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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
BELO HORIZONTE / MG 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
2 
 
Sumário 
Objetivo Geral .....................................................................................................................................3 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.................................................................................. 3 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR....................................................................... 7 
VANTAGENS E BENEFÍCIOS DE UMA BOA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA .............................10 
ESCOLA ...........................................................................................................................................10 
O Desenvolvimento Motor ................................................................................................................. 10 
Educação Física Escolar – Expectativas e Importância ..................................................................... 10 
Promovendo Saúde Através da Educação Física .............................................................................. 11 
A Importância da Educação Física na Socialização ........................................................................... 11 
Os Melhores Exercícios Para Educação Física Escolar ..................................................................... 11 
Ensino Fundamental I .......................................................................................................................12 
Ensino Fundamental II ......................................................................................................................12 
Exercícios e brincadeiras para o Ensino Médio .................................................................................13 
Cuidados Especiais com o seu aluno atleta durante os Treinos de Preparação Física ....................... 16 
Expectativas da Educação Física na visão da comunidade escolar ................................................... 16 
INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................................17 
Educação inclusiva ........................................................................................................................... 17 
Educação Física Inclusiva ................................................................................................................. 17 
Educação Física: Adaptada ou Inclusiva ........................................................................................... 19 
Melhores Atividades Físicas Para Inclusão........................................................................................ 19 
As Dificuldades da Educação Física Adaptada .................................................................................. 19 
Modalidades Esportivas Adaptadas ao DEFICIENTE Físico ..............................................................20 
O Papel do Educador Físico.............................................................................................................. 21 
Como Planejar Uma Aula Adaptada .................................................................................................. 22 
DESVALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR .................................................................23 
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................26 
 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
3 
 
O QUE É A EDUCAÇÃO FÍSICA 
ESCOLAR? 
 
A Educação Física é uma disciplina muito 
significativa, porém, por diversas vezes, pouco 
valorizada na grade curricular. Ela insere, adapta 
e incorpora o aluno no saber corporal de 
movimento, sua função é formar o cidadão que 
segundo Betti (1992) irá produzi-la, reproduzi-la 
e transformá-la, qualificando-o para desfrutar os 
jogos, os esportes, as danças, as lutas, as 
ginásticas e práticas de aptidão física, em 
proveito do exercício crítico dos direitos e 
deveres do cidadão para a benfeitoria da 
qualidade de vida humana. 
A educação física veio para somar e 
contribuir com a educação intelectual e moral nas 
escolas, uma das responsabilidades dessa 
disciplina é de instruir e instigar o aluno a opinar 
e se posicionar criticamente em relação às atuais 
linhas de cultura corporal de movimento. 
 
 
Fonte: blogeducacaofisica.com.br 
 
Objetivo Geral 
 
A Educação Física tem como objetivo 
geral despertar nos alunos o interesse em 
envolver-se com as atividades e exercícios 
corporais criando convivências harmoniosas e 
construtivas com outros cidadãos, sendo 
capazes de reconhecer e respeitar as 
características físicas e desempenho de si 
próprio e de outros indivíduos, não segregando e 
nem depreciando outras pessoas por qualidades 
e peculiaridades como aspectos físicos, sexuais 
e ou sociais. 
Nos momentos de recreação e jogos 
esportivos estimular o aluno a ter atitudes de 
respeito mútuo, dignidade e solidariedade para 
com o próximo, valorizando, conhecendo e 
aceitando a exposição da cultura corporal dos 
diferentes grupos, transfazendo em meios para o 
 
1 Texto extraído de: www.blogeducacaofisica.com.br 
convívio entre pessoas de diferentes círculos 
sociais1. 
De acordo com a Lei 9.394/96, parágrafo 
3º, a educação física escolar está integrada à 
proposta pedagógica, sendo componente 
curricular obrigatório da educação básica. Sua 
prática é facultativa ao aluno que cumpra jornada 
de trabalho igual ou superior a seis horas; maior 
de trinta anos de idade; que estiver prestando 
serviço militar inicial ou que, em situação similar, 
estiver obrigado à prática da educação física; e 
que tenha prole2. 
Um ponto essencial é a inclusão de 
pessoas com deficiência. A educação é um 
direito de todos e, independentemente das 
limitações, a escola tem a função de promover a 
participação de cada estudante. Afinal, conviver 
com a diversidade ajuda a formar cidadãos 
melhores. 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
ESCOLAR 
 
Segundo o estudo de Arantes (2008), o 
Brasil foi descoberto por Portugal em 1500, e a 
primeira modalidade de educação que existiu no 
Brasil foi a jesuíta, a qual não previa nada 
relacionado à Educação Física, exceto por 
atividades físicas desenvolvidas em horas livres 
como forma de recreação, tais quais: o arco e 
flecha e a peteca. “O arco e flecha, natação, luta, 
caça, pesca, montaria, canoagem e corridas 
faziam parte do seu dia a dia. 
Tudo leva a crer que a primeira prática 
esportiva introduzida no Brasil foi o remo (1566) ” 
(OLIVEIRA, 2004, p. 23). Conclui-se que, neste 
período colonial, as únicas atividades 
desenvolvidas que faziam menção à Educação 
Física eram de cunho recreativos ou como forma 
de sobrevivência natural do homem. 
 
 
Fonte de: travinha.com.br 
Em 1824, com a Constituição do Império, 
é possível verificar alguns avanços na área da 
2 Texto extraído de: www.educamaisbrasil.com.br 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
4 
 
educação, porém pouco relacionado com a 
prática da Educação Física como disciplina e 
pouco preocupada com a formação de seus 
docentes. 
Ainda segundo relatos de Arantes 
(2008), em 1841, a Educação Física Escolar 
começa a ser praticada com exercícios voltados 
para o âmbito militar, com o nome de Gymnastica 
e ministrada por “professores” com patente 
militar. Dez anos depois, em 1851, são 
consideradas obrigatórias as práticas das 
atividades de Gymnastica nas primeiras escolas 
primárias do Rio de Janeiro. 
O Capitão Ataliba Fernandes, mestre de 
Gymnastica foi um dos principais idealizadores 
sobre a inclusão e o desenvolvimento da 
Gymnastica nas escolas da época. Sobre a 
Metodologia desta nova disciplina: a Gymnastica 
é possível afirmar de que a ideia era construir um 
equipamento multifuncional,uma espécie de 
estação, na qual poderiam ser desenvolvidos 
diferentes exercícios simultaneamente por vários 
indivíduos 
No que tange ao "método" e aos conteúdos de 
ensino a discussão se desenrola de forma 
diversa. O proponente informa que o 
ensino da ginástica se daria através de 
exercícios de corpo livre e de exercícios 
dependentes do aparelho e acessórios. 
Em ambos, seriam aplicáveis exercícios de 
flexibilidade, equilíbrios, lutas, forças, 
saltos e, ainda, exercícios pírricas, de 
natação, de volteios e militares. Para tanto, 
precisaria de um aparelho específico, um 
pórtico, no qual se poderia adaptar barras 
fixa, argolas, trapézio, escada de cordas, 
paus e cabos volantes, barras paralelas, 
escadas de madeiras, graduador de saltos, 
além de pesos, cordas, cabos tamboretes 
e um último acessório que não foi possível 
identificar. O Cap. Ataliba se oferecia para 
confeccionar e restaurar aparelhos 
existentes em alguns colégios particulares 
(PAIVA, 2001, p. 122). 
 
Esta metodologia não foi aceita pelos 
diretores da época por acreditarem que os 
espaços físicos não suportariam um aparelho tão 
grande. A época então é marcada pela 
divergência entre ideias mais agressivas e 
preconceituosas do Capitão Ataliba e a proposta 
de mudanças sobre o ensino da disciplina, 
proposta pelos diretores. 
Talvez a ideia mais relevante do capitão 
Ataliba tenha sido sobre a formação docente, ao 
afirmar que seja qual foi o método para incluir a 
disciplina dentro do ambiente escolar, a mesma 
não pode ser ministrada por qualquer pessoa, 
sendo de fundamental importância a colocação 
de um profissional habilitado para tal prática. 
“Apesar dos esforços para a implantação 
da Educação Física nas escolas, o período 
imperial não proporcionou estímulos 
pedagógicos significativos para o exercício físico” 
(OLIVEIRA, 2004, p. 24). 
Este período foi importante para a 
Educação Física Escolar Brasileira, pois foi o 
passo inicial para o pensamento da Educação 
Física como algo importante a ser inserido no 
cotidiano humano. Capitão Ataliba possui o seu 
papel fundamental neste contexto, por ser um 
dos precursores deste processo, mesmo que 
suas ideias fossem, talvez, militares ou 
preconceituosas demais, foram essenciais para 
que algum pensamento fosse desenvolvido a 
esse respeito. 
Rui Barbosa é considerado um dos 
principais pensadores e contribuidores para a 
Educação brasileira e foi um dos pioneiros ao 
pensar na Educação Física como algo essencial 
à criança e ao seu corpo. 
“Embora não julgasse merecer um lugar 
de destaque no setor educacional, a 
intelectualidade brasileira já demonstrava 
preocupação com a Educação Física. A maior 
dessas manifestações aconteceu por intermédio 
de Rui Barbosa” (OLIVEIRA, 2004, p. 25). 
 
A introdução da educação física foi 
apresentada como uma inovação 
relevante. A satisfação da vida física era a 
primeira necessidade da infância, 
justificando, assim, a importância 
fundamental da ginástica num plano de 
estudos que postulava a inseparabilidade 
do espírito e do corpo (SOUZA, 2000, p. 
16). 
 
Souza (2000) embasa seu estudo em Rui 
Barbosa, o paladino da Educação, e disserta 
sobre a função da Educação Física ao ser 
introduzida nos programas de educação de 
diferentes países. 
 
