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CICLO MENSTRUAL TATIANE LIRA – MED UFPE · Conjunto de eventos endócrinos interdependentes do eixo hipotálamo-hipófise-ovário (HHO) e consequentes modificações fisiológicas que visam: 1. Ovulação: maturação folicular por estímulo hormonal e liberação de 1 óvulo; 2. Gravidez: preparação do útero p/ embrião. · 1º dia do ciclo é o 1º dia da menstruação (2-6d) e sua duração varia de 21-35d. · Pode sofrer influência de tireoide, adrenais, tec. gorduroso, fígado, rins e SNC. · Ciclicidade é consequência da retroação da secreção ovariana. · Núcleos específicos do hipotálamo liberam GnRH em pulsos; · GnRH liga-se a receptores superficiais de gonadotrofos na adeno-hipófise; · Gonadotrofos secretam, na circulação periférica, gonadotrofinas: LH e FSH; · No ovário, LH e FSH ligam-se às céls tecais e da granulosa; · Estimulam foliculogênse e produção de: · Hormônios esteroides: androgênios, estrogênios e progestagênios (ipc’s na preparação do endométrio p/ implantação). · Peptídeos gonadais: activina, inibina e folistatina. · Fatores de crescimento. · Fatores de origem ovariana retroalimentam hipotálamo e hipófise p/ inibir ou, no pico intermediário do ciclo, ↑ secreção. COMPONENTES DO CICLO · Hipotálamo: na base do encéfalo · Formado por corpos celulares reunidos em núcleos c/ múltiplas conexões (vias afe/eferentes). · A partir dessas conexões, é influenciado pela secreção de neurotransmissores: · Noradrenalina (NA): estimula a secreção de gonadotrofinas. · Serotonina (5-HT): inibe a secreção de gonadotrofinas. · Dopamina (DA): inibe a secreção de gonadotrofinas; inibe a síntese de PRL. · Ácido gama-aminobutírico (GABA) e Acetilcolina (ACh): estimulam a síntese e liberação de gonadotrofinas. · Outras substâncias o influenciam também: · Melatonina: inibe a secreção de gonadotrofinas e, se produzido de forma elevada na infância, pode inibir o amadurecimento sexual. · Endorfinas: peptídeos que controlam a liberação de gonadotrofinas (β-endorfinas inibem liberação de FSH/LH) · Ácido aracdônico: elemento da membrana celular que influencia a resposta das céls aos hormônios; favorece a liberação de gonadotrofinas. · Substância P: aa encontrado no intestino, cérebro e nervos periféricos c/ ação neurotransmissora nos impulsos dolorosos; seu ↑ é associado a hiperprolactinemia e consequente ↓ das gonadotrofinas (pode resultar num distúrbio menstrual). · Hormônios hipotalâmicos: · Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH): · Decapeptídeo sintetizado e liberado de forma pulsátil pelo núcleo arqueado ou infundibular. · Captado e transportado pelo plexo capilar até a circulação porta-hipofisária. · Sua intermitência ocorre pelo curto tempo de meia-vida (2-4 min; pela rápida clivagem proteolítica) e é ipc pois a liberação contínua a longo prazo levaria a dessensibilização hipofisária e ↓ receptores. · A secreção varia durante todo ciclo: → Fase folicular: pulsos frequentes e ↓ amplitude. → Fase folicular tardia: ↑ freq. e amplitude. → Fase lútea: ↓ progressiva da freq. e maior amplitude que ↓ progressivamente em 2 sem. · A modificação da freq. que permite a variação de FSH e LH. · Pulsos são modulados pelo sistema NA-DA, que pode ser influenciado por opioides endógenos, catecolestrogênios, esteroides sexuais (adm contínua bloqueia eixo e ovulação), peptídeos ovarianos e até dietas radicais, exercícios físicos e emoções (sist. límbico é 1 componente supra-hipotalâmico que influencia seu funcionamento). · Hipófise: na sela túrcica · Dependente do hipotálamo p/ exercer sua atv. secretora. · Adeno-hipófise (75%): possui, dentre outras, as céls gonadotróficas basofílicas, nas quais o GnRH age p/ estimular a secreção pulsátil de FSH e LH (armazenados em forma de grânulos e secretados pela membrana sob influência de cálcio, adenosina monofosfato e calmodulina). · Neuro-hipófise: extensões físicas direta do hipotálamo composta de tec. neural, advindas dos núcleos paraventricular e supraóptico; hipotálamo é fonte de toda sua produção hormonal (ocitocina e ADH). · Hormônios hipofisários: FSH e LH são glicoproteínas estruturalmente semelhantes, diferindo apenas na subunidade