Buscar

TECIDO ÓSSEO OSSIFICAÇÃO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TECIDO ÓSSEO OSSIFICAÇÃO, CRESCIMENTO E REMODELAMENTO
♥ Quais as principais características do tecido ósseo?
O tecido ósseo é formado por células e material extracelular calcificado (Essa matriz é rígida devido à calcificação mas também é elástica devido à presença de fibras colágenas.), a matriz óssea. As células deste tecido podem ser de três tipos: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos localizam-se periferia do osso e possuem longos prolongamentos citoplasmáticos que tocam os osteoblastos vizinhos.
♥ Qual a diferença entre crescimento, remodelamento e reparo ósseo? 
Remodelamento é continuo, crescimento é de fase e o reparo é quando há necessidade, evento esporádico, quando acontece uma fratura. Ambos são fisiológicos.
Crescimento é o processo de alongamento dos ossos (ossos longos).
O remodelamento ósseo é um processo fisiológico que permite a manutenção da resistência óssea através de sua "auto-modelagem", de acordo com as solicitações mecânicas a que o osso é submetido. O remodelamento é um processo contínuo, que possibilita a substituição de um osso envelhecido e danificado por um tecido novo.
♥ Qual a participação das diferentes células nos processos supramencionados? 
Osteoblasto: Deposita a matriz óssea; inicia o processo de mineralização pela liberação de vesículas da matriz.
Osteócito: Mantém a matriz óssea; percebe o estresse mecânico e regula a homeostasia do cálcio e do fosfato.
Osteoclasto: Reabsorve o osso por hidrólise enzimática da matriz óssea mineralizada.
♥ Qual a participação do endósteo e do periósteo nesses processos?
Participam ativamente dos processos de remodelação, reparação e crescimento.
HISTOLOGIA
Definição: é o estudo dos tecidos e o modo como eles se organizam para constituir os órgãos que compõe os sistemas/organismo.
Coloração
Mais rosa (por ex, o tendão) = fundo rosa com risquinhos (núcleos) roxos.
· O núcleo é ácido reage com a substancia básica ficando escuro.
· Hematoxilina: corante básico que cora estruturas acidas Basofilica: cora mais escuro (mais roxo) cora proteínas carregadas negativamente.
· Eosina: corante acido que cora estruturas básicas Acidofilica: cora mais claro (mais rosa) cora por exemplo, proteínas carregadas positivamente.
O osso é uma forma especializada de tecido conjuntivo que, assim como outros tecidos conjuntivos, consiste em ↓ células e em ↑ matriz extracelular. A característica que distingue o tecido ósseo de outros tecidos conjuntivos é a mineralização de sua matriz, que produz um tecido extremamente rígido, capaz de proporcionar suporte e proteção. O mineral é o fosfato de cálcio na forma de cristais de hidroxiapatita [Ca10(PO4 )6 (OH)2].
Osso 
· Principal constituinte do esqueleto.
· Rígido.
· Irrigado e inervado.
· Revestido pelo periósteo.
Componentes:
· Osteoclastos
· Osteoblastos;
· Osteócito
· Osteoclasto
· Matriz extracelular (orgânica e inorgânica).
· Células osteoprogenitoras: são derivadas das células mesenquimais e dão origem aos osteoblastos.
Osteoblastos
♥ Sintetizam a parte orgânica da matriz óssea. 
♥ Ficam dispostos lado a lado e na periferia (osteoide).
♥ Forma cúbica ou poligonal = ↑ atividade.
♥ Forma alongada ou achatada = ↓ atividade ou inativos.
Osteoclastos
♥ Células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas.
Osteócitos
♥ Localizados no interior da matriz óssea 
♥ Ocupam lacunas se intercomunicam através dos canalículos 
♥ Cada lacuna contém somente um osteócito 
♥ Possuem junções comunicantes (ou tipo gap).
Matriz extracelular
· Matriz óssea: material extracelular calcificado.
· 15% de água, 30% de fibras colágenas e 55% de sais minerais cristalizados.
I. Componente orgânico:
90% de fibras colágenas — colágeno tipo 1.
10 % de proteoglicanos e glicoproteínas adesivas.
II. Componente inorgânico: 50 % peso da matriz;
Cristais de hidroxiapatita: Ca3(PO4)2.
· HIDROXIAPATITA / FIBRAS COLÁGENAS responsável pela rigidez e resistência do tecido ósseo.
