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1 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA (EAD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
A ESCOLA E A INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO: 
DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2019 
2 
 
ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ESCOLA E A INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO: 
DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VULNERABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Pré-Projeto apresentado como 
exigência da disciplina PPE – Pré-Projeto. 
Orientador(a): MONICA SILVA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2019 
3 
 
Sumário 
Linha de pesquisa e assunto..........…………………..............................................….04 
Tema e Título…..…….…………....………..…….............................................……….04 
Introdução………………………………...............................................………………...04 
Apresentação do tema problema…………………….............................................…..05 
Levantamento de referencial (embasamento teórico) da pesquisa………...……......06 
A pesquisa......………....…....….......................................................…………………..09 
Referências....………....…....….......................................................…………………..11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
LINHA DE PESQUISA 
Linha de Pesquisa: PRÁTICAS EDUCATIVAS 
Tema: Educação Fundamental 
Título: A escola e a Instituição de acolhimento: desafios e possibilidades para a 
aprendizagem significativa de crianças e adolescentes vítimas de vulnerabilidade 
social. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho tem como objetivo geral uma busca uma reflexão sobre os 
desafios e as possibilidades de uma parceria empática e cuidadosa entre a escola e 
a instituição de acolhimento que vise a aprendizagem significativa e o aumento do 
rendimento escolar de crianças e adolescentes em situação de acolhimento 
institucional. 
 A pesquisa se efetivará através de um percurso investigativo, envolvendo duas 
etapas. Na primeira etapa utilizarei pesquisa bibliográfica que segundo Gil (2007, 
p.44) é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de 
livros e artigos científicos, com produção focalizada no acolhimento de crianças e 
adolescentes, na instituição acolhedora e na família. 
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências 
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como 
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico 
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador 
conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas 
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, 
procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher 
informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual 
se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32). 
Na segunda etapa, somarei com a pesquisa de campo, que me permitirá observar 
“in loco” a realidade do aprendizado dos adolescentes residentes acolhidos do Lar 
de Crianças Sara e Burton Davis, no município de Eusébio-CE, referência em 
acolhimento de crianças e adolescentes, local onde trabalho há 2 anos, podendo 
observar a rotina educacional. 
 Trabalhando e convivendo pude perceber através das mais diversas situações o 
baixo rendimento escolar da maioria dos acolhidos, o que despertou meu interesse 
5 
 
pelo assunto desta pesquisa. 
 
 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA 
 
 O acolhimento institucional é uma medida de proteção de caráter provisório 
prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), caso seja verificada a 
situação em que os direitos da criança ou do adolescente estiverem ameaçados ou 
violados. 
 A problemática da institucionalização na infância e na adolescência representa 
uma dimensão importante de estudo na atualidade, por estar presente na realidade 
de muitas famílias que se encontram em condições socioeconômicas desfavorecidas 
o que dificulta que cumpram seus papeis de guardiãs da infância e da adolescência. 
 Crianças acolhidas têm suas vidas completamente modificadas, são feitas 
rupturas em todos os seus vínculos afetivos e sociais. Isso as leva a obrigatória 
adaptação a uma nova condição de vida, nova rotina, nova moradia, novas regras e 
novos relacionamentos. Dentre esses novos relacionamentos estão a nova 
comunidade escolar em que serão inseridas e seus companheiros e cuidadores do 
abrigo. 
 Segundo Vectore e Carvalho (2008) a presença de sentimentos de angústia, 
desamparo, carência afetiva, agressividade, procura por isolamento, desmotivação e 
dificuldades de aprendizagem são situações comuns em crianças abrigadas. Tantas 
mudanças, ajustes, readaptações, proporcionam todos esses sentimentos, e 
consequentemente afetam o desempenho escolar, causando o atraso escolar e o 
déficit no aprendizado, que na maioria dos casos, já fazia parte da realidade de vida 
delas enquanto vivam com suas famílias. 
 A escola e a instituição de acolhimento podem contribuir com o desenvolvimento 
emocional e cognitivo de crianças institucionalizadas quando mantém uma postura 
acolhedora, quando os profissionais conseguem ser empáticos com a situação 
peculiar daquela criança e se apresentam como ambientes de suporte e de apoio. 
Para tanto, é fundamental que os profissionais da escola e do abrigo sejam 
capacitados para trabalhar com esta questão, considerando a complexidade dos 
contextos das vidas dessas crianças. A articulação do serviço de acolhimento com a 
escola é fundamental para evitar o fracasso escolar dessas crianças. 
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/a-teoria-da-angustia-na-psicanalise
6 
 
 Diante do exposto é que foi elaborada a seguinte questão de pesquisa: A escola 
e a Instituição de acolhimento têm um olhar diferenciado quanto às 
dificuldades de aprendizagem das crianças acolhidas institucionalmente de 
modo a contribuir com uma aprendizagem significativa considerando suas 
histórias? 
 
