Buscar

CRITÉRIOS FISCAIS PARA AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CRITÉRIOS FISCAIS PARA AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES.
PEPS, UEPS e Custo médio são métodos de controle de estoque que permitem ao gestor definir, de várias maneiras, qual será o custo das mercadorias vendidas, ou seja, por qual preço os materiais foram comprados quando deram entrada no estoque.
Vejamos algumas vantagens em se ter uma gestão de estoque eficiente:
1. Evitar perdas, desvios, roubo e expiração de prazo de validade;
2. Acurácia dos resultados;
3. Identificar os produtos que estão sem giro;
4. Gerir a demanda por capital de giro;
5. Repassar informações dos pedidos para a área de compras.
Os critérios de avaliação dos estoques são de fundamental importância para apuração do resultado contábil, por estarem  diretamente relacionados ao custo.
No encerramento de resultado de cada período de apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social é necessário o levantamento e a avaliação dos estoques de mercadorias para revenda, matérias-primas, materiais de embalagem, produtos acabados e produtos em elaboração para formação do cálculo do custo.
Sob o aspecto contábil o item II do artigo 183 da Lei das S/A determina que deve-se avaliar os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.
Já a legislação do Imposto de Renda determina que o custo das mercadorias vendidas e os bens de produção serão determinados com base em registro permanente de estoques ou no valor do estoque existente, de acordo com o livro Registro de Inventário, escriturado no fim de cada trimestre ou ao término do ano-calendário, conforme o caso.
Critérios para Avaliação de Mercadorias para Revenda e Matérias-primas A avaliação dos estoques, adotando um dos seguintes critérios:
I) pelo custo médio ponderado;
II) pelo custo dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente (PEPS - primeiro a entrar, primeiro a sair);
III) pelo preço de venda, subtraída à margem de lucro;
IV) pelo custo da última mercadoria que entrou - UEPS  - último a entrar, primeiro a sair.
Atenção: Não é permitida, pela legislação do Imposto de Renda, a avaliação dos estoques pelo método UEPS - último a entrar, primeiro a sair.
Métodos de controle de estoque: PEPS e UEPS Já vimos que o controle de estoque é crucial na vida de uma empresa. Um estoque mal administrado gera custos desnecessários, diminuindo a margem de lucro e afetando todos os cálculos de operação da companhia, como os pontos de equilíbrio. Do ponto de vista do cliente, uma empresa que faz má gestão do seu estoque passa uma imagem de desorganização e falta de credibilidade. 
PEPS
É um dos métodos de controle de estoque mais conhecidos, cuja sigla significa Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair. A ideia é simples: no momento em que um produto é retirado do estoque, prioriza-se o produto mais antigo. Isso significa que os primeiros itens comprados pela sua empresa são os primeiros itens a serem vendidos para os clientes. O PEPS é indispensável quando a empresa trabalha com produtos perecíveis, pois tende a fazer com que o item mais antigo seja o primeiro a ser vendido. Outra vantagem do PEPS é facilitar a gestão financeira da sua empresa. Ao trabalhar com o preço de custo por unidade do estoque, em vez da média do preço de custo de todas as unidades, é possível diferenciar o preço de venda do mesmo produto. Isso favorece o repasse de aumentos e descontos obtidos nas compras mais antigas em relação às compras mais recentes. Especialmente para quem trabalha com importação, este pode ser um diferencial competitivo, pois fazer uma compra com dólar mais baixo significa uma margem maior em um mesmo preço de venda. Além disso, o PEPS é o método contábil utilizado pela Receita Federal do Brasil para o cálculo de tributos. É com base nele que o seu estoque é avaliado e, em cima dessa estimativa, são calculados os impostos e tributos.
UEPS
A sigla, de forma intuitiva, pode ser lida como Último a Entrar, Primeiro a Sair. A ideia também é simples: o último item comprado é o primeiro a ser vendido. Se a sua empresa trabalha com itens perecíveis, o UEPS não é viável. Nesse cenário, o uso desse método poderia fazer com que a primeira mercadoria comprada, no momento da venda, já estivesse vencida. O UEPS, no entanto, é um dos métodos de controle de estoque mais eficientes para o planejamento da produção, ao permitir ajustes rápidos nos preços e quantidades a serem fabricadas de acordo com o consumo real. Uma vez que os últimos itens adicionados são os primeiros a serem vendidos, tem-se uma média do consumo daquele período, permitindo prever o consumo futuro na medida em que novos produtos vão entrando no estoque. O UEPS, porém, tende a reduzir a margem de lucro operacional das empresas, uma vez que, no momento da medição, os fatores externos momentâneos (inflação, variação cambial etc.) são repassados ao preço de custo da mercadoria. Por esse motivo, ele não é aceito pela Receita Federal e deve-se usar o PEPS na precificação do estoque.
