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Doença inflamatória crônica, caracterizada por hiporresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. - QUADRO CLÍNICO: episódio recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente a noite e pela manhã ao despertar. - Resulta da carga genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes e outros fatores específicos. - Fatores de persistência de asma no adulto . Diagnóstico de eczema nos 3 primeiros anos de vida . Pai ou mãe com asma . Diagnóstico de rinite nos três primeiros anos de vida . Sibilância sem resfriado . Eosinofilia sanguínea > 3% (na ausência de parasitoses) - FENÓTIPOS . Asma alérgica . Asma não alérgica . Asma de início tardio . Asma com limitação fixa ao fluxo aéreo . Asma com obesidade . Asma induzida por AAS . Asma induzida pelo exercício . Asma e rinite alérgica . Asma ocupacional - Fatores desencadeantes de crises . Poluição ambiental . Fumaça de cigarro . Dieta . Produtos de limpeza . Analgésicos . Gestação (paracetamol, opioides e antimigrânea) - Principal característica fisiopatogênica: inflamação brônquica, resultante de um complexo espectro de interações entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas. - Em grande parcela dos casos tem origem alérgica e seu mecanismo envolve a produção de imunoglobulinas IgE. . Reação imediata e a reação tardia -> Constituem a inflamação crônica que caracteriza a doença -> Gera diminuição do calibre das vias aéreas (edema e pela hipersecreção de muco) e hipersensibilidade a estímulos (contrai a mus- culatura brônquica exageradamente) - REAÇÃO INFLAMATÓRIA ALÉRGICA . Iniciada pela interação de alérgenos ambientais com células apresentadoras (linfócitos Th2) -> Linfócitos Th2 produzem citocinas responsáveis pelo processo inflamatório -> IL4 aumenta a produção de anticorpos IgE específicos ao alérgeno . Mediadores inflamatórios liberados por mastócitos, macrófagos, linfócitos T, neutrófilos, eosinófilos e células epiteliais -> Lesões e alterações na integridade epitelial, anormalidades no controle neural autonômico e no tônus da via aérea, alterações na permeabilidade vascular, hipersecreção de muco, mudanças na função mucociliar e aumento da reatividade do músculo liso da via aérea . Mediadores podem atingir o epitélio ciliado -> Dano e ruptura -> Células epiteliais e miofibroblastos proliferam e iniciam o depósito intersticial de colágeno na lâmina reticular da membrana basal - Outras alterações: hipertrofia e hiperplasia do músculo liso, elevação no número de células caliciformes, aumento das glândulas submucosas e alteração no depósito e degradação dos componentes da matriz extracelular - Alterações Fisiológicas -> obstrução do fluxo de ar gera aumento da resistência das vias aéreas e redução da velocidade de fluxo em toda a capacidade vital . Estimulação dos receptores intrapulmonares -> Efeitos no centro respiratório central -> Aumenta a frequência respiratória e gera a taquipneia. . Estreitamento da via aérea e o fluxo de ar mais rápido causam sobrecarga da bomba ventilatória, o que aumenta o trabalho respiratório e predispõe à necessidade do uso da musculatura acessória. - Período entre as crises -> paciente pode estar assintomático ou oligossintomático, além de ter um exame físico normal - CRISE ASMÁTICA -> desencadeada pelo contato com alérgeno, substâncias irritantes, prática de exercício, infecções de vias aéreas, ingestão de AAS, mudanças de temperatura, exposições ocupacionais e até mesmo não ter um fator desencadeante identificável . Maior frequência no período da noite e pela manhã melhora espontaneamente ou com o uso de medicamentos (corticoides e broncodilatadores) - SINTOMAS CLÁSSICOS . Dispneia . Tosse . Sibilância (Chiado) . Sensação de opressão torácica - EXAME FÍSICO . Taquipneia (25-40 ipm) . Taquicardia . Pulso paradoxal (queda exagerada da PAS durante a inspiração) . Oximetria de pulso (saturação próxima dos 90%) . Exame do Tórax * Uso da musculatura acessória * Hiper-insuflação torácica * Fase expiratória prolongada * Hipertimpanismo à percussão * FTV diminuído * Presença de sibilos à ausculta - Anamnese + Exame Físico + Provas de função pulmonar + Avaliação da alergia - Requer histórico ou presença de sintomas respiratórios consistentes com asma associado a limitação variável do fluxo de ar expiratório. - Espirometria + Teste de Broncoprovocação (metacolina) + Pico de fluxo expiratório + Medidas de estado alérgico - Indicativos de Asma . Um ou mais sintomas . Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma (broncodilatadores e anti-inflamatórios esteróides) . Três ou mais episódios de sibilância no último ano . Variabilidade sazonal dos sintomas e história familiar positiva para asma ou atopia . Diagnósticos alternativos excluídos - Reversibilidade -> utilizado para indicar melhoras rápidas no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) ou no pico de fluxo expiratório (PFE) após a inalação de um agente beta2-agonista de ação rápida ou a melhora gradual em dias ou semanas após a introdução de medicação controladora efetiva - Variabilidade -> indica melhora ou deterioração dos sintomas ou da função pulmonar no decorrer do tempo, podendo ocorrer durante o dia, com o passar dos dias, semanas ou anualmente → ESPIROMETRIA - Obstrução das vias aéreas caracterizada por redução do VEF1 para abaixo de 80% do previsto e da sua relação com a capacidade vital forçada para abaixo de 75% em adultos e de 86% em crianças - Obstrução ao fluxo aéreo, que desaparece ou melhora significativamente após o uso de broncodilatador (aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e de 200 mL em valor absoluto, após inalação do broncodilatador) - Aumentos no VEF1 superiores a 20% e excedendo a 250 ml de modo espontâneo no decorrer do tempo ou após intervenção com medicação controladora - Pico de Fluxo Expiratório -> medidas matinais e vespertinas são aferidas de duas a três semanas, em dois momentos do dia – pela manhã e pela tarde . Menor PEF é subtraída do maior PEF -> Resultado é divido pela média entre o maior e o menor PEF do dia . Variação diurna do PEF maior que 10% em adultos -> variabilidade da obstrução aérea - Hiperresponsividade das Vias Aéreas -> utilizada em casos onde o paciente apresenta espirometria normal ou sem resposta broncodilatadora significativa . Reflete a sensibilidade com que as vias aéreas reagem aos estímulos externos que podem causar sintomas de asma e os resultados do teste são usualmente expressos como a concentração (ou dose) provocadora do agonista utilizado em causar uma queda significativa no VEF1 - Escore Castro modificado por Guilbert - Classificação da gravidade tem como principal função a determinação da dose de medicamentos suficiente para que o paciente atinja o controle no menor prazo possível. - Avaliação da gravidade -> análise da frequência e intensidade dos sintomas e pela função pulmonar . Outros aspectos: tolerância ao exercício, medicação necessária para estabilização dos sintomas, número de visitas ao consultório e ao pronto- socorro, número anual de cursos de corticosteroide sistêmico, número de hospitalizações por asma e necessidade de ventilação mecânica - CONTROLE - CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE . Leve -> intensidade baixa de tratamento -> etapa 2 . Moderada -> intensidade intermediária de tratamento -> etapa 3 . Grave -> intensidade alta de tratamento -> etapas 4 e 5 - Fatores de Risco Modificáveis para Exarcebações . Medicação . Comorbidades . Exposição a fumo,alérgeno e poluição atmosférica . Estabelecimento (condições socioeconômicas) . Função Pulmonar - Fatores de Risco Independentes das Exarcebações . Ter sido intubado ou internado e UTI devido à asma . Ter tido uma ou mais exarcebações graves nos últimos 12 meses - Planejamento terapêutico -> Não medicamentoso + Medicamentoso . Parceria médico-paciente . Identificação e controle dos fatores de risco . Avaliação, monitoramento e controle . Prevenção e controle dos riscos fulminantes . Consideração de situações especiais no manejo da asma - Plano de Ação LEVE MODERADA GRAVE - Causas de dificuldade na adesão ao tratamento . Ligadas ao médico -> má identificação de sintomas e agentes desencadeantes, indicação inadequada de broncodilatador, falta de treinamento das técnicas inalatórias e de prescrição de medicamentos, outros. . Ligadas ao paciente -> interrupção da medicação na ausência de sintomas, uso incorreto da medicação inalatória, dificuldade de compreender o esquema terapêutico, suspensão do medicamento devido a efeitos indesejados e falha no reconhecimento da exarcebação dos sintomas. - Ciclo de controle, prevenção e tratamento da asma → TRATAMENTO DE CONTROLE - Corticoide em baixa dose . Iniciar assim que tiver sido feito o diagnóstico . Redução de hospitalizações e mortalidade . Prevenção de crises graves . Melhora da função pulmonar - Começar uma etapa acima . Se a apresentação dos sintomas for de asma não controlada ou crise aguda -> ofertar ciclo curto de CE sistêmico e começar tratamento de manutenção (Ex: CI dose média + LABA) - LABA -> beta-agonista de longa duração - EXAMES COMPLEMENTARES -> ajudam na identificação da gravidade da doença, avaliação de complicações e possíveis fatores precipitantes associados
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