De acordo com Rui, a educação física 
havia sido introduzida nos programas de ensino 
de vários países tendo em vista sua função 
moralizadora, higiênica e patriótica. O 
substitutivo destaca as finalidades morais e 
sociais da ginástica: agente de prevenção dos 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
5 
 
hábitos perigosos da infância, meio de 
constituição de corpos saudáveis, fortes e 
vigorosos, instrumento contra a degeneração da 
raça, ação disciplinar moralizadora dos hábitos e 
costumes responsável pelo cultivo dos valores 
cívicos e patrióticos imprescindíveis à defesa da 
pátria (SOUZA, 2000, p. 16). 
Oliveira (2004) revela que as 
recomendações de Rui Barbosa para as aulas de 
Educação Física pareciam fantasiosas demais 
para época, uma verdadeira utopia, pois os 
professores da disciplina usavam trajes sociais e 
ministravam suas aulas dentro das salas de 
aulas. Ideias condizentes com o perfil de Rui 
Barbosa, por ser um visionário para época. Tais 
ideias eram difíceis de ser entendidas e faziam 
menções quanto à obrigatoriedade da disciplina 
de Educação Física no Jardim de Infância e 
escolas primárias e secundárias em horários de 
aulas regulares com, no mínimo, 30 minutos de 
duração e com frequência de quatro dias 
semanais e ministradas por professores com 
reconhecimento europeu e reconhecidos dentro 
da instituição como os demais docentes, 
embasadas na distinção de gêneros, sendo a 
calistenia3 ofertada para as meninas e a ginástica 
sueca para os meninos. Rui Barbosa também 
defendia a ideia de que as escolas possuíssem 
uma espécie de central de emergência a fim de 
capacitar professores regulares para o ensino da 
ginástica. 
 
 
Fonte: caetanistas78.blogspot.com 
 
Rui Barbosa foi sim um personagem 
fundamental para a evolução nos processos 
educacionais no Brasil e, por consequência, é um 
dos protagonistas na história da Educação Física 
Escolar no país. Suas ideias, apesar de 
revolucionárias para a época, representaram a 
 
3 Calistenia (ou "ginástica calistênica" e até "street 
workout") é uma forma de treinamento físico em que 
base do pensamento para a atual forma de 
educação. 
A transição de século representou a 
transição do pensamento também, pois 
primeiramente, acreditava-se em uma Educação 
Física com propósitos limitados e a partir dessa 
mudança, foi possível verificar uma preocupação 
maior com o desenvolvimento da disciplina. 
Após a Abolição e a Proclamação da 
República, as expectativas da vida na 
sociedade brasileira estavam alteradas: a 
afluência de jovens aos grandes centros, a 
iminência de sedentarização provocada 
pela revolução nos meios de transporte e 
a influência da imigração fomentada após 
a Abolição precipitaram impulsos decisivos 
em relação a uma preocupação mais 
sistemática com a Educação Física 
(OLIVEIRA, 2004, p. 25) 
 
Os esportes começaram a chegar com 
intensidade no país e a serem praticados pela 
população nacional. Em 1921, a ginástica alemã 
foi abolida e foi adotado, então, o “Regulamento 
de Instrução Física Militar”, o qual fazia referência 
a ginástica natural francesa e foi considerado o 
manual a ser seguido por todos. 
 O novo método foi trazido por militares 
franceses é estendido à área escola. Foi 
difundido e começaram a ser criados os primeiros 
centros de Educação Física do país, com o intuito 
de formar professores, sendo permitida, em um 
primeiro momento, apenas militares e, 
posteriormente, a matrícula de civis. 
 
No final dos anos trinta, surge a Escola 
Nacional de Educação Física e Desportos, 
integrada à Universidade do Brasil (atual 
UFRJ). Entre os diversos cursos de 
formação de professores que surgiram 
nessa época foi, inegavelmente, o mais 
importante (OLIVEIRA, 2004, p. 26). 
 
O método francês manteve-se 
incontestável até a década de 50, quando 
pensadores vindos de fora do país começaram 
um movimento de reflexão para a Educação 
Física brasileira. 
se utiliza o peso corporal para movimentos acrobáticos 
e de força. 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
6 
 
Somente em 1961 foi criada a primeira 
Lei de Diretrizes Básicas (LDB), a qual divida o 
sistema educacional em primário ginásio, colegial 
e ensino técnico. Referente à Educação Física 
primária, a nova lei tratava a recreação como 
objetivo primordial para obtenção de melhorias 
no corpo e desenvolvimento global dos alunos. A 
Educação Física para a juventude ensinava a 
ginástica formativa e fundamentos dos jogos 
coletivos. 
Após dez anosda publicação da primeira 
LDB, foi criada a segunda LDB, a qual separava 
o sistema de outra forma, isto é, em graus, sendo 
o primeiro grau composto por oito séries, antigo 
primário e ginásio, cumprindo um núcleo comum 
e uma parte diversificada. A Educação Física, 
juntamente com Educação Artística e Inglês, 
passou a ser considerada atividade e não 
disciplina, com possibilidade de reprova do aluno 
apenas por faltas excessivas. O programa para 
Educação Física foi composto por atividades que 
pretendiam promover um desenvolvimento 
harmonioso do corpo e do espírito. 
Segundo Arantes (2008), foi apenas 
doze anos depois que foram oferecidos aos 
profissionais de Educação Física, os subsídios 
necessários para a criação da Proposta 
Curricular de Educação Física para a pré-escola, 
com conteúdo condizente com as faixas etárias e 
fundamentais para o desenvolvimento motor das 
crianças. 
 
 
Este processo de intensa discussão acerca 
dos conteúdos escolares terminou em 
1992 com a publicação do modelo final das 
Propostas Curriculares para o 1º e 2º. 
Graus para todas as Disciplinas e 
Atividades coordenadas pela CENP. 
Quanto ao Curso de Habilitação Específica 
para o Magistério HEM. (Antigo Curso 
Normal), além das disciplinas já 
implementadas, haviam as denominadas 
Instrumentais; as de Metodologias das 
diferentes Disciplinas ou Atividades a 
serem ensinadas aos alunos da 
escolarização até 4ª. série do 1º. Grau. As 
aulas de Metodologia da Educação Física 
estavam previstas no documento 
demonstrando que seu conteúdo merecia 
ser estudado (ARANTES, 2008, p. 1). 
 
O currículo vigente até hoje é baseado na 
terceira LDB e encontra-se completo, desde o 
Ensino Infantil até o Ensino Superior, devendo 
suprir as necessidades dos alunos, 
independentemente da sua faixa etária ou das 
condições em que se encontram, promovendo o 
desenvolvimento global dos mesmos. É 
componente curricular da educação básica e 
deve estar integrado na proposta pedagógica da 
escola. 
A realidade é que a Educação Física 
evoluiu muito durante todos estes anos e 
conseguiu conquistar o seu espaço dentro da 
escola e perante à sociedade, cabendo aos 
profissionais da área, um desenvolvimento maior 
ainda a fim de obter o avanço da disciplina. 
Antigamente, as ideias começaram a ser 
formuladas com conceitos fracos, devido à falta 
de recursos que os profissionais possuíam e ao 
próprio contexto histórico ao qual estavam 
inseridos, porém hoje em dia tudo pode ser 
diferente, o mundo evoluiu e as informações 
estão disponíveis a todos para serem utilizadas 
da melhor maneira possível, necessitando 
apenas um pouco de esforço e boa vontade. 
 
Hoje, possuímos muitas linhas ou abordagens 
filosóficas; cinesiológica, motricidade 
humana, cultura corporal do movimento, 
aptidão física, tradicional, 
desenvolvimentista, sócio construtivista, 
sócio interacionista e a ligada ao meio 
ambiente. Demos um passo gigantesco se 
comparamos ao Capitão Ataliba e aos idos 
séculos XIX (ARANTES, 2008, p. 1). 
 
É notório o avanço da disciplina e o 
respeito adquirido dentro das instituições de 
ensino, a Educação Física é tratada como uma 
disciplina com autonomia, semelhante as 
demais, de fundamental importância para o 
desenvolvimento do aluno, no que diz respeito ao 
aspecto físico, social e cognitivo. 
 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
7 
 
Fonte:praticasdesucessoemeducacaofisica.blog
spot.com 
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA ESCOLAR 
 
A Educação Física está se tornando algo 
indispensável na vida das pessoas, por 
diferentes aspectos, fato este que contribui para 
o avanço e a maior importância dada à disciplina 
dentro do ambiente escolar. São inúmeros os 
fatores já comprovados de benefício 
proporcionado pela Educação Física e, por isso 
mesmo, fica difícil colocálos em uma escala de 
importância, mas serão elencados aqui algumas 
vertentes imprescindíveis quando tratamos do 
assunto e relacioná-los com os ambientes 
escolares. 
Promoção de saúde, desenvolvimento de 
capacidades físicas, motoras, afetivas e 
cognitivas e inserção social são os aspectos que 
buscaram descrever a proporção da importância 
da Educação Física Escolar. 
Talvez o ponto fundamental quando 
tratamos sobre a Educação Física esteja voltado 
para a área da saúde, pois a disciplina ajuda 
tanto na prevenção de muitos casos, quanto no 
combate de outros vários diagnósticos. Haja vista 
a frequência com que as pessoas buscam 
médicos especialistas e recebem como forma de 
medicação apenas a instrução para criar o hábito 
de realizar atividades físicas. 
 
“A prática de atividade física pode prevenir o 
surgimento precoce, atuar no tratamento 
de diversas doenças metabólicas e 
interferir positivamente na capacidade 
funcional de adultos e idosos” (COELHO; 
BURINI, 2009, p. 945). 
 
Partindo do princípio de que é durante a 
infância que o indivíduo começa a criar hábitos 
para o resto da vida e sabendo de que, muitas 
das doenças presentes, seriam inexistentes ou 
de menor poder de impacto caso o estilo de vida 
da pessoa tivesse sido melhor no começo da 
vida, é possível afirmar que a Educação Física 
deve ocupar um papel relevante durante esta 
fase do indivíduo. Faixa etária esta que está 
inserida no período escolar, ou seja, a Educação 
Física Escolar é de extrema importância para o 
indivíduo. 
 
