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Aula 3 Ética


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1 4 infundadas. E vai mais longe ao defender que, na ausência de regras claras e práticas de conduta, corre­se o
risco de ...
1 5 debates a respeito do comportamento humano. O estudo da ética é sempre necessário em decorrência da
necessidade das pe...
1 6 estudos de aprovação ou desaprovação da ação dos homens e a consideração de valor como equivalente de
uma medição do q...
1 7 integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. Parágrafo
único. A const...
1 8 que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
finalidad...
1 9 XIII ­ O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
concidadão,...
2 0 m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público,
exigindo as p...
2 1 e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do seu ...
2 2 Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de
promover atividade...
2 3 a) submeter ao Presidente da República medidas para seu aprimoramento; b) dirimir dúvidas a respeito de
interpretação ...
2 4 b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos; c) apurar,
mediante den...
2 5 I ­ proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; II ­ proteção à identidade do denunciante, que deverá
ser manti...
2 6 II ­­ encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria­Geral da União ou unidade específica do
Sistema de Correiç...
2 7 suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. ...
2 8 Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o atuarão como
elementos ...
2 9 ou representações formuladas contra o servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta,
cuja aná...
3 0 princípios da Administração Pública(legalidade,Impessoalidade,moralidade,publicidade e eficiência) XXIV ­
Para fins de...
3 1 Comentário: A assertiva está errada. Max Weber (1864­1920) apresenta um pensamento que integra diversas
correntes no s...
3 2 função é a mesma de qualquer teoria: explicar, esclarecer ou investigar determinada realidade, elaborando os
conceitos...
3 3 sistema público de regras em ações. Não pode, assim, deixar de orientar­se pelo valor fundamental do
respeito às leis ...
3 4 (UnB – CESPE ANNEL – 2010) A respeito de ética e moral, julgue o item abaixo 03. A ética no serviço
público diz respei...
3 5 em que a definição de incentivos apropriados revela­se eficaz na eliminação do comportamento indesejável.
e) É suficie...
3 6 a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficiência e a consciência dos princípios morais são primados maiores
que devem no...
3 7 e) O servidor pode figurar como paciente de demanda judicial por dano moral movida pelo usuário. (CESPE
SGA/DF 2006) Q...
3 8 II. efetuar determinado investimento que, em face de informação obtida em razão do cargo e ainda não
divulgada publica...
3 9 IV. manter consigo, fora da repartição onde exerce suas funções, o computador portátil (notebook) que
recebeu para uso...
4 0 26 – (ESAF ­ 2006 ­ CGU ­ Analista de Finanças e Controle ­ Área ­ Correição ­ Prova 2) O Código de Ética
Profissional...
Código de ética servidor decreto 1.171 94 ­ comentado
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André Melo, Profissional de Pesquisa da SEI ­ Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia at SEFA
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Codigo de ética
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1.  1. 1 Ou você tem ou você não tem ! ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO PROFESSORA ANA MARIA
anamelo.rh@hotmail.com
2.  2. 2 Só de Sacanagem ou Poesia da ética. Ana Carolina Composição: Elisa Lucinda Meu coração está aos
pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Por quantas provas terá ela que passar? Tudo
isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro
que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde
deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes,
meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar
no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos
maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao
conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: " ­ Não roubarás!" " ­
Devolva o lápis do coleguinha!" " ­ Esse apontador não é seu, minha filha!" Ao invés disso, tanta coisa
nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas­corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar,
e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem! Dirão: “ ­ Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui
todo o mundo rouba.” E eu vou dizer: ”­ Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra
vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do
nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.” Dirão: " ­ É inútil, todo o
mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. E eu direi: ” ­ Não admito! Minha
esperança é imortal!” E eu repito, ouviram? IMORTAL!!! Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a
gente quiser, vai dar pra mudar o final.
3.  3. 3 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO “Nem mesmo a melhor das soluções pode ser imposta ao indivíduo,
uma vez que ela só será boa se estiver conectada a ele mediante um processo natural de desenvolvimento.
A melhoria de um mal generalizado começa pelo indivíduo e isto só quando este se responsabiliza por si
mesmo, sem culpar o outro.” Célia Brandão Os constituintes do campo ético Para que haja conduta ética é
preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e
errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas
também se reconhece como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade
com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas conseqüências
do que faz e sente. Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética. A
consciência moral manifesta­se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas
possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar­se na ação. Tem a capacidade para avaliar e
pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as conseqüências para si e para os outros,
a conformidade entre meios e fins (empregar meios imorais para alcançar fins morais é impossível), a
obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi­lo (se o estabelecido for imoral ou injusto). A
vontade é esse poder deliberativo e decisório do agente moral. Para que exerça tal poder sobre o sujeito
moral, a vontade deve ser livre, isto é, não pode estar submetida à vontade de um outro nem pode estar
submetida aos instintos e às paixões, mas, ao contrário, deve ter poder sobre eles e elas. O campo ético é,
assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as
virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral , principal constituinte da existência ética. O sujeito ético
ou moral, isto é, a pessoa, só pode existir se preencher as seguintes condições: • ser consciente de si e dos
outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a
