Buscar

A Utopia da Posse Comum

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questão 1/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna são nomes que designam três épocas da história da Europa – nomes que são cientificamente ‘despropositados’ [...], mas indispensáveis para a compreensão prática, Mais disparatado é o conceito de Idade Média -um neologismo dos humanistas italianos e somente explicável a partir do ponto de vista deles. Muito se tem discutido sobre os limites desse período e sobre o problema da periodização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CURTIUS, Ernest. Literatura europeia e Idade Média latina. Trad. Paulo Rónai. São Paulo: Edusp, 1996, p. 53. 
Apesar da terminologia duvidosa, sob termo literatura medieval convivem diferentes expressões literárias produzidas entre os séculos V e XV. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, assinale a alternativa que apresenta corretamente duas obras escritas durante a Idade Média:
Nota: 10.0
	
	A
	Canção de Rolando – Romanceiro da Inconfidência.
	
	B
	Beowulf – Harry Porter.
	
	C
	Divina Comédia – O anel dos Nibelungos.
Você acertou!
Dentre as obras mencionadas nas alternativas, esta alternativa é a única que contém duas obras escritas durante o período medieval. Romanceiro da Inconfidência é obra de Cecília Meireles, Harry Porter é texto contemporâneo; Marília de Dirceu é poema arcadista escrito por Tomás Antônio Gonzaga; e O senhor dos anéis é obra contemporânea. (livro-base, p. 186)
	
	D
	O anel dos Nibelungos – Marília de Dirceu.
	
	E
	O senhor dos anéis – Canção de Rolando.
Questão 2/10 - Teoria Literária
Leia o excerto de texto a seguir
“A situação épica primitiva é:um narrador conta a um auditório alguma coisa que aconteceu. O ponto de vista do narrador encontra-se, pois, em frente do que vai contar; uma fusão como na Lìrica não pode surgir aqui. A clara expressão linguística disto é o pretérito, em que a narração se apresenta como passada, isto é, como qualquer coisa de imutável, de fixo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 388.
Homero, a quem se atribui a autoria da Ilíada e da Odisseia, organizou e articulou várias narrativas orais contadas e cantadas por poetas conhecidos como rapsodos por meio do narrador “épico”. O texto escrito na realidade só vai ser estabelecido séculos mais tarde por filólogos da biblioteca de Alexandria. Em vista disso, do excerto acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca das origens e elementos estruturais do gênero épico, leia as afirmativas a seguir: 
I – A rapsódia era um canto improvisado parecido com o repente nordestino em que se intercalam versos originais e versos já feitos.
II – O gênero épica deriva na Grécia das narrativas dos protagonistas da cidade-Estado, versando sobre fatos políticos e corriqueiros.
III – As rapsódias e mesmo os textos épicos tinham um efeito didático, porque por meio de exemplos de seus heróis indicavam caminhos virtuosos.
IV – A épica se concentrava na paródia de líderes e guerreiros gregos, mostrando seus vícios à comunidade a que pertenciam.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	II e III.
	
	C
	II e IV.
	
	D
	II, III e IV.
	
	E
	I e III.
As afirmativas I e III estão corretas porque “a rapsódia era uma espécie de recitação improvisada, como eram (sic) os dos nossos cantadores nordestinos os epítetos [...]”. Além disso, segundo Staiger, “A rapsódia necessitava de uma grande provisão de versos já feitos, que intercalava de quando em vez, para nesse ínterim [intervalo] penar no que viria a seguir” (livro-base, p. 145, 144). E (afirmativa III) “tais narrativas tinham que ser modelares, explicativas do Bem e da Verdade e de seus opostos, para que os membros do grupo pudessem encontrar o caminho qualificante do herói virtuoso e nobre” (livro-base, p. 145) As afirmativas II e IV estão erradas porque os protagonistas das histórias das rapsódias gregas resultam de “narrativas tribais que eram unificadoras dos grupos, alguns completamente primitivos [sic]” e porque   e  porque a épica não era paródica tampouco exaltava os vícios de seus heróis. (livro-base, 145).
Questão 3/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Os habitantes da Utopia aplicam aqui o princípio da posse comum. Para abolir a ideia da propriedade individual e absoluta, trocam de casa todos os dez anos e tiram a sorte da que lhes deve caber na partilha. Os habitantes das cidades tratam de seus jardins com desvelo; cultivam a vinha, os frutos, as flores e toda a sorte de plantas. Põem nessa cultura tanta ciência e gosto que jamais vi em outra parte maior fertilidade e abundância combinadas num conjunto mais gracioso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORUS, Thomas. Utopia. Domínio Público, p. 25 <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf>. Acesso em 12 de mai. 2017.
A ideia ou conceito de Utopia está ligada à arte e à literatura. Considerando o fragmento do texto acima e o conteúdo do livro Teoria da Literatura sobre utopia, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	a utopia reforça os princípios e as tradições que se deseja perpetuar na sociedade.
	
	B
	a repressão dos desejos pessoais e o impedimento da realização do desejo alheio são os fundamentos da utopia.
	
	C
	a utopia é voltada para a perpetuação do domínio do homem sobre o homem e deste sobre a natureza.
	
	D
	a utopia faz o homem pensar no mundo que deveria ser, nas coisas que devem acontecer.
Você acertou!
“O outro vocábulo que nos ocupa aqui é a utopia. Utopia é uma forma de estar no mundo por inteiro em condição de fazer vigorar aquilo que ainda não é, precisa vir a ser, aquilo que deve acontecer. [...] Muito longe de ser o inexistente e o irrealizável, a utopia é o ponto de força de realização: todas as realizações humanas foram antes utopias” (livro-base, p. 32)
	
	E
	utopia é uma forma de alienação que serve para impedir que o homem realize seus desejos.
Questão 4/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A linguagem lírica [...] é a expressão de uma emoção em que se interpenetram objetividade e alma. No exemplo em que tentamos mostrar a ‘liricização’, tornaram-se linguagem a emoção, a disposição [...]. Viveu-se, por certo, pelo sentimento, uma experiência objectiva e, por certo, ainda foi a disposição emocional que impregnou a linguagem, que deu tom a tudo e se comunicou por inteiro ao leitor”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 376. 
O texto lírico de acordo com alguns autores decorre da fusão entre o mundo e o eu, da objetividade e da subjetividade. Esse fenômeno da expressão literária teve origem na Grécia antiga, onde os poemas líricos eram cantados e acompanhados da lira, por isso o nome. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a diferença entre o aedo e o rapsodo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	os rapsodos eram os membros do coro da tragédia; e os aedos os criadores dos poemas que cantavam.
	
	B
	os aedos eram os autores dos poemas que se cantavam; os rapsodos eram os intérpretes de poemas de outros autores.
Você acertou!
Esta é a alternativa certa porque “No mundo grego, os cantadores, também poetas, eram chamados de aedos quando criavam as poesias a serem cantadas, e eram chamados de rapsodos, quando eram apenas os cantores de poesia criada por outros (livro-base, p. 152-153)
	
	C
	os aedos eram os intérpretes de poemas de outros autores, ao passo que os rapsodos só cantavam poemas deles próprios.
	
	D
	os rapsodos criavam as tragédias que mais tarde seriam cantadas pelos aedos.
	
	E
	os aedos cantavam as epopeiasde Homero, e os rapsodos cantavam os poemas de Safo e Arquíloco.
Questão 5/10 - Teoria Literária
Leia o poema abaixo: 
Acordei bemol 
Acordei bemol
Tudo estava sustenido 
Sol fazia
Só não fazia sentidou
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Leminski, Paulo. LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Cia das Letras, 2016.
Os versos do poeta curitibano Paulo Leminski empregam vários elementos literários. Considerando o poema e o conteúdo do livro Teoria Literária acerca das características do texto literário e da obra de arte, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
I – (   ) O poema de Leminski emprega predominantemente o sentido literal ou denotativo das palavras bemol e sustenido por isso pode ser considerado um texto literário.
II – (   ) O uso de aliterações, assonâncias e a quebra do uso padrão da linguagem fazem, entre outros elementos, do poema de Leminski um texto literário.
III – (   ) No poema, Leminski é movido por sua subjetividade e sua ação não é vinculada a nenhum interesse que não seja a própria expressão poética.
IV – (   ) As palavras bemol e sustenido são usadas metaforicamente, ampliando não só o campo das significações das palavras, mas também o da experiência e das sensações no leitor.
Agora marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V-V-V-F
	
