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Slides - Aula 08

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DIREITO ADMINISTRATIVO – BARNEY BICHARA
Aula 08
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1. SENTIDO DA EXPRESSÃO ENTIDADES PARAESTATAIS
A. Divergências conceituais
É uma expressão equivoca, tendo sido utilizada em diferentes sentidos:
1º. Hely Lopes Meirelles
São pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação é autorizada por lei específica, com
patrimônio púbico ou misto, para a realização de obras ou serviços de interesse coletivo.
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2º. Celso Antônio Bandeira de Mello
Abrange pessoas privadas que colaboram com o Estado desempenhando atividades não
lucrativas e a qual o Poder Público dispensa especial proteção colocando a serviços delas
manifestações do seu poder de império.
3º. Maria Sylvia Zanella Di Pietro:
São pessoas jurídicas de direito privado, instituída por particulares, com ou sem autorizada
legislativa, para o desempenho de atividades privadas de interesse público, mediante fomento
e controle do Estado.
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B. As Entidades Paraestatais no Direito Positivo
Lei 8.666/1993
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse
público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais,
dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta
nos seguintes casos:
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Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo que
transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.
§ 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei, quem exerce cargo, emprego ou
função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empresas públicas
e sociedades de economia mista, as demais entidades sob controle, direto ou indireto, do
Poder Público.
§ 2o A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes previstos
nesta Lei forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança em órgão da
Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação
pública, ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público.
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2. TERCEIRO SETOR
A. Conceito
Entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, que desempenham atividade de interesse
social mediante vínculo formal de parceria.
1º SETOR
O Estado formalmente considerado – Administração Pública Direta e Administração Pública
Indireta que exercem atividade pública de interesse público.
2º SETOR O mercado – incluindo aqueles que exercem serviço público por delegação que visam o lucro.
3º SETOR Entidades privadas sem fins lucrativos que exercem atividade privada de interesse público.
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B. Fundamentos:
1º. Eficiência 
2º. Subsidiariedade
3º. Fomento
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C. Características
1º. São criadas por particulares
2º. Sem fins lucrativos
3º. Não integram a Administração Pública Indireta
4º. Prestam atividade privada de interesse público
5º. Mantem vinculo formal com o Estado
6º. São fomentadas pelo Estado e se sujeitam à sua fiscalização.
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D. Entidades do 3º Setor
1º. Organizações da Sociedade Civil – OSC
2º. Serviços Sociais Autônomos – Sistema S
3º. Organizações Sociais – OS
4º. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP
5º. Entidades de Apoio
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3. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL - OSC
A. Base legal:
Lei 13.019/2014, normas gerais aplicáveis para todos os entes da federação.
B. Conceito:
São organizações da sociedade civil - art. 2º :
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1. A entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras,
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma
imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva;
2. As sociedades cooperativas previstas na lei no 9.867, de 10 de novembro de 1999; as
integradas por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas
por programas e ações de combate à pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas
para fomento, educação e capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de
assistência técnica e extensão rural; e as capacitadas para execução de atividades ou de
projetos de interesse público e de cunho social.
3. As organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e
de cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;
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OBS: Não se aplica a Lei 13.019/14 – art. 3º
1. Aos contratos de gestão celebrados com a OS - Organizações Sociais.
2. Às parcerias entre a administração pública e o Sistema S - Serviços Sociais Autônomos.
3. Aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos
termos do § 1o do art. 199 da Constituição Federal, ou seja, o regime de complementaridade
do SUS com a compra de serviços das entidades privadas sem fins lucrativos.
4. Às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo
Senado Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e convenções
internacionais conflitarem com esta Lei
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5. Aos termos de compromisso cultural referidos no § 1o do art. 9o da lei no 13.018/ 2014 - lei
cultura viva.
6. Às transferências referidas no art. 2o da lei no 10.845/2004 (programa de complementação
ao atendimento educacional especializado às pessoas portadoras de deficiência) e nos arts.
5o e 22 da lei no 11.947/2009 (programa dinheiro direto na escola)
7. Aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por:
a) membros de Poder ou do Ministério Público;
b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública;
c) pessoas jurídicas de direito público interno;
d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública;
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OBS:
Art. 84-B. As organizações da sociedade civil farão jus aos seguintes benefícios,
independentemente de certificação:
I - receber doações de empresas, até o limite de 2% (dois por cento) de sua receita bruta;
II - receber bens móveis considerados irrecuperáveis, apreendidos, abandonados ou
disponíveis, administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;
III - distribuir ou prometer distribuir prêmios, mediante sorteios, vale-brindes, concursos ou
operações assemelhadas, com o intuito de arrecadar recursos adicionais destinados à sua
manutenção ou custeio.
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Art. 84-C. Os benefícios previstos no art. 84-B serão conferidos às organizações da sociedade
civil que apresentem entre seus objetivos sociais pelo menos uma das seguintes finalidades:
I - promoção da assistência social;
II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III - promoção da educação;
IV - promoção da saúde;
V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
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VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável;
VII - promoção do voluntariado;
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas
alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica
gratuitade interesse suplementar;
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XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros
valores universais;
XII - organizações religiosas que se dediquem a atividades de interesse público e de cunho
social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;
XIII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação
de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades
mencionadas neste artigo.
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C. Instrumentos jurídicos próprios - art.2º
1º. Termo de Colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração
pública que envolvam a transferência de recursos financeiros. (VII)
2º. Termo de Fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da
sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros. (VIII)
3º. Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência
de recursos financeiros. (VIII-A)
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OBS: Para celebração das parcerias as OSC deverão possuir no mínimo, um, dois ou três anos
de existência, com cadastro ativo, comprovados por meio de documentação emitida pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil, com CNPJ, conforme, respectivamente, a parceria seja
celebrada no âmbito dos Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União, admitida a
redução desses prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma organização
atingi-los – art. 33, V. “a”.
OBS: Para celebração das parcerias as OSC deverão possuir experiência prévia na realização,
com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante – art. 33, V, “b”.
.
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D. Reconhecimento das políticas setoriais
Estabelece o respeito a competência das normas específicas das políticas públicas setoriais e as
suas respectivas instâncias de pactuação e deliberação no escopo normativo da Lei – art. 2º-A .
E. Manifestação de Interesse Social
Institui o Procedimento de Manifestação de Interesse Social como instrumento por meio do
qual as organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos poderão apresentar
propostas ao poder público para que este avalie a possibilidade de realização de um
chamamento público objetivando a celebração de parceria – art. 18
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F. Transparência:
A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das parcerias
celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até cento e oitenta dias após o respectivo
encerramento. (art.10)
A organização da sociedade civil deverá divulgar na internet e em locais visíveis de suas sedes
sociais e dos estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas com a
administração pública (art.11)
G. Ficha limpa para organizações e para os dirigentes das entidades:
Impede-se a celebração de parceria com organizações e dirigentes que tenham praticado
crimes e outros atos de violação (art. 39, VII).
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H. Chamamento público como regra geral
Exceto nas hipóteses previstas nesta Lei, a celebração de termo de colaboração ou de fomento
será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade civil
que tornem mais eficaz a execução do objeto – art. 23.
OBS:
Territorialidade: possibilita a limitação geográfica do chamamento, desde que verificada a
pertinência e relevância, nos casos de organizações sediadas ou atuantes em determinada
unidade da federação onde será executado o objeto da parceria, bem como por imperativos
das políticas setoriais – art. 24, §2º.
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I. Ações compensatórias:
faculta à organização da sociedade civil solicitar autorização para a Administração Pública de
ressarcir o erário por meio de ações compensatórias de interesse público mediante a
apresentação de novo plano de trabalho, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não
seja o caso de restituição integral de recursos – art. 72, §2º.
OBS:
A autorização para o ressarcimento por meio das ações compensatórias é ato discricionário da
Administração Pública.
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J. Restringe a utilização do convenio
Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei no 8.666/93
Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei no 8.666/93, convênios:
I - entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas;
II - com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos termos do § 1o do art. 199 da
Constituição - SUS
Art. 84-A. A partir da vigência desta Lei, somente serão celebrados convênios nas hipóteses do
parágrafo único do art. 84
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4. OS SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS
A. Conceito
São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade jurídica de direito privado, para
ministrar assistência ou ensino a certas categorias ou grupos profissionais, sem fins lucrativos,
sendo mantidas por dotações orçamentárias ou contribuições parafiscais (Hely Lopes
Meireles).
B. Natureza Jurídica
Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativo instituída por particulares.
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C. Criação
Depende de lei autorizativa.
Exemplo: DL 9403/46 instituiu o SESI e o DL 9853/46 instituiu o SESC.
D. Objeto
Esta entidade não presta serviço público delegado pelo Estado, mas atividade privada de
interesse público – serviço não exclusivo.
A atuação estatal no caso é de fomento e não de prestação de serviços públicos.
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OBS: Ocorre que tem havido hipóteses de entidades criadas com a denominação de serviços
sociais autônomos, porém com características diferenciadas, por serem criadas diretamente
por lei:
1º Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - APEX- BRASIL
2º. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI
3º. Fundação das Pioneiras Sociais - APS
4º. Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural ANATER
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E. Recursos Financeiros
Os recursos não provêm do Erário, sendo normalmente arrecadadas pelo INSS e repassadas
diretamente às entidades.
