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CURY, Marília Xavier Exposição Concepção, montagem e avaliação - Resumo

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Obra: “Exposição: concepção, montagem e avaliação”. 
Autora: Marília Xavier Cury 
Referência: CURY, Marília Xavier. Exposição. Concepção, montagem e 
avaliação. São Paulo: Annablume, 2008. 
 
Sobre a obra: 
 
A autora inicia a obra com uma indagação acerca da origem dos museus 
citando apontamentos que surgem na mitologia grega. No primeiro capítulo 
introduz o conceito de musealização como um processo museológico iniciado 
na seleção do objeto e continuado por ações que visam a transformação do 
mesmo em documento e comunicação. Outro conceito apresentado é o da 
museografia, termo que engloba todas as ações práticas de um museu e que 
inclui o termo expografia, este voltado especificamente à linguagem aderida na 
exposição. O livro aborda a participação da expografia no processo de 
musealização como resultado final da comunicação institucional. A museologia 
é uma área ainda em ascensão, considerada uma disciplina aplicada cuja 
cientificidade está sendo construída. A museologia como estudo da relação do 
homem com a sociedade determinou a formulação de uma definição 
internacional da área, tonando-se, portanto, o estudo do fato museal. Na 
contemporaneidade, os profissionais de museu trabalham na perspectiva da 
preservação do patrimônio cultural para construção e reconstrução, individual e 
coletiva, da nossa memória e identidade. O fato museal se concretiza na 
construção expográfica, visto que a exposição não tem sentido por si só e sim 
pela interação do museu com o público. 
O segundo capítulo aborda o processo de concepção e montagem de 
exposição. A autora defende que a exposição é o resultado de um sistema de 
comunicação museológica. Segundo Cury, a concepção comunicacional inicia 
com a abordagem administrativa, trazendo noções administrativas como QT 
(Qualidade Total), que evidencia a satisfação do cliente, no caso dos museus, 
os visitantes. Tal noção evidencia a necessidade do aperfeiçoamento contínuo 
da exposição de modo a apresentar constantes melhoras ao público. Porém, a 
autora afirma o não uso desse método por constituir em uma metodologia 
mercadológica e centralizadora das decisões em níveis hierárquicos, 
posicionando-se a favor da Metaqualidade, onde as decisões são tomadas por 
uma equipe multidisciplinar. O Planejamento Estratégico foca nos objetivos da 
exposição, Cury defende que o primeiro passo deve ser a definição da missão 
institucional para que os objetivos se adequem à visão do museu. A 
abordagem técnica é um dos momentos delicados do processo museológico 
por tratar da escolha do tema, seleção e articulação dos objetos e as 
concepções espaciais e da forma, uma vez que tais elementos serão 
norteadores da linguagem expográfica. 
A autora apresenta a concepção expográfica nas seguintes etapas: A 
concepção museológica (concepção espacial e da forma); concepção 
expográfica (concepção das vitrinas e mobiliário, concepção do sistema de 
iluminação e outros recursos sensoriais, concepção do sistema de segurança, 
concepção do sistema de controle ambienta)l; elaboração do projeto 
museológico. Dividindo a execução em três etapas: pré-projeto; plano técnico; 
montagem. Toda a concepção do projeto museográfico deve contar com uma 
equipe multidisciplinar por abranger o conhecimento técnico e teórico de 
diferentes áreas. 
O último capítulo do livro traz uma reflexão acerca da necessidade, hoje 
vista como primordial, da avaliação museológica. As principais preocupações 
dos profissionais de museu giram em torno do público, é fundamental investigar 
se a comunicação está se dando de forma clara, tanto na exposição como nos 
programas do setor educativo, e se as instalações são acessíveis aos públicos 
que apresentam as mais diversas necessidades físicas e motoras. Contudo, a 
avaliação museológica não se restringe aos visitantes, deve-se considerar o 
mérito da instituição, o planejamento institucional e a construção teórica. 
Existem diversos tipos de avaliações que podem ser implementadas, 
dependendo da finalidade do estudo. A avaliação deve ser entendida como um 
instrumento para “perspectivar, orientar, justificar e realizar escolhas”.

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