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UNIDADE 4 CONTABILIDADE APLICADA

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UNIDADE 4 CONTABILIDADE APLICADA 
 
Análise e demonstrações de resultados 
Prof. Alfredo Gualberto Senger Nascimento 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
 
• Verificar e demonstrar as principais obtenções de resultados contábeis das 
empresas, sua elaboração, análise e utilização; 
• Analisar os principais aspectos de observação do limite do saldo das reservas 
de lucros, bem como do limite de constituição de reservas e retenção de lucros 
nas empresas; 
• Verificar as formas de utilização das reservas de capital quanto às alternativas 
e necessárias análises para orientá-las; 
• Constatar a importância dos dividendos, sua distribuição e utilidade para 
motivar os investimentos e relação dos acionistas com a empresa e seus 
negócios; 
• Verificar a obtenção de resultados das empresas e a elaboração de seus 
demonstrativos e análises; 
• Elaborar análise horizontal e vertical de diferentes demonstrativos de 
resultados das empresas, verificando formas de sua utilização; 
• Constatar as formas de adicionar valor às movimentações e resultados das 
empresas, bem como a elaboração e análise de demonstrativos do valor 
adicionado e suas utilizações; 
• Observar as principais mutações do Patrimônio Líquido das empresas, bem 
como a elaboração e análise de demonstrativos dessas mutações. 
 
 
TÓPICOS DE ESTUDO 
 
Clique nos botões para saber mais 
Reservas de lucros 
– 
// Limites do saldo das reservas de lucros 
// Utilização 
// Exemplos de contabilização 
Reservas de capital 
– 
// Utilização 
// Exemplos de contabilização 
 
Dividendos 
– 
// Utilização 
// Exemplos de contabilização 
Elaboração e análise da demonstração de resultados 
– 
// Elaboração de demonstrativo 
// Análise da demonstração 
Análise horizontal e vertical 
– 
// Elaboração de análise horizontal 
// Elaboração de análise vertical 
Elaboração e análise da demonstração do valor adicionado 
– 
// Elaboração de demonstrativo 
// Análise da demonstração 
Análise da demonstração das mutações do patrimônio líquido 
– 
// Mutações do patrimônio líquido 
// Elaboração de demonstrativo 
// Análise da demonstração 
 
Elaboração da demonstração do fluxo de caixa: noções introdutórias do 
método direto 
– 
// Noções introdutórias 
// Elaboração de demonstrativo 
 
 
Reservas de lucros 
 
As contas de reservas de lucro fazem parte do Patrimônio Líquido, para uso 
como garantia perante riscos prováveis ou destinações de diferentes tipos. 
As reservas de lucro que mais se destacam são a reserva legal, as 
reservas estatutárias, as reservas para contingências, as reservas de lucros a 
realizar, as reservas para planos de investimentos e a reserva especial de 
lucros para dividendos obrigatórios não distribuídos. 
 
LIMITES DO SALDO DAS RESERVAS 
DE LUCROS 
 
Alguns tipos de reservas de lucro apresentam limites de saldos relativos aos 
lucros obtidos. Esses limites se preocupam em não onerar exageradamente a 
parcela do lucro, não se esquecendo de que há uma parcela destinada ao 
pagamento de dividendos aos acionistas, e também uma reserva legal com 
limites obrigatórios. 
Em alguns deles, também há a preocupação de permitir atendimento tanto da 
legislação quanto do estatuto da companhia no caso de sociedade anônima, ou 
ao contrato social no caso de empresa por quotas de responsabilidade limitada. 
No caso dos limites, o saldo de reservas de lucros também deve atender às 
decisões da proposta de destinação do lucro na Assembleia Geral dos 
Acionistas. 
No caso da reserva legal, esse limite é a obrigatoriedade de destinar no 
mínimo 5% do lucro líquido que a empresa teve no exercício social, até que 
forme um valor relativo a 20% do capital da companhia. 
 
CITANDO 
“A companhia poderá deixar de constituir a Reserva Legal no 
exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das 
Reservas de Capital (...), exceder 30% do Capital Social. A Reserva 
Legal tem por fim assegurar a integridade do Capital Social e somente 
poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital” 
(IUDICIBUS, 2017, p. 204). 
UTILIZAÇÃO 
 
A utilização do saldo das reservas de lucros tem, portanto, uma destinação 
prevista na legislação, no caso da reserva legal e também no caso de 
pagamento de dividendos, conforme o lucro apresentado pela empresa. A 
utilização não condicionada ao previsto na legislação precisa estar definido 
em estatuto no caso das empresas sociedade anônima ou no contrato social 
no caso das empresas por quotas de responsabilidade limitada. 
 
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 31 jan. 2019. 
 
EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO 
 
A contabilização de saldo das reservas de lucros pode ser entendida através 
dos seguintes exemplos de exercícios de movimentação e lançamento: 
 
Exemplo 1 
 
Uma companhia com Capital Social de R$ 400.000 apresentou os seguintes 
resultados no término do exercício social: saldo de reserva legal de exercícios 
anteriores de R$ 40.000, saldo de outras contas de reservas de lucros de R$ 
100.000, totalizando um saldo de R$ 140.000 de reservas de lucros. Nesse 
último exercício, o lucro obtido pela empresa foi de R$ 20.000. Qual o valor 
que a empresa deve destinar para compor a reserva legal correspondente ao 
lucro desse último exercício? 
Resposta: como a empresa já tem um total de saldo de reservas de lucros 
superando 30% do valor do Capital Social, não é mais obrigada a destinar 
valor sobre o lucro obtido no exercício social, para compor reserva legal. 
 
