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REVISÃO UPE - SSA 3

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LIVROS INDICADOS – SSA 3
1. CARRERO, Raimundo. A História de Bernarda Soledade. Recife: Editora Bagaço, 2005. 
https://tvuol.uol.com.br/video/[ne10]-revisao-de-literatura--livro-a-historia-de-bernarda-soledade-04020C19346CD0B94326
2. LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. Rio de Janeiro: Rocoo, 2010.
https://www.youtube.com/watch?v=yTf5koDZ4eE&t=84s 
3. MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina. Alfaguara Brasil, 2007.
https://www.youtube.com/watch?v=xSdF6Fwwa2c&t=40s 
4. RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2006.
https://www.youtube.com/watch?v=_XHur-PGyZo&t=9s 
5. ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. 
6. SUASSUNA, Ariano. A Farsa da Boa Preguiça. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007. 
Filmes para o 3º Ano do Ensino Médio 
1. Título no Brasil: Baile Perfumado Título Original: Baile Perfumado País de Origem: Brasil Gênero: Drama Tempo de Duração: 93 minutos Ano de Lançamento: 1997 Direção: Paulo Caldas / Lírio Ferreira 
2. Título no Brasil: Diários de Motocicleta Título Original: The Motorcycle Diaries País de Origem: Argentina / EUA / Inglaterra / Cuba / Alemanha / México / Chile / Peru / França Gênero: Drama Tempo de Duração: 130 minutos Ano de Lançamento: 2004. Estreia no Brasil: 07/05/2004 Site Oficial: http://www.motorcyclediaries.net/ Estúdio/Distrib.: Buena Vista Direção: Walter Salles 
3. Título no Brasil: A Hora Da Estrela Título Original: A Hora da Estrela País de Origem: Brasil Gênero: Drama Tempo de Duração: 96 minutos Ano de Lançamento: 1986. Direção: Suzana Amaral 
4. Título no Brasil: O Auto da Compadecida Título Original: O Auto da Compadecida País de Origem: Brasil Gênero: Comédia Tempo de Duração: 104 minutos Ano de Lançamento: 2000. Estúdio/Distribuidora: Sony Pictures Direção: Guel Arraes.
COMENTÁRIO SOBREO LIVRO ”A FARSA DA BOA PREGUIÇA”
A Farsa da Boa Preguiça, peça escrita por Ariano Suassuna em 1960, completa o ciclo de peças religiosas do autor, onde se destacam o Auto da Compadecida (1955) e A pena e a lei (1959). 
Decidi retomar a leitura de um aspecto dela, a visão do trabalho como exploração e gerador de morte, talvez nada mais atual num momento em que os direitos e garantias dos trabalhadores têm sido vistos, à luz do interesse dos donos do capital nacional e internacional (ou seria melhor dizer simplesmente internacional), como obstáculo aos seus lucros (ao desenvolvimento, dizem eles). 
Para Suassuna, “o único verdadeiro objetivo do Trabalho é a Preguiça que ele proporciona depois, e no qual podemos nos entregar à alegria do único trabalho verdadeiramente digno, o trabalho criativo, livre e gratuito. Os Poetas e os Artistas têm a sorte de poder unir o trabalho escravo e o trabalho criador numa só atividade, e era isso o que eu tentava mostrar, também, na Farsa da boa preguiça, através do personagem Joaquim Simão, o Poeta preguiçoso”.
Joaquim Simão, poeta-cantador, artista pobre que vive com a mulher e os filhos no sertão, e estão sempre em dificuldades. A peça é aberta por Manuel Carpinteiro, Simão Pedro e Miguel Arcanjo. Miguel critica a falta de empenho de Joaquim Simão no trabalho e o repreende. Simão Pedro, por sua vez, percebe a criatividade presente na preguiça e a injustiça presente no trabalho, escolhendo defender o poeta:
 
“Pode haver safadeza no trabalho,
e na preguiça pode haver criação!
Agora, existe um costume dos ricos endemoninhados:
como trabalham, se sentem no resto justificados.
Pagam mal aos operários, 
oprimem os camponeses, 
acusam quem defende os pobres 
de ser do Mal instrumento,
sopram dureza e maldade
nos atos e pensamentos,
dão-se à Avareza, à Lúxuria,
comem Fogo, bebem Ventos”
 
E é Miguel Arcanjo quem completa:
 
“Estes invejam dos pobres
até a pura alegria!
Pensam que Cristo é um deles!
E o Cristo foi sempre pobre!”
 