	B
	F-F-F-V
	
	C
	V-F-V-F
	
	D
	F-F-V-V
	
	E
	F-V-V-V
Você acertou!
A afirmativa I é falsa porque as palavras bemol e sustenido são empregadas de forma conotativa no poema, seja como metáforas, seja como antíteses. São usadas, portanto, como constituintes literários ligados à criatividade, ao efeito de estranhamento (elementos citados no livro-base, p. 20-21) que não seriam alcançados por meio do uso dos sentidos literal e denotativo. As demais afirmativas são verdadeiras porque há aliteração e assonância (Sol/Só, sustenido/sentido etc.), quebra do sentido usual das palavras como vimos acima (livro-base, p. 21); o poema obedece ao critério de gratuidade, ou seja, não manifesta interesse algum a não ser a própria expressão poética (livro-base, p. 23); e o uso de metáforas e a expressão da subjetividade como se viu acima são constituintes do texto literário (livro-base, p. 21)
Questão 6/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Com a alegria, contentamento e ufania já ditas seguia D. Quixote sua jornada, imaginando-se, pela passada vitória, ser o cavaleiro andante mais valente que tinha o mundo naquela idade; dava por acabadas e a feliz fim conduzidas quantas aventuras lhe pudessem acontecer dali adiante; tinha em pouco os encantos e os encantadores; não se lembrava das inumeráveis pauladas que no discurso das suas cavalarias recebera, nem da pedrada que lhe arrancara metade dos dentes, nem da ingratidão dos galeotes, nem do atrevimento e da chuva de bordões dos arreeiros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CERVANTES, Miguel de. O Engenhoso cavaleiro D. Quixote de La Mancha (segundo livro). Trad. Sérgio Molina. São Paulo: 34 Letras, 2007, p. 199.
A obra de Cervantes é, entre outras coisas, uma paródia de um estilo literário predominante na Idade Média, os romances de cavalaria. Esse estilo apareceu com nuances diferentes em boa parte da Europa, variando temas e estilos de acordo com a língua em que foi escrito. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre as características dos romances de cavalaria, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	eram histórias protagonizadas por cavaleiros pagãos, gentios ou cristão, cuja finalidade era conquistar territórios e riquezas para seus reis.
	
	B
	protagonizados por cavaleiros cristãos, as ações dos romances de cavalaria envolviam donzelas em apuros, dragões e respeito a códigos de honra.
Você acertou!
Os romances de cavalaria caracterizavam-se pela presença dos elementos mencionados na alternativa, variando alguns aspectos dependendo da língua em que foi escrito. As ações desses romances “assemelhavam-se e repetiam-se – encontro com dragões, salvamento de donzelas em apuros, defesa da inocência e punição da malfeitoria. [...] O herói do romance era sempre um cristão cavaleiro, que nas cruzadas para reconquista da Terra Santa [em Jerusalém] se batera pelo seu Deus e sua dama” (livro-base, p. 184). As demais alternativas estão erradas pelas razões acima e porque esses livros não eram realistas no sentido que damos a esse termo hoje, tampouco foram proibidos de circular por essa razão, pelo contrário;  China e Índia não eram palco das lutas das Cruzadas, que diziam respeito à retomada de Jerusalém; nem giravam em torno de   brigas entre famílias rivais encenadas por pares amorosos como em Romeu e Julieta, drama da era moderna escrito por Shakespeare. 
	
	C
	os romances de cavalaria eram demasiado realistas, retratando hábitos e costumes das cortes medievais, por isso foram proibidos de circular.
	
	D
	os romances de cavalaria eram protagonizados por cavaleiros cristãos que lutaram na Índia e na China para promover ali a fé cristã.
	
	E
	protagonizados por casais de famílias rivais, os romances de cavalaria sempre terminam mal por causa da impossibilidade da consumação carnal.
 
Questão 7/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“O ponto mais controvertido dos estudos literários é o lugar que cabe ao autor. O debate é tão agitado, tão veemente, que será o mais penoso de ser abordado (será também o capítulo mais longo). Sob o nome de intenção em geral, é o papel do autor que nos interessa, a relação entre o texto e seu autor, a responsabilidade do autor pelo sentido e pela significação do texto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2014. p. 47. 
A discussão sobre o papel do autor no texto literário é bastante complexa. Pensadores importantes do século passado como Roland Barthes e Michel Foucault introduziram novas questões sobre o tema, que abalaram a visão tradicional desse elemento do texto literário. O primeiro escreveu um ensaio clássico chamado “A Morte do autor”, em 1968; e, um ano depois, o segundo proferiu uma palestra com este título: “O que é um autor?”. A partir dessas considerações, da citação acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da literatura acerca do autor, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas: 
I. (   ) O autor e narrador têm a mesma função e exercem o mesmo papel em qualquer texto literário.
II. (   ) A personagem que narra uma história é o autor, pois não há como diferenciar suas vozes nem pontos de vista.
III. (   ) Personagem e narrador são elementos do universo ficcional, por essa razão não se confundem com o autor.
IV.  (   ) O autor participa do mundo físico que vivemos ao passo que o narrador transita no mundo da ficção, por isso são muito diferentes. 
Agora marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – V – F – F
	
	B
	F – F – V – V
Você acertou!
As afirmativas III e IV são verdadeiras porque “o autor não é nem personagem, nem sequer o narrador. [...] pois o autor é pessoa física, do mundo em que vivemos. [...] O narrador e as personagens estão no universo da ficção, isto é, estão no interior do texto” (livro-base, p. 107). E as afirmativas I e II são falsas porque dizem exatamente o oposto do texto do livro-base ao identificar autor à personagem e ao narrador, o que nunca ocorre mesmo que a personagem seja o narrador do texto.
	
	C
	F – F – F – V
	
	D
	V – V – V – F
	
	E
	V – F – V – F
Questão 8/10 - Teoria Literária
Leia a passagem de texto a seguir:
“O primeiro problema que se nos depara é, obviamente, o da matéria que constitui o objeto da investigação literária. Que obras são literatura? Que obras não o são? Qual é a natureza da literatura? Embora pareçam simples, tais perguntas raramente são respondidas com clareza”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponívelem: WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura. Lisboa: Publicações Europa-América, 1971. p. 25 
De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a definição de literatura ou literariedade, leia as afirmativas a seguir:
I. O texto literário produz sensações e experiências no leitor entre outras razões porque emprega efeitos de linguagem fora dos padrões estereotipados da linguagem.
II. O texto literário deve sobretudo ser objetivo, previsível e racional de modo que o leitor possa conhecer a verdade sobre as coisas sem hesitar.
III. Procurar ir além das aparências, expressar a subjetividade e ampliar o campo da significação são aspectos predominantes do texto literário.
IV. O uso da ordem direta, da denotação e a ausência de figuras de linguagem e sonoras – como a aliteração e a assonância – são expedientes necessários para se ter um texto literário.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I e III.
As afirmativas I e III estão corretas porque atendem a estes constituintes da literalidade: subjetividade predominante; estrutura gramatical inovadora; conotação poética ou efeito de estranhamento; criatividade acentuada; plurissignificação vigorosa; e força transformadora da linguagem (livro-base, p. 20-21). As afirmativas II e IV estão erradas porque a verdade fundamentada na objetividade, na racionalidade não é elemento constituinte do texto literário, muito menos a previsibilidade, elemento que descaracteriza a literariedade, que busca a criatividade acentuada, processo que visa ao estranhamento e à surpresa (livro-base, p. 20-21).
	
	B
	II e IV
	
	C
	I e IV
	
	D
	III e IV
	
	E
	II e III
Questão 9/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Quer eu escolha, para descrever um poema, um romance ou outro texto qualquer, privilegiar o ponto de vista do autor ou o do leitor, nenhum estudo literário se abstém de estabelecer uma definição das relações entre tal texto e a literatura, tal texto e seu autor, tal texto e o mundo, tal texto e seu leitor [...], tal texto e a língua, ou de formular uma hipótese sobre essas relações, fixar os conceitos fundamentais da literatura [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2014, p.193. 
A crítica literária como se leu no fragmento acima faz uso de diferentes elementos para descrever um texto literário. Porém, cada época, de alguma forma, privilegia um aspecto em detrimento de outro. Uma mudança de critério se dá, por exemplo, no fim do século XVIII, quando houve a passagem da crítica clássica para a crítica histórica. Diante disso, do fragmento acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, que diferença há entre estas duas correntes da crítica literária? Assinale a alterativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	a crítica clássica se fundamentava em critérios ligados ao amor cortês ao passo que a histórica ligava-se ao amores libertinos.
	
	B
	na crítica clássica, comparava-se os textos literários do século XII aos modelos da Antiguidade Clássica, ao passo que a crítica histórica só tratava de textos escritos a partir do século XIX.
	
	C
	a crítica histórica pautava-se pelo pressuposto da mudança e das condições concretas em que se dava a obra literária, enquanto a perspectiva clássica era dogmática, valorizava a atemporalidade, o belo, o imutável e o abstrato.
Você acertou!
“[...]   a crítica literária do século XVIII, chamada de crítica clássica portava todas as características advindas do cerne do neoclassicismo e era, por isso, uma crítica dogmática, com preocupação judicativa, em relação a um belo intemporal [...]. No final do século XVIII, o pensamento europeu experimenta uma mudança severa que modificou os aspectos do conhecimento científico e todas as formas de saber: a passagem da ordem clássica à história. Era a transposição da condição do permanente e abstrato [clássico] para o concreto e mutável [histórico]. (livro-base, p. 68, 69)
	
	D
	a crítica histórica privilegiava o estudo das biografias dos escritores, às quais davam os valores e critérios para o exame dos textos; enquanto a crítica clássica valorizava as diferenças entre os textos da Antiguidade e os dos séculos XVI, XVII e XVIII.
	
	E
	a crítica clássica ignorava a obra dos antigos, pois via na perfeição dos versos das cantigas de amor medieval a razão atemporal de toda literatura; ao passo que a crítica histórica se concentrava nas obras realistas e execrava os românticos.
Questão 10/10 - Teoria Literária
Leia o excerto de texto a seguir:
“‘O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora’ [...]. O pavor é o sentimento de um homem que vaga em um universo sem telos [finalidade], sem evidência de um começo, sem um sentido objetivo absoluto, impossível de apreender totalmente, impossibilidade também de não conceber nada, impossível de imaginar totalmente, impossibilidade de não imaginar nada”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Martins, Andrei Venturin. As faces do silêncio em Blaise Pascal. Último Andar, n. 13, dez. 2005, p. 71 <https://revistas.pucsp.br/index.php/ultimoandar/article/viewFile/12690/9233>. Acesso em 12 de mai. 2017.
A arte está ligada a sentimentos que nos aproximam dos chamados homens primitivos. A expressão de Pascal leva o homem a procurar compreender de alguma forma aquilo que não compreende. Considerando o fragmento de texto acima e o conteúdo do livro-base Teoria Literária sobre as hipóteses que buscam explicar a necessidade da arte, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A arte ajuda o homem a preencher sua experiência diante da sensação de falta e abandono que experimenta em face do mundo.
Você acertou!
“As considerações de Gombrich mostram a fragilidade que ainda pertencem ao ser humano e o quanto isso pesa para manter o ‘primitivo’ em nós e o quanto da arte é, ainda, parte da nossa necessidade de proteção e de nossa forma de exorcizar aquilo que nos incomoda. Uma outra possibilidade de avaliar o surgimento da arte discursa sobre a necessidade humana de completar uma vida que, por si só, não basta”   (livro-base, p. 28)
	
	B
	A arte surgiu para simbolizar o domínio da natureza sobre o homem e sobre as demais espécies animais, eternizando esse poder.
	
	C
	A necessidade da arte está ligada hoje ao uso terapêutico ou medicinal, buscando curar doenças físicas ou mentais.
	
	D
	O ornamento, a decoração, as bijuterias são elementos que buscam seduzir e submeter o outro, finalidades que explicam a necessidade da arte.
	
	E
	A arte surge para completar o conhecimento científico, dando-lhe elementos concretos e empíricos para comprovação da verdade.
Questão 1/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Poesia española serve como introdução [...] tanto dos clássicos da poesia espanhola quanto, de modo geral, da pesquisa estilística moderna. O livro apresenta uma construção clara: a introdução sobre Saussure e o posfácio sobre Bally discutem teorias linguísticas que servem de base para teorias literárias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SPITZER, L. A poesia española de Dámaso Alonso. In: LIMA, L. C. Teoria da literatura em suas fontes. v. 1. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983. p. 352-353.
O fragmento de texto acima envolve dois grandes teóricos da chamada crítica estilística: Leo Spitzer e Dámaso Alonso. De acordo com o fragmento e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a crítica estilística, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	a análise estilística enfatiza o papel do leitor, que é visto sob dois ângulos: o das expectativas e o da emancipação.
	
	B
	o estímulo à análise que tem o texto como base e o foco no pensamento voltado para a essência do homem são o centro da crítica estilística.
	
	C
	o exame minucioso do autor e de sua psicologia são os elementos da análise do texto literário mais importantes paraa crítica estilística.
	
	D
	o aspecto histórico e social que envolve tanto o autor quanto a obra dirigem a pesquisa e a análise estilísticas.
	
	E
	a crítica estilística detém-se nos recursos afetivos da língua, propõe uma estilística da linguagem e tem como objeto o estilo individual.
As alternativas a, b, c e d remetem-se respectivamente às críticas da recepção, hermenêutica, biográfica e sociológica. A alternativa “e” é a única correta pois traz parte das características da crítica estilística, como se lê no livro-base: “Charles Bally [...] propõe que as operações metodológicas devem voltar-se para os recursos afetivos da língua [...], Vossler propõe uma estilística da linguagem [...], Spitzer entende como objeto de estudo da estilística o estilo individual” (livro-base, p. 74).
Questão 2/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A linguagem lírica [...] é a expressão de uma emoção em que se interpenetram objetividade e alma. No exemplo em que tentamos mostrar a ‘liricização’, tornaram-se linguagem a emoção, a disposição [...]. Viveu-se, por certo, pelo sentimento, uma experiência objectiva e, por certo, ainda foi a disposição emocional que impregnou a linguagem, que deu tom a tudo e se comunicou por inteiro ao leitor”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 376. 
O texto lírico de acordo com alguns autores decorre da fusão entre o mundo e o eu, da objetividade e da subjetividade. Esse fenômeno da expressão literária teve origem na Grécia antiga, onde os poemas líricos eram cantados e acompanhados da lira, por isso o nome. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a diferença entre o aedo e o rapsodo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	os rapsodos eram os membros do coro da tragédia; e os aedos os criadores dos poemas que cantavam.
	
	B
	os aedos eram os autores dos poemas que se cantavam; os rapsodos eram os intérpretes de poemas de outros autores.
Você acertou!
Esta é a alternativa certa porque “No mundo grego, os cantadores, também poetas, eram chamados de aedos quando criavam as poesias a serem cantadas, e eram chamados de rapsodos, quando eram apenas os cantores de poesia criada por outros (livro-base, p. 152-153)
	
	C
	os aedos eram os intérpretes de poemas de outros autores, ao passo que os rapsodos só cantavam poemas deles próprios.
	
	D
	os rapsodos criavam as tragédias que mais tarde seriam cantadas pelos aedos.
	
	E
	os aedos cantavam as epopeias de Homero, e os rapsodos cantavam os poemas de Safo e Arquíloco.
Questão 3/10 - Teoria Literária
Leia o poema abaixo: 
Acordei bemol 
Acordei bemol
Tudo estava sustenido 
Sol fazia
Só não fazia sentido
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Leminski, Paulo. LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Cia das Letras, 2016.
Os versos do poeta curitibano Paulo Leminski empregam vários elementos literários. Considerando o poema e o conteúdo do livro Teoria Literária acerca das características do texto literário e da obra de arte, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
I – (   ) O poema de Leminski emprega predominantemente o sentido literal ou denotativo das palavras bemol e sustenido por isso pode ser considerado um texto literário.
II – (   ) O uso de aliterações, assonâncias e a quebra do uso padrão da linguagem fazem, entre outros elementos, do poema de Leminski um texto literário.
III – (   ) No poema, Leminski é movido por sua subjetividade e sua ação não é vinculada a nenhum interesse que não seja a própria expressão poética.
IV – (   ) As palavras bemol e sustenido são usadas metaforicamente, ampliando não só o campo das significações das palavras, mas também o da experiência e das sensações no leitor.
Agora marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V-V-V-F
	
	B
	F-F-F-V
	
	C
	V-F-V-F
	
	D
	F-F-V-V
	
	E
	F-V-V-V
Você acertou!
A afirmativa I é falsa porque as palavras bemol e sustenido são empregadas de forma conotativa no poema, seja como metáforas, seja como antíteses. São usadas, portanto, como constituintes literários ligados à criatividade, ao efeito de estranhamento (elementos citados no livro-base, p. 20-21) que não seriam alcançados por meio do uso dos sentidos literal e denotativo. As demais afirmativas são verdadeiras porque há aliteração e assonância (Sol/Só, sustenido/sentido etc.), quebra do sentido usual das palavras como vimos acima (livro-base, p. 21); o poema obedece ao critério de gratuidade, ou seja, não manifesta interesse algum a não ser a própria expressão poética (livro-base, p. 23); e o uso de metáforas e a expressão da subjetividade como se viu acima são constituintes do texto literário (livro-base, p. 21)
Questão 4/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Em geral não oferece dúvida a questão de saber se uma obra pertence ao sector lírico, épico ou dramático. A inclusão é condicionada pela forma sob que se apresenta a obra de arte. Se nos é contada alguma coisa, trata-se da Épica; se pessoas disfarçadas por meio de gestos e discursos actuam num palco, trata-se da Dramática, e da Lírica quando um ‘eu’ sente estado e o traduz”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 370.
A classificação de textos por gêneros é bastante complexa e por isso muito discutida pela teoria da literatura. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, relacione corretamente os nomes dos gêneros aos textos literários que lhes correspondem:
1. Epopeia
2. tragédia
3. Lírica 
(   ) Acordei bemol
Acordei bemol
Tudo estava sustenido 
Sol fazia
Só não fazia sentido 
(   ) “CORO: [...] Oh, fortuna do homem venturoso,
do mistério divino instruído
que a sua vida santifica
e se faz alma do fervoroso! [...]
Apenas o termo fixado pelas Moiras foi chegado
a coxa de Zeus, este deus,
Cornudo como um touro, pariu.
e de serpentes o coroou”.
(...) “As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia lusitana
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos de guerra, esforçados
Mais o que prometia a força humana
Entre gente remota edificaram
Nosso reino que tanto sublimaram”.
Agora assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	1,3,2
	
	B
	 2,3,1
	
	C
	3,2,1
O primeiro texto é lírico, porque o “poeta lírico escuta sempre de novo em seu íntimo os acordes já uma vez entoados, recria-os como também os cria o leitor” “A enorme subjetividade que comporta o grande mistério lírico [...], Diferente do autor épico [...], diferente do criador dramático [...],o poeta lírico é um solitário [...] e não intenciona [sic] ninguém além daqueles que experimentarem a mesma disposição anímica para o encantamento puro emocional, de alma” (livro-base,p. 154). Como se leu no trecho anterior, tais características estão presentes no poema Acordei bemol, de Paulo Leminski, uma vez que expressa sentimentos íntimos e subjetivos cuja finalidade é emocionar, quando possível. O segundo trecho pertence a uma tragédia (As bacantes, de Eurípedes), dada a presença do coro, elemento constituinte desse gênero (livro-base, p. 150). Por fim, o último trecho corresponde a um épico, ao poema fundador da literatura portuguesa, Os Lusíadas, no qual se narram as viagens de Vasco da Gama marco da expansão ultramarina de Portugal. Neste livro o narrador mantém a posição distanciada como requer as normas desse gênero (livro-base, p. xxx)
	
	D
	1,2,3
	
	E
	3,1,2
Questão 5/10 - Teoria Literária
Leia o soneto a seguir:
“Oh! Quão caro me custa o entender-te, 
Molesto Amor que, só por alcançar-te, 
De dor em dor me tens trazido a parte 
Onde em ti ódio e ira se converte! 
Cuidei que para em tudoconhecer-te, 
Me não faltava experiência e arte; 
Mas na alma vejo agora acrescentar-te 
Aquilo que era causa de perder-te. 
Estavas tão secreto no meu peito, 
Que eu mesmo, que te tinha, não sabia 
Que me senhoreavas deste jeito. 
Descobriste-te agora; e foi por via 
Que teu descobrimento e meu defeito, 
Um me envergonha e outro me injuria.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.avozdapoesia.com.br/obras_ler.php?obra_id=16143&poeta_id=292>. Acesso em: 22 maio 2017. 
O Renascimento alcançou grande parte do continente europeu. Portugal participou desse movimento ainda que de modo lateral e secundário. Escrito pelo principal poeta português desse período, o poema acima obedece aos moldes do soneto petrarquiano, próprio do estilo renascentista. Considerando o soneto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, assinale a alternativa que apresenta corretamente dois nomes de escritores portugueses que se destacaram no período renascentista português:
Nota: 10.0
	
	A
	Luís de Camões — Mário Carneiro.
	
	B
	Gil Vicente — Fernando Pessoa.
	
	C
	Alexandre Herculano — Eça de Queiroz.
	
	D
	Gil Vicente — Luís de Camões.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta pois estes foram os dois escritores portugueses que produziram nesse período: “[...] o jovem Camões produziu sua máxima poesia, Os Lusíadas, e Gil Vicente captou o cômico e o trágico e representou a sociedade portuguesa por inteiro, em Autos magníficos, obra que ainda agora constitui uma parte significativa do tesouro da literatura mundial” (livro-base, p. 191). Os demais escritores, todos portugueses, pertencem a outras escolas literárias e viveram em outros períodos.
	
	E
	Camilo Castelo Branco — Alexandre Herculano.
Questão 6/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Os habitantes da Utopia aplicam aqui o princípio da posse comum. Para abolir a ideia da propriedade individual e absoluta, trocam de casa todos os dez anos e tiram a sorte da que lhes deve caber na partilha. Os habitantes das cidades tratam de seus jardins com desvelo; cultivam a vinha, os frutos, as flores e toda a sorte de plantas. Põem nessa cultura tanta ciência e gosto que jamais vi em outra parte maior fertilidade e abundância combinadas num conjunto mais gracioso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORUS, Thomas. Utopia. Domínio Público, p. 25 <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf>. Acesso em 12 de mai. 2017.
A ideia ou conceito de Utopia está ligada à arte e à literatura. Considerando o fragmento do texto acima e o conteúdo do livro Teoria da Literatura sobre utopia, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	a utopia reforça os princípios e as tradições que se deseja perpetuar na sociedade.
	
	B
	a repressão dos desejos pessoais e o impedimento da realização do desejo alheio são os fundamentos da utopia.
	
	C
	a utopia é voltada para a perpetuação do domínio do homem sobre o homem e deste sobre a natureza.
	
	D
	a utopia faz o homem pensar no mundo que deveria ser, nas coisas que devem acontecer.
Você acertou!
“O outro vocábulo que nos ocupa aqui é a utopia. Utopia é uma forma de estar no mundo por inteiro em condição de fazer vigorar aquilo que ainda não é, precisa vir a ser, aquilo que deve acontecer. [...] Muito longe de ser o inexistente e o irrealizável, a utopia é o ponto de força de realização: todas as realizações humanas foram antes utopias” (livro-base, p. 32)
	
	E
	utopia é uma forma de alienação que serve para impedir que o homem realize seus desejos.
Questão 7/10 - Teoria Literária
Leia o excerto de texto a seguir
“A situação épica primitiva é:um narrador conta a um auditório alguma coisa que aconteceu. O ponto de vista do narrador encontra-se, pois, em frente do que vai contar; uma fusão como na Lìrica não pode surgir aqui. A clara expressão linguística disto é o pretérito, em que a narração se apresenta como passada, isto é, como qualquer coisa de imutável, de fixo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 388.
Homero, a quem se atribui a autoria da Ilíada e da Odisseia, organizou e articulou várias narrativas orais contadas e cantadas por poetas conhecidos como rapsodos por meio do narrador “épico”. O texto escrito na realidade só vai ser estabelecido séculos mais tarde por filólogos da biblioteca de Alexandria. Em vista disso, do excerto acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca das origens e elementos estruturais do gênero épico, leia as afirmativas a seguir: 
I – A rapsódia era um canto improvisado parecido com o repente nordestino em que se intercalam versos originais e versos já feitos.
II – O gênero épica deriva na Grécia das narrativas dos protagonistas da cidade-Estado, versando sobre fatos políticos e corriqueiros.
III – As rapsódias e mesmo os textos épicos tinham um efeito didático, porque por meio de exemplos de seus heróis indicavam caminhos virtuosos.
IV – A épica se concentrava na paródia de líderes e guerreiros gregos, mostrando seus vícios à comunidade a que pertenciam.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	II e III.
	
	C
	II e IV.
	
	D
	II, III e IV.
	
	E
	I e III.
Você acertou!
As afirmativas I e III estão corretas porque “a rapsódia era uma espécie de recitação improvisada, como eram (sic) os dos nossos cantadores nordestinos os epítetos [...]”. Além disso, segundo Staiger, “A rapsódia necessitava de uma grande provisão de versos já feitos, que intercalava de quando em vez, para nesse ínterim [intervalo] penar no que viria a seguir” (livro-base, p. 145, 144). E (afirmativa III) “tais narrativas tinham que ser modelares, explicativas do Bem e da Verdade e de seus opostos, para que os membros do grupo pudessem encontrar o caminho qualificante do herói virtuoso e nobre” (livro-base, p. 145) As afirmativas II e IV estão erradas porque os protagonistas das histórias das rapsódias gregas resultam de “narrativas tribais que eram unificadoras dos grupos, alguns completamente primitivos [sic]” e porque   e  porque a épica não era paródica tampouco exaltava os vícios de seus heróis. (livro-base, 145).
Questão 8/10 - Teoria Literária
Leia o soneto a seguir:
“Triste Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante 
Estás e estou do nosso antigo estado! 
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, 
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante, 
Que em tua larga barra tem entrado, 
A mim foi-me trocando, e tem trocado, 
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente 
Pelas drogas inúteis, que abelhuda 
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus que de repente 
Um dia amanheceras tão sisuda 
Que fora de algodão o teu capote!”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.
O poema acima é de Gregorio de Mattos, expoente do Barroco brasileiro. O soneto acima pinta um quadro crítico da Bahia um dia rica agora pobre, embora tomada por negócios e negociantes. Esses aspectos são elementos que compõem o estilo barroco. Considerando o soneto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, o barroco caracteriza-se por:
Nota: 10.0
	
	A
	compor um estilo sóbrio, simétrico, expressando um mundo harmônico semelhante ao da natureza vista como um todo ordenado.
	
	B
	expressar os sentimentos do homem apaixonado, que tem dentro de si o sentimento do absoluto, que não encontra no mundo.
	