Exemplo 2 
 
Uma companhia criada em 1º de janeiro de 2017, com Capital Social de R$ 
200.000, apresentou os seguintes resultados no término do exercício social de 
2018: saldo de reserva legal de exercício anterior de R$ 10.000, saldo de 
outras contas de reservas de lucros de R$ 20.000, totalizando um saldo de R$ 
30.000 de reservas de lucros. Nesse último exercício, o lucro líquido obtido 
pela empresa foi de R$ 30.000. Os lançamentos contábeis correspondentes à 
reserva legal são os seguintes: 
Valor correspondente a 5% sobre o lucro líquido do exercício social: R$ 1.500 
D – Lucros e Perdas (Custos e Despesas – Apuração de Resultados) 
R$ 1.500; 
C – Reserva Legal (Patrimônio Líquido – Reservas de Lucros) 
R$ 1.500. 
 
Exemplo 3 
Outro exemplo: no caso de uma companhia que tenha definido em seu estatuto 
e confirmado dessa forma na proposta em sua Assembleia Geral de 
Acionistas, destinar uma parcela do lucro líquido anual para compor saldo de 
reservas de lucros de reservas de contingência, o lançamento básico contábil é 
o seguinte: 
 
D – Lucros e Perdas (Custos e Despesas – Apuração de Resultados); 
C – Reservas de Contingências (Patrimônio Líquido – Reservas de Lucros). 
 
 
Reservas de capital 
 
As empresas têm nas contas de seu Patrimônio Líquido a origem principal, 
pelo menos inicialmente, para compor e destinar recursos para suas atividades. 
A definição de como serão utilizadas essas contas do Patrimônio Líquido é 
uma das principais políticas e estratégias objetos da atenção da direção da 
companhia. 
 
UTILIZAÇÃO 
A utilização das reservas de capital é o procedimento de proposta definida 
pela companhia de como serão compostas e empregadas as reservas de capital, 
ou seja, as contas de ágio na emissão de ações, de alienação de partes 
beneficiárias e bônus de subscrição. 
Por ocasião das movimentações de encerramento do exercício social, e com a 
apuração dos resultados, teremos saldos monetários que não podem ser 
distribuídos aos investidores, como são os saldos das contas de lucros e 
dividendos. 
 
Temos, então, as contas de reservas de capital, com a finalidade de virem a 
ser incorporadas ao Capital Social da companhia ou então de virem a ser 
compensados como lucro acumulado no caso de não haver mais saldo na 
conta de reserva de lucro disponível. 
No caso da conta de reserva de capital – ágio na emissão de ações –, temos a 
finalidade de registrar a parcela do valor nominal da ação, cobrado em 
aumento de capital. No caso da conta de reserva de capital – alienaçãode 
partes beneficiárias e bônus de subscrição –, temos a finalidade de registrar o 
valor cobrado por partes beneficiárias por ocasião da emissão de bônus de 
subscrição vendidos. 
 
EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO 
 
A contabilização das reservas de capital pode ser entendida através dos 
seguintes exemplos de exercícios de movimentação e lançamento: 
 
Exemplo 1 
 
No caso de ágio na emissão de ações, pelo valor do ágio recebido: 
D – Bancos Conta Movimento (Ativo – Disponível); 
C – Ágio na Emissão de Ações (Patrimônio Líquido – Reservas de Capital). 
 
 
Posteriormente, por ocasião da incorporação do valor do ágio recebido, ao 
Capital Social: 
 
D – Ágio na Emissão de Ações (Patrimônio Líquido – Reservas de Capital); 
C – Capital Subscrito - País (Patrimônio Líquido – Capital Social). 
 
Exemplo 2 
 
No caso de alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição, pelas 
vendas realizadas nessa alienação: 
 
D – Bancos Conta Movimento (Ativo – Disponível); 
C – Alienação de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição (Patrimônio 
Líquido – Reservas de Capital). 
 
Posteriormente, por ocasião da incorporação do valor dessa venda ao Capital 
Social: 
 
D – Alienação de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição (Patrimônio 
Líquido – Reservas de Capital); 
C – Capital Subscrito – País (Patrimônio Líquido – Capital Social). 
 
 
Dividendos 
 
As companhias precisam estimular e compensar os seus acionistas em seu 
relacionamento com os mesmos, motivando novos investimentos e 
justificando sua presença no mercado como empresa que apresenta resultados 
e atrai participação de investidores – um dos requisitos para sua manutenção e 
crescimento. 
Dividendo é o provento constituído por parcela, parte do lucro líquido obtido 
pela companhia sociedade anônima de capital aberto destinado a remunerar os 
seus acionistas, investidores, proprietários. 
Além dos dividendos, também há outros tipos de proventos que podem ser 
pagos pela companhia aos seus acionistas, investidores: juros sobre o capital 
próprio, bonificação, direitos de subscrição (de novas ações que venham a 
ser emitidas) etc. 
 
Os dividendos são também denominados 
como distribuição de lucros. 
As companhias devem pagar dividendos, calculados sobre os lucros 
resultantes das operações da empresa, geralmente pagos no final do 
exercício social, como remuneração pelos investimentos feitos pelos 
acionistas na empresa. 
Os dividendos podem ser distribuídos tanto com pagamento em 
dinheiro, depósitos em conta de acionistas e investidores, também em forma 
de novas ações emitidas, e, eventualmente, até em bens, conforme seja 
previsto em estatuto, definido na Assembleia Geral dos Acionistas. 
 