ele; • ser dotado de vontade, isto é, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências,
sentimentos (para que estejam em conformidade com a consciência) e de capacidade para deliberar e
decidir entre várias alternativas possíveis; • ser responsável, isto é, reconhecer­se como autor da ação,
avaliar os efeitos e conseqüências dela sobre si e sobre os outros, assumi­la bem como às suas
conseqüências, respondendo por elas; • ser livre, isto é, ser capaz de oferecer­se como causa interna de
seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que
4.  4. 4 o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A liberdade não é tanto o poder
para escolher entre vários possíveis, mas o poder para autodeterminar­se, dando a si mesmo as regras de
conduta. O campo ético é, portanto, constituído por dois pólos internamente relacionados: o agente ou
sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas. Do ponto de vista do agente ou sujeito moral, a ética
http://image.slidesharecdn.com/cdigodeticaservidordecreto1-150111144012-conversion-gate02/95/cdigo-de-tica-servidor-decreto-1171-94-comentado-2-638.jpg?cb=1421008934
http://image.slidesharecdn.com/cdigodeticaservidordecreto1-150111144012-conversion-gate02/95/cdigo-de-tica-servidor-decreto-1171-94-comentado-3-638.jpg?cb=1421008934
http://image.slidesharecdn.com/cdigodeticaservidordecreto1-150111144012-conversion-gate02/95/cdigo-de-tica-servidor-decreto-1171-94-comentado-4-638.jpg?cb=1421008934
faz uma exigência essencial, qual seja, a diferença entre passividade e atividade. Passivo é aquele que se
deixa governar e arrastar por seus impulsos, inclinações e paixões, pelas circunstâncias, pela boa ou má
sorte, pela opinião alheia, pelo medo dos outros, pela vontade de um outro, não exercendo sua própria
consciência, vontade, liberdade e responsabilidade. Ao contrário, é ativo ou virtuoso aquele que controla
interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, discute consigo mesmo e com os outros o
sentido dos valores e dos fins estabelecidos, indaga se devem e como devem ser respeitados ou
transgredidos por outros valores e fins superiores aos existentes, avalia sua capacidade para dar a si mesmo
as regras de conduta, consulta sua razão e sua vontade antes de agir, tem consideração pelos outros sem
subordinar­se nem submeter­se cegamente a eles, responde pelo que faz, julga suas próprias intenções e
recusa a violência contra si e contra os outros. Numa palavra, é autônomo. Do ponto de vista dos valores, a
ética exprime a maneira como a cultura e a sociedade definem para si mesmas o que julgam ser a violência
e o crime, o mal e o vício e, como contrapartida, o que consideram ser o bem e a virtude. Por realizar­se
como relação intersubjetiva e social, a ética não é alheia ou indiferente às condições históricas e políticas,
econômicas e culturaisda ação moral. Conseqüentemente, embora toda ética seja universal do ponto de
vista da sociedade que a institui (universal porque seus valores são obrigatórios para todos os seus
membros), está em relação com o tempo e a História, transformando­se para responder a exigências novas
da sociedade e da Cultura, pois somos seres históricos e culturais e nossa ação se desenrola no tempo.
Além do sujeito ou pessoa moral e dos valores ou fins morais, o campo ético é ainda constituído por um
outro elemento: os meios para que o sujeito realize os fins. Costuma­se dizer que os fins justificam os
meios, de modo que, para alcançar um fim legítimo, todos os meios disponíveis são válidos. No caso da
ética, porém, essa afirmação deixa de ser óbvia. Suponhamos uma sociedade que considere um valor e um
fim moral a lealdade entre seus membros, baseada na confiança recíproca. Isso significa que a mentira, a
inveja, a adulação, a má­fé, a crueldade e o medo deverão estar excluídos da vida moral e ações que os
empreguem como meios para alcançar o fim serão imorais. No entanto, poderia acontecer que para forçar
alguém à lealdade seria preciso fazê­ lo sentir medo da punição pela deslealdade, ou seria preciso mentir­
lhe para que não perdesse a confiança em certas pessoas e continuasse leal a elas. Nesses casos, o fim – a
lealdade – não justificaria os meios – medo e mentira? A resposta ética é: não. Por quê?
5.  5. 5 Porque esses meios desrespeitam a consciência e a liberdade da pessoa moral, que agiria por coação
externa e não por reconhecimento interior e verdadeiro do fim ético. No caso da ética, portanto, nem todos
os meios são justificáveis, mas apenas aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras
palavras, fins éticos exigem meios éticos. A relação entre meios e fins pressupõe que a pessoa moral não
existe como um fato dado, mas é instaurada pela vida intersubjetiva e social, precisando ser educada para
os valores morais e para as virtudes. Marilena Chauí. Convite a filosofia A Ética no Serviço Público: Tema
Relevante em Concurso Público Tem sido cada vez mais freqüente a cobrança de conhecimentos de ética
no serviço público nos mais variados processos seletivos. A relevância da disciplina, entre outras razões,
está associada à insatisfação da sociedade brasileira com a conduta ética no serviço público, ou seja, de
modo geral, o país enfrenta o descrédito da opinião pública a respeito do comportamento dos agentes
públicos e da classe política em todas as suas esferas. A partir desse cenário, é natural que a expectativa da
sociedade e os órgãos públicos em seus processos seletivos sejam mais exigentes com a conduta daqueles
que desempenham atividades no serviço e na gestão de bens públicos. Provas aplicadas recentemente para
Área Administrativa, a exemplo, dos Ministérios da Integração e da Previdência Social despertaram nos
concursos uma atenção maior para a disciplina tendo em vista a quantidade de questões que abordam a
assunto. Observa­se ainda, que os concursos públicos têm exigido além dos decretos (1.171 de 22 de junho
de 1994 e 6.029 de 01 de fevereiro de 2007) a História da Ética, os conceitos de ética e moral e a relação
da ética com o Direito. Não dá mais para fingir que sabemos Ética ,não dá mais para decorar .Isso tem que
efetivamente ser compreendido ,interpretado e por fim a idéia deve ser interiorizada ,ou seja, ainda que não
haja a obrigatoriedade de seu cumprimento (por não se tratar de uma lei ,vocês, futuros servidores devem
sentir­se obrigados a cumpri­lo). Só existe uma forma de efetivamente haver mudança no sistema público:
resgatando a consciência ética de cada servidor visando o bem da coletividade Entenda...Vamos falar de
mudanças baseadas nas provas ,na realidade do concurso. Quero deixar registrado meu anseio e esperança
para que vocês sejam os agentes dessa transformação ao qual me refiro . Em outras palavras, espero estar
diante da nova cara do serviço público,quero estar diante de pessoas que sentirão o desejo de levar as
mudanças ,gente que acredita, que faz e que merecidamente terão o seu lugar ao sol. Um grande abraço!!
Professora Ana Maria
6.  6. 6 ÉTICA – LEI OU DECRETO QUE DIFERENÇA FAZ? (Crônica) Que diferença faz, lei ou decreto?