São contribuições parafiscais, recolhidas compulsoriamente pelos contribuintes que as diversas
leis estabelecem, para enfrentarem os custos decorrentes de seu desempenho, sendo
vinculadas aos objetivos da entidade.
CONSTITUIÇÃO 1988
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos
empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de
formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
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F. Controle
1. Submete-se à supervisão do Ministério em cuja área de competência estejam enquadradas.
DL 200/67
Art. 183. As entidades e organizações em geral, dotadas de personalidade jurídica de direito
privado, que recebem contribuições para fiscais e prestam serviços de interesse público ou
social, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos termos e condições estabelecidas na
legislação pertinente a cada uma.
2. Sujeitam-se ao controle do TCU.
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G. Licitação
Não precisam obedecer a integra a Lei 8.666/93, apenas seus princípios, sendo possível a
definição de um regulamento próprio de licitações e contratos administrativos, com regras
próprias e simplificadas.
Acórdãos:
907/1997, Plenário do TCU
461/1998, Plenário do TCU
2.522/2009- TCU
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H. Regime de Pessoal
Regime Celetista
RE 789874- Os serviços sociais autônomos integrantes do denominado Sistema "S" não estão
submetidos à exigência de concurso público para contratação de pessoal, nos moldes do art.
37, II, da Constituição Federal.
I. Foro
Justiça estadual.
Súmula 516
O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da justiça estadual
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5. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS – OS
A. Base legal
Lei Federal 9.637/1998
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B. O Programa Nacional de Publicização
Lei 9.637/1998
Art. 20. Será criado, mediante decreto do Poder Executivo, o Programa Nacional de
Publicização - PNP, com o objetivo de estabelecer diretrizes e critérios para a qualificação de
organizações sociais, a fim de assegurar a absorção de atividades desenvolvidas por entidades
ou órgãos públicos da União, que atuem nas atividades referidas no art. 1o, por organizações
sociais, qualificadas na forma desta Lei, observadas as seguintes diretrizes:
I - ênfase no atendimento do cidadão-cliente;
II - ênfase nos resultados, qualitativos e quantitativos nos prazos pactuados;
III - controle social das ações de forma transparente
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C. Conceito
É uma qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
instituída por particulares e que recebe delegação do Poder Público, mediante contrato de
gestão, para desempenhar serviços público de natureza social
D. Natureza Jurídica
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por particulares.
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E. Qualificação
Lei 9.637/1998
Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior
habilitem-se à qualificação como organização social:
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo
II - haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como
organização social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de
atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração
Federal e Reforma do Estado.
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F. Objeto
Serviço público não exclusivo nas áreas de atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à
cultura e à saúde.
Lei 9.637/1998
Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de
direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à
cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
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G. Vínculo Jurídico
contrato de gestão.
Lei 9.637/1998
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado
entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à formação
de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas
relacionadas no art. 1o.
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Art. 6o O contrato de gestão, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade
supervisora e a organização social, discriminará as atribuições, responsabilidades e obrigações
do Poder Público e da organização social.
Parágrafo único. O contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo Conselho de
Administração da entidade, ao Ministro de Estado ou autoridade supervisora da área
correspondente à atividade fomentada.
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Art. 7o Na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, os seguintes preceitos:
I - especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a estipulação das
metas a serem atingidas e os respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos
critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de
qualidade e produtividade;
II - a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e vantagens de
qualquer natureza a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das organizações sociais,
no exercício de suas funções.
Parágrafo único. Os Ministros de Estado ou autoridades supervisoras da área de atuação da
entidade devem definir as demais cláusulas dos contratos de gestão de que sejam signatários.
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H. Formas de Fomento
Lei 9.637/1998
Art. 11. As entidades qualificadas como organizações sociais são declaradas como entidades de
interesse social e utilidade pública, para todos os efeitos legais.
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos
necessários ao cumprimento do contrato de gestão.
§ 3o Os bens de que trata este artigo serão destinados às organizações sociais, dispensada
licitação, mediante permissão de uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão.
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Art. 13. Os bens móveis públicos permitidos para uso poderão ser permutados por outros de
igual ou maior valor, condicionado a que os novos bens integrem o patrimônio da União.
Parágrafo único. A permuta de que trata este artigo dependerá de prévia avaliação do bem e
expressa autorização do Poder Público.
Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações
sociais, com ônus para a origem.
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I. Controle
Lei 9.637/1998
Art. 8o A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo
órgão ou entidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade fomentada.
Art. 9o Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de
origem pública por organização social, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
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Art. 10. Sem prejuízo da medida a que se refere o artigo anterior, quando assim exigir a
gravidade dos fatos ou o interesse público, havendo indícios fundados de malversação de bens
ou recursos de origem pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério
Público, à Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria da entidade para que requeira ao juízo
competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestro dos bens
dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido
ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

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