UTILIZAÇÃO 
 
A principal utilidade dos dividendos é compensar seus acionistas, 
investidores e proprietários, pela iniciativa de investimento e relacionamento 
patrimonial com a empresa. Essa compensação também visa não apenas a 
cumprir a legislação e as exigências do estatuto da empresa, mas também as 
decisões das propostas definidas na Assembleia Geral dos Acionistas. 
O pagamento de dividendos independe de que o acionista, investidor ou 
proprietário trabalhe na companhia, sendo calculado proporcionalmente à 
quantidade de ações que possua da companhia. 
As ações mais valorizadas no mercado de títulos são aquelas das empresas que 
tenham maior perspectivas de crescimento e valorização de suas ações, e 
também reforçadas pelo valor do lucro obtido e dos dividendos que geram, 
que são distribuídos, pagos. Essas são as ações mais procuradas por parte dos 
investidores no mercado de títulos, nas Bolsas de Valores. 
 
Os dividendos são uma forma de rendimento de um fator 
ou recurso de produção: o capital ou recurso financeiro 
possuído por uma pessoa física ou jurídica e que compõe 
o seu próprio patrimônio. 
 
 
EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÃO 
 
A contabilização dos dividendos pode ser entendida através dos seguintes 
exemplos de exercícios de movimentação e lançamento (a nomenclatura das 
contas, com o mesmo significado, pode ter pequena variação conforme o que 
seja utilizado no plano de contas da empresa): 
Exemplo 1 
 
No caso de lucro a ser ainda distribuído aos sócios, na Companhia X: 
D – Lucros Não Distribuídos (Patrimônio Líquido – Reservas de Lucros); 
C – Lucros Distribuídos – Dividendos a Pagar (Passivo – Circulante – Outras 
Contas a Pagar). 
 
Exemplo 2 
 
A Companha Y observou que teve um lucro líquido de R$ 800.000 na data do 
balanço patrimonial do exercício social, e presumiu que na Assembleia Geral 
dos Acionistas seria decidido distribuir metade do lucro líquido obtido aos 
acionistas através de distribuição de dividendos. 
 
Lançamentos dessa decisão da Companhia Y: 
 
D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) ....... R$ 400.000; 
C – Dividendos Propostos (Passivo Circulante) ................................. R$ 
400.000; 
Por ocasião da Assembleia Geral dos Acionistas, foi efetivamente decidido 
distribuir em dividendos metade do lucro obtido. 
Lançamento por ocasião da transferência dos dividendos propostos, para a 
conta de dividendos a pagar: 
D – Dividendos Propostos (Passivo Circulante) .............. R$ 400.000; 
C – Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) .................................. R$ 
400.000; 
E por ocasião do pagamento dos dividendos aos acionistas: 
D – Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) ................. R$ 400.000; 
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante – Disponível) ........ R$ 
400.000; 
 
 
Elaboração e análise da demonstração de resultados 
 
As empresas precisam continuamente fazer análises de suas atividades, 
expressas nas informações contábeis, suas movimentações, registros, 
demonstrativos. Com base nessas análises, uma boa parte das decisões terá 
uma orientação e base mais segura, garantindo maior eficiência na gestão dos 
negócios e atividades da empresa. 
A demonstração de resultados é uma das formas mais claras possíveis para 
expressar uma boa e mais rápida visualização e entendimento dos resultados 
obtidos em dado período pela empresa em alguns tipos de contas, atividades, 
períodos, em uma data. 
Temos vários tipos de demonstrações de resultados, sendo uma das mais 
importantes o próprio Demonstrativo de Resultados (DR), ou 
Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE). Também temos outros 
tipos, como os demonstrativos específicos, demonstrativos patrimoniais 
diversos e os demonstrativos de resultados da empresa. 
O principal demonstrativo de uma empresa é o Balanço Patrimonial de um 
dado exercício, no qual são encerradas as contas de resultado e obtida 
informação do resultado (lucro ou prejuízo) da empresa no exercício social. 
 
 
ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO 
A elaboração do Demonstrativo de Resultados, ou Demonstração de 
Resultados do Exercício (DRE) fornece informações precisas e em detalhes 
adequados de como foi obtido o resultado líquido de um exercício social. 
Analisando essas informações, podemos comparar as contas de resultados 
entre si, ou seja, as contas de custos e despesas com as contas de receitas. 
As informações contábeis, como em seus demonstrativos, utilizam o regime 
de competência, ou seja, as informações das movimentações consideram o 
período em que ocorre seu comprometimento, previsão, provisão, contratação 
até sua efetivação. 
O regime de competência não é, portanto, o mesmo que o regime de caixa, no 
qual a informação é mais restrita, só considerando o momento em que 
ocorrem entradas e saídas de recursos na empresa (fluxo de caixa). 
No Demonstrativo de Resultados, as informações de custos, despesas e de 
receitas consideram a operação do resultado do período em que elas se dão. 
Na elaboração de um DR, temos que considerar um resumo financeiro dos 
resultados operacionais e não operacionais de uma empresa, ou seja, os 
resultados de um período financeiro. 
O período normalmente considerado é o do exercício social normal, ouseja, anual, dos doze meses do ano. Entretanto, considerando a necessidade 
de atualização das informações para fins gerenciais, patrimoniais, financeiros 
e fiscais, muitas vezes é elaborado pelo menos trimestralmente com essas 
finalidades. 
As informações básicas para um Demonstrativo de Resultados (DR) são as 
seguintes, e na mesma sequência e formato, em valores: 
 
RECEIT A BRUT A 
 
(-) Deduções e Abatimentos 
(=) Receita Líquida (Sub-total) 
(-) CMV (Custo de Mercadorias Vendidas) 
(=) Lucro Bruto (Sub-total) 
(-) Despesas com Vendas 
(-) Despesas Administrativas 
(-) Despesas Financeiras 
(=) Resultado Antes do IRPJ e CSLL (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, e 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) (Sub-total) 
(-) Provisões de IRPJ e CSLL 
(=) Resultado Líquido (Total obtido) 
Muitas empresas, conforme sua complexidade, ainda elaboram um 
Demonstrativo de Resultados mais analítico, com mais detalhes ou subcontas. 
Na Tabela 1, temos um exemplo da elaboração e composição de um 
Demonstrativo de Resultado. 
 
