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Caminhos para combater o tabagismo na sociedade

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Curso de Redação – @comtevestibulares 1 | P á g i n a 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas 
desconsiderado para efeito de correção. 
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto “insuficiente”. 
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
TEXTOS MOTIVADORES 
Texto I 
O consumo de cigarro no Brasil aumentou durante a pandemia do novo coronavírus. A falta de perspectiva, as incertezas 
e o estresse gerados pela pandemia são alguns dos fatores apontados como responsáveis pelo aumento do consumo de 
cigarro. Além disso, a pesquisa também revelou que o vício é maior entre as mulheres (29,1% fumaram mais de dez 
cigarros ao dia, contra 17,3% dos homens) e os indivíduos com menor grau de escolaridade (24,6% aumentaram cerca de 
dez cigarros por dia, contra 22,6% entre os que possuem superior completo). Além disso, a potencialização do vício pode 
estar ligada a aspectos psicológicos. A ConVid – Pesquisa de Comportamentos – também mostrou que 40% dos 
entrevistados sentiram-se tristes ou deprimidos durante a pandemia e 54% ansiosos ou nervosos com frequência. Entre 
os adultos de 18 a 29 anos, os percentuais alcançaram 54% e 70%, respectivamente. Em relação ao sexo os problemas no 
estado de ânimo foram mais frequentes nas mulheres – a tristeza e depressão foram relatadas em 50% delas contra 30% 
dos homens. A ansiedade e o nervosismo foram citados por 60% das mulheres. Nos homens, as queixas chegaram a 43%. 
Para a psicoterapeuta Ana Beatriz Cintra, especialista no tratamento de depressão, ansiedade e síndrome do pânico, o 
cigarro é um mecanismo de fuga da ansiedade, atualmente causa pelos desdobramentos da pandemia e a expectativa criada 
pelas notícias que a cercam. “Os fumantes relatam que o cigarro acalma e é puramente psicológico porque a química do 
cigarro acelera o metabolismo e deveria ser ao contrário. É mais pelo ritual de fumar, porque ele se desconcentra de tudo 
o que está acontecendo e se concentra no ato de fumar”, afirma Cintra. 
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/05/pesquisa-aponta-que-343-dos-fumantes-aumentaram-o-consumo-de-cigarros-durante-a-pandemia-de-
covid-19.shtml Acesso em 03/09/2020 
 
Texto II
Mais de 86% dos adolescente de 13 a 17 anos conseguem 
comprar cigarro no comércio do país. É o que 
demonstrou a pesquisa conduzida pelo Instituto Nacional 
do Câncer (Inca) e publicada no Jornal Brasileiro de 
Pneumologia. 
Entre os estudantes de 13 a 17 anos que compraram 
cigarros regularmente nos 30 dias anteriores à pesquisa, 
81,1% adquiriram os produtos em lojas ou botequins, e 
não no comércio ambulante (camelôs). 
O estudo “Descumprimento da legislação que proíbe a 
venda de cigarros para menores de idade no Brasil: uma 
verdade inconveniente” constata que há um 
descumprimento da lei 10.702/2003 e do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, que proíbem a venda de cigarro 
para menores de idade. 
Segundo a co-autora do estudo, Tânia Cavalcante, o fato 
pode contribuir para que os jovens comecem a fumar 
cada vez mais cedo. A idade média de iniciação ao 
consumo regular de cigarros no Brasil é de 16 anos, 
segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 
2012, cerca de 5,1% dos adolescentes que têm entre 13 e 
17 anos fumavam. O índice subiu para 5,6% em 2015. 
Disponível em: https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-
controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo Acesso em 29/08/2020 
 
Texto III 
 
Fonte: Instituto do Câncer 
_________________________________________________________________________________________________________ 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater o tabagismo 
na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
 