· Matriz extracelular rígida Remoção do cálcio = os ossos mantém sua forma intacta, mas ficam extremamente flexíveis, como os tendões.
 Remoção do colágeno = ossos mantém a sua forma intacta, porém ficam quebradiços.
OBS: Osso maduro está organizado em lamelas e os imaturos não, essas lamelas que inervam internamente.
Primário ou Imaturo – Fibras colágenas dispostas em várias direções, sem organização definida, menor quantidade de minerais 
Secundário ou Maduro – Fibras Colágenas organizadas em lamelas, que ficam paralelas umas às outras em torno de canais com vasos formando o Sistema Havers ou Ósteon.
PERIÓSTEO E ENDÓSTEO (tecido conjuntivo propriamente dito).
Endósteo
♥ Recobre superfície interna dos ossos 
♥ Camada de células osteoprogenitoras
Periósteo
♥ Recobre superfície externa dos ossos.
♥ Porção fibrosa (externa): tecido conjuntivo denso (contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos). 
♥ Porção celular (interna): células osteoprogenitoras e pré-osteoblastos.
OSSIFICAÇÃO
♥ Processo de formação dos ossos 
♥ Existem dois processos diferentes: 
♥ Ossificação intramembranosa: tecido ósseo formado a partir de uma membrana conjuntiva ♥ Ossificação endocondral: tecido ósseo formado a partir de um modelo de cartilagem hialina.
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA
♥ Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo.
♥ Processo de formação dos ossos: frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior. 
♥ Contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos.
♥ Nos ossos curtos essa ossificação faz eles crescerem e nos longos fazem esses alargar.
♥ O local da membrana conjuntiva, onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária: crescem radialmente.
Não há um tecido cartilaginoso para servir como molde, tem uma membrana de tecido conjuntivo que vai fornecer as células mesenquimais, formando o blastema ósseo osteoblastos Tecido ósseo primário.
Células mesenquimais diferenciam-se em osteoblastos (secretam matriz óssea).
Osteoblastos diferenciam-se em osteócito.
Osteoblastos criam uma rede de trabéculas e espículas
· Grupos de formação óssea surgem juntos e se encontram, formando traves ósseas, dando origem esponjosa. 
· As cavidades são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que formará medula óssea. 
 As superfícies internas e externas são formadas por reabsorção, formando o osso compacto. 
 Ao parar de diferenciar a membrana conjuntiva interna e externa, estas ganham o nome de endósteo e periósteo respectivamente.
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
♥ Ocorre através da cartilagem hialina, forma ossos curtos e longos. 
♥ Cartilagem é substituída por tecido ósseo.
1. A cartilagem sofre modificações: hipertrofia dos condrócitos até sua morte por apoptose, redução da matriz cartilaginosa em finos tabiques, mineralização (onde ocorre a morte celular).
2. Onde existiam os condrócitos, surgem vasos e células osteogênicas, vindo do tecido conjuntivo adjacente, diferenciando-se em osteoblastos, que depositarão a matriz óssea. 
♥ Nos ossos longos: no início temos um molde de cartilagem, o pericôndrio da diáfise forma um colar ósseo, que é feito através da ossificação intramembranosa, após isso, as células cartilaginosas envolvidas pelo colar (parte média da diáfise), hipertrofiam, morrem e mineralizam-se, ocorre a invasão de vasos do periósteo e por células osteogênicas também, formando osteoblastos. Estes fazem a matriz óssea, que logo se mineraliza e forma tecido ósseo primário. 
♥ É um crescimento longitudinal, rápido e ocupa toda diáfise.
♥ Exemplo: esqueleto embrionário, ossos longos, vértebras.
Esse alastramento do centro primário é acompanhado pelo crescimento do cilindro ósseo, que se formou a partir do pericôndrio e que cresce em direção a epífise. Desde o início do centro primário, o canal medular, onde irão se encontrar células sanguíneas (originadas pelas células tronco), originando a medula óssea. Mais tarde... formam centros secundários de ossificação em cada epífise através do tecido
conjuntivo na cartilagem articular e disco epifisário (o primeiro persiste por toda a vida e não contribui para formar osso, já o segundo citado é responsável pelo crescimento longitudinal do osso).
Primeira etapa: Hipertrofia dos condrócitos Morte por Apoptose = Redução da matriz e mineralização da matriz cartilaginosa – calcificação.
