-Pode responder de modo formidável a tratamentos como imunoglobulina IV ou 
quimioterapia 
 
❑ DISTÚRBIOS SELECIONADOS DO NEURÔNIO 
MOTOR SUPERIOR 
 
ESCLEROSE LATERAL PRIMÁRIA 
-Esse distúrbio raríssimo surge de forma esporádica em adultos de meia-idade ou + 
velhos 
-Clinicamente, caracteriza-se por fraqueza espástica progressiva dos membros, 
precedida ou acompanhada de disartria espástica e disfagia, o que indica 
comprometimento associado dos tratos corticospinal e corticobulbar 
-Ñ há fasciculações, amiotrofia e alterações sensoriais; a eletromiografia e a biópsia 
muscular ñ mostram desnervação 
Carolina Ferreira 
-Ao exame neuropatológico, verificam-se perda seletiva das grandes células piramidais 
no giro pré-central e degeneração das projeções corticoespinais e corticobulbares 
-Os neurônios motores periféricos e outros sistemas neuronais são poupados 
-A evolução da ELP é variável; apesar de ter-se descrito sobrevida a longo prazo, a 
evolução pode ser tão agressiva quanto a da ELA, c/ uma sobrevida de cerca de 3 anos 
entre o início da doença e a morte 
-No início de sua evolução, a ELP pode ser confundida com a esclerose múltipla ou 
outras doenças desmielinizantes, como a adrenoleucodistrofia 
 
PARAPLEGIA ESPÁSTICA FAMILIAR 
-Em sua forma pura, a PEF costuma ser transmitida de modo autossômico; a > dos 
casos de início no adulto é herdada de modo dominante 
-Os sintomas costumam surgir na terceira ou quarta década de vida, e caracterizam-se 
por fraqueza espástica progressiva c/ início nas partes distais dos membros inferiores; 
contudo, existem variantes c/ início tão precoce que o diagnóstico diferencial inclui 
paralisia cerebral 
-A PEF apresenta uma sobrevida longa, talvez por poupar a função respiratória 
-Nas fases avançadas da doença, pode haver urgência e incontinência urinárias e, às 
vezes, incontinência fecal; a função sexual tende a ser preservada 
-Nas formas puras de PEF, a fraqueza espástica das pernas muitas vezes é 
acompanhada de anormalidades (de vibração e posição) das colunas posteriores e 
disfunção intestinal e vesical 
-Alguns membros da família podem ter espasticidade sem sintomas clínicos 
-Ao contrário, particularmente quando herdada de modo recessivo, a PEF pode ter 
formas complexas ou complicadasnas quais a função alterada do trato corticoespinal e 
da coluna posterior é acompanhada de envolvimento significativo de outras regiões do 
sistema nervoso, incluindo amiotrofia, deficiência intelectual, atrofia óptica e 
neuropatia sensorial 
-Em termos neuropatológicos, a PEF corresponde a uma degeneração dos tratos 
corticospinais, que têm um aspecto quase normal no tronco encefálico, mas 
evidenciam crescente atrofia em níveis + caudais da medula espinal; de fato, o quadro 
patológico é de uma axonopatia distal das fibras neuronais longas dentro do SNC. 
-Defeitos em numerosos loci podem originar formas de PEF de herança dominante ou 
recessiva 
-O gene mais comumente implicado na PEF de herança dominante denomina-se 
espastina, que codifica uma proteína de interação microtubular 
-A forma dominante de início na infância mais comum origina-se de mutações no gene 
atlastina.

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