O objetivo principal da prescrição de atividade 
física na criança e no adolescente é criar o 
hábito e o interesse pela atividade física, e 
não treinar visando desempenho. Dessa 
forma, deve-se priorizar a inclusão da 
atividade física no cotidiano e valorizar a 
educação física escolar que estimule a 
prática de atividade física para toda a vida, 
de forma agradável e prazerosa, 
integrando as crianças e não 
discriminando os menos aptos (LAZOLLI 
et al, 1998, p. 108). 
 
É importante salientar que a Educação 
Física escolar deve possuir o fator da inclusão 
como uma de suas vertentes primordiais, pois o 
objetivo inicial é criar uma rotina de exercícios, 
isto é, fazer com que a criança comece a gostar 
de praticar atividades físicas, portanto qualquer 
fator de exclusão tornará esse objetivo cada vez 
mais inalcançável. Nesse contexto, as atividades 
devem visar a participação de todos e o 
desenvolvimento do maior número de 
capacidades possíveis: físicas, motoras ou 
sociais. Esportes competitivos, brincadeiras de 
exclusão de participantes ou atividades que 
privilegiem apenas os melhores devem ser 
utilizados com cautela ou, muitas das vezes, 
deixadas de lado, para que todos sintam o bem-
estar em participar das aulas. 
 
 
 
Fonte: blogeducacaofisica.com.br 
 
O modelo de vida mudou drasticamente, 
se comparado com o modelo vigente há algumas 
décadas atrás. A tecnologia avança a passos 
largos, a cada minuto que se passa, atraindo 
cada vez mais jovens. Os parques ou espaços 
destinados a diversão das crianças encontram-se 
em péssimo estado de conservação ou sendo 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
8 
 
substituídos por empreendimentos imobiliários. 
Está cada vez mais complicado as famílias 
destinarem um tempo próprio para estarem 
juntos, brincarem com seus filhos, darem a 
atenção necessária. 
Pode-se concluir que, diante de tantas 
dificuldades, muitas das vezes, o único ambiente 
que o indivíduo possui para desenvolver 
atividades físicas seja o ambiente escolar, 
durante as aulas de Educação Física. Compete, 
portanto, ao profissional de Educação Física 
Escolar a tarefa de desenvolver neste indivíduo o 
gosto pela prática de atividades físicas. 
A sociedade impõe um modelo de beleza 
conforme os conceitos e pensamentos da época 
em que estão inseridas, ou seja, para cada 
período histórico encontramos um padrão de 
beleza diferente a ser buscado pelos indivíduos. 
Esse padrão de beleza desenvolvenas pessoas 
um desejo incessante de buscar alcançálo, 
mesmo que isso, muitas vezes, não represente 
um corpo saudável. 
 
Historicamente, as culturas tendem a 
estigmatizar traços ou comportamentos 
que sejam considerados negativos ou 
desviantes. Sob esta perspectiva, a 
percepção do tamanho corporal vem 
sendo associada a fortes valores culturais. 
Os corpos grandes e arredondados em 
dados períodos foram considerados sinais 
de opulência e poder, tendo, assim, uma 
valorização positiva, em contraste com a 
desvalorização e cobrança que marcaram 
as últimas décadas, tendentes a valorizar 
corpos esbeltos e esguios (ALMEIDA et al, 
2005, p. 28). 
Nos tempos atuais, podemos afirmar que 
o padrão de beleza vigente é aquele corpo 
esbelto, musculoso, forte, visto em todos os 
meios de comunicação, através de garotos e 
garotas propaganda, geralmente seminus. A 
busca por este chamado corpo perfeito leva as 
pessoas diretamente na direção da prática de 
atividades físicas, ou seja, para ser possível 
alcançar o padrão de beleza vigente, o indivíduo 
deve manter uma rotina de exercícios frequente. 
Transportando o assunto para o 
ambiente escolar, é possível constatar que esta 
realidade acerca do padrão de beleza é existente 
também entre crianças e jovens, pois os mesmos 
possuem, cada vez, acesso aos meios 
tecnológicos. Portanto, muitos alunos buscam a 
prática de atividades físicas com o objetivo de 
buscar atingir o padrão de beleza da sociedade 
em que ele está inserido. 
O único cuidado que deve existir, e para 
que esta busca incessante pelo corpo perfeito 
não se torna algo maléfico à saúde da criança, ou 
seja, a rotina de exercícios deve ser prescrita 
com cuidado para que não ocorra nem a falta e 
nem o excesso de exigência ao corpo ainda em 
desenvolvimento. Mais uma exigência feita ao 
profissional da Educação Física Escolar, o qual 
deve atentar-se para desenvolver atividades 
físicas compatíveis com a faixa etária e ainda 
aconselhar, aos seus alunos, a importância de 
um corpo saudável, nem com déficit e nem com 
excesso de peso. 
A Educação Física Escolar, nesse contexto, 
tem o papel de auxiliar em doenças muito 
presentes na sociedade atual, tais quais: 
obesidade, sedentarismo, anorexia e 
bulimia. “A representação feminina na 
mídia é a referência de beleza e atitude 
não só de adultos, mas também de 
crianças, que mais tarde repetirão o que 
viram e acharam agradável” (VIANNA, 
2005, p. 9). 
 
 
Fonte: estudokids.com.br 
Na maioria das vezes, a mídia apresenta-
se como uma ferramenta que possui o único 
objetivo de atender ao interesse de alguns e não 
da sociedade como um todo. 
 
O fato de mulheres mesmo com peso 
adequado para a estatura desejarem 
pesos ainda menores é preocupante. 
Certamente essa distorção da imagem 
corporal encontra raízes nos meios de 
comunicação de massa que privilegiam 
modelos de beleza que possuem pesos 
para a estatura próximos ou mesmo 
semelhantes a portadores de distúrbios 
alimentares como anorexia nervosa e 
bulimia. Esses modelos de beleza 
divulgados pela mídia exercem efeitos 
sobre o comportamento e o 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
9 
 
estabelecimento de hábitos alimentares 
entre adolescentes do sexo feminino 
(KAKESHITA; ALMEIDA, 2006, p. 503). 
 
Outro fator essencial para afirmar a 
Educação Física Escolar como uma disciplina 
essencial na vida dos estudantes é o 
desenvolvimento do corpo como um todo, isto é, 
o desenvolvimento das muitas capacidades 
possíveis do corpo humano. Durante a vida toda, 
exige-se do nosso corpo, o uso de inúmeras 
valências constantemente, pois o simples ato de 
permanecer parado, andar, pular um obstáculo, 
desviar de algo ou qualquer outra circunstância 
parecida já está diretamente relacionado com as 
capacidades do corpo humano. Estas 
capacidades são denominadas físicas e motoras. 
Dentre as capacidades, pode-se 
destacar a força, velocidade, resistência, 
flexibilidade e o equilíbrio como as principais por 
serem consideradas essenciais para o 
desenvolvimento do indivíduo. Todo o movimento 
humano exige o uso de diferentes capacidades. 
Estas capacidades possuem um caráter 
hereditário, ou seja, são transmitidas de pais para 
filhos, porém possuem o caráter treinável, isto é, 
um indivíduo é capaz de melhorar uma 
capacidade caso desenvolva atividades para isto, 
no caso as atividades físicas possuem este 
papel. 
A Educação Física Escolar é responsável 
por desenvolver estas atividades com o objetivo 
de melhorar as capacidades físicas e motoras 
dos estudantes, possibilitando aos mesmos, uma 
maior facilidade no desenvolvimento das tarefas 
ao longo de suas vidas. 
Nos dias atuais é possível verificar a 
dificuldade no processo de socialização das 
pessoas, pois alguns aspectos o dificultam, 
dentre eles, a criação de grupos mais fechados 
de amizades, o uso abusivo de novas 
tecnologias, o pouco tempo que as pessoas 
possuem para atividades físicas em grupos ou 
como forma de lazer e recreação. O fato é que 
está cada vez mais difícil os indivíduos 
conseguirem interagir de maneira pessoal, física, 
presente. 
As aulas de Educação Física podem e 
devem suprir está carência, pois se trata de uma 
disciplina sem exigências estruturais como as 
demais, ou seja, não é necessário que cada 
aluno permaneça atrás de sua carteira, sentado, 
distante um do outro. Esta disciplina possui o 
poder de interação entre os alunos, os quais 
estarão distantes dos paradigmas educacionais. 
O profissional responsável pela Educação Física 
Escolar deve ser capaz de desenvolver 
atividades possíveis de todos, 
independentemente se possui alunos brancos, 
negros, gordos, magros, deficientes, altos, 
baixos, fator que torna a disciplina, talvez, como 
sendo a mais heterogenia dentro do ambiente 
escolar. 
A busca nas aulas é pessoal, isto é, cada 
aluno irá se desenvolver de uma maneira, 
encarar a atividade de uma forma, encontrar uma 
resposta diferente para solucionar o problema 
proposto, aprendendo a trabalhar a sua 
individualidade e o seu coletivismo 
simultaneamente. Com conteúdo diversificado, 
possíveis para todos, fatalmente o interesse pela 
prática de atividades físicas será desenvolvido 
nas crianças, a qual não precisarão se preocupar 
no que são melhores que os demais. 
O uso de temas transversais é de 
fundamental importância nas aulas de Educação 
Física Escolar, pois pode-se trabalhar a 
obesidade, o bulling, a violência na sua forma 
prática, no decorrer das atividades, sem ofender 
ou magoar ninguém. 
 
 
Fonte: estudokids.com.br 
Aulas que beneficiam a prevenção e a 
cura de doenças desenvolvem capacidades 
físicas, motoras, cognitivas e afetivas dos 
indivíduos, promovem bemestar, sensação de 
igualdade, inserção social caracterizam evidente 
a afirmação do quanto é importante a Educação 
Física dentro do ambiente escolar. Porém, cabe 
ressaltar, que a Educação Física só será 
realmente valorizada caso o trabalho do 
profissional que está desempenhando-a seja 
satisfatório. Professores que apenas jogam uma 
bola para os meninos e uma corda para as 
meninas não reconhecem a importância da 
disciplina na vida de cada criança e, por 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
10 
 
consequência, desvalorizam a Educação Física 
perante as demais disciplinas4. 
 