	C
	manifesta várias oposições, justapondo o belo ao monstruoso, a perfeição ao grotesco, expressando as contradições do mundo pós-renascentista.
Você acertou!
Esta alternativa está correta porque a arte barroca manifestava “extraordinárias oposições: a beleza e a delicadeza estavam juntas com a monstruosidade e ogrosseiro. Ao mesmo tempo em que nas criações literárias criava-se um mundo perfeito, [...] também cultivava uma estética do grotesco e do feio [...]” (livro-base, p. 194). As demais alternativas estão erradas porque a alternativa a corresponde às características do classicismo; a b, às do romantismo; a d, às do renascentismo; e a e, às do moderno e pós moderno.
	
	D
	situar, no centro do mundo, o homem, cujas propriedades racionais são as ferramentas por meio das quais entende e representa o mundo.
	
	E
	desfazer os limites entre a arte e o real ao produzir obras em que não percebem os limites entre ficção e realidade.
Questão 9/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna são nomes que designam três épocas da história da Europa – nomes que são cientificamente ‘despropositados’ [...], mas indispensáveis para a compreensão prática, Mais disparatado é o conceito de Idade Média -um neologismo dos humanistas italianos e somente explicável a partir do ponto de vista deles. Muito se tem discutido sobre os limites desse período e sobre o problema da periodização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CURTIUS, Ernest. Literatura europeia e Idade Média latina. Trad. Paulo Rónai. São Paulo: Edusp, 1996, p. 53. 
Apesar da terminologia duvidosa, sob termo literatura medieval convivem diferentes expressões literárias produzidas entre os séculos V e XV. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, assinale a alternativa que apresenta corretamente duas obras escritas durante a Idade Média:
Nota: 10.0
	
	A
	Canção de Rolando – Romanceiro da Inconfidência.
	
	B
	Beowulf – Harry Porter.
	
	C
	Divina Comédia – O anel dos Nibelungos.
Você acertou!
Dentre as obras mencionadas nas alternativas, esta alternativa é a única que contém duas obras escritas durante o período medieval. Romanceiro da Inconfidência é obra de Cecília Meireles, Harry Porter é texto contemporâneo; Marília de Dirceu é poema arcadista escrito por Tomás Antônio Gonzaga; e O senhor dos anéis é obra contemporânea. (livro-base, p. 186)
	
	D
	O anel dos Nibelungos – Marília de Dirceu.
	
	E
	O senhor dos anéis – Canção de Rolando.
Questão 10/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir
“A solução reside em relacionar o processo histórico com um valor ou norma. Só então poderá a série de eventos, aparentemente desprovida de sentido, ser desmontada nos seus elementos essenciais e não essenciais. Só então poderemos falar em uma evolução histórica, que, no entanto, não afete a individualidade de cada evento específico”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura. Lisboa: Publicações Europa-América, 1971. p. 325. 
A elaboração de uma história literária implica em reunir sob um mesmo conjunto de critérios obras singulares que, em última instância, não se reduzem a eles. De toda forma, é por meio dessa identificação de semelhanças de estilos em obras diferentes que é possível classificá-las em obras clássicas, renascentistas, além, claro, do critério histórico. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre os estilos literários, relacione os estilos abaixo às suas características: 
1. Barroco
2. Renascentismo 
(  ) Estilo cujos artistas mostram diversas habilidades, ou seja, um escritor pode ser ao mesmo tempo político e poeta.
(  ) Manifestação de fortes oposições, sobretudo entre o belo e o monstruoso e a perfeição e o grotesco.
( ) Expressa o culto pelo homem e pela razão matemática como o cálculo, elementos que constituem as obras do período.
(  ) Expressão de sentimentos muito contraditórios que manifestam o desencanto com mundo e o desejo de fugir dele.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	1 – 2 – 1 – 2
Você acertou!
As respostas 1 apresentam características do estilo renascentista porque os artistas desse período tinham diversas habilidades artísticas, eram homens avessos à especialização: “[Maquiavel] Foi político e homem de negócio, tanto quanto de letras. Durante o Renascimento, uma coisa não excluía a outra, um homem podia ser ao mesmo tempo estadista e poeta. Um escultor compunha versos (caso de Michelangelo), ia à guerra e sentava-se nos conselhos da cidade. Maquiavel estudou, era ao mesmo tempo patrono das artes e homem de letras” (livro-base, p. 189) e porque o “Renascimento é um período marcado pelo culto do homem e do super-homem. Os poderes do cálculo e do método estavam evidenciados, e toda uma parcela da população assumia o anticlerical, antiescolástico, antiascético” (livro-base, p. 188). E as respostas 2 apresentam as características do barroco porque este manifestava “extraordinárias oposições: a beleza e a delicadeza estavam juntas com a monstruosidade e o grosseiro. Ao mesmo tempo em que nas criações literárias criava-se um mundo perfeito, [...] também cultivava uma estética do grotesco e do feio” (livro-base, p. 194).
	
	B
	1 – 1 – 2 – 2
	
	C
	1 – 2 – 2 – 1
	
	D
	2 – 1 – 1 – 1
	
	E
	2 – 1 – 1 – 2
Questão 1/10 - Teoria Literária
Leia o soneto a seguir:
“Triste Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante 
Estás e estou do nosso antigo estado! 
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, 
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante, 
Que em tua larga barra tem entrado, 
A mim foi-me trocando, e tem trocado, 
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente 
Pelas drogas inúteis, que abelhuda 
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus que de repente 
Um dia amanheceras tão sisuda 
Que fora de algodão o teu capote!”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.
O poema acima é de Gregorio de Mattos, expoente do Barroco brasileiro. O soneto acima pinta um quadro crítico da Bahia um dia rica agora pobre, embora tomada por negócios e negociantes. Esses aspectos são elementos que compõem o estilo barroco. Considerando o soneto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, o barroco caracteriza-se por:
Nota: 10.0
	
	A
	compor um estilo sóbrio, simétrico, expressando um mundo harmônico semelhante ao da natureza vista como um todo ordenado.
	
	B
	expressar os sentimentos do homem apaixonado, que tem dentro de si o sentimento do absoluto, que não encontra no mundo.
	
	C
	manifesta várias oposições, justapondo o belo ao monstruoso, a perfeição ao grotesco, expressando as contradições do mundo pós-renascentista.
Você acertou!
Esta alternativa está correta porque a arte barroca manifestava “extraordinárias oposições: a beleza e a delicadeza estavam juntas com a monstruosidade e o grosseiro. Ao mesmo tempo em que nas criações literárias criava-se um mundo perfeito, [...] também cultivava uma estética do grotesco e do feio [...]” (livro-base, p. 194). As demais alternativas estão erradas porque a alternativa a corresponde às características do classicismo; a b, às do romantismo; a d, às do renascentismo; e a e, às do moderno e pós moderno.
	
	D
	situar, no centro do mundo, o homem, cujas propriedades racionais são as ferramentas por meio das quais entende e representa o mundo.
	
	E
	desfazer os limites entre a arte e o real ao produzir obras em que não percebem os limites entre ficção e realidade.
Questão 2/10 - Teoria Literária
ÁPORO
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
 
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
 
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
 
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, C. Drummond de. Áporo. In: ANDRADE, C.D. de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 2010, p. 260.
O poema de Carlos Drummond de Andrade exige do leitor conhecimentos que vão alémdos especificamente linguísticos e literários. De acordo com o conteúdo do livro-base Teoria da Literatura sobre a relação entre teoria literária e as outras áreas do conhecimento, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	o teórico da linguagem é um especialista das ciências da linguagem, portanto não deve empregar o conhecimento de outras áreas do conhecimento.
	
	B
	além das ciências da linguagem, a história e a psicologia constituem o campo teórico do crítico literário.
	
	C
	o teórico da literatura é guiado pelos sentidos do texto, por isso não pode ficar restrito aos conhecimentos do campo literário.
“Sim, mesmo que não seja diretamente, mas com certeza quem define quem dirige a investigação do teórico é o conteúdo do texto. Isso pode significar que um teórico da literatura deve conhecer todo e qualquer assunto? Sim e não. Necessariamente, o teórico precisa estar disponível para a investigação em qualquer área do conhecimento humano”. (livro-base, p. 54)
	
	D
	a gramática tradicional e a história de vida são os campos com os quais o teórico da literatura deve realizar sua crítica. 
	
	E
	a crítica literária propõe-se a identificar os aspectos negativos do texto literário com base nas ciências da linguagem e na norma padrão.
Questão 3/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“O ponto mais controvertido dos estudos literários é o lugar que cabe ao autor. O debate é tão agitado, tão veemente, que será o mais penoso de ser abordado (será também o capítulo mais longo). Sob o nome de intenção em geral, é o papel do autor que nos interessa, a relação entre o texto e seu autor, a responsabilidade do autor pelo sentido e pela significação do texto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2014. p. 47. 
A discussão sobre o papel do autor no texto literário é bastante complexa. Pensadores importantes do século passado como Roland Barthes e Michel Foucault introduziram novas questões sobre o tema, que abalaram a visão tradicional desse elemento do texto literário. O primeiro escreveu um ensaio clássico chamado “A Morte do autor”, em 1968; e, um ano depois, o segundo proferiu uma palestra com este título: “O que é um autor?”. A partir dessas considerações, da citação acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da literatura acerca do autor, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas: 
I. (   ) O autor e narrador têm a mesma função e exercem o mesmo papel em qualquer texto literário.
II. (   ) A personagem que narra uma história é o autor, pois não há como diferenciar suas vozes nem pontos de vista.
III. (   ) Personagem e narrador são elementos do universo ficcional, por essa razão não se confundem com o autor.
IV.  (   ) O autor participa do mundo físico que vivemos ao passo que o narrador transita no mundo da ficção, por isso são muito diferentes. 
Agora marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – V – F – F
	
	B
	F – F – V – V
Você acertou!
As afirmativas III e IV são verdadeiras porque “o autor não é nem personagem, nem sequer o narrador. [...] pois o autor é pessoa física, do mundo em que vivemos. [...] O narrador e as personagens estão no universo da ficção, isto é, estão no interior do texto” (livro-base, p. 107). E as afirmativas I e II são falsas porque dizem exatamente o oposto do texto do livro-base ao identificar autor à personagem e ao narrador, o que nunca ocorre mesmo que a personagem seja o narrador do texto.
	
