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LEVANTAMENTO DE PRÁTICAS DOCENTES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL, NO COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA, PETRÓPOLIS-RJ LUCAS DE OLIVEIRA DO COUTO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO PETRÓPOLIS – RJ JUNHO – 2016 II LEVANTAMENTO DE PRÁTICAS DOCENTES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL, NO COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA, PETRÓPOLIS-RJ LUCAS DE OLIVEIRA DO COUTO Monografia apresentada a Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do grau de Licenciado no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Orientador: M.Sc. Enderson Tadeu de Assis dos Anjos UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO PETRÓPOLIS – RJ JUNHO – 2016 III LEVANTAMENTO DE PRÁTICAS DOCENTES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL, NO COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA, PETRÓPOLIS-RJ LUCAS DE OLIVEIRA DO COUTO Monografia apresentada a Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do grau de Licenciado no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Aprovado em ____ de _____________ de 2016. Comissão Examinadora: _______________________________________________________________ (examinador) _______________________________________________________________ (examinador) _______________________________________________________________ M.Sc. Enderson Tadeu de Assis dos Anjos (CEDERJ) (orientador) IV DEDICATÓRIA Dedico este trabalho em especial a minha avó Maria Luzia, a minha mãe Silda de Oliveira, e a Thaís Lopes que sempre me dão todo apoio necessário para seguir em frente e que de maneira incondicional depositam em mim todo seu amor e confiança. V AGRADECIMENTOS Agradeço a todos os meus parentes e amigos que sempre me apoiaram em toda minha vida e contribuíram para a formação do ser humano e cidadão que sou hoje. Agradeço ao meu tutor orientador, Enderson Tadeu de Assis dos Anjos, pela paciência, pela prontidão e competência nos momentos de dúvidas e construção do trabalho e pelo carinho no exercício de sua função. A todos os professores, que contribuíram para este trabalho. A todos os cidadãos que direta e indiretamente contribuíram em minha jornada acadêmica e na conclusão desta pesquisa. VI SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 01 1.1. Homem moderno e o Meio Ambiente ..................................................................... 01 1.2. A Educação Ambiental na Sociedade .................................................................... 02 1.3. Educação Ambiental na escola .............................................................................. 07 2. OBJETIVO .................................................................................................................. 11 3. MATERIAL E MÉTODOS. .......................................................................................... 12 4. RESULTADOS ........................................................................................................... 15 5. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 26 6. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 32 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 34 8. APÊNDICE ................................................................................................................. 38 VII LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fachada da escola participante da presente pesquisa ................................... 12 Figura 2: Vista aérea da região onde localiza-se a escola pesquisada .......................... 12 Figura 3: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “tempo de magistério?”. ................................................................................................................... 14 Figura 4: representando as respostas obtidas com a pergunta “Escolaridade”. ............ 15 Figura 5: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Se possui formação ambiental, especifique” ................................................................................... 15 Figura 6: Tabela representando as respostas obtidas com a pergunta “Disciplina(s) que leciona” .................................................................................................................... 16 Figura 7: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso o Datashow”. ..................................................................................................................... 16 Figura 8: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso o quadro”. .......................................................................................................................... 17 Figura 9: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso o laboratório” ..................................................................................................................... 17 Figura 10: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Faço saída de campo” ...................................................................................................................... 18 Figura 11: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Faço atividades em grupo”. ..................................................................................................... 18 Figura 12: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso jogos”.. .. 19 VIII Figura 13: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso a biblioteca” ....................................................................................................................... 19 Figura 14: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Uso o laboratório de informática” .............................................................................................. 20 Figura 15: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Desenvolvo atividades envolvendo outras disciplinas. ...................................................................... 20 Figura 16: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Cumpro o planejamento escolar desenvolvido para minas turmas”. ............................................... 21 Figura 17: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Abordo em minas aulas temas transversais, como meio ambiente” ................................................. 21 Figura 18: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Na graduação cursei disciplinas relacionadas à educação ambiental. ................................ 22 Figura 19: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Leciono em escola que oferece treinamento ou formação continuada em EA. ................................. 22 Figura 20: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “utilizo material didático sobre EA, pertinente a disciplina que leciono”..................................... 23 Figura 21: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Sou incentivado pela direção escolar a desenvolver projetos de EA” ................................... 23 Figura 22: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Incluo ativamente, em minhas aulas, informações e reflexões sobre EA”................................ 24 Figura 23: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Realizo atividades de EA que envolvam os alunos e a comunidade”. ........................................ 24 Figura 24: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “A EA deve ser abordada em disciplina específica” .......................................................................... 25 IX Resumo O planeta terra coexiste com modificações ambientais em escalas locais e globais há bilhões de anos. Com o desenvolvimento das populações humanas no planeta, tem início os processos de modificação ambiental de origem antrópica. Neste contexto, a revolução industrial é muito apontada como um marco na intensificação dos problemas ambientais provenientes da ação humana. O período é marcado pela intensificação das emissões poluentes, do surgimento de inúmeras substâncias químicas sintéticas e de formas produtivas que consomem cada vez mais energia e matéria prima. Em um cenário de um planeta lotado de consumidores vorazes, recursos naturais cada vez mais escassos, degradação de ecossistemas, e afastamento do ser humano com o ambiente natural, é que a educação ambiental tem sua importância destacada. Pois, nota-se a importância da conscientização dos cidadãos. Neste contexto, a educação ambiental passa a ser reconhecida como fundamental ação pedagógica na preservação do meio ambiente, contribuindo para resolução da crise ambiental. Este trabalho buscou identificar as práticas docentes de educação ambiental realizada pelos docentes do Colégio Estadual Rui Barbosa, do município de Petrópolis/RJ. Para isso foram aplicados questionários baseados na escala Likert contendo 24 questões, para 22 professores da referida unidade no período de 16 nov. a 17 de dez. de 2015. Foi possível observar que os docentes se empenham na abordagem de temas referentes à educação ambiental durante suas aulas, porém o fazem de maneira individual sem muita integração multidisciplinar. Além disso, há uma deficiência na abrangência das ações de treinamento, formação continuada e incentivos para os docentes. É possível concluir que além dos problemas estruturais e financeiros comuns as unidades escolares públicas, que dificultam práticas docentes diversificadas, os professores do Colégio Estadual Rui Barbosa enfrentam dificuldades que os levam a realizar práticas docentes que culminam em um processo de alfabetização ecológica inconstante que não atinge todo o seu potencial. Palavras chaves: Educação Ambiental, Prática docente, Docentes, Recursos, Questionário. 1 1. Introdução 1.1. Homem moderno e o Meio Ambiente. O planeta terra coexiste com modificações ambientais em escalas locais e globais há bilhões de anos. Estas alterações de cunho não antrópico são promovidas pelas mudanças intrínsecas à natureza, que são responsáveis por eventos que influenciam a estruturação de habitats e a distribuição geográfica de organismos no planeta em um processo dinâmico, onde ambiente e ser vivo se modificam e interagem constantemente (SANTOS, 2011a). Com o desenvolvimento das populações humanas no planeta, tem início os processos de modificação ambiental de origem antrópica. Estas alterações ambientais são referentes à vida humana e não estão ligadas a mudanças intrínsecas à natureza. Neste contexto, a revolução industrial é muito apontada como um marco na intensificação dos problemas ambientais provenientes da ação humana, o período é marcado pela intensificação das emissões poluentes, do surgimento de inúmeras substâncias químicas sintéticas e de formas produtivas que consomem cada vez mais energia e matéria prima (BARBIERI, 2011). Porém, deve-se destacar que a degradação ambiental causada pelas populações humanas precede este período da revolução industrial. Fernandez (2000 apud LOPES, 2004) associa uma série de extinções ocorridas no Pleistoceno- Holoceno com registros de presença humana, sociedades prósperas se tornaram decadentes à medida que destruíram seu ambiente e esgotaram os recursos. Embora estas populações antigas causassem impactos ambientais nas regiões por onde viviam a intensidade e a extensão destes impactos não se comparam ao observado atualmente. Parte desta diferença está na capacidade tecnológica de extração e transformação dos recursos e no tamanho populacional, que se encontra notadamente maior que a algumas centenas anos atrás. É importante ressaltar que o crescimento populacional é, de certa maneira, um delineador da quantidade e da intensidade dos impactos ambientais (BOTKIN e KELLER, 2005). Quanto maior a população mundial fica, mais recursos ambientais são extraídos, transformados em produtos - geralmente de pouquíssima vida útil - e se tornam resíduos. Em aproximadamente quarenta anos a população mundial mais que duplicou indo de 2.5 bilhões para mais de 6.8 bilhões segundo dados da 2 Organização das Nações Unidas (ONU, 2015). Transformar esse sistema linear focado na extração, transformação e descarte é um grande desafio atual para os ambientalistas e para a população em geral tão acostumada a consumir produtos e serviços em uma escala grande. Chassot (1994) escreve que há aproximadamente dez mil anos as pessoas deixaram de ser caçadoras e colhedoras de frutos e passaram a ser cultivadoras. Essa sociedade baseada na economia de subsistência e extrativismo associada ao atendimento das necessidades vitais de sobrevivência foi substituída por outro grupo, fruto da revolução industrial, que se baseia no consumo e produção de bens. Que agora não só satisfaz as necessidades vitais de cada um, como também associa o quanto esses indivíduos consomem a um grau de aceitação social e autorrealização, onde quanto maior o consumo maior a felicidade e aceitação social (GOUVINHAS, 2013). Neste cenário de um planeta lotado de consumidores vorazes, recursos naturais cada vez mais escassos, degradação de ecossistemas, produção de resíduos crescente e afastamento do ser humano com o ambiente natural que a educação ambiental tem sua importância destacada. Pois, nota-se a importância da conscientização dos cidadãos. E neste contexto, a educação ambiental passa a ser reconhecida como fundamental ação pedagógica na preservação do meio ambiente, contribuindo para resolução da crise ambiental (SANTOS et al., 2012). 1.2. A Educação Ambiental na Sociedade. Mesmo com tantos problemas ambientais relacionados ao crescimento e o desenvolvimento das populações humanas, sempre existiram grupos que exerciam um olhar crítico e de cuidado com relação às nossas ações no meio ambiente (TRISTÃO, 2005). Juntamente com a ação destes grupos, os grandes acidentes ambientais ocorridos na história também foram importantes para demonstrar de forma muito ampla e clara, principalmente para o público leigo, que se deve cuidar do meio ambiente, pois é este o suporte à vida no planeta, incluindo a do ser humano (BARBOUR, 2003). Neste contexto de grandes eventos capazes de mover a opinião pública, não se pode deixar de citar os acidentes ambientais de grande repercussão. Por exemplo, o vazamento de uma nuvem tóxica ocorrido em Seveso na Itália em 1976, 3 além de contaminar o solo e cursos de água, matou vários animais domésticos e intoxicou moradores da região, principalmente as crianças. Treze anos depois, em 1989, foi o Alasca o cenário de um acidente ambiental responsável pela morte de centenas de animais, desta vez um navio tanque, EXXON – VALDEZ, colidiu em um recife de corais e encalhou, com o dano causado no casco do navio cerca de 44 milhões de litro de petróleo vazaram atingindo uma área de 260km2 (FERREIRA, 2011). Ainda neste cenário de mobilização pública sobre as questões ambientais não só os grandes acidentes têm destaque. Algumas publicações, documentos e documentáriostambém exerceram importante papel nesta função. Um bom exemplo é o trabalho da bióloga norte-americana Rachel Carson, que em 1962 publicou o livro Silent Spring que aborda os perigos e riscos do uso indiscriminado de pesticidas em plantações (CARSON, 2010). Embora tenha abordado um tema já conhecido no meio científico, esta publicação teve como diferencial abordar a temática de forma mais clara e acessível ao grande público, o que resultou em uma grande mobilização popular e uma maior atenção para os danos que nossas atividades produtivas podem causar ao meio ambiente e à saúde humana (CRAPEZ, 2013). Um fato semelhante ocorreu também com a publicação, em 2006, do documentário An Inconvenient Truth do ex vice-presidente dos Estados Unidos da América Abert Arnold Gore Jr. este documentário também alertou a opinião pública só que desta vez para os perigos do aquecimento global (GORE, 2006). Muito embora Brügger (2004, p. 15), acrescente que “as questões ambientais passaram a ter maior importância a partir da década de 1980, quando os jornais começaram a noticiar os desastres ecológicos, que passaram a fazer parte de nossa vida”. Traçando uma linha no tempo, começando por 1962 pode-se destacar alguns eventos e momentos históricos importantes para o delineamento da educação ambiental atual (BRÜGGER, 2004). Segundo Crapez (2013) a década de 1960 pode ser entendida como “um período de mobilização”. Nesta mesma década, o livro primavera silenciosa (1962) foi lançado gerando grande repercussão popular sobre os impactos socioambientais dos pesticidas, e em 1968 foi fundado o Clube de Roma. No mesmo ano ocorreu uma importante Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) denominada Conferência da Biosfera, que teve como objetivos discutir os impactos ambientais em âmbito global e propor respostas a estes problemas. Nesta 4 Conferência ficou reconhecida a abrangência global dos impactos ambientais antrópicos, todos reconheceram também que estes não respeitavam as fronteiras e limites geopolíticos (CRAPEZ, 2013). Em 1972, foi publicado o relatório limites do crescimento, a pedido do clube de Roma. “Nesta publicação foram demonstrados modelos globais projetados para dizer como seria o futuro do planeta se não houvesse modificações ou ajustamentos nos modelos de desenvolvimento econômico adotados” (DIAS, 1998, p. 37). A principal conclusão do estudo foi que a humanidade não seria capaz de continuar seu desenvolvimento se não respeitasse o limite de produção dos recursos e serviços ambientais (RANDERS, 2010). Ou seja, o crescimento econômico pode ser contínuo desde que respeite os limites de produção do planeta. Mais uma vez pode-se observar que ação popular através de movimentos ambientalistas e o poder das informações contidas no relatório limites do crescimento causaram um impacto importante no cenário político mundial. Por conta disso, ainda em 1972 ocorre uma grande Conferência internacional em Estocolmo na Suécia, reunindo 113 países, intitulada como Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, seu objetivo foi discutir os problemas ambientais. Como produto deste encontro foi produzido um documento denominado Declaração sobre o Ambiente Humano que contém 26 princípios norteadores, o princípio 19 desta declaração demonstra a preocupação em incentivar a promoção da educação ambiental com o objetivo de propiciar aos cidadãos um pensamento crítico e uma conduta positiva em busca da preservação do meio ambiente (ONU, 1972). Da Conferência de Estocolmo surgiu ainda como seu desdobramento a criação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA) lançado em 1975. O PIEA tinha como tarefa auxiliar os governos na implementação de programas nacionais de educação ambiental (SANTOS, 2011b). Em 1977, foi realizada em Tbilisi a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, esse sem dúvidas foi um dos momentos históricos muito importantes para a educação ambiental. A Conferência serviu de ponto de debates que culminou na elaboração de definições base, diretrizes, estratégias, e objetivos para melhor disseminar a educação ambiental (UNESCO e PNUMA, 1977). 5 A década de 1980 foi marcada por acidentes ambientais de grandes proporções, dentre eles, o acidente de Bhopal na Índia que culminou o vazamento de gás tóxico proveniente de uma fábrica de pesticidas americana. O segundo grande desastre ambiental ocorreu na antiga união soviética, em 1986, em decorrência da explosão do reator de uma usina nuclear (CETESB, 2003). Ainda nesta década em 1987 foi publicado, a pedido da ONU, o relatório Nosso Futuro Comum. Os dados contidos no relatório são resultado dos estudos realizados pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). O relatório reforçou a crítica ao modelo econômico baseado no uso indiscriminado dos recursos naturais sem o devido respeito à capacidade de suporte do planeta, e formalizou o conceito de desenvolvimento sustentável (CMMAD, 1991). No Brasil, a Educação Ambiental surge a partir dos anos 70, com a emergência dos movimentos ambientalistas. As ações desenvolvidas por estes movimentos que envolviam professores, alunos, prefeituras municipais e governo estadual, eram voltadas para a recuperação, conservação e melhoria do meio ambiente. “O processo de institucionalização da Educação Ambiental no governo federal brasileiro teve início em 1973 com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), vinculada à Presidência da República” (BRASIL, 2005, p. 22). É importante lembrar que em 1981 é criada a Política Nacional de Meio Ambiente - Lei 6.983/81, que em seu texto destaca a importância da Educação Ambiental como um elemento importante no cuidado ao meio ambiente e determina a sua inclusão em todos os níveis de ensino. Em 1988, a Constituição Federal reforça essa ação de promover a educação ambiental ao estabelecer que para se efetivar o direito estabelecido no artigo 225° da constituição, é necessário “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (inciso VI) (BRASIL, 2005, p. 22). Desta maneira a escola se torna o principal instrumento da educação ambiental formal que o poder público detém. Nos anos de 1990 além dos debates sobre o meio ambiente prosseguirem com força, diversos projetos em educação ambiental foram realizados no Brasil com aportes financeiros do fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) projetos estes desenvolvidos pela sociedade civil e instituições públicas (BRASIL, 2014). Em 1992, correu a Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio92. Caprez (2013) destaca que o objetivo do encontro era examinar como os 6 países haviam promovido a proteção do meio ambiente desde a primeira Conferência em Estocolmo realizada em 1972, além de recomendar medidas importantes para a proteção ambiental em questões específicas, como para as mudanças climáticas. Apesar de ter recebido críticas por não tratar de temas estruturantes dos problemas ambientais durante a Conferência, a Rio92 aprovou acordos importantes. A Agenda 21 que dedica um capítulo inteiro à educação ambiental, a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCC) são alguns destes acordos (CAPREZ, 2013). Em 1997, foram lançados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Este documento auxilia as escolas na criação de seus projetos educativos, além disso, incentiva as escolas a bordarem temas sociais importantes, denominados temas transversais. Que incluem ética, pluralidade cultural, meio ambiente, orientação sexual, saúde e trabalho e consumo (BRASIL, 1997 a; BRASIL, 1997 b). Dois anos depois do lançamento dos PCNs foi criada em 1999 a Diretoria do Programa Nacional de Educação Ambiental(ProNEA), e quatro meses depois foi aprovada Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) - Lei n° 9.795/99 (BRASIL, 2014). Com a aprovação da política de educação ambiental o tema ambiental de maneira transversal se torna obrigatório, como já era proposto pelos PCNs (BRASIL, 1999). Em 2002, é realizada pela ONU em Johannesburgo, África do Sul, a segunda Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável. A cúpula avaliou a implementação da agenda 21 e das convenções assinadas na Rio-92 (INEA, 2014). No ano seguinte, em 2003, o Brasil realizou sua primeira Conferência Nacional do Meio Ambiente. A Conferência intitulada de “Vamos cuidar do Brasil” buscou ampliar a participação popular na elaboração de propostas sustentáveis para o país (CAPREZ, 2013; BRASIL 2003). Em 2004, a cidade de Goiânia sedia o primeiro encontro governamental nacio- nal sobre políticas públicas de Educação Ambiental. Neste encontro ocorreu a elaboração de um importante documento que estabeleceu um acordo para a criação de políticas e programas de educação ambiental entre as diferentes esferas do governo (INEA, 2014). Em junho de 2012, no Rio de Janeiro, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como RIO+20. O 7 texto resultante da Conferência não agradou a todos, pois embora contivesse princípios importantes e uma boa abrangência, o texto “o Futuro que Queremos” não estabelecia metas claras e objetivas para alcançar os objetivos de conservação esperados. Ficou clara a timidez dos governos na hora de assumir os compromissos com o planeta (CAPREZ, 2013). É difícil encontrar um ponto de equilíbrio quando se trata de um assunto tão complexo que afeta diretamente o desenvolvimento dos vários países envolvidos nestes acordos. Porém, cada país pode e deve agir no âmbito governamental, definindo políticas e incentivando o desenvolvimento verde. Já no âmbito não governamental as empresas devem investir mais na produção mais limpa, na incorporação de profissionais especialistas em sustentabilidade nos grupos de decisão estratégica, no desenvolvimento de indicadores ambientais entre outras medidas. As Organizações Não Governamentais (ONGs) devem apresentar seus resultados de projetos e campanhas de maneira mais concreta através de indicadores e auditorias. E os cidadãos devem estar atentos e cobrar a todos estes atores citados um desempenho excelente, mas para isso a população deve estar habilitada para tal e é aí que mais uma vez entra a importância da educação ambiental na construção deste cidadão crítico e consciente (BOTKIN e KELLER, 2005). 1.3. Educação Ambiental na escola. A educação ambiental amadurece em um contexto histórico onde a sociedade está mais ciente dos problemas ambientais e pede por um modelo de desenvolvimento contrário aquele insustentável praticado pelos países (BARBOUR, 2003). Esse novo modelo de desenvolvimento exige a renovação de padrões que vão além da simples conservação ambiental. Tomar ações que visam a melhoria em aspectos relacionados à justiça social, a distribuição de renda, e claro, educação são importantes para alcançar o desenvolvimento sustentável tão desejado (SANTOS et al., 2012). Consoante com este pensamento o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, publicado na ECO 92 descreve como um de seus princípios que a educação ambiental deve: 8 “tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico. Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente tais como população, saúde, democracia, fome, degradação da flora e fauna devem ser abordados dessa maneira” (ONU, 1992, p 2). Esta definição evidencia a educação ambiental como uma prática que vai além da simples conservação ambiental. E a coloca como uma ação pedagógica em constante transformação para se adequar às múltiplas realidades e assim poder dialogar com os cidadãos contribuindo para torna-los críticos ativos de suas realidades (SANTOS et al., 2012). Dentro deste contexto, as escolas exercem importante papel como instrumento de aplicação da educação ambiental. Propiciam aos alunos o convívio social em grupos, importante para o exercício da cidadania e para a formação de opinião dos estudantes, além de agrupar grande parte do conhecimento científico até então obtido pelas diferentes ciências. O processo de institucionalização da educação ambiental nas escolas brasileiras ganha força ainda em 1997, com o lançamento dos PCNs. Este documento, como já mencionado, traz como novidade os temas transversais que são tópicos sociais importantes para a formação crítico cidadã e que incluem temas como meio ambiente, saúde entre outros (INEA, 2014). Assim, Oliveira destaca que: “Os PCNs têm grande relevância nas instituições de ensino público, pois possibilitam que a educação ambiental esteja presente nos currículos escolares como um instrumento a ser inserido nas diferentes disciplinas, permitindo que se discutam e vivenciem os problemas ambientais em todos os aspectos no cotidiano escolar” (OLIVEIRA, 2011,p.99). Dois anos depois do lançamento dos PCNs é aprovada Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) - Lei n° 9.795/99 (Brasil, 2014). Com a aprovação da política de educação ambiental a temática ambiental de maneira transversal se torna obrigatória, como já era proposto pelos PCNs (BRASIL, 1999). Em seu artigo 2°, a PNEA destaca a educação ambiental como um componente permanente da educação nacional, que deve estar presente, em todos 9 os níveis e modalidades do processo educativo de forma articulada, em caráter formal e não formal (BRASIL, 1999). Buscando justamente mapear a distribuição e abrangência da educação ambiental formal no âmbito nacional bem como encontrar suas tendências e padrões, que o Ministério da Educação (MEC), em 2005, lançou um projeto de pesquisa intitulado de “O que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental”. O projeto dividido em dois estágios, na sua primeira fase analisou as respostas do questionário do Censo Escolar, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), a uma pergunta sobre a presença da Educação Ambiental na escola. Verificando as respostas obtidas nas pesquisas do Censo envolvendo os anos de 2001 a 2004, observou-se que em 2001, o número de escolas que declararam oferecer educação ambiental era de aproximadamente 115 mil, do universo escolar, e em 2004 este número subiu para 152 mil escolas, ou seja, 94% do conjunto. Estes números bastante expressivos tendem a demonstrar um processo de universalização da educação ambiental no ensino fundamental brasileiro, embora não seja suficiente para demonstrar a qualidade desta educação ambiental realizada (BRASIL, 2007). A segunda etapa do projeto iniciou-se ainda em 2005, e buscou aprofundar o entendimento quanto à presença da Educação Ambiental nas escolas, através de uma pesquisa direta em algumas destas instituições. Foram selecionadas 418 escolas para este momento da pesquisa. Um dos resultados desta fase foi a demonstração do papel importante do educador como motivador da inserção da educação ambiental nas escolas, 237 escolas afirmaram que a motivação inicial para trabalhar com educação ambiental veio de um professor ou grupo de professores. Outro questionamento feito diz respeito aos objetivos principais da Educação Ambiental nestas escolas, e 162 escolas disseram que seus objetivos eram conscientizar os alunos e a comunidade para a cidadania. Outras 55 escolas responderam que seus objetivos eram sensibilizar seus alunos para o convívio com a natureza. É importante salientar que estas duas respostas juntas representam mais de50% do universo amostrado. Por fim, levantou-se como as escolas abordavam a educação ambiental em seu dia a dia, e do total de escolas pesquisadas, 275 declararam que desenvolviam a educação ambiental por meio de projetos. No segundo lugar estão 157 escolas que 10 afirmaram praticar a educação ambiental inserindo o tema nos seus Projetos Político Pedagógico. Percebe-se neste levantamento um menor número de escolas que afirmam a inserção da educação ambiental de maneira transversal nas aulas (BRASIL, 2007). Ainda, discutindo sobre este processo de implementação da educação ambiental formal não se pode deixar de lado o papel do professor tanto no ambiente escolar como universitário. Desta maneira é importante destacar que a PNEA, em seu artigo 11°, também afirma a importância da inserção da dimensão ambiental na formação dos professores. Trazendo assim aos docentes a capacidade necessária para abordarem o tema meio ambiente de forma transversal e pertinente a sua disciplina, atendendo ao disposto na Política Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999). Porém, de acordo com a mesma pesquisa, “O que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental”, a maioria das escolas afirmam que contribuem para a qualificação dos professores apenas com a “facilitação de acesso às informações sobre educação ambiental” e incentivando à formação continuada dos professores. Percebe-se que estas respostas ao questionário são muito vagas e sem transparência de comprometimentos por parte da instituição. Ações como liberar os profissionais para realização de cursos de extensão e pós-graduação ou ajuda de custo são muito pouco praticadas, além disso, nenhuma escola do universo pesquisado afirmou realizar aquisição e distribuição para seu corpo docente de material didático pedagógico sobre educação ambiental (BRASIL, 2007). É neste contexto de construção da educação ambiental que professor e escola devem se desdobrar e se reinventar para garantir uma educação ambiental crítica e abrangente conforme instituído pela Constituição Federal e pela Política Nacional de Educação Ambiental. 11 2. Objetivo Identificar as práticas docentes de educação ambiental realizadas no Colégio Estadual Rui Barbosa, bem como sua pertinência para a alfabetização ecológica dos alunos de educação básica. 12 3. Materiais e Métodos 3.1. Local do Estudo. O Colégio Estadual Rui Barbosa (figura 1), está localizado na Rua Alynthor Werneck, 65, Bairro Alto da Serra, Município de Petrópolis RJ (figura 2). Atualmente atente a 1.271 alunos nas modalidades do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Médio na modalidade Normal. O colégio atende mais de dez bairros da região aportando inclusive alunos de áreas mais distantes. Figura 1: Fachada da escola participante da presente pesquisa (Cerb, 2016). Figura 2: Vista aérea da região onde localiza-se a escola pesquisada, 22° 1'42.2"S e 43° 10'21.4" W (Google earth, 2016). 13 3.2. Questionário. Foi elaborado um questionário misto, baseado na escala Likert, contendo 24 questões: 6 (seis) questões discursivas e 18 (dezoito afirmativas) (Apêndice A). As questões foram agrupadas em quatro blocos temáticos: “Dados pessoais”, “Em minhas aulas”, “Em minha prática docente” e “Em relação à Educação Ambiental”. Somente as questões do bloco “dados pessoais” deveriam ser respondidas por extenso, além disso, as afirmativas do bloco “em minha prática docente” contêm espaços para o entrevistado justificar suas escolhas de alternativas se assim entendesse necessário. 3.3. Seleção da amostra. Foram incluídas nesta pesquisa professores, que apresentaram interesses em participar da pesquisa. Participaram da pesquisa 22 professores (n=22) pertencentes ao quadro de docentes da referida unidade. 3.4. Coleta de dados Todas as entrevistas foram realizadas nas dependências do Colégio Estadual Rui Barbosa. Durante abordagem inicial, foi explicado a cada professor do que se trata a pesquisa explicou-se, também, a estrutura, a abrangência das perguntas e a forma de preenchimento do questionário. As entrevistas foram realizadas no período de 16 de novembro a 07 de dezembro de 2015, sendo que os entrevistados responderam o questionário em um tempo médio de 10 minutos. Além disso, durante a realização da pesquisa foram realizadas observações de campo para reconhecimento das instalações físicas da unidade. 14 4. Resultados Com os resultados obtidos após a aplicação dos questionários foi caracterizado o perfil dos entrevistados quanto ao tempo de magistério, sexo e formação acadêmica, estes dados foram coletados no bloco de perguntas ”informações pessoais” do questionário. Dos vinte e dois (n=22) entrevistados doze são do sexo feminino e dez do sexo masculino. Além disso, observou-se que 64% dos professores, exercem o magistério há mais de onze anos (figura 3). Figura 3: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “tempo de magistério?” (questão 2). Outro ponto levantado foi o nível de escolaridade dos entrevistados, e observou-se que 41% (n=22) da população estudada cursou somente a licenciatura e os demais 59% cursaram algum nível de pós-graduação (figura 4). 36% 45% 14% 5% 0% 20% 40% 60% 01 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 P ro fe s s o re s Tempo de magistério (em anos) 15 18% 82% SIM NÃO Figura 4: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Escolaridade” (questão 4). Já em relação a formação complementar dos docentes na área de meio ambiente (questão 5). Observou-se que apenas 18% (n=22) dos entrevistados responderam ter formação complementar na área (figura 5). Figura 5: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Se possui formação ambiental, especifique” (questão 5). A seguir é apresentada uma tabela com as disciplinas que cada entrevistado leciona na escola (questão 6). 41% 27% 22% 5% 5% 0% 20% 40% 60% Graduação Especialização Mestrado Doutorado Pós-doutorado % Respostas 16 Figura 6: Tabela representando as respostas obtidas com a pergunta “Disciplina(s) que leciona” (questão 6). Disciplina Nº de entrevistados. Biologia/ Ciências 4 Educação física 0 Filosofia 1 Física 2 Geografia 2 História 1 Inglês 2 Matemática 3 Pedagógicas 2 Português, Literatura e relacionadas 3 Química 2 No próximo bloco de perguntas buscou-se entender quais elementos e recursos os professores utilizam em suas aulas, este bloco é intitulado de “Em minhas aulas”. Com relação ao uso de “Data show” (questão 7), observou-se que apenas 18% (n=22) dos professores afirmaram sempre utilizar o referido recurso (figura 7). Figura 7: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso o Datashow” (questão 7). 18% 41% 36% 5% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 17 Com relação ao uso do quadro durante as aulas (questão 8), 82% (n=22) dos professores afirmaram sempre utilizar este recurso e 18% afirmaram nem sempre utilizar o quadro como recurso em suas aulas (figura 8). Figura 8: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso o quadro” (questão 8). Em relação ao uso de Laboratórios por parte dos docentes (questão 9), 50% (n=22) dos entrevistados afirmaram que raramente utilizam laboratório em suas aulas (figura 9). Figura 9: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso o laboratório” (questão 9). 19% 4% 50% 27% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 82% 18% Sempre Nem sempre Sem opiniãoRaramente Nunca 18 Questionados em relação às saídas de campo (questão 10), 50% (n=22) dos professores responderam que raramente realizam saída de campo, e outros 36% afirmaram que nunca realizam saídas de campo (figura 10). Figura 10: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Faço saída de campo” (questão 10). Já em relação a realização de atividades em grupo (questão 11), 77% (n=22) dos entrevistados afirmaram sempre realizar estas atividades em grupo (figura 11). Figura 11: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Faço atividades em grupo” (questão 11). Quando questionados sobre a utilização de jogos em sala de aula como instrumento pedagógico (questão 12), observou-se que 9% (n=22) dos professores 14% 50% 36% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 77% 13% 5% 5% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 19 declararam sempre utilizar o referido recurso e 32% afirmaram nunca utiliza-lo (figura 12). Figura 12: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso jogos” (questão 12). Com relação ao uso da biblioteca como recurso em suas aulas (questão 13), pode ser observado que 32% dos entrevistados relataram sempre utilizar esta área como um recurso em suas aulas. Por outro lado, observou-se também que 18% nunca utilizam este recurso (figura 13). Figura 13: Gráfico representando as respostas obtidas com a pergunta “Uso a biblioteca” (questão 13). 