 
Como usar cada método
Independentemente do método escolhido, é fundamental garantir que haja um controle estrito sobre os produtos que entram e que saem do estoque do negócio. No caso da metodologia PEPS, a questão mais importante a ser controlada é a data de entrada. Produtos que chegam primeiro devem ser dispostos de forma que se tornem mais facilmente acessíveis. A partir do faturamento de pedidos, a seleção e o despacho de itens devem acontecer de acordo com as datas. Também é necessário revisar os preços dos produtos, de modo que o valor seja o mais ajustado possível para as condições. Como normalmente é usado para o controle de produtos perecíveis, também vale a pena considerar o registro da data de validade, de modo a evitar possíveis desperdícios. Já no caso do UEPS, o registro da data vai orientar no sentido inverso, já que os itens mais recentes vão ter que sair antes dos demais. Nesse cenário, uma das possibilidades inclui manter o estoque mínimo, já que assim não há o risco de produtos encalharem. Quanto aos preços, eles têm que ser ajustados conforme os valores do momento presente. Quem importa com o dólar alto, por exemplo, vai precisar repassar o valor para o novo preço, o que pode levar à perda de competitividade. Em ambos os casos, contar com um sistema de gestão integrada favorece o acompanhamento do estoque. Com os registros de entrada acontecendo de maneira automática, a avaliação de valor também fica mais simples segundo a metodologia selecionada.
Outras possibilidades para controlar seu estoque
Além desses dois, que são os mais conhecidos, também é possível realizar o controle por meio do custo médio. Basicamente, ele determina que a gestão realize uma média ponderada dos custos do estoque. Para que isso seja possível, o cálculo do custo tem que ser refeito a cada aquisição. Lotes maiores têm pesos maiores, então isso garante um controle maior sobre o que está armazenado. Não é muito indicado para empresas que possuem uma grande movimentação de estoque em pouco tempo, mas também pode ser utilizado para fazer declarações de impostos. Além desse, há também o preço específico, que leva em consideração o valor de cada unidade. De uma forma geral, o valor final do estoque é baseado na soma de todos os custos individuais das unidades. É pouco usado por grandes varejistas, mas pode fazer sentido para empresas cuja unidade de armazenamento seja composta por itens mais facilmente identificáveis, como grandes maquinários. A escolha, portanto, depende da capacidade técnica do negócio e também do tipo de produto vendido. Além disso, todo o estoque tem que ser avaliado pela mesma metodologia. Viu como os métodos de controle de estoque são necessários e importantes para o sucesso da sua empresa? Não somente para atender à legislação vigente, é preciso controlar rigorosamente o que entra e o que sai da companhia para evitar prejuízos, distorçõesnos cálculos operacionais e problemas com o Fisco que podem prejudicar a imagem da sua empresa.
Média Ponderada Móvel (Custo Médio)
Por fim, outro modelo bastante interessante é a Média Ponderada Móvel, que se diferencia bastante dos dois anteriores. Nesse caso, o empreendedor teria que refazer os valores do estoque sempre que entrarem novas mercadorias, estabelecendo uma média ponderada. Somam-se os valores dos primeiros produtos com os valores dos segundos, e divide-se pela quantidade total deles.
Contabilmente, a fórmula é aceita em determinados casos, como na fabricação das indústrias, embora seja importante verificar se é possível realizar essa fórmula no seu modelo de negócios. Logisticamente, o modelo ideal continua sendo o PEPS, mesmo que a Média Ponderada Móvel seja adotada para fins contábeis, por todos os motivos já apontados por nós anteriormente.
O que são PEPS, UEPS e Custo Médio?
É necessário realizar cálculos de custos e lucros, independentemente do que a empresa fabrica ou comercializa. Nessa conta, entram os gastos com matéria-prima, equipamentos, funcionários entre outros custos. E quando se tem um estoque também é importante contar com uma boa metodologia para poder reduzir evitar qualquer dano financeiro e colocar o negócio no eixo. Existem vários métodos que permitem controlar o estoque e garantir uma administração sóbria e lucrativa. A partir deles, você pode criar estratégias eficientes para o controle gerencial, além de resolver problemas recorrentes. Nesse artigo apresentamos as três metodologias mais comuns: PEPS, UEPS e custo médio.
PEPS
Em razão das características do método, os primeiros produtos a chegarem ao depósito definirão o valor total do estoque. Uma das vantagens de realizar essa abordagem é que o cálculo de valores não será baseado em estimativas. Toda operação realizada em estoques passa a ter custo e lucro real. Além disso, os itens a serem retirados seguirão uma ordem lógica e sistemática. Essas qualidades do PEPS garantem que exista sempre uma organização abrangente. Outra vantagem é a diminuição de prejuízo causado por perdas de itens. O método evita que produtos novos sejam vendidos antes daqueles que já estão no estoque há muito tempo.
