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Citologia e Embriologia UNIDADE 3 1 CITOLOLOGIA E EMBRIOLOGIA UNIDADE 3 Olá, querido(a) aluno(a)! Iremos iniciar mais uma unidade da nossa disciplina e desvendar ainda mais o universo celular. Vimos na unidade anterior as principais características da célula eucarionte, abordando a estrutura da membrana plasmática e as principais características e funções das organelas, bem como o esqueleto de sustentação da célula. Vimos na primeira unidade que uma célula eucariótica é dividida em dois compartimentos distintos: o citoplasma e o núcleo celular. Como já abordamos as características estruturais das organelas, iremos tratar neste capítulo do núcleo celular como unidade básica das células eucarióticas. Neste capítulo, iniciaremos descrevendo a organização estrutural do núcleo interfásico e seu material genético, que apesar de sua simplicidade química, torna o DNA como o material básico dos genes. Em seguida, iremos estudar como ocorre a duplicação/divisão de uma célula, os tipos de divisão celular, bem como as características do ciclo celular. Por fim, iremos estudar o processo de diferenciação e desenvolvimento celular, para assim entender a grande diversidade celular. Você já reparou que para que todas as coisas funcionem corretamente é preciso que haja organização? É preciso que haja um comando, enquanto outras obedecem, como em um centro de comando? As células em nosso corpo, assim como de todos os organismos eucariotos, seguem essa organização e possuem seu próprio centro de comando: o núcleo. É primordial que você tenha em mente que a vida depende da capacidade das células em armazenar e transmitir as instruções genéticas necessárias para produzir e manter o organismo vivo. Essa informação hereditária é passada de uma célula-mãe para a célula-filha durante o processo de divisão celular e de geração por geração por meio de suas células reprodutivas. Essas informações são armazenadas dentro de cada célula viva em seus genes – região do DNA que controla uma característica hereditária de um organismo, determinando uma espécie, esse DNA fica armazenado dentro do núcleo celular. Partindo dessa idéia, vamos estudar a fundo as características celulares o núcleo e o processo de divisão celular. § Estrutura do núcleo interfásico: Como falamos anteriormente, a presença do núcleo é a principal característica que distingue uma célula eucarionte de uma procarionte. O núcleo, geralmente, é único e localiza-se no centro da célula, com exceção das células hepáticas que são binucleadas e das células musculares estriadas que apresentam vários núcleos. Geralmente a forma do núcleo acompanha a forma da célula e seu tamanho pode variar de acordo com o metabolismo e com o conteúdo do DNA da célula. A principal função do núcleo é armazenar a informação genética. Além disso, o núcleo controla o metabolismo celular através da transcrição do DNA nos diferentes tipos de RNA. No núcleo, ocorre também a duplicação do DNA. 2 Quando observado ao microscópio eletrônico, é possível observar no núcleo, as seguintes estruturas: envoltório nuclear (carioteca), nucleoplasma, a cromatina e os nucléolos (Fig 1.): Figura 1: Núcleo celular e seus constituintes (Fonte: http://estacaodoconhecimento.com.br/blog/ nucleo-e-divisao-celular/#.VL13AzTF8v4) O vídeo com duração de aproximadamente 3 minutos – Núcleo celular – encontrado no link: https://www.youtube.com/watch?v=beux6yzGzeQ, exibe de forma sucinta e objetiva os principais componentes do núcleo celular. Ao assisti-lo, você terá uma noção da localização e função dos principais componentes celulares, facilitando assim a compreensão de conhecimentos posteriores. O envoltório nuclear separa o conteúdo do núcleo do citoplasma, sendo responsável pela manutenção do núcleo como um compartimento distinto. De uma forma mais didática, pense num ovo, a casca é comparada ao envoltório nuclear. O envoltório nuclear é constituído por duas membranas concêntricas que não são contínuas, em alguns pontos, ocorre a fusão da membrana interna cm a membrana externa, levando ao estabelecimento dos poros, que são responsáveis por controlam o trânsito de macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma. Associados a esses poros são encontradas as nucleoporinas, que controlam e selecionam o trânsito de moléculas. Estima-se que os complexos de poro sejam constituídos por mais de 100 moléculas de nucleoporinas e que estas estão envolvidas no reconhecimento e transporte de moléculas entre o núcleo e citoplasma. Associada à superfície interna do envoltório nuclear, encontra-se a lâmina nuclear, que tem a função de manter a forma e dar suporte estrutural ao envoltório