 
 
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO 
 
A análise da demonstração de resultados permite conhecer a situação 
financeira e econômica da empresa com base em relatórios e 
demonstrativos contábeis e também em outras informações. Essa análise é 
destinada aos gestores da empresa, mas aquelas que não reportam nenhuma 
informação vital de estratégias de negócios geralmente são utilizadas nas 
discussões e projetos junto a bancos, fornecedores, grandes clientes, 
investidores em geral, atendimento de relações com entidades públicas, 
exigências legais e fiscais etc. 
As demonstrações de resultados são elaboradas principalmente apoiadas em 
relatórios feitos pela contabilidade, utilizando também índices gerados pela 
contabilidade etc. Os demonstrativos contábeis têm um formato estruturado, 
quadro visual, planilha, onde são indicados valores e evolução de contas que 
permitem acompanhar a evolução e a situação atual das atividades e negócios 
da empresa, condições financeiras e econômicas da mesma. A análise desses 
demonstrativos permite conclusões para tomada de decisões, como, por 
exemplo, se as disponibilidades da empresa aumentaram ou diminuíram, se os 
resultados melhoraram, entre muitas outras coisas. 
A análise de demonstrativos, como o DR e o Balanço Patrimonial, por 
exemplo, constitui uma área da própria contabilidade, dada sua importância e 
utilidade, abrindo um leque para análises ainda mais amplas. 
Análise de evolução: a análise de evolução toma como partida a situação que 
se apresentava em determinada conta ou item em períodos anteriores e como 
evoluiu para a situação atual, aumentando ou diminuindo seu valor. 
 
Clique nos botões para saber mais 
Análise de estrutura 
– 
Já a análise de estrutura compara várias composições de cada item: 
situação, contas, como haver mais valores disponíveis em caixa do 
que em bancos, por exemplo. 
Análise por diferenças 
– 
A análise de diferenças aponta distorções ou excessos de recursos 
em um item ou conta comparado com outros, e assim por diante. 
Análise por quocientes ou percentuais etc. 
– 
A análise por quocientes ou percentuais indica o maior ou menor 
percentual existente em um item em relação a outro, ou até ao 
mesmo, em períodos distintos etc. 
Quanto melhor expressar sua situação em relatórios e demonstrativos 
contábeis, melhor será o atendimento da empresa das necessidades de 
informação e das recomendações do fisco, administração, contabilidade, 
economia. E o principal: melhor será sua imagem quanto ao atendimento de 
necessidade de informações da empresa pelo mercado, bancos, instituições, 
investidores, acionistas, sócios, gestores e participantes. 
Uma empresa que não tenha boa expressão em relatórios e demonstrativos 
está ocultando de si própria, dos participantes e da própria gestão contábil a 
possibilidade de evitar riscos desnecessários, fraudes, de possibilitar melhores 
resultados e segurança. 
 
Análise horizontal e vertical 
 
As empresas efetuam uma série de análises para conhecer sua situação a fim 
de orientar com mais segurança suas atividades e decisões, adaptações à 
realidade e condições do mercado, às exigências tanto do mercado quanto da 
legislação fiscal e outras, necessidades e procedimentos gerenciais e 
estratégicos, prazos para providências etc. 
A análise horizontal e a análise vertical são dois dos principais tipos de 
verificação de relatórios e de demonstrativos, como na análise de balanços e 
de demonstrativos. Outros tipos de análise também são a de indicadores ou 
índices econômicos, financeiros, comerciais, de produtividade ou eficiência, 
de qualidade ou eficácia, de desempenho empresarial como um todo, entre 
outros. 
Uma boa análise geralmente recorre a vários tipos de instrumentos 
analíticos, combinando suas conclusões. 
A análise horizontal recebe esse nome porque foca a comparação entre itens 
de um relatório ou demonstrativo de mesmo item em datas ou períodos 
diferentes, por exemplo, dispostos cada um em uma coluna diferente, no 
sentido horizontal, cada uma geralmente indicando um período ou data. 
Por exemplo, comparar o valor de disponibilidades existentes na conta bancos, 
do Disponível, em uma coluna indicando o mês de novembro de um ano, com 
o de outra coluna seguinte indicando o valor de disponibilidades nessa mesma 
conta bancos, no mês seguinte do mesmo ano. Ou, ainda, a comparando com o 
valor expresso na coluna correspondente a disponibilidades em banco na 
última coluna correspondendo ao mês e ano atual, e assim por diante. 
A análise horizontal compara percentuais ou valores existentes em um grupo 
de conta ou item em um período ou data, em relação ao de outro período ou 
data diferente. Dessa forma, pode-se também comparar a informação de cada 
período ou data com a da data ou período atual. 
Já a análise vertical recebe esse nome porque foca a comparação entre itens 
de um relatório ou demonstrativo de itens diferentes, dispostos cada um 
em uma linha diferente, no sentido vertical. 
 