Por mais que, pelo senso comum, as pessoas pensem o contrário, lei e decreto não são a mesma coisa. São
atos normativos distintos, com força e funções diferentes. Existe mesmo – pode­se dizer sem exagero –
uma diferença abissal entre este e aquela, porquanto há uma hierarquia bem nítida, notadamente no Brasil,
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entre as normas jurídicas: a constituição, a lei complementar, a lei ordinária, o decreto, a portaria, a
resolução, a instrução. É impossível, entretanto, discorrer sobre as minúcias de cada espécie desses atos no
pequeno espaço de uma crônica, sendo, pois, assunto de artigo acadêmico para publicação especializada. A
despeito disso, importa saber que, na ordem hierárquica, a constituição é a base de toda a ordenação
jurídica, superior a todas as leis, que não podem contrariá­la, sob pena de serem inconstitucionais (às
vezes, às pessoas do povo dizem anticonstitucional, o que dá na mesma, embora não seja o nome técnico).
Lei inconstitucional não se cumpre, pois não obriga nem desobriga ninguém, porque não tem validade. A
lei, por sua vez, é superior ao decreto, que não pode contrariá­la, sob pena de ser ilegal e não ter validade.
O decreto, por seu turno, é superior à portaria ou ato normativo similar. Há demais disso, obviamente,
rígida hierarquia normativa entre a Constituição Federal, as Constituições Estaduais e as leis orgânicas
municipais, respeitada a competência legislativa de cada ente federativo (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios). No que concerne à lei e ao decreto, deve ficar claro que lei tem mais força normativa porque,
para sua formação, concorrem conjuntamente o Poder Legislativo e o Poder Executivo. Aquele, formado
por parlamentares, discute e aprova o projeto de lei, e este, encarnado pelo Presidente da República,
Governador ou Prefeito, mediante a sanção, transforma em lei o projeto de lei aprovado pelo Legislativo.
O decreto tem menos força normativa (para garantia dos governados, assim deve ser visto) porque não
passa pela discussão e aprovação legislativa, é simplesmente elaborado e assinado pelo presidente,
governador ou prefeito, conforme o caso. O processo de formação da lei chama­se processo legislativo. O
decreto não é submetido ao processo legislativo. A mais importante, contudo, de todas as distinções entre a
lei e o decreto é que a lei obriga a fazer ou deixar de fazer, e o decreto, não. É o princípio genérico da
legalidade, previsto expressamente no artigo 5.º, inciso II, da Constituição Federal, segundo o qual
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Somente a lei
pode inovar o Direito, ou seja, criar, extinguir ou modificar direitos e obrigações. No atual regime
constitucional brasileiro, não se obriga nem desobriga a ninguém por decreto, nem mesmo pelo
doutrinariamente chamado decreto autônomo, cuja discussão não cabe aqui.
7.  7. 7 Dentre as funções do decreto, a principal é a de regulamentar a lei, ou seja, descer às minúcias
necessárias de pontos específicos, criando os meios necessários para fiel execução da lei, sem, contudo,
contrariar qualquer das disposições dela ou inovar o Direito. O decreto 1171/94 normatizou o
comportamento do servidor público na intenção que haja,moralmente falando ,um direcionamento
comportamental,capaz de fazer com que cada servidor tenha uma noção clara de suas ações dentro e fora
da esfera do serviço público . História da Ética Vamos partir do princípio que a históriada ética teve sua
origem, pelo menos sob o ponto de vista formal, na antigüidade grega, através de Aristóteles (384/322
a.C.) e suas idéias sobre a ética e as virtudes éticas. Cumpre advertir, antes de tudo, que a história da ética
como disciplina filosófica é mais limitada no tempo e no material tratado do que a história das idéias
morais da humanidade. Esta última história compreende o estudo de todas as normas que regularam a
conduta humana desde os tempos pré­históricos até os nossos dias. Só há história da ética no âmbito da
história da filosofia. Ainda assim, a história da ética adquire, por vezes, uma considerável amplitude, por
quanto fica difícil, com freqüência, estabelecer uma separação rigorosa entre os sistemas morais; objeto
próprio da ética; e o conjunto de normas e atitudes de caráter moral predominantes numa dada sociedade
ou numa determinada fase histórica. Com o fim de solucionar este problema, os historiadores da ética
limitaram seu estudo àquelas idéias de caráter moral que possuem uma base filosófica, ou seja, que, em
vez de se darem simplesmente como supostas, são examinadas em seus fundamentos; por outras palavras
são filosoficamente justificadas. Existem as doutrinas éticas, ou teorias acerca da moral, que estão
divididas nos seguintes segmentos, correlacionados historicamente: ética grega, ética cristã medieval, ética
moderna e ética contemporânea. As doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes
épocas e sociedades como respostas aos problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens e
em particular pelo seu comportamento moral efetivo. Por isto, existe uma estreita vinculação entre os
conceitos morais e a realidade humana, social, sujeita historicamente à mudança. Por conseguinte, as
doutrinas éticas não podem ser consideradas isoladamente, mas dentro de um processo de mudança e de
sucessão que constitui propriamente a sua história. "Ethos ; ética, em grego ; designa a morada humana. O
ser humano separa uma parte do mundo para, moldando­a ao seu jeito, construir um abrigo protetor e
permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano
está sempre tornando habitável a casa que construiu para si. Ético
8.  8. 8 significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia
saudável: materialmente sustentável, psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda." ­
LEONARDO BOFF, A Águia e a galinha. A ética deve fundar­se no bem comum no respeito aos direitos
do cidadão e na busca de uma vida digna para todos. ­ Ferreira Gullar A ética está para a democracia como
a poesia está para a vida. ­ Marcio Souza Porque e para que sermos éticos? Desde a infância, estamos
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sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos meios de
comunicação de massa, etc. Vamos adquirindo, aos poucos, idéias morais. É o aspecto social da moral se
manifestando e, mesmo ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores
aceitos em seu grupo social. A moral, porém, não se reduz apenas a seu aspecto social, pois a medida que
desenvolvemos nossa reflexão crítica passamos a questionar os valores herdados, para então decidir se
aceitamos ou não as normas. A decisão de respeitar uma determinada norma é sempre fruto de uma
reflexão pessoal consciente, que pode ser chamada de interiorização. É essa interiorização das normas que
qualifica um ato como sendo moral. Por exemplo: existe uma norma no código de trânsito que nos proíbe
de buzinar diante de um hospital. Podemos cumpri­la por razões íntimas, pela consciência de que os
doentes sofrem com isso. Nesse caso houve a interiorização da norma e o ato é um ato moral. Mas, se
apenas seguimos a norma por medo das punições previstas pelo código de trânsito, não houve o processo
de interiorização e meu ato escapa do campo moral. Conforme afirmações anteriores, dizemos que a ética
não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos
por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa tradição cultural etc. Há morais
específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político... Há, portanto,
muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular, que não tem
compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto
quando atacada: justifica­se dizendo­se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e
quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das
morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade.
Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação,
historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência
para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana.
A ética pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana,
capaz de julgar criticamente os apelos a­críticos da moral vigente. Mas a ética, tanto quanto a moral, não é
um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que,
9.  9. 9 um dia, a escravidão foi considerada "natural". Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a
ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma
permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá­la ou transformá­la. A ética está relacionada à
opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros relações justas e aceitáveis. Via de regra está
fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo
alcance se traduz numa existência plena e feliz. O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos
gregos há 25 séculos. Hoje em dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros
outros pesquisadores do conhecimento dedicam­se a seu estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos e muitos
outros profissionais desenvolvem trabalhos no campo da ética. Quando na antigüidade grega Aristóteles
apresentou o problema teórico de definir o conceito de Bem, seu trabalho era de investigar o conteúdo do
Bem e não definir o que cada indivíduo deveria fazer numa ação concreta, para que seu ato seja
considerado bom ou mau. Evidentemente, esta investigação teórica sempre deixa conseqüências práticas,
pois quando definimos o Bem, estamos indicando um caminho por onde os homens poderão se conduzir
nas suas diversas situações particulares. A ética também estuda a responsabilidade do ato moral, ou seja, a
decisão de agir numa situação concreta é um problema prático­moral, mas investigar se a pessoa pôde
escolher entre duas ou mais alternativas de ação e agir de acordo com sua decisão é um problema teórico­
ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao qual nossos atos estão sujeitos. Se o determinismo é
total, então não há mais espaço para a ética, pois se ela se refere às ações humanas e se essas ações estão
totalmente determinadas de fora para dentro, não há qualquer espaço a liberdade, para a autodeterminação
e, consequentemente, para a ética. A ética pode também contribuir para fundamentar ou justificar certa
forma de comportamentos moral. Assim, se a ética revela uma relação entre o comportamento moral e as
necessidades e os interessessociais, ela nos ajudará a situar no devido lugar a moral efetiva, real, do grupo
social. Por outro lado, ela nos permite exercitar uma forma de questionamento, onde nos colocamos diante
do dilema entre "o que é" e o "que deveria ser", imunizando­nos contra a simplória assimilação dos valores
e normas vigentes na sociedade e abrindo em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos de que os
valores morais vigentes podem estar encobrindo interesses que não correspondem às próprias causas
geradoras da moral. A reflexão ética também permite a identificação de valores petrificados que já não
mais satisfazem os interesses da sociedade a que servem. Jung Mo SUNG e Josué Cândido da SILVA
(1995:17) nos dão um bom exemplo do que estamos falando: "Na época da escravidão, por exemplo, as
pessoas acreditam que os escravos eram seres inferiores por natureza (como dizia Aristóteles) ou pela
vontade divina (como diziam muitos na América colonial). Elas não se sentiam eticamente questionadas
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diante da injustiça cometida contra os escravos. Isso porque o termo "injustiça" já é fruto de juízo ético de
alguém que percebe que a realidade não é o que deveria ser."
10.  10. 1 0 Sendo a ética uma ciência, devemos evitar a tentação de reduzi­la ao campo exclusivamente
normativo. Seu valor está naquilo que explica e não no fato de prescrever ou recomendar com vistas à ação
em situações concretas. A ética também não tem caráter exclusivamente descrito pois visa investigar e
explicar o comportamento moral, traço inerente da experiência humana. Não é função da ética formular
juízos de valor quanto à prática moral de outras sociedades, mas explicar a razão de ser destas diferenças e
o porque de os homens terem recorrido, ao longo da história, a práticas morais diferentes e até opostas. Por
que e como ensinar ética aos filhos? Uma pessoa só é ética quando se orienta por princípios e convicções.
É função inalienável dos pais transmitirem uma conduta ética a seus filhos. Ética é uma matéria que faz
parte do aprendizado de vida, no qual os pais devem ser os melhores professores. Então, como se ensina
ética? Ensina­se aquilo que se tem e aquilo que se é. O que vai ser transmitido para os filhos não é o que se
origina de um discurso verbal, mas sim o que se é e como se age. Sabe­se que a criança é um perfeito
sensor para captar o que se passa na mente dos pais. A colocação dos limites adequados às atuações da
criança é uma das formas importantes para se ensinar conduta ética. O "não" é um organizador
fundamental da vida psíquica e necessário para que a criança se desenvolva. Receber "não" significa ter
que lidar com frustração, adiar satisfação de necessidade e entreter tensão interna. Além disso, esse mesmo
"não", serve também para que a criança aprenda, por insistir no se intento, alternativas inteligentes e
aceitáveis para obter o que ela deseja. Aprende, assim, a controlar impulso, a regular as emoções, a
desenvolver inteligência e o respeito pelo outro. Como a psicologia vem demonstrando, em inúmeros
artigos publicados, limites fazem bem e são fundamentais para que o ser humano cresça forte e feliz. Uma
criança, que vive sem os limites adequados, não se transforma em um homem íntegro e livre como se
acreditou, ingenuamente, décadas atrás. Ao contrário, se transforma em alguém inconsistente, desorientado
e dependente. Por quê? Porque a criança que apenas recebe sim, não precisa fazer confrontos, não precisa
exercitar sua inteligência para buscar alternativas para conseguir o que quer, não precisa lutar para
convencer os pais de que ela está certa. Tudo é possível a priori e isso a faz fraca, muitas vezes uma tirana
em casa e uma covarde fora de casa, pois não teve chance de verdadeiramente lutar pelo que queria e que
foi impedido. O confronto com os pais prepara a criança para os confrontos da vida. A criança enfrenta os
pais para conquistar autonomia. Ceres Araujo Ética , Moral e Direito É extremamente importante saber
diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm
grandes vínculos e até mesmo sobreposições. Tanto a Moral como o Direito baseiam­se em regras que
visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.
11.  11. 1 1 A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem­
viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se
conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum. O Direito busca estabelecer o regramento
de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas
para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores
afirmam que o Direito é um sub­conjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a
lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o
Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma
determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem­se a uma mesma
sociedade, podem ter perspectivas discordantes. A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou
incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas
para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos ­ Moral e Direito ­ pois não
estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética. Ética e serviço público A
insatisfação com a conduta ética no serviço público é um fato que vem sendo constantemente criticado
pela sociedade brasileira. De modo geral, o país enfrenta o descrédito da opinião pública a respeito do
comportamento dos administradores públicos e da classe política em todas as suas esferas: municipal,
estadual e federal. A partir desse cenário, é natural que a expectativa da sociedade seja mais exigente com
a conduta daqueles que desempenham atividades no serviço e na gestão de bens públicos. Para discorrer
sobre o tema, é importante conceituar moral, moralidade e ética. A moral pode ser entendida como o
conjunto de regras consideradas válidas, de modo absoluto, para qualquer tempo ou lugar, grupo ou pessoa
determinada, ou, ainda, como a ciência dos costumes, a qual difere de país para país, sendo que, em
nenhum lugar, permanece a mesma por muito tempo. Portanto, observa­se que a moral é mutável, variando
de acordo com o desenvolvimento de cada sociedade. Em conseqüência, deste conceito, surgiria outro: o
da moralidade, como a qualidade do que é moral. A ética, no entanto, representaria uma abordagem sobre
as constantes morais, aquele conjunto de valores e costumes mais ou menos permanente no tempo e
uniforme no espaço. A ética é a ciência da moral ou aquela que estuda o comportamento dos homens na
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sociedade.
12.  12. 1 2 A falta de ética, tão criticada pela sociedade, na condução do serviço público por administradores e
políticos, generaliza a todos, colocando­os no mesmo patamar, além de constituir­se em uma visão
imediatista. É certo que a crítica que a sociedade tem feito ao serviço público, seja ela por causa das longas
filas ou da morosidade no andamento de processos, muitas vezes tem fundamento. Também, com
referência ao gerenciamento dos recursos financeiros, têm­ se notícia, em todas as esferas de governo, de
denúncias sobre desvio de verbas públicas, envolvendo administradores públicos e políticosem geral. A
questão deveria ser conduzida com muita seriedade, porque desfazer a imagem negativa do padrão ético do
serviço público brasileiro é tarefa das mais difíceis. Refletindo sobre a questão, acredita­se que uma
alternativa, para o governo, poderia ser a oferta à sociedade de ações educativas de boa qualidade, nas
quais os indivíduos pudessem ter, desde o início da sua formação, valores arraigados e trilhados na
moralidade. Dessa forma, seriam garantidos aos mesmos, comportamentos mais duradouros e
interiorização de princípios éticos. Outros caminhos seriam a repreensão e a repressão, e nesse ponto há de
se levar em consideração as leis punitivas e os diversos códigos de ética de categorias profissionais e de
servidores públicos, os quais trazem severas penalidades aos maus administradores. As leis, além de
normatizarem determinado assunto, trazem, em seu conteúdo, penalidades de advertência, suspensão e
reclusão do servidor público que infringir dispositivos previstos na legislação vigente. Uma das mais
comentadas na atualidade é a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Já os códigos de ética trazem, em seu conteúdo, o
conjunto de normas a serem seguidas e as penalidades aplicáveis no caso do não cumprimento das
mesmas. Normalmente, os códigos lembram aos funcionários que estes devem agir com dignidade, decoro,
zelo e eficácia, para preservar a honra do serviço público. Enfatizam que é dever do servidor ser cortês,
atencioso, respeitoso com os usuários do serviço público. Também, é dever do servidor ser rápido, assíduo,
leal, correto e justo, escolhendo sempre aquela opção que beneficie o maior número de pessoas. Os
códigos discorrem, ainda, sobre as obrigações, regras, cuidados e cautelas que devem ser observadas para
cumprimento do objetivo maior que é o bem comum, prestando serviço público de qualidade à população.
Afinal, esta última é quem alimenta a
13.  13. 1 3 máquina governamental dos recursos financeiros necessários à prestação dos serviços públicos,
através do pagamento dos tributos previstos na legislação brasileira – ressalta­ se, aqui, a grande carga
tributária imposta aos contribuintes brasileiros. Também, destaca­se nos códigos que a função do servidor
deve ser exercida com transparência, competência, seriedade e compromisso com o bem estar da
coletividade. Os códigos não deixam dúvidas quanto às questões que envolvem interesses particulares, as
quais, jamais, devem ser priorizadas em detrimento daquelas de interesses públicos, ainda mais se forem
caracterizadas como situações ilícitas. Dentre as proibições elencadas, tem­se o uso do cargo para obter
favores, receber presentes, prejudicar alguém através de perseguições por qualquer que seja o motivo, a
utilização de informações sigilosas em proveito próprio e a rasura e alteração de documentos e processos.
Todas elas evocam os princípios fundamentais da administração pública: legalidade, impessoalidade,
publicidade e moralidade – este último princípio intimamente ligado à ética no serviço público. Além
desses, também se podem destacar os princípios da igualdade e da probidade. Criada pelo Presidente da
República em maio de 2000, a Comissão de Ética Pública entende que o aperfeiçoamento da conduta ética
decorreria da explicitação de regras claras de comportamento e do desenvolvimento de uma estratégia
específica para a sua implementação. Na formulação dessa estratégia, a Comissão considera que é
imprescindível levar em conta, como pressuposto, que a base do funcionalismo é estruturalmente sólida,
pois deriva de valores tradicionais da classe média, onde ele é recrutado. Portanto, qualquer iniciativa que
parta do diagnóstico de que se está diante de um problema endêmico de corrupção generalizada será
inevitavelmente equivocada, injusta e contraproducente, pois alienaria o funcionalismo do esforço de
aperfeiçoamento que a sociedade está a exigir. Afinal, não se poderia responsabilizar nem cobrar algo de
alguém que sequer teve a oportunidade de conhecê­lo. Do ponto de vista da Comissão de Ética Pública, a
repressão, na prática, é quase sempre ineficaz. O ideal seria a prevenção, através de identificação e de
tratamento específico, das áreas da administração pública em que ocorressem, com maior freqüência,
condutas incompatíveis com o padrão ético almejado para o serviço público. Essa é uma tarefa
complicada, que deveria ser iniciada pelo nível mais alto da administração, aqueles que detém poder
decisório. A Comissão defende que o administrador público deva ter Código de Conduta de linguagem
simples e acessível, evitando termos jurídicos excessivamente técnicos, que norteie o seu comportamento
enquanto permanecer no cargo e o proteja de acusações
14.  14. 1 4 infundadas. E vai mais longe ao defender que, na ausência de regras claras e práticas de conduta,
corre­se o risco de inibir o cidadão honesto de aceitar cargo público de relevo. Além disso, afirma ser
necessária a criação de mecanismo ágil de formulação dessas regras, assim como de sua difusão e
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fiscalização. Deveria existir uma instância à qual os administradores públicos pudessem recorrer em caso
de dúvida e de apuração de transgressões, que seria, no caso, a Comissão de Ética Pública, como órgão de
consulta da Presidência da República. Diante dessas reflexões, a ética deveria ser considerada como um
caminho no qual os indivíduos tivessem condições de escolha livre e, nesse particular, é de grande
importância a formação e as informações recebidas por cada cidadão ao longo da vida. A moralidade
administrativa constitui­se, atualmente, num pressuposto de validade de todo ato da administração pública.
A moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as exigências da
instituição a que serve, e a finalidade de sua ação: o bem comum. O administrador público, ao atuar, não
poderia desprezar o elemento ético de sua conduta. A ética tem sido um dos mais trabalhados temas da
atualidade, porque se vem exigindo valores morais em todas as instâncias da sociedade, sejam elas
políticas, científicas ou econômicas. É a preocupação da sociedade em delimitar legal e ilegal, moral e
imoral, justo e injusto. Desse conflito é que se ergue a ética, tão discutida pelos filósofos de toda a história
mundial. Ética Profissional no Serviço Público Brasileiro A ética é um dos assuntos mais lembrados ao se
falar em negócios, política e relacionamentos humanos. Isto diz respeito ao posicionamento ético ou moral
das pessoas. Em face das conquistas tecnológicas atuais, a ética está mais do que nunca presente aos
debates a respeito do comportamento humano. O estudo da ética é sempre necessário em decorrência da
necessidade das pessoas orientarem seu comportamento de acordo com a nova realidade que se vislumbra
diariamente na vida social. A ética é um dos assuntos mais lembrados ao se falar em negócios, política e
relacionamentos humanos. Isto diz respeito ao posicionamento ético ou moral das pessoas. Em face das
conquistas tecnológicas atuais, a ética está mais do que nunca presente aos
15.  15. 1 5 debates a respeito do comportamento humano. O estudo da ética é sempre necessário em
decorrência da necessidade das pessoas orientarem seu comportamento de acordo com a nova realidade
que se vislumbra diariamente na vida social. ­ A ética, seus conceitos e fundamentos A ética é uma ciência,
um ramo da Filosofia. A reflexão sobre a postura ética dos indivíduos transcende o campo individuale
alcança o plano profissional dos seres humanos. A ética está no nosso cotidiano. Em jornais, revistas,
diálogos e outros aspectos de nossa realidade social, a ética é utilizada, lembrada, esquecida, mencionada
ou até mesmo exigida. O fundamento da ética é ser do homem. A fonte de seu comportamento seria
justamente a sua natureza. A única obrigação do ser humano é ser e agir como ser humano. O único mal do
homem é não agir como homem. A ética brota de dentro do ser humano, daqueles elementos que o
caracterizam como ser humano. Entretanto, qualquer situação específica da pessoa deve brotar da
realização do fundamental. Um dentista só vai se realizar como dentista, por exemplo, se ele se realizar
como ser humano. Ética vem do grego "ethos" e significa morada. Heidegger da ao "ethos" o significado
de "morada do ser". A construção da ética parte das exigências ou necessidades fundamentais da natureza
humana. A ética indica direções, descortina horizontes para a própria realização do ser humano. Ela é "a
construção constante de um "sim" a favor do enriquecimento do ser pessoal. Deve ser eminentemente
positiva e não proibitiva. Por exemplo, é mais importante respeitar a vida do que não matar. A ética
antecede a qualquer lei ou código de conduta. Pode­se dizer que "...a ética é a ciência que tem por objeto a
finalidade da vida humana e os meios para que isto seja alcançado". Ética é parte da filosofia responsável
pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento
humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações
presentes em qualquer realidade social. Por extensão, ética é o conjunto de regras e preceitos de ordem
valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade (ética profissional, ética
psicanalítica, ética na universidade). Segundo Antônio Lopes de Sá, em um sentido mais amplo: "a Ética
tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes. Envolve, pois, os
16.  16. 1 6 estudos de aprovação ou desaprovação da ação dos homens e a consideração de valor como
equivalente de uma medição do que é real e voluntarioso no campo das ações virtuosas. Encara a virtude
como prática do bem e esta como promotora da felicidade dos seres, quer individualmente, quer
coletivamente, mas também avalia os desempenhos humanos em relação às normas comportamentais
pertinentes. A ética é ciência que estuda o agir dos seres humanos, a sua conduta, analisando as formas de
conduta de forma que a mesma se reverta em benefício dos primeiros. Ela cuida das formas ideais da ação
humana na procura da essência do Ser, visando ao estabelecimento de conexões entre o material e o
espiritual. É uma ciência que busca as formas ideais de conduta e os modelos de conduta conveniente,
objetiva, dos seres humanos. Um dos significados do termo grego "ethos" é "costumes". A palavra "moral"
também vem do latim e significa "costumes". Para o autor mexicano Sanchez: "A ética é a teoria ou
ciência do comportamento moral dos homens em sociedade" Francisco de Salles Almeida Mafra Filho
Doutor em direito administrativo pela UFMG CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR
PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL DECRETO N° 1.171, DE 22 DE JUNHO DE
1994 Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda
tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11
de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, DECRETA: Art. 1°
Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que
com este baixa. Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética,
inclusive mediante a constituição da respectiva Comissão de Ética,
17.  17. 1 7 integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração
Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. Art.