 
2. LEVANTAMENTO DO REFERENCIAL DA PESQUISA 
 
 O ser humano aprende o tempo todo, mas não necessariamente aquilo que a 
família e a escola tentam ensinar de forma intencional. O processo de ensino-
aprendizagem nem sempre é direto, nem tudo que se ensina, se aprende, e às 
vezes aprendem-se coisas que não se pretendem ensinar. 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394/96), 
referencial para a educação brasileira em seu art. 22, aponta as finalidades da 
educação básica, e afirma assegurar a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania, oferecendo aos alunos meios para progredir no trabalho e 
em estudos posteriores. Assim, a LDB aponta em seu artigo 1º., § 2º. que a 
“educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” e 
ainda em seu Art. 2º. responsabiliza a educação como “Dever da família e do 
Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, 
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
 Afinal, a quem compete a educação? Frison (2004) discute o lugar da educação 
afirmando que, 
na escola, na sociedade, na empresa, em espaços formais ou não formais, 
escolares ou não escolares, estamos constantemente aprendendo e 
ensinando. Assim, como não há forma única nem modelo exclusivo de 
educação, a escola não é o único em que ela acontece e, talvez, nem seja o 
mais importante. As transformações contemporâneas contribuíram para 
consolidar o entendimentoda educação como fenômeno multifacetado, que 
ocorre em muitos lugares, institucionais ou não, sob várias modalidades. 
(FRISON, 2004, p. 88). 
 
Graciani (2006) esclarece essa complexidade e reconhece que a educação se dá 
em todos os espaços sociais: 
 
As contribuições positivas da educação para a sociedade destacam-se 
duas: a reorganização da cidadania, pela criação de uma ordem mais justa, 
7 
 
fraterna e o desenvolvimento da habilidades, competências para a vida, que 
permitam menos exclusão e desigualdades sociais e econômicas, levando-
se em conta a diversidade e o multiculturalismo, com valorização de valores 
cívicos, culturais, sociais e morais, com ênfase no meio ambiente e na ética, 
além da pluralidade cultural balizadas pelo conhecimento científico, técnico 
e humanista na formação dos aprendizes. A educação é uma atividade para 
vida, que ocorre na família, na rua, na igreja, no trabalho, na escola e em 
todos os espaços sociais. 
 
 Segundo Brandão (2003, p. 7), “Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, 
na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da 
vida com ela: (...). Para ser, para fazer, para saber, ou para conviver, todos os dias 
misturamos a vida com a educação”. 
 De acordo com Gohn (1995), Educação Formal é aquela desenvolvida nas 
escolas com conteúdo previamente definidos, com uma diretriz centralizada como 
um currículo e estrutura burocrática, enquanto que a Educação Informal é aquela em 
que os indivíduos aprendem durante o seu processo de socialização na família, no 
bairro, nos clubes entre outros lugares, transmitindo valores e culturas próprios de 
pertencimentos e sentimentos herdados. 
 Para Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo acontece através da interação social, 
ou seja, da interação entre indivíduos e com o meio. A aprendizagem é uma 
experiência social. A interação que cada pessoa estabelece com um ambiente, a 
experiência pessoalmente significativa, é muito importante para ela. O contexto 
social é, então, determinante quando se fala em desenvolvimento cognitivo e, assim, 
o profissional tem de responder aos desafios impostos pela diversidade na sala de 
aula. 
“Nessa perspectiva, as referências e reflexões sobre as diversas formas e 
meios de ação educativa deverão também constar do rol de atribuições de 
um pedagogo, e, mais que isto, referendar seu papel social transformador. “ 
(CARNEIRO E MACIEL, p. 2, s.d.) 
 
 Para Freire (1987), não há neutralidade na prática educativa, de modo que sendo 
uma prática social é uma prática política, pois todo o conhecimento, a cultura, a 
educação, e o trabalho são pressupostos de relações sociais. Tal mediação proposta 
pela educação pode contribuir para a alienação ou para a libertação do indivíduo, de 
modo que, quando o homem passa a compreender e a atuar no contexto em que 
vive, ele assume a sua existência, reflete e a usa conscientemente instaurando-se 
no mundo. 
 Toda profissão, principalmente as que têm como objeto de trabalho o ser 
http://educacaoinfantil.aix.com.br/4-pontos-importantes-sobre-a-inclusao-escolar-na-educacao-infantil/
8 
 
humano, tem desafios consideráveis a serem superados. Não é diferente para o 
pedagogo: em qualquer instituição, seja ela escolar ou não, os desafios são grandes 
e dificultam categoricamente sua prática. Daí a atuação do pedagogo como 
mediador do conhecimento. 
 Convivemos com as diferenças todos os dias, por maiores que sejam as 
influências externas a escola mantém esse importante papel para as transformações 
sociais e o surgimento de novos conceitos relacionais que exigirão diálogo 
constante, capacidade de adaptação e permanente revisão de crenças. Contudo, 
não existem formulas prontas e cada situação é um desafio único. 
 Hoje em dia a educação se dá não apenas em espaços escolares, há também 
outros ambientes coletivos como, por exemplo, as ONGs, abrigos e outras 
instituições que recebem crianças e adolescentes de zero até 18 anos de idade que 
vivenciaram situações diversas, como abandono, violência doméstica, orfandade, 
entre outras. 
 Toda profissão, principalmente as que têm como objeto de trabalho o ser 
humano, tem desafios consideráveis a serem superados. Não é diferente para o 
pedagogo: em qualquer instituição, seja ela escolar ou não, os desafios são grandes 
e dificultam categoricamente sua prática. Daí a atuação do pedagogo como 
mediador do conhecimento. 
 Convivemos com as diferenças todos os dias, por maiores que sejam as 
influências externas a escola mantém esse importante papel para as transformações 
sociais e o surgimento de novos conceitos relacionais que exigirão diálogo 
constante, capacidade de adaptação e permanente revisão de crenças. Contudo, 
não existem formulas prontas e cada situação é um desafio único. 
 Hoje em dia a educação se dá não apenas em espaços escolares, há também 
outros ambientes coletivos como, por exemplo, as ONGs, abrigos e outras 
instituições que recebem crianças e adolescentes de zero até 18 anos de idade que 
vivenciaram situações diversas, como abandono, violência doméstica, orfandade, 
entre outras. 
 
 
 
 
 
9 
 
3. DA PESQUISA 
 
 Para iniciar a pesquisa sobre o tema precisamos definir alguns conceitos 
importantes que iremos trabalhar durante toda a discussão sobre o problema 
levantado. Os conceitos principais são infância institucionalizada, as dificuldades de 
aprendizagem e os fatores que podem interferir no aprendizado de crianças 
institucionalizadas. 
 
3.1 DA INFANCIA INSTITUCIONALIZADA 
 
 Conforme reza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 
2º, está exposto que: “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa 
até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito 
anos de idade” (Brasil, 1990, p. 01). Por sua vez esses sujeitos são portadores de 
direitos e considerados como seres em desenvolvimento a quem se devem 
prioridades. A concepção de infância foi sendo construída aos poucos através da 
história da humanidade. 
 Sem apoio da família e da comunidade, as crianças ficam vulneráveis e 
expostas a exploração e abusos. Em momentos de crise e vulnerabilidade na 
família, a lei estabelece o modelo de acolhimento institucional. A instituição é 
utilizada como forma de transição, estas crianças poderão retornar a família de 
origem ou serem inseridas em famílias substitutas. Esse recurso poderá ser 
utilizado depois de esgotadas todas as alternativas de manter a criança na família 
de origem (ECA, art. 92). 
 Uma criança só é acolhida em instituição quando seu sistema familiar deixou de 
ser a sua rede de proteção e as políticas públicas forem insuficientes para suprir 
suas necessidades básicas, de segurança pessoal e social. A maioria das crianças 
institucionalizadas tem família, porém, vivem em situação de vulnerabilidade. 
 Ao ser acolhida em uma instituição, uma criança vivencia a dor e o sofrimento 
pela separação e quebra do vínculo familiar. Passando a viver um novo lar e a com 
pessoas estranhas ela fica desmotivada, com pensamentos de tristeza e 
abandono, problemas de adaptação, baixo desempenho escolar, principalmente 
nas matérias de português e matemática, dificuldades que geram 
comprometimento nas áreas do desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança. 
 
