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Direito Penal - Reabilitação

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Direito Penal 
Reabilitação
1-Conceito. 
	 É a declaração judicial de reinserção do sentenciado ao gozo de determinados 
direitos que foram atingidos pela condenação.
	 É uma medida de Política Criminal, consistente na restauração da dignidade social 
e na reintegração no exercício de direitos, interesses e deveres, sacrificados pela 
condenação.
	 Tem por finalidade garantir sigilo dos registros sobre o processo e a condenação 
do sentenciado, bem como proporcionar a recuperação de direitos perdidos por conta 
dos efeitos da condenação.
	 OBS.: Não é possível a reabilitação de todos os direitos perdidos na condenação.
	 Atualmente, a reabilitação não alcança somente as interdições de direitos, mas 
quaisquer penas.
	 É instituo autônomo que tem por fim estimular a regeneração, ou seja, tem 
finalidade principal reabilitar o condenado para o exercício de direitos perdidos na 
condenação.
"Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, 
assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e 
condenação." 
2-Competência para a concessão. 
	 A competência para concessão de reabilitação é do juiz da condenação (de quem 
proferiu a condenação), nos termos do art. 743 do CPP, parte não revogada.
"CPP, Art. 743 - A reabilitação será requerida ao juiz da condenação, após o 
decurso de quatro ou oito anos, pelo menos, conforme se trate de condenado ou 
reincidente, contados do dia e que houver terminado a execução da pena principal 
ou da medida de segurança detentiva, devendo o requerente indicar as comarcas 
em que haja residido durante aquele tempo." 
3-Condições. 
	 Condições iniciais para o requerimento da reabilitação:
1. 	 Decurso de 2 anos da extinção da pena ou termino da execução da pena, 
incluindo nesse período o prazo do sursis ou do livramento condicional se não houver 
revogação;
2. No caso de sursis ou livramento condicional não poderá haver revogação;
3. Certidões comprobatórias de não ter o requerente respondido, nem estar 
respondendo a processo penal, em qualquer das comarcas em que houver residido 
durante o prazo a que se refere o artigo anterior;
4. Atestados de autoridades policiais ou outros documentos que comprovem ter 
residido nas comarcas indicadas e mantido, efetivamente, bom comportamento;
5. Atestados de bom comportamento fornecidos por pessoas a cujo serviço tenha 
estado;
6. Quaisquer outros documentos que sirvam como prova de sua regeneração;
7. A prova de haver ressarcido o dano causado pelo crime ou persistir a impossibilidade 
de fazê-lo. 
OBS¹.: O critério de reparação do dano deve ser amplo e flexível, ainda que porra 
abranger atualização monetária, quando for o caso. 
OBS².: Quando o crime não causar prejuízo, como por exemplo, crimes de perigo, nesse 
caso não há o que se exigir tal requisito do condenado. Ex.: crime de condicionamento 
médico hospitalar emergencial. 	 
4-Indeferimento da reabilitação. 
	 Indeferimento significa a negação do pedido de reabilitação, porém o condenado 
pode refazer um novo pedido, mas este terá que apresentar novos elementos 
comprobatórios dos requisitos necessários. 
5-Reabilitação e reincidência. 
	 "Art. 95 - A reabilitação será revogado, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão 
definitiva, a pena que não seja de multa." 
	 Segundo o art. 95, a revogação pode ser revogado sem a necessidade de 
requerimento ou automaticamente pelo juiz ("de ofício"). Isso ocorrerá se o condenado 
for reincidente, por decisão definitiva, ou seja, definitivamente condenado como 
reincidente desde que não seja por multa. A revogação da reabilitação terá que respeitar 
os termos do art. 64, inciso I, do CP.
	 Caso um novo delito seja cometido dentro do período depurador, o réu torna-se 
reincidente, revogando-se o benefício. A pretensão é pessoal e intransferível 
(personalíssima), falecendo o condenado, o seu exercício não se transfere a herdeiros.
"Art. 64, I - Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento 
ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo 
superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do 
livramento condicional, se não ocorrer revogação." 
6-Mapa mental.

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