UEPS
A UEPS segue uma metodologia inversa ao PEPS: Ultimo Entrar, Primeiro a Sair. O cálculo do custo do estoque parte então dos últimos itens que chegaram ao depósito. Ou seja, no cálculo, o valor dos primeiros produtos do depósito é enquadrado como se fosse dos primeiros itens vendidos. Em outras palavras, o valor total do estoque é extraído a partir o custo do último preço. Como normalmente esse valor é mais alto, há, no final do processo, um crédito positivo de material, já que o UEPS causa uma supervalorização do preço do produto. O problema do método está na redução do valor tributável depois do exercício de cálculo. Por essa razão, a legislação fiscal brasileira não permite que o sistema seja utilizado pelas empresas. Em compensação, trata-se de um método com estimativas mais próximas da realidade. Além disso, ele se adequa melhor aos departamentos onde há processos produtivos, e se integra melhor às estimativas de lucratividade dos itens. O ajuste dos preços cobrados também pode ser mais rápido e eficiente. Mas em alguns setores essa técnica não é recomendável, principalmente os que comercializam produtos perecíveis. A causa disso é evidente: se os produtos que chegaram saírem antes, os primeiros do estoque poderão estar estragados ou vencidos. Embora não seja utilizado no cálculo de imposto no Brasil, esse método é muito comum nos Estados Unidos, na Alemanha e no México.
Custo médio
Custo médio ponderado, também chamado de preço médio, é obtido através de uma média de custos de aquisição. Para entender como funciona o método, pense numa empresa que produz, num determinado período de tempo, 100 unidades de um produto com um custo de R$ 500,00. Em outro período, foi preciso produzir o dobro, mas a empresa teve uma despesa de R$ 1.150,00. Para realizar o cálculo, o administrador do estoque deve somar o custo total para produzir o produto no período correspondente (ou seja, 500 + 1150) e, em seguida, dividir o custo pelo número de itens fabricados. O custo médio, então, será de R$ 5,50 por unidade.
Mas não para por aqui, pois o custo médio tem divisões: ponderado fixo e ponderado móvel.
O custo médio ponderado móvel é obtido a partir das despesas que podem variar de acordo com a produção. O preço de custo é o fator primordial para conceber o estoque final e o custo de mercadorias requisitadas ou vendidas. Por causa dessa metodologia, o valor de cada item muda de acordo com a compra ou produção de outros itens cujos preços são diferentes. Se a produção diminuir, esse valor também diminuirá, e se aumentar, o valor também aumentará. Esse método é bastante trabalhoso, mas consegue refletir com exatidão os dados sobre os custos por período e dos estoques remanescentes.
Já o custo médio ponderado fixo é obtido a partir de uma média de custo de materiais disponíveis para uso ou venda num determinado período de tempo. O cálculo é feito da seguinte forma: se pega o custo total dos materiais disponíveis na produção ou consumo e, em seguida, divide-se esse valor pela quantidade equivalente dos mesmos materiais. Nesse caso, quanto maior a produção, menor será o custo médio ponderado fixo.
Conclusão
A partir dos conceitos de PEPS, UEPS e Custo Médio, apresentamos três formas de ter o controle de estoque e extrair informações essenciais para a administração. Você poderá fazer cálculos para direcionar estratégias que reduzam os prejuízos e garantam mais dinheiro com seu negócio.
Dicas Importantes:
· O Método aceito pela Receita Federal é o PEPS, veja que este modelo é o que apresenta o maior resultado, quanto maior o resultado mais a receita federal arrecadam. 
· O método de custo médio, em período inflacionário, sempre será um valor intermediário entre os demais métodos.
· Quando for calculado o valor do CMV, não interessa o preço de venda e sim preço de compra (custo de aquisição).
· Os métodos somente apresentam resultados diferentes em períodos inflacionários ou deflacionários, pois a base de cálculo é o preço de compra do produto.
Existem dois tipos de inventário: o periódico e o permanente. 
 PERIÓDICO 
PERIÓDICO: Os lançamentos de entrada e saída são efetuados ao fim do período. Ocorre quando os estoques existentes são avaliados na data de encerramento do balanço, através da contagem física. Optando pelo inventário periódico, a contabilização das operações que envolvem mercadorias pode ser efetuada utilizando a conta mercadorias mista ou a conta mercadoria desdobrada. 
 PERMANENTE 
PERMANENTE: Cada evento de entra da ou saída gera um lançamento. É aquele em que há um controle de forma contínua do estoque, pois se dá a baixa do custo das mercadorias vendidas a cada operação de venda. A conta mercadorias, a qualquer momento, reflete o valor das mercadorias que se encontram em estoque. No inventário permanente, é indispensável à utilização de um instrumento extra contábil, a ficha de controle e avaliação de estoque, também chamada d e ficha de estoque. Por meio da ficha de estoque, acompanha-se a movimentação física e contábil das mercadorias.

Outros materiais