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PROJETO DE ENSINO-TCC jahila PRONTO

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PEDAGOGIA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
jahila braga gaspar
a importância do brincar na educação infantil
Os Jogos no Processo da Aprendizagem 
Salvador
2019
	
a importância do brincar na educação infantil
Os Jogos no Processo da Aprendizagem 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogia
Orientador: Prof. Natália Gomes dos Santos
Salvador
2019
GASPAR, Jahila Braga. A Importância do Brincar na Educação Infantil: Os jogos no processo de aprendizagem. 2019.22folhas.Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Salvador, 2019.
RESUMO
O presente projeto de ensino tem como objetivo principal refletir sobre a importância do brincar na educação infantil. Destaca- se os jogos como instrumentos de aprendizado para crianças de 0 a 5 anos. A pesquisa tem como objetivo conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados para designar o ato de brincar, tornando- se também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança se comunica consigo mesma e com o universo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimento, desenvolvendo-se integralmente, e desfruta dos benefícios que os jogos e brincadeiras proporciona no ensino –aprendizagem na educação infantil. É importante perceber e incentivar a capacidade criadora das crianças, pois está se constrói numa das formas de relacionamento e de recriação do mundo, na perspectiva da lógica infantil. É dentro dessa teoria, que a escolha por este tema surgiu para refletir sobre a importância do brincar e dos jogos como instrumentos no processo de aprendizagem na educação infantil. O interesse por essa temática surgiu durante estudos e discussões realizados no curso de Pedagogia e por observar o lúdico como fonte de aprendizagem ainda não sendo efetivada em prática no cotidiano escolar. A metodologia utilizada para a construção desse projeto se deu por meio de pesquisas embasada com citações teóricas e tendo como referência os autores Piaget, Vygotsky, Rousseau, entre outros que contribuíram com a Educação Infantil. Com a conclusão deste projeto conclui-se que o lúdico é de relevante importância no processo de aprendizagem, pois transforma a sala de aula e todos os integrantes que nela se insere geradores de conhecimentos. 
Palavras-chave: brincar. Jogos. Educação Infantil. Aprendizado.
SUMÁRIO
1 Introdução...................................................................................................04
2 Revisão Bibliográfica .................................................................................06
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.................................15
3.1 Tema e linha de pesquisa........................................................................15
3.2 justificativa................................................................................................16
3.3 Problematização.......................................................................................16
3.4 Objetivos...................................................................................................17
3.5 Conteúdos.................................................................................................17
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................17
3.7 Tempo para a realização do projeto...........................................................18
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................19
3.9 Avaliação....................................................................................................19
4 Considerações Finais....................................................................................20
5 Referências...................................................................................................22
INTRODUÇÃO
 O presente projeto tem como tema “A Importância do brincar na Educação Infantil’.
O projeto de ensino está voltado à linha de pesquisa à docência na educação infantil. A ideia possui grande relevância, pois se compreende que o lúdico faz parte da infância e cabe ao educador desenvolver estratégias para o ensino, onde os alunos aprendam com prazer e satisfação. O tema está relacionado aos eixos estudados nas disciplinas durante o curso de Pedagogia, dessa maneira podemos compreender que os profissionais da área da educação necessitam dos conhecimentos adquiridos.
Com grandes contribuições de autores com Vygotsky que traz grande contribuição para educação e com orientação das Referências Curriculares Nacional da Educação Infantil, e Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, dando direcionamento ao projeto de pesquisa, sendo uma pesquisa bibliográfica qualitativa, traz grandes contribuições para os envolvidos com a Educação Infantil.
Ao longo de sua história a educação tem passado por mudanças no pensar sobre criança e o seu modo particular de ver e compreender o mundo, bem como agir sobre ele. É nessa perspectiva que se apresenta a Educação Infantil, como espaço para proporcionar as experiências significativas da infância, infância esta que deve ser respeitada em seus interesses e especialidades, em que a criança deve brincar e, por meio do lúdico desenvolver suas potencialidades, ou seja, o seu aprendizado.
