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Informativo 677-STJ (11/09/2020) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1 
 
Informativo comentado: 
Informativo 677-STJ (RESUMIDO) 
Márcio André Lopes Cavalcante 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
CONSELHOS PROFISSIONAIS 
Técnico em contabilidade podia se inscrever no Conselho até 01/06/2010 sem fazer o Exame de 
Suficiência; depois dessa data, não pode mais se inscrever em hipótese alguma 
 
Atualize o Info 669-STJ 
Mudança de entendimento! 
Ao técnico em contabilidade que tenha concluído o curso após a edição da Lei nº 12.249/2010 
é assegurado o direito de se registrar no Conselho de Classe até 1º de junho de 2015, sem que 
lhe seja exigido o Exame de Suficiência, sendo-lhe, dessa data em diante, vedado o registro. 
STJ. 1ª Turma. REsp 1.659.767-RS, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 18/08/2020 (Info 677). 
Obs: a 2ª Turma entende de forma diversa e decide que o exame de suficiência, criado pela Lei nº 
12.249/2010, será exigido dos técnicos em contabilidade que completarem o curso após sua vigência. 
Tais profissionais não estão sujeitos à regra de transição prevista no art. 12, § 2º do referido diploma 
(STJ. 2ª Turma. AgInt no AREsp 1631350/RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 19/10/2020). 
 
CONSELHOS PROFISSIONAIS 
Treinador ou instrutor de tênis não precisa ser inscrito no Conselho Regional de Educação Física 
 
O exercício da atividade de treinador ou de instrutor de tênis não exige o registro no Conselho 
Regional de Educação Física. 
STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1.767.702-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 29/06/2020 (Info 677). 
 
PODER DE POLÍCIA 
A ANVISA deve exigir que as fabricantes dos produtos alimentícios advirtam, no rótulo, 
que os valores nutricionais ali informados podem ter uma variação de até 20% 
em relação aos números apresentados 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA deve exigir, na rotulagem dos produtos 
alimentícios, a advertência da variação de 20% nos valores nutricionais. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1.537.571-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 27/09/2016 (Info 677). 
 
 
 
 
 
 Informativo 
comentado 
 
 
Informativo 677-STJ (11/09/2020) – Márcio André Lopes Cavalcante | 2 
TEMAS DIVERSOS 
Na equipe que compõe as Ambulâncias de Suporte Básico - Tipo B e as Unidades de Suporte 
Básico de Vida Terrestre (USB) do SAMU não é necessária a presença de enfermeiro, bastando 
um técnico ou auxiliar de enfermagem 
 
A composição da tripulação das Ambulâncias de Suporte Básico - Tipo B e das Unidades de 
Suporte Básico de Vida Terrestre (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 
sem a presença de enfermeiro não ofende, mas sim concretiza, o que dispõem os artigos 11, 
12, 13 e 15 da Lei n.º 7.498/86, que regulamenta o exercício da enfermagem. 
STJ. 1ª Seção. REsp 1.828.993-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 12/08/2020 (Recurso 
Repetitivo – Tema 1024) (Info 677). 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
PLANO DE SAÚDE 
Em caso de resilição unilateral do contrato coletivo, 
deve ser reconhecido o direito à portabilidade de carências 
 
Importante!!! 
Os beneficiários de plano de saúde coletivo, após a resilição unilateral do contrato pela 
operadora, têm direito à portabilidade de carências ao contratar novo plano observado o 
prazo de permanência no anterior, sem o cumprimento de novos períodos de carência ou de 
cobertura parcial temporária e sem custo adicional pelo exercício do direito. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.732.511-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 04/08/2020 (Info 677). 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
A concordatária que descumpriu as obrigações assumidas na concordata e teve sua falência 
decretada não tem direito à conversão em recuperação judicial 
 
Não é permitido à concordatária que descumpriu as obrigações assumidas na concordata 
efetuar o pedido de recuperação judicial, nos termos do § 2º do art. 192 da Lei nº 11.101/2005. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1.267.282-SP, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 23/06/2020 (Info 677). 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
EXECUÇÃO 
Arma de fogo pode ser penhorada 
 
Importante!!! 
A arma de fogo pode ser penhorada e expropriada, desde que assegurada pelo Juízo da 
execução a observância das mesmas restrições impostas pela legislação de regência para a sua 
comercialização e aquisição. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1.866.148-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 26/05/2020 (Info 677). 
 