10 
 
As crianças institucionalizadas são privadas de seu espaço subjetivo, dos 
seus conteúdos individuais, da realidade dos vínculos afetivos. São 
despojadas de experiências sociopsicológicas da normalidade infantil. A 
sensação é de vazio, a dor, às vezes a indiferença ou a perplexidade. São 
filhos da solidão... o sonho destas crianças é de terem uma mãe e um pai. E 
por não entenderem bem as angústias do mundo, a sua personalidade está 
cheia de contradições (Oliveira e Camões, 2003). 
 
 A criança ao ser institucionalizada é afastadade seu ambiente de origem e passa 
por uma mudança de papel com necessidade urgente de assumir novos 
comportamentos. 
 
 
3.2 DAS DIFICULDADES DE APENDIZAGEM 
 
 Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da 
experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e 
ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio 
ambiente. Vygotsky (1982 apud Neves e Damiani, 2006) afirma que a aprendizagem 
é um processo interno, ativo, pessoal e não uma simples aquisição de informações. 
Na concepção vigotskiana, o indivíduo é um ser que transforma e é transformado 
pelas relações socioculturais, existindo influência do ambiente no processo de 
aprendizagem. 
 
 
3.3 DOS FATORES QUE PODEM INTERFERIR NO APRENDIZADO DE 
CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS 
 
 Contudo, para que o processo de aprendizagem se efetive há que se considerar 
alguns fatores fundamentais: saúde física e mental, motivação, prévio domínio, 
maturação, inteligência, concentração ou atenção e memória (Souza, 2009; Drouet, 
2001). Deficiências nestes aspectos, bem como sociais e emocionais podem 
comprometer o aprendizado dos indivíduos, levando-os a apresentar dificuldades 
neste processo (Fonseca,1995; Souza,2009;). 
 Paín (1985) considera que o problema das dificuldades de aprendizagem pode 
estar ligado a estrutura individual ou familiar, ao contexto educacional ou a variáveis 
do ambiente. A dificuldade de aprendizagem seria um termo abrangente, envolvendo 
uma ampla gama de problemas capazes de interferir na capacidade de aprender. 
 
 
11 
 
 
 
3.4 DA DISCUSSÃO SOBRE O PROBLEMA LEVANTADO 
 
 O ambiente da criança institucionalizada é constituído desde o contato do 
educador social, responsável pelos seus cuidados básicos, até os ambientes de 
contextos sociais mais amplos como a escola, o local onde a criança participa de 
atividades culturais, e os familiares que a visitam, por exemplo (Siqueira, 2009). 
 
 
 
3. REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Nacional 
de Assistência Social. Orientações técnicas para os serviços de acolhimento para crianças e 
adolescentes. 2008. 
 
BRASIL. ECA (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente: promulgada em 13 
de Julho de 1990. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: 
promulgada em 05 de Outubro de 1988. Brasília, 2013. 47 p. 
 
BRASIL. LDB (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: 
promulgada em 20 de Dezembro de 1996. Brasília: Edições Câmara, 2013. 46p. 8º 
Ed. 
 
Crianças em abrigo: discussões sobre a necessidade de educação e proteção 
social. COSTA, Valéria Mariano - CESCAGE 
 
Fonseca, V., (1995), Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: 
Artes médicas. 
 
Paín, S. (1985). Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. 
Porto Alegre: Artes Médicas. 
 
RABELLO, Elaine T.; PASSOS, José Silveira. Vygotsky e o desenvolvimento 
humano. Recuperado de https://josesilveira. com/wp.../07/Artigo-Vygotsky-eo-
desenvolvimento-humano. pdf, 2010. 
 
RIZZINI, I. A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do 
presente. Rio de Janeiro: PUC, 2004. 
 
RIZZINI, Irene. RIZZINI, Irma. A institucionalização de crianças no Brasil: 
percurso histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: PUC-Rio/ São Paulo: 
Loyola, 2004. 
 
12 
 
RABELLO, Elaine T.; PASSOS, José Silveira. Vygotsky e o desenvolvimento 
humano. Recuperado de https://josesilveira. com/wp.../07/Artigo-Vygotsky-eo-
desenvolvimento-humano. pdf, 2010. 
 
Vectore, C. & Carvalho, C. (2008), Um Olhar Sobre o Abrigamento: a importância 
dos vínculos em contexto de abrigo. Psicologia Escolar e 
Educacional. (Impr.) [online]. 2008, vol.12, n.2, pp. 441-449. ISSN 1413-8557. 
 
Neves, R.A. (2006). Vygotsky e as teorias da aprendizagem. UNIRevista. 1 (2), 1-10. 
. 
https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-escolar/

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