Sabe-se que a criança possui necessidades e características peculiares e a escola exerce um importante papel nesse aspecto, que é propiciar um espaço favorável às aprendizagens considerando a importância do lúdico e associando-a situações de aprendizagem que seja significativa, contribuindo de forma agradável e, portanto, motivadora para o enriquecimento do ato de aprender.
A infância é uma fase mais encantadora que existe na vida é o período onde manifestamos nossos sentimentos e nossa criatividade da maneira mais natural possível, é através do lúdico que a criança interage com a sociedade que está inserida.
A utilização do lúdico na educação infantil é de fundamental importância pois a mesma favorece a auto- estima da criança, além de ser um auxílio para conflitos vividos por ela internamente. É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos, se socializa, interagindo com os colegas de classe desenvolvendo competências e habilidades que colaboram com o processo evolutivo da criança. Para isso, é necessário preparar o ambiente escolar para que a criança tenha o espaço que contribua para o desenvolvimento da criança através do brincar em sala de aula.
Portanto o objetivo desse trabalho é mostrar a importância do brincar na educação infantil e que o pedagogo poderá utiliza-los de modo a causar o desenvolvimento nas crianças, e fazer uma reflexão sobre os jogos e atividades lúdicas educativas que favorecem o aprendizado dos educandos, assim como, a contribuição que traz para o professor que pode avaliar a cada comportamento do aluno, utilizando como ferramenta para uma melhor relação entre professor e aluno.
Dentro dessa perspectiva, a escolha por este tema surgiu para refletir sobre a importância do brincar e os jogos que favorecem no aprendizado na fase educação infantil e da necessidade em aprofundar o conhecimento acerca da temática. O interesse por essa temática foi despertado durante estudos e discussões realizados no curso de pedagogia e por observar de que o lúdico como fonte de aprendizagem ainda não é prático efetiva no cotidiano escolar.
Este projeto tem como meta principal refletir sobre os jogos no processo da aprendizagem .identificar a inserção do lúdico como proposta pedagógica no ensino para o desenvolvimento das crianças nas práticas docentes .Mostrar que o lúdico é uma atividade de estimulação capaz de contribuir para o desenvolvimento cognitivo , físico , social e emocional das crianças
da série inicial com idade de quatro anos .Analisar como o uso de jogos e brincadeiras com as crianças da Educação Infantil pode facilitar a aprendizagem.
Revisão Bibliográfica
O processo histórico desde as sociedades antigas, nas quais as crianças eram marginalizadas. Em Roma, quando os pais não queriam seus filhos, podiam enjeitá-lo, abandonando-os a própria sorte ou vendendo-os, dessa forma, muitos acabavam morrendo. Na Idade média, não havia diferença entre adultos e crianças. Neste contexto as crianças permaneciam com sua familia até os sete anos de idade, e depois , passavam a viver uma vida de adulto, vestindo –se e sendo considerados como tal. Assumiam seu papel na sociedade de acordo com a sua classe social.Apenas os meninos da elite aprendiam a ler e a escrever nas salas de estudos livres, pois, ainda não existiam escolas . A partir de então, as crianças aprendiam os afazeres do dia a dia, e as meninas eram preparadas para o casamento –previsto para acontecer por volta dos 14 anos de idade – e cuidar da casa . Portanto a familia não criava vinculos afetivos com seus filhos (PROSCÊNCIO,2010)
De acordo com Aries ”Acriança é por tanto diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força,enquanto as outras caracteristicas permaneciam iguais” (1981.p.14)
Na Inglaterra, entre os séculos XVI e XVII, foram criadas as petty schools, que tinham a preocupação com o desenvolvimento de bons hábitos e o ensino de valores morais e religiosos para as crianças pobres e abandonadas, a partir de dois e três anos. De acordo com Almeida (2002 apud PROSCÊNCIO,2010) Campanella (1568-1639), filósofo do início do sec. XVII foi o primeiro a se preocupar com educação de crianças pequenas, elas a via como criança. Ele acreditava que elas deveriam aprender os conhecimentos por meio do brincar, isso foi considerado um grande avanço para o período, pois passou-se a considerar importante essa fase de desenvolvimento.
2.1 Cuidar e Educar 
Durante muito tempo acreditou-se que as crianças que frequentavam a educação infantil precisavam somente de cuidados relacionados à higiene e à saúde .
De acordo com RIZZO(2006),com o passar dos anos , a creche e a pré –escola passaram ser ambientes especialmente criados para cuidar e oderecer condições que estimulem o desenvolvimento integral e harmonioso da criança nos seus primeiros anos de vida, mas ainda hoje , podemos perceber que nem sempre hé uma compreensão clara sobre o trabalho a ser desenvolvido nesses ambientes.É comum encontrarmos pais e familiares que acreditam que a atuação dos profissionais que atuam na educação infantil está centrada apenas no cuidado e na brincadeira,como um mero passatempo .
Haddad (apud ASSIS, 2006), aponta, inclusive, a necessidade de profissionalizar os cuidados realizados na educação infantil, para que estes não sejam confudidos com os principios de maternagem, quando se bastava ser mulher para assumir o cuidado e a educação das crianças. Para a autora, essa profissionalização permitirá que o conceito de educar seja ampliado. Em contrapartida, a partir da LDB nº 9.394/96, muitos educadores passaram a acreditar que a sua função estava ligada apenas ao educar e que os cuidados eram responsabilidade exclusiva da família, causando uma série de confusões sobre o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil. De acordo com Rau (2012, p.21), “a responsabilidade das crianças pequenas é da família e do Estado. No entanto, ainda há grandes equívocos e dúvidas a esse respeito, o que deixa muitas lacunas no processo de desenvolvimento infantil”. É necessário que tanto a família, quanto os educadores percebam a importância de entrelaçar o cuidar e o educar. As crianças precisam ser cuidadas. Elas também precisam ser educadas. Cada cultura estipula os cuidados que julgam como necessários para garantir o bem-estar das crianças, mas podemos encontrar vários pontos em comum entre as culturas.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a educação intanfil:
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a sipróprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos (BRASIL, 1998ª,P. 24).
 
O cuidado com o desenvolvimento humano relaciona-se com o educar, mesmo que indiretamente. Quando cuidamos de alguém, procuramos descobrir ações que favoreçam sua saúde, seu bem-estar e seu desenvolvimento. Souza e Weiss (2008) também afirmam que o processo de aprendizagem não acontece exclusivamente nas atividades de âmbito pedagógico. Situações ligadas aos cuidados de higiene podem proporcionar aprendizagens significativas. Essa afirmação reafirma a indissociabilidade entre o cuidar e o educar. Ambos estão voltados à dimensão afetiva. Proscêncio (2010) aponta a necessidade de compreender que os atos educativos estão vinculados aos gestos de cuidado e podem transmitir segurança, medo, afeto, inibição, entre outros sentimentos. É nessa etapa que a criança começa a identificar não só seus próprios sentimentos, como também os sentimentos do outro. Segundo o RCNEI (BRASIL, 1998), as instituições de educação infantil devem propiciar o desenvolvimento da identidade da criança, favorecendo o contato com elementos da cultura que enriqueçam seu desenvolvimento e sua inserção social. Ainda de acordo com o documento:
As Propostas Pedagógicas para as instituições de Educação Infantil devem promover em suas práticas de educação e cuidados, a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo/linguísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser total, completo e indivisíivel (BRASIL, 1999, p.18).
A Educação Infantil é uma temática atual, porém, as discussões acerca das crianças e de seu papel na sociedade são preocupações antigas e são feitas por pensadores importantes durante grande parte da nossa história. Uma de suas principais preocupações eram a criança e sua inserção na sociedade. Hoje podemos ver a criança como um sujeito em construção, ocupando seu lugar na sociedade. Quando falamos de Educação Infantil, estamos nos referindo à criança pequena de 0 a 6 anos, onde o educar e o cuidar são peças fundamentais no seu desenvolvimento educacional e emocional.
Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI):
A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica (título V,capitulo II,seção II,art,29), tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade. O texto legal marca ainda a complementaridade entre instituições de educação infantil e a família. (RCNEI, V, I. p. 11)
 
 Todavia, a criança pequena tem que ser considerada um ser em construção, e por isso precisa ser cuidada e, todas as suas esferas, seja familiar, emocional ou educacional. Portanto, ela tem direito à educação, saúde, lazer, onde os mesmos estão assegurados por leis como a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB, sancionada em 20 de dezembro de 1996; Constituição de 1988; e pelo estatuto da criança e do adolescente de 1990.Essas leis são marcos históricos que contribuíram de forma significativa para a educação como um todo.
A Educação Infantil é um dos direitos das crianças, também assegurados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB,lei Federal 9.394 de 1996,que reafirma em seu artigo 29: “A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o seu desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social” .
Vale Salientar que a educação infantil é a etapa inicial reconhecida como direito da criança. Todavia, as concepções acerca da criança e da educação infantil são provenientes de trajetórias históricas.
Sabemos que a educação infantil, é uma fase onde a criança precisa de um suporte pedagógico diferenciado, sobre tudo no modo de educa-las, pois, as mesmas são sujeitas de direito, portanto, é preciso construir um espaço educativo, não apenas para elas
mais com elas.
O RCNEI, afirma que:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e, o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (RCNEI, p.23).
Nesse sentido, acreditamos que a criança é protagonista da infância, apontando para a necessidade da escola reconhecer a infância e as crianças como interlocutoras competentes e conscientes de sua posição no mundo do qual faz parte.
O minitério da Educação (1998)afirma que: “aprender é construir significados e atribuir sentidos às ações da criança”.Por isso é que se parte do concreto,para que a educação se torne significativa.
De acordo com Vygotsky (1991,p.101), “o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas”.
A respeito da Educação Infantil é preciso propocionar as crianças aulas prazerosas e dinâmicas , trabalhar com os mesmo projetos que resgatam e reconstroem a vivência , aplicando os principios básicos, não se esquecendo da interatividade com o lúdico.
O brincar sempre está em diferentes tempos e lugares e de acordo com o âmbito em que a criança está inserida , o lúdico é recriado com seu poder de imaginação e criação.
Vygotsky (1998) considera de fundamental importância a função do ensino escolar na formação de conceitos , mas também trabalha com a idéia de que o brinquedo é uma atividade infantil que tem influência no desenvolvimento de uma criança. 
No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade.como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento(VYGOTSKY, 1998,p. 134).
2.2 lúdico e desenvolvimento
O lúdico “tem sua origem na palavra “ludus” que quer dizer jogo, a palavra evoluiu levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas o sentido de jogo”.
O lúdico é um aprendizado para a criança e deve ser vivenciado da melhor maneira, pois é através del que a criança desenvolve suas habilidades que levará por toda a sua vida. Assim sendo, os jogos e brinquedos fazem parte da vida da criança, pois através deles a criança transforma a fantasia em realidade, onde os dois mundos se complementam.
Por meio do lúdico as crianças desenvolvem algumas capacidades fundamentais, como a atenção, a memória, a imaginação, concentração, a autonomia, entre outros. É através do lúdico que a criança aprende a se relacionar na sociedade em que vive.
Piaget (1998), o jogo é “essencial na vida da criança, pois a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa”.
Segundo o autor supracitado, os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar as energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Na antiguidade, o brincar era uma atividade característica tanto de crianças quanto de adultos. Para Platão, por exemplo, o “aprender brincando” era mais importante e deveria ser ressaltado no lugar da violência e da repressão. Considerava ainda que todas as crianças devessem estudar a matamática de forma atrativa, sugerindo como alternativa a forma de jogo. (ALMEIDA, 1998, p. 38).
