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NEUROANATOMIA FUNCIONAL CAPÍTULO 2-EMBRIOLOGIA, DIVISÕES E ORGANIZAÇÃO DO SIST NERVOSO

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NEUROANATOMIA FUNCIONAL 
CAPÍTULO 2: EMBRIOLOGIA, 
DIVISÕES E ORGANIZAÇÃO 
GERAL DO SISTEMA NERVOSO
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
Ectoderma: em contato com o meio externo. 
Folheto que dá origem ao SN. 
Espessamento do ectoderma acima da 
notocorda→forma placa neural. 
Ação indutora da notocorda e do mesoderma → 
influencia na formação da placa neural e do tubo 
neural. 
Crescimento da placa neural → se espesssa → 
formação do sulco neural > se aprofunda e forma 
goteira neural. 
Fusão dos lábios da goteira neural → tubo neural. 
Ectoderma indiferenciado se fecha sobre o tubo neural 
→ isola do meio externo. 
Formação da crista neural = lâmina longitudinal 
formada a partir de células que se desenvolveram no 
encontro do ectoderma contra os lábios da goteira 
neural. 
Está situada dorsolateralmente ao tubo neural. 
 
 
 
Crista Neural 
 
Dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, 
além de elementos não pertencentes ao sistema 
nervoso. 
 
São continuas no sentido craniocaudal. 
 
Dividem-se → fragmentos → formam gânglios 
espinhais → onde se diferenciam os neurônios 
sensitivos pseudounipolares, neurônios cujos 
prolongamentos centrais se ligam ao tubo neural, 
enquanto os prolongamentos periféricos se ligam aos 
dermátomos dos somitos. 
 
Diversas células da crista neural migram e originam 
células em tecidos que estão longe do SNC. 
Elementos derivados da crista neural: 
• Gânglios sensitivos; 
• Gânglios do sistema; 
• Nervoso autônomo (viscerais); 
• Medula da glândula supra-renal; 
• Paragânglios; 
• Mielanócitos; 
• Células de Schwann; 
• Células C da tireóide 
• Odontoblastos. 
Obs.: pesquisas mais recente demonstraram que 
algumas estruturas tidas como derivadas do 
ectoderma na realidade se originam da crista neural, 
como a dura-máter, a aracnóide e algumas partes do 
crânio. 
 
 
 
Tubo Neural 
Dá origem a elementos do sistema nervoso central. 
 
O fechamento da goteira (sulco) neural e, 
concomitantemente, a fusão do ectoderma não 
diferenciado: se inicia no meio da goteira neural e é 
mais lento nas suas extremidades. 
 
Logo, em determinados momentos, haverá tubo neural 
no meio do embrião e goteira nas extremidades. 
 
 
Neuróporo rostral e neuróporo caudal: dois 
pequnos orifícios que permanecem nas extremidades 
craniais e caudais, respectivamente. São as últimas 
partes do SN a se fecharem. 
 
Paredes do Tubo Neural 
 
Crescimento do tubo neural não é uniforme → origina 
formações diferentes: 
 
a) duas lâminas alares; 
b) duas lâminas basais; 
c) uma lâmina do assoalho; 
d) uma lâmina do tecto. 
 
 
 
Sulco limitante: separa as lâminas alares das 
laminas basais. 
• Pode ser identificado no SN adulto. 
• Separa formações motoras de formações 
sensitivas. 
• Áreas próximas: relacionam- se com a 
inervação das vísceras 
• Áreas mais afastadas: inervam territórios 
somáticos (músculos esqueléticos e 
formações cutâneas). 
 
Neurônios e grupos de neurônios ligados, 
respectivamente, à sensibilidade e a motricidade, 
situados na medula e no tronco encefálico: derivam 
das laminas alares e basais. 
 
Laminas alares: fazem conexão os prolongamentos 
centrais dos neurônios sensitivos situados nos 
gânglios espinhais. 
 
Laminas basais: diferenciam-se os neurônios 
motores. 
 
Lâmina do tecto: dá origem ao epêndima da tela 
corióide e dos plexos corióides, 
 
Lâmina do assoalho: permanece no adulto. 
Forma um sulco, como o sulco mediano do assoalho 
do IV ventrículo. 
 
Dilatações do tubo neural 
 
O calibre do tubo neural não é uniforme: há presença 
de dilatações. 
 
Parte cranial: 
• Dilatada 
• Dá origem ao encéfalo do adulto. 
• Constitui o encéfalo primitivo ou arquencéfalo. 
 
Parte caudal: 
• Dá origem a medula do adulto. 
• Calibre uniforme. 
• Constitui a medula primitiva do embrião. 
 
Encéfalo primitivo (arquencéfalo): há 3 dilatações, que 
são as vesículas encefálicas. 
 
• Prosencéfalo → dá origem ao telencéfalo e 
diencéfalo. 
• Mesencéfalo → não se modifica. 
• Rombencéfalo → dá origem ao metencéfalo 
e ao mielencéfalo. 
 