β. A pulsatilidade se deve ao GnRH e a modulação da freq. e amplitude se deve à retroação dos esteroides. Exercem, junto c/ prolactina, retrocontrole sobre a produção de GnRH (feedback em alça curta). · Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): T½ = 4h · ↑ no final do ciclo anterior → ↑ progressivo na fase folicular inicial → pico no meio do ciclo (↑ em 2x a [ ] normal) → ↓ na fase lútea. · Atuação: 1. Crescimento folicular: cada folículo tem sensibilidade própria ao FSH e o que possuir maior [ ] de receptores crescerá + e será o folículo dominante (sintetiza inibina e estradiol em maiores [ ] e é conduzido à ovulação), enquanto os d+ sofrem atresia. 2. ↑ nº de receptores de FSH e LH nas céls da graulosa: melhora o funcionamento do corpo lúteo. 3. ↑ síntese e liberação de inibina e activina: ação inibitória e estimulatória seletiva da liberação de FSH. · Hormônio Luteinizante (LH): T½ = 20 min · ↓ [ ] na fase folicular → ↑ c/ ↑ estradiol no meio do ciclo → pico estimula diretamente a ovulação (↑ em 8x a [ ] normal) → [ ] + ↑ na fase lútea (estimula corpo lúteo a produzir progesterona). · [ ] e tempo de duração do ↑ do estradiol que determina a liberação de LH. · Atuação: 1. Ovulação. 2. Luteinização das céls da granulosa: resultam na produção de progesterona, detectável 12-24h antes da ovulação 3. ↑ produção de androgênios nas céls da teca dos folículos em atresia: o que estimula a libido da ♀. · Prolactina (PRL): · Polipeptídeo secretado pelo lactotrofo c/ ação sobre mamas, ovários, fígado, adrenais. · Secreção pulsátil relacionada à secreção de dopamina (inibe sua síntese). · Estimuladores de síntese/liberação: Hormônio Liberador de Tireotrofina (TRH), vasopressina, GABA, β-endorfina, pepitídeo intestinal vasoativo, fator de crescimento epidérmico, angiotensina II, GnRH, manipulação da mama, medicamentos, estresse, exercícios físicos, alguns alimentos. · Atuação: 1. Regula a síntese de caseína e α-lactalbumina: p/ produção do leite. 2. Mantém os receptores de LH no corpo lúteo: permite adequada produção de progesterona na 2ª fase do ciclo. · Hipersecreção: disfunção do eixo HHO (c/ secreção acíclica de gonaotrofinas), galactorreia, anovulação e irregularidade menstrual. · Ovários: · Gônadas ♀ c/ atv. da 20ª sem. de vida IU até a menopausa que possuem 2 tipos de céls: · Céls da teca: sob estímulo de LH, sintetizam testosterona e androstenediona. · Céls da granulosa: convertem testosterona e androstenediona em estradiol e estrona sob ação da aromatase; produzem inibina, que age sinergicamente ao estrogênio inibindo principalmente a secreção de FSH. · Responsáveis por: · Desenvolvimento de folículos imaturos: produção de óvulo c/ capacidade de serem fecundados. · Produção de esteroides sexuais: síntese de hormônios promotores de alterações que favorecem nidação e desenvolv. da gravidez. · Classificação funcional: · Compartimento folicular: secreção de estrogênio e inibina B (produzida e secretada pelas céls da granulosa de folículos maduros por estímulo de FSH; ↑ na fase folicular, ↓ antes do pico de LH, ↑ 2d depois da ovulação, mantém ↓ na fase lútea). · Corpo lúteo: secreção de progesterona e inibina A (produzida e secretada pelas céls da granulosa luteinizadas por estímulo de LH; ↑ na fase folicular tardia, [ ] máx no pico de LH, leve redução, ↑ em paralelo c/ progesterona e atinge platô no meio da fase lútea e ↓). · Estroma: secreção de androgênios. · Hormônios ovarianos: Os esteroides sexuais são sintetizados em gônadas, suprarrenais e placenta tendo como matéria-prima o colesterol. Exercem retrocontrole (inibitório na maior parte do ciclo) sobre a síntese e liberação de gonadotrofinas, evitando o desenvolv. de múltiplos folículos gonadais (feedback em alça longa/curta). · Androgênios: · Precursores estrogênicos, fundamentais p/ homeostase hormonal ♀. · Convertidos a estrogênios principalmente pela aromatase em pele e tec. adiposo. · Androstenedionaé produzida por ovários (50%) e córtex adrenal (50%). · Desidroepiandrosterona (DHEA) é produzida por córtex adrenal (90%) e ovários (10%), sendo sua forma sulfatada (SDHEA) produzida quase inteiramente no córtex. · Testosterona é produzida por ovários (25%), córtex adrenal (25%) e conversão periférica de androstenediona (50%). · Estrogênios: compostos de esteroides de 18 carbonos contendo 1 anel fenólico, havendo estrogênios naturais e Estrogênios Equinos Conjugados (EEC) e seus derivados. · ↓ níveis séricos na fase folicular inicial → rápido ↑ na fase folicular tardia → pico no meio do ciclo (24h antes do pico de LH) → queda abrupta → pequena recuperação na fase lútea. · Estrogênios circulantes nas ♀ em idade reprodutiva são combinação de estradiol e estrona. · 17 β-estradiol: principal e + potente; sintetizado pelos folículos em desenvolv. e pela conversão da estrona. · Estrona: secretada pelos ovários ou fruto da conversão de androstenediona nos tec. periféricos. · Estriol: – potente; produzido por conversão periférica em ♀ não-grávidas ou na placenta durante a gravidez (principalmente). · O principal estrogênio C-18 sintético é o etinilestradiol, usado em ac’s combinados. · Os principais estrogênios sintéticos não-esteroides são dietilestilbestrol (DES) e moduladores seletivos do receptor de estrogênio (MSREs; tamoxifeno e citrato de clomifeno). · Progestagênios · ↓ níveis séricos na fase folicular → começa a ↑ no dia do pico de LH → ↑ na fase lútea (ação na 2ª fase do ciclo). · Atuação: 1. Facilita a retroação + do estradiol: contribui p/ ↑ FSH e LH, mas seu ↑ progressivo leva a um efeito de feedback – que atua de modo a terminar o pico de LH. 2. ↑ distensibilidade da parede folicular: que se torna delgada e estriada. · São classificados de 2 formas: De acordo c/ sua origem em: Derivados da progesterona (17-hidroxiprogesterona), subdivididos em: 1. Pregnanos: 21 carbonos Derivados da testosterona (19-nortestosterona), subdivididos em: 1. Estranhos: 18 carbonos. 2. Gonanos: 17 carbonos. Derivados da espironolactona (17-α-espirolactona), surgindo + recentemente o análogo drospirenona. De acordo c/ sua geração em: 1ª geração: derivados da testosterona (noretisterona, noretindrona, acetato de noretindrona, noretinodrel, linestrenol e etinodiol) e progesterona (acetato de medroxiprogesterona, acetato de megestrol, acetato de ciproterona e acetato de clormadinona). 2ª geração: derivados dos gonanos (norgestrel e levonorgestrel). 3ª geração: derivados do levonorgestrel (desogestrel, norgestimato e gestodeno) 4ª geração: derivados da espironolactona (ação antiandrogênica, antimineralocorticoide e diurética) · Ciberninas: regulam o eixo HHO e são produzidas pelas céls da granulosa. · Inibinas: glicoproteínas compostas das subunidades α, βA e βB que inibem a liberação de FSH. · Ativinas: substâncias proteicas com ação + na liberação de FSH; mantém equilíbrio c/ inibinas. · Folistatina: possuem ação – na produção de FSH. · Leptina: proteína produzida nos adipócitos; informa cérebro sobre a qnt de tec. adiposo no organismo (regulando fome e balanço energético); ↓/↑[ ] desequilibra eixo HHO. · Fatores de crescimento locais: interferem +mente (IGFs, TGF β, FGF) ou –mente (EGF, TGF α, IGF-BP) na atv. do FSH. FASES DO CICLO OVARIANO · Fase folicular: 1-14ºd; inicial e tardia · Do 1ºd da menstruação ao pico de LH. · Recrutamento de nova coorte de folículos p/ seleção do folículo dominante (maior nº de receptores de FSH, maior ação local do FSH pela maior [ ] de estrogênio – por maior atv. da aromatase – e expressão de receptores de LH também na granulosa). · Na fase lútea do ciclo precedente há ↓ progesterona, estradiol e inibina A que libera o retrocontrole – sobre o FSH e promove seu ↑ nos 1ºs dias. · ↑ FSH sinaliza p/ recrutamento de 15 ou + folículos. · O folículo destinado à ovulação passa por: · Folículo primordial: oócito paralisado em diplóteno (prófase I meiótica) envolto por 1 camada fusiforme de céls da granulosa. · Síntese de RNA e proteínas. · Mudança no formato das céls da granulosa p/ cuboide. · Surgimento de junções entre as céls e oócitos p/ troca de nutrientes. · Folículo primário: oócito envolto por 2 ou + camadas de céls da granulosa e membrana basal. · ≠ção das céls do estroma em teca interna e externa (produzirão androstenediona e testosterona sob efeito do LH). · Padrão de crescimento limitado seguido de atresia (esse padrão é interrompido caso o grupo de folículos responda ao ↑ FSH) · Folículo pré-antral: oócito envolto por várias camadas de céls da granulosa que secretam uma matriz glicoproteica (zona pelúcida). · Céls da granulosa podem sintetizar as 3 classes de esteroides, mas são produzidos + estrogênios. · Aromatase converte androgênios em estrogênios induzida pelo FSH. · ↑ nº de receptores p/ FSH nas céls da granulosa pelo ↑ FSH e estrógenos. · Folículo antral: oócito envolto por várias camadas de céls da granulosa (cumulus ooforus) c/ cavidade nos espaços intercelulares formada pela coalescência de líquido (antro folicular). · ↑ produção de líquido folicular por influência de FSH e estrogênio. · Esse líquido é rico em estrogênio na presença de FSH e em androgênio na sua ausência, que se opõe à proliferação da granulosa e acarreta degeneração do oócito. · Maior taxa de proliferação. · ↑[ ] estrogênios. · Folículo pré-ovulatório: folículo maduro ou de Graaf; céls da granulosa ficam maiores e céls da teca ricamente vascularizadas. · Oócito prossegue a meiose e quase completa a divisão reducional sob influência de LH (por interrupção da inibição). · Produz qnt cada vez maiores de estrogênio, c/ pico 3d antes da ovulação. · FSH induz aparecimento de receptores de LH também nas céls da granulosa, fazendo-o responder melhor ao pico de LH (responsável pela ovulação). · Fase ovulatória: 14ºd · Resultado de diversos mecanismos que estimulam a maturação e induzem a rotura folicular do folículo dominante. · ↑ acelerado de estradiol estimula o pico de LH no meio do ciclo que estimula a ovulação, que ocorre 32-36h após início do ↑ LH e 10-12h após seu pico, havendo, no folículo dominante: · Recomeço da meiose I. · Luteinização. · Ovulação. · Por ação das gonadotrofinas, desde a fase folicular, há: 1. Acumulo de prostaglandinas E e F; 2. Produção de grande qnt de fator ativador de plasminogênio (consequentemente, plasmina e outras proteases, que ativam a colagenase que digere o colágeno da parede do folículo, o que facilita a liberação do oócito). 3. Produção e depósito de ácido hialurônico em volta do oócito. 4. Separação do complexo cúmulo-oóforo da membrana da granulosa dentro da coroa radiada. · A contração das céls musculares da parede folicular, já enfraquecida, resulta rotura folicular c/ extrusão do oócito e líquido folicular p/ cavidade peritoneal. · Pode haver irritação local e, consequentemente, dor abdominal. · Óvulo é apreendido pelas fímbrias tubárias. · Mediadores (prostaglandinas, histamina, neuropeptídios, óxido nítrico) produzidos e liberados após o pico de LH agem no sist. vascular ↑ fluxo sanguíneo intrafolicular e permeabilidade capilar. · Fase lútea: 15-28ºd · Da ovulação até a menstruação. · ↑ [ ] progesterona de forma aguda, c/ pico no 8º dia após ovulação, que atua centralmente e localmente, suprimindo novos crescimentos foliculares. · Antes da ruptura, as céls da granulosa ↑ tamanho assumindo aspecto vacuolado e acumulam luteína (pigmento amarelo). Quando o oócito é liberado essa estrutura passa a se chamar corpo lúteo ou corpo amarelo. · ↑ vascularização local favorece o aporte de LDL-colesterol, substrato da síntese de progesterona. · Capilares penetram na granulosa e atingem a cavidade central preenchendo-a de sangue sob influência de fatores angiogênicos. · Estrogênio é ipc p/ síntese de receptores de progesterona no endométrio, permitindo que ele possa induzir alterações após a ovulação. · Pulsos de LH são maiores no início da fase (↑[ ] de progesterona) e ↓ gradativamente (o que favorece a atuação de fatores que levam à luteólise). · Corpo lúteo entraem processo de degeneração 12-16d após a ovulação, mas se ocorrer gravidez, o hCG mantém seu funcionamento até que a esteroidogênese placentária se estabeleça. FASES DO CICLO UTERINO · Endométrio: · Seu estroma possui matriz de tec. conectivo dispersa entre fibras colágenas e elásticas e 3 camadas: profunda ou basal (inclui os fundos de saco glandulares), média ou esponjosa (reage aos estímulos hormonais) e superficial ou compacta (inclui o colo das glândulas e o epitélio superficial). · Pode ser dividido morfofuncionalmente em: funcional (2/