A discussão dsobre ludicidade e desenvolvimento permite conhecer um pouco mais sobre o universo infantil e sobre as expressões da criança ao brincar.
Você já deve ter visto ou ouvido falar de crianças que, ao brincarem, imitam as atividades dos adultos e tentam representá-las fielmente. Ou de crianças que ficam um longo tempo discutindo sobre como será a brincadeira, enquanto que o ato de brincar dura apenas poucos minutos. Você sabe por que isso acontece? É que ao brincar, a criança se apropria do mundo, constrói seu conhecimento sobre ele e reestrutura tal conhecimento, articulando-o com aspectos da vida social. Atuar na vida social, para a criança, nada mais é do que brincar, e a brincadeira vai se estruturando com base no que ela é capaz de fazer em cada momento.
Esse processo do desenvolvimento da criança é complexo e foi alvo de estudiosos importantes, como Piaget (1983) e Vygotsky (1988). As teorias de tais estudiosos têm em comum o fator interacionista do desenvolvimento, em que privilegiam que o conhecimento surge como uma construção do sujeito em sua interação com o meio. No entanto, os autores divergem com relação às possibilidades de mediação para que essa construção aconteça. Para Piaget, a interação é mediada pela ação do sujeito que conhece, enquanto que, para Vygotsky, as ferramentas culturais são responsáveis por esse processo.
Segundo Puaget (1983), o conhecimento é construído a partir de fatores biológicos, como a hereditariedade e o ambiente, que comportam especialmente dois aspectos: a experiência física mediante a atividade do sujeito com o objeto e a transmissão social educativa por parte dos adultos. Portanto, a inteligência, em sua forma lógica, depende tanto do desenvolvimento orgânico do indivíduo quanto da estimulação ambiental.
Para exemplificar o que a experiência física representa, podemos pensar em um berço. Ele está agindo de acordo com suas possibilidades físicas e, ao mesmo tempo, construindo seu conhecimento sobre os brinquedos, analisando se toda a vez que ele executa um movimento o brinquedo apresenta mesma “reação”. Ou seja, um brinquedo de boracha, que ao ser apertado, emite um som, sempre apresentará a mesma reação ao movimento de apertar? Assim, a criança mediante a experiência física percebe a regularidade dos objetos. Já na transmissão social educativa, o adulto tem a intenção de que as crianças aprendam e, dessa forma, proporciona situações que possibilitam a elas agirem de acordo com a cultura. Podemos perceber essa questão quando promovemos brincadeiras de casinha, de jogo de futebol, nas brincadeiras de carrinho, entre outras.
O fator fundamental para o desenvolvimento intelectual, segundo Piaget (1983), é a equilibração realizada por duas funções invariantes, que ocorrem durante toda a vida de um indivíduo: a assimilação e a acomodação.
A assimilação é caracterizada pela incorporação dos aspectos da realidade externa às estruturas cognitivas do sujeito. Já a acomodação é caracterizada pela modificação das estruturas cognitivas, a fim de enfrentar as pressões impostas pelo ambiente. Quando interagimos com o ambiente, colocamos em exercício nossos esquemas ou estruturas de assimilação para incorporarmos eventos, objetos ou situações. Ao nos depararmos com situações novas impostas pelo meio, há um desequilíbrio cognitivo e o indivíduo tenta, então, mediante a acomodação, compensar esse desequilíbrio, modificando as estruturas cognitivas originais, transformando-as em novas estruturas cognitivas. (PIAGET, 1983, p. 36).
No ato de brincar, a assimilação é função predominante, e a criança incorpora objetos, eventos e situações à sua maneira, sem ter um compromisso com a realidade. Brincar é fonte de prazer, possibilitando, ao mesmo tempo, a interação com a realidade, fundamental para o desenvolvimento intelectual.
Para Piaget (1976), as atividades lúdicas são manifestadas pelos jogos, que, frequentemente, têm sido definidos como uma atividade com fim em si mesma. O autor propõe, em seus estudos, três grandes formas básicas de jogos.
