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Relações Internacionais

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CAMPO DE 
REFUGIADOS 
DE DADAAB, 
NO QUÊNIA.
FONTE: 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s
&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKE
wjU7aDevcrVAhXDl5AKHTYeAZwQjRwIBw&url=http%3A
%2F%2Fsicnoticias.sapo.pt%2Fmundo%2F2017-02-09-
Supremo-Tribunal-do-Quenia-impede-encerramento-
do-campo-de-refugiados-de-
Dadaab&psig=AFQjCNFJKbqnbWxRYEDOh3bt4B-
m3re5_Q&ust=1502379292386428
MENINA 
AFEGÃ 
(TARANEH) 
FERIDA APÓS 
ATENTADO A 
BOMBA.
Foto premiada com o Politzer, 
tirada pelo fotógrafo Massoud
Hossaini, em 6 de dezembro de 
2011.
QUE SE PODE FALAR SOBRE A 
SITUAÇÃO DA VENEZUELA??
“A reflexão sobre a temática das relações internacionais está 
presente desde os pensadores da antiguidade grega, como é 
o caso de Tucídides. Igualmente, obras como a Utopia, de 
Thomas More, e os escritos de Maquiavel, Hobbes e 
Montesquieu requerem, para sua melhor compreensão, uma 
leitura sob a ótica mais ampla das relações entre estados e 
povos.” (IPRI).
“No mundo moderno, como é sabido, a disciplina Relações 
Internacionais surgiu após a Primeira Guerra Mundial e, desde 
então, experimentou notável desenvolvimento, transformando-
se em matéria indispensável para o entendimento do cenário 
atual. Assim sendo, as relações internacionais constituem área 
essencial do conhecimento que é, ao mesmo tempo, antiga, 
moderna e contemporânea.” (IPRI).
Segundo Jubran, Leães e Valdez (2015), a delimitação 
epistemológica da área das Relações Internacionais (RI) ainda 
permanece bastante desconhecida, mesmo nos ambientes 
acadêmicos.
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
1. História das Relações Internacionais
Preocupação com o fenômeno internacional 
O tardio desenvolvimento da disciplina: 1) a evolução das ciências sociais (fins 
do século XIX e início do XX) e; 2) desenvolvimento do sistema 
internacional “europeu” rumo à sociedade mundial. 
O impacto das duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945)
Ciência dos países vencedores: Corrente “Européia” versus Corrente Anglo-
saxã.
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Processo de mundialização altera pautas de comportamento, nos valores 
predominantes, nos modelos de gestão política, necessárias a dar respostas à 
novas dinâmicas.
Centralidade da relação cooperação, com ênfase no progresso de soluções 
pacíficas de solução de controvérsias internacionais, e conflito. 
Problemas das RI’s em sua gênese: imprecisão de objetos, noções, categorias e 
conceitos.
Paradigma Fundador: 
O Paradigma Tradicional ou “Estatocêntrico”: Estado e Poder são os dois 
referenciais básicos. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Relações Internacionais seriam um prolongamento dos argumentos sobre a 
natureza do Estado. 
Contribuições: 1) Direito – conceitos como soberania e independência. 
Contratualismo e Individualismo; 2) Diplomacia – regularidades internacionais 
e os tratados; 3) História Diplomática – práticas internacionais consolidadas; 
4) História – origens e efeitos dos fenômenos internacionais. 
Mudanças que propiciaram a consolidação das ciências sociais: 1) mudanças 
estruturais nas sociedades; 2) desenvolvimento tecnológico e industrial; 3) 
movimentos sociais e políticos; 4) heterogeneidade da sociedade internacional; 
5) desejo pela paz;
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
6)Cooperação entre Estados; 7) acentuação da íntima relação de PI com PEx. 
Início do século XX surgem Instituições [Carnegie Endowment for 
International Peace e World Peace Foundation] e obras como “World Politics” 
(1900) e “Introdução ao Estudo das Relações Internacionais” (1916), ambas 
de Paul Reinsch. 
Perspectiva Estatal → Sociedade de Estados/ Interesses Coletivos
Década de 1930 – Caráter Interdisciplinar da disciplina; Delimitação do Objeto
Década de 1950 – Debate Metodológico
Americanização/Ocidentalização
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
RI’s – Pragmatismo versus Filosofia
Atraso na América Latina: 1) monopólio do Direito e/ou História; 2) 
Desenvolvimento tardio das ciência sociais; 3) contexto histórico 
internacional.
