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FISIOLOGIA DO PÂNCREAS E DIABETES

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Hiago Manoel Araujo MEDICINA UniFTC- P1
FISIOLOGIA DO PÂNCREAS E DIABETES
· GLICOSE
-PAPEL DA GLICOSE
	-Regulação da pressão osmótica
	-Concentração elevada provoca glicosúria e 	queda de P.A (perda de água)
	-Aumento a longo prazo causa lesões teciduais
	-Principal fonte energética (gera ATP)
	-Transporte de glicose é importante para 	metabolismo (insolúvel na membrana – 	necessita de transporte especializado)
	-Tentativa fisiológica de regulação da 	concentração para evitar hiper ou hipoglicemia
	-Obtida principalmente em carboidratos 
	-Utilização de gorduras (gera corpos cetônicos 	-> possível acidose) 	durante dieta sem 	carboidratos que gerariam glicose para energia
-Mecanismos de transporte da glicose (depende da necessidade energética da célula)
	-Transporte passivo facilitado: uso de proteínas facilitadoras (família GLUT); 
	-Transporte ativo: transportada junto ao sódio por simporte na mesma direção (família SGLT)
-ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS
	-Entrada para enterócito (célula do intestino delgado) pela borda em escova (parte apical)
	-Saída por membrana basolateral para capilares sanguíneos 
	-Entrada no enterócito por simporte com o sódio (papel da bomba Na/K ATPase, garantindo equilíbrio de concentração de Na)
	-Saída do enterócito por difusão facilitada (GLUT2) para o plasma 
-PRINCIPAIS TIPOS DE PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS DE GLICOSE (FAMÍLIA GLUT)
	-Insulina é responsável por facilitar a entrada de glicose na célula, porém isso depende do GLUT 
	-Nem todos os GLUT’s possuem ligação com a ação da insulina
	-GLUT 1 a 3 não sofrem interferência da insulina (já estão integrados à membrana)
	-O GLUT 4 é dependente de insulina por não estar acoplado à membrana plasmática
	-GLUT1: Responsável pelo nível basal de glicose 	na célula; encontrado em tecidos fetais e 	células da barreira hematoencefálica 
	-GLUT2: Possui maior afinidade com a glicose; 	encontrado nos hepatócitos, células 	pancreáticas, astrócitos, mucosas intestinais e 	renais 
	-GLUT3: Proporciona o transporte da glicose 	entre astrócitos e neurônios (principal via de 	transporte de glicose no SN)
	-GLUT4: DEPENDE DE INSULINA; encontrado 	em tecidos muscular esquelético, cardíaco e 	adiposo
-AÇÃO DA INSULINA NO GLUT4
 	-Na ausência da insulina, o GLUT-4 está localizado no citoplasma (em membranas de vesículas citoplasmáticas perinucleares)
	-A recepção da insulina induz o movimento do GLUT-4 do citoplasma para a superfície células para poder transportar as moléculas de glicose
	-Receptor da insulina é encontrado na membrana plasmática (hormônio proteico-hidrossolúvel)
	-Receptor insulínico é dividido em subunidades alfa (extracelular) e beta (intracelular)
	-A subunidade beta possui ação enzimática, proporcionando cascata de reação de fosforilação por atuação de quinases 
	-Os receptores insulínicos são variáveis em relação à quantidade e grau de resposta de acordo com a função de cada célula e tecido onde ele está presente (recebe influência do substrato que será fosforilado) 
· PÂNCREAS ENDÓCRINO
-Glândula mistas
	-EXÓCRINA: Produção de suco pancreático digestivo que é secretado nas cavidades digestórias
	-ENDÓCRINA: Produção dos hormônios insulina e glucagon secretados na corrente sanguínea
-Insulina e glucagon possuem ação antagônica
-Insulina atua nas situações de hiperglicemia sérica (aumento de glicose no sangue)
	-Produção: células betas