A forma inicial do jogo pode ser observada no jogo de exercício (0 a 2 anos). Diretamente ligada aos movimentos e percepções, a criança explora o ambiente e os objetos, repetindo constatemente a nova ação adquirida. Por exemplo, ao empurrar o cobertor com a perna para se descobrir,
continua a repetir o mesmo exercício, não para realizar o objetivo, mas por prazer. É um momento de experimentação das possibilidades da criança e da apropriação das características dos mais variados objetos.
A repetição é uma atividade que reaparece em diferentes fases do desenvolvimento. A criança entre 5 ou 6 anos, ao adquirir a capacidade de pular em um pé só, realiza tal exercício inúmeras vezes, por exemplo, tentando subir escadas, assim como uma criança aos 10 ou 12 anos ao tentar andar de bicicleta sem o auxílio das rodinhas ou sem segurar no guidão. No adulto, tal exercício aparece quando adquire um objeto novo e diverte-se fazendo-o funcionar, como na aquisição de um carro automático ou um jogo eletrônico, com a finalidade de obter prazer em exercer suas novas capacidades (RAU, 2011).
A segunda forma da atividade lúdica é o jogo simbólico (2 a 6/7 anos), momento importante do desenvolvimento, em que a criança adquire a capacidade de representação, podendo evocar mentalmente objetos ausentes. No jogo simbólico, a criança usa a imitação e a imaginação para brincar, para representar situações do seu cotidiano, resolver conflitos, apropria-se de papéis sociais. A função do jogo simbólico é transformar o real em função de seus desejos e, então, uma caixa se transforma em carrinho, e a criança brinca, assumindo diferentes papéis sociais, como o de mamãe, professor, médico realizando fantasias e aliviando medos e frustações.
O jogo de regras (6/7 anos a 11/12 anos) é a terceira forma lúdica e possibilita que a criança se aproprie de leis e normas, construindo a noção de limites e de respeito. Por meio do jogo de regras, a criança percebe a regulamentação das leis, percebendo que existem regras que podem ser negociadas por um determinado grupo, enquanto outras não são passíveis de discussão, pois tratam-se de princípios que são direito de todos.
Ao permitir a ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e desempenho de ações sensório-motoras (físico) e as trocas de interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil (KISHIMOTO, 2008, P.36). 
O jogo possibilita que a criança se depare com situações em que necessita levar em consideração o outro ou outras perspectivas diferentes da sua. Para a criança pequena, em que o egocentrismo é uma característica preponderante e a regra não é fundamental, essa tarefa não é nada fácil e podemos encontrar , no cotidiano infantil, por exemplo, três meninas brincando de casinha sendo que as três serão a mamãe da mesma filhinha, enquanto que para crianças maiores essa situação seria inconcebível.
Portanto, ao brincar, a criança coloca em ação vários aspectos do desenvolvimento, enriquecendo todas as condutas que darão suporte a outras mais complexas, que permitirão maior autonomia física, intelectual e moral.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
 
3.1 Tema e linha de pesquisa
O projeto de ensino visa a falar sobre o tema “A importância do brincar na Educação Infantil e sua possível relação com os jogos no processo da aprendizagem. Uma pesquisa de grande valia para os pedagogos, pois criança que brinca, são crianças mais alegres para isso é necessário valorizar o brincar como fonte de sucesso na Educação Infantil.
Nossa linha de pesquisa está embasada em teorias de autores e filosóficos que defendem a importância do lúdico no ensino da Educação Infantil. A ideia é importante e possui grande relevância pois se compreende que o lúdico faz parte da infância e cabe ao professor desenvolver estratégias para a aprendizagem, onde o aluno aprenda com prazer e satisfação.
A linha de pesquisa é docência, uma vez que trabalha diretamente com o processo de ensino e aprendizagem.
O tema está relacionado aos eixos estudados nas disciplinas no decorrer do curso de pedagogia.
