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PROVA DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS FORENSES E À CRIMINALÍSTICA 1 - Existem várias teorias que se propõem a conceituar a verdade. As teorias da correspondência vinculam a noção de verdade ao fato externo e ao conhecimento que temos dele, ao passo que as teorias epistêmicas relacionam verdade à noção interna que o sujeito pensante constrói sobre os fatos externos. Nesse sentido, na investigação criminal, as teorias da correspondência se adequam melhor a seus objetivos, não bastando ao investigador uma impressão ou intuição sobre os fatos investigados. Sobre as teorias da correspondência e as teorias epistêmicas, analise as seguintes alternativas e assinale a CORRETA. A) As provas, juntadas durante a investigação criminal, existem para firmar o vínculo entre os fatos e o conhecimento que se constrói sobre eles. B) As teorias da correspondência são mais adequadas ao trabalho do investigador, ao passo que as teorias epistemológicas são mais adequadas ao trabalho da acusação e do juízo. C) As provas existem apenas para corroborar a impressão que o investigador já construiu durante a investigação, pois sua experiência interna é fundamental. D) O desaparecimento do indivíduo X, desafeto declarado de Y, já condenado por um homicídio, é motivo para que o investigador tenha razoável certeza sobre a culpa de Y. 2 - As especificidades que particularizam a investigação criminal em relação as demais investigações se referem, sobretudo, à verdade e ao método, pois a investigação criminal é desenvolvida em função de um sistema jurídico-penal com finalidade própria, ou seja, a busca da verdade a respeito de um crime. No entanto, há limites normativos (legais) que condicionam os métodos da investigação criminal, não permitindo que qualquer método seja utilizado em busca de uma verdade a qualquer custo. Com relação às peculiaridades da investigação criminal, analise as seguintes assertivas e assinale a CORRETA. A) A investigação criminal pode, momentaneamente, se desvincular do sistema jurídico penal, a fim de facilitar a investigação. B) Os limites normativos referem-se apenas à fase processual, pois cabe ao juiz aplica-los. C) Os limites normativos podem ser flexibilizados em certos casos, desde que com a finalidade de se encontrar a verdade sobre o crime investigado. D) Embora os limites normativos possam limitar a atuação irrestrita do investigador criminal, são necessários na medida em que impedem abusos em nome da busca da verdade. 3 - O tipo penal tem para a investigação criminal, em um sentido científico, a relevância de uma hipótese legal previamente delimitada, a respeito da qual se deve concluir positiva ou negativamente, não se admitindo a inovação hipotética para sustentar uma tese fora dos parâmetros legais (PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal – Monografias. Coimbra: Editora Almedina, 2010, p. 74). Com relação aos pontos a que o investigador deve atentar, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) Ao investigador, é necessário analisar se o fato a ser investigado se adequa ao tipo penal previsto em lei. B) Ao investigador não é necessário conhecer a pena em abstrato prescrita pela lei. C) Cabe ao investigador se houve crime ou não, vinculando o órgão acusatório em sua decisão. D) O investigador deve concluir se houve crime e, nesse caso, já sugerir a pena ao juiz. 4 - A causa da investigação, seja geral, científica ou criminal, está em uma situação de indeterminação e dúvida, em que há um problema que precisa de solução, porém esta não é explícita, requerendo um caminho investigativo. Para tanto, há a constituição do problema, a formulação de hipóteses, a escolha de direções em que se pode verificar a veracidade das hipóteses, a aplicação do raciocínio e a verificação das hipóteses levantadas por meio da confrontação dessas com os dados coletados. Sobre o caminho da investigação, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: (V) A instituição do problema é fase essencial para a investigação, pois um problema bem enunciado é o primeiro passo para o encontro da solução. (V) Toda investigação começa com uma situação indeterminada, caso contrário não seria necessária. (V) As hipóteses são soluções em abstrato. (F) Na investigação criminal o tempo de duração, da investigação, é irrelevante, pois o importante deve ser encontrar o autor do crime. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A) V - V - V - F. B) V - F - F - V. C) V - V - F - V. D) V - V - F - F. 5 - A investigação criminal, atividade pragmática e zetética é uma pesquisa, administrada estrategicamente, com base em critérios de verdade e método limitados juridicamente por direitos e garantias fundamentais. É dirigida a obter provas sobre um crime, além de indícios sobre sua autoria, justificando o processo penal, tudo instrumentalizado sob uma forma jurídica estabelecida pela lei (PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal – Monografias. Coimbra: Editora Almedina, 2010, p. 86-87). Sobre características próprias da investigação criminal, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) Existem limites jurídicos e legais à investigação criminal, que não pode se utilizar de qualquer método em nome de direitos e garantias fundamentais. B) É possível uma reconstrução idêntica à realidade dos fatos passados, desde que a investigação siga os métodos corretos. C) A certeza deve permear a investigação, caso contrário ela não se sustenta. D) A investigação criminal tem de seguir os métodos científicos, caso contrário não pode ser considerada legítima. 6 - Nem sempre é simples proceder ao enquadramento do fato criminoso a sua tipificação legal. Por isso, em certos casos, tanto o investigador quanto a acusação e o juízo precisam escolher, dentro de um quadro de possibilidades, em qual tipo legal enquadrar um fato, processo a que podemos chamar subsunção. Sobre a verdade jurídica ser opinativa, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) A verdade opinativa impede a plenitude da defesa, pois esta não tem poder para contestar o enquadramento apresentado na denúncia. B) Significa que, em última análise, o que vale é a opinião da acusação ao oferecer a denúncia, desde que essa não contrarie as provas periciais. C) Essa afirmativa equivale a dizer que é opinativo enquadrar o fato comprovado em determinada modalidade, típica de definição legal do crime, em outra modalidade, ou até mesmo não enquadrar. D) Equivale a dizer que a verdade é definida pela opinião do juízo, ao emitir a sentença final. 7 - No âmbito da verdade fática, embora não seja o objeto fundamental da investigação, a autoridade investigante deve reunir elementos e à culpabilidade, seja porque não se podem dissociar do fato típico, estando intimamente ligado a este, seja porque interessam ao juízo de culpabilidade, por representar circunstâncias relevantes do fato principal, seja ainda porque pode interessar à possível defesa (PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal – Monografias. Coimbra: Editora Almedina, 2010, p. 133). A respeito da verdade fática, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) A investigação só é legítima quando todos os fatos criminosos são cabalmente comprovados. Do contrário, não se sustentaria a instauração de um processo penal. B) A investigação criminal não pode se limitar a reunir emaranhado de provas e fatos, necessitando concluir, com alguma interpretação, no sentido positivo ou negativo, acerca da tipicidade dos fatose dos indícios de autoria. C) A verdade fática na investigação criminal significa que a única verdade possível é a baseada na teoria da correspondência. D) A verdade fática limita-se aos fatos ocorridose investigados, sem outras correlações, pois qualquer interpretação significaria um juízo de valor por parte do investigador. 8 - O garantismo penal, termo utilizado por Luigi Ferrajoli, segundo o qual o poder punitivo do Estado deve ser limitado, reduzido ao mínimo. Essa contenção do poder punitivo se dá pelo princípio da legalidade, que norteia o garantismo, em que as garantias legais penais e processuais existem para evitar arbitrariedades contra a liberdade do cidadão. Sobre o garantismo penal, analise as assertivas seguintes e assinale a alternativa CORRETA. A) Quando é garantido um defensor ao acusado, os princípios do garantismo já são alcançados em sua integralidade. B) Caso se pretenda seguir a teoria do garantismo penal, a verdade real, ou substancial, e a formal se tornam incompatíveis. C) A verdade formal, presente no processo, não pretende ser a verdade, devido a estar condicionada em si mesma pelo respeito aos procedimentos e às garantias da defesa. D) O garantismo penal refere-se às regras aplicáveis ao direito penal, não se aplicando ao processo penal. 