EXEMPLIFICANDO 
Comparar o percentual de disponibilidades existentes na conta caixa, 
do Disponível, indicada em uma linha, com o percentual de 
disponibilidades na conta bancos, indicada na linha seguinte, ou em 
relação ao total de valores expressos no total de ativos em outra linha, 
e assim por diante. 
A análise vertical compara percentuais ou valores existentes em um grupo de 
conta ou item em relação ao de outro grupo diferente. Dessa forma, pode-se 
também comparar a informação de cada item ou conta ou grupo de conta com 
o de outro item ou itens, grupo ou grupos. 
 
ELABORAÇÃO DA ANÁLISE HORIZONTAL 
Na elaboração de uma análise horizontal, fazemos uma relação e disposição 
de várias informações de itens distintos, em uma estrutura que permita fazer 
esse tipo de análise, com foco em sua estrutura horizontal. 
Podemos entender uma análise horizontal através do exemplo mostrado na 
Tabela 2: 
 
 
 
 
Nesse exemplo, temos a indicação em vermelho, na horizontal, dos anos nos 
quais os custos superaram o valor das vendas. 
 
ELABORAÇÃO DE ANÁLISE VERTICAL 
À semelhança da elaboração da análise horizontal, no caso da análise 
vertical também fazemos uma relação e disposição de várias informações de 
itens distintos, com uma estrutura que permita fazer esse tipo de análise, com 
foco em sua disposição vertical. 
Podemos entender uma análise vertical através do exemplificado na tabela 3: 
 
 
 
Nesse exemplo, temos a indicação em vermelho, na vertical, das diminuições 
gradativas de ano a ano do valor das despesas de capital, em relação ao total 
das despesas, sendo de 65% em 20x2 (R$ 1.500/R$ 2.300), de 64% em 20x3 
(R$ 1.800/R$ 2.800), e de 63% em 20x4 (R$ 2.250/R$ 3.550), anos nos quais 
os custos superaram o valor das vendas. 
 
Elaboração e análise da demonstração do valor adicionado 
 
De um modo geral, as empresas se preocupam em verificar o que mudou, o 
que aumentou – principalmente quanto a valores– em suas atividades e 
movimentações. Como tudo atualmente se dá em focar em o que aumentou, 
em que somou, o que cresceu, o que foi adicionado ou agregado, essa 
abordagem também ocupa as maiores atenções que são dadas nas análises de 
desempenho empresarial. 
 
A contabilidade, adequada e atualizada, é 
fundamental para possibilitar essa análise. 
A mensuração, medida do valor gerado por uma entidade econômica, é o 
objeto da técnica e análise de valor adicionado, ou seja, de valor agregado. O 
valor adicionado, além de valor agregado, também pode ser denominado 
de valor econômico adicionado (VEA, ou EVA, de sua abreviação em 
inglês: economic value added). 
O valor adicionado é o valor que os bens e serviços obtêm ou adicionam ao 
seu valor anterior ou original ao passarem por transformações no processo de 
produção, de modificação ou beneficiamento pelo qual passam ao longo de 
um dado tempo. 
 
EXEMPLIFICANDO 
Um conjunto de peças ou bens ao ser incorporado a outro em uma 
montagem de um dado produto, por exemplo, adiciona mais valor a 
esse dado produto. O mesmo ocorre também com os serviços: à 
medida que recebem acréscimo ou complemento de outros serviços ou 
beneficiamentos e correções, processos técnicos de aumento de 
qualidade, por exemplo. 
 
ELABORAÇÃO DE DEMONSTRATIVO 
 
O valor adicionado possui um demonstrativo contábil dos mais importantes 
e cada dia mais utilizado pelas empresas, atendendo a necessidades de 
acompanhamento e aperfeiçoamento de seus produtos e serviços. O 
Demonstrativo de Valor Adicionado (DVA) visa compor informações que 
permitam verificar o benefício e valor financeiro que aumentaram na 
elaboração de produtos e serviços pela empresa. Esse demonstrativo 
acompanha esse processo de valorização ao longo de um dado período, bem 
como a participação de setores ou entidades nesse processo de valorização e 
como se deu essa participação. 
 
Como exemplos de itens que podem ser necessariamente agregados a um 
produto ou serviço – ou ambos – em seu processo de elaboração, construção e 
criação, podemos mencionar alguns dos mais comuns: análise e 
planejamento, insumos de um modo geral, recursos financeiros, mão de 
obra, tecnologia, suporte tecnológico, know-how, treinamento do pessoal 
envolvido, pesquisas, ensaios laboratoriais, auditorias de qualidade etc. 
Quando temos um custo de capital aplicado maior do que o lucro gerado em 
um produto ou serviço, temos um valor adicionado negativo desse produto ou 
serviço. Quando temos um custo de capital aplicado menor, temos um valor 
adicionado positivo desse produto ou serviço. 
Para elaborarmos um Demonstrativo de Valor Adicionado, temos que fazer 
uma relação e disposição de várias informações de itens distintos. Essas 
informações devem compor uma estrutura que permita fazer esse tipo 
de visualização e análise, com foco em itens e sua incorporação em 
diferentes etapas, além do valor, que vai sendo adicionado em seu processo de 
produção ou criação. 
Em um Demonstrativo de Valor Adicionado (DVA), podemos ter informações 
significativas do que gerou valor agregado, como nas seguintes 
movimentações: 
 
 
 
RECEIT AS 
 
// Receitas decorrentes de vendas de mercadorias, tanto de produtos quanto de 
serviços; 
// Receitas financeiras e outras; 
// Provisão para créditos de liquidação duvidosa; 
// Resultados não operacionais. 
 