	C
	F – F – F – V
	
	D
	V – V – V – F
	
	E
	V – F – V – F
Questão 4/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A linguagem lírica [...] é a expressão de uma emoção em que se interpenetram objetividade e alma. No exemplo em que tentamos mostrar a ‘liricização’, tornaram-se linguagem a emoção, a disposição [...]. Viveu-se, por certo, pelo sentimento, uma experiência objectiva e, por certo, ainda foi a disposição emocional que impregnou a linguagem, que deu tom a tudo e se comunicou por inteiro ao leitor”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 376. 
O texto lírico de acordo com alguns autores decorre da fusão entre o mundo e o eu, da objetividade e da subjetividade. Esse fenômeno da expressão literária teve origem na Grécia antiga, onde os poemas líricos eram cantados e acompanhados da lira, por isso o nome. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a diferença entre o aedo e o rapsodo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	os rapsodos eram os membros do coro da tragédia; e os aedos os criadores dos poemas que cantavam.
	
	B
	os aedos eram os autores dos poemas que se cantavam; os rapsodos eram os intérpretes de poemas de outros autores.
Você acertou!
Esta é a alternativa certa porque “No mundo grego, os cantadores, também poetas, eram chamados de aedos quando criavam as poesias a serem cantadas, e eram chamados de rapsodos, quando eram apenas os cantores de poesia criada por outros (livro-base, p. 152-153)
	
	C
	os aedos eram os intérpretes de poemas de outros autores, ao passo que os rapsodos só cantavam poemas deles próprios.
	
	D
	os rapsodos criavam as tragédias que mais tarde seriam cantadas pelos aedos.
	
	E
	os aedos cantavam as epopeias de Homero, e os rapsodos cantavam os poemas de Safo e Arquíloco.
Questão 5/10 - Teoria Literária
Leia o excerto de texto a seguir
“A situação épica primitiva é:um narrador conta a um auditório alguma coisa que aconteceu. O ponto de vista do narrador encontra-se, pois, em frente do que vai contar; uma fusão como na Lìrica não pode surgir aqui. A clara expressão linguística disto é o pretérito, em que a narração se apresenta como passada, isto é, como qualquer coisa de imutável, de fixo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 388.
Homero, a quem se atribui a autoria da Ilíada e da Odisseia, organizou e articulou várias narrativas orais contadas e cantadas por poetas conhecidos como rapsodos por meio do narrador “épico”. O texto escrito na realidade só vai ser estabelecido séculos mais tarde por filólogos da biblioteca de Alexandria. Em vista disso, do excerto acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca das origens e elementos estruturais do gênero épico, leia as afirmativas a seguir: 
I – A rapsódia era um canto improvisado parecido com o repente nordestino em que se intercalam versos originais e versos já feitos.
II – O gênero épica deriva na Grécia das narrativas dos protagonistas da cidade-Estado, versando sobre fatos políticos e corriqueiros.
III – As rapsódias e mesmo os textos épicos tinham um efeito didático, porque por meio de exemplos de seus heróis indicavam caminhos virtuosos.
IV – A épica se concentrava na paródia de líderes e guerreiros gregos, mostrando seus vícios à comunidade a que pertenciam.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	II e III.
	
	C
	II e IV.
	
	D
	II, III e IV.
	
	E
	I e III.
Você acertou!
As afirmativas I e III estão corretas porque “a rapsódia era uma espécie de recitação improvisada, como eram (sic) os dos nossos cantadores nordestinos os epítetos [...]”. Além disso, segundo Staiger, “A rapsódia necessitava de uma grande provisão de versos já feitos, que intercalava de quando em vez, para nesse ínterim [intervalo] penar no que viria a seguir” (livro-base, p. 145, 144). E (afirmativa III) “tais narrativas tinham que ser modelares, explicativas do Bem e da Verdade e de seus opostos, para que os membros do grupo pudessem encontrar o caminho qualificante do herói virtuoso e nobre” (livro-base, p. 145) As afirmativas II e IV estão erradas porque os protagonistasdas histórias das rapsódias gregas resultam de “narrativas tribais que eram unificadoras dos grupos, alguns completamente primitivos [sic]” e porque   e  porque a épica não era paródica tampouco exaltava os vícios de seus heróis. (livro-base, 145).
Questão 6/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Os habitantes da Utopia aplicam aqui o princípio da posse comum. Para abolir a ideia da propriedade individual e absoluta, trocam de casa todos os dez anos e tiram a sorte da que lhes deve caber na partilha. Os habitantes das cidades tratam de seus jardins com desvelo; cultivam a vinha, os frutos, as flores e toda a sorte de plantas. Põem nessa cultura tanta ciência e gosto que jamais vi em outra parte maior fertilidade e abundância combinadas num conjunto mais gracioso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORUS, Thomas. Utopia. Domínio Público, p. 25 <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf>. Acesso em 12 de mai. 2017.
A ideia ou conceito de Utopia está ligada à arte e à literatura. Considerando o fragmento do texto acima e o conteúdo do livro Teoria da Literatura sobre utopia, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	a utopia reforça os princípios e as tradições que se deseja perpetuar na sociedade.
	
	B
	a repressão dos desejos pessoais e o impedimento da realização do desejo alheio são os fundamentos da utopia.
	
	C
	a utopia é voltada para a perpetuação do domínio do homem sobre o homem e deste sobre a natureza.
	
	D
	a utopia faz o homem pensar no mundo que deveria ser, nas coisas que devem acontecer.
Você acertou!
“O outro vocábulo que nos ocupa aqui é a utopia. Utopia é uma forma de estar no mundo por inteiro em condição de fazer vigorar aquilo que ainda não é, precisa vir a ser, aquilo que deve acontecer. [...] Muito longe de ser o inexistente e o irrealizável, a utopia é o ponto de força de realização: todas as realizações humanas foram antes utopias” (livro-base, p. 32)
	
	E
	utopia é uma forma de alienação que serve para impedir que o homem realize seus desejos.
Questão 7/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna são nomes que designam três épocas da história da Europa – nomes que são cientificamente ‘despropositados’ [...], mas indispensáveis para a compreensão prática, Mais disparatado é o conceito de Idade Média -um neologismo dos humanistas italianos e somente explicável a partir do ponto de vista deles. Muito se tem discutido sobre os limites desse período e sobre o problema da periodização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CURTIUS, Ernest. Literatura europeia e Idade Média latina. Trad. Paulo Rónai. São Paulo: Edusp, 1996, p. 53. 
Apesar da terminologia duvidosa, sob termo literatura medieval convivem diferentes expressões literárias produzidas entre os séculos V e XV. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, assinale a alternativa que apresenta corretamente duas obras escritas durante a Idade Média:
Nota: 10.0
	
	A
	Canção de Rolando – Romanceiro da Inconfidência.
	
	B
	Beowulf – Harry Porter.
	
	C
	Divina Comédia – O anel dos Nibelungos.
Você acertou!
Dentre as obras mencionadas nas alternativas, esta alternativa é a única que contém duas obras escritas durante o período medieval. Romanceiro da Inconfidência é obra de Cecília Meireles, Harry Porter é texto contemporâneo; Marília de Dirceu é poema arcadista escrito por Tomás Antônio Gonzaga; e O senhor dos anéis é obra contemporânea. (livro-base, p. 186)
	
	D
	O anel dos Nibelungos – Marília de Dirceu.
	