Segundo etapa: Invasão de Capilares + células osteogênicas
Vai ser invadida por vasos sanguíneos do periósteo, trazendo consigo as células osteoprogenitoras que vão extravasar dos capilares e se diferenciar em Osteoblastos. 
Síntese da matriz orgânica – osteóide. 
Ativação da Enzima fosfatase alcalina formando fosfato de cálcio – principal constituinte da Hidroxiapatita – início do processo de mineralização óssea. Quando esses osteoblastos estiverem encobertos por matriz viram osteócito.
Centro de ossificação secundário na Epífise 
Entre os 2 centros de ossificação existe o Disco Epifisário “cartilagem do crescimento” – garantindo o crescimento dos ossos longos até a fase adulta (21 anos)
A união da matriz osteóide com o cálcio é o que possibilita a rigidez óssea.
CRESCIMENTO E REMODELAMENTO ÓSSEO
♥ Crescimento: formação de tecido ósseo novo, associadas à reabsorção parcial do tecido já formado. Assim, conseguem manter sua forma enquanto crescem 
♥ Remodelamento ósseo: Não está relacionado com o crescimento. É um processo fisiológico que ocorre simultaneamente em diversas partes do esqueleto.
A remodelação óssea é um equilíbrio entre a reabsorção e a deposição óssea, que mantém a forma de um osso à medida que este sofre tensões. Os ossos em desenvolvimento mantêm a mesma forma geral através da remodelação de superfície. Nesse processo, deposita-se osso sob certas regiões do periósteo, enquanto é reabsorvido em outras. Ao mesmo tempo, está sendo depositado e reabsorvido osso em várias regiões da superfície endosteal. A taxa de deposição e reabsorção em qualquer área altera ou mantém a forma do osso.
A estrutura interna do osso é continuamente alterada em resposta a mudanças de peso, microfraturas e mudanças na postura. Este processo é chamado remodelação interna e é levado a cabo por uma unidade de remodelação óssea. Esta unidade é composta de um cone de corte e um cone de fechamento. Os cones de corte são túneis em forma de cone formados no osso compacto por osteoclastos recrutados para reabsorver o tecido ósseo. Quando os túneis atingem o seu diâmetro máximo, entram nos cones de corte vasos sanguíneos, osteoblastos e células osteoprogenitoras. Quando isso ocorre, a reabsorção óssea cessa e os osteoblastos começam a depositar novas lamelas ao redor dos vasos sanguíneos. Esses novos sistemas de Havers são os cones de fechamento.
Reparação óssea
As fraturas dos ossos danificam a matriz óssea, laceram o periósteo e o endósteo, matam as células e, às vezes, deslocam as extremidades do osso quebrado. Vasos sanguíneos danificados perto da fratura preenchem a área ao redor da ruptura com sangue e formam um coágulo. Capilares e fibroblastos formam tecido conjuntivo próximo à fratura, invadem o coágulo e formam tecido de granulação.
O aumento da atividade mitótica na camada osteogênica do periósteo resulta na acumulação de células osteoprogenitoras aproximadamente 48 horas após a lesão. As células osteoprogenitoras mais próximas ao osso diferenciam-se em osteoblastos e formam um colar perióstico cimentado ao osso morto próximo à fratura. Como a proliferação de células osteoprogenitoras é mais rápida do que a dos capilares, as células no centro do aglomerado em proliferação não recebem suprimento de sangue suficiente e tornam-se células condrogênicas. As células condrogênicas resultantes diferenciam-se em condroblastos que formam cartilagem nas áreas superficiais do colar perióstico. A camada mais superficial das células osteoprogenitoras tem um suprimento sanguíneo abundante e, portanto, continua a proliferar. Isto cria três zonas no colar perióstico:
1. Camada superficial de células osteoprogenitoras em proliferação
2. Camada média de cartilagem
3. Camada profunda de osso novo formando-se no osso fragmentado
Concomitantemente, os colares periósticos em ambas as extremidades dos fragmentos fundem-se e formam um único colar referido como um calo externo. A matriz de cartilagem junto da camada profunda do colar externo torna-se calcificada. Em seguida, esta será substituída por osso esponjoso. No final da reparação, a ossificação endocondral irá converter toda a cartilagem em tecido ósseo primário.
IMAGENS Lâminas

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais