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Aleitamento Materno - tipos, composição, vantagens e desvantagens

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Diz-se que uma criança está em AM quando ela 
recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de estar 
recebendo ou não outros alimentos; 
O padrão de AM pode ser assim classificado: 
→ AM exclusivo (AME): quando a criança 
recebe somente leite materno, direto da 
mama ou ordenhado, ou leite humano de 
outra fonte, sem outros líquidos ou 
sólidos; 
→ AM predominante: quando a criança 
recebe, além do leite materno, água ou 
bebidas à base de água (água adocicada, 
chás, infusões) e sucos de frutas; 
→ AM complementado: quando a criança 
recebe, além do leite materno, alimentos 
complementares, definidos como 
qualquer alimento sólido ou semissólido 
com a finalidade de complementar o leite 
materno. O termo “suplemento” tem sido 
utilizado para água, chás e/ou leite de 
outras espécies; 
→ AM misto ou parcial: quando a criança 
recebe, além do leite materno, outros 
tipos de leite. 
-> A Organização Mundial da Saúde (OMS), o 
Ministério da Saúde do Brasil (MS) e a Sociedade 
Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam AM por 
2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos 
primeiros 6 meses <- 
COMPOSIÇÃO: 
O leite maduro só é secretado por volta do 10º dia 
pós-parto. 
Nos primeiros dias, a secreção láctea é chamada 
de colostro, que contém mais proteínas e menos 
lipídios do que o leite maduro, e é rico em 
imunoglobulinas, em especial a IgA 
 
 
→ A IgA secretória é a principal 
imunoglobulina, que atua contra 
microrganismos que colonizam ou 
invadem superfícies mucosas 
→ A especificidade dos anticorpos IgA no 
leite humano é um reflexo dos antígenos 
entéricos e respiratórios da mãe, o que 
proporciona proteção à criança contra os 
agentes infecciosos prevalentes no meio 
em que ela está inserida 
→ A concentração de IgA no leite materno 
diminui ao longo do primeiro mês, 
permanecendo relativamente constante a 
partir de então 
→ Outros fatores de proteção que se 
encontram no leite materno são: IgM e 
IgG; linfócitos B e T, leucócitos, lisozima e 
lactoferrina, que atuam sobre bactérias, 
vírus e fungos; oligossacarídios (mais de 
130 compostos), que previnem ligação da 
bactéria na superfície mucosa e protegem 
contra enterotoxinas no intestino, 
ligando-se à bactéria; fator bífido, que 
favorece o crescimento do Lactobacilus 
bifidus na criança, uma bactéria saprófita 
que acidifica as fezes, dificultando a 
instalação de bactérias que causam 
diarreia, como Shigella, Salmonella e 
Escherichia coli; 
→ Alguns dos fatores de proteção do leite 
materno são total ou parcialmente 
inativados pelo calor, razão pela qual o 
leite humano pasteurizado não tem o 
mesmo valor biológico que o leite cru; 
O leite de mães de recém-nascidos pré-termo 
difere do de mães de RNs a termo, como mostra a 
tabela a seguir: 
 
A água contribui com quase 90% da composição 
do leite materno, o que garante o suprimento das 
necessidades hídricas de uma criança em AME, 
mesmo em climas quentes e áridos; 
O principal carboidrato do leite materno é a 
lactose, e a principal proteína é a lactoalbumina; 
As gorduras são o componente mais variável do 
leite materno e são responsáveis por suprir até 
50% das necessidades energéticas da criança 
pequena; 
→ A concentração de gordura no leite 
aumenta no decorrer de uma mamada. 
Assim, o leite do final da mamada é mais 
rico em energia e sacia melhor a criança, 
daí a importância de a criança esvaziar 
bem a mama 
Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa 
são essenciais no desenvolvimento cognitivo e 
visual, e na mielinização dos neurônios; 
A cor e o aspecto do leite humano variam ao longo 
da mamada como decorrência das variações na 
sua composição e também de acordo com a dieta 
da mãe 
→ Por exemplo, o leite é mais amarelado 
quando a mãe tem uma dieta rica em 
betacaroteno, e esverdeado em dietas 
ricas em riboflavinas 
→ No início da mamada, o teor de água e a 
presença de constituintes hidrossolúveis 
confere ao leite coloração de água de 
coco; no meio da mamada, com o 
aumento da concentração de caseína, o 
leite tende a ter uma coloração branca 
opaca; e, no final da mamada, em virtude 
da concentração dos pigmentos 
lipossolúveis, o leite é mais amarelado 
 
EVIDÊNCIA DA SUPERIORIDADE DO LM: 
→ Redução da mortalidade infantil: a 
amamentação na primeira hora de vida 
tem sido associada a à redução da 
mortalidade; 
→ Redução da incidência e gravidade da 
diarreia: principalmente pelos fatores de 
proteção já citados; 
→ Redução da morbidade por infecção 
respiratória; 
→ Redução de alergias (a exposição a leite de 
vaca nos primeiros dias de vida parece 
aumentar o risco de alergia ao leite de 
vaca); 
→ Redução de doenças crônica 
(principalmente obesidade e DM tipo 2); 
→ Melhor nutrição; 
→ Melhor desenvolvimento cognitivo e 
inteligência; 
→ Melhor desenvolvimento da cavidade 
bucal; 
→ Proteção contra doenças na mulher que 
amamenta (proteção contra o câncer de 
mama, de ovário, diabetes tipo 2 e efeito 
anticoncepcional); 
→ Economia: o leite materno não tem custo; 
→ Promoção do vínculo afetivo entre mãe e 
filho. 
 
O aleitamento materno não é recomendado nos 
seguintes casos: 
→ Mães infectadas pelo HIV; 
→ Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2; 
→ Mães que fazem uso de medicamentos 
incompatíveis com a amamentação; 
→ Criança portadora de galactosemia, 
doença rara em que ela não pode ingerir 
leite humano ou qualquer outro que 
possua lactose. 
Nesses casos, faz-se necessária a utilização de 
substitutos do leite materno e o profissional de 
saúde deve estar apto a apoiar essas famílias de 
forma individualizada, buscando minimizar os 
riscos por meio de avaliação de cada caso; 
Como alternativa ao leite materno, deve-se buscar 
uma alimentação láctea adequada à situação 
clínica, social e cultural da família; 
É imprescindível que o profissional de saúde reflita 
com as famílias as implicações econômicas da 
opção pela substituição do aleitamento materno e 
os riscos à saúde da criança pelo uso desnecessário 
ou inadequado de alimentos artificiais e 
mamadeiras, favorecendo uma escolha 
Informada; 
 
O leite de vaca apresenta elevada quantidade de 
proteínas, inadequada relação entre a caseína e 
as proteínas do soro, elevados teores de sódio, de 
cloretos, de potássio e de fósforo e quantidades 
insuficientes de carboidratos, de ácidos graxos 
essenciais, de vitaminas e de minerais para essa 
faixa etária; 
Além de não ser nutricionalmente adequado, o 
leite de vaca é um alimento muito alergênico para 
crianças e seu consumo tem sido associado ao 
desenvolvimento de atopia; 
Apesar do leite de vaca, fluído ou em pó, não ser a 
melhor opção de alimentação para crianças 
menores de 12 meses, esse alimento é o único 
alimento disponível em função do baixo custo, 
quando comparado às formulas infantis 
disponíveis no mercado; 
Se a criança não estiver sendo alimentada com 
leite materno e nem fórmula infantil, a partir dos 
quatro meses de vida deve-se iniciar a introdução 
de outros alimentos para suprir suas necessidades 
nutricionais. A partir dessa idade, a criança deverá 
receber duas de papas salgadas (almoço e jantar) 
e duas frutas, além do leite sem adição de açúcar; 
Os profissionais de saúde devem orientar as mãe 
e cuidadores quanto aos procedimentos de 
diluição do leite de vaca adequado para a idade, a 
correção da deficiência de ácido linoleico (com 
óleo nos primeiros quatro meses) e a 
suplementação com vitamina C e ferro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As fórmulas infantis para lactentes correspondem 
a leites industrializados indicados para lactentes 
que não estão em aleitamento materno 
A grande maioria das fórmulas existentes no 
comércio é elaborada a base de leite de vaca e 
seguem as recomendações do “Codex 
Alimentárius” (O Codex Alimentarius é uma 
coletânea de padrões reconhecidos 
internacionalmente, códigos de conduta, 
orientações e outras recomendações relativasa 
alimentos, produção de alimentos e segurança 
alimentar) 
No entanto, apesar de sua adaptação com relação 
ao carboidrato, proteínas e vitamina, os fatores 
anti-infecciosos e bioativos encontrados no leite 
materno não são encontrados nas fórmulas 
infantis; 
Apesar de proporcionar o conteúdo nutricional 
necessário, as fórmulas não são estéreis e estão 
sujeita às mesmas preocupações de segurança, 
como cuidados com a higiene na preparação e 
abastecimento de água potável 
→ Esses cuidados devem ser ainda maiores 
nos primeiros seis meses de vida 
O profissional de saúde deve orientar as mães e 
cuidadores quanto à importância de seguir as 
recomendações de diluição do produto 
→ Leites muito concentrados ou muito 
diluídos podem ser prejudiciais para a 
saúde da criança, pois pode resultar, 
respectivamente, em uma sobrecarga 
renal de sais e proteína ou desnutrição 
→ Deve-se também fornecer orientações 
quanto à qualidade da fórmula oferecida 
e análise dos rótulos 
Se a criança é alimentada com fórmula infantil, a 
introdução de outros alimentos deve ser feita a 
partir dos seis meses de vida e deve seguir as 
mesmas orientações sobre a introdução da 
alimentação complementar para crianças 
amamentadas; 
Os profissionais de saúde devem orientar as mães 
e cuidadores quanto ao preparo adequado das 
refeições lácteas e os cuidados com a higiene. É 
necessário recomendar: 
→ Lavagem das mãos e utensílios (colheres, 
jarras, copos, etc) com água e sabão, 
usando panos limpos e secos para enxugá-
las antes de preparar e oferecer as 
refeições lácteas; 
→ Lavagem da superfície onde será 
preparada a refeição láctea com água e 
sabão; 
→ Utilizar água tratada, fervida e filtrada 
para a diluição do leite, se necessário; 
→ As refeições lácteas devem ser preparadas 
próximas ao momento do consumo; 
→ Não se deve oferecer à criança sobras da 
refeição láctea anterior

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