9% 45% 14% 32% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 32% 23% 9% 18% 18% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 20 Em relação ao uso do laboratório de informática como recurso em suas aulas (questão 14), apenas 5% (n=22) dos entrevistados declararam sempre utilizar este recurso em suas aulas, e em contra partida 45% nunca utilizam (figura 14). Figura 14: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Uso o laboratório de informática” (questão 14). O próximo bloco do questionário se intitula “Em Minha Prática Docente”. Quando questionados sobre realização de atividades envolvendo outras disciplinas (questão 15) 18% (n=22) dos entrevistados afirmaram que sempre realizam atividades envolvendo outras disciplinas e outros 50% declararam que raramente realizam atividades deste tipo (figura 15). Figura 15: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Desenvolvo atividades envolvendo outras disciplinas” (questão 15). 5% 14% 36% 45% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 18% 27% 50% 5% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 21 Em relação ao cumprimento do planejamento escolar desenvolvido para as suas respectivas turmas (questão 16) 77% (n=22) dos professores afirmaram que sempre cumprem com o planejamento escolar de suas turmas (figura 16). Figura 16: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Cumpro o planejamento escolar desenvolvido para minas turmas” (questão 16). Com relação à abordagem de temas transversais (questão 17) 55% (n=22) dos entrevistados afirmaram sempre abordar estes temas em suas aulas (figura 17). Figura 17: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Abordo em minas aulas temas transversais, como meio ambiente” (questão 17). No o ultimo blocos de questões apresentados na pesquisa, foram realizadas perguntas mais diretas e específicas sobre a relação do entrevistado com a Educação Ambiental (EA). Intitulou-se o bloco de “Em relação à Educação Ambiental”. 77% 23% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 55% 18% 22% 5% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 22 Quando questionados se haviam cursado disciplinas relacionadas à EA durante a graduação (questão 18) pode ser constatado que 45% (n=22) dos professores afirmaram que nunca cursaram este tipo de disciplina durante a graduação (figura 18). Figura 18: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Na graduação cursei disciplinas relacionadas à educação ambiental” (questão 18). Em relação à oferta de treinamento ou formação continuada em EA por parte da escola em que lecionam (questão 19) 50% (n=22) dos professores afirmaram nunca receber este tipo de treinamento da instituição de ensino (figura 19). Figura 19: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Leciono em escola que oferece treinamento ou formação continuada em EA” (questão 19). Sobre o uso de material didático relativo à EA, pertinente a disciplina que lecionam (questão 20) 44% (n=22) dos entrevistados declararam que nunca utilizam 27% 18% 10% 45% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 5% 9% 5% 31% 50% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 23 este tipo de material e outros 14% afirmaram não ter opinião sobre a pergunta (figura 20). Figura 20: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “utilizo material didático sobre EA, pertinente a disciplina que leciono” (questão 20). Já com relação a percepção dos professores quanto ao incentivo por parte da direção escolar à realização de projetos de EA (questão 21) 18% (n=22) declararam sempre receber o incentivo da diretoria para realização de projetos em EA (figura 21). Figura 21: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Sou incentivado pela direção escolar a desenvolver projetos de EA” (questão 21). Em relação à inclusão ativa de informações e reflexões sobre a EA em aula (questão 22) 54% (n=22) dos entrevistados afirmaram sempre incluir estas informações e reflexões sobre a EA em suas aulas (figura 22). 14% 14% 14% 14% 44% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 18% 40% 5% 23% 14% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 24 Figura 22: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Incluo ativamente, em minhas aulas, informações e reflexões sobre EA” (questão 22). Pode ser observado em relação à realização de atividades de EA envolvendo alunos e comunidade (questão 23) que 41% (n=22) dos entrevistados afirmaram nunca ter realizado este tipo de atividade (figura 23). Figura 23: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “Realizo atividades de EA que envolvam os alunos e a comunidade” (questão 23). Sobre a opinião dos professores em relação à abordagem da EA em uma disciplina específica (questão 24) 32% (n=22) dos professores declararam que a EA deve ser sempre aborda em uma disciplina específica, e 23% firmaram que a EA nunca deve ser abordada em disciplina específica (figura 24). 54% 23% 18% 5% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 23% 5% 31% 41% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 25 Figura 24: Gráfico representando as respostas obtidas para a questão “A EA deve ser abordada em disciplina específica” (questão 24). 32% 36% 9% 23% Sempre Nem sempre Sem opinião Raramente Nunca 26 5. Discussão Com os dados obtidos na pesquisa e observações realizadas no ambiente escolar pode-se contextualizar as práticas docentes de educação ambiental praticada na unidade escolar pesquisada. Observou-se um fator importante que se refere ao nível de escolaridade dos professores da unidade. Que é composto por mais de 55% de profissionais com algum tipo de pós-graduação. Porém, dentro do universo de professores entrevistados (n=22), apenas quatro possuíam algum tipo de formação complementar relacionada à grande área - meio ambiente, além de este número ser muito pouco significativo, este resultado não é positivo para a estruturação da educação ambiental na instituição escolar. A importância da formação e ou educação complementar na área de EA, como sugere Guerrae Abílio (2005), está no fato de os professores serem os agentes responsáveis pela EA formal abordando questões socioambientais, políticas e educacionais, exigindo destes profissionais um bom embasamento conceitual. E desta forma, poder debater, analisar e discutir estes e outros tópicos com seus alunos de maneira que o processo de sensibilização possa ser revertido em atitudes em favor do meio ambiente (GUERRA e ABÍLIO, 2005). Outro ponto importante da pesquisa diz respeito à percentagem de entrevistados que cursaram disciplinas relativas à educação ambiental durante suas respectivas graduações, e 54% dos docentes se enquadram no grupo que nunca (45%) ou raramente (10%) cursou disciplinas relacionadas à educação ambiental. Número este, que pode estar relacionado a falta de interesse do docente quanto o tema ou mesmo a falta de oferta de disciplinas relacionadas à educação ambiental nos cursos de formação superior. Muito embora a instituição da política Nacional de Educação Ambiental tenha deixado clara a obrigatoriedade da inserção da temática ambiental nos currículos de formação inicial dos professores, esse processo ocorre de maneira diferenciada nas universidades. Onde cada uma tem um nível próprio de abordagem e inserção da EA em seus currículos (CARVALHO, 2004; THOMAZ e CARAVALHO, 2007; LIMA, 2011; TORALES, 2013). Em relação a falta de interesse dos professores em se aprofundar nos estudos referentes à educação ambiental e ou a falta de conhecimento na área da EA, a 27 escola detém importante papel de intervenção neste quadro. Observou-se que o grupo de professores entrevistados, em geral, demonstram se sentir incentivado pela direção a realizar projetos relativos à EA. Apenas 14% dos entrevistados se enquadram no grupo que nunca se sente incentivado pela direção escolar a realizar projetos relativos à EA. Este é um dado que demonstra uma intervenção positiva da direção em pró da EA. A tendência observada é de um suporte à prática da educação ambiental sem grande estruturação sistemática. Há claramente um incentivo por parte da direção escolar, porém, o modelo vigente de treinamentos e formação dos docentes não é abrangente. Mesmo com a gama de projetos de extensão e treinamentos oferecidos por Organizações Não Governamentais e inclusive por parte do Governo. Como por exemplo, o projeto Salas Verdes, que se caracteriza por um instrumento que incentiva a implementação, em todo o país, de espaços socioambientais que desempenham dentre outras funções a de centro de informação e formação ambiental. Isso é constatado quando se analisa que na escola, 81% dos professores estão incluídos no grupo que considera que leciona em uma escolar que nunca (50%) oferece treinamento ou formação continuada em EA, ou que considera que leciona em uma escola que raramente (31%) oferece treinamento ou formação continuada em EA. Isso sugere uma unidade escolar que não abrange todo seu corpo docente na oferta de informação específica. Outro aspecto a ser analisado além da relação do professor com a EA em sua formação, e como a escola interfere nesta relação, é a abordagem de temas transversais, incluindo a EA. E 73% dos professores estão no grupo que sempre (55%) aborda temas transversais ou nem sempre (18%) aborda. Outro ponto interessante é a inclusão ativa de informações e reflexões relativas à EA em aula. E neste caso 77% dos entrevistados estão alocados no grupo dos que responderam que sempre incluem reflexões e informações sobre a EA ou que responderam que nem sempre o fazem. É possível observar o interesse dos professores em abordar a EA nas aulas fazendo isso de maneira ativa, porém, individualizada não evidenciando o diálogo com outras disciplinas. Muito embora a conclusão de uma formação formal em EA não seja a garantia de uma prática adequada, o cenário observado até agora não é o ideal, pois, o 28 interesse dos docentes em incluir em suas aulas a EA não acompanha o nível de formação específica destes. Outro aspecto a ser analisado, é a relação dos docentes com outras disciplinas e com práticas dentro e fora da sala de aula que podem enriquecer não somente a prática da EA, mas a prática pedagógica como um todo. Dentro desta proposta, 50% do universo estudado raramente realiza atividades que envolvam outras disciplinas, e apenas 18% realizam este tipo de atividade sempre. Como esta é uma questão aberta não significa que estas atividades estejam relacionadas à EA, porém, com a tendência transversal do tema é interessante que o número de atividades envolvendo diversas disciplinas seja maior. Segundo relatos de alguns professores, a principal dificuldade em articular atividades deste porte está na falta de tempo dos docentes em se encontrarem para poder construir este tipo de atividade. Juntamente a isso 41% dos professores nunca realizaram atividades de EA que envolvesse os alunos e a comunidade. O que demonstra mais uma vez uma exclusão de certos docentes de algumas atividades relativas à EA, muito embora não seja possível determinar a causa dessa ausência. Com relação à diversidade de técnicas utilizadas para a realização das aulas, constatou-se que as atividades em grupo são quase uma unanimidade entre os professores, agrupando 77% dos respondentes que afirmaram sempre realizam este tipo de atividade. As atividades envolvendo jogos também representam um saldo positivo quando se analisa o grupo de pessoas que responderam sempre e nem sempre utilizar jogos em sala de aula. Obteve-se um percentual conjunto de 54% de respostas neste grupo. Em apoio a esta prática vale destacar que para Almeida (1984) a prática de jogos permite promover a aprendizagem dos alunos além de promover o desenvolvimento de sua personalidade. Por outro lado, atividade com grande potencial para a efetivação de uma EA significativa como, por exemplo, atividades de campo atingiram um percentual de 86% dos respondentes enquadrados no grupo que raramente (50%) realizam este tipo de atividade ou, que nunca (36%) realizam atividades de campo. Farmer et al., (2007) confirma este potencial das atividades em campo quando demonstra em seus estudos uma forte relação entre atividades de educação ambiental de campo e o desdobramento em atitudes positivas em relação ao meio ambiente em longo prazo. Outra atividade importante como o uso de laboratório agrupa 77% dos respondentes no grupo que nunca ou raramente realiza atividades neste ambiente. 29 E quando perguntou-se sobre o uso de laboratório de informática especificamente esse número chega a 81% (45% nunca – 36% raramente) de respondentes. Quanto à importância do uso dos computadores na escola, Moran (2000) destaca algumas funções interessantes do equipamento que permite realizar pesquisas, criar e desenvolver atividades além de trabalhar com simulações. É importante destacar que muito professores afirmavam não haver laboratórios em condições de uso na escola. E mesmo sendo avisados sobre a abrangência do termo laboratório no questionário, muitas vezes não entendiam que atividades referentes às suas disciplinas pudessem ser realizadas nestas áreas (laboratórios). Infelizmente atividades que podem propiciar uma relação mais significativa entre a EA e os alunos são também as menos praticadas. Isso ocorre pela dificuldade de coordenação destas atividades que exigem tempo dos docentes, uma estrutura adequada e principalmente recursos que muitas vezes a escola não detém. Isso pode explicar a dificuldade que os docentes encontram em integrar estas práticas pedagógicas em suas aulas, seja para a realização da EA ou para as abordagens cotidianas referentes às suas disciplinas. Percebe-se, até aqui, uma prática de EA que não é abrangente e estruturada. Muitos docentes afirmam realizar em suas aulas abordagens sobre a EA, mas de maneira individual. Ficando, porém,designado a um grupo pequeno de professores que se interessam pelo tema a abordagem integrada da EA, a realização de atividades multidisciplinares e de outras práticas pedagógicas enriquecedoras. Como observado, também não há a oferta de treinamento ou educação continuada em EA de maneira abrangente para os professores que, além disso, sofrem com problemas para diversificarem suas práticas docentes, tendo dificuldades para realizar saídas de campo, atividades que envolvam outras disciplinas ou mesmo atividades na escola, em laboratórios e áreas temáticas. Dificuldades estas relacionados principalmente ao tempo que os professores detêm para trabalhar. Analisando a última questão da pesquisa observou-se que 32% dos respondentes afirmando que a EA deve sempre ser tratada