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Direito Penal

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Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor(a). Douglas Vargas 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
 
Professor Douglas Vargas 
 
 
 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor(a). Douglas Vargas 2 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
 
Introdução à teoria do crime 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Introdução ..................................................................................... 3 
1.1 Capítulo 01: Teoria do Crime ..................................................... 4 
1.2 Capítulo 02: Conceito Analítico de Crime...................................08 
1.3 Capítulo 03: Fato Típico..........................................................10 
1.4 Capítulo 04: Antijuridicidade....................................................13 
1.5 Capítulo 05: Culpabilidade.......................................................15 
1.6 Capítulo 06: Sujeitos e Objetos da Infração Penal.......................18 
1.7 Capítulo 07: Outras Classificações dos Crimes............................22 
1.8 Capítulo 08: Iter Criminis........................................................28 
1.9 Capítulo 09: Questões Comentadas...........................................31 
 
Direito Penal 
http://www.pontodosconcursos.com.br/
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor(a). Douglas Vargas 3 
Introdução 
 
“Não tenha sonhos. Tenha metas.” – Harvey Specter 
Olá pessoal! 
Vamos começar sendo diretos: 
Chegou a hora de pausar a sua vida. 
 O edital chegou. O tempo urge. Como vocês sabem, o que o estudante 
possui de mais precioso é seu tempo livre – que com disciplina se torna tempo 
de estudo. Enquanto o edital não sai, tentamos definir nossas prioridades de uma 
maneira. Com o edital publicado, chega a hora de triplicar o foco, mudar um 
pouco as prioridades e deixar algumas coisas para depois – pois cada dia que 
passa é uma oportunidade perdida. 
Nesse raciocínio, o edital está aqui! Então sem dúvidas, é hora de mudar a 
postura. Se você sonha em ser servidor público, não perca essa oportunidade. 
Estude firme. Certa vez vi uma frase muito interessante no Instagram de um 
concurseiro: “Hoje é domingo – dia de furar a fila nos estudos.” E de fato, se você 
parar para pensar, quem estuda aos domingos? A resposta é simples: Os futuros 
aprovados. 
Então eu lhes peço, como alguém que já esteve aí, na mesma cadeira que 
vocês – e como alguém que continua nela, pois sempre há um sonho maior a ser 
alcançado: sacrifique temporariamente o que você gosta de fazer em prol do que 
você DEVE fazer nesse momento: estudar. Garanto que você não se arrependerá. 
Eu não me arrependo. 
Acredito que a chave da aprovação está em dois pilares: na dedicação do 
estudante e na qualidade do material. E é nesse ponto que eu espero ajudá-los. 
Entregando um material simples, completo, direto, que possa atender desde o 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor(a). Douglas Vargas 4 
estudante mais experiente ao que está enferrujado, começando hoje e que não 
se lembra de muita coisa. 
O resto é com vocês. 
Lembrem-se: Estude aos sábados. Estude aos domingos. Fure a fila! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
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“A melhor maneira de prever o futuro é criando-o.” 
Sobre o professor 
Pois bem prezados alunos. Em primeiro lugar gostaria de me apresentar. 
Considero que se torna muito mais interessante a leitura quando sabemos um 
pouco sobre quem está escrevendo. 
 Meu nome é Douglas de Araújo Vargas, tenho 29 anos, e sou Agente da 
Polícia Civil do Distrito Federal desde 2014. Guardo em meu currículo algumas 
aprovações, entre elas: 
 
• PCDF 2013 - Agente: 06º lugar; 
 PCDF 2013 – Escrivão: 24º lugar; 
• PRF 2013 - Agente: 350º lugar; 
• PMDF 2012 - Soldado: 36º lugar na prova objetiva; 
• PMDF 2017 - CFO: 11º lugar na prova objetiva; 
 Outras aprovações: Ministério da Integração, Ministério da Justiça, BRB, 
CEF. 
 
Bons resultados, certo? Mas não se deixe enganar: o primeiro concurso 
para o qual realmente me dediquei foi o de Agente PF 2012. Naquele certame, 
organizado pelo CESPE, meu resultado foi praticamente negativo (errei quase 
tantas questões quanto acertei...). Mas considero MUITO importante tocar nesse 
assunto, sabem por quê? Porque se eu consegui, vocês também 
conseguem. Eu não sou nenhum gênio dos concursos. Não sou aquele famoso 
concurseiro “que estudou duas semanas e passou”. Os resultados acima, apesar 
de não serem tão impressionantes como passar em 1º lugar para Juiz Federal, 
são fruto de muito esforço e me levaram ao sonho de ser nomeado, empossado 
e de atuar na área com a qual eu tanto sonhei. E é isso que eu desejo para vocês. 
 
Mas chega de papo. Mãos à obra! 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
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Sobre o curso 
Como vocês bem sabem, a organizadora do certame do TCE-SP é a 
VUNESP. Essa até que é uma boa notícia, haja vista que a banca trabalha muito 
com a literalidade da lei, sem apresentar muitas surpresas na hora da prova. 
Apesar disso, o edital veio totalmente picotado, cobrando basicamente um 
trecho da parte especial do Código Penal (crimes contra a fé pública, contra 
a administração pública, entre outros...) 
Enquanto essa é uma boa notícia para alunos mais experientes, pois reduz 
bastante o volume de estudos, tal escolha acaba prejudicando o candidato 
iniciante. Afinal de contas, como você vai entender bem os crimes em espécie 
sem conhecer o básico sobre o Direito Penal? 
Por esse motivo, em nossa aula demonstrativa vamos apresentar a teoria 
do crime e ensinar os conceitos básicos sobre o fato típico, antijurídico e culpável, 
de modo que você, mesmo que não conheça nada de Direito Penal, tenha uma 
base para estudar os crimes em espécie. 
Ao final, faremos uma aula bônus de exercícios VUNESP, para arrematar 
nossos estudos com o devido foco na organizadora. 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
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“Sempre parece impossível... até você conseguir. ” 
 
Capítulo 01 – Introdução à teoria do crime 
 
Crime, crime e crime. Quando se fala de Direito Penal, a palavra que mais 
repetimos é crime. Mas qual a definição jurídica de crime? E o que seria a 
chamada teoria do crime? 
 
Vamos começar pelo conceito de Zaffaroni: 
 
“A parte da ciência do direito penal que se ocupa de explicar o 
que é o delito em geral, quer dizer, quais são as características 
que devem ter qualquer delito. Esta explicação não é um mero 
discorrer sobre o delito com interesse puramente 
especulativo, senão que atende à função essencialmente 
prática, consistente na facilitação da averiguação da presença 
ou ausência de delito em cada caso concreto." 
 
Ou seja: A teoria do crime é a parte da ciência do Direito Penal responsável 
por explicar o delito e suas características. Simples assim. O que não é tão 
simples, no entanto, é o conceito de crime, que possui variações. Para efeitos de 
prova, você precisa conhecer três: o conceito FORMAL, MATERIAL e ANALÍTICO 
de crime. 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
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 Os conceitos material e formal de crime são bastante simples – e 
costumam ser cobrados pelo examinador em sua literalidade. Já o conceito 
analítico é muito mais complexo(você verá que 70% dessa aula tratará apenas 
dos elementos relacionados ao conceito analítico do crime). 
 Mas antes de seguir em frente, é necessário falar rapidamente sobre a 
chamada classificação das infrações penais. 
 
Classificação das infrações penais 
 
Sob o conceito formal, crime é uma transgressão da lei penal, conforme 
acabamos de estudar. 
E seguindo o ponto de vista formal, temos que classificar as infrações 
penais, o que pode ser realizado de duas formas: Através da divisão bipartida e 
tripartida. 
Em alguns países, principalmente no continente europeu, é adotada a 
divisão das infrações de forma tripartida, ou seja, em três conceitos: CRIME, 
DELITO e CONTRAVENÇÃO, sendo CRIME a categoria das condutas mais 
graves, e CONTRAVENÇÃO a categoria das condutas consideradas mais leves. 
• Do ponto de vista formal, crime é uma transgressão da norma
penal - ou seja, a prática de ato considerado ilícito pela lei penal.
Formal
• Do ponto de vista material, crime é um comportamento humano
capaz de lesionar ou de causar perigo a um determinado bem
jurídico protegido pela norma penal.
Material
• Do ponto de vista analítico, crime é o chamado fato típico,
antijurídico e culpável, como estudaremos a seguir.
Analítico
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
Prof. Douglas 
 
 
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Já em outros países, temos a adoção de uma divisão de forma 
bipartida, ou seja, em DOIS conceitos: CRIME e CONTRAVENÇÃO. 
 
No Brasil, o legislador adotou a postura bipartida, o que se 
pode notar facilmente com a leitura do Art. 1º da chamada Lei de 
Introdução ao Código Penal. Veja: 
 
Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina 
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer 
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; 
contravenção, a infração penal a que a lei comina, 
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou 
ambas. alternativa ou cumulativamente. 
 
Note que o legislador brasileiro nada fala sobre delito – apenas sobre crime 
e contravenções. Nesse sentido, a doutrina é que esclarece essa omissão, ao 
dizer que crimes e delitos, na legislação nacional, são sinônimos. 
 Ou seja, caro aluno: Falou de crime ou delito, estamos falando da 
mesma natureza de infrações penais. 
Certo. E como diferenciar crimes e delitos das contravenções penais? É 
bastante simples (e a explicação também consta do art. 1º da LICP): 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
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Dito isso, finalizamos nossos conceitos introdutórios sobre o crime. 
Passaremos agora para o próximo capítulo, onde será apresentado o conceito 
analítico de crime de forma detalhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Espécie do gênero Infração Penal.
• É a infração penal para a qual a lei comina pena de 
reclusão ou detenção.
Crime ou Delito
• Também é espécie do gênero Infração Penal.
• Infração penal para a qual a lei comina pena de 
prisão simples ou multa.
Contravenção Penal
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Introdução à Teoria do Crime 
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Capitulo 02 – Conceito Analítico de Crime 
 
Antes de falar sobre o conceito analítico de crime, precisamos entender que 
existem duas teorias utilizadas para defini-lo: As chamadas teorias bipartite e 
tripartite. 
Muito cuidado: Essas teorias não se confundem com as teorias bipartida 
e tripartida utilizadas para classificar a infração penal em crime, contravenção 
e delito. 
Apesar da nomenclatura parecida, não há ligação entre os conceitos, e é 
importante que você observe essa diferença desde logo. 
Mas vamos em frente. Vejamos a diferença entre as teorias bipartite e 
tripartite: 
 
 
 
 O crime, do ponto de vista analítico, é composto de elementos. E quais os 
elementos que o compõem é um fator que depende diretamente da teoria adotara 
na legislação de um determinado país. 
 Embora exista uma parte minoritária de nossa doutrina que encontre 
divergências sobre qual teoria é adotada no Brasil, para fins de prova, as bancas 
usualmente adotam a teoria tripartite. Ou seja, crime é fato típico + 
antijurídico + culpável. 
 Cada um desses elementos tem inúmeras peculiaridades. Você verá, ao 
longo da aula, que cometer um crime não é algo simples: inúmeros pré-requisitos 
tem que estar presentes para que o braço do Estado possa te alcançar e te punir. 
Teoria 
Bipartite
Fato Típico Antijurídico
Teoria 
Tripartite
Fato Típico Antijurídico Culpável
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
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 E agora que você já sabe o conceito básico, podemos passar ao primeiro 
dos elementos listados acima: O fato típico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
Introdução à Teoria do Crime 
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Capitulo 03 – Fato Típico 
 
 Desde já te adianto uma informação: A abordagem sobre o fato típico (bem 
como sobre a antijuridicidade e culpabilidade) que faremos nessa aula será 
introdutória. Cada um desses elementos merece uma aula a parte (tamanha sua 
complexidade e relevância). 
 Mas vamos para o assunto deste tópico: o fato típico propriamente dito. 
 
O fato típico é o primeiro dos componentes do crime, de certo 
que sem fato típico não há crime. É um elemento composto de 
quatro outros: Conduta (dolosa ou culposa, comissiva ou 
omissiva), resultado, nexo causal e tipicidade. 
 
 
 
 A definição acima é a chamada visão finalista do fato típico, a qual o 
divide nos quatro elementos citados. Você entenderá tudo mais claramente a 
seguir. Vejamos, em primeiro lugar, o conceito de cada um dos elementos do 
fato típico: 
 
 
 
•É um comportamento humano, voluntário e consciênte, que pode ser uma ação ou 
omissão.
Conduta
•Causado pela conduta, trata-se de uma modificação do mundo exterior.
Resultado
•Relação entre a conduta e o resultado (vínculo que demonstra que foi a conduta 
que causou o resultado obtido).
Nexo de Causalidade ou Nexo Causal
•Adequação entre a previsão legal e a conduta praticada pelo indivíduo.
Tipicidade
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A melhor maneira de entender esse conceito é com um exemplo prático. 
Veja só: 
 
Homicídio simples 
 
 Art. 121. Matar alguém: 
 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
 O homicídio é sem dúvidas, o exemplo mais corriqueiro e conhecido de tipo 
penal (estudaremos o conceito de tipo penal mais à frente). A norma prevê 
uma pena de 6 a 20 anos para aquele que matar alguém. 
 Nesse contexto, imagine que um indivíduo chamado Brody efetivamente 
mate seu inimigo Saul com um tiro. Tal evento nos levará – do ponto de vista 
analítico – a responder as seguintes perguntas: 
 
1. A conduta de Brody (matar alguém) se adequa ao texto da norma (matar alguém)? 
A resposta obviamente é sim. Quando isso ocorre, confirmamos que existe o primeiro 
elemento do fato típico: a tipicidade. 
2. A vítima (Saul) morreu ou correu o risco de morrer? Novamente a resposta é sim 
(sabemos que Saul morreu). A resposta afirmativa a essa pergunta demonstra que 
ocorreu o segundo elemento do fato típico: O resultado. 
3. O autor (Brody) perpetrou alguma ação ou omissão para realizar o que está descrito 
na norma (matar alguém)? Mais uma vez a resposta é afirmativa. Brody deu um tiro 
em Saul para matá-lo. Esse fato nos leva ao terceiro elemento do fato típico: A 
conduta. 
4. Por fim, foi a conduta (o tiro disparado contra Saul) que causou o resultado (sua 
morte)? Também sabemos que sim. Assimtemos confirmado o quarto elemento do 
fato típico: O nexo causal – relação entre a conduta e o resultado. 
 
Direito Penal 
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Veja que, ao responder as quatro perguntas afirmativamente, conseguimos 
comprovar que o indivíduo (Brody) praticou um fato típico, o que nos assegura 
a existência do primeiro dos três elementos que constituem um crime. 
 
Mas espere aí professor: Brody matou Saul, e pode ser que ele não 
tenha praticado um crime? 
 
Exatamente! 
 
Muitos alunos quando estão iniciando em matéria penal, acreditam que se 
o indivíduo praticar o que está escrito no Código Penal terá praticado um crime. 
Entretanto, essa é uma presunção errada. Não basta a tipicidade da conduta para 
que exista um crime. Como veremos ao analisar a antijuridicidade e a 
culpabilidade, é perfeitamente possível praticar um fato típico sem cometer 
crime! 
 
Inclusive, vamos em frente, para tratar justamente dela: A 
antijuridicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
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Capitulo 04 - Antijuridicidade 
 
 Jurídico é aquilo que é legal. Com isso em mente, veja que o termo 
Antijurídico, apesar de parecer complexo, significa nada mais nada menos que 
algo que é ilegal ou ilícito. 
 Nessa esteira, muitas bancas costumam dizer que crime é fato típico, 
ilícito e culpável. Essa afirmação está correta, posto que ilícito e antijurídico 
são sinônimos. 
 Com base nessa observação podemos seguir em frente. Conforme 
afirmamos ao analisar o fato típico, não basta o primeiro elemento da teoria para 
que o crime se configure. Precisamos ainda que existe antijuridicidade e 
culpabilidade. 
 A antijuridicidade, nesse sentido, nada mais é do que a manifestação da 
contrariedade entre o que foi praticado pelo agente delitivo e o que permite as 
leis e o ordenamento jurídico vigente. 
 
Professor, esse conceito parece muito abstrato. É possível simplificar? 
 
 Com certeza! Pense da seguinte forma: 
 
 A regra, em nosso país, é que todo fato típico é antijurídico. 
 A exceção a essa regra é que um fato típico, dependendo das 
circunstâncias, seja considerado lícito! 
 
E se o fato típico, de acordo com essas circunstâncias excepcionais, for 
considerado legal, não há que se falar em crime – pois faltará o segundo 
elemento da teoria tripartite. 
 
Vamos a um exemplo do qual eu gosto muito: 
 
Direito Penal 
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 No filme O Sniper Americano, uma das cenas mais fortes retrata o 
protagonista atirando e matando uma mulher e seu filho. Entretanto, o atirador 
faz isso apenas para salvar seus companheiros, contra os quais tanto a mulher 
quanto a criança tentam arremessar uma granada. 
 Nesse contexto, perceba que o sniper pratica um fato típico (na verdade, 
dois fatos típicos) de homicídio, haja vista que todos os pressupostos estão ali 
presentes (a conduta, o nexo causal, o resultado e a tipicidade). 
 Entretanto, ao agir na legítima defesa de seus companheiros, o 
ordenamento jurídico torna lícita a prática da conduta típica de homicídio. Ou 
seja: haverá um fato típico, porém tal fato não será considerado ilícito, e com 
isso não poderá ser considerado como crime! 
 Não se preocupe tanto com a legítima defesa e seus detalhes: é um assunto 
que merece uma aula em separado, pois é um conceito com muitas nuances. 
Aqui nosso objetivo é meramente entender o conceito analítico de crime, e sob 
esse prisma, basta que você entenda que, dependendo da situação, uma 
conduta típica não necessariamente será considerada como conduta criminosa. 
 Com esse assunto fora de nosso caminho, falta falar do terceiro elemento 
do crime: a culpabilidade. Vamos a ele! 
 
