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Bruna Oliveira - 144 ● ≥ 20 - 42s ● Causas obstétricas e não obstétricas. Inserção Viciosa da Placenta / Placenta prévia ● Presença de tecido placentário total ou parcialmente inserido no segmento inferior do útero, após 28s de gestação. ● Prévia: entre a apresentação fetal e o canal de parto 1) Placenta Prévia a) Placenta recobre o orificio interno do colo uterino, total ou parcialmente b) Centro total ou centro parcial 2) Placenta de inserção baixa a) Bordo placentário ≤ 2cm de distância do orifício interno do colo, mas sem cobri-lo b) = Placenta prévia marginal Fatores de risco ● Cesariana ● Inserção VICIOSA da placenta em gestação anterior ● Gestação múltipla ● Curetagens ● Idade materna avançada ● Multiparidade ● Tabagismo - provoca uma hipoxemia na face materno-fetal, havendo um aumento compensatório (hipertrofia compensatória das vilosidades coriais), deixando a placenta com maior superfície de inserção na parede uterina, possuindo uma tendência a se inserir no seguimento inferior da placenta. Fisiopatologia ● Decidualização deficiente, interferências na nidação ○ Nidação mais tardia ou mais baixa ○ Ovo busca melhor oxigenação ● No 1° trimestre, 40 a 50% das placentas redobrem o orifício interno do colo uterino ● Tem tendência a ser acreta ● Migração placentária: ○ Trofotropismo: maior desenvolvimento placentário em áreas com melhor vascularização (fundo uterino); ○ Atrofia de cotilédones: atrofia de regiões placentárias com suprimento sanguíneo deficiente (próximas ao colo) ○ Desenvolvimento do segmento inferior do útero com o avançar da gestação ○ Se encerram no 2° trimestre (28s) ● Na presença de dilatação cervical ou contrações uterinas: ○ Separação coriodecidual ○ Ineficiência de contratilidade das fibras do segmento inferior ○ Predispõem ao sangramento ● Sangramento de origem materna que vem de região da vilosidades (cotilédones placentária são muito vascularizado) Quadro clínico ● Sangramento vaginal da 2° metade do gestação vermelho vivo, de início súbito, de caráter recorrente e gravidade progressiva e Indolor ● Útero de tônus fisiológico ● 75% é autolimitado ● USG TV a partir de 28s ● Investigar condições associadas (RM) Condutas ● Manter estabilidade hemodinâmica ● Colher exames laboratoriais, reserva sanguínea ● NUNCA realizar toque vaginal quando há suspeita, pois pode desencadear sangramento intenso ● Se IG< 34s: corticosteróides para amadurecimento fetal ● Se Rh (-): Ig anti-D (pode ter havido contato entre o sangue materno e fetal - hemorragia feto-materna) Interrupção da gestação ● Sangramento incontrolável ou com sofrimento fetal -> interrupção imediata por cesárea ! ● Sangramento materno controlável: HEMORRAGIAS DA 2ª METADE DA GRAVIDEZ Bruna Oliveira - 144 ○ Estabilização volemica e transfusão, se necessário ○ Vigilância do sangramento ○ Controle de sinais vitais ○ Uso de corticóides entre 25 e 34s ● Tudo estável - espera ficar termo: ○ Interrupção com 37s por cesária em casos de placenta prévia ○ Nas placentas de inserção baixa, é possível o parto vaginal (cesária é indicação relativa). Complicações ● Acretismo placentário- placenta invade camada basal do endométrio ou serosa uterina ● Vasa prévia ● Hemorragia materna anteparto, interparto e pós parto ○ O segmento onde a placenta prévia está inserida não contrai bem, tornando a mãe candidata a hemorragia pós parto por atonia uterina ● Transfusão sanguínea (alto risco de hemorragia) ● Histerctomia ● Morte materna ● Hipóxia fetal, restrição de crescimento fetal ● Prematuridade Deslocamento Prematuro da Placenta Normalmente Inserida (DPPNI) ● Separação intempestiva da placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, em gestação de 20 ou mais semanas. ● Inserção normal: corpo uterino ● Mortalidade perinatal de 12% devido a prematuridade e hipóxia ● Maioria abaixo das 37s ● HAS + DPPNI = gestose hemorrágica Etiologia ● Traumática: ○ Acidentes; ○ Versão cefálica externa (mudar a apresentação); ○ Cordão curto; ○ Diminuição súbita da pressão Intra Uterina: saída de LA (polidrâmnio); ○ Movimentação fetal excessiva. ● Não traumática: ○ DPPNI prévio ○ Pré-eclâmpsia ○ Hipertensão crônica ○ Gestação múltipla ○ Polidrâmnio ○ Rotura prematura de membranas ○ Corioamionite ○ Tabagismo ○ Idade materna e multiparidade Fisiopatologia 1. Sangue proveniente das artérias espiraladas da mãe na decidua basal 2. Sangue alcança área de clivagem placenta- decidua 3. Hipertonia: estimula o descolamento de outras áreas (processo autoalimentado devido a irritação causada pelo sangue) a. Hematoma retroplacentário - fica contido alimentando o processo b. Hemorragia externa (80%) c. Aumento da pressão intramniótica (pode haver hemoâmnio) d. Ideal fazer amniotomia: diminui a pressão intrauterina e acelera a dilatação cervical e. Parto em alude: expulsão de feto, placenta e anexos em turbilhão 4. Quanto mais coágulos mais aumenta a tromboplastina na circulação materna, predispondo a coagulopatias. 5. Sangue invade o miométrio e dissocia as miofibrilas 6. Útero de couvelaire ou apoplexia útero placentária - útero que não se contrai. ● Sugere-se que seja recorrente da 2° onda de invasão trofoblástica deficiente ● A área descolada não realiza troca de nutrientes ou oxigênio, e quando chega a 50% evolui para óbito fetal. Quadro Clínico ● Sangramento vaginal súbito, escuro, de pequena a moderada quantidade: não prediz magnitude do deslocamento (coágulo) ● Dor abdominal importante (irritação das fibras uterinas por causa da dissociação anatomica causada pelo sangue) ● Hipertonia uterina ● Vitalidade fetal comprometida ou não (depende da quantidade de placenta que se descolou) ● Sinais de choque maternos Bruna Oliveira - 144 ● Demora em média 4h para o coágulo se formar e ficar visualizavél, diagnóstico é clínico (não esperar confirmação por exame) Classificação de Sher ● Grau I: ○ Assintomático ou oligossingomático ○ Sangramento discreto e escuro ○ Sem hipotonia uterina importante ○ Vitalidade fetal preservada ○ Achado pós-parto de coágulo retroplacentario ● Grau II: ○ Sangramento importante; ○ Alterações hemodinâmicas maternas; ○ Queda do fibrinogênio; ○ Vitalidade fetal comprometida; ● Grau III - existiu óbito fetal: ○ IIIa: ■ Óbito fetal; ■ Hipertonia uterina importante ■ Hipotensão materna ■ SEM coagulopatia ○ IIIb: ■ Óbito fetal; ■ Hipertonia uterina importante ■ Hipotensão materna ■ COM coagulopatia Complicações ● Hipovolemia, IRA por necrose tubular renal (reversível) ● Causa mais comum de necrose cortical renal aguda na gravidez (irreversível) ● Liberação de tromboplastina na circulação materna: consumo de fatores da coagulação (CIVD) - IIIb ● Hemorragia pós-parto: atonia uterina e distúrbios da coagulação Diagnóstico Diferenciais ● Trabalho de parto ● Placenta prévia/ inserção baixa ● Ruptura uterina ● Hematoma subcoriônico Manejo ● Dx clínico ● Situação de emergência/urgência ● Nem sempre da pra visualizar coágulo em USG ● G(Esquema) Descolamento crônico ● Sangramento vaginal recorrente, de pequena monta ● Hipertonia uterina ausente ou discreta ● 20% dos descolamentos ● Cardiotocografia geralmente normal, ausência de coagulopatia materna ● Parto geralmente ocorre em até 1s após o dx ● Pode haver conduta expectante se feto com boa vitalidade e condições maternas estáveis ○ Avaliar corticoterapia, tocografia é questionável ● Sequência de descolamento crônico - oligoâmnio (CAOS): Geralmente é de mau prognóstico se aparece no 2° trimestre ○ Hipoplasia pulmonar Ruptura do Seio Marginal ● Necessita de confirmação histológica no momento do parto ● Sangramento de origem materna ● Sangramento indolor, intermitente,vermelho vivo ou escuro ● Seio marginal: porção periférica do espaço interviloso, quase sempre desprovida de vilosidades propriamente rita's ● Após banhar as microvilosidades, o sangue retorna através de orifícios venosos na placa basal e é drenado ● Volume total 150mL = substituído 3-4x por minuto Vasa Prévia ● Vasos umbilicais estão desprotegidos da geleia de Wharthon e passam, através das membranas, sobre o orifício cervical interno ● Vasos interpostos entre a apresentação e o canal vaginal ● Tipo 1: inserção velamentosa do cordão ● Tipo 2: vasos entre os lobos da placenta bilobada ● Fatores de risco: ○ Placenta de inserção baixa no 2° trimestre ○ Placenta sucenturiada/bilobada (tem que pesquisaram vasa prévia) ○ Fertilização in vitro ● Sangramento de origem fetal ○ 100mL perdidos = choque hemorrágico fetal ○ Cardiotocografia categoria 3: traçado sinusoidal (iminente morte fetal) ● Resolução: cesárea Referências: aula de Débora 2020.1
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