nuclear, como também é responsável pela ligação das fibras cromatínicas ao envoltório. Além disso, essas lâminas vão desempenhar importante função no processo de desorganização nuclear durante a mitose, sendo reorganizadas no final e reconstituindo o envoltório nuclear. O nucleoplasma é uma solução aquosa de proteínas, RNAs, nucleosídeos, nucleotídeos e íons, onde estão mergulhados os nucléolos e a cromatima. São encontradas no nucleoplasma várias enzimas envolvidas com a transcrição e com a duplicação do DNA, como as RNA-polimerases, DNA-polimerase, entre outras. São encontrados também dispersos no citoplasma os proteossomos que, são agregados protéicos envolvidos com a degradação das proteínas, principalmente as proteínas envolvidas no controle celular. 3 Nas células eucariontes, o DNA está complexado com proteínas específicas, constituindo o que chamamos de cromatina. Dessa forma, o material genético, nas células eucariontes, encontra-se na forma de cromatina. Apresenta organização bem dinâmica, pois se altera de açodo com a fase do ciclo celular e com o seu grau de atividade. No núcleo interfásico, a interfase é um período sem divisão, em que as células desempenham diferentes funções, com um alto nível de especialização, a cromatina se apresenta compactada e/ou descompactada, todavia, no núcleo em divisão, a cromatina está altamente compactada, constituindo os cromossomos. Dessa forma, cromatina e os cromossomos representam dois aspectos morfológicos e fisiológicos da mesma estrutura. De acordo com o tipo celular, a cromatina pode apresentar-se disposta dentro do núcleo sob várias formas, variando também o seu grau de condensação. Além disso, a mesma célula pode apresentar cromatina com vários graus de condensação, de acordo com seu estágio funcional e com o estado de diferenciação em que se encontra, este estado de condensação da cromatina tem um significado funcional importante. Estudos com microscópio de luz revelaram, no núcleo interfásico, dois padrões distintos de coloração da cromatina: uma porção de coloração intensa, a heterocromatina, e outra, menos corada e mais homogênea, a eucromatina. Cerca de 10% da eucromatina encontra-se na forma de cromatina ativa, que é menos condensada, por outro lado, em um nível ainda maior de compactação, encontra-se a heterocromatina, que não é transcrita em RNA, permanecendo inativa. É na forma de cromatina ativa que o DNA se expressa na célula, pois apenas nessa forma ele pode ser transcrito nos diferentes tipos de RNA. O processo de transcrição ocorre somente durante a interfase, sendo interrompido na divisão celular. Desse modo, o material genético é organizado de modo que diferentes estados de compactação sejam mantidos lado a lado, possibilitando a ocorrência de alterações cíclicas no nível de compactação da cromatina entre a interfase e a divisão, e entre as diferentes fases da vida da célula. Para que o material genético seja transportado de maneira mais fácil, a cromatina enrola-se (enovela-se) formando a estrutura conhecida como cromossomo, visível à microscopia óptica comum (Fig. 2). Figura 2: Estrutura da cromatina (Fonte: http://professorthiagorenno.blogspot.com.br/2011/12/normal- 0-21-false-false-false-pt-brx.html) Acredito que você já tenha escutado a expressão – nucléolo - estessão estruturas nucleares esféricas não envolvidos por membrana, podendo variar de tamanho de acordo com o tipo celular e o estado funcional da célula. O nucléolo é o local de síntese do RNA ribossômico, assim, o tamanho dos nucléolos está, em geral, relacionado com a intensidade da síntese protéica que ocorre no citoplasma; são estruturas únicas, apesar de existirem núcleos com dois ou mais nucléolos. Os nucléolos são constituídos por proteínas e RNA ribossômico, apresentando também, 4 pequena quantidade de DNA, além das proteínas estruturais do nucléolo, são encontradas proteínas e RNAs que vão compor as subunidades ribossômicas que serão formadas no nucléolo. Vale salientar que a cromatina engloba todo o DNA nuclear que se encontra formando um complexo estável com proteínas básicas, as histonas. Acredito que a expressão DNA seja bem comum para você, mas afinal, o que é o DNA? A molécula de DNA (ácido desoxirribonucléico) consiste em duas longas cadeias polinucleotídicas, cada uma dessas cadeias de DNA é composta de quatro tipos de subunidades de nucleotídeos, e as duas cadeias são unidas por pontes hidrogênio entre as bases dos nucleotídeos. Os nucleotídeos são compostos por um açúcar de cinco carbonos aos quais estão ligados um ou mais grupos fosfato e uma base contendo nitrogênio. No DNA, o açúcar é o desoxirribose ligada a um único grupo fosfato e as bases são adenina, citosina, guanina