 
Direito Penal 
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Capitulo 05 - Culpabilidade 
 
 A culpabilidade é um conceito bastante diferente dos dois anteriores. 
Enquanto o fato típico está intimamente ligado com aquilo que é proibido e o que 
o agente praticou, e a ilicitude está ligada com a contrariedade entre os atos 
praticados e o ordenamento jurídico vigente, a culpabilidade trata de algo bem 
mais simples: A reprovabilidade da conduta do autor. 
 Assim como é possível que alguém pratique uma conduta típica de uma 
maneira que o ordenamento jurídico considera lícita, é possível que um indivíduo 
pratique uma conduta típica e ilícita, mas que é mais ou menos reprovável, 
a depender das circunstâncias que envolveram sua execução. 
 
 Este conceito é um pouco abstrato, mas ficará mais fácil de entender 
quando apresentarmos os elementos que compõem a culpabilidade. Vejamos: 
 
 
 
 O exemplo clássico da ausência de culpabilidade está na menoridade 
penal. Todos nós sabemos que, no Brasil, a responsabilidade penal completa 
começa aos 18 anos de idade. Antes disso, a criança e o adolescente (entre 12 
Imputabilidade
• Capacidade do agente de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.
Potencial 
Consciência da 
Ilicitude
• Possibilidade de que o agente
saiba que está praticando uma
conduta considerada ilícita pelo
ordenamento jurídico.
Exigibilidade 
de conduta 
diversa
•A ordem social faz com 
que se espere uma 
conduta diferente da que 
foi tomada pelo autor.
Direito Penal 
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e 17 anos) são considerados inimputáveis, ou seja, incapazes de entender o 
caráter ilícito de seus atos. 
 Assim sendo, um adolescente de 17 anos e 11 meses e 29 dias que vier a 
praticar um sequestro ou um roubo, praticará um fato típico e antijurídico, 
mas não cometerá crime – pois lhe falta a imputabilidade, um dos elementos 
da culpabilidade. 
 
 Entendendo o que é um tipo penal 
 
Agora que finalizamos a análise básica dos três elementos do crime, temos 
que abrir um breve parêntese para do conceito de tipo penal. 
Há pouco dissemos que a tipicidade é um dos elementos do Fato Típico, e 
que tal elemento se consolida na adequação entre o fato praticado e a previsão 
legal. 
Ao tratar sobre isso, citamos o art. 121 do CP, chamando-o de tipo penal: 
 
Homicídio simples 
 Art. 121. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
Pois é exatamente isso: a descrição de um fato ilícito ao qual a lei comina 
uma determinada pena é chamada de tipo penal. 
Colocando de uma forma ainda mais simples, pense da seguinte forma: Se a 
tipicidade é a adequação entre o que foi praticado pelo agente e o que foi escrito, 
a parte escrita nada mais é que o tipo penal! Simples assim. 
 
Mas é claro que não basta saber o que é um tipo penal. Para entender bem 
os crimes que podem cair na sua prova, é necessário entender que o tipo penal 
está dividido em duas partes, chamadas de preceitos: o primário e o 
secundário. 
 
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 Preceito Primário: Descrição do fato que, via de regra, é ilícito. 
 Preceito Secundário: É o chamado preceito sancionador, cuja função é 
cominar uma pena ao fato previsto no preceito primário. 
 
Ou seja, se tomarmos como exemplo o art. 121 do Código Penal, teremos 
o seguinte: 
 
 Preceito Primário: “Matar Alguém”. 
 Preceito Secundário: “Pena: Reclusão de 6 a 20 anos”. 
 
 
 Finalizando o assunto 
 
 Certo. Com essa abordagem introdutória, entendemos os conceitos de 
crime (tanto formalmente quanto materialmente e sob a forma analítica). 
Sabemos também que o conceito analíticode crime adotado pelas bancas 
é o que vem da teoria tripartite, a qual conceitua o crime como fato típico, 
antijurídico e culpável: 
 
 
 
 O que você não conheceu ainda são alguns outros conceitos também muito 
importantes para entender bem os crimes em espécie, tais como os sujeitos e 
objetos da infração penal, os quais estudaremos no capítulo a seguir! 
Fa
to
 T
íp
ic
o Soma da Conduta, 
Nexo de 
Causalidade, 
Resultado e 
Tipicidade. Il
ic
it
u
d
e Também chamada 
de Antijuridicidade 
ou ilegalidade.
É a contrariedade 
entre a conduta e o 
ordenamento 
jurídico. C
u
lp
ab
ili
d
ad
e Soma da 
imputabilidade, 
exigibilidade de 
conduta diversa e 
da potencial 
consciência da 
ilicitude.
Trata do juízo de 
reprovação da 
conduta do agente.
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Capítulo 03 – Sujeitos e Objetos da Infração Penal 
 
 Sujeitos da Infração Penal 
 
 Os sujeitos da infração penal se dividem em dois: Sujeitos Ativos e Sujeitos 
Passivos. 
 
Sujeito Ativo 
 
Sujeito ativo é o nome aplicado ao autor do delito – o indivíduo que 
pratica a infração penal propriamente dita. 
Este é um conceito que parece óbvio, mas que é muito importante, 
pois dele decorre uma categoria de delitos muito cobrada em provas: os 
crimes próprios. 
 
Crime Próprio 
 
 Diz-se próprio o crime que é praticado por pessoas 
específicas, expressamente determinadas pela legislação (exigem 
uma característica pessoal do autor para que se configurem). 
 
 
O exemplo que mais gosto de utilizar é o do delito a seguir: 
 
Omissão de notificação de doença 
 
 Art. 269 - Deixar o MÉDICO de denunciar à autoridade pública 
doença cuja notificação é compulsória: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 
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Veja que o legislador, no crime previsto no artigo 269 do CP, 
restringiu a prática do delito apenas aos médicos, ou seja – especificou 
quem pode ser o sujeito ativo daquela infração penal. Essa mudança no 
sujeito ativo transforma o crime no chamado crime próprio! 
 
Além disso, a determinação do sujeito ativo implica em uma outra 
classificação importante ao estudar os crimes em espécie. Veja só: 
 
 
 
 
Questão recorrente em provas de concursos é sobre a possibilidade da pessoa 
jurídica ser sujeito ativo de crimes. 
Saiba desde logo que a possibilidade de uma PJ responder criminalmente é aceita 
tanto pelo STF quanto expressamente prevista na Constituição Federal, para crimes contra o 
meio ambiente, crimes contra a ordem econômica e crimes contra a economia popular! 
 
Certo. Após essas breves observações, é hora de passar para a 
segunda espécie de sujeito: o sujeito passivo. 
 
 
 
Autor Executor
•Pratica o verbo principal 
da conduta criminosa.
•Exemplo: No homicídio, 
aquele que pratica a 
conduta que leva a vítima 
a óbito.
Autor Funcional
•Aquele que tem o 
domínio do fato 
criminoso, bem como de 
sua finalidade.
•Exemplo: Mandante do 
crime de homicídio.
Partícipe
•Indivíduo que concorre 
para o crime, auxiliando, 
induzindo ou instigando o 
autor executor.
•Exemplo: Amigo que 
empresta a arma para a 
prática de um homicídio, 
sabendo da intenção do 
autor.
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Sujeito Passivo 
 
Como não poderia deixar de ser, sujeito passivo é o ente ou pessoa 
que sofre as consequências do crime ou contravenção. Ele se divide da 
seguinte maneira: 
 
 
 
Como leciona Rogério Greco, “o Estado sofre todas as vezes que suas 
leis são desobedecidas”. Nesse sentido é que temos o sujeito passivo 
formal: o Estado sempre será considerado sujeito passivo de qualquer 
infração penal. 
Por sua vez o sujeito passivo material irá variar, de acordo com o 
crime praticado e o bem que for lesionado pela conduta do agente. 
Logo, em uma conduta de homicídio o bem jurídico (vida) lesionado 
estará relacionado a um determinado sujeito passivo (no caso, a vítima), 
enquanto que em uma conduta de furto o bem jurídico (patrimônio) 
lesionado estará relacionado a um outro sujeito passivo, mas em ambos 
os casos o sujeito passivo formal continuará sendo o Estado. 
 
 
Sujeito passivo formal: 
Também chamado de 
constante, é sempre o 
Estado.
Sujeito passivo material: 
Também chamado de 
eventual, é o titular do bem 
jurídico que foi ameaçado 
ou sofreu lesão.
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Questões recorrentes em provas sobre o sujeito passivo de um crime: 
1) É possível que uma PJ figure como sujeito passivo de alguns crimes; 
2) Mortos não podem figurar como sujeito passivo de crimes, nem mesmo de 
vilipêndio a cadáver; 
3) Regularmente o Estado é o sujeito passivo formal dos delitos, mas também pode, 
em casos específicos, ser o sujeito passivo material. 
4) Não é possível ser, simultaneamente, sujeito passivo e ativo de um crime. 
 
 
Objeto do crime 
 
Enquanto que o sujeito da infração penal se relaciona com a palavra 
quem (quem pratica e contra quem se pratica a infração penal), o 
objeto se relaciona com o que ou aquilo contra o que se pratica a infração 
penal. 
São duas as categorias de objeto do crime Material e Formal. 
 
 Objeto formal: É o interesse protegido pela norma. No caso do 
crime de homicídio, é a vida. No caso do roubo, a integridade 
física e o patrimônio da vítima. 
 Objeto material: É a coisa ou pessoa efetivamente atingida pela 
pratica delituosa. No furto, por exemplo, será o objeto furtado. 
Em um crime de homicídio, será a pessoa assassinada. 
 
Quanto ao objeto do crime, não será necessário aprofundar muito. 
Os conceitos acima, por hora, são mais do que suficientes. Vamos seguir 
em frente, e falar sobre algumas classificações de crimes que também são 
necessárias antes que possamos tratar de crimes propriamente ditos. 
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Capítulo 07 - Outras classificações dos crimes 
 
Este capítulo tem por objetivo apenas apresentar a você diversas espécies 
nas quais os crimes podem ser categorizados. São muitas, e é difícil dominar 
todas elas (o que levará tempo, e principalmente, MUITAS revisões). 
Ressalto desde já que é muito importante conhece-las, pois quando 
abordarmos os crimes propriamente ditos (ao estudar a parte especial do Código 
Penal), teremos de recorrer a esses conceitos para compreender o assunto de 
uma forma plena. 
Se prepare: A lista é grande, porém valiosa! 
 
 
Crime Comum
•É aquele que não requer autoria específica (pode ser praticado por qualquer um).
Crime Próprio
•É aquele que exige uma qualidade específica de seu autor (como por exemplo, um crime 
que pode ser praticado apenas por médicos.
Crime de Mão Própria
•Crime que além de exigir uma qualidade do autor, exige que este pratique o delito 
PESSOALMENTE (como o autoaborto).
Crime Material
•Crime que necessita do chamado resultado naturalístico para ser configurado (como no 
caso de um homicídio).
Crime Formal
•Crime que embora possua um resultado naturalístico, não depende desse para sua 
consumação (É o caso de uma extorsão mediante sequestro - mesmo que o sequestrador 
não receba o dinheiro, o crime se consumará apenas com o sequestro da vítima).
Crime de Mera Conduta
•Crime para o qual o legislador não previu um resultado naturalístico. Basta, como o 
próprio nome diz, praticar a conduta, que o crime estará consumado (como no caso de 
um Porte Ilegal de Arma de Fogo).
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Crime Simples
• É aquele cujo tipo penal não apresenta circunstâncias que 
possibilitem a redução ou o aumento da pena básica do delito.
Crime Qualificado
• É aquele cujo tipo penal apresenta as chamadas circunstâncias 
qualificadoras, que permitem aumentar sua pena (um exemplo é 
o conhecido homicídio qualificado).
Crime Privilegiado
• Crime no qual o tipo penal apresenta uma circunstância 
privilegiadora, que permite reduzir a sua pena (a conduta se 
torna menos reprovável, mas ainda digna de punição).
Crime Monossubjetivo
• Exige apenas um autor para que possa ser praticado (é a regra).
Crime Plurissubjetivo
• Crime que exige mais de um autor para ser praticado (como o 
crime de formação de quadrilha ou bando).
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Crime Instantâneo
• Crime que se consuma imediatamente quando é praticado.
Crime Permanente
• Crime cuja consumação se estende no tempo (tal como um 
sequestro, enquanto a vítima se encontra em cárcere).
Crime Instantâneo de Efeitos Permanentes
• Crime que se consuma também de forma imediata, mas 
cujo resultado tem efeitos permanentes, irreversíveis.
Crime de Ação Única
• Crime cujo tipo penal só possui um verbo (apenas uma 
forma de praticar a conduta).
Crime de Ação Múltipla
• Crime cujo tipo penal apresenta múltiplos verbos, múltiplas 
maneiras de praticar a conduta.
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 São muitas definições, certo? Realmente este é um tópico bastante 
carregado de conceitos novos. E acredite, não estamos nem próximos de 
acabar com essa lista! 
Entretanto, fique tranquilo: as categorias mais cobradas em prova já 
listamos acima. Para finalizar, no entanto, vamos abordar algumas outras 
que também são muito importantes, mas que podem ser abordadas de uma 
forma mais simples: 
 
 
Crime Comissivo
•Crime que é praticado através de uma ação (um fazer).
Crime Omissivo
•Crime cuja prática envolve uma omissão (seja de um dever de evitar um 
determinado resultado, ou uma omissão propriamente dita). Pode ser 
praticado na forma própria ou imprópria.
Crime de Conduta Mista
•Crime que envolve tanto uma ação quanto uma omissão (o indivíduo, 
para praticá-lo, deve perpetrar determinada conduta e deixar de fazer 
uma outra, simultaneamente).
Crime Funcional Próprio
•Delito que só pode ser praticado se o autor for funcionário público (de 
acordo com o art. 327 do CP). Se praticado por particular, não será 
crime (Ex: Prevaricação).
Crime Funcional Impróprio
•Crime cujo autor também deve ser funcionário público, entretanto se 
praticado por um particular, será simplesmente punível como outro 
crime comum. (Ex: Peculato-Furto, que praticado por particular, se 
torna um Furto comum).
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Mais classificações importantes 
 
• Crime Unissubsistente: Aquele que se consuma com apenas um ato; 
• Crime Plurissubsistente: Aquele que se consuma com um ou vários atos; 
• Crime Habitual: Para que haja crime, o autor deve praticar a conduta mais de 
uma vez, de forma habitual. Exemplo: Exercício ilegal de medicina; 
• Crime Vago: Crime no qual o sujeito passivo não possui personalidade 
jurídica. 
• Crime Consumado: Reúne todos os elementos de sua definição legal. 
• Crime Tentado: Crime no qual o autor iniciou a execução, mas por 
circunstâncias alheias à sua vontade, não chegou ao resultado final. 
• Crime Exaurido: Crime que, além de consumado, chegou ao ponto máximo 
de sua lesividade (causando um dano ainda maior). 
• Crime de Ímpeto: Crime no qual não há premeditação (está relacionado com 
alguma emoção súbita que impele o autor a sua prática. 
• Crime Acessório: Delito que depende de outro para existir. Exemplo clássico 
é o do crime de receptação, que depende de um objeto que seja produto de 
outro crime anterior (como um roubo ou furto). 
• Crime de Dano: Se consuma ao causar um dano efetivo a um determinado 
bem jurídico. 
• Crime de Perigo: Basta que um bem jurídico seja colocado em risco para que 
o delito se consume. 
• Crime de Atentado: No crime de atentado, tanto faz tentar praticar o crime, 
ou lograr êxito em praticá-lo (a tentativa se equipara à versão consumada do 
delito). Exemplo: Art. 352 do CP: "Evadir ou tentar evadir-se..."; 
• Crime Transeunte: Crime que não deixa vestígios. 
• Crime Não Transeunte: Delito que deixa vestígios. 
 
Você deve estar pensando: Professor, são categorias demais! 
Eu sei disso, meu caro aluno. Acredite, eu ainda te poupei de várias 
categorias que não são tão importantes! 
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Infelizmente, nesse assunto não temos como facilitar muito. O negócio é 
conhecer as classificações e revisar constantemente, até dominar a matéria, 
tanto quando se torna possível. 
 
Dito isso, vamos para o último tópico dessa aula: As fases do crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 08 – O “caminho” do crime 
 
Ao explicar as categorias de crimes no capítulo anterior, com certeza você 
percebeu que utilizamos muito termos como “crime tentado”, “crime 
consumado”, “crime exaurido”. 
Nesse momento você vai entender o que queremos dizer com essa 
classificação. 
E todo esse conceito nasce de uma mesma fonte: o iter criminis, o chamado 
“caminho do crime”, que nada mais é do que a organização da execução de um 
crime em etapas no tempo. 
Vejamos o que diz a doutrina: 
 
O iter criminis ou 'caminho do crime' significa o conjunto de etapas que 
se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito.” 
Zaffaroni e Pierangeli 
 
Basicamente, existem fases que devem ser percorridas por um indivíduo 
que pretende cometer um crime – desde quando este tem a ideia de praticar a 
conduta criminosa, até que seus planos cheguem efetivamente à sua execução. 
O iter criminis possui quatro fases: Cogitação, Preparação, Execução e 
Consumação. Vamos ver o que acontece em cada uma delas. 
 