Para Holtsi o paradigma tradicional gira em torno de 3 questões: i) causas da 
guerra e condições de paz-segurança; 2) atores essenciais e/ou as unidades de 
análise; 3) as imagens do mundo sistema-sociedade-comunidade dos Estados. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
2. Epistemologia das RI’s – Teorias
Orientação essencialista (revelação da essências das diversas entidades sociais, 
seja através de uma reflexão filosófica que se situa ao nível de um 
conhecimento racional fundado numa racionalidade supra-empírica, seja 
através de uma compreensão intuitiva)
Orientação teórico-empírica (a teoria seria um conjunto coerente de proposições 
sujeitas a verificação)
Orientação dialético-histórica (aborda a sociedade como uma totalidade, 
procurando revelar os antagonismos estruturais e contradições intra-sociais; 
crítica a realidade social. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Teoria Geral e Teoria Parcial – aquela que procura, a partir de uma visão 
global, esclarecer o fenômeno em seu conjunto; por oposição, uma teoria 
parcial se limita a um aspecto das relações, a um tipo de processo em que o 
fenômeno se manifesta. Exemplos: a) Teoria Geral: Realismo; b) Teoria 
Parcial: Teorias da Estratégia.
Escola – Apesar de suas teorias e metodologias próprias, a principal 
característica de uma escola é a orientação ideológica a respeito das análises. 
Exemplos: Escola Idealista; Escola Crítica
Formas de abordagem – Orientações metodológicas acerca da condução da 
análise.
CONCEITOS BÁSICOS EM RI
- EXTRAÍDO DE RAFAEL ÁVILA
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Anarquia – Não é doutrina política mas a idéia de ausência de autoridade política, 
supranacional, capaz de coordenar, mediar, as ações do atores do sistema. Um dos 
fundamentos do chamado PPC Realista Estrutural. Transpõe-se diretamente da 
discussão da formação do Estado por Hobbes (Leviatã). 
Appeasement (Apaziguamento) – Política de permitir/ceder aos desejos de um Estado 
de forma a evitar a agressão por parte deste. Acredita-se que está tenha sido a política 
adotada pelos aliados na década de 1930 em relação a Hitler de forma que isso 
permitiu o fortalecimento do regime nazista. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Ator – Participante de um processo ou de um fenômeno. Os teóricos de RI’s concebem 
o sistema internacional como um cenário, fazendo analogia ao teatro, enquanto os 
participantes deste são os atores. Estes seriam entes que participam efetivamente do 
fenômeno internacional. A determinação de qual ator participa do processo das ri’s
varia segundo a abordagem teórica. Há dois tipos de atores principais: 1) atores 
estatais, ou seja, aqueles que tem características estatais (soberania, monopólio 
legítimo de força, autonomia para escolha de orientações políticas e econômicas, 
população e território sobre sua tutela) e; 2) atores não-estatais que são os atores que 
não são unidades soberanas. Tem ausência de uma ou mais das características acima 
citadas. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Atores não estatais são por exemplo: organizações multinacionais, corporações 
financeiras, organizações não-governamentais. A questão é a capacidade de gerar 
efeitos no sistema internacional.
Auto-determinação – Para as RI’s, auto-determinação se refere à faculdade de um 
povo ou nação de determinar autonomamente seu próprio destino político. Ainda 
que suas origens remontem a Declaração Universal dos Direitos dos Homem e do 
Cidadão a idéia passou a ganhar força em meados do século XX, especialmente em 
virtude dos movimentos anti-colonialistas. Duas facetas: i) autonomia e liberdade 
políticas; ii) princípio de não ingerência em assuntos internos. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Balança de Poder – Entendida como uma situação de simetria de poder entre 
unidades estatais que lhes cria uma situaçãode equilíbrio. Ele pode ser criado pelos 
atores internacionais de forma deliberada ou surgir espontaneamente no sistema em 
virtude de combinações e arranjos políticos naturais que vão se formando. Os 
Estados orientam suas políticas externas em função do próprio equilíbrio. Para isso, 
as alianças se tornam fundamentais, alianças essas que podem ser de dois tipos: i) 
alianças a priori, que se forma independente do tema/regime em questão; ii) alianças a 
posteriori, que se forma a medida do interesse dos atores em interação. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Capabilities – Capacidades internas de um Estado. Aquilo que em seu conjunto auxilia 
na determinação do poder de um Estado. Como é um atributo do Estado, as 
capabilities são mais importantes para as concepções cujo ator estatal é o ente mais 
relevante. Para Wendzel, não basta que o ator tenha posse de certa mistura de 
capacidades, é preciso desenvolvê-las e articulá-las. São: 1) fatores geográficos, 2) 
população; 3) recursos naturais; 4) poder econômico; 5) poder militar; 6) funções 
governamentais e; 7) características da sociedade. 
Conflito – Situação onde há embate entre pessoas ou grupos de pessoas que se opõe e, 
portanto, lutam (não só fisicamente). Segundo Viotti, conflito é “um desacordo; uma 
oposição ou
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Choque de unidades. A questão da violência é inexistente e, quando existe, pode ter intensidade 
variável. O Conflito pode ser intra-pessoal, inter-pessoal, intra-social ou inter-social. 
Détente – Uma palavra de origem francesa cujo sentido quer dizer “descanso”. Nas RI’s détente 
tem comumente significado afrouxamento ou distensão nas relações tensas entre nações ou 
governos. As décadas de 1960 e 1970 são normalmente referenciadas com este vocábulo pois 
houve um relativo afrouxamento nas relações entre Estados Unidos e União Soviética. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Deterrência – Apesar de deterrência ser literalmente impedimento, deterrência é o 
efeito psicológico em um dos atores, gerado pela ameaça de seu oponente, que resulta 
em uma decisão de não levar algum ato adiante. O estado que sofreu deterrência 
desiste, de forma irracional, de empreender uma ação por medo de retaliação, ou 
racionalmente, por perceber que entrando em ação não alcançará com sucesso os 
objetivos planejados. Ou ainda, que os custos da ação serão altos demais para ele. 
Dilema de Segurança – Idéia desenvolvida por John Herz, o dilema de segurança 
ocorre quando um Estado X começa a se armar tendo em vista sua própria proteção 
e, conseqüentemente, sua auto-preservação. A lógica por detrás é que somente um
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Estado poderoso militarmente poderá sobreviver no sistema internacional anárquico. 
Este armamento, ainda que para fins defensivos, poderá fazer com que os demais 
Estados no sistema internacional adotem uma postura agressiva em relação ao 
primeiro e também comecem a adquirir armas. Esta reação por parte dos demais 
Estados gerará insegurança no primeiro que reiniciará o processo. 
Estrutura – Organização das partes ou dos elementos que formam um conjunto. Nas 
RI’s, estrutura significa o arranjo em torno da variável poder e dos próprios 
relacionamentos em torno dele. No marxismo, a estrutura é construída em função das 
relações estritamente econômicas. Polaridade e anarquia são características da 
organização da estrutura internacional.
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Fundamentalismo – Significa a busca por fundamentos, por raízes, 
pelas origens. No ocidente, fundamentalismo tem remetido a uma série 
de movimentos religiosos, em diferentes países, que buscam o retorno 
ao modo de vida arcaico. Para o ocidental, fundamentalismo tem 
significado ainda rejeição ao novo, moderno, de forma que o 
fundamentalismo é acoplado a uma mente dogmática, oposta à ciência 
e a reforma. 
Guerra Justa – Deriva da formulação teórica normativista em RI’s e 
defende: 1) Direito dos Estados de ir à guerra, quando agredidos, onde 
a decisão de ir à guerra ocorreu mediante o esgotamento de todos os 
mecanismos pacíficos de solução da controvérsia; 2) quando os meios 
empregados são proporcionais aos objetivos propostos. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Hegemonia – Significa preponderância, supremacia, superioridade. Todavia, 
hegemonia não necessariamente se associa diretamente à força e/ou poder. Para 
Gramsci, hegemonia significa conduzir, liderar, guiar, comandar. Seria a união entre 
domínio, que é a possibilidade do uso da força, com direção, que é a criação de 
valores culturais que legitimam, ou pelo menos justificam, o domínio de um ator 
sobre os demais.
High Politics – temas considerados de maior importância pelos atores internacionais 
dentro da agenda internacional. Geralmente high politics se associam às questões de 
segurança e interesses estratégicos. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Imagem – Perspectiva geral das relações internacionais e do mundo político, que 
consiste em certas suposições acerca dos atores e dos processos. Derivada da corrente 
“O Homem e suas imagens”, envolve abordagens que centram sua análise no ator 
individual, que pode ser o próprio homem, o estado ou o sistema. É portanto um 
produto das mensagens recebidas, do aparato cognitivo. 
Jogo de Soma Não Zero ou Jogo de Soma Variável – Derivada da teoria dos jogos, 
se refere à situação onde os adversários, conscientes de que obterão ganhos relativos e 
não absolutos em suas ações, buscam conseguir uma solução que é a melhor para 
todos, ou menos pior para eles. É um jogo em que os interesses dos adversários são 
parte idênticos, parte antagônicos. Ganhos e perdas não são equivalentes. A variação 
do número de jogadores é fundamental. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Jogo de Soma Zero ou Jogo de Soma Fixa – É uma situação em que dois ou mais 
atores tratam de conseguir o melhor resultado que o adversário, visando agir pela 
lógica de que tudo que o adversário perder seja revertido em ganho para si próprio. 
Geralmente se busca a vitória, tentando maximizar seu resultados (minimax). 
Low Politics - temas considerados de menor importância pelos atores internacionais 
dentro da agenda internacional. Geralmente low politics se associam a qualquer questão 
que não ligada à segurança e interesses estratégicos. Tradicionalmente, meio-ambiente, 
direitos humanos, desigualdades sociais são temas de low politics. É considerada uma 
parte da agenda mais democrática e com maior capacidade de formação de regimes 
internacionais. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Nação – Conjunto de indivíduos ou povo de um país que habitam o mesmo território, 
falam a mesma língua, têm os mesmos costumes e obedecem à mesma lei. 
Geralmente são da mesma raça. Segundo Viotti, não são um grupo de pessoas com 
uma identidade comum. Na gênese da disciplina de RI’s nação, Estado e Estado 
Nação eram tratados como sinônimos. Relações Internacionais eram tratadas como 
relações entre Estados e não entre nações. De fato, sabe-se que um Estado pode 
conter uma ou mais nações da mesma forma que pode haver nações sem territórios.
Organizações Internacionais – Aquelas cujos membros são compostos por Estados 
e representados pelos seus governos respectivos. Os laços entre seus membros são, 
portanto, transgovernamentais e os objetivos são traçados em função de suas políticas 
burocráticas. O mecanismo
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
diplomático é o mais comum nessas associações ou instituições com objetivos definidos 
pelos seus membros. 
Organizações Não-governamentais – organizações que atuam nos planos doméstico 
e internacional e que apresentam caráter não-governamental. Ou seja, são atores 
distinto do Estado soberano, seja indivíduos seja grupos privados. Os laços 
estabelecidos transcendem as relações transgovernamentais, inter-estatais e/ou 
simplesmenteburocráticas. São associações ou instituições com objetivos definidos 
pelos seus membros e com atuação normalmente finita no tempo e de escopo 
restrito. 
Poder – Nas abordagens realistas poder é a variável predominante nas
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
relações entre os atores internacionais. Poder não só determina o comportamento dos 
atores estatais, que segundo os realistas é condicionado pela busca incessante de 
incremento de poder, como também é uma característica inerente deles. Diversas são 
as concepções de poder: i) ter a faculdade, possibilidade de ou autorização para 
realizar alguma coisa; ii) ter ocasião, oportunidade, meio de dispor de força ou de 
autoridade; iii) força física ou moral, valimento ou influência; iv) o direito de deliberar, 
agir, mandar. Segundo Parsons, poder é a capacidade que tem pessoas ou 
coletividades de conseguir que as coisas sejam feitas, especialmente quando seus 
objetivos são obstruídos por resistências ou oposições humanas. Resistência pode 
levar à medidas coercitivas, incluindo uso de força física. Para Weber, poder é a 
possibilidade de impor a 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
própria vontade ao comportamento alheio. Arendt acredita que poder é a faculdade de 
se alcançar um acordo quanto a uma ação comum, no contexto da comunicação livre 
da violência. Para Viotti, poder são as capabilities ou capacidades relativas de atores 
como os Estados. 
Poderes Erráticos – O conceito vem da idéia de errante, ou seja, aquilo que vagueia, 
que é nômade, vagabundo. Poderes erráticos seriam aqueles que temporariamente se 
estabelecem, que vagueiam, que são provisórios ou marginais no sistema, 
especialmente quando se pensa em termos de poderes constituídos e estabelecidos. 