ou timina. É importante que você compreenda que a estrutura do DNA fornece mecanismos para a hereditariedade, onde os genes contêm a informação biológica que deve ser copiada e transmitida com precisão quando as células se dividem para formar duas células-filhas. Para uma melhor compreensão da estrutura, função e replicação do DNA, recomendo que você assista ao vídeo: www.youtube.com/watch?v=5XOJREkLNBc, com duração média de 18 minutos, este vídeo deixará claro como ocorre o processo de replicação. Você irá perceber que o material genético de uma célula eucariótica está contido em um ou mais cromossomos, cada um formado por uma longa molécula de DNA única que contém muitos genes, quando um determinado gene que codifica uma proteína é expresso, parte de sua sequência nucleotídica é copiada em RNA, que então coordena a síntese de uma proteína específica. A capacidade de crescimento e reprodução é uma característica fundamental de todas as células. Nas células eucariontes, o processo de formação de novas células obedece a um ritmo cíclico que tem início com o crescimento celular, determinado por um aumento coordenado dos diversos tipos de moléculas que a célula possui, incluindo seu material genético, e tem seu término com a divisão do seu núcleo e citoplasma em duas células-filhas, assim ocorre novamente com a célula recém- formada ocasionando um crescimento exponencial. Para que você entenda de uma forma mais simples, uma célula se reproduz realizando uma sequência ordenada de eventos nos quais ela duplica seu conteúdo e então se divide em duas. Esse ciclo de duplicação e divisão é conhecido como ciclo celular. O processo de ciclo celular é o período que compreende as modificações ocorridas em uma célula, desde a sua formação até a sua próxima divisão em duas células- filhas, sendo essencial para o desenvolvimento normal e para a reposição de células do indivíduo, sendo caracterizada como o principal mecanismo pelo qual todos os seres vivos se reproduzem. Através desse processo, o corpo humano inicia sua existência a partir de uma única célula, o zigoto, a qual passa por duplicações celulares sucessivas. Os mecanismos de ação do ciclo celular variam de organismo para organismo e ocorrem em diferentes momentos da vida de um determinando organismo. A função básica do ciclo celular das células somáticas é duplicar todo o conteúdo de DNA nos cromossomos e, com precisão, separar essas cópias dentro de cada uma das duas células filhas idênticas. Mas como a célula faz isso? É primordial que você entenda que para ocorrer a reprodução celular, três questões 5 devem ser bem compreendidas: Como as células duplicam o seu conteúdo? Como estas células repartem o conteúdo duplicado e se separam em duas? Como essas células coordenam toda a maquinaria que é necessária para ocorrer os dois processos acima? Então, vamos lá responder a esses questionamentos! O ciclo celular pode ser dividido em duas etapas: a primeira que compreende o intervalo entre duas divisões sucessivas, em que a célula cresce e se prepara para uma nova divisão, a esta etapa dá-se o nome de interfase; a segunda etapa é a etapa da divisão propriamente dita, pela qual se originam duas células-filhas. Esta etapa é caracterizada pela divisão do núcleo, chamada mitose, seguida pela divisão do citoplasma, a citocinese (Fig. 3). Figura 3: Fases do ciclo celular (Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo11. php). A mitose é considerada morfologicamente a etapa mais espetacular do ciclo celular, é na interfase que ocorre a duplicação dos componentes da célula-mãe, além da duplicação do DNA, pré-requisito essencial para que a divisão aconteça. Dessa forma, nas células eucariontes, a duplicação do DNA está situada em um período intermediário da interfase e não ocupa toda essa fase. Após alguns estudos e por uma maneira mais didática, a divisão do ciclo em quatro fases distintas, que foram chamadas G1, S, G2 e M. A sequência desses eventos está ilustrado na figura 3. Vale lembrar a você, que tempo médio total das fases celulares varia de célula para célula, dependendo também das condições fisiológicas em que a célula se encontra, como idade celular, disponibilidade de hormônios e de fatores de crescimento, temperatura e outros fatores. Mas de um modo geral, o ciclo dura cerca de 12 horas, em tecidos de mamíferos com crescimento muito rápido, e 24 horas, em outros com crescimento mais lento. A fase G1 é a de duração mais variável, podendo variar de célula para célula, pois é o período mais influenciado por fatores externos. A fase G2, em geral, tem duração de 2 a 4 horas, já o período S dura de 7 a 8 horas. E por fim, a mitose dura mais ou menos 1 hora. Vamos estudar neste momento os eventos bioquímicos ocorridos em cada fase do ciclo celular, assim, recomendo que você faça a visualização do vídeo encontrado no link: www.youtube.com/watch?v=9bLQegsYoFk, com duração média de 10 minutos para melhor compreender os processos que serão explicados abaixo. 6 Durante muitos anos, acreditava-se que na interfase ocorria apenas o evento de replicação do DNA e relacionava os outros períodos apenas como períodos de repouso celular. Porém, hoje se sabe que a interfase é uma fase de intensa atividade metabólica, sendo responsável pelo crescimento contínuo da célula e por coordenar mecanismos de controle cruciais para o desenvolvimento organizado dos ciclos de crescimento, replicação e divisão celular. Como exemplo, saiba que durante toda a interfase ocorre a síntese de RNAs e de proteínas. Para entender os processos ocorridos durante a interfase, veja o vídeo no link: www.youtube.com/watch?v=0f9ajT38oIg, este vídeo de aproximadamente 8 minutos irá permitir que você entenda os processos que serão descritos a seguir. O período G1 é o período em que reinicia a atividade de síntese de RNA e de proteínas, que estava interrompida durante a mitose. Como consequência, nessa fase ocorre um aumento marcante do citoplasma nas células recém-formadas. No início da fase G1, em resposta a sinais externos, a célula pode continuar o ciclo celular, passando para a fase seguinte, ou pode assumir um estado quiescente, chamado G0. Essas células são desprovidas de fatores de crescimento e mantém um metabolismo baixo. Desse estado, a célula pode voltar ao ciclo, mediante estímulo (hormônios de crescimento ou estímulo mecânico, como lesão), que atuam como controladores internos do ciclo, agindo na indução ou bloqueio da progressão do ciclo. A célula retorna ao ciclo, em umponto anterior ao ponto de restrição (R), que é um importante ponto de controle do ciclo celular que existe no final de G1. O ponto de restrição impede a progressão do ciclo em condições desfavoráveis ou insatisfatórias. Quando o ponto R é ultrapassado, a célula atravessa as demais fases do ciclo até que duas células-filhas idênticas sejam formadas ao final da mitose. Se a célula continuar o caminho da divisão celular, esta irá entrar na fase S. No período S, ocorre a duplicação do DNA. É um ponto de não retorno do ciclo, que leva necessariamente à mitose. A duplicação do DNA, que acontece na fase S, ocorre de modo semiconservativo, isso é as cadeias da dupla hélice de DNA se separam e, a partir de cada uma delas, é sintetizada uma nova cadeia, duplicando a molécula original, num processo chamado de replicação. Entenda que toda célula eucariótica diplóide inicia seu ciclo em G1, com uma quantidade de DNA igual a 2C, ao passar pelo período S e ter seu material genético duplicado passa a ter 4C, e assim permanece até a fase do ciclo em que é igualmente repartida para as duas células-filhas. Nesse período também é observado os primórdios de novos centríolos sendo formado perpendicularmente a cada membro do par de centríolos existentes na célula. No último período interfásico, o período G2, é o período em que ocorrem os preparativos necessários para a próxima mitose, porém, nem todos são conhecidos. Ocorre discreta síntese de RNA e de proteínas que são essenciais para a mitose. É observado ainda nesta fase o acúmulo e ativação do fator promotor de maturação (MPF), considerado o regulador geral da transição de G2 para mitose, induzindo a entrada na célula em mitose e sendo responsável por quatro eventos: 1) condensação cromossômica; 2) ruptura do envoltório nuclear; 3) montagem do fuso mitótico e; 4) degradação da proteína ciclina. 7 Depois que a célula passa pelos três períodos da interfase, o núcleo entra no processo de divisão celular propriamente dita, a mitose. De acordo com as principais alterações morfológicas e a movimentação dos cromossomos durante o processo de divisão, a mitose é dividida em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Para maiores informações sobre as características celulares de cada fase, recomendo a leitura do livro-texto da página 184 à 188, além da visualização do vídeo: www.youtube.com/watch?v=AFE7X1vdzc4, com duração de 10 minutos. Este material irá ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Em todas as células eucariontes, alguns momentos do ciclo são considerados cruciais para seu controle, sendo cada um deles regulado por diferentes classes de uma família de proteína-quinase, denominadas quinase dependentes de ciclina (Cdks), uma proteína quinase que tem atividade básica a fosforilação de proteínas que desencadeiam ou regulam os principais eventos do ciclo. Além disso, as fases da interfase têm período duração constantes para as células de diferentes tecidos de uma mesma espécie. Os tecidos apresentam células com ciclo celular diferentes, essas variações são influenciadas por fatores extracelulares, os fatores de crescimento. Dessa forma, entenda que a proliferação celular é rigorosamente controlada por fatores gênicos responsáveis pela regulação das funções de proteínas celulares envolvidas com eventos do ciclo celular, sobre os quais atuam, principalmente, promovendo fosforilações e desfosforilações, e assim, controlando a passagem por pontos cruciais do avanço celular. Para uma maior compreensão do mecanismo de ação desses fatores, é necessária a leitura do texto: http://www. ebah.com.br/content/ABAAAgPtkAK/ciclo-celular, onde você irá estudar as diferentes classes de ciclinas que atuam controlando a divisão celular. Vimos que ao final da mitose, são formadas duas células-filhas geneticamente idênticas e apresentando o mesmo número de cromossomos que a célula que lhes deu origem, caracterizada como uma célula diplóide (2n), porém, quando consideramos que o número básico de cromossomos de uma espécie seja haplóide (n) é necessário que essa célula entre em um novo processo de divisão celular para reduzir pela metade o número de cromossomos, esta divisão é chamada de meiose. A meiose é um processo de divisão celular que promove uma redução no número de cromossomos das células-filhas; A divisão meiótica possui aspectos especiais, pois consiste em duas divisões sucessivas, que resultam em células germinativas com um padrão cromossomal que corresponde à metade da espécie. Para que ocorra a redução do número de cromossomos, é necessário que aconteçam duas divisões celulares sucessivas (a meiose I e meiose II) após uma única duplicação do DNA, que deve ocorrer durante o período S anterior à primeira divisão, este período e mais longo que o período S que antecedem a mitose. Para facilidade de estudos, cada divisão meiótica (I ou II), é dividida nas fases de prófase, metáfase, anáfase e telófase. Você pode ver mais detalhes sobre as características dessas fases no livro-texto da página 188 à 193, pode também visualizar o vídeo com duração de 12 minutos: www.youtube.com/watch?v=v0iSRW2MXeY, com certeza, você irá aprimorar seus conhecimentos. Perceba então, que a principal consequência da meiose é propiciar às espécies uma grande variedade durante o processo evolutivo, permitindo que durante a divisão celular os cromossomos homólogos, emparelhem-se intimamente e efetuem um intercâmbio de material hereditário, resultando numa mista de genes parentais, o que leva, por sua vez, a um significativo aumento das combinações 8 genéticas. Com essa maior recombinação gênica, ocorre uma maior variabilidade dos tipos de gametas formados ao final de cada meiose, o que contribui com uma mais alta diversidade de organismos e favorece a maior adaptação evolutiva das espécies. É de extrema importância, que após a leitura do livro-texto, bem como do material disponibilizado acima, você comece a fazer uma comparação aprofundada dos processos de divisão celular, a mitose e meiose. O vídeo com duração de 27 minutos, disponibilizado no link: www.youtube.com/watch?v=V6X5Ywu2-EE, irá ajudá-lo a perceber claramente essas diferenças e perceber a importância desses processos celulares. Vimos que o processo de divisão celular permite o crescimento celular, além de uma maior variabilidade genética. Porém, no organismo complexo, ocorre uma intensa divisão de trabalho entre as células que constituem o corpo desses organismos. Essa distribuição, que consiste num processo de especialização das células, as quais passam a exercer, com grande eficiência, funções específicas. Os diferentes tipos celulares evoluíram após sucessivas transformações, a partir dos três folhetos embrionários. Algumas questões surgem quando tentamos esclarecer esses processos. Como um elevado número de células com funções distintas puderam evoluir? Quais foram os mecanismos que propulsionaram essas transformações? Vamos iniciar a resposta desses questionamentos verificando que a grande diversidade no desenvolvimento dos seres vivos requer a participação de mecanismos de modulação do comportamento de grupos celulares. Isto nos permite entender porque a organogênese em alguns aspectos é espécie-específica. O desenvolvimento de um organismo multicelular requer inúmeros processos de ordem celular que podem gerar novas formas de expressão celular. A proliferação celular, a diferenciação celular, a migração, a apoptose e a morfogênese são alguns dos processos que vão intervir no desenvolvimento de organismos. De uma maneira particular, a diferenciação aumenta muito a eficiência do conjunto, mas torna as células dependentes umas das outras, porém, cada célula especializada exerce com maior eficiência uma função específica. Assista ao vídeo com duração de 7 minutos sobre diferenciação celular: www.youtube.com/watch?v=cEnFiMLS2mk e perceba como esse processo ocorre na célula. Os numerosos tipos celulares que constituem animal adultoderivam de uma única fonte unicelular: o zigoto, provendo ao novo organismo toda a informação genética necessária para a formação dos diferentes tipos celulares que futuramente irão compor o organismo adulto, sendo, portanto, chamada de célula totipotente. Essas células totipotentes, são as células embrionárias, que tem a capacidade de se transformarem nos vários de células do corpo. Esse comando é iniciado ainda no início dos processos morfogenéticos (na fase de blástula e gástrula), onde ocorre a ativação de certos genes e inativação de outros, dando assim a capacidade das células seguirem diferentes rotas de desenvolvimento. Esse mecanismo é desencadeado graças à ação conjunta de fatores intracelulares e extracelulares. Porém, é necessário que você entenda que a diferenciação celular não se restringe apenas a embriões, mas ainda continua no organismo adulto. É importante que você também saiba que para que a diferenciação leve à morfogênese de órgãos normais, é necessário que, ao lado da proliferação e da diferenciação celulares exista 9 também a eliminação das células que não são mais necessárias, essa destruição programada destas células é de grande importância funcional. Essa morte celular programada recebe o nome de apoptose. Para reflexão e melhor compreensão do processo de diferenciação celular, veja o vídeo: www.youtube.com/watch?v=lQSEejmmcVw de 9 minutos e entenda esse mecanismo. Espero que você tenha percebido a complexidade funcional dessa célula, diante disso, te pergunto: E aí, você é a favor ou contra a utilização dessas células na medicina terapêutica? Vimos então, que os numerosos tipos celulares que constituem o animal adulto derivam de uma única fonte unicelular: o zigoto. Esta célula, por sua vez, foi formada a partir da união do espermatozoide com o ovócito, células altamente especializadas, formadas a partir da divisão meiótica durante processo de gametogênese (leia o livro-texto da página 194 à 203 e entenda como ocorre esse processo), verificamos assim a importante função da meiose para o organismo, visto que são ta responsáveis pela formação das células gaméticas, que, por sua vez, dão origem a um número variado de células. Prezado(a) aluno(a), nesta unidade você estudou as características estruturais do núcleo interfásico, vendo também as características ultraestruturais dos seus componentes: o envoltório nuclear, o nucleoplasma, a cromatina e o nucléolo, onde foi visto que o envoltório nuclear é formado por duas membranas, além de apresentar poros que regulam o intercâmbio de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. Viu também que o nucléolo é constituído por uma solução aquosa de proteínas, RNAs, íons, onde estão mergulhados os nucléolos e a cromatina, por conseguinte, vimos que cromatina é toda porção do núcleo que se cora e é visível ao microscópio de luz, onde é formado pelo DNA complexado com proteínas específicas, além de ver a constituição e importância do DNA. Já o nucléolo é uma estrutura nuclear esférica que dá lugar ao local de transcrição e processamento do RNA e montagem das subunidades ribossômicas. Em seguida, foi visto a importância do ciclo celular, compreendendo como um processo que garante à célula a capacidade de crescimento e reprodução, vendo as principais etapas do processo de divisão celular, mitose e meiose, entendendo que esse processo proporciona a célula sua proliferação e diversidade genética. Você viu também que as células apresentam alto grau de diferenciação, tornando-a especializada na execução de uma determinada atividade celular, existindo também mecanismos que garantem a eliminação das células que não são mais necessárias, o processo de apoptose. Por fim, foi visto que a meiose garante a formação das células gaméticas e como ocorre a formação desses, o processo de gametogênese. Diante de novos conteúdos, é de extrema e fundamental importância que você tenha feito a leitura do livro-texto, do guia de estudo, além da visualização dos vídeos relacionados acima, com isso, você irá resolver com facilidade as atividades propostas e alcançado com êxito os objetivos desta unidade. Falando em atividades, está na hora de realizá-las não é? Portanto, otimize seu tempo, escolha um bom local de estudo, revise o conteúdo e mãos à obra!
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