 
INSUMOS OBTIDOS 
 
// Custos das mercadorias e dos produtos vendidos; 
// Matérias-primas utilizadas; 
// Serviços de terceiros utilizados; 
// Energia utilizada etc; 
// Retenções quanto a depreciação, amortização e exaustão; 
// Perda ou recuperação de ativos; 
// Valor adicionado bruto e outros tipos. 
 
 
Podemos entender a elaboração de um Demonstrativo de Valor Adicionado 
através do exemplo da Tabela 4. 
 
 
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO 
 
Com os dados apresentados na Tabela 4, temos indicações de vários informes 
para analisar valores adicionados, ou seja, analisar a Demonstração do Valor 
Adicionado. 
Vemos que o maior percentual de valor adicionado corresponde ao que o item 
“empregados” adiciona com seu trabalho: nada menos do que 54% do valor 
adicionado total. Em seguida, verificamos que o segundo item que mais valor 
adiciona é o de juros, aproximadamente 15% do valor adicionado total. É 
importante lembrar que no valor adicionado final temos a soma de todos os 
valores adicionados ao longo do processo de produção e serviços dessa 
empresa. 
O Demonstrativo de Valor Adicionado desse exemplo permite obter alguns 
indicadores, como, por exemplo, o Índice de Potencial do Ativo em Gerar 
Riqueza, que pode ser calculado dividindo o Valor Adicionado obtido pelo 
valor do ativo: 
(R$ 245.000/R$2.000.000) = 0,1225 ou 12,25% 
Outro indicador que o Demonstrativo de Valor Adicionado desse exemplo nos 
fornece é o Índice de Valor Adicionado Per Capita, ou seja, pelo número 
médio de empregados. Vamos considerar o número médio de empregados 
como sendo de 40 (dado não informado no demonstrativo). Esse Índice de 
Valor Adicionado Per Capita é obtido quando dividimos o Valor Adicionado 
obtido pelo número médio de empregados da empresa: 
(R$ 245.00/40) = 6.125, que corresponderia ao valor de R$ 6.125 gerado de 
valor adicionado por parte de cada empregado da empresa, em média. 
 
Análise da demonstração das mutações do Patrimônio Líquido 
 
A dinâmica das empresas e suas movimentações, atividades, negócios e 
resultados implicam em constantes alterações, inclusive no Patrimônio 
Líquido e no patrimônio como um todo. Essas constantes mudanças e 
alterações levam a resultados também dentro de um parâmetro de situações e 
condições em grande parte variáveis e até quase imprevistas. 
 
MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
No caso de uma empresa, as principais mutações implicam em alterações em 
seu patrimônio, alterações de condições e situações importantes. As 
mutações mais significativas que ocorrem nas empresas são as que mudam 
características, situações e valores em seu Patrimônio Líquido. 
 
EXEMPLIFICANDO 
Temos vários exemplos de mutações no Patrimônio Líquido de uma 
empresa, como no tipo de lucro obtido, período e condições de 
alterações no Patrimônio Líquido, na lucratividade e em 
oportunidades que levaram a bons resultados, riscos que levaram a 
maus resultados etc. 
Observando as contas próprias de um Patrimônio Líquido, temos também uma 
ideia de mudanças que podem ocorrer, pois em todas geralmente haverá 
algumas mutações. 
Há mutações no capital subscrito, no ágio na emissão de ações, na alienação 
de partes beneficiárias e bônus subscritos, na reserva legal, nas reservas como 
um todo como nas de capital e nas de lucros, na reavaliação do ativo próprio, 
de afiliadas ou coligadas etc. 
 
ELABORAÇÃO DE DEMONSTRATIVO 
 
O Patrimônio Líquido expressa as condições que a empresa apresenta quanto 
a recursos essenciais, iniciais ou de partida para a sua existência, constituição 
e atividades, tendo como origem os recursos que os seus sócios e investidores 
aplicaram na empresa. O Patrimônio Líquido para ser analisado e 
acompanhado em suas alterações conta com o auxílio de um demonstrativo 
contábil dos mais importantes, o Demonstrativo de Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL). Este demonstrativo é facultativo, ou seja, a 
companhia não é obrigada, até o momento, a elaborá-lo. Dada sua 
importância, é bem provável que logo passe a ser obrigatório. 
A legislação das empresas sociedades anônimas referenciam que, caso seja 
elaborado, também poderá ser incluído na Demonstração de Lucros ou 
Prejuízos Acumulados (DLPA). Essa inclusão recomendada é muito 
frequente. 
O Demonstrativo de Movimentações do Patrimônio Líquido (DMPL) é bem 
abrangente, demonstrando as movimentações de todas as contas do 
Patrimônio Líquido no exercício social de uma companhia. A movimentação 
das contas de reservas não decorrentes do lucro, no Patrimônio Líquido, 
tanto na sua formação quanto em seu emprego, também são indicadasgeralmente nesse demonstrativo. 
 