9 - O crime – objeto da investigação criminal – pode ser pesquisado por diversas ciências, dando-se a esse conjunto o nome de Ciências criminais, formada, fundamentalmente, pela Criminologia, a Política criminal e o Direito penal. Nesses termos, associe cada ramo das Ciências criminais com suas abordagens. I- Criminologia. II- Política criminal. III- Direito penal. (I) Ocupa-se da análise do delito, e do delinquente, como fenômeno individual e social, focando-se na dimensão fática do crime. (III) É um meio de controle social formal, apresentando-se como um conjunto de normas jurídicas que associam delitos e penas ou medidas de segurança. (II) Refere-se à transformação da experiência criminológica em opções estratégicas concretas do legislador e dos poderes públicos. A respeito das abordagens dos diversos ramos das Ciências criminais, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. A) III - II - I. B) III - I - II. C) I - II - III. D) I - III - II. 10 - Sobre limites impostos à investigação criminal em nome dos direitos fundamentais, analise as seguintes assertivas: I – Há limites para investigação criminal com base em denúncia anônima. II – Quanto aos direitos à imagem do investigado, pode a autoridade investigante dispor, ilimitadamente, na busca da resolução do fato criminoso. III – Existem limites quanto à identificação criminal, o que impede, por exemplo, que o investigado seja obrigado a fornecer material genético em investigação criminal. IV – Habeas corpus pode trancar o andamento de inquérito policial que investiga fato atípico, que não configura crime. Após a leitura das assertivas acima, assinale a alternativa CORRETA. A) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. B) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. C) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. D) Somente as afirmativas III e IV estão incorretas. 11 - A investigação criminal legitima o processo penal, por isso requer uma teoria jurídico- científica, que busca conferir maior certeza em relação ao crime, de um ponto de vista científico e maior segurança em relação ao autor do crime, de um ponto de vista jurídico. Para tanto, somente colhendo das ciências criminais e demais ciências se poderá desenvolver um método adequado de investigação. Quanto a sua finalidade, é dupla: uma externa, que consiste em justificar um processo penal, e uma interna, que consiste em buscar a verdade acerca dos fatos (PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal – Monografias. Coimbra: Editora Almedina, 2010, p. 86). Sobre a finalidade da investigação criminal, analise as seguintes assertivas e assinale a CORRETA. A) A investigação criminal justifica o processo criminal, servindo tanto ao órgão de acusação quanto ao acusado que se defende. B) A verdade absoluta dos fatos exatamente como ocorreram é alcançável pela investigação criminal, desde que se utilizem os métodos corretos. C) A investigação criminal é meio para subsidiar o órgão de acusação, não atendendo aos interesses do investigado. D) A investigação criminal existe, tão somente, para justificar a instauração do processo criminal. 12 - Além das técnicas de pesquisa em geral, que podem e devem ser usadas na investigação criminal, nesta se devem desenvolver e/ou aperfeiçoar técnicas próprias, tendo sempre em conta a ponderação entre o objetivo de maior eficácia da técnica e os limites que se encontram nas normas legais. Sob essa perspectiva, podemos observar que, entre as técnicas de investigação, há algumas que se encontram reguladas legalmente, com limites jurídicos de atuação ou certos requisitos essenciais à sua utilização (PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal – Monografias. Coimbra: Editora Almedina, 2010, p. 220). Sobre as técnicas de investigação criminal, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) Como técnicas periciais, podemos considerar a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos. B) Dentre as técnicas previstas na Lei 12.850/13, (Lei das organizações criminosas), podemos considerar a colaboração premiada, como técnica C) A prisão, em certos aspectos, pode ser considerada técnica de obtenção de provas, quando não houver outro meio de obtê-la e sempre subordinada a critérios de razoabilidade. D) As buscas, pessoal e em veículo, por exigirem autorização judicial prévia, se caracterizam como técnica juridicamente condicionada. 13 - Embora a autoridade investigante tenha limitações em seu poder de decisão no processo penal, limitando-se a indiciar ou não o investigado após a investigação, é necessário que ela faça interpretação jurídica dos fatos (subsunção), a fim de concluir a investigação. Sobre a necessidade da interpretação jurídica exercida pela autoridade investigante, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) O enquadramento dado pela autoridade investigante ao fato investigado é irreversível, não podendo o órgão acusador ou o juízo decidirem diferentemente. B) A autoridade investigante precisa, necessariamente, optar pela existência de um crime ao final de uma investigação. C) A interpretação jurídica dos fatos investigados pela autoridade investigante vincula o órgão acusador. D) A autoridade investigante precisa interpretar juridicamente os fatos investigados para concluir a investigação, afirmando pela existência, ou não, de um tipo penal. 14 - Um projeto de investigação criminal, assim entendido como caderno à parte da instrução jurídica formalizada, tem uma dupla função relevante: (a) como conjunto de elementos que estabelecem a hipótese da investigação, suas técnicas e estratégia de execução; (b) como memória da investigação, contendo elementos que permitem estabelecer a conexão entre as diversas diligências realizadas, o sentido probatório dos dados reunidos e a indicação implícita do que falta realizar (PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da investigação criminal – Monografias. Coimbra: Editora Almedina, 2010, p. 214). Considerando as etapas do projeto de investigação criminal, relacione os conceitos com suas descrições: (1) Pré-compreensão do problema. (2) Hipótese legal do crime. (3) Indicação dos dados existentes. (4) Técnicas a serem utilizadas. (5) Arbitramento dos custos. (3) Tendo em conta sua natureza probatória em relação à hipótese do crime exposto preliminarmente, seguida da indicação de dados faltantes, considerando os vazios do problema, ainda com referência à hipótese legal, bem como de uma hipótese especulativa sobre o modus operandi e a autoria. (5) Ainda que não calculados numericamente, mas desde já considerando a necessidade de envidar esforços no sentido de obterrecursos juntamente à administração da entidade a que se encontra subordinado. (1) Exposta sucintamente e em termos simples, englobando apresentação, justificativa e objeto da investigação. (4) Dentro de um esquema preliminar de diligências necessárias à obtenção dos dados essenciais ao preenchimento dos vazios do problema identificado, tendo em conta as hipóteses suscitadas. (2) Com qualificação preliminar do tipo penal, em tese, segundo noticiado inicialmente, devendo haver uma clara exposição de seus elementos essenciais, baseado na teoria jurídica do crime. A sequência CORRETA de cima para baixo é: A) 1-2-4-3-5. B) 2-5-4-1-3. C) 3-5-1-4-2. D) 5-3-2-4-1. 15 - Seguindo a linha de pensamento de Luigi Ferrajoli, há motivos para a verdade formal no processo se resumir a uma verdade aproximativa, o que impede a correspondência absoluta, estando, entre essas razões, a verdade fática e a verdade jurídica. A verdade fática trata de uma verdade relativa a proposições que falam de fatos passados, não diretamente acessíveis à experiência, é uma verdade “histórica”, porque não admite verificação experimental direta; já quanto à verdade jurídica, pode-se dizer que é “classificatória”, pois refere-se à “classificação ou qualificação dos fatos históricos comprovados conforme as categorias subministradas pelo léxico jurídico e elaboradas mediante a interpretação da linguagem legal (FERRAJOLI, 2002, p. 43). Sobre os limites da verdade no processo, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: (V) Dizer que a verdade fática é histórica, refere-se ao fato de que os fatos já ocorreram e não é possível a reconstituição exata. (V) O enquadramento do fato “morte de X” ao verbo “matar” presente no código penal refere- se a uma verdade jurídica. (F) O fato de a verdade processual ser formal, aproximativa e relativa impede qualquer juízo de certeza razoável no processo penal. (V) A verdade do processo penal é relativa. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. A) V - V - F - V. B) F - V - F - V. C) V - V - F - F. D) V - F - V - V. 16 - A autoridade investigante tem um poder limitado em relação ao processo, pois deve, ela, se limitar à verdade que concerne ao fato (tipicidade) e à norma (ilicitude), e o ato de indiciar ou não, fica à cargo da autoridade investigante, embora isso não vincule a acusação. Já o aspecto da culpabilidade será analisado pelo juiz no processo penal. Sobre o poder de decisão da autoridade investigante, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) A autoridade investigante tem poder de decisão sobre a aplicação da pena. B) Cabe à autoridade investigante decidir sobre a culpabilidade do investigado. C) A autoridade investigante só pode decidir sobre a tipicidade dos fatos. D) Cabe à autoridade investigante decidir sobre o ato de indiciamento. 17 - O método é muito importante em qualquer investigação, seja geral, científica ou criminal. No entanto, na investigação criminal há limites impostos a seus métodos, em nome dos direitos fundamentais assegurados. Trata-se, assim, de interferência legal sobre os métodos. Relativamente a direitos fundamentais e implicações no método da investigação criminal, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) A interferência legal sobre os métodos da investigação criminal impede que o investigador alcance sucesso na busca da verdade, pois interfere em seu trabalho. B) Na investigação científica não há limites legais ou éticos quanto aos métodos utilizados, razão pela qual a ciência progrediu tanto nos últimos séculos. C) O conhecimento sobre os limites impostos aos métodos, em nome dos direitos fundamentais, é essencial ao investigador, pois uma consiste em garantia ao investigado e ao próprio investigador, impedindo-o de incorrer em atitudes ilegais. D) Historicamente, sempre houve limitações constitucionais e legais sobre os métodos utilizados em uma investigação criminal. 18 - Só é possível a verificação empírica de um delito se, antes, uma convenção legal estabelecer, com exatidão, quais fatos devem ser considerados crimes. A tipificação dos delitos atende ao princípio da legalidade, é uma garantia ao cidadão, e somente pode ser estabelecida pelo legislador, que cria a lei penal. Na lei, anterior ao crime, além da descrição abstrata que compõe o tipo, é necessário o estabelecimento da pena. Sobre a tipificação dos delitos, analise as seguintes assertivas e assinale a alternativa CORRETA. A) A tipificação atende ao princípio da legalidade, ainda que não estabeleça a pena em abstrato. B) Excepcionalmente, o órgão de acusação pode estabelecer um tipo criminal. C) O juiz pode complementar a tipificação ao analisar o caso concreto. D) Uma das funções da tipificação é a proteção de bens jurídicos. 19 - As sociedades elegem alguns bens jurídicos para proteger, por isso algumas atitudes e omissões são consideradas criminosas, em detrimento de outras. Atendendo ao princípio da legalidade, há tipificação anterior de condutas reprováveis que, quando ocorrerem como fatos, poderão ser punidas. I- Fato do crime. II- Tipo do crime. III- Bem jurídico. (II) Refere-se à convenção legal exata, anterior ao delito, em que se descreve quais fatos empíricos serão considerados crimes. (III) Refere-se aos valores que a sociedade e o Estado escolheram proteger ao se estabelecer os tipos criminais. (I) Refere-se ao efeito material que a ação criminosa gerou, ao fato criminoso em si. A respeito do significado de alguns de alguns termos essenciais do Direito Penal, que devem ser compreendidos pelo investigador criminal, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. A) II - III - I. B) II - I - III. C) I - II - III. D) III - I - II. 20 - Há diversas concepções de ciência, que não se esgotam neste enunciado. A concepção de ciência, como demonstração, funda-se em uma compreensão segura, fundada somente na razão, que idealizou na matemática uma ciência perfeitamente indutiva, sem a necessidade de recursos à experiência ou à indução. Já a concepção de ciência como descrição, baseia-se na observação de fatos e inferências relacionadas a essa observação, não se admitindo objeções que não derivem de experimentos. A concepção de ciência como corrigibilidade, menos dogmática, pressupõe a falibilidade do conhecimento humano, sem pretensões de garantia absoluta. Haveria, assim, um constante processo de correção e de busca de provas mais adequadas. Ainda, há a concepção da ciência como solução de problemas, em que estes oferecem às perguntas, e às teorias formuladas, as respostas. A respeito das diversas concepções de ciência, julgue as assertivas seguintes e assinale a alternativa CORRETA. A) A concepção de ciência como solução de problemas pode ser aplicada à investigação criminal. B) A investigação criminal prescinde de qualquer concepção de ciência, pois só trabalha com fatos. C) A concepção da ciência como corrigibilidade não pode ser entendida em conjunto com outras concepções. D) A concepção de ciência como demonstração pode ser plenamente aplicada à investigação criminal.
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