	E
	O senhor dos anéis – Canção de Rolando.
Questão 8/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir
“A solução reside em relacionar o processo histórico com um valor ou norma. Só então poderá a série de eventos, aparentemente desprovida de sentido, ser desmontada nos seus elementos essenciais e não essenciais. Só então poderemos falar em uma evolução histórica, que, no entanto, não afete a individualidade de cada evento específico”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura. Lisboa: Publicações Europa-América, 1971. p. 325. 
A elaboração de uma história literária implica em reunir sob um mesmo conjunto de critérios obras singulares que, em última instância, não se reduzem a eles. De toda forma, é por meio dessa identificação de semelhanças de estilos em obras diferentes que é possível classificá-las em obras clássicas, renascentistas, além, claro, do critério histórico. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre os estilos literários, relacione os estilos abaixo às suas características: 
1. Barroco
2. Renascentismo 
(  ) Estilo cujos artistas mostram diversas habilidades, ou seja, um escritor pode ser ao mesmo tempo político e poeta.
(  ) Manifestação de fortes oposições, sobretudo entre o belo e o monstruoso e a perfeição e o grotesco.
( ) Expressa o culto pelo homem e pela razão matemática como o cálculo, elementos que constituem as obras do período.
(  ) Expressão de sentimentos muito contraditórios que manifestam o desencanto com mundo e o desejo de fugir dele.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	1 – 2 – 1 – 2
Você acertou!
As respostas 1 apresentam características do estilo renascentista porque os artistas desse período tinham diversas habilidades artísticas, eram homens avessos à especialização: “[Maquiavel] Foi político e homem de negócio, tanto quanto de letras. Durante o Renascimento, uma coisa não excluía a outra, um homem podia ser ao mesmo tempo estadista e poeta. Um escultor compunha versos (caso de Michelangelo), ia à guerra e sentava-se nos conselhos da cidade. Maquiavel estudou, era ao mesmo tempo patrono das artes e homem de letras” (livro-base, p. 189) e porque o “Renascimento é um período marcado pelo culto do homem e do super-homem. Os poderes do cálculo e do método estavam evidenciados, e toda uma parcela da população assumia o anticlerical, antiescolástico, antiascético” (livro-base, p. 188). E as respostas 2 apresentam as características do barroco porque este manifestava “extraordinárias oposições: a beleza e a delicadeza estavam juntas com a monstruosidade e o grosseiro. Ao mesmo tempo em que nas criações literárias criava-se um mundo perfeito, [...] também cultivava uma estética do grotesco e do feio” (livro-base, p. 194).
	
	B
	1 – 1 – 2 – 2
	
	C
	1 – 2 – 2 – 1
	
	D
	2 – 1 – 1 – 1
	
	E
	2 – 1 – 1 – 2
Questão 9/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Em geral não oferece dúvida a questão de saber se uma obra pertence ao sector lírico, épico ou dramático. A inclusão é condicionada pela forma sob que se apresenta a obra de arte. Se nos é contada alguma coisa, trata-se da Épica; se pessoas disfarçadas por meio de gestos e discursos actuam num palco, trata-se da Dramática, e da Lírica quando um ‘eu’ sente estado e o traduz”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. Trad. Paulo Quintela. Coimbra: Armênio Amado editor, 1976, p. 370.
A classificação de textos por gêneros é bastante complexa e por isso muito discutida pela teoria da literatura. De acordo com o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, relacione corretamente os nomes dos gêneros aos textos literários que lhes correspondem:
1. Epopeia
2. tragédia
3. Lírica 
(   ) Acordei bemol
Acordei bemol
Tudo estava sustenido 
Sol fazia
Só não fazia sentido 
(   ) “CORO: [...] Oh, fortuna do homem venturoso,
do mistério divino instruído
que a sua vida santifica
e se faz alma do fervoroso! [...]
Apenas o termo fixado pelas Moiras foi chegado
a coxa de Zeus, este deus,
Cornudo como um touro, pariu.
e de serpentes o coroou”.
(...) “As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia lusitana
Por mares nuncadantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos de guerra, esforçados
Mais o que prometia a força humana
Entre gente remota edificaram
Nosso reino que tanto sublimaram”.
Agora assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	1,3,2
	
	B
	 2,3,1
	
	C
	3,2,1
Você acertou!
O primeiro texto é lírico, porque o “poeta lírico escuta sempre de novo em seu íntimo os acordes já uma vez entoados, recria-os como também os cria o leitor” “A enorme subjetividade que comporta o grande mistério lírico [...], Diferente do autor épico [...], diferente do criador dramático [...],o poeta lírico é um solitário [...] e não intenciona [sic] ninguém além daqueles que experimentarem a mesma disposição anímica para o encantamento puro emocional, de alma” (livro-base,p. 154). Como se leu no trecho anterior, tais características estão presentes no poema Acordei bemol, de Paulo Leminski, uma vez que expressa sentimentos íntimos e subjetivos cuja finalidade é emocionar, quando possível. O segundo trecho pertence a uma tragédia (As bacantes, de Eurípedes), dada a presença do coro, elemento constituinte desse gênero (livro-base, p. 150). Por fim, o último trecho corresponde a um épico, ao poema fundador da literatura portuguesa, Os Lusíadas, no qual se narram as viagens de Vasco da Gama marco da expansão ultramarina de Portugal. Neste livro o narrador mantém a posição distanciada como requer as normas desse gênero (livro-base, p. xxx)
	
	D
	1,2,3
	
	E
	3,1,2
Questão 10/10 - Teoria Literária
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Quer eu escolha, para descrever um poema, um romance ou outro texto qualquer, privilegiar o ponto de vista do autor ou o do leitor, nenhum estudo literário se abstém de estabelecer uma definição das relações entre tal texto e a literatura, tal texto e seu autor, tal texto e o mundo, tal texto e seu leitor [...], tal texto e a língua, ou de formular uma hipótese sobre essas relações, fixar os conceitos fundamentais da literatura [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: UFMG, 2014, p.193. 
A crítica literária como se leu no fragmento acima faz uso de diferentes elementos para descrever um texto literário. Porém, cada época, de alguma forma, privilegia um aspecto em detrimento de outro. Uma mudança de critério se dá, por exemplo, no fim do século XVIII, quando houve a passagem da crítica clássica para a crítica histórica. Diante disso, do fragmento acima e dos conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, que diferença há entre estas duas correntes da crítica literária? Assinale a alterativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	a crítica clássica se fundamentava em critérios ligados ao amor cortês ao passo que a histórica ligava-se ao amores libertinos.
	
	B
	na crítica clássica, comparava-se os textos literários do século XII aos modelos da Antiguidade Clássica, ao passo que a crítica histórica só tratava de textos escritos a partir do século XIX.
	
	C
	a crítica histórica pautava-se pelo pressuposto da mudança e das condições concretas em que se dava a obra literária, enquanto a perspectiva clássica era dogmática, valorizava a atemporalidade, o belo, o imutável e o abstrato.
Você acertou!
“[...]   a crítica literária do século XVIII, chamada de crítica clássica portava todas as características advindas do cerne do neoclassicismo e era, por isso, uma crítica dogmática, com preocupação judicativa, em relação a um belo intemporal [...]. No final do século XVIII, o pensamento europeu experimenta uma mudança severa que modificou os aspectos do conhecimento científico e todas as formas de saber: a passagem da ordem clássica à história. Era a transposição da condição do permanente e abstrato [clássico] para o concreto e mutável [histórico]. (livro-base, p. 68, 69)
	
	D
	a crítica histórica privilegiava o estudo das biografias dos escritores, às quais davam os valores e critérios para o exame dos textos; enquanto a crítica clássica valorizava as diferenças entre os textos da Antiguidade e os dos séculos XVI, XVII e XVIII.
	
	E
	a crítica clássica ignorava a obra dos antigos, pois via na perfeição dos versos das cantigas de amor medieval a razão atemporal de toda literatura; ao passo que a crítica histórica se concentrava nas obras realistas e execrava os românticos.
Questão 1/10 - Teoria Literária
Leia o excerto a seguir:
"A epopeia está em conformidade com a tragédia, até pelo fato de ser imitação de homens nobres numa narrativa versificada; mas o fato de que ela emprega um metro uniforme e é uma narração torna ambas diferentes. E elas são diferentes pela extensão de cada cada qual: posto que uma tenta, tanto quanto possível, desenvolver-se durante uma única revolução solar ou, no mínimo, não se distanciar muito disso, ao passo que a outra, a epopeia, não tem limites temporais".
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. A Poética, 14449b Trad. Eudoro de Souza. 3. ed. São Paulo: Ars Poética, 1993.
A Ilíada e a Odisseia são os épicos gregos que exerceram forte influência na literatura do Ocidente, da Eneida, de Virgílio, ao Ulisses, de Joyce. O hexâmetro e o modo de narrar dessas obras são algumas das características desse gênero. Dadas essas informações e considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura acerca do gênero épico, é correto firmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	Na épica o narrador expressa sentimentos e faz reflexões acerca dos fatos narrados, intervindo na história.
	
	B
	os sentimentos do narrador épico intervêm na história o que explica a irregularidade dos versos na Ilíada, por exemplo.
	
	C
	a regularidade dos versos e o afastamento do narrador diante da história narrada caracterizam a narrativa épica.
O narrador épico é aquele que registra, não se emociona, não se envolve. O épico objetiva a apresentação dos fatos narrados. O narrador épico nada sabe da evolução dos fatos que apenas se somam e existe a possibilidade de que esses fatos sejam interrompidos para ganhar nova direção ou lugar. Esse narrador indiferente, entretanto, não está absolutamente, ausente. [...]. É evidente que procura ser admitido tão somente como narrador, o homem que vê e mostra as coisas dessa maneira, que aí está com uma vareta na mão e que aponta os quadros que vão aparecendo" (livro-base, p. 142)
	
	D
	a perspectiva do narrador oscila de acordo com o que vai sendo narrado, altera-se tanto a ponto de o leitor confundi-lo com as personagens.
	