De qualquer forma, é muito recomendável às empresas elaborar este 
demonstrativo, uma vez que suas informações e visualização auxiliam em 
muito a compreensão das situações e possibilidades da empresa. 
A observação deste demonstrativo permite verificar as principais alterações 
nas contas do patrimônio líquido em um dado exercício social, por exemplo. 
Sua análise dará uma ideia de como foram compostos e utilizados os recursos 
elencados no patrimônio líquido, bem como os resultados em cada um deles. 
Essa avaliação é das mais importantes para a tomada de decisões dentro dos 
parâmetros e recursos indicados pela composição das mudanças no patrimônio 
líquido e em seus valores. 
Conforme essa situação e decisões, com base nas mutações indicadas no 
Demonstrativo de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), uma empresa 
poderá ter visão da maior ou menor possibilidade de crescimento, 
investimento próprio, desenvolvimento de novos projetos e produtos etc. 
Por outro lado, quando tivermos um menor volume e intensidade de 
mutações no patrimônio líquido de uma empresa, geralmente temos 
um menor grau de mudanças como um todo, principalmente quanto às mais 
importantes e decisivas ou de suas possibilidades. 
Se observarmos uma mudança radical de aumento no lucro distribuído e não 
reinvestido, também temos quase sempre sinais de que as possibilidades da 
empresa diminuíram ou que não há intenção, possibilidade ou interesse por 
parte de seus acionistas e sócios em investirem ou continuarem a investir na 
empresa, no seu crescimento futuro. 
Algumas das principais mutações no Patrimônio Líquido que acontecem, e 
que o Demonstrativo de Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL visa 
contemplar, são as seguintes: 
• Mutações que influenciam o total do patrimônio: 
// Aumento no lucro; 
// Diminuição no lucro; 
// Subscrição ou integralização de capital; 
// Pagamento de dividendos; 
// Aumento ou reavaliação de ativos quando o resultado for credor 
etc. 
• Mutações que não afetam o total do patrimônio: 
// Utilização de lucros e reservas para aumentar o Capital Social; 
// Utilização de parte do lucro líquido do exercício social 
diminuindo a conta de Lucros Acumulados para formação de 
reservas; 
• Compensação de prejuízos utilizando reservas; 
• Transferências de reservas para lucros ou prejuízos 
acumulados. 
Para elaborarmos um Demonstrativo de Mutações do Patrimônio Líquido, 
temos que fazer uma relação e disposição de várias informações. Essas 
informações devem compor uma estrutura que permita fazer esse tipo de 
visualização e análise, com foco em itens, sua composição e o valor que 
compõe cada um deles. 
Podemos entender a elaboração de um Demonstrativo de Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL) através do exemplo demostrado na Tabela 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
– temos uma mutação. 
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO 
 
Com os dados da Tabela 5, temos os espaços para informar os valores de cada 
conta básica do Patrimônio Líquido para que seja movimentada no exercício 
social do ano, com informação do saldo total anterior e final das mesmas. Em 
cada coluna do Demonstrativo, temos as seguintes contas: 
// Capital Social; 
// Adiantamento para Futuro Aumento de Capital; 
// Reservas de Capital; 
// Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
// Reservas de Lucros; 
// Demais Reservas; 
// Resultados Acumulados; 
// Ações/Cotas em Tesouraria; 
// Total das especificações nessas contas. 
 
Exemplo 1 
Na primeira linha de especificação, temos espaço para informar os saldos 
iniciais, então teremos o total dos saldos iniciais de cada especificação em 
cada uma dessas contas. Outro exemplo: Saldo Inicial da Conta Capital Social 
(combinando a 1ª Coluna com a 1ª Linha), Saldo Inicial da Conta 
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital, e assim por diante. Na última 
coluna da 1ª Linha, temos o Total do Saldo Inicial das Contas do Patrimônio 
Líquido no exercício social. Na linha seguinte, temos a especificação de 
ajustes de exercícios anteriores, em uma ou mais dessas contas, se for o caso, 
e assim por diante. 
Em seguida, em cada linha do Demonstrativo, temos as seguintes 
especificações de ocorrências ou movimentações: 
// Saldos Iniciais; 
// Ajustes de Exercícios Anteriores; 
// Aumento de Capital; 
// Resgate/Remissão de Ações e Cotas; 
// Juros sobre Capital Próprio; 
// Resultado do Exercício; 
// Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
// Constituição / Reversão de Reservas; 
// Dividendos a Distribuir (R$ por ação); 
// Saldos Finais das especificações ou ocorrências nessas contas. 
 
Exemplo 2 
Na última linha de especificação, temos espaço para informar os saldos finais, 
então teremos o saldo final de cada conta de cada coluna. Outro exemplo: 
Saldo Final da Conta Capital Social (combinando a 1ª Coluna com a última 
Linha), Saldo Final da Conta Adiantamento para Futuro Aumento de Capital, 
e assim por diante. Na última coluna da 1ª Linha, temos o Total dos Saldos 
Finais das Contas do Patrimônio Líquido no exercício social. 
Como vemos, com essas combinações entre cada conta de cada coluna e com 
cada especificação de ocorrência que houver em cada linha, temos as 
seguintes informações: 
 
