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Urgência e Emergência III Prof. Dr. Cesar Augusto Masella Pamela Barbieri – T23 – FMBM 1 IC ou ICC é uma doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue o suficiente para o resto do corpo, não conseguindo suprir as suas necessidades. • Tipos: Insuficiência cardíaca sistólica – ocorre quando o musculo cardíaco não consegue bombear ou ejetar o sangue para fora do coração adequadamente. Insuficiência cardíaca diastólica – os músculos do coração ficam rígidos e não se enchem de sangue facilmente. • Fisiopatologia: Diminuição do bombeamento do coração o sangue pode acumular nos pulmões, fígado, trato gastrointestinal, MMSS ou MMII. Ocorre a diminuição de O2 e nutrientes para os órgãos, onde houve acúmulo de sangue, prejudicando e reduzindo a capacidade. • Causas: Mais comum: doença arterial coronariana – estreitamento dos vasos coronarianos, que são responsáveis por levar oxigênio ao musculo cardíaco; pela presença de placas de gordura, podendo levar a isquemia e infarto. Valvulopatias cardíacas, níveis pressóricos não controlados, inflamações do músculo cardíaco, doença de Chagas... →Fatores de risco: HAS, doença arterial coronariana, IAM, diabetes e alguns medicamentos para tratar a doença, apneia do sono, cardiopatias congênitas, infecção por vírus, consumo de álcool, arritmias. Diastólica: cavidades espessa e rígidas – coração não consegue ser preenchido suficientemente. Sistólica: cavidades finas e dilatadas – coração não consegue bombear o suficiente. • Sintomas: Os sintomas começam devagar; aos grandes esforços, depois aos médios e pequenos, por fim no repouso. No entanto, os sintomas insuficiência cardíaca podem também aparecer de repente, logo após um infarto, por exemplo. Dispneia, tosse, edema MMII, edema de abdômen, ganho de peso, pulso irregular/rápido, taquicardia (palpitações), fadiga, fraqueza, desmaios, perda de apetite, indigestão, diminuição da concentração, diminuição da diurese, náuseas e vômitos, aumento de diurese durante a noite. Alguns pacientes podem ser assintomáticos, nessas pessoas os sintomas podem aparecer associados a arritmias, arritmia, hipertireoidismo, infecções com febre alta, doença renal. Diagnóstico: história, sintomas e exames físicos. Exames complementares: ECG com 12 derivações – sobrecarga ou dilatação do músculo cardíaco e ou arritmias. RX de tórax (avalia o tamanho do coração, presença de líquido nos pulmões e presença de infecções associadas. ECG bidimensional – avalia musculo cardíaco, função de coração e as válvulas cardíacas.] Exames mais avançados – angiotomografia coronariana – identifica a presença de placas de gordura e variações anatômicas. Ressonância cardíaca – calcula a função do coração, o tamanho das câmaras cardíacas, a presença de infartos e fibrose no músculo e ajuda no diagnóstico das causas da patologia. Cineangiocoronariografia: identifica a presença de placas de gordura, e possibilita o tratamento seja de valvulopatias ou obstruções coronarianas. Urgência e Emergência III Prof. Dr. Cesar Augusto Masella Pamela Barbieri – T23 – FMBM 2 • Tratamento de acordo com as causas:↓ sal, a ingesta de líquidos e perder peso, ↓ gorduras e frituras, antihipertensivos para controle da pressão arterial, diuréticos para diminuir o inchaço das pernas e liquido no pulmão, medicações ↓ descarga de adrenalina, ↑ contratilidade do coração e vasodilatadores. Tratar a doença de base – stents ou cirúrgico. Correção da valvulopatia. enxertos de veia safena ou artérias mamárias. • Edema agudo de pulmão: Ocorre devido desequilíbrio das forças de Starling: aumento da pressão hidrostática e/ou aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares. • Fisiopatologia: devido a disfunção do VE, ocorre aumento da pressão diastólica final de VE e da pressão de AE, causando edema intersticial, hipertensão arterial e consequentemente levando a edema perivascular e alteração V/Q. • Causas: Isquemia miocárdica aguda. Hipertensão arterial sistêmica. Doença valvar. Doença miocárdica primária. Cardiopatia congênita. Arritmia cardíaca. Diagnóstico clínico: Dispneia de início súbito, com tosse. Sinais de descarga adrenérgica: sudorese fria, palidez cutânea, hipertensão e ansiedade. Tiragem intercostal e batimento de asas de nariz. Taquipneia e expiração forçada com respiração abdominal. Ausculta pulmonar com estertores crepitantes, roncos e sibilos. Dor torácica típica, ritmo de galope, sopros cardíacos e ictus desviado. Diagnósticos diferenciais: TEP, situação que evoluem com broncoespasmo, broncoaspirações, inalação de Urgência e Emergência III Prof. Dr. Cesar Augusto Masella Pamela Barbieri – T23 – FMBM 3 gases tóxicos, linfangites pulmonares, SARA e suas diversas causas. Objetivos do tratamento: Manter funções respiratórias dentro dos limites que permitam a manutenção da vida. Reduzir a pressão hidrostática capilar pulmonar com consequente redução do ultrafiltrado para o interstício pulmonar. Eliminar o fator de descompensação da cardiopatia de base. Abordagem inicial: Manter o paciente sentado e, se possível, com os membros inferiores pendentes. Manter a permeabilidade da via aérea. Ofertar oxigênio tentando manter saturações periféricas de O2 acima de 90%. Providenciar acesso venoso. Monitorização adequada. Complementos: acessar sinais vitais. Rever história clínica detalhada. Realizar exame físico completo. Solicitar quando possível, ECG e RX de tórax. Tratamento: Furosemida e sondagem vesical Nitratos Morfina Dobutamina e Dopamina Oxigênio/intubação/ventilação mecânica S/N. Conclusões: EAP é uma situação de emergência que requer diagnóstico e tratamento imediatos. Devemos seguir as diretrizes ditadas pelo ACLS, com estabilização inicial do quadro e posterior encaminhamento do paciente para um centro com maiores recursos, tentando definir a causa. Só com a definição da causa poderemos implementar medidas de terceira linha, que são mais específicas e definitivas.
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