 
 
 
Telencéfalo: 
 
Apresenta duas vesículas telencefálicas laterais. A 
parte mediana é fechada anteriormente pela lâmina 
terminal (que é a parte mais cranial do SN). 
 
Essas vesículas crescem e formam os hemisférios 
cerebrais. Com o crescimento delas, a parte mediana 
e o diencéfalo ficam praticamente escondidos. 
 
 
 
 
Diencéfalo: 
 
Apresenta 4 divertículos: 
 
2 laterais: vesículas ópticas → formam a retina. 
1 dorsal → forma glândula pineal. 
1 ventral → forma o infundíbulo → forma a 
neurohipófise. 
 
 
Cavidades do tubo neural 
 
A luz do tubo neural permanece no sistema nervoso 
do adulto, sofrendo, em algumas partes, várias 
modificações. 
 
Luz da medula primitiva: forma canal central da 
medula ou canal do epêndima. 
 
Cavidade dilatada do rombencéfalo: forma o IV 
ventrículo. 
 
Cavidade do diencéfalo + parte mediana do 
telencéfalo: formam III ventrículo. 
 
Luz do mesencéfalo: permanece estreita e constitui o 
aqueduto cerebral (ou de Sylvius), que une o III ao IV 
ventrículo. 
 
Luz das vesículas teçencefálicas laterais: forma os 
ventrículos laterais 
 
Ventrículos laterais se unem ao III ventrículo pelos 
dois forames interventriculares (ou de Monro). 
 
Essas cavidades são revestidas por epêndima 
(epitélio cuboidal) e contém líquido cérebro-espinhal 
ou líquor (exceto o canal central da medula). 
 
Flexuras do tubo neural 
 
Ritmo diferente de crescimento = flexuras ou 
curvaturas no teto ou assoalho. 
 
1ª flexura a aparecer = flexura cefálica entre o 
mesencéfalo e o prosencéfalo. 
 
2ª flexura: flexura cervical entre a medula primitiva e 
o arquencéfalo. É determinada por uma flexão ventral 
de toda a cabeça do embrião na região do pescoço. 
 
3ª flexura: flexura pontina. Cresce em direção 
contrária às duas primeiras. Localizada no ponto de 
união entre o meta e o mielencéfalo. 
 
As 2 flexuras caudais se desfazem com o 
desenvolvimento do embrião. 
 
A flexura cefálica permanece e determina no encéfalo 
adulto um ângulo entre o cérebro e o restante do 
neuro-eixo. 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso, para fins didáticos, pode ser 
dividido de acordo com: 
• Critérios anatômicos 
• Critérios embriológicos 
• Critérios funcionais 
• Segmentação 
Divisão anatômica 
 
Não é uma divisão exata – nervos e raízes nervosas 
penetram o crânio e canal vertebral 
 
Ou seja, “partes” do SNP podem estar presentes no 
SNC. 
 
Ex.: Alguns gânglios estão localizados no esqueleto 
axial. 
 
Sistema Nervoso Central - SNC 
 
Localizado dentro do esqueleto axial: cavidade 
craniana + canal vertebral 
 
 
Encéfalo: situado dentro do crânio neural 
 
Medula: localizada dentro do canal vertebral. 
 
Encéfalo + medula = neuro-eixo. 
 
Encéfalo = Cérebro + Tronco Encefálico (mesencéfalo 
+ ponte + bulso) + Cerebelo 
 
Ponte: separa o bulbo (ou medula oblonga), situado 
caudalmente, do mesencéfalo, situado cranialmente. 
 
Dorsalmente à ponte e ao bulbo localiza-se o 
cerebelo. 
 
Sistema Nervoso Periférico - SNP 
 
Fora do esqueleto axial. 
 
Nervos: cordões esbranquiçados. Unem o SNC aos 
órgãos periféricos. 
 
Nervos cranianos: união dos órgão periféricos com o 
encéfalo. 
 
Nervos espinhais: união dos órgão periféricos com a 
medula. 
 
Gânglios: dilatações constituídas principalmente de 
corpos de neurônios. 
 
• Gânglios sensitivos x Gânglios motores 
viscerais 
 
Terminações nervosas: na extremidade das fibras 
que constituem os nervos. 
 
• Terminações nervosas sensitivas (aferentes) x 
terminações nervosas motoras (eferentes) 
 
Divisão embriológica 
 
 
 
SNC é nomeado de acordo com a vesícula primordial. 
 
Obs.: Os termos telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo 
são os mais empregados. 
 
Obs2.: Não existe uma designação anatômica que 
corresponda exatamente ao termo embriológico 
mesencéfalo. 
 
O termo istrno, às vezes empregado neste sentido, 
correspondemais corretamente à porção mais cranial 
da ponte, no limite com o mesencéfalo. 
 
 
 
Divisão Funcional 
Sistema nervoso da vida de relação = SN somático 
 
Sistema nervoso da vida vegetativa = SN visceral 
 
Os componentes somáticos e viscerais do sistema 
nervoso e suas subdivisões aferentes ou eferentes 
estão intimamente 
relacionadas. 
 