Percebia Suassuna a perversão do que se costuma chamar atualmente “meritocracia”, que, na maioria das vezes, não passa da justificação de privilégios, omitindo-se as assimetrias sociais e econômicas que os tornaram possíveis: imputa-se ao pobre a responsabilidade por sua situação subalterna, ignorando-se a condição decisiva que o acesso à educação, às condições de higiene e saúde, à alimentação, enfim, têm para a definição do sucesso ou insucesso social e profissional.
Vende-se convenientemente a ideia de que mérito e sucesso são resultado simplesmente de decisões individuais, em nada contribuindo os lugares sociais onde se encontram os sujeitos e as oportunidades que lhes são efetivamente oferecidas ou negadas.
O rico, Aderaldo Catacão, trabalhador, homem de negócios, porém, vive a se queixar que o grosso dos lucros vai de fato beneficiar os sócios estrangeiros. Para ele, a alegria do pobre é mais do que incompreensível, é inaceitável.
Sua esposa, Clarabela, pseudo-intelectual cuja principal ocupação é gastar em futilidades o dinheiro que o marido obtém com a exploração do capital e do trabalho. 
A semelhança com personagens atuais da política, donos de grandes empresas e suas respectivas senhoras fica por conta da sensibilidade de cada um.
Não me demorarei em aprofundar a descrição dessas personagens. Fica o convite para a leitura do texto e, principalmente, havendo oportunidade, prestigiar sua encenação. 
Joaquim Simão louva assim o ofício do poeta:
 
“E eu trabalho: penso, escrevo,
invento, na Poesia,
crio histórias para os outros,
espalho alguma alegria,
espanto a treva do Mundo
que em meu sangue se alumia,
dou beleza ao crime e ao choro…
É pouco, mas tem valia!”
 
O poeta é um trabalhador, que se diferencia por sua práxis: pensar, escrever, cantar e contar histórias.
A poesia não é algo apenas pessoal e particular, mas tem relevância social: traz alegria, espanta a treva, revela a beleza naquilo que em si não é belo: o mal, a tristeza. Permite à comunidade encontrar sentido em meio ao absurdo.
Se há um ócio negativo é o do rico, resultado da exploração do trabalho. Nisso não há nenhum mérito. 
É a transformação do trabalhador em mera despesa, a ser reduzida ao mínimo, para máximo proveito do lucro, que Suassuna critica. 
Atualmente, presenciamos o desmantelamento do Estado como garantidor de direitos sociais e trabalhistas em nome do lucro do capital internacional e de seus beneficiários.
No entanto, o Estado, para as elites financeiras internacionais, ainda cumpre uma função: a de garantir a transformação do capital em mais capital, sem a necessidade do trabalho, por meio dos títulos públicos e dos juros. 
Diferentemente do que se afirma, o Estado é fundamental para os donos do capital: existe para transformar os recursos que expropria da sociedade em lucro para os rentistas. Quanto maiores os juros, menos recursos para educação, saúde, previdência social.
Assim, a democracia torna-se uma farsa dispensável: é preciso garantir que o Estado sirva ao capital e não à sociedade. Daí a recusa às eleições. Não se pode correr o risco de permitir qualquer decisão ao povo.
Se há um ócio positivo, é o que resulta da poesia, da alegria, da festa, da confraternização comunitária que questiona, subverte e suspende as desigualdades e injustiças, ao menos de maneira temporária e simbólica
Análise do livro "Primeiras Estórias" - Guimarães Rosa 
Por Carlos Cortez Minchillo*, 
No início do conto "Famigerado", o narrador pergunta: "Quem pode esperar coisa tão sem pé nem cabeça?". Na verdade, todas as narrativas de Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa, causam essa mesma impressão: acontecimentos inusitados, comportamentos aparentemente inexplicáveis, histórias contadas por meio de uma linguagem fora do comum. 
Por trás desses casos "sem pé nem cabeça", parece sempre se esconder um sentido misterioso. Por que o pai de "A Terceira Margem do Rio" decide, de uma hora para outra, mudar-se para uma canoa e lá permanecer até seu desaparecimento? De que forma Nhinhinha, a "Menina de Lá", podia conhecer seu futuro e "encomendar", dias antes de sua morte, um caixãozinho cor-de-rosa? Para desvendar enigmas como esses, deve-se aceitar que a realidade não pode ser explicadaunicamente pela lógica racional.
Em Primeiras Estórias, parecem existir "leis" desconhecidas que regem as vidas das personagens, pressupõe-se um "mundo paralelo", metafísico, que influencia a conduta humana. O contato com essas "forças invisíveis" depende de uma sensibilidade aguçada. Por isso muitas das personagens dos contos de Guimarães Rosa são estranhas. "Loucos" (como Darandina ou Tarantão), crianças extremamente sensíveis (como o Menino, de "As Margens da Alegria", ou Brejeirinha, de "A Partida do Audaz Navegante"), apaixonados (como Sionésio, de "Substância"), todos representam seres especiais, que parecem viver em outra dimensão, demonstrando uma sabedoria inata, intuitiva. São, enfim, seres iluminados.
Essa iluminação relaciona-se à teoria platônica da reminiscência. A alma, sendo imortal, teria vivido em contato com o mundo Ideal, o plano da Perfeição. Ao encarnar, a alma guardaria lembranças difusas, inconscientes, desse mundo "bom, belo e verdadeiro", para o qual deseja profundamente retornar. Algumas experiências no plano terreno teriam o poder de despertar na alma o gosto da Perfeição, possibilitando uma "redescoberta" de uma alegria até então adormecida. 
Esses momentos de epifania, reveladores de uma Verdade oculta, transformam a vida das personagens. Nesse sentido, o encontro com o belo, o desejo de livrar-se do peso da matéria, o sentimento amoroso são situações de aprendizado: libertam a alma das impurezas da vida e levam o ser humano a uma condição "superior", mesmo que não tenha plena consciência disso. Como se diz em "Nenhum, Nenhuma", "a gente cresce sempre, sem saber para onde". 
O autor 
João Guimarães Rosa nasceu em 1908, em Minas Gerais. Enquanto trabalhava como médico no interior, registrava o que ouvia e via: expressões, anedotas, versos, tipos humanos. Essas anotações foram amplamente usadas em sua obra. 
A obra 
Publicado em 1962, seis anos depois do romance Grande sertão: veredas, Primeiras estórias consta de 21 contos. 
Linguagem 
Destaque da literatura de Rosa, a linguagem é marcada por forte originalidade. Alia a informalidade da linguagem coloquial à complexidade da linguagem poética. O tom é variado: ora sério (lírico ou dramático), ora cômico. 
Temas 
Sentido oculto da existência, crescimento espiritual por meio de experiências amorosas, vida como aprendizado, sensibilidade extraordinária manifestando-se pela loucura e pela ingenuidade infantil, vida como predestinação, limites entre bem e mal.
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
2. Há textos literários que se aproximam pelos conteúdos tratados, tal como ocorre com o tema da distância da pátria, cujo início remonta Canção do Exílio, do poeta Gonçalves Dias. Contudo, nem sempre um ratifica, de modo claro, a ideia do outro. Muitas vezes, a retomada se realiza de maneira irônica, em que o texto mais recente assume uma dimensão crítica inovadora, em relação ao texto anterior. Outras vezes, dá-se a retomada por uma paráfrase, pois se mantém o sentido do texto original.
Considerando o exposto, analise os poemas a seguir:
Poema 1
	Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
	
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
	
	(Gonçalves Dias)
	Poema 2
	
	Poema 3
	Canto de regresso à pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
(Oswald de Andrade)
	
	Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
(Murilo Mendes)
Poema 4
Minha terra
Minha terra não tem terremotos...
nem ciclones... nem vulcões...
As suas aragens são mansas e as suas chuvas esperadas:
chuvas de janeiro... chuvas de caju... chuvas-de-santa-luzia...
Que viço mulato na luz do seu dia!
Que amena poesia, de noite, no céu:
– Lá vai São Jorge esquipando em seu cavalo na lua!
– Olha o Carreiro-de-São-Tiago!
– Eu vou cortar a minha língua na Papa-Ceia!
O homem de minha terra, para viver, basta pescar!
e se estiver enfarado de peixe, arma o mondé
e vai dormir e sonhar...
que pela manhã
tem paca louçã,
tatu-verdadeiro
ou jurupará...
pra assá-lo no espeto
e depois comê-lo
com farinha de mandioca
ou com fubá.
[...]
O homem de minha terra tem um deus de carne e osso!
– Um deus verdadeiro,
que tudo pode, tudo manda e tudo quer...
E pode mesmo de verdade.
Sabe disso o mundo inteiro:
– Meu Padinho Pade Ciço do Joazero!
[...]
Os guerreiros de minha terra já nascem feitos.
Não aprenderam esgrima nem tiveram instrução...
Brigar é do seu destino:
– Cabeleira!
– Conselheiro
– Tempestade!
– Lampião!
Os guerreiros de minha terra já nascem feitos:
– Cabeleira!
– Conselheiro
– Tempestade!
– Lampião!
(Ascenso Ferreira)
Analise as afirmativas a seguir e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
( ) A Canção do Exílio, escrita por Gonçalves Dias, poema do período romântico, exalta a natureza brasileira. Possui versos em que o eu poético, ausente da pátria, traça as diferenças existentes entre o lugar onde se encontra, denominando-o de cá, e a pátria, da qual está distante, de lá, criando assim uma relação antitética e metonímica.
( ) Os três outros poemas pertencem à primeira e à segunda fase do Modernismo. Caracterizam-se por um discurso irônico, que se contrapõe ao tom de exaltação presente no poema 1, contrariando uma máxima da geração de 1922, cuja retomada do passado ocorre sempre de modo ratificador.
( ) O poema 4, ao contrário do 1, pertence à geração de 1922 e resgata temas que integram a cultura brasileira quando traz à tona aspectos do folclore do Nordeste. Além disso, por meio de expressões negativas, tais como: “Não tem terremotos... nem ciclones... nem vulcões..”./ exalta a pátria, mas o faz respeitando a linguagem oral nordestina, aspecto comum na primeira fase do Modernismo Brasileiro.
( ) Os poemas 2 e 3 apresentam pontos em comum quanto à linguagem, pois, em ambos, predomina a crítica ao derramamento sentimental do Romantismo. Isso se justifica porque eles trazem uma imagem crítica da sociedade brasileira bem diferente daquela contida no poema 1. Desse modo, eles se relacionam como retomada intertextual e parodística.
( ) Os quatro poemas integram a literatura da terceira fase do Modernismo Brasileiro, pois obedecem à métrica rígida e apresentam uma secura de linguagem que se aproxima daquela utilizada por Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Ambos, em sua produção poética, se aproximam do antilirismo.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
a) V - V - F - F - F 
b) V - F - V - V - F 
c) F - F - F - F - V 
d) V - V - V - V - F 
e) V - F - V - F - V
Resposta: [B]
2. A literatura de 1930 é demarcada por uma temática social, em que o urbano eo rural se intercruzam, haja vista os romances de José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Jorge Amado. Os dois primeiros autores dão prioridade às histórias que transcorrem em espaço rural; a mesma coisa já não se pode afirmar em relação à obra de Jorge Amado, pois grande parte dela tem como ambiente a cidade da Bahia, atual Salvador. 
Com base no exposto, observe as imagens a seguir:
Analise as seguintes afirmativas:
I. As três imagens referem-se, de modo simultâneo, às obras dos romancistas de trinta, José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Jorge Amado, pois a produção artística desses autores relata acontecimentos que ocorrem nos três espaços representados nas imagens expostas.
II. Dos três autores mencionados, dois deles têm textos memorialistas, Graciliano Ramos, por relatar as memórias dos anos que passou na prisão, e Jorge Amado, quando narra a história dos amores de Gabriela com Nacib e de Dona Flor com os seus dois maridos.
III. Há antagonismo entre as imagens 1, 2 e 3, respectivamente, com os romances de José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Jorge Amado os quais, pelo fato de fazerem parte da geração denominada regionalista, mimetizam, de modo crítico, aspectos da realidade que têm por cenários o campo e a cidade.
IV. A imagem 2 representa o espaço onde transcorrem os acontecimentos relatados nos romances do ciclo do açúcar, de José Lins do Rego, enquanto a 3 relaciona-se com o cenário da seca, tema central de Vidas Secas. Trata-se de uma narrativa de Graciliano Ramos, na qual o animal e o homem se equivalem, pois, enquanto Fabiano se considera “bicho”, Baleia nutre sentimentos humanos.
V. Dos três autores, o único que apresenta, na maioria de seus romances, um cenário urbano tal qual se encontra representado na imagem 3 é Jorge Amado, cuja crítica social se volta para acontecimentos na cidade da Bahia, atual Salvador.
Está(ão) CORRETA(S) apenas 
a)I, II e III. 
b)I e II. 
c)IV. 
d)I e V. 
e)I, III e IV.
Resposta: [D]

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