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/05/pesquisa-aponta-que-343-dos-fumantes-aumentaram-o-consumo-de-cigarros-durante-a-pandemia-de-covid-19.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/05/pesquisa-aponta-que-343-dos-fumantes-aumentaram-o-consumo-de-cigarros-durante-a-pandemia-de-covid-19.shtml
https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo
https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-prevalencia-tabagismo
Curso de Redação – @comtevestibulares 2 | P á g i n a 
Ideias argumentativas que podem ser trabalhadas nesse tema 
 
 A influência midiática (apesar de não haver mais publicidade, há um enaltecimento indireto do cigarro no cinema 
e na música); 
 O fácil acesso por parte dos jovens (venda, varejo, lugares que descumprem a lei, adultos que facilitam a 
compra); 
 A intenção de pertencer e ser aceito em um grupo (muitos jovens começam a fumar para se socializar); 
 O uso do cigarro como forma de alívio do estresse e da rotina conturbada (intensificado ainda mais durante a 
pandemia); 
 A busca pelo conhecimento, o aprendizado pela experimentação, o gosto pela aventura, o juízo crítico pelo 
questionamento e a rebeldia contra os valores pré-estabelecidos pelos adultos. 
 
Repertório cultural 
 
Constituição Federal 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. 
Comentário: Você pode sim abordar a ideia de que o artigo 6º garante a saúde como direito ao cidadão e que isso 
vai contra os princípios morais e éticos quando se avalia o auto consumo de tabaco na sociedade, principalmente 
entre jovens (foco do seu tema). 
 
Art 3º, inciso IX, da Lei 9.294/1996 proíbe a venda de fumo, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos 
agrícolas a menores de 18 anos. 
Comentário: O artigo acima não faz parte da Constituição Federal. Tome cuidado se for usá-lo. 
 
No dia 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Criado há 33 anos por meio da Lei Federal 
7.488, a data normatiza o controle do tabagismo como um problema de saúde coletiva. A data reforça as ações 
nacionais de sensibilização e mobilização da população aos agravos à saúde, danos sociais, políticos, econômicos 
e ambientais causados pelo tabaco. 
 
Pesquisa publicada na revista científica britânica The Lancet mostra que o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de 
número absoluto de fumantes: são 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens. Apesar dos altos números, 
a boa notícia é que a porcentagem de quem fuma diariamente caiu entre 1990 e 2015 - passou de 29% para 12% 
entre os homens e de 19% para 8% entre as mulheres. 
 
A criação dos Cigarros Eletrônicos 
Inventado em 2003 pelo farmacêutico chinês Hon Lik, esses aparelhos estão ganhando cada vez mais popularidade 
em vários países. Tais dispositivos, também chamados de e-cigarettes ou vapes, usam componentes eletrônicos 
para aquecer líquidos compostos por sabores e nicotina. Eles fornecem aerossóis de nicotina e outros produtos 
químicos ao pulmão. Embora não haja regulamentação ou padrões universais obrigatórios sobre o conteúdo desses 
produtos, outros agentes costumam estar presentes, como maconha e derivadosde cannabis, que podem ser 
adicionadas à solução. Na maioria deles, o ato de soprar aciona um aquecedor, alimentado por bateria, que aquece 
o líquido e se transforma em vapor, que é inalado pelo usuário. Contudo, por ser um produto relativamente novo, 
ainda não se conhecem as reais consequências de seu uso em longo prazo. Sabe-se que o vapor gerado pelos 
cigarros eletrônicos contém substâncias potencialmente tóxicas, no entanto, os níveis de tais compostos são de 9 
a 450 vezes mais baixos, se comparados aos que foram encontrados nos cigarros combustíveis. Tais produtos vêm 
sendo utilizados pelos JOVENS, não como uma opção para quem deseja parar de fumar, mas sim como um 
instrumento que promove experiências iniciais com o uso do tabaco. Estudo realizado em escolas na Escócia revelou 
que “jovens nunca fumantes são mais propensos a fumarem cigarros se experimentarem um cigarro eletrônico”. 
Assim, muitos jovens que nunca fumaram estão usando e-cigarettes de forma recreativa, aumentando 
potencialmente o risco de início do tabagismo. 
 
 
Curso de Redação – @comtevestibulares 3 | P á g i n a 
Organização Mundial da Saúde 
Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Em se tratando do Brasil, o Ministério 
da Saúde afirmou, este ano, que nosso país reduziu em 38% o hábito de fumar nos últimos 14 anos. Entretanto, 
por aqui, ainda morrem 428 jovens por dia decorrente do consumo prolongado de produtos fumígenos, sendo o 
INCA. 
 
Instituto Nacional do Câncer 
fumar gera prejuízos graves à saúde do indivíduo, o que pode causar impactos sociais significativos. Isso é 
confirmado pelo Instituto Nacional do Câncer, que afirma que o cigarro é uma das causas de leucemia, câncer de 
pulmão, infarto e uma série de infecções respiratórias. Esses dados mostram que o tabagismo pode reduzir 
significativamente a qualidade de vida dos usuários - sobreviventes do câncer de pulmão, por exemplo, além de 
enfrentarem um tratamento doloroso, podem ter sequelas como fadiga e insuficiência respiratória crônicas. 
 
GRUPO SOCIAL TRUTH ORANGE 
Grupo de jovens que buscam fazer a diferença na sociedade. Eles acreditam que juntos, podem zerar o número de 
fumantes no mundo. As ações para combater o uso da nicotina giram sempre em torno de verdades (como o nome 
sugere) e criatividade, como jogos, brincadeiras, campanhas em redes sociais, ações esses que ao mesmo tempo 
que divertem a sociedade, as sensibilizam para a causa. Segundo pesquisa realizada por esse grupo, à cada 6 
segundos, uma pessoa morre no mundo por alguma causa relacionada ao cigarro. 
 
Um estudo realizado pelo grupo Truth Orange e publicado Jornal Washington Post, em 2017, revelou que 1 em cada 
3 fumantes, menores de 18 anos, começam a fumar influenciados por séries ou filmes. A mesma pesquisa apresenta 
o número de cenas em que aparecem personagens fumando em algumas séries. Em Stranger Things, série bem 
popular entre os jovens, foram 182 cenas, por exemplo. 
Comentário: O fato é que mesmo sem perceber, quem assiste a série, acaba assimilando as cenas de maneira 
errônea, glamourizando o fumo e aceitando de maneira normal uma prática que mata milhões de pessoas por ano. 
 
CINEMA 
Filme: Obrigado por fumar 
“Obrigado por fumar” conta a história e Nick Naylor, um lobista cuja função é propagar o hábito de fumar e difundir, 
pelos EUA, ideias que amenizam os impactos à saúde causados pelo tabagismo. A engenhosidade que Aaron Eckhar 
imprime ao personagem principal é tamanha que somos pegos idolatrando um homem que é pago para envenenar 
a sociedade. Tudo isso ocorre por conta da habilidade argumentativa e do teor de persuasão dos discursos de Nick. 
A distorção da “boa fé” (princípio jurídico segundo o qual se presume que as pessoas agem com boas intenções 
nas negociatas) é constantemente evocada e, para isso, o personagem se vale da ingenuidade e da ajuda de 
parlamentares. Uma verdadeira aula de sofismo a serviço do capital. 
 
DOCUMENTÁRIO 
Cigarro do Crime (2020) 
O documentário de João Wainer mostra o caminho que o tabaco ilegal percorre das fábricas paraguaias até as 
principais cidades do Brasil, onde é comercializado a um preço muito menor que os maços legalizados. Por ano, 
esse mercado clandestino fatura cerca de 10,9 bilhões, inclusive alimentando atividades ligadas ao crime organizado. 
 
Filme/Livro: O auto da compadecida, de Ariano Suassuna 
Tanto no livro, quanto no filme, é possível perceber a glamourização do fumo na sociedade. O cigarro é tido como 
símbolo, em diversas partes do ato, de poder, exaltação, prazer e charme. 
 