	-Finalidade: Reduzir glicemia
	-Atua no transporte de glicose para o interior 	das células e na glicogênese (produção de 	glicogênio)
	-Hormônio peptídico (hidrossolúvel com 	transportador de membrana)
	-Regulado pela concentração de glicose 	(+glicose +insulina)
	-Hormônio anabólico (acúmulo de glicogênio e 	gera acúmulo de ácidos graxos) 
	-Nos carboidratos: Captação, armazenamento 	e utilização de glicose; armazenamento em 	forma de glicogênio (conversão posterior em 	ácidos graxos); inibição da gliconeogênese)- 	antagônico ao cortisol (fonte de energia 	proteica), GH (fonte de energia lipídica)
	-Nas proteínas: Promove síntese e 	armazenamento de 	proteínas; Estimula 	transporte de AA para 	células; Inibe 	catabolismo proteico (promove 	crescimento- igual ao GH)
-Glucagon atua nos momentos de hipoglicemia sérica (falta de glicose no sangue)
	-Produção: células alfas 
	-Finalidade: Aumentar glicemia
	-Atua na quebra do glicogênio (glicogenólise)
	-Menor concentração de glicose induz ação do 	glucagon
	-Age mais durante o jejum
	-Aumento da glicose inibe sua ação
	-Antagônico à insulina
	-Hormônio peptídico (hidrossolúvel com 	receptores de membrana e agem ativando 	síntese proteica por segundo mensageiro)
· DIABETES MELLITUS
-Relacionado à concentração de glicose no sangue 
-TIPO 1:
	-Afeta mais crianças e adolescentes (juvenil)
	-Agudo e sintomático (polidipsia e poliúria)
	-Relacionado à ausência de insulina no plasma 	(déficit de produção)
	-Associado a doenças imunes (ataque a células 	beta do pâncreas)
	-É tratada com injeção de insulina
	-POLIFAGIA: SN continua funcionando 	normalmente por não precisar da insulina para 	receber glicose. Os centros cerebrais não 	reconhecem hiperglicemia, mas percebem 	falta de glicose nas células, induzindo comer 	sempre mais
	-GLICOSÚRIA: Muita glicose no sangue impede 	reabsorção nos túbulos renais e causa 	eliminação de glicose pela urina (grande 	volume urinário por puxar água- osmolaridade)
	-POLIDIPSIA: Perda de água na urina gera 	desidratação e menor P.A., causando polidipsia
-TIPO 2:
	-Mais comum (90%)
	-Afeta mais adultos 
	-Relacionado à obesidade
	-Ocorre síndrome metabólica (processo 	inflamatório causado por fatores externos) 	que causa resistência dos receptores à 	insulina
	-Não há problemas com a produção (há menor 	quantidade de receptores)
	-Altos índices de insulina e glicose no sangue
	-Lento e assintomático (descoberta já vem em 	estágios avançados)
	-Tratado por dieta, medicamentos e atividade 	física (contrações permite permeabilidade dos 	músculos à glicose)
	-Avanço pode gerar déficit de produção
-Se as células não usam glicose, elas passam a usar gordura Aumento da lipólise Gera corpos cetônicos Cetoacidose plasmática (ocorre mais no tipo 1)
-ALTERAÇÕES VASCULARES
	-Aumento da glicose intracelular em células 	independentes de insulina causa danos 	teciduais 
	-Liberação de citocinas e fatores pró-	inflamatórios Necroses 
	-Inflamações Produtos de glicação avançada 	(AGE’S)
	-AGE: Capazes de modificar estruturas 	biológicas Ativam eventos oxidantes e 	inflamatórios (altamente reativos com 	proteínas lesões)
	-Atuam na superfície interna de vasos 	Deposição de gorduras (ateromas) Menor 	fluxo sanguíneo Necrose mais rápida 	(dificuldade de ação do sistema imunológico)
-NEUROPATIA DIABÉTICA (perda de sensibilidade em membros): Redução da atividade celular pela presença de AGE’s que 	impedem despolarização celular e degeneram mielinização (oxidação de proteínas transportadoras- bombas)

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