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1. Seja V = {x ∈ R : x > 0}. Definimos a soma de dois elementos u e v de V como sendo a multiplicação usual de números reais (por exemplo, se u = 2 e v = 9, então u+v := 2 ·9 = 18). Definimos também o produto de um número real α por um elemento v de V como sendo vα (por exemplo, se α = −1 2 e v = 9, temos que α · v := 9− 12 = 1 3 ). V equipado com essas operações é um espaço vetorial sobre R. a. Determine quem é o vetor nulo 0V. (justifique sua resposta) Temos que 0V = 1 pois, dado v ∈ V temos que v + 1 := v · 1 = v para todo v ∈ V. b. Determine uma base para V. (justifique sua resposta) Temos que {2} é uma base para V pois, Se α · 2 = 0V então, 2α = 1, de onde segue que α · ln(2) = ln(1) = 0 logo, α = 0. Assim, {2} é L.I. Analogamente, seja v ∈ V. Temos que v = 2α com α = log2(v). Portanto, v = α · 2. Assim, {2} gera o espaço V. 2. Seja W = { ( 2a a+ 2b 0 a− b ) : a, b ∈ R} ⊆MR(2, 2). a. Mostre que W é subespaço de V; Temos que, 1) 0MR(2,2) = ( 0 0 0 0 ) = ( 2a a+ 2b 0 a− b ) com a = b = 0. Portanto, 0MR(2,2) ∈W. 2) Dados A = ( 2a1 a1 + 2b1 0 a1 − b1 ) , B = ( 2a2 a2 + 2b2 0 a2 − b2 ) ∈W temos que, A+B = ( 2a1 a1 + 2b1 0 a1 − b1 ) + ( 2a2 a2 + 2b2 0 a2 − b2 ) = ( 2a1 + 2a2 (a1 + 2b1) + (a2 + 2b2) 0 + 0 (a1 − b1) + (a2 − b2) ) = = ( 2(a1 + a2) (a1 + a2) + 2(b1 + b2) 0 (a1 + a2)− (b1 + b2) ) = ( 2a a+ 2b 0 a− b ) com a = a1 + a2 e b = b1 + b2. Portanto, A+B ∈W. 3) Dados A = ( 2a1 a1 + 2b1 0 a1 − b1 ) ∈W e α ∈ R temos que, α · A = α · ( 2a1 a1 + 2b1 0 a1 − b1 ) = ( α · 2a1 α · (a1 + 2b1) α · 0 α · (a1 − b1) ) = ( 2a a+ 2b 0 a− b ) , com a = α · a1 e b = α · b1. Portanto, α · A ∈W. 1 Lista 1 - Álgebra Linear Segue de 1), 2) e 3) que W é subespaço de MR(2, 2). b. ( 0 −2 0 1 ) ∈W? (justifique) Temos que M = ( 0 −2 0 1 ) = ( 2a a+ 2b 0 a− b ) , com a = 0 e b = −1. Logo, M ∈W. c. ( 0 2 0 3 ) ∈W? (justifique) Para que a matriz N = ( 0 2 0 3 ) pertença a W, devem existir a, b ∈ R tais que, ( 0 2 0 3 ) = ( 2a a+ 2b 0 a− b ) ou seja, 2a = 0, a + 2b = 2 e a− b = 3. Devemos ter então que, a = 0, b = 1 e b = −3, mas isso é imposśıvel pois 1 6= −3. Logo, N /∈W. d. Determine a dimensão de W. (justifique) Dado A = ( 2a a+ 2b 0 a− b ) ∈W temos que, A = ( 2a a 0 a ) + ( 0 2b 0 −b ) = a · ( 2 1 0 1 ) + b · ( 0 2 0 −1 ) Logo, W = [( 2 1 0 1 ) , ( 0 2 0 −1 )] Temos também que E = {( 2 1 0 1 ) , ( 0 2 0 −1 )} é L.I. pois, sejam α, β ∈ R tais que, α · ( 2 1 0 1 ) + β · ( 0 2 0 −1 ) = ( 0 0 0 0 ) então, 2α = 0, α + 2β = 0 e α− β = 0. Mas disso segue que α = β = 0. Desta forma, como E é L.I. e gera W segue que E é uma base para W. Logo, dim(W) = 2. 