 
 
Sistema Nervoso Somático 
 
Relaciona o organismo com o meio ambiente. 
 
Apresenta um componente aferente e outro eferente. 
 
Componente aferente: conduz os impulsos originados 
em receptores periféricos aos centros nervosos, 
informando-os sobre o que se passa no meio 
ambiente. 
 
Componente eferente: leva aos músculos estriados 
esqueléticos o comando dos centros nervosos, 
resultando, pois, movimentos voluntários. 
 
Sistema Nervoso Visceral 
 
Relaciona-se coma inervação e controle das 
estruturas viscerais. 
 
Importante para a integração das diversas vísceras no 
sentido da manutenção da constância do meio interno. 
 
Componente aferente: conduz os impulsos nervosos 
originados em receptores das vísceras 
(visceroceptores) a áreas específicas do sistema 
nervoso. 
 
Componente eferente: leva os impulsos originados em 
certos centros nervosos até as vísceras, terminando 
em glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco. 
 
O componente eferente do sistema nervoso visceral é 
denominado sistema nervoso autônomo e pode ser 
subdividido em simpático e parassimpático. 
 
Divisão segmentar (Metameria) 
Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso 
segmentar e sistema nervoso supra- segmentar. 
 
A segmentação no sistema nervoso é evidenciada 
pela conexão com os nervos. 
 
Esta divisão põe em evidência as semelhanças 
estruturais e funcionais existentes entre a medula e 
tronco encefálico (segmentar) em oposição ao cérebro 
e cerebelo (supra-segmentar). 
Podem-se classificar os arcos reflexos em supra-
segmentares, quando o componente aferente se liga 
ao eferente no sistema nervoso supra-segmentar, e 
segmentares, quando isto se faz no sistema nervoso 
segmentar. 
 
Sistema Nervoso Segmentar 
 
Sistema nervoso periférico + partes do sistema 
nervoso central que estão em relação direta com os 
nervos típicos, ou seja, a medula espinhal e o tronco 
encefálico. 
 
Não existe córtex, e a substância cinzenta pode 
localizar-se por dentro da branca, como ocorre na 
medula. 
 
O sistema nervoso segmentar surgiu na evolução 
antes do supra-segmentar e, funcionalmente, pode-se 
dizer que lhe é subordinado. 
 
Sistema Nervoso Supra-segmentar 
 
O cérebro e o cerebelo pertencem ao sistema nervoso 
supra-segmentar. 
 
Os nervos olfatório e óptico se ligam ao cérebro, mas 
veremos que não são nervos típicos. 
 
A substância cinzenta localiza-se por fora da 
substância branca e forma uma camada fina, o córtex, 
que reveste toda a superfície do órgão. 
 
As comunicações entre o sistema nervoso supra-
segmentar e os órgãos periféricos, receptores e 
efetuadores, se fazem através do sistema nervoso 
segmentar. 
 
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL 
Os neurônios sensitivos (corpos estão nos gânglios 
sensitivos) → conduzem à medula ou ao tronco 
encefálico (sistema nervoso segmentar) impulsos 
nervosos originados em receptores situados na 
superfície (por exemplo, na pele) ou no interior 
(vísceras, músculos e tendões) do animal. 
 
Os prolongamentos centrais destes neurônios 
ligam-se diretamente (reflexo simples) ou por meio de 
neurônios de associação aos neurônios motores 
(somáticos ou viscerais), os quais levam o impulso a 
músculo ou a glândulas, formando-se, assim, arcos 
reflexos mono ou polissinápticos. 
 
Os neurônios sensitivos ligam-se a neurônios de 
associação situados no sistema nervoso segmentar. 
 
Estes levam o impulso ao cérebro, onde o mesmo é 
interpretado, tornando-se consciente e manifestando 
se como dor, por exemplo. 
 
O movimento reflexo se faz mesmo quando a medula 
está seccionada, o que, obviamente, impede qualquer 
sensação abaixo do nível da lesão. 
 
 
As fibras que levam ao sistema nervoso supra-
segmentar as informações recebidas no sistema 
nervoso segmentar constituem as grandes vias 
ascendentes do sistema nervoso. 
 
Ato motor voluntário: os neurônios do seu córtex 
cerebral enviam uma "ordem" por meio de fibras 
descendentes aos neurônios motores situados no 
sistema nervoso segmentar. 
 
Estes "retransmitem" a ordem aos músculos 
estriados, de modo que os movimentos necessários 
ao ato sejam realizados. 
 
A coordenação destes movimentos é feita pelo 
cerebelo, que recebe por meio do sistema nervoso 
segmentar informações sobre o grau de contração 
dos músculos e envia, por meio de vias 
descendentes complexas, impulsos capazes de 
coordenar a resposta motora. 
 
 
Adriely Panetto 82A 
Fonte: Neuroanatomia Funcional – Ângelo 
Machado – 2ª edição

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