 Informativo 
comentado 
 
 
Informativo 677-STJ (11/09/2020) – Márcio André Lopes Cavalcante | 3 
DIREITO PENAL 
 
ESTELIONATO 
A mudança na ação penal do crime de estelionato, promovida pela Lei 13.964/2019, 
retroage para alcançar os processos penais que já estavam em curso? 
 
Importante!!! 
A mudança na ação penal do crime de estelionato, promovida pela Lei nº 13.964/2019, 
retroage para alcançar os processos penais que já estavam em curso? Mesmo que já houvesse 
denúncia oferecida, será necessário intimar a vítima para que ela manifeste interesse na 
continuidade do processo? 
NÃO. É a posição amplamente majoritária na jurisprudência. 
Não retroage a norma prevista no § 5º do art. 171 do CP, incluída pela Lei 13.964/2019 
(“Pacote Anticrime”), que passou a exigir a representação da vítima como condição de 
procedibilidade para a instauração de ação penal, nas hipóteses em que o Ministério Público 
tiver oferecido a denúncia antes da entrada em vigor do novo diploma legal. 
A retroatividade da representação prevista no § 5º do art. 171 do CP deve se restringir à fase policial. 
A exigência de representação no crime de estelionato, trazida pelo Pacote Anticrime, não afeta 
os processos que já estavam em curso quando entrou em vigor a Lei nº 13.964/2019. 
Assim, se já havia denúncia oferecida quando entrou em vigor a nova Lei, não será necessária 
representação do ofendido. 
STJ. 5ª Turma. HC 573.093-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 09/06/2020 (Info 674). 
STF. 1ª Turma. HC 187341/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 13/10/2020 (Info 995). 
STF. 2ª Turma. ARE 1230095 AgR, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 24/08/2020. 
 
Registre-se a posição minoritária da 6ª Turma do STJ, que deve ser superada em breve: 
A retroatividade da representação prevista § 5º do art. 171 alcança todos os processos em curso. 
A exigência de representação no crime de estelionato, trazida pelo Pacote Anticrime, afeta não apenas os 
inquéritos, mas também os processos em curso, desde que ainda não tenham transitado em julgado. 
Assim, mesmo que já houvesse denúncia oferecida quando a Lei entrou em vigor, o juiz deverá intimar 
a vítima para manifestar interesse na continuidade da persecução penal, no prazo de 30 dias, sob 
pena de decadência. 
STJ. 6ª Turma. HC 583.837/SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 04/08/2020 (Info 677). 
 
CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS 
O crime previsto no art. 1°, VII, do Decreto-Lei nº 201/1967 se perfectibiliza quando há uma 
clara intenção de descumprir os prazos para a prestação de contas 
 
Importante!!! 
Se tiver havido a entrega da prestação de contas em momento posterior ao estipulado, mas se 
não tiver ficado suficientemente demonstrada a intenção de atrasar e de descumprir os prazos 
previstos para se prestar contas, não haverá crime por falta de elemento subjetivo (dolo). 
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do 
Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores: (...) VII 
- Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão competente, da aplicação de recursos, 
empréstimos subvenções ou auxílios internos ou externos, recebidos a qualquer título; 
STJ. 6ª Turma. REsp 1695266/PB,Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/06/2020 (Infos 676 e 677). 
 Informativo 
comentado 
 
 
Informativo 677-STJ (11/09/2020) – Márcio André Lopes Cavalcante | 4 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
MEDIDAS CAUTELARES 
É possível a fixação de astreintes em desfavor de terceiros, não participantes do processo, pela 
demora ou não cumprimento de ordem emanada do Juízo Criminal 
 
É possível ao juízo criminal efetivar o bloqueio via Bacen-Jud ou a inscrição 
em dívida ativa dos valores arbitrados a título de astreintes 
 