3. Sejam E = {(1, 0), (0, 1)}, F = {(−1, 1), (1, 1)}, G = {( √ 3, 1), ( √ 3,−1)} e H = {(2, 0), (0, 2)} bases ordenadas de R2. a. Determine as matrizes de mudança de base, i) [I]FE; [I] F E = ( −1 1 1 1 ) ii) [I]EF ; [I] E F = ( −1 2 1 2 1 2 1 2 ) iii) [I]EG; [I] E G = ( 1 2 √ 3 1 2 1 2 √ 3 −1 2 ) iv) [I]EH . [I] E H = ( 1 2 0 0 1 2 ) b. Determine as coordenadas de v = (3,−2) em relação às bases, 2 i) E; [v]E = ( 3 −2 ) ii) F ; [v]F = [I] E F · [v]E = ( −1 2 1 2 1 2 1 2 ) · ( 3 −2 ) = ( −5 2 1 2 ) iii) G; [v]G = [I] E G · [v]E = ( 1 2 √ 3 1 2 1 2 √ 3 −1 2 ) · ( 3 −2 ) = (√ 3−2 2√ 3+2 2 ) iv) H. [v]H = [I] E H · [v]E = ( 1 2 0 0 1 2 ) · ( 3 −2 ) = ( 3 2 −1 ) c. As coordenadas de um vetor v em relação à base F são dadas por [v]F = ( 4 0 ) . Quais são as coordenadas de v em relação à base, i) E; [v]E = [I] F E · [v]F = ( −1 1 1 1 ) · ( 4 0 ) = ( −4 4 ) ii) G; [v]G = [I] E G · [v]E = ( 1 2 √ 3 1 2 1 2 √ 3 −1 2 ) · ( −4 4 ) = ( − 2√ 3 + 2 − 2√ 3 − 2 ) iii) H. [v]H = [I] E H · [v]E = ( 1 2 0 0 1 2 ) · ( −4 4 ) = ( −2 2 ) 4. Seja V um espaço vetorial. a. Mostre que, se {v1, v2, . . . , vn} é um conjunto LD de V então {v1, v2, . . . , vn, w} é também um conjunto LD de V, qualquer que seja o vetor w ∈ V; Como {v1, v2, . . . , vn} é LD, existem números α1, α2, . . . , αn não todos nulos, tais que α1v1 + α2v2 + · · ·+ αnvn = 0V Assim, temos que, β1v1 + β2v2 + · · ·+ βnvn + βn+1w = 0V sendo β1 = α1, β2 = α2, ... , βn = αn e βn+1 = 0. Como os números β1, β2, . . . , βn+1 não são todos nulos, segue que {v1, v2, . . . , vn, w} é LD. b. Mostre que, se β = {v1, v2, . . . , vn} é LI então β − {vj} = {v1, v2, . . . , vj−1, vj+1, . . . , vn} é também um conjunto LI de V, qualquer que seja j = 1, 2, . . . , n. Se β − {vj} não é LI, então β − {vj} é LD. Segue então do item a) (tomando w = vj) que β é LD, o que é um absurdo, pois por hipótese, β é LI. Portanto, conclui-se que β − {vj} é LI qualquer que seja j = 1, 2, 3, . . . , n. • Demonstração alternativa (direta) Suponha que β = {v1, v2, . . . , vn} é LI e suponha que α1v1 + α2v2 + · · ·+ αj−1vj−1 + αj+1vj+1 + · · ·+ αnvn = OV segue então que, α1v1 + α2v2 + · · · + αj−1vj−1 + 0vj + αj+1vj+1 + · · · + αnvn = OV, ou seja, fazendo β1 = α1, β2 = α2, · · · , βj−1 = αj−1, βj = 0, βj+1 = αj+1, . . . , βn = αn teremos β1v1 + β2v2 + · · ·+ βj−1vj−1 + βjvj + βj+1vj+1 + · · ·+ βnvn = OV como β = {v1, v2, . . . , vn} é LI, conclui-se que β1 = β2 = · · · = βn = 0, ou seja, α1 = α2 = · · · = αj−1 = αj+1 = · · · = αn = 0. Logo, o conjunto β − {vj} é LI. 3
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