VANTAGENS E BENEFÍCIOS DE UMA 
BOA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
NA 
ESCOLA 
 
A educação física escolar promove 
muitos benefícios, começando pelo incentivo da 
pratica de esportes e atividades físicas, como por 
exemplo: 
• Favorece o desenvolvimento motor; 
• Contribui para a integração social da 
criança e do adolescente; 
• Colabora para que os alunos adquiram 
autoconfiança; 
• Melhora a autoestima; 
• Contribui para que o aluno se expresse 
melhor; 
• Favorece as questões e vivencias sobre o 
mundo que convivem;• Ajuda o aluno a conhecer e a compreender 
as mudanças e o limite do próprio corpo; 
• Reduz o estresse e as pressões do dia a 
dia; 
• Coopera para um estilo de vida melhor; 
 
 
Ao praticar atividades físicas os alunos 
têm a vantagem de melhorar a saúde e diminuir 
riscos de doenças como a obesidade, 
hipertensão arterial, colesterol alto e doenças 
respiratórias. Além disso, contribui para 
desenvolver habilidades nos esportes. 
É na escola que os alunos aprendem a 
importância de ter um estilo de vida mais 
saudável e equilibrado. O professor representa 
um papel importante para promover uma vida 
saudável e ativa aos seus alunos. 
 
O Desenvolvimento Motor 
 
 
4 Texto extraído de: www.fatece.edu.br 
O ideal é estimular a criança para fase de 
desenvolvimento em que ela se encontra, por 
exemplo, a fase do engatinhar, muitos pais 
acham benéfico o pular a fase do engatinhar e é 
justamente ao contrário, deve-se estimular o 
bebê a engatinhar, se arrastar, tentar levantar. 
Quanto maior os estímulos de movimentos, 
melhor o desenvolvimento do repertório motor. 
Colocar a criança desde cedo num 
esporte para que ela vire atleta não é errado 
desde que se não restrinja às possibilidades 
motoras. 
É importante praticar esportes para 
desenvolver todo potencial, pois estiver melhor 
preparado, terá oportunidades mais apropriadas 
para confrontar os desafios que a vida oferece 
durante toda a sua existência. 
 
Fonte: es.123rf.com 
 
 
Educação Física Escolar – Expectativas e 
Importância 
 
Expectativas: As expectativas 
determinam o conhecimento construído pelo 
estudante durante o período letivo. Isto é, ao 
determinar as expectativas de aprendizagem, 
estabelecem também o que é preciso ensinar 
para os alunos. As expectativas neste ponto 
buscam assegurar que os aprendizados sejam 
igualitários para todos, mesmo que cada aluno 
aprenda no seu tempo. 
A expectativa é um parâmetro formador 
da aprendizagem pretendida para os alunos, 
auxiliando na melhor forma de avaliação da 
criança. 
A avaliação para ser competente naquilo 
que ela se propõe deve levar em consideração 
questões como: 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
11 
 
• A participação; 
• O interesse; 
• O compromisso; 
• A responsabilidade; 
• A afetividade 
• As habilidades 
• As competências; 
• A atitude. 
 
Na educação física escolar, o professor é 
o mediador entre o aluno e o processo de 
aprendizagem. 
Importância: As aulas de educação 
física são importantes em todos os seguimentos, 
pois ela promove o desenvolvimento integral do 
aluno, a vida saudável, a socialização, o espírito 
de equipe e a prática do desporto. Os alunos 
participam das mais variadas experiências 
corporais para as quais são desafiados. 
Acreditar que a atividade física passa a 
fazer parte do comportamento pessoal durante 
toda a vida, significa entender que isso só é 
possível mediante experiências satisfatórias com 
os exercícios físicos e os jogos. Os alunos devem 
ser desafiados e exercitados a entenderem que 
somente podem vencer quando estiverem se 
divertindo. A vitória não pode ser a condição para 
o divertimento. Caso o for, as atividades não são 
lúdicas. O divertimento deve estar presente no 
jogo e não no seu final (FALKENBACH, 2002). 
A Educação Física escolar evidencia a 
liberdade cognitiva e emocional dos estudantes 
para a aprendizagem. Isso é um fator importante 
para que haja um ambiente de convívio onde o 
respeito e tolerância devem ser trabalhados. 
Saber como relacionar-se em grupo pressupõe 
um controle evolutivo de comportamentos, 
valores, normas e atitudes. 
 
Promovendo Saúde Através da Educação 
Física 
 
O professor tem a função de ensinar o 
que é certo e o que é errado. Isso faz com que 
sua função seja importante na formação do aluno 
para a sociedade, ainda que não seja valorizado. 
Por isso, é, é muito importante despertar no aluno 
a consciência de cuidar da saúde, e ter hábitos 
saudáveis. 
Assim o mesmo pode transmitir esses 
conhecimentos para a família e para a sociedade 
em geral. Portanto, é importante o docente e a 
escola usarem ferramentas que possam impactar 
de maneira positiva a vida do aluno. Essas 
ferramentas são entre outras a informação: 
• Palestras, debates, mesa redonda, peças 
teatrais, jogos sobre a atividade física, a 
alimentação saudável, uso de drogas, 
sexualidade, saúde etc; 
• Despertar no aluno o interesse pela prática 
de exercícios físicos; 
• Elaborar junto com os alunos projetos para 
a escola e para a comunidade sobre vida 
saudável e desportos; 
 
A Importância da Educação Física na 
Socialização 
 
Na escola, a criança tem a chance de se 
socializar com outras crianças através da 
recreação, jogos e brincadeiras dirigidas. Por 
isso a educação física tem a conjuntura de 
contribuir para que a criança ou adolescente 
desenvolva a autoconfiança interagindo com o 
grupo e também desenvolver habilidades 
motoras. 
 
 
Fonte: escolaespacoeducar.com.br 
A educação física é uma porta para a 
formação social e de princípios do educando. É 
preciso que o professor tenha autonomia para 
administrar e despertar esses valores no aluno, 
transformando o meio em que vive. 
É nas aulas de educação física que 
muitas vezes lidamos com o diferente, com as 
limitações físicas e psíquicas nossa e dos outros. 
Por isso, a importância do docente despertar 
essa percepção no aluno, para que ele leve para 
a vida o saber conviver e o saber respeitar a 
diversidade que faz parte da sociedade. 
 
Os Melhores Exercícios Para Educação 
Física Escolar 
 
Os melhores exercícios nas aulas são 
sempre aqueles que envolvem descontração, 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
12 
 
dinâmica e um ar de brincadeira, no entanto são 
diferentes dependendo da faixa etária ou ciclo 
que o aluno está. Segue alguns exemplos de 
exercícios e brincadeiras dirigidas e jogos para 
cada ciclo: 
Fonte de: www.blogeducacaofisica.com.br 
 
Ensino Fundamental I 
 
• Amarelinha: todas as crianças podem 
participar. Com giz desenhe sete casas 
numeradas no chão, que terminam com 
um círculo escrito céu. A brincadeira 
consiste em jogar a pedra nas casas em 
ordem numérica e ir pulando com um pé 
só, evitando pisar na casa onde caiu a 
pedra, pegando-a na volta. Ganha quem 
chegar ao céu primeiro sem pisar nas 
linhas ou com os dois pés. 
• Coelhinho sai da toca: dividir as crianças 
em grupos de três, sendo que duas ficam 
de mãos dadas simulando uma toca e a 
terceira criança seria o coelho fica ao meio. 
Duas ou mais crianças devem ficar sem 
toca, no centro da brincadeira. Quando a 
professora fala: coelhinho sai da toca! 
Todas as crianças têm que mudar de toca. 
As crianças que estão no centro têm que 
tentar ocupar as tocas que ficam vazias, e 
as outras crianças que estão na toca deve 
trocar de toca, quem ficar sobrando vai 
para o centro e a brincadeira recomeça. 
• Dança das cadeiras: faça uma roda de 
cadeiras e outra roda de crianças em volta 
das cadeiras, sendo que deve ter uma 
cadeira a menos que o número de crianças 
que vão brincar. Começa a tocar a música 
e as crianças andam em volta das cadeiras 
com as mãos para trás. Quando a música 
parar todas as crianças devem sentar-se. 
Saí da brincadeira quem não conseguiu 
sentar-se, tira-se uma cadeira e a 
brincadeira recomeça. Ganha quem sentar 
na última cadeira. 
• Dança das cadeiras alternativas: várias 
cadeiras com bexiga serão espalhadas na 
sala. Os participantes serão vendados e 
começa a tocar a música. Quando parar a 
música, todos devem sentar e estourar as 
bexigas, será eliminado aquele que não 
conseguir uma cadeira. O jogo recomeça 
com uma cadeira a menos, ganha quem 
sentar na última cadeira. 
• Morto-Vivo (vivo-morto): uma criança é 
escolhida para ser ochefe, ou seja, é 
quem vai dá ordem e as outras crianças 
deverão obedecer. O chefe dirá morto ou 
vivo. Se o chefe diz morto às crianças 
devem abaixar. E se o chefe disser vivo, as 
crianças devem ficar de pé. O objetivo do 
chefe é fazer os participantes ficarem 
confusos com sua comanda que deve ser 
cada vez mais rápida. Quem errar sai do 
jogo, a criança que sobrar é a vencedora. 
• Pular Corda: existem várias brincadeiras 
com a corda, porém algumas bem 
conhecidas das crianças são aquelas que 
duas crianças batem a corda e cantam 
uma música, e a criança que está pulando 
deve fazer exatamente aquilo que é 
descrito na música, por exemplo: 
 