Importante!!! 
É possível a fixação de astreintes em desfavor de terceiros, não participantes do processo, pela 
demora ou não cumprimento de ordem emanada do Juízo Criminal 
As normas do processo civil aplicam-se de forma subsidiária ao processo penal (art. 3º do CPP). 
O poder geral de cautela do processo civil também pode ser aplicado, em regra, ao processo 
penal. O emprego de cautelares inominadas só é proibido no processo penal se atingir a 
liberdade de ir e vir do indivíduo. 
Diante da finalidade da multa cominatória, que é conferir efetividade à decisão judicial, é 
possível sua aplicação em demandas penais. 
Assim, o terceiro pode perfeitamente figurar como destinatário da multa. 
Vale ressaltar que essa multa não se confunde com a multa por litigância de má-fé. A multa por 
litigância de má-fé não é admitida no processo penal. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.568.445-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Rel. Acd. Min. Ribeiro Dantas, 
julgado em 24/06/2020 (Info 677). 
 
É possível ao juízo criminal efetivar o bloqueio via Bacen-Jud ou a inscrição em dívida ativa dos 
valores arbitrados a título de astreintes 
Por derivar do poder geral de cautela, cabe ao magistrado, diante do caso concreto, avaliar 
qual a melhor medida coativa ao cumprimento da determinação judicial, não havendo 
impedimento ao emprego do sistema Bacen-Jud. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.568.445-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Rel. Acd. Min. Ribeiro Dantas, 
julgado em 24/06/2020 (Info 677). 
 
 
INFILTRAÇÃO POLICIAL 
Não haverá infiltração policial se o agente apenas 
representa a vítima nas negociações de extorsão 
 
GRAVAÇÃO AMBIENTAL 
É lícita a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro 
 
AÇÃO CONTROLADA 
Ação controlada do art. 8º, § 1º da Lei nº 12.850/2013 
exige apenas comunicação prévia (e não autorização judicial) 
 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL 
Possibilidade de auxílio da agência de inteligência ao MP estadual 
 
 
 Informativo 
comentado 
 
 
Informativo 677-STJ (11/09/2020) – Márcio André Lopes Cavalcante | 5 
Importante!!! 
Não haverá infiltração policial se o agente apenas representa a vítima nas negociações de 
extorsão 
Não há infiltração policial quando agente lotado em agência de inteligência, sob identidade 
falsa, apenas representa o ofendido nas negociações da extorsão, sem se introduzir ou se 
infiltrar na organização criminosa com o propósito de identificar e angariar a confiança de 
seus membros ou obter provas sobre a estrutura e o funcionamento do bando. 
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677). 
 
É lícita a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro 
As inovações do Pacote Anticrime na Lei n. 9.296/1996 não alteraram o entendimento de que 
é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem 
conhecimento do outro. 
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677). 
 
Ação controlada do art. 8º, § 1º da Lei nº 12.850/2013 exige apenas comunicação prévia (e não 
autorização judicial) 
A ação controlada prevista no § 1º do art. 8º da Lei nº 12.850/2013 independe de autorização, 
bastando sua comunicação prévia à autoridade judicial. 
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677). 
 
Possibilidade de auxílio da agência de inteligência ao MP estadual 
É legal o auxílio da agência de inteligência ao Ministério Público Estadual durante 
procedimento criminal instaurado para apurar graves crimes em contexto de organização 
criminosa. 
STJ. 6ª Turma. HC 512.290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677). 
 
EXECUÇÃO PENAL 
O tempo excedido, na frequência escolar, ao limite legal de 12 horas a cada 3 dias deve ser 
considerado para fins de remição da pena 
 
Importante!!! 
O art. 126 da Lei de Execuções Penais prevê duas hipóteses de remição da pena: por trabalho 
ou por estudo. 
Para fins de remição da pena pelo trabalho, a jornada não pode ser superior a 8 horas. O STJ, 
contudo, entende que eventuais horas extras devem ser computadas quando excederem a 
oitava hora diária, hipótese em que se admite o cômputo do excedente para fins de remição 
de pena. 
No caso da remição pelo estudo, o reeducando poderá remir 1 dia de pena a cada 12 horas de 
atividade, divididas, no mínimo, em 3 dias. 
O STJ entende que, se o reeducando estudar mais que 12 horas, isso deverá ser considerado 
para fins de remição da pena. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1720688/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 06/10/2020. 
STJ. 6ª Turma. HC 461.047-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 04/08/2020 (Info 677).

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