Cogitação 
 
A primeira fase é uma fase interna, caracterizada pela intenção do autor 
que passa a verificar a possibilidade de praticar uma conduta criminosa. Essa 
fase não é punível, por força do princípio da lesividade (por se tratar de fase 
interna, não excede os limites do sujeito, e não causa dano a ninguém). 
 
 
 
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Preparação 
 
A fase de preparação, ao contrário da fase de cogitação, é externa. 
Iniciam-se os atos voltados para garantir uma boa execução do crime pretendido. 
É na fase de preparação que, por exemplo, o autor compra a faca com a qual 
pretende atacar seu desafeto; É nela que uma quadrilha busca obter os mapas 
de uma determinada região para decidir sua rota de fuga e o local onde irão se 
esconder. 
Assim como a cogitação, a preparação também não pode ser punida pelo 
Estado, salvo se os atos preparatórios forem um crime autônomo (por exemplo, 
um indivíduo que porta ilegalmente uma arma de fogo para matar seu desafeto 
já estará praticando o delito de porte ilegal de arma de fogo). 
 
Execução 
 
Na fase de execução é que a ação criminosa se inicia de fato. O agente 
começa a praticar os atos que poderão levar ao resultado desejado. Num crime 
de homicídio planejado para ser cometido comarma de fogo, por exemplo, a fase 
de execução se iniciará no momento em que o autor iniciar os movimentos para 
disparar contra a vítima. 
 A execução pode resultar em duas saídas: em uma tentativa (caso o autor 
não logre atingir o resultado desejado por circunstâncias alheias a sua vontade), 
ou na consumação, a qual estudaremos a seguir. 
 
Consumação 
 
A consumação é a fase em que o resultado do crime é obtido. Como define 
o Art. 14 do Código Penal, diz-se consumado o crime que reúne todos os 
elementos de sua definição legal. 
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Por exemplo, em um crime de homicídio, quando a vítima vem a óbito o 
autor efetivamente matou alguém. Com isso, todos os elementos da definição 
legal do crime estão reunidos, e o homicídio, portanto, estará consumado. 
 
Exaurimento 
 
O exaurimento não é uma das fases do iter criminis. Entretanto, é um 
conceito importante pois, em alguns crimes, existe capacidade lesiva mesmo 
após a consumação. 
Caso essa capacidade lesiva se esgote, dizemos que o delito se exauriu. 
Exemplo clássico é o da extorsão mediante sequestro, crime que 
citamos brevemente nos capítulos anteriores. O sequestrador, ao restringir a 
liberdade da vítima, consuma o delito. Entretanto, veja que ele sequestrou a 
vítima para obter uma vantagem qualquer (como por exemplo, dinheiro). 
Nesse cenário, não importa se a vítima escapar ou se a família pagar seu 
resgate: o crime estará consumado da mesma forma. Entretanto, no caso em 
que a família pagar o resgate (ato em que o sequestrador terá obtido a vantagem 
desejada), considerar-se-á que o crime está exaurido – pois finalmente esgotou 
seu potencial lesivo. 
 
 
 
E assim meu caro aluno, encerramos nossa introdução à teoria do crime. 
Vamos aos exercícios! 
 
 
 
 
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Capítulo 04 – Questões Comentadas 
 
Os crimes de ação múltipla são aqueles que possuem diversas modalidades de condutas descritas no 
tipo, impondo-se a prática de mais de uma para a sua caracterização. 
CESPE / PC-ES / Escrivão 
 Conceito correto (sobre o que são crimes de ação múltipla). Entretanto, 
basta praticar uma das modalidades para responsabilizar o agente – não há 
necessidade de praticar mais de uma para sua caracterização, como afirmou o 
examinador. Assertiva Falsa. 
 
Rômulo sequestrou Lúcio, exigindo de sua família o pagamento de R$ 100.000,00 como resgate. 
Nessa situação, o crime de extorsão mediante sequestro praticado por Rômulo é considerado crime 
habitual. 
CESPE / DPF / Delegado 
Seria simplesmente absurdo que, para que a conduta de extorsão mediante 
sequestro fosse considerada crime, tivesse de ser praticada reiteradamente (que 
é o conceito de crime habitual). Não faz sentido algum. Assertiva Falsa. 
 
São elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e culpabilidade, de 
forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica para o direito penal, mas poderá 
ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo configurar, por exemplo, ilícito administrativo. 
CESPE / DPF / Agente 
O examinador estava indo bem... até inserir o termo culpabilidade. Como 
estudamos, a culpabilidade é um dos elementos do conceito analítico de crime – 
e não um dos integrantes do fato típico. Assertiva Falsa. 
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Para a doutrina, a tipicidade é a conformação do fato praticado pelo agente com a descrição abstrata 
prevista na lei penal. 
CESPE / PC-ES / Auxiliar de Perícia 
 Da série “questões gratuitas”. Essa era muito fácil. É exatamente esse o 
conceito de tipicidade. Você só não acerta se pulou essa parte da aula! Assertiva 
correta! 
 
A imputabilidade, a exigibilidade de conduta diversa e a potencial consciência da ilicitude são 
elementos da culpabilidade. 
CESPE / PC-AL / Delegado de Polícia 
 Mais uma vez aprendemos a não subestimar nem mesmo os conceitos mais 
básicos. E olha que a questão foi extraída de uma prova para Delegado de Polícia! 
São exatamente esses os elementos da culpabilidade. Assertiva correta. 
 