3.2 justificativa
A escolha por esse tema surgiu para mostrar como o brincar é importante na vida da criança, sendo que esse é um direito da criança, assim como influências positivas na Educação Infantil. O interesse nessa temática surgiu durante os estudos e discursões realizados no curso de pedagogia e por fazer algumas observações na turma que atuo como pedagoga e que pude notar o lúdico como fonte de aprendizagem. A mesma continua não sendo prática efetiva no cotidiano escolar.
3.3 Problematização
A ludicidade como instrumento pedagógico é uma maneira diferente e divertida de aprender. Porém, é possível perceber que um dos grandes desafios do pedagogo é possibilitar diferentes estratégias de aprendizagem que auxiliem o aluno na construção de uma aprendizagem significativa. Reconhecendo que os jogos e as brincadeiras são ferramentas importantes sendo utilizadas de maneira correta, levando a criança ao aprendizado. 
Sendo assim, os professores deveriam considerar que o lúdico como parceiro e utiliza-lo amplamente para atuar como método, pois é na atividade do brincar que as capacidades das crianças são desenvolvidas.
Com este projeto espero conscientizar tanto a instituição de ensino como pedagogos que devemos não só divertir as crianças com jogos, porém fazer dessa diversão experiências somáticas na Educação Infantil.
3.4 Objetivos
Perceber a importância do brincar para o processo de ensino- aprendizado.
Levar o professor a assumir o seu papel promovendo ação educativas que valorize o brincar na Educação Infantil.
Estimular brincadeiras e jogos dentro do contexto da Educação Infantil.
Melhorar o entrosamento entre os alunos colocando os de forma interativa no âmbito escolar, ressaltando a importância dos jogos no processo da aprendizagem.
 
3.5 Conteúdos
A Visão é trabalhar com roda de conversa sobre o tema brincar questionando aos alunos quais são os tipos de brincadeiras que eles gostam 
Os jogos pedagógicos serão trabalhados de maneira interdiciplinar.
· Direito da criança
· Trabalhar com as vogais
· Folclore Brasileiro 
· Cartelinha de números 
· Partes do corpo
3.6 Processo de desenvolvimento
No primeiro momento as crianças irão sentar com a educadora para uma roda de conversa onde o tema abordado será brincar .com a seguinte perguntas: o que é brincar? Qual a brincadeira que eles mais gostam?
No segundo momento as os alunos irão assistir ao um vídeo sobre o direito das crianças, extraído do site:https://youtu.be/dQQcAU8DWko. O vídeo fala sobre os direitos da criança. Em seguida faremos uma discussão com todas as crianças sentadas em círculos, cada uma fará um comentário somente com uma palavra e os outros irão completar a frase, até que todos consigam relatar o que assistiram, além de deixar a roda de conversa bem interessante onde todos relatem a sua compreensão no vídeo assistido.
No terceiro momento o educador irá trabalhar com as vogais através de um quadro branco escrevendo as cincos e cantando a música ,:letrinha a : faz uma bolinha perninha para cá sabe que letra é essa é a letra a. letrinha e: sobe vira e desce peixinho na maré , sabe que letra é essa é a letra e.letrinha i: sobe desce e pinga seu nome eu já vi , sabe que letra é essa é a letra i .letrinha o : Faz uma bolinha depois puxa o nó sabe que letra é essa é a letra o.letrinha u : sobe, desce, sobe , desce parece um urubu sabe que letra é essa é a letra u .
Após a música apresentar algumas palavras que comecem com as vogais e em seguida confeccionar um boliche das vogais com garrafa pet contendo em cada garrafa uma vogal e uma bola de meia ou jornal. O aluno que derrubar a garrafa deverá falar a letrinha que ele derrubou e em seguida será escrita na lousa da professora.
No quarto momento as crianças deverão ir à unidade escolar fantasiada de alguma lenda e deverão levar uma almofada e saída de praia. Em círculo na área de lazer da escola, bastante descontraídos iremos contar algumas lendas folclóricas, em seguida músicas e danças de rodas.