em disciplina específica. Por outro lado, uma porcentagem de 23% responderam que a EA nunca deve ser tratada em disciplina específica. Cabe aqui destacar que estes 23% se colocam de acordo com o estabelecido pela Lei 9795/99, que define que a Educação Ambiental não deve se apresentar nos 30 currículos escolares como uma disciplina. Mas sim como um tema que se insere em todas as relações e atividades escolares sendo desenvolvida como uma “prática educativa integrada, contínua e permanente” em todos os níveis e modalidades do ensino formal (BRASIL, 1999). Porém, é comum, como observado na pesquisa, encontrar resistência à abordagem da EA como tema transversal. Bernardes e Prieto (2010) levantaram em seu trabalho alguns dos principais argumentos usados para a não introdução da Educação Ambiental como tema transversal e sim como disciplina curricular. Dentre os argumentos é importante destacar os que afirmam que a transversalidade não funciona no dia a dia escolar. Há também argumentos que afirmam que como uma disciplina específica a EA ganharia espaço na grade curricular e com isso maior atenção e qualidade. Por fim, destacam também a falta de preparação, capacidade e interesse dos professores em abordar e problematizar a EA junto de suas disciplinas específicas. Estes argumentos parecem estar alinhados com o pensamento dos 32% de entrevistados na pesquisa, principalmente no que diz respeito à atenção que a EA receberia se abordada em disciplina específica, e a qualidade das abordagens em sala aula. Para os entrevistados, há uma grande quantidade de matéria que deve ser ministrada em suas disciplinas curriculares o que reduz o tempo e as condições de discussão e argumentação em sala sobre temas relativos à EA. Há também um grupo de 36% de entrevistados que defende certo balanço entre a organização da EA em uma disciplina específica com um docente responsável e a participação de diversas disciplinas nesse processo. Este grupo representa os docentes que afirmaram que a EA nem sempre deve ser abordada de maneira específica em uma disciplina, os argumentos deste grupo destacam a importância da multidisciplinaridade, porém defendem que é difícil abordar a EA sem uma disciplina única e balizadora. Este argumento apresentado parece ser justificado pelos dados já demonstrados, mesmo indo contra o pressuposto pela legislação e parte dos especialistas na área. Abordar a EA de forma transversal soa como mais um trabalho dispendioso que requer estudos extras que vão além da simples ideia conservacionista, requer recursos financeiros e materiais, motivação e principalmente tempo. Estes requisitos se comparados com a realidade levantada 31 pela a pesquisa, pode permitir entender o que leva os docentes a concluir que uma disciplina específica sobre EA é mais adequada. 32 6. Conclusão O estudo evidenciou aspectos positivos com relação a alfabetização ecológica dos alunos da unidade escolar. Grande parte dos professores realizam abordagens referentes às temáticas ambientais em sala de aula fazendo isto de maneira ativa e inserida no cotidiano escolar. São realizadas em maior frequência na escola atividades em grupo, jogos pedagógicos e atividades envolvendo a biblioteca. Estas práticas são, sem dúvidas, importantes para a efetividade da EA e tendem a ser mais facilmente inseridas nos contextos das várias disciplinas da grade escolar. É importante destacar que as demais atividades exercidas pelos docentes como a utilização de laboratórios, a realização de saídas de campo e atividades multidisciplinares, também podem ser consideradas como um fator positivo na efetividade da EA, mesmo que sejam praticadas em menor frequência. Foram encontrados também alguns aspectos negativos comuns ao ambiente escolar que vão além da prática da EA transversal. A falta de tempo, a dificuldade de trabalho em grupo e as restrições estruturais são problemas comuns que afetam a atividade docente como um todo. Também foram constatados aspectos negativos diretamente referidos à educação ambiental, que se caracterizam por práticas de EA individualizas com pouca ou até nenhuma articulação entre outras disciplinas se limitando a atividades pouco diversificadas dentro da sala de aula. As ações articuladas em EA se limitam a pequenos grupos de interessados que o fazem com poucos recursos e ou formação específica, apoiando-se na vontade de promover a mudança. Parte dos aspectos negativos encontrado na unidade escolar estão relacionados a abrangência das ações de treinamento e formação continuada para os docentes, ao grau de participação destes nas ações em EA além, claro, do engajamento pessoal em relação ao tema. Estes fatores culminam em um processo de alfabetização ecológica inconstante e que não atinge todo o seu potencial. Os professores engajados nas ações de EA devem incluir os demais colegas no processo de conscientização, engajando-os na atuação como educadores para a EA. Há de se construir também parcerias externas visando o apoio de atores que possam facilitar o acesso a materiais específicos em EA, a treinamentos e palestras, que possam auxiliar na elaboração de projetos e até na efetiva inserção da EA nos 33 programas curriculares da instituição. Agindo de forma positiva nos aspectos já levantados na pesquisa. Esta busca deve ficar a cargo da administração escolar que deve também ampliar seu apoio aos docentes na realização de projetos e atividades a fim de propiciar um novo direcionamento da dimensão ambiental na unidade escolar. 34 7. Referências ALMEIDA, P. N. (1984) Dinâmica lúdica: jogos pedagógicos para escolas de 1º e 2º grau. 4. ed. São Paulo: Editora Loyola, 148p. BARBIERI, J. C. (2011) Gestão ambiental empresarial: Conceitos, modelos e instrumentos. 3. ed. atual e ampliada. São Paulo: Editora Saraiva, 358p. BARBOUR, A. M. A. (2003) Jornalismo ambiental. Tese (Bacharelado em Jornalismo) - Banco de teses e dissertações EMBRAPA Pantanal -. Brasília: 55p. BERNARDES, M. B. J., PRIETO, E. C. (2010) Educação Ambiental: disciplina versus tema transversal. Revista Eletrônica de Mestrado em Educação Ambiental, Rio Grande do Sul FURG- RS, 24: 176-178. BOTKIN, D. B., KELLER, E. A. 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Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca 39 10. Faço saída de campo. 11. Faço atividades em grupo. 12. Uso jogos. 13. Uso a biblioteca. 14. Uso o laboratório de informática. Em minha prática docente 15. Desenvolvo atividades envolvendo outras disciplinas. Se há dificuldades, especifique:__________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 16. Cumpro o planejamento escolar desenvolvido para minhas turmas. Se há dificuldades, especifique:__________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 17. Abordo em minhas aulas temas transversais como meio ambiente. Se há dificuldades, especifique:_________________________________________________ Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Semopinião Raramente Sempre Nunca 40 Em relação à educação ambiental 18. Na graduação, cursei disciplinas relacionadas a educação ambiental (EA). 19. Leciono em escola que oferece treinamento ou formação continuada em EA. 20. Utilizo material didático sobre EA, pertinente a disciplina que leciono. 21. Sou incentivado pela direção escolar a desenvolver projetos de EA. 22. Incluo ativamente, em minhas aulas, informações e reflexões sobre EA. 23. Realizo atividades de EA que envolvam os alunos e a comunidade. 24. EA deve ser abordada em disciplina específica. Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca Nem sempre Sem opinião Raramente Sempre Nunca
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