Clique nas abas para saber mais 
VALORESS ALDO INICI AL E F INALSALDOS FINAIS 
Valores de cada especificação ou ocorrência que houver, em uma ou mais 
contas, durante o exercício social, cruzando uma coluna ou mais colunas 
conforme o caso, com cada linha da coluna. 
Dessa forma, temos como analisar o saldo inicial e final de cada conta, o valor 
de cada ocorrência durante o exercício social e assim por diante. Ou seja, 
temos como analisar as mutações de valores em cada ocorrência e em cada 
conta. 
Exemplo 3 
Um Saldo Inicial (1ª. linha) de Capital Social (1ª coluna) de R$ 150.000 tem 
que informar R$ 150.000 no cruzamento da 1ª Linha com a 1ª Coluna. Se 
houver um Aumento de Capital (uma ocorrência, especificada em uma linha 
com esse nome) de R$ 100.000, teremos que assinalar esse valor na linha com 
esse nome (Aumento de Capital) na 1ª coluna (Capital Social). 
Teremos então um Capital Social no final do exercício de R$ 250.000 – que 
deve, então, ser informado na última linha, na especificação de ocorrência 
Saldos Finais, na 1ª Coluna (Capital Social). Se além dessa especificação de 
ocorrência tiver havido outra no exercício social, como, por exemplo, juros de 
R$ 10.000 sobre capital próprio, temos que informar esse valor na linha com 
esse nome (Juros sobre Capital Próprio). Nesse caso, o Saldo Final da conta 
Capital Social passará a ser R$ 260.000, não mais R$ 250.000. 
Vemos, assim, a importância do Demonstrativo das Mutações do Patrimônio 
Líquido, que permite analisar também a combinação ou relação entre várias 
mutações que tenham ocorrido durante um exercício social, de cada tipo de 
ocorrência e em cada conta, conforme o caso. 
 
Elaboração da demonstração do fluxo de caixa: noções introdutórias do método 
direto 
 
A contabilidade é orientada pelo regime de competência, ou seja, registra e 
trata cada informação assim que surge ou ocorre como bem, direito (ativos), 
comprometimento e obrigações (passivos), Patrimônio Líquido, contas de 
resultados (custos e despesas, receitas), assumidos ou contratados, efetivados 
ou não, previstos, e até quando há certa previsão, como reservas. 
Há outro regime: o de caixa (ou de entrada e saída de recursos, no momento 
em que ocorrem em seu fluxo). Apesar de a contabilidade focar as 
movimentações em sua comapetência, ela também registra cada fato de 
entrada e saída de recursos no momento em que se dão. d então, 
qaContabilização de todos os recursos ou fatores da produção da empresa e 
patrimônio em suas movimentações, seus registros e lançamentos, relatórios, 
demonstrativos, análises, fluxos, processos, estruturas são atividades 
patrimoniais ou contábeis. Todos eles têm atribuídos valores, mais 
diretamente ou indiretamente por parâmetros, e até presumidos. 
Um dos fatores deprodução econômica é o financeiros, que expressa mais 
diretamente o valor de capitais, um dos tipos de recursos patrimoniais. Como 
vemos, patrimônio é um conceito, realidade mais ampla ainda que os 
capitais e recursos econômicos e financeiros – e os abrange. 
O fluxo de caixa, com suas entradas e saídas, merece um tratamento tático e 
estratégico intenso e necessariamente mais rápido, praticamente diário, de 
curtíssimo prazo. O Demonstrativo de Fluxo de Caixa apresenta a 
característica de atrair preocupações e manuseios que concentram boa parte do 
acompanhamento e análise dos gestores das empresas, de tal forma que muitas 
vezes há críticas quanto a considerá-lo mais que os aspectos de médio e longo 
prazos, de competência e outros tipos. 
Pode-se dizer que as empresas têm resultados muito prejudicados e até 
deixam de existir quando menosprezam as atenções necessárias quanto ao 
médio e longo prazos. Mas, também, talvez nem cheguem ao médio e longo 
prazos caso não deem atenção redobrada quanto ao fluxo de caixa, ao que está 
ocorrendo hoje e na semana, ao que ocorre no curto prazo. 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
 
No método direto, temos a elaboração do Demonstrativo de Fluxo de Caixa 
(DFC), que considera as atividades operacionais através da informação dos 
principais tipos de pagamentos e de recebimentos efetivos no fluxo de caixa 
que não precisem receber nenhum tipo de ajuste. Eles são lançados 
diretamente da forma como “entram” e/ou “saem” no caixa, em um fluxo 
de entradas e saídas. 
 
ELABORAÇÃO DE DEMONSTRATIVO 
 
Na elaboração de um Demonstrativo de Mutações do Patrimônio Líquido pelo 
método direto, consideramos informações dos principais tipos de 
pagamentos e recebimentos no fluxo de caixa. Essas informações devem 
compor uma estrutura que permita fazer a visualização e análise das principais 
informações de entradas e de saídas, dos principais tipos de pagamentos e 
recebimentos, em suas respectivas datas, com saldo de valores nessas datas. 
Dessa forma, teremos a informação do valor de saldos em cada uma das 
contas informadas, em datas diferentes, indicando como o fluxo de caixa 
teve alteração de valores em cada uma das contas consideradas. Podemos 
entender a elaboração de um Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) pelo 
método direto através do exemplo apresentado na Tabela 6: 
 
Fonte: CRC-SP – Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), 2015, p. 9 e 22. (Adaptado). 
Vemos que esse Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) nos indica que 
houve aumento no saldo do ativo total no ano de 20YY em relação ao ano 
anterior de 20XX, e que houve variações também em algumas contas de um 
ano em relação ao outro, informando os saldos de cada uma delas. 
 
 
 
 
Não cuidar do fluxo de caixa significa incorrer 
em riscos de atrasos, multas, juros, perda de 
oportunidades e descontos, não 
cumprimento de acordos, prejuízos no 
relacionamento com clientes, acionistas, 
, participantes, fornecedores, entidades 
financeiras, entidades públicas, comunidade, 
mercado. Essa eventual falta de cuidado 
dificultaria a atuação de diversas áreas da 
empresa e comprometeria projetos. 
 
 
A longo prazo, geralmente quase tudo passa 
por uma mutação, mesmo que 
gradativamente.

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