Não são reconhecidos no sistema como poderes legítimos. Importante é focar nas 
suas formas de atuação, sua natureza e papel nas RI’s. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Política – Assim como poder, o conceito de política encontra diversas definições. 
Segundo Lasswell, política são os processos que determinam quem adquire algo, 
quando e como. Política pode ser tanto a ciência dos fenômenos referentes ao Estado, 
a um sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos, a arte de bem 
governar os povos, quanto um conjunto de objetivos que formam determinado 
programa de ação governamental e condicionam uma ação. Para as RI’s, mais 
importante é a idéia do conjunto de objetivo que determinam as orientações e as 
ações dos atores, no caso os internacionais. Política Externa [ação exterior de um 
Estado surgido das demandas intra-estatal] versus Política Internacional [conjunto das 
relações inter-estatais que constituem o sistema de Estados]. 
Realpolitik – Termo alemão que se refere à política de poder. Enfatiza políticas 
baseadas nas considerações de poder prático em detrimento
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
das políticas baseadas nas considerações morais e éticas. Deste modo, realpolitik 
significa manutenção da segurança do Estado em um ambiente hostil e onde o poder 
e a política de poder são vistas como o principal objetivo dos líderes.
Regimes Internacionais – Os regimes podem ser definidos em duas esferas, a 
doméstica e a internacional. Em sentido estrito se refere ao sistema político do 
governo de um país ou ainda a direção, regimento, processo e regulamento político. 
Geralmente se associa a um acordo voluntário entre agentes sobre normas e 
instituições que os regem.No plano internacional, regime é um consenso, um acordo 
entre atores, estabelecido voluntariamente, onde estes partilham expectativas 
convergentes e para isto aceitam normas, princípios e regras comuns. Envolve 
normalmente a cooperação entre seus participantes. Eles variam em escopo e âmbito. 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
Sistema – Conjunto de partes inter-relacionadas, de estrutura dinâmica própria e cujas 
unidades estão conectadas de maneira a formar um todo. Segundo Dougherty, um 
sistema é uma série de variáveis em interação, que compõem uma totalidade unificada 
através da influência mútua de ações.Braillard pontua 4 características do sistema: i) 
sistema é constituídos por elementos; ii) entre estes a relações, interações; iii) estes 
elementos e interações formam um todo, uma totalidade; iv) esta totalidade manifesta 
uma dada organização. Os elementos chave dos sistemas são interdependência e 
interação.Inputs são informações que chegam ao ator ou ao sistema, outputs são 
informações lançadas pelo ator ou pelo sistema. Há ainda sistemas abertos ou 
fechados à influências externas (exógenos). 
Soberania – Qualidade de ser soberano. Nas RI’s é a qualidade do poder político de um 
Estado, que não está submetido a nenhuma autoridade 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
superior. Soberania é a suprema, independente autoridade final. É o atributo de um 
Estado que se refere aos seus direitos de exercer, completamente, jurisdição sobre seu 
próprio território. Em RI’s, Estados, enquanto unidades soberanas, tem o direito de 
serem autônomos e independentes internamente e de serem reconhecidos pelos 
demais Estados do Sistema. Ainda que variem em poder, em termos de soberania 
todas são entidades iguais. Por isso soberania é um conceito horizontal (nas relações 
entre iguais) e vertical (poder absoluto sobre sua jurisdição). Soberania absoluta e 
parcial; soberania, auto-determinação e violação de princípios internacionais. 
SpillOver (ou ramificação) – Se refere ao processo pelo qual membros de um esquema 
de integração – de acordo sobre alguns fins coletivos e com base em diferentes 
motivos, porém desigualmente satisfeitos 
CONCEITOS BÁSICOS EM RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS
com o logro dos mesmos – tratam de resolver sua insatisfação, já recorrendo à 
colaboração em outro setor relacionado (estendido o alcance de sua aplicação mútua), 
já intensificando sua aplicação no setor original (incrementando o nível de aplicação 
mútua), já ambos. Para Mitrany, é um processo cumulativo em que a integração 
funcional em um campo levará a integração em outros. Se é um processo espontâneo 
ou não isso varia dentro das teorias de integração (funcionalismo e 
neofuncionalismo). 
Transnacional – Interações e coalizões através das fronteiras estatais que envolvem 
diversos atores não-governamentais. É não somente uma característica do ator ou do 
sistema quanto um comportamento ou relação observada na prática internacional.

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