A culpabilidade apresenta-se quando a conduta do agente é contrária ao direito. 
CESPE / PC-ES / Auxiliar de Perícia 
 A contrariedade ao direito é a manifestação da ilicitude ou 
antijuridicidade, e não da culpabilidade (que trata do juízo de reprovação da 
conduta do agente). O examinador inverteu os conceitos, fique atento! Assertiva 
Falsa. 
 
 
 
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O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem 
antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade. 
CESPE / PRF / Policial Rodoviário Federal 
 Questão que parece complexa, mas que na verdade é bem fácil! Conforme 
estudamos (e inclusive apresentamos exemplos), é perfeitamente possível 
praticar um fato típico que não é antijurídico (tipicidade sem antijuridicidade), 
ou praticar um fato típico e antijurídico que não é culpável (antijuridicidade 
sem culpabilidade). Assertiva correta! 
 
Roberto foi julgado por ter ferido uma pessoa, mas foi absolvido porque agiu em legítima defesa. 
Descrevendo esse fato, um jornalista afirmou que Roberto foi julgado penalmente inimputável pelo 
crime de lesões corporais que lhe era atribuído, porque feriu seu agressor em legítima defesa. Nessa 
situação, o jornalista utilizou de maneira equivocada o conceito de imputabilidade penal. 
CESPE / DPF / Perito 
Questão muito bacana, simplesmente impossível de chutar e que premia o 
aluno estudioso. Gosto muito de questões assim. Veja que, quem pratica um 
determinado crime em legítima defesa praticará um fato lícito. A legítima defesa 
age na antijuridicidade ou ilicitude, não chegando ao terceiro elemento do 
crime (que é a culpabilidade). 
Dessa forma, o jornalista realmente se equivocou, pois a imputabilidade 
penal nada tem de relação com a antijuridicidade. Assertiva Correta. 
 
 
 
 
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Para as contravenções penais, a lei prevê a aplicação isolada ou cumulativa das penas de 
 a) prisão simples e detenção. 
 b) reclusão e detenção. 
 c) multa e prisão simples. 
 d) detenção e multa. 
 e) reclusão e prisão simples. 
FCC / TJ-PE / Técnico Judiciário 
Mais uma da série pontos grátis para o candidato estudioso. Conforme 
abordamos, as contravenções penais estão sujeitas às penas de prisão simples e 
multa. É só isso. Assertiva C. 
 
O crime é 
 a) plurissubsistente quando o comportamento criminoso não pode ser cindido. 
 b) próprio quando o tipo indica como autor pessoa especialmente caracterizada, não admitindo a 
coautoria ou a participação de terceiros. 
 c) omissivo próprio quando resulta do não fazer e depende de resultado naturalístico para a 
consumação. 
 d) formal quando de consumação antecipada, independendo de ocorrer ou não o resultado 
desejado pelo agente. 
 e) permanente quando a consumação se dá no momento em que a conduta é praticada. 
FCC / TCE-RO / Procurador 
 Finalmente uma questão um pouco mais difícil. Vejamos uma análise item 
a item: 
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a) Item Incorreto. O examinador trocou o conceito de crime 
Plurissubsistente com o de crime Unissubsistente. 
b) Item Incorreto. É perfeitamente possível que terceiros participem em 
crimes próprios, como veremos ao estudaros delitos propriamente 
ditos. 
c) Item Incorreto. Crimes omissivos próprios não dependem de um 
resultado naturalístico para se consumarem. Essa você tem um 
desconto, pois não abordamos este assunto em detalhes (ainda). 
d) Item correto. É exatamente esse o conceito de crime formal, o qual 
apresentamos nessa aula! 
e) Item Incorreto. Crime permanente é aquele cuja consumação se 
estende no tempo. O examinador apresentou o conceito de crime 
instantâneo. 
 
Em relação ao conceito formal e material do crime é correto afirmar: 
 a) Somente no conceito material permite-se um desdobramento do tipo penal em ação ou omissão, 
tipicidade, ilicitude e culpabilidade. 
 b) No conceito formal, o delito constitui uma lesão a um bem jurídico penal. 
 c) O delito, sob a perspectiva material e formal, é punido com pena privativa de liberdade ou 
restritiva de direitos 
 d) O conceito de delito formal é o fato humano proibido pela lei penal, e material há lesão ou perigo 
de lesão a um bem jurídico-penal. 
 e) O delito é fato típico e antijurídico e a culpabilidade, para o conceito material, o distingue do 
conceito formal. 
FCC / TCE-PR / Analista de Controle 
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 Vamos fechar com chave de ouro, apresentando uma questão que aborda 
simplesmente todos os conceitos de crime que estudamos. Vejamos item por 
item: 
A assertiva A está incorreta, pois o conceito analítico é que permite o 
desdobramento do tipo penal nos elementos de tipicidade, ilicitude e 
culpabilidade. 
 A assertiva B, por sua vez, também está incorreta, pois apresenta o 
conceito material de crime, e não o formal. 
 A assertiva C simplesmente não faz sentido algum: os conceitos formal e 
material de delito não tem correlação alguma com o tipo de punição aplicável à 
infração penal. 
 A assertiva E também não faz nenhum sentido. Os conceitos formal e 
material de delito não abordam os elementos do crime (como fato típico, 
antijurídico e culpável). Quem o faz é o conceito analítico de crime e suas 
teorias. 
 Só nos resta, é claro, a assertiva D como resposta correta, que apesar de 
não estar bem escrita, apresenta conceitos adequados de crime no sentido 
formal e material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Concluindo 
 
 É isso aí pessoal! Chegamos ao final da nossa aula. 
 
 Peço que tenham um carinho especial por essa aula sobre a teoria do crime. 
Aplicaremos os conceitos aprendidos aqui durante todas as aulas subsequentes. 
 
 No mais, me coloco a disposição de vocês, como de praxe. Não hesitem em 
me procurar para tirar dúvidas! 
 
Um forte abraço a todos, e até a próxima!

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