3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da
Independência e 106° da República. ITAMAR FRANCO Romildo Canhim Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal CAPÍTULO I Seção I Das Regras Deontológicas I ­
A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que
devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o
exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados
para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II ­ O servidor público não poderá jamais
desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. III ­
A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV­ A
remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por
ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida,
18.  18. 1 8 que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo­se, como conseqüência em fator de legalidade. V ­ O trabalho
desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu
próprio bem­estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser
considerado como seu maior patrimônio. VI ­ A função pública deve ser tida como exercício profissional
e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na
conduta do dia­a­dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional. VII ­ Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade,
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII ­
Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti­la ou falseá­la, ainda que contrária aos
interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou
estabilizar­se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX ­ A cortesia, a boa vontade, o
cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar­lhe dano moral. Da mesma forma,
causar danoa qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando­o, por descuido ou má
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os
homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para
construí­los. X ­ Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em
que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI ­ O servidor deve prestar toda a
sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim,
evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam­se, às vezes,
difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII ­ Toda
ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o
que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
19.  19. 1 9 XIII ­ O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a
grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. Seção II Dos Principais Deveres
do Servidor Público XIV ­ São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as
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atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com
rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos
serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; c) ser
probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer
prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato
com o público; f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na
adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção,
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer
espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
posição social, abstendo­se, dessa forma, de causar­lhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém
sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se
funda o Poder Estatal; i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,
interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência
de ações morais, ilegais ou aéticas e denunciá­las; j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas
exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na
certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o
sistema;
20.  20. 2 0 m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse
público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho,
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; o) participar dos movimentos e
estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do
bem comum; p) apresentar­se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manter­se
atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas
funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo
ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito; t) exercer, com estrita
moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo­se de fazê­lo contrariamente aos
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) abster­se, de
forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v)
divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética,
estimulando o seu integral cumprimento. Seção III Das Vedações ao Servidor Público XV ­ E vedado ao
servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para
obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros
servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade,
conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de
artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando­lhe
dano moral ou material;
21.  21. 2 1 e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou
interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou
com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar
outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para
providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; l) retirar da repartição pública, sem estar
legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; m) fazer uso
de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes,
de amigos ou de terceiros; n) apresentar­se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu
concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso
DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007. Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder
Executivo Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, DECRETA:
22. 2 2 Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade
http://image.slidesharecdn.com/cdigodeticaservidordecreto1-150111144012-conversion-gate02/95/cdigo-de-tica-servidor-decreto-1171-94-comentado-20-638.jpg?cb=1421008934http://image.slidesharecdn.com/cdigodeticaservidordecreto1-150111144012-conversion-gate02/95/cdigo-de-tica-servidor-decreto-1171-94-comentado-21-638.jpg?cb=1421008934
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22.  22. 2 2 Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade
de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo­
lhe: I ­ integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; II ­ contribuir para a
implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso à informação como instrumentos
fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; III ­ promover, com apoio dos segmentos
pertinentes, a compatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética
pública; IV ­ articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento
ao desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. Art. 2o Integram o Sistema de
Gestão da Ética do Poder Executivo Federal: I ­ a Comissão de Ética Pública ­ CEP, instituída pelo
Decreto de 26 de maio de 1999; II ­ as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho
de 1994; e III ­ as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo
Federal. Art. 3o A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade
moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados pelo Presidente da
República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma única recondução. § 1o A atuação
no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos
são considerados prestação de relevante serviço público. § 2o O Presidente terá o voto de qualidade nas
deliberações da Comissão. § 3o Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três anos,
estabelecidos no decreto de designação. Art. 4o À CEP compete: I ­ atuar como instância consultiva do
Presidente da República e Ministros de Estado em matéria de ética pública; II ­ administrar a aplicação do
Código de Conduta da Alta Administração Federal, devendo:
23.  23. 2 3 a) submeter ao Presidente da República medidas para seu aprimoramento; b) dirimir dúvidas a
respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos; c) apurar, mediante denúncia,
ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a
ele submetidas; III ­ dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto no 1.171, de 1994; IV ­
coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo Federal; V ­
aprovar o seu regimento interno; e VI ­ escolher o seu Presidente. Parágrafo único. A CEP contará com
uma Secretaria­Executiva, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o
apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão. Art. 5o Cada Comissão de Ética de que trata o
Decreto no 1171, de 1994, será integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre
servidores e empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente máximo da respectiva
entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de três anos. Art. 6o É dever do titular de entidade ou
órgão da Administração Pública Federal, direta e indireta: I ­ assegurar as condições de trabalho para que
as Comissões de Ética cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus
integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano; II ­ conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão
da ética conforme processo coordenado pela Comissão de Ética Pública. Art. 7o Compete às Comissões de
Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o : I ­ atuar como instância consultiva de dirigentes e
servidores no âmbito de seu respectivo órgão ou entidade; II ­ aplicar o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo: a)
submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu aperfeiçoamento;
24.  24. 2 4 b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos; c)
apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes; e d)
recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o
desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética
e disciplina; III ­ representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder Executivo Federal a
que se refere o art. 9o ; e IV ­ supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração
Federal e comunicar à CEP situações que possam configurar descumprimento de suas normas. § 1o Cada
Comissão de Ética contará com uma Secretaria­Executiva, vinculada administrativamente à instância
máxima da entidade ou órgão, para cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio técnico e
material necessário ao cumprimento das suas atribuições. § 2o As Secretarias­Executivas das Comissões
de Ética serão chefiadas por servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou órgão, ocupante
de cargo de direção compatível com sua estrutura, alocado sem aumento de despesas. Art. 8o Compete às
instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, abrangendo a administração
direta e indireta: I ­ observar e fazer observar as normas de ética e disciplina; II ­ constituir Comissão de
Ética; III ­ garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comissão cumpra com suas
atribuições; e IV ­ atender com prioridade às solicitações da CEP. Art. 9o Fica constituída a Rede de Ética
do Poder Executivo Federal, integrada pelos representantes das Comissões de Ética de que tratam os
incisos I, II e III do art. 2o , com o objetivo de promover a cooperação técnica e a avaliação em gestão da
ética. Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a coordenação da Comissão de
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ética. Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a coordenação da Comissão de
Ética Pública, pelo menos uma vez por ano, em fórum específico, para avaliar o programa e as ações para a
promoção da ética na administração pública. Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de
Ética devem ser desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
25.  25. 2 5 I ­ proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; II ­ proteção à identidade do denunciante,
que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; e III ­ independência e imparcialidade dos seus
membros na apuração dos fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto. Art. 11. Qualquer cidadão,
agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a
atuação da CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente público,
órgão ou setor específico de ente estatal. Parágrafo único. Entende­se por agente público, para os fins deste
Decreto, todo aquele que, por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
permanente, temporária, excepcional ou eventual, aindaque sem retribuição financeira, a órgão ou
entidade da administração pública federal, direta e indireta. Art. 12. O processo de apuração de prática de
ato em desrespeito ao preceituado no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal será instaurado, de ofício ou em
razão de denúncia fundamentada, respeitando­se, sempre, as garantias do contraditório e da ampla defesa,
pela Comissão de Ética Pública ou Comissões de Ética de que tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme
o caso, que notificará o investigado para manifestar­ se, por escrito, no prazo de dez dias. § 1o O
investigado poderá produzir prova documental necessária à sua defesa. § 2o As Comissões de Ética
poderão requisitar os documentos que entenderem necessários à instrução probatória e, também, promover
diligências e solicitar parecer de especialista. § 3o Na hipótese de serem juntados aos autos da
investigação, após a manifestação referida no caput deste artigo, novos elementos de prova, o investigado
será notificado para nova manifestação, no prazo de dez dias. § 4o Concluída a instrução processual, as
Comissões de Ética proferirão decisão conclusiva e fundamentada. § 5o Se a conclusão for pela existência
de falta ética, além das providências previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as Comissões de Ética
tomarão as seguintes providências, no que couber: I ­ encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo
ou função de confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem,
conforme o caso;
26.  26. 2 6 II ­­ encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria­Geral da União ou unidade específica
do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de
2005, para exame de eventuais transgressões disciplinares; e III ­ recomendação de abertura de
procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir. Art. 13. Será mantido com a
chancela de “reservado”, até que esteja concluído, qualquer procedimento instaurado para apuração de
prática em desrespeito às normas éticas. § 1o Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da
Comissão de Ética do órgão ou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados. § 2o Na
hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de
documento somente será permitido a quem detiver igual direito perante o órgão ou entidade
originariamente encarregado da sua guarda. § 3o Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam
ser mantidos, as Comissões de Ética, depois de concluído o processo de investigação, providenciarão para
que tais documentos sejam desentranhados dos autos, lacrados e acautelados. Art. 14. A qualquer pessoa
que esteja sendo investigada é assegurado o direito de saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o
teor da acusação e de ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha
sido notificada da existência do procedimento investigatório. Parágrafo único. O direito assegurado neste
artigo inclui o de obter cópia dos autos e de certidão do seu teor. Art. 15. Todo ato de posse, investidura
em função pública ou celebração de contrato de trabalho, dos agentes públicos referidos no parágrafo
único do art. 11, deverá ser acompanhado da prestação de compromisso solene de acatamento e
observância das regras estabelecidas pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal, pelo Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e pelo Código de Ética do
órgão ou entidade, conforme o caso. Parágrafo único . A posse em cargo ou função pública que submeta a
autoridade às normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal deve ser precedida de consulta
da autoridade à Comissão de Ética Pública, acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses.
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar­se de proferir decisão sobre matéria de sua
competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Código de Ética do órgão ou
entidade, que, se existente, será
27.  27. 2 7 suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. § 1o Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente
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deverá ouvir previamente a área jurídica do órgão ou entidade. § 2o Cumpre à CEP responder a consultas
sobre aspectos éticos que lhe forem dirigidas pelas demais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades
que integram o Executivo Federal, bem como pelos cidadãos e servidores que venham a ser indicados para
ocupar cargo ou função abrangida pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal. Art. 17. As
Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos penais, civis, de improbidade
administrativa ou de infração disciplinar, encaminharão cópia dos autos às autoridades competentes para
apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência. Art. 18. As decisões das Comissões
de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão
resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão,
bem como remetidas à Comissão de Ética Pública. Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que
tratam os incisos II e III do art. 2o são considerados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições
próprias dos cargos dos seus membros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão. Art. 20.
Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão tratamento prioritário às solicitações de
documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados pelas Comissões de
Ética . § 1o Na hipótese de haver inobservância do dever funcional previsto no caput, a Comissão de Ética
adotará as providências previstas no inciso III do § 5o do art. 12. § 2o As autoridades competentes não
poderão alegar sigilo para deixar de prestar informação solicitada pelas Comissões de Ética. Art. 21. A
infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética de que tratam os incisos II e III do
art. 2o será apurada pela Comissão de Ética Pública. Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco
de dados de sanções aplicadas pelas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o e de
suas próprias sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, em
casos de nomeação para cargo em comissão ou de alta relevância pública. Parágrafo único. O banco de
dados referido neste artigo engloba as sanções aplicadas a qualquer dos agentes públicos mencionados no
parágrafo único do art. 11 deste Decreto.
28.  28. 2 8 Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o
atuarão como elementos de ligação com a CEP, que disporá em Resolução própria sobre as atividades que
deverão desenvolver para o cumprimento desse mister. Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta
Administração Federal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal e do Código de Ética do órgão ou entidade aplicam­se, no que couber, às autoridades e agentes
públicos neles referidos,

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