	E
	o narrador épico é absolutamente ausente, não intervém, na obra nem para mostrar-se, nem para ser admirado.
Questão 2/10 - Teoria Literária
Leia o poema abaixo: 
Acordei bemol 
Acordei bemol
Tudo estava sustenido 
Sol fazia
Só não fazia sentido
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Leminski, Paulo. LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Cia das Letras, 2016.
Os versos do poeta curitibano Paulo Leminski empregam vários elementos literários. Considerando o poema e o conteúdo do livro Teoria Literária acerca das características do texto literário e da obra de arte, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: 
I – (   ) O poema de Leminski emprega predominantemente o sentido literal ou denotativo das palavras bemol e sustenido por isso pode ser considerado um texto literário.
II – (   ) O uso de aliterações, assonâncias e a quebra do uso padrão da linguagem fazem, entre outros elementos, do poema de Leminski um texto literário.
III – (   ) No poema, Leminski é movido por sua subjetividade e sua ação não é vinculada a nenhum interesse que não seja a própria expressão poética.
IV – (   ) As palavras bemol e sustenido são usadas metaforicamente, ampliando não só o campo das significações das palavras, mas também o da experiência e das sensações no leitor.
Agora marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V-V-V-F
	
	B
	F-F-F-V
	
	C
	V-F-V-F
	
	D
	F-F-V-V
	
	EF-V-V-V
Você acertou!
A afirmativa I é falsa porque as palavras bemol e sustenido são empregadas de forma conotativa no poema, seja como metáforas, seja como antíteses. São usadas, portanto, como constituintes literários ligados à criatividade, ao efeito de estranhamento (elementos citados no livro-base, p. 20-21) que não seriam alcançados por meio do uso dos sentidos literal e denotativo. As demais afirmativas são verdadeiras porque há aliteração e assonância (Sol/Só, sustenido/sentido etc.), quebra do sentido usual das palavras como vimos acima (livro-base, p. 21); o poema obedece ao critério de gratuidade, ou seja, não manifesta interesse algum a não ser a própria expressão poética (livro-base, p. 23); e o uso de metáforas e a expressão da subjetividade como se viu acima são constituintes do texto literário (livro-base, p. 21)
Questão 3/10 - Teoria Literária
ÁPORO
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
 
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
 
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
 
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, C. Drummond de. Áporo. In: ANDRADE, C.D. de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 2010, p. 260.
O poema de Carlos Drummond de Andrade exige do leitor conhecimentos que vão além dos especificamente linguísticos e literários. De acordo com o conteúdo do livro-base Teoria da Literatura sobre a relação entre teoria literária e as outras áreas do conhecimento, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	o teórico da linguagem é um especialista das ciências da linguagem, portanto não deve empregar o conhecimento de outras áreas do conhecimento.
	
	B
	além das ciências da linguagem, a história e a psicologia constituem o campo teórico do crítico literário.
	
	C
	o teórico da literatura é guiado pelos sentidos do texto, por isso não pode ficar restrito aos conhecimentos do campo literário.
Você acertou!
“Sim, mesmo que não seja diretamente, mas com certeza quem define quem dirige a investigação do teórico é o conteúdo do texto. Isso pode significar que um teórico da literatura deve conhecer todo e qualquer assunto? Sim e não. Necessariamente, o teórico precisa estar disponível para a investigação em qualquer área do conhecimento humano”. (livro-base, p. 54)
	
	D
	a gramática tradicional e a história de vida são os campos com os quais o teórico da literatura deve realizar sua crítica. 
	
	E
	a crítica literária propõe-se a identificar os aspectos negativos do texto literário com base nas ciências da linguagem e na norma padrão.
Questão 4/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna são nomes que designam três épocas da história da Europa – nomes que são cientificamente ‘despropositados’ [...], mas indispensáveis para a compreensão prática, Mais disparatado é o conceito de Idade Média -um neologismo dos humanistas italianos e somente explicável a partir do ponto de vista deles. Muito se tem discutido sobre os limites desse período e sobre o problema da periodização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CURTIUS, Ernest. Literatura europeia e Idade Média latina. Trad. Paulo Rónai. São Paulo: Edusp, 1996, p. 53. 
Apesar da terminologia duvidosa, sob termo literatura medieval convivem diferentes expressões literárias produzidas entre os séculos V e XV. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura, assinale a alternativa que apresenta corretamente duas obras escritas durante a Idade Média:
Nota: 10.0
	
	A
	Canção de Rolando – Romanceiro da Inconfidência.
	
	B
	Beowulf – Harry Porter.
	
	C
	Divina Comédia – O anel dos Nibelungos.
Você acertou!
Dentre as obras mencionadas nas alternativas, esta alternativa é a única que contém duas obras escritas durante o período medieval. Romanceiro da Inconfidência é obra de Cecília Meireles, Harry Porter é texto contemporâneo; Marília de Dirceu é poema arcadista escrito por Tomás Antônio Gonzaga; e O senhor dos anéis é obra contemporânea. (livro-base, p. 186)
	
	D
	O anel dos Nibelungos – Marília de Dirceu.
	
	E
	O senhor dos anéis – Canção de Rolando.
Questão 5/10 - Teoria Literária
Leia o excerto a seguir:
“A popularidade imensa e, em mais de um ponto, perfeitamente exagerada dos livros de crítica artística e literária de Hippolyte Taine, trouxe a crença geralmente admitida da capacidade mágica de três palavras para a explicação completa dos fenômenos literários congêneres. Meio, raça e momento são a trindade portentosa do criticar contemporâneo; servem para solver todas as dificuldades”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROMERO, Sílvio. Quinta fase do romantismo. In: ROMERO, S. Sílvio Romero – Teoria, crítica e história literária. Seleção e apresentação de Antonio Candido. São Paulo: Edusp, 1978, p. 39.
O excerto acima trata de uma das teorias literárias predominantes no período em que Silvio Romero, o autor, viveu. Essa crítica fundamentou-se em boa parte nas ciências da natureza, sobretudo no darwinismo, pensamento que dominou o século em que esse modelo crítico encontrou seu auge. Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base, essa crítica é conhecida como:
Nota: 0.0
	
	A
	crítica formalista.
	
	B
	crítica impressionista.
	
	C
	crítica determinista.
Uma crítica literária com aspectos cientificistas, tais coo o desenvolvimento das ciências biológicas e físico-químicas, o destaque para a filosofia de Comte [...] em meados do século XIX. [...] Tudo é determinado por três fatores: a raça, o meio e o momento”. (livro-base, p. 72)
	
	D
	crítica biográfica.
	
	E
	crítica estilística.
Questão 6/10 - Teoria Literária
Leia o excerto a seguir: 
“É entre os gregos que se deve procurar a realização histórica do ideal clássico. A beleza clássica, com a sua infinita variedade de conteúdos, sujeitos e formas, foi um dom concedido ao povo grego, povo que devemos honrar porque criou uma arte sumamente viva”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Hegel, F.W. Estética. A arte clássica e a arte romântica. Trad. Orlando Vitorino. 2ª ed. Lisboa: Guimarães editores, 1972, p. 24.
A origem do conceito de estética está ligada ao do belo ou da beleza. Essa discussão começa com os gregos sobretudo com Platão e Aristóteles. Considerando o excerto acima e os conteúdos do livro-base Teoria da Literatura sobre a teoria do belo platônica, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	era fundada na ideia de um “universal sem conceito”, ou seja, na percepção do sujeito e na adesão coletiva a essa percepção.
	
	B
	tinha como base a ideia de harmonia, a qual podia aparecer e se expressar em qualquer objeto da natureza sensível ou suprassensível.
	
	C
	entedia que o ápice da realização do belo estava na valorização da aparência criada pelo homem em oposição à criação da natureza.
	
	D
	nossa alma aspira à beleza absoluta, a qual só se dá no mundo das ideias, de que nossa alma consegue recordar em maior ou menor grau.
Esta alternativa está correta porque “a alma é invencivelmente atraída pela Beleza, pois usa pátria natural é o mundo das essências; e, exilada neste nosso mundo, ela sente sempre saudade do outro [...] o que acontece é que a alma recorda-se das formas e verdades contempladas no mundo das essências” (livro-base, p. 114) As demais alternativas estão incorretas: a “a” porque expressa a visão estética de Kant; a b,  de Aristóteles; a c a de Schiller e a “e” porque expressa o inverso da doutrina platônica (livro-base, p. 115-121)
	
	E
	a beleza é um fenômeno que só se dá no plano das aparências, onde ela ocorre de forma plena e absoluta.
Questão 7/10 - Teoria Literária
Leia a citação a seguir:
“Onde quer que o mundo se torne dramático, cessa aquela calma contemplação, aquele largo distanciamento, aquele amor por cada ponto isolado

Outros materiais