 
O Homem 
O homem bateu em minha porta e eu abri 
Senhoras e Senhores ponham a mão no 
chão (a criança que está pulando deve colocar a mão no 
chão); 
Senhoras e Senhores pulem num pé só 
(deve pular a corda com um pé só) 
Senhoras e Senhores deem uma 
rodadinha (roda enquanto pula); 
E vá para olho da rua (a criança deve sair 
sem a corda parar); 
 
Ensino Fundamental II 
 
• Stop: essa brincadeira o aluno vai usar 
caneta e papel, ele vai fazer um quadro 
com dez colunas e cada uma delas coloca-
se alguns itens como: nome, lugar, animal, 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
13 
 
cor, carro, objeto, artista, fruta, filme, etc. 
Então se sorteia uma letra e todos deverão 
preencher cada coluna que começa com 
essa letra. Por exemplo: a letra C foi 
sorteada, então deverá preencher todas as 
colunas do jogo com palavras que 
começam com a letra C: carro, cor, 
nome…. Quem preencher tudo primeiro 
grita Stop! Fim da primeira rodada. Faz-se 
então a contagem dos itens preenchidos 
por cada participante. Cada item 
preenchido vale 10 pontos. Se mais de um 
participante tiver colocado a mesma 
palavra para um determinado item, em vez 
de 10 só terá 5 pontos cada um. Ganha o 
jogo quem obtiver maior número de 
pontos; 
Para um determinado item, em vez de 10 
só terá 5 pontos cada um. Ganha o jogo quem 
obtiver maior número de pontos; 
 
Fonte: elo7.com.br 
• Pinga-bola: é praticamente igual ao time 
de vôlei, os alunos são divididos em dois 
grupos numa quadra, ao meio fica a rede de 
vôlei. Um estudante de posse da bola a lança 
para o lado adversário com o braço acima da 
cabeça, imitando o saque por cima. Ao 
ultrapassar a rede, a recepção deve ser feita 
somente de manchete, após a bola pingar 
uma vez no solo. Devem-se dar três passes 
de manchetes pingadas antes de passar a 
bola para o outro lado, que realizará o mesmo 
procedimento. O grupo que errar possibilita 
um ponto e a posse da bola para o outro grupo 
sacar. 
 
Exercícios e brincadeiras para o Ensino 
Médio 
 
Travessia 
• Atividade estimula o grupo e pensar em 
estratégias para vencer desafios. 
• Inicie o jogo dividindo a sala em 3 partes 
(margem 1, rio e margem 2), com 2 
pedaços de barbante. 
• Peça para que a turma fique atrás de uma 
das margens. 
• Coloque as cartolinas no chão, formando 
uma ponte inacabada (é importante que 
ela não chegue a outra margem), deixando 
um espaço para ser colocadas 2 
cartolinas. 
• Pede-se para que todo o grupo imagine 
que um vulcão está em erupção e que, em 
pouco tempo, as lavas chegarão até eles. 
Ressalte que eles não podem pisar na 
água porque o rio está cheio de piranhas. 
O grupo todo deve atravessar a ponte, ao 
mesmo tempo. 
• Reserve alguns minutos para o grupo 
conversar e combinar uma estratégia para 
atravessar a ponte de uma só vez. 
• Quando o grupo se mostrar pronto, peça 
para que atravessem a ponte porque a 
lava se aproxima. 
• Acompanhe a travessia, garantindo que 
eles não pisem no rio e que cada subgrupo 
de 4 pessoas fique em apenas um pedaço 
de cartolina. 
• Quando todos estiverem na ponte peça 
para que o último passe a cartolina que 
sobrou no chão para o primeiro da fila, 
passando pelas pessoas que estão na 
ponte. 
• Aguarde “a pedra” ser colocada e, se 
necessário, a utilização da segunda pedra. 
• Com a ponte conectada à outra margem, 
permita que todos passem para o outro 
lado do rio. 
• Deixe a turma se recompor, peça para que 
façam um círculo de cadeiras 
(dependendo do grupo, pode ser uma roda 
de pessoas sentadas no chão) para 
discutirem como se sentiram no jogo. 
Ajude-os a perceber que foi necessário 
diálogo e organização para poderem 
atingir o objetivo. 
 
Futebol 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
14 
 
 
Fonte: blogdobenelima.blogspot.com 
 
O futebol é o esporte mais praticado no 
Brasil e um dos mais queridos entre os alunos, 
principalmente os meninos. Esse tipo de ensino 
conhecido como pedagogia do dominante, no 
qual, Paulo Freire explica que quem predomina é 
somente o discurso e a prática do professor. Ou 
seja, o docente seria o sujeito da educação, e os 
alunos apenas receptores de informações 
prontas sem ao menos opinarem. Infelizmente 
muito educadores físicos insistem em apenas 
mostrar o conteúdo e o conhecimento prontos 
aos estudantes, impossibilitando-os de fazer 
parte do conhecimento, de poder construí-lo 
através das suas vivências e experiências. 
O futebol não pode ser ensinado 
somente como um simples jogo de regras e 
conceitos técnicos. É preciso valorizar o 
conhecimento histórico social do mesmo, seus 
impactos na sociedade e como está inserido em 
nossa cultura. Além disso, é preciso ensinar o 
que o esporte pode nos proporcionar de melhor, 
o coletivo acima do individual, a solidariedade, o 
respeito para com o próximo e a diversidade 
social. 
Vôlei 
 
O que o futebol é para os meninos, o 
vôlei é para as meninas, pelo menos em grande 
parte das escolas, sem dúvida é um esporte que 
chama bastante atenção dos alunos. Muitas 
crianças só têm acesso a esse esporte nas aulas 
de educação física, portanto é um esporte que 
deve ser muito explorado nas instituições de 
ensino, assim como o futebol. Os alunos também 
devem ter conhecimento sobre a história da 
modalidade, sua transição, e a relação do 
esporte com o Brasil. 
Além é claro, que o jogo é uma 
oportunidade de ensinar conteúdos às crianças, 
estimulando-as, e principalmente, que se 
entenda que o aluno se encontra como sujeito e 
não como objeto no espaço educativo. 
O vôlei deve ser ensinado de forma 
lúdica, contribuindo para que a criança tenha 
prazer em jogá-lo e se envolva com essa 
modalidade a ponto de querer conhecer mais 
sobre o esporte e desenvolver suas habilidades 
em relação ao desporto. 
 
Basquete 
 
O basquete é um esporte em equipe que 
contribui para o desenvolvimento emocional, 
psicológico e físico do aluno, desde que o 
professor o ensine de forma educativa e não 
mecanizada, ou seja, quando o professor passa 
apenas as regras e conceitos técnicos sem se 
comprometer com a importância do 
conhecimento histórico social do esporte. 
Esse esporte colabora para prevenção 
de doenças que estão cada vez mais impactando 
crianças e jovens da atual geração, como: 
obesidade, diabetes, estresse, ansiedade, 
depressão e claro o sedentarismo. 
De acordo com Balbino e Paes (2005), o 
educador deve compreender que o basquete 
promove o movimento humano, as inteligências 
múltiplas, os aspectos psicológicos, os princípios 
filosóficos e a aprendizagem social do aluno. 
O importante é também tornar a aula 
divertida, ensinar basquete para crianças, por 
exemplo, deve ser de forma descontraída, sem 
utilizar técnicas muito elaboradas, mantendo o 
aluno sempre comprometido com o aprendizado. 
 
Esportes em Grupo 
 
As aulas de esporte em grupo ensinam: 
• Trabalho em equipe; 
• Inclusão social; 
• Comparticipar; 
• Partilhar; 
• Técnicas de modalidades diversas. 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
15 
 
 
Fonte: novohamburgo.rs.gov.br 
 
Os estudantes aprendem também a 
solucionar situações problemas. O bom dos 
esportes em grupo é que podem ser praticadospor todos os alunos, desde os pequenos até os 
adolescentes, e também os alunos com 
necessidades especiais. 
Para tanto é importante fazer adaptações 
com relação ao jogo, como: 
• Tamanho e peso da bola; 
• Tamanho da quadra; 
• Altura das redes de vôlei e cestas de 
basquete de acordo com a faixa etária da 
criança. 
 
É importante criar campeonatos na 
escola, pois contribuem para os alunos 
aprenderam análise tática, trabalho em equipe e 
respeito ao adversário, porém todos devem 
participar. Destacamos também a importância da 
formação das equipes que devem ser 
diversificadas tanto em gêneros, portes físicos e 
também os mais e os menos habilidosos. 
 
Já o professor deve sempre manter os 
alunos motivados, ditar e explicar com clareza as 
regras do jogo, e intermediar conflitos entre os 
alunos. Além de incitar os estudantes a identificar 
as próprias capacidades físicas, como ritmo, 
velocidade, força e resistência para que 
consigam se sair cada vez melhores. 
 
Educação Física e Saúde dos Alunos 
 
É importante o professor ter consciência 
do estado de saúde de seus alunos. Assim, ele 
poderá desenvolver aulas com mais qualidade, 
segurança e poderá também orientá-los de forma 
correta. Para isso seria interessante o professor 
juntamente com a escola realizar a avaliação 
antropométrica em seus alunos, além de aplicar 
o questionário IPAQ (Internacional Physical 
Activity Questionnaire). Este questionário tem o 
objetivo de avaliar o nível de aptidão física 
pertinente à atividade física, a coordenação 
motora e a saúde do aluno. Então, a partir dos 
resultados planejarem as aulas de educação 
física. 
 
Essas avaliações são importantes pois o 
professor passa a conhecer um pouco melhor 
seu aluno, está fundamentada no que diz os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), em 
seus objetivos para o Ensino Fundamental do 
terceiro e quarto ciclos: é importante despertar no 
aluno o conhecimento do seu próprio corpo e de 
ser orientado a cuidar do mesmo, valorizando e 
adotando hábitos saudáveis como um dos 
aspectos básicos da qualidade de vida, para que 
o aluno tenha responsabilidade em relação a sua 
saúde e a saúde coletiva. 
 
Importância do Aquecimento Antes da 
Atividade Física Escolar 
 
Os nossos músculos precisam de calor, 
principalmente quando está em repouso. Por isso 
precisamos fazer um aquecimento antes da 
atividade proposta. Quando o aluno vai para a 
aula de educação física é importante que o 
professor inicie com um pré-aquecimento. Esse 
aquecimento possibilita o aumento do fluxo de 
sangue para os músculos, aumentando a 
temperatura do corpo e diminuindo a 
probabilidade de lesões. 
 
 
Fonte: fortalimob.com.br 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
16 
 
 
O aquecimento é uma ferramenta que 
deve ser parte integrante do início de qualquer 
atividade recreativa, esportiva ou laboral. Logo 
após a atividade física, encerre a aula com um 
alongamento para relaxar toda a musculatura 
trabalhada. 
 
Cuidados Especiais com o seu aluno atleta 
durante os Treinos de Preparação Física 
 
Muitos alunos não têm costume de fazer 
qualquer tipo de exercícios físico. Por isso, o 
professor deve buscar saber mais sobre a vida e 
ficar atento a cada movimento que eles fizerem, 
pois, exercícios errados e com falta de postura 
pode ocasionar problemas ortopédicos e na 
coluna, além de lesão muscular, dores articulares 
e câimbras. 
É preciso buscar informações sobre a 
saúde do aluno, se há algum problema de saúde 
como diabetes, hipertensão arterial, problemas 
coronarianos e respiratórios, além de problemas 
na coluna como hérnia. 
Exercícios intensos sem saber algum tipo 
de informação em relação ao quadro clínico 
podem ser prejudiciais à saúde do estudante. Por 
isso, a importância de começar a praticar 
atividades físicas de forma gradual. 
Outro cuidado especial é alertar os 
alunos para a hidratação, sempre dar uma pausa 
na aula para todos beberem água. Em dias muito 
quentes utilizar espaços com mais sombras ou 
quadras cobertas, por exemplo. 
Orientar seu aluno a se alimentar melhor 
em dias que terão aulas de educação física é 
fundamental. Principalmente na parte da manhã 
em que muitos deles vão até em jejum para 
escola, o que é prejudicial. 
 
Expectativas da Educação Física na visão da 
comunidade escolar 
 
As expectativas são diferentes no olhar 
aluno versus professor. Muitos alunos e pais 
acreditam que as aulas são desenvolvidas 
corretamente. Porém, uma das grandes 
preocupações dos professores e das escolas, 
sobretudo as escolas públicas são a falta de 
materiais específicos e adequados para o ensino- 
aprendizagem. A grande maioria possui apenas 
materiais básicos para jogos coletivos. 
Há uma escassez de materiais para 
ginástica, aeróbica, dança e lutas. Aulas 
diversificadas contribuem para o 
desenvolvimento das potencialidades dos 
alunos, como: a socialização, o desenvolvimento 
motor e a autonomia. 
 
São importantes também as aulas 
teóricas, passar para os alunos o conhecimento 
histórico e cultural dos esportes. Por isso, é 
importante que o professor esteja se atualizando 
e muitos por ter uma carga-horária extensa são 
impedidos de preparar aulas com qualidades. 
Porém, como descreve Falkenbach 
(2002), é na escola o lugar de desenvolver a 
educação física que provoca as trocas e as 
aprendizagens entre as pessoas. Ela é 
responsável pelo aprendizado das relações entre 
as pessoas por via corporal. Portanto temos as 
expectativas que a educação física escolar 
exercerá o papel de fazer e compreender que a 
criança como sujeito dentro do espaço lúdico-
educativo, irá aprender e se desenvolver ao se 
expressar. 
 
 
Fonte: blogeducacaofisica.com.br 
 
A educação contemporânea renovadora 
busca constantemente novas metodologias e 
ferramentas que diversifiquem o trabalho 
coletivo. Assim, o estudante é inserido como o 
sujeito principal desse trabalho, transformando a 
sua realidade. 
Mais do que estimular a prática de um 
esporte, a educação física tem a função de 
permitir que os alunos vivenciem outras culturas. 
É preciso entendê-la como uma manifestação de 
cultura, onde o estudante além de saber praticar 
os movimentos corporais corretamente deve 
também entender a importância da cultura 
notória. 
É essa educação contemporânea e 
renovadora que queremos ver nas aulas de 
educação física. Por isso, é necessário o 
educador, a escola e a comunidade estarem 
abertos aos avanços e transformações que faz 
parte da sociedade, onde a informação é a 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
17 
 
temática fundamental do corpo social 
estabelecida através da convivência das 
pessoas, das relações construídas e de uma 
qualidade de vida estável5. 
 
INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Educação inclusiva 
 
A educação inclusiva é descrita pelos 
autores como um processo que vem sofrendo 
inúmeras mudanças com o passar dos anos. De 
acordo com Sassaki, citado por Duarte e Aguiar 
(2005), esse processo vem acontecendo desde a 
década de 80. Para os autores é caracterizado 
como a prática de inclusão de todos, 
independentemente do seu talento, deficiência, 
etnia ou cultura. 
 
 
Fonte: blogeducacaofisica.com.br 
 
Ao analisar esse processo no viés 
histórico, os autores destacam que importantes 
mudanças já aconteceram. De acordo com 
Rechineli et al (2008), verdadeiros absurdos 
aconteciam com pessoas com deficiência. 
Pessoas assim eram totalmente menosprezadas, 
destruídas ou até eliminadas da sociedade. 
Ou eram mortas, ou simplesmente 
abandonadas à própria sorte ficando à mercê de 
todo tipo de discriminação. A própria Igreja 
associava a deficiência ao pecado nesse 
período. 
Essa visão holística e preconceituosa, de 
acordo com os mesmos autores, começou a 
mudar somente no final do século XX e início do 
século XXI, quandose viu a necessidade de a 
humanidade olhar a todas as pessoas com 
reconhecimento acreditando nas potencialidades 
e capacidades de cada um. Dentro dessa 
perspectiva, relatam como fator de destaque no 
 
5 Texto extraído de: www.blogeducacaofisica.com.br 
período, o rompimento do até então paradigma 
excludente dando lugar à interação e valorização 
dos “corpos deficientes” da sociedade. 
Nesse sentido, é válido destacar que a 
educação inclusiva se tornou mais evidente a 
partir da Declaração de Salamanca que aponta 
importantes avanços no sentido de incluir alunos 
especiais em escolas regulares. Aliás, de acordo 
com Hegarty, citado por Rodrigues (2003), esse 
processo pode ser definido justamente como o 
desenvolvimento de uma educação apropriada e 
de alta qualidade para alunos com necessidades 
especiais na escola regular. 
Entretanto, apesar dos grandes avanços 
conquistados em prol da inclusão, esse tema têm 
sido alvo de muitos debates ainda nos dias 
atuais. A grande verdade nesse momento 
destacada pelos artigos analisados, é que a 
inclusão de alunos com necessidades especiais, 
na escola regular, é o grande desafio para o 
século XXI. A Educação Física, por sinal, como 
componente curricular representa parte 
significativa nesse processo. 
 
 
 
Educação Física Inclusiva 
 
Para Rodrigues (2003), a Educação 
Física não pode ficar indiferente ou neutra no 
processo de educação inclusiva. Ela pode se 
constituir como um adjuvante ou até mesmo um 
obstáculo adicional nesse contexto, dependendo 
acima de tudo da maneira como fora trabalhada. 
Mas antes de falar do momento presente, 
é preciso abordar um pouco dessa disciplina 
também no viés histórico. Rechinelli et al (2008), 
destacam as diferentes abordagens que 
caracterizaram a disciplina no decorrer do tempo, 
relacionando-as à questão da inclusão. 
Segundo os autores, durante a 
abordagem Militar e Higienista, a Educação 
Física favoreceu em muito à exclusão. Isso 
porque, todos aqueles que não se encaixassem 
nos padrões de normalidade, que tivessem com 
algum tipo de moléstia ou deficiência física eram 
simplesmente proibidos de participar das aulas. 
Durante a abordagem Tecnicista, a exclusão 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
18 
 
também se mostrou evidente nas aulas de 
Educação Física, visto que somente os mais 
habilidosos eram valorizados. É válido destacar 
assim, que é somente a partir da abordagem 
desenvolvimentista que surgem as primeiras 
propostas em favor da inclusão. 
Os referidos autores destacam ainda 
outras abordagens (construtivista, 
críticosuperadora e sistêmica), que embora de 
maneira restrita, já abordavam em suas teorias 
princípios de uma proposta voltada à educação 
inclusiva. Nesse sentido, a abordagem sistêmica 
aparece como a primeira a discutir questões 
relativas à inclusão ao abordar o princípio da 
diversidade e da participação de todos 
independentemente das diferenças. 
 
Fonte: curriculointerativo.sedu.es.gov.br 
Ao falar novamente da atualidade, 
Rechinelli et al (2008), destacam as mudanças 
ocorridas na LDB e nos PCN’s, que trazem 
importantes avanços no sentido de facilitar a 
inclusão. Para eles, os PCN’s aparecem como o 
primeiro documento oficial a propor de forma 
efetiva o desenvolvimento de práticas 
pedagógicas voltadas à diversidade propondo a 
inclusão através de uma Educação Física aberta 
a todos, independentemente de suas diferenças. 
Aliás, os objetivos dos PCN’s em sua maioria, 
trazem vários elementos que favorecem à 
inclusão, visto que, o respeito ao outro, a 
cooperação e a solidariedade são amplamente 
valorizadas em seu contexto. 
Entretanto, independentemente dos 
avanços conquistados na legislação no que se 
diz respeito à educação inclusiva, percebe-se 
uma grande diferença entre o discurso teórico e 
a realidade prática. Nesse sentido, os estudos 
analisados destacam as inúmeras e reais 
dificuldades encontradas pelos profissionais para 
colocar em prática de fato esse processo. 
Destacam também algumas vantagens. 
Inicialmente, portanto abordaremos 
alguns aspectos positivos. Uma das vantagens 
citadas por Rodrigues (2003), refere-se à 
flexibilidade inerente aos conteúdos trabalhados 
em Educação Física. Segundo o autor, o 
professor dessa disciplina possui uma maior 
liberdade em organizá-los facilitando a sua 
prática. Outra vantagem apontada pelo autor é de 
que os professores de Educação Física são 
vistos como profissionais que desenvolvem 
atitudes mais positivas perante os alunos que os 
demais professores, gerando assim atitudes mais 
favoráveis à inclusão. O terceiro aspecto 
destacado é que a Educação Física permite uma 
maior participação dos alunos nas atividades, 
inclusive daqueles que evidenciam dificuldades. 
Entretanto, o referido autor destaca ainda 
importantes constatações referentes aos 
problemas também encontrados pelos 
professores de Educação Física. Assim sendo, 
no que se diz respeito a atitudes positivas dos 
profissionais, diz que não há homogeneidade e 
que sofrem influência de diferentes fatores. 
Nesse sentido, por exemplo, mulheres, 
professores mais experientes e que tem 
conhecimento do tipo de deficiência apresentam 
atitudes mais positivas em relação aos demais. 
 
Outra problemática destacada ainda por 
esse autor, refere-se à formação dos 
professores, que raramente engloba aspectos 
referentes a Educação Inclusiva na sua formação 
acadêmica. Os conteúdos de informação sobre 
deficiência são frequentemente inexistentes ou 
então pouco direcionados para a resolução 
concreta de problemas a serem encontrados. 
O terceiro problema abordado refere-se a 
um número deficitário de professores de apoio 
que tenham formação em Educação Física. A 
maioria desses profissionais, são formados em 
outras áreas dificultando assim o auxílio aos 
professores de Educação Física quando assim 
se faz necessário. 
Finalizando, Rodrigues (2003) destaca 
que mesmo tentando incluir, as aulas de 
Educação Física acabam sendo por si só 
excludentes. Isso porque se desenvolve numa 
escola cuja cultura possibilita a exclusão 
daqueles que não se enquadram nos padrões 
esperados. Da mesma forma, a cultura 
competitiva também pode ser um fator de 
exclusão, à medida que somente os melhores 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
19 
 
são valorizados desprestigiando assim a 
participação de todos. 
Em estudo semelhante, contudo ainda 
mais detalhado, Aguiar e Duarte (2005), trazem 
importantes constatações referentes a maneira 
como professores de Educação Física agem e 
reagem perante a proposta de educação 
inclusiva6. 
 
 
Fonte: curriculointerativo.sedu.es.gov.br 
 
Educação Física: Adaptada ou Inclusiva 
 
Podemos dizer que se tem duas linhas na 
educação física quando se trabalha com 
portadores de necessidades especiais. São duas 
modalidades de atuação que dependem muito 
mais dos educadores que dos alunos 
propriamente. 
Uma das modalidades é a educação 
física adaptada, na qual os estudantes com 
deficiência praticam atividades físicas separados 
dos seus colegas. 
A outra é a educação física inclusiva, na 
qual todos participam das mesmas atividades 
propostas. 
A prática das duas modalidades requer 
um ambiente acessível, que oferece 
oportunidades iguais, com inclusão social e 
valorização das diferenças, estimule o 
desenvolvimento de habilidades e valorize as 
competências individuais. Para isso, cabe ao 
professor planejar as aulas de acordo com as 
especificidades dos alunos de cada turma. 
Sabe-se que essas duas modalidades se 
encontram designadas à sociedade em uma só 
que é a educação física adaptada. Mas deve ser 
de uma maneira diferente: a inclusão deve 
acontecer com a adaptação dos recursos, das 
regras, dos professores, dos alunos, dos pais e6 Texto extraído de: 
www.meuartigo.brasilescola.uol.com.br 
de todos os envolvidos no processo de 
ensino/aprendizagem de uma pessoa. 
A educação física contribui para o 
desenvolvimento físico, intelectual, social e 
psicológico através de jogos e brincadeiras. É 
nesse contexto que a inclusão deve ocorrer. 
 
Melhores Atividades Físicas Para Inclusão 
 
Qualquer atividade física é recomendada 
para portadores de necessidades especiais 
assim como para pessoas ditas “normais”, desde 
que se adapte o jogo ou a brincadeira para que 
elas possam ser incluídas e possam praticar 
junto ao grupo regular, sem necessidade de 
montar uma turma extra. 
Portanto, na escola, as atividades 
oferecidas como recreativas, tanto os jogos como 
as brincadeiras, devem ser pensadas de tal 
maneira que abranjam todos os praticantes com 
deficiência ou não. 
Através dessas atividades recreativas, 
jogos lúdicos e passa tempos todos os alunos 
podem se beneficiar no senso de realização, 
consciência corporal, desafios físicos e mentais, 
melhoria da autoestima, expressão criativa, 
chance de fazer amizades, oportunidade de 
competir e sistema de cooperação e tudo mais 
que explore a socialização. 
 
As Dificuldades da Educação Física 
Adaptada 
 
Sabemos que nem todas as escolas 
estão preparadas para receber o aluno portador 
de uma deficiência e por vários motivos, entre 
eles, porque os professores não se sentem 
preparados para atender adequadamente as 
necessidades daqueles alunos e porque as 
escolas que não têm deficiência não foram 
preparadas sobre como aceitar ou brincar com os 
colegas com deficiência. 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
20 
 
 
Fonte: fatoamazonico.com 
 
Talvez a grande dificuldade nas aulas de 
educação física está em atingir ao mesmo tempo 
todos os alunos e cada um deles. Isso porque 
não existem pessoas iguais, portanto a 
diversidade se torna um ponto de análise para 
não ocorrer fracasso na educação. 
Nesse caso, o professor é a ferramenta 
principal e isso implica dizer que ele influencia 
diretamente no desenvolvimento do aluno e 
muitas vezes interfere na gestão familiar e social 
do indivíduo. Portanto a maior dificuldade é o 
próprio professor saber se está preparado e tem 
condições favoráveis de receber os alunos com 
necessidades especiais junto a turma. 
A partir daí o professor no seu trabalho 
didático-pedagógico com base nos campos 
psicomotor, cognitivo e social deve se preparar e 
trabalhar gradualmente do grau menos complexo 
até o mais complexo, respeitando a 
heterogeneidade da turma e levando a 
independência do aluno com necessidade 
especial para sua evolução global. 
Nessa oportunidade de independência, o 
professor como promotor do convívio entre os 
alunos estimula no aluno com necessidade 
especial a autoestima, o autoconhecimento, o 
autodomínio, suas habilidades psicomotoras e 
sociais e estimula os outros alunos a 
entenderem, aceitarem as diferenças e apoiarem 
esse desenvolvimento fechando a ideia de 
inclusão. 
 
Modalidades Esportivas Adaptadas ao 
Deficiente Físico 
 
Só para elucidar, atualmente as pessoas 
com deficiência física praticam esportes como: 
atletismo, arco e flecha, basquetebol em cadeira 
de rodas, bocha ciclismo, esgrima em cadeira de 
rodas, futebol para amputados e paralisados 
cerebrais, halterofilismo, hipismo, iatismo, 
natação rúgbi, tênis em cadeira de rodas, tênis de 
mesa, voleibol sentado para amputados, etc. 
Essas práticas esportivas e que hoje 
estão dentre as modalidades das paraolimpíadas 
mostram o quanto à educação física evoluiu 
desde a segunda guerra. 
 
1. Natação 
 
É um dos esportes mais apropriados 
para indivíduos com algum tipo de deficiência 
física, devido aos benefícios e facilidades 
proporcionados pela execução de movimentos 
com o corpo imerso na água. Tem valor 
terapêutico, recreativo e social. Reduz o grau de 
fraqueza e de complicações o que traz grandes 
contribuições nos processos de reabilitação. 
Além disso, desenvolve a coordenação, 
condicionamento aeróbico, reduz a espasticidade 
e resulta em menos fadiga que outras 
modalidades o que contribui muito para que a 
natação seja praticada por portadores de 
diversas deficiências físicas. Portanto, a natação 
pode ser apresentada de três formas para essa 
prática: natação terapêutica ou utilitária, natação 
recreativa ou esportiva formal e natação 
competitiva. 
 
 
2. Corrida 
 
Praticada por pessoas deficientes físicos, 
visuais ou intelectuais. Os deficientes visuais são 
acompanhados por um guia, geralmente seus 
treinadores, ligados a eles por uma corda. Os 
deficientes físicos usam próteses ou cadeiras de 
rodas. E os intelectuais correm sozinhos 
conforme o grau de deficiência. 
Familiares e amigos que gostam e 
também praticam devem ser os principais 
incentivadores nesta inclusão, que nem sempre 
é fácil, mas é desafiadora. Se para uma pessoa 
sem deficiência participar de uma maratona ou 
provas menores já é emocionante e significa 
superação pessoal, imaginem para um 
deficiente. 
 
3. Basquete 
 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
21 
 
Disputado por pessoas com alguma 
deficiência físico-motora, é o esporte mais 
divulgado e mais praticado por deficientes físicos. 
Geralmente as cadeiras são adaptadas e 
padronizadas. As dimensões da quadra, a 
pontuação e a altura da cesta são as mesmas do 
basquetebol convencional. 
Fonte: ochefaodanoticia.com.br 
 
Uma das adaptações durante o jogo é 
que no lugar dos dois passos, o jogador só pode 
dar dois toques na cadeira sem que continue 
quicando a bola, ou passe para outro jogador. Em 
se tratando de competições, o basquete foi a 
primeira modalidade paraolímpica a ser praticada 
no Brasil. 
 
4. Ciclismo em Cadeira de Rodas 
 
Dentre os deficientes que praticam 
ciclismo e que competem segundo o comitê 
paraolímpico brasileiro estão os paralisados 
cerebrais, deficientes visuais, amputados e 
lesionados medulares (cadeirantes). 
Nesta modalidade também a adaptação 
do material conforme a deficiência, por exemplo, 
os cegos pedalam em uma bicicleta dupla, sendo 
guiados por outra pessoa que fica no banco da 
frente, a handbike é movida pelos braços e 
destinada aos cadeirantes. Já os paralisados 
cerebrais podem usar as bicicletas convencionais 
ou triciclos, conforme o grau de lesão do atleta. 
Quer entender o que se passa com um 
deficiente físico, quais suas dificuldades frente ao 
esporte e como é a sensação de superação? 
Tente, em cada uma das modalidades 
citadas neste artigo, experimentar a vivência dos 
deficientes. Por exemplo, na natação não use um 
ou ambos os braços, na corrida vende seus olhos 
e peça para alguém guiá-lo, no basquete convide 
amigos para jogarem sentados em cadeiras com 
rodinhas. 
É interessante mostrar aos alunos sem 
deficiência a gama de possibilidade que os 
esportes paraolímpicos oportunizam as pessoas 
com deficiência e que se eles são capazes, os 
seus colegas de aula também podem ter 
oportunidades de prática. 
 
O Papel do Educador Físico 
 
O professor de educação física tem que 
estar preparado para lidar com o processo de 
inclusão. Ele deve garantir além do direito de as 
pessoas com necessidades especiais 
frequentarem as aulas, deve também garantir as 
condições necessárias de aprendizagem. 
 
 
Fonte: blogeducacaofisica.com.br 
 
O professor de educação física consegue 
através de um processo de adaptação das aulas, 
desde que vá além de seus conhecimentos 
básicos, fazer com que exista coparticipação de 
alunos com e sem necessidades especiais no 
mesmo momento. 
Deve colocar seu aluno como prioridade 
e não o esporte ou a aula em si. No momento que 
pensa no aluno em primeiro lugar vai adaptar sua 
aula a heterogeneidade da turma respeitando 
cada aluno dentro de um grupo. Tendo a 
flexibilidade inerenteaos conteúdos conduz a 
uma maior facilidade de aprendizagem, estimula 
a criatividade, a resolução de problemas e a 
cooperação no desenvolvimento de tarefas pelos 
alunos. 
Assim, o professor pode ser visto como 
um símbolo de ações positivas levando os alunos 
a terem uma vivência prazerosa da educação 
física, com essas atitudes favoráveis a inclusão. 
Ele rompe paradigmas: da incapacidade para a 
capacidade, da baixa estima para autoestima e 
da exclusão para a inclusão. 
Portanto cabe ao professor a tarefa de 
saber, conhecer e identificar as diferenças, 
porém sempre no sentido de tentar incluir a aluna 
para uma prática comum e cada vez menos 
isolada do restante dos outros alunos da turma. 
Se o professor entender isso, acaba que 
não existe nenhum método, ideal ou perfeito da 
educação física que se aplique ao processo de 
inclusão, porque o professor sabe e pode 
combinar numerosos procedimentos para 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
22 
 
remover barreiras e promover a aprendizagem 
dos seus alunos. 
 
Como Planejar Uma Aula Adaptada 
 
O planejamento sistemático é necessário 
para que as atividades sejam mais eficientes. 
Primeiramente o professor deve estar a par da 
vivência do estudante. Depois fazer o seu plano, 
seguindo uma sequência de ação: conhecimento 
da realidade – reflexão – voltar ao plano que será 
executado. 
O professor deve ter um objetivo a ser 
alcançado e os métodos que utilizará para chegar 
a esse objetivo. A proposta é que o professor 
deve contemplar o maior número de práticas 
corporais e de conhecimentos a partir da prática 
de diversos conteúdos explorados em jogos, 
brincadeiras e porque não atividades 
competitivas que busquem um sistema de 
cooperação entre os alunos. 
A aula adaptada pode ocorrer havendo 
ou não alunos portadores de deficiência. Não 
existindo alunos deficientes, a aplicação de 
conteúdo de jogos adaptados serve para mostrar 
aos alunos como os deficientes se sentem e as 
dificuldades e desafios que encontram. Nesse 
sentido, quando houver a necessidade de 
integrar na turma um aluno com deficiência os 
outros alunos e até mesmo o professor já terão o 
entendimento e a aceitação com esse aluno. 
 
 
Fonte: facem.com.br 
 
Dicas 
 
• Fazer adaptações no programa escolar: 
avaliação, planejamento e execução das 
atividades; 
• A avaliação constante do programa de 
atividades possibilita as adequações 
necessárias, considerando as 
possibilidades e capacidades dos alunos, 
sempre em relação aos conteúdos e 
objetivos da educação física (adaptação 
de material e sua organização na aula, 
tempo disponível, espaço); 
• Aplicar uma metodologia adequada à 
compreensão dos alunos, usando 
estratégias e recursos que despertem 
neles o interesse e a motivação, através de 
exemplos concretos, incentivando a 
expressão e a criatividade; 
• Adaptar os objetivos e conteúdos quando 
forem necessários, em função das 
necessidades educativas, dar prioridade a 
conteúdos e objetivos próprios, definindo o 
mínimo possível e introduzindo novos 
quando for preciso; 
• Perceber os interesses e necessidades do 
aluno em relação as atividades propostas; 
• Analisar por quanto tempo o aluno 
consegue permanecer atento as tarefas 
solicitadas, para que se possa adequar as 
atividades às possibilidades do mesmo; 
• Analisar em que grupo de estudantes 
haverá maior facilidade para 
aprendizagem e o desenvolvimento de 
todos. 
• Uma das possibilidades de se trabalhar 
com os alunos a superação dos 
preconceitos, atrelados à falta de 
capacidade, é convidar uma pessoa com 
deficiência, que pratique o esporte com 
certo nível de eficácia sobre aquela prática 
corporal (um atleta possivelmente), para 
que realize uma demonstração na escola. 
Assim, os alunos podem perceber as 
capacidades que as pessoas com 
deficiência possuem e, assim, terem a 
chance de rever e ressignificar seus 
valores, crenças e conceitos em relação 
aos deficientes. 
 
Cuidados e Restrições 
 
• Respeitar o ritmo, pois, geralmente, são 
mais lentos naquilo que fazem como falar, 
andar, pegar as coisas, entender uma 
ordem, etc; 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
23 
 
• Ter paciência quando os ouvir, pois alguns 
têm dificuldade de fala; 
• Lembrar que eles não têm uma doença 
contagiosa, portanto o carinho, o abraçar e 
estar sempre perto faz bem; 
• Só tome uma atitude de ajudar em uma 
determinada atividade, quando for 
solicitado, pois muitas vezes a ajuda 
atrapalha que qualquer outra coisa; 
• É necessária uma desconstrução do 
esporte de rendimento, a fim de gerar um 
modelo de “esporte da escola; 
• O aluno enquanto sujeito do processo de 
ensino deve ser capacitado para sua 
participação na vida social, cultural e 
esportiva, o que significa não somente a 
aquisição de uma capacidade de ação 
funcional, mas a capacidade de conhecer, 
reconhecer e problematizar sentidos e 
significados nesta vida, através da reflexão 
crítica; 
• O esporte adaptado a escola, não deve ser 
no seu formato convencional, com regras 
e valores da esporte performance, 
consequentemente, excludente; 
• O professor deve procurar saber sobre a 
etiologia, tipologia e grau de deficiência do 
aluno que compõe sua turma. Para tanto, 
a relação com a família e a escola para 
obter informações sobre o tipo e o nível de 
deficiência e suas potencialidades é 
necessário. 
 
Fonte: blogeducacaofisica.com.br 
 
A inclusão de todos na escola 
independente do seu talento ou deficiência, 
reverte-se em benefícios para os alunos, para os 
professores e na sociedade em geral, pois 
sabemos que o contato das crianças entre si 
reforça atitudes positivas no processo da 
inclusão e da integração. 
 
7 Texto extraído de: www.blogeducacaofisica.com.br 
Para que isso aconteça é preciso ainda 
repensar o papel do professor e sua prática 
pedagógica, quando o processo da inclusão 
educacional de alunos com necessidades 
especiais e de outros alunos com que a escola 
tem dificuldade de lidar tem muito a beneficiar 
com as propostas metodológicas dos professores 
de educação física que, com criatividade, podem 
usar o corpo, o movimento, o jogo, a expressão e 
o desporto como oportunidades de celebrar a 
diferença e proporcionar aos alunos experiências 
que realcem a cooperação e a solidariedade. 
Mas, sabemos antes de tudo, que o 
professor ainda está em fase de preparação para 
enfrentar esta realidade cada vez mais presente, 
na qual alunos com e sem deficiências estão 
inseridos no mesmo ambiente escolar e na 
mesma turma. 
E a educação física por trabalhar através 
do movimento todas as questões pessoais e 
interpessoais pode através de adaptações dos 
esportes com jogos sem regras pré-
estabelecidas e brincadeiras estimular a 
coparticipação dos alunos no processo de 
ensino/aprendizagem. 
 
A educação física adaptada está hoje 
num patamar importante, pois não há essa 
necessidade de rigidez de conteúdo. Partindo de 
um planejamento pedagógico coerente, este 
passa a ser um instrumento de constante 
orientação e também de base para possíveis 
mudanças decorrentes do processo de ensino. 
Isso nos mostra que há necessidade de 
mudanças na visão e atitudes de professores e 
demais envolvidos no processo 
ensino/aprendizagem. Afinal, a presença do 
aluno com deficiência na escola deve ser vista 
como um elemento importante para se trabalhar 
conceitos de respeito perante as diferenças. Ao 
contrário da visão arcaica e ainda presente para 
alguns professores de que a presença de um 
aluno com deficiência na turma seria uma 
espécie de atraso pedagógico para os demais7. 
 
DESVALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA ESCOLAR 
 
É visível na rotina escolar a desfeita e a 
irrelevância que ocorre com o componente 
curricular e os professores de Educação Física.

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