Biopolítica e disciplinarização da vida, conceitos abordados por Michel Foucault. 
Considerando o conceito Biopolítica, abordado por Michel Foucault, as questões que envolvem a regulação de 
determinadas substâncias químicas estão diretamente vinculadas ao que o autor chama de disciplinarização da vida. 
O surgimento de uma série de normas regulatórias funciona como um mecanismo de controle da sociedade. No 
entanto, Foucault relata que o poder soberano sempre defendeu o direito à vida apenas para as populações sob seu 
domínio. Dessa forma, haveria um controle voltado apenas para grupos específicos. Nesse contexto, a epidemia 
tabagística, consequência de um capitalismo que pouco valoriza a vida, está diminuindo nos países desenvolvidos, 
com as ações educacionais e programas de controle, e, simultaneamente, expandindo-se nos países 
subdesenvolvidos. Tal análise reflete a complexidade que é lidar com os movimentos do capital que preserva a vida 
Curso de Redação – @comtevestibulares 4 | P á g i n a 
de uns em detrimento da vida de outros. Assim, prevalece um discurso que menospreza vidas com poucas 
oportunidades de escolha e, ao mesmo tempo, utiliza-se delas para promover a venda de substâncias nocivas à 
saúde, como o tabaco e outras drogas. O grande investimento das empresas de cigarros é nos mercados dos países 
periféricos, que possuem baixa escolaridade e baixa renda. Fica garantido o lucro, tendo como alvo o endereço das 
populações “matáveis”. Diante disso, se o tabagismo tem aumentado nos países pobres, os mecanismos de 
combate a essa prática merece novas abordagens que incluam e valorizem também as vidas tidas como “menos 
relevantes”. 
 
Sociólogo francês Edgar Morin 
Segundo o pensador, os papéis sociais ainda não foram absorvidos na adolescência, pois, ao mesmo tempo em 
que se busca a autenticidade, sente-se a necessidade de fazer parte do todo social. Nesse sentido, pode-se afirmar 
que a personalidade social ainda não está totalmente desenvolvida. 
O caminho argumentativo, por meio desse teórico, é sustentar o argumento de que, sobretudo para o público jovem, 
é mais evidente o perigo da glamourização do uso excessivo do tabaco. 
 
Referência ao poema “Tabacaria”, escrito por Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. 
“Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los 
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos. 
Sigo o fumo como uma rota própria, 
E gozo, num momento sensitivo e competente, 
A libertação de todas as especulações” 
Comentário: O poema é imenso e não vale a pena ser escrito na redação, mas ser usado como referência, na 
comparação entre o jovem brasileiro e o Eu-lírico do poema. No poema é predominante o niilismo, o sentimento 
de revolta, o inconformismo, a desumanização, também, um deprimente vazio e a desilusão própria dos tempos 
pós-guerra e certo desleixo do português. No trecho acima, o Eu-lírico, assimila a sensação libertadora de acender 
um cigarro à libertação de seus pensamentos. A semelhança, nesse caso, se dá com o jovem, que na fuga da 
realidade, no enfrentamento dos problemas, nas fugas das cobranças sociais e pessoais, busca refúgio no cigarro, 
que psicologicamente, dá a ele a sensação de liberdade e conforto, evidenciando, porvezes, o vício e a dificuldade 
de lidar com os próprios problemas. 
 