No quinto momento a professora levará algumas cartelas de numerais de um ao
vinte, onde fará um bingo com os alunos. O aluno que tirar aquele número sorteado deverá falar em bom som e pintar a sua cartela com a cor indicada pela professora.
No último momento as crianças irão produzir com a massa de modelar o corpo humano contendo cabeça, tronco, membros superiores e membros inferiores, logo após terá a apresentação de cada boneco criado pelos alunos e no final da aula a educadora cantará a música da Xuxa cabeça, ombro, joelho e pé.
3.7 Tempo para a realização do projeto
Para realização desse projeto são necessárias 20 horas, sendo assim, o referido projeto, aplicará durante 5 dias. Sendo 4 horas de relógio por dia. 
	 G5
	 4 HORAS 
	Direito da criança
	 G4
	 4 HORAS
	Trabalhar com as vogais
	 G5
	 4 HORAS
	Folclore Brasileiro 
	 G4
	 4 HORAS
	Cartelinha de números 
	 G5
	 4 HORAS
	Partes do corpo
3.8 Recursos humanos e materiais
Para realização do projeto de serão necessários os seguintes materiais :
· Televisão
· Internet
· Lousa 
· Piloto 
· Música
· Garrafa pet
· Bola feita de meia
· Almofada
· Saida de praia
· Cartelas de números
· Lapis de cor
· Masssa de modelar
3.9 Avaliação
O processo avaliativo é de maneira bastante lúdica , que visa perceber a autonomia do aluno ao desenvolver cada desafio diário proposto,em cada brincadeira e metodologia lançado.Através de anotações no final de cada aula, o aluno será avaliado de acordo com sua ações , de maneira graduativa , durante toda atividade estará sendo analisado.
4 Considerações finais
O lúdico contribui positivamente para que a criança obtenha sucesso na busca por novos conhecimentos e compreenda que possa acertar ou errar é através do brincar que a criança resolve conflitos internos, além de garantir a construção do saber e do desenvolvimento emocional, cognitivo e social. ensino na educação infantil deve oferecer oportunidades e situações significativas de aprendizagem, e que o lúdico esteja sempre presente, auxiliando no ensino do conteúdo, proporcionando a aquisição de habilidades e desenvolvendo capacidades motoras.
O papel da educação é formar seres, pensantes, criativos capazes de inventar, imaginar e construir o conhecimento em busca de novos objetivos. Com isso o lúdico é extremamente importante para o desenvolvimento do cidadão, o educador é o mediador desse conhecimento que faz a ponte, mediando a criança e o lúdico.
A brincadeira, apesar de não possuir natureza determinada, com regras e atividades dirigidas, permite explorar os processos capazes de fazer o brincar funcionar de verdade, favorecendo, dessa forma, a construção do conhecimento e outros desenvolvimentos citados acima.
O lúdico retrata que, brincando a criança irá pouco a pouco aprendendo a se conhecer melhor e aceitar a existência dos outros, organizando relações emocionais e consequentemente, estabelecendo suas relações sociais.
No dia a dia delas intencionadas ou não elas acabam tendo que aprender que deve dividir o brinquedo, que existe o outro coleguinha, pois ali não é o cantinho da sua casa onde tudo é só seu, onde a atenção não é só sua. Esse projeto pode fazer a diferença na rotina do trabalho do profissional de educação. Pois a ludicidade é uma ferramenta fundamental de ensino.
O projeto procurou-se discutir a importância do brincar na educação infantil trazendo jogos e brincadeiras no processo de aprendizado. Assim podemos refletir que o brincar é precioso recurso pedagógico, tornando a aprendizagem mais concreta e prazerosa. Por meio dos jogos e atividades lúdicas a criança terá uma educação qualidade e significativa. É necessário reconhecer as atividades lúdicas, de forma geral, como elementos culturais que melhor representam a particularidade da infância de cada criança.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Anne. Ludicidade como Instrumento Pedagógico.Disponivel em: http://www.cdof.com.br/recrea22.htm. Acesso no dia 19 de fevereiro de 2006.
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