O EXISTENCIALISMO 
O Existencialismo é uma forma de pensar que surgiu na filosofia durante os Séculos XIX e XX. Ele acreditava que 
o pensamento filosófico deveria estar centrado na experiência da existência humana no mundo. Busca, de forma 
sintética, o significado da vida e o encontro consigo mesmo. Isso só poderia ocorrer por vontade própria do 
indivíduo, responsabilidade pessoal e escolha. Ou seja, é pela própria consciência individual que os valores e 
propósitos são determinados. Provavelmente, você já escutou a máxima que define essa forma de pensar: “A 
existência precede a essência”. E o que isso significa? Para o Existencialismo, primeiro existimos e só depois nossa 
essência é construída por meio das escolhas que fazemos, tendo em vista que somos livres. Além disso, toda 
tomada de decisão é de responsabilidade do próprio indivíduo. Perceba que, se estamos fadados a escolher e a 
partir disso gerar consequências, vivemos inundados em um sentimento de angústia e ansiedade. Nossa liberdade 
de decidir gera incertezas o tempo inteiro, principalmente quando achamos que sabemos de algo e somos 
surpreendidos por uma situação que nos diz o contrário. A angústia vem da possibilidade de escolher e assumir a 
responsabilidade por cada escolha. No mundo moderno, todos os dias fazemos escolhas. Muitos indivíduos não 
conseguem lidar com a pressão que essa responsabilidade exerce, principalmente diante de uma cobrança muito 
forte. Sendo assim, bebidas alcoólicas e outras drogas surgem como uma oportunidade de se desligar dos 
problemas do mundo e relaxar em um momento de prazer. O perigo está lançado! Se tornar um dependente é um 
processo que pode começar desde o primeiro copo de álcool ou o primeiro contato com uma substância 
psicotrópica. 
 
Conceito de Hedonismo, na busca por prazeres imediatos. 
Substantivo masculino. ÉTICA. cada uma das doutrinas que concordam na determinação do prazer como o bem 
supremo, finalidade e fundamento da vida moral, embora se afastem no momento de explicitar o conteúdo e as 
características da plena fruição, assim como os meios para obtê-la. 
 
Sociedade do Espetáculo, obra do filósofo Guy Debord 
Curso de Redação – @comtevestibulares 5 | P á g i n a 
A causa desse uso do cigarro, é a tentativa individual de encaixar-se no discurso da necessidade de uma 
produtividade acima da média. Desse modo, o sujeito pode demonstrar traços severos de cansaço mental e físico 
ao praticar esse paradigma. Isso tem, como consequência, o uso de tabaco para atenuar esse empecilho com a 
intenção de aumentar seu desempenho, consequentemente, sobressair-se nesse parâmetro atual. Essa questão é 
comprovada pelo filósofo Guy Debord, em seu livro “Sociedade do Espetáculo”, o qual disserta que as pessoas 
buscam a melhor performance pessoal mediante a outrem. 
 
O tabagismo na arte pictórica 
A arte pictórica começou a interessar-se pela fumaça do tabaco após a descoberta da América em 1492, quando 
começou, ainda que com eventos alternativos, sua difusão inarredável na sociedade europeia. Na prática, a figura 
do fumante na arte pictórica sofre uma operação de elevação espiritual e aparece mitificada, nobre e 
magnificada. Portanto, as mensagens referentes à fumaça do tabaco, veiculadas através das obras pictóricas dos 
grandes artistas, contribuíram e influenciaram o comportamento dos usuários do tabaco em todas as suas formas. 
Comentário: interessante aqui você pensar na questão do glamour da época e como esse glamour ainda é presente 
na sociedade, porém, se apresentando não mais por pinturas, mas artes midiáticas, como filmes e séries. 
 
 
Ideias para a conclusão 
 
Agente: Ministério da Saúde ou a Organização Mundial da Saúde 
Ação: desenvolver campanhas de informação as quais denunciem os impactos negativos do cigarro para o indivíduo 
e para a sociedade. 
Meio/Modo: postagens nas redes sociais e de comerciais antitabagismo na televisão 
Detalhamento: explique as mídias tem um maior alcance social, principalmente entre os jovens 
Finalidade: consolidar a relação entre cigarro e experiências negativas, como as doenças causas pelo uso do 
cigarro. 
 
Agente: Ministério da Saúde 
Detalhamento: em parceria com os postos de saúde dos municípios 
Ação: promover campanhas socioeducativas a respeito do combate ao fumo 
Detalhamento da ação: focar principalmente em questões que envolvam a saúde mental da juventude, no que se 
refere às maneiras de se enfrentar um desafio, um problema, sem precisar recorrer ao uso do cigarro e seus 
derivados 
Meio/modo: mutirões compostos por profissionais da saúde 
Finalidade: levar mais conhecimento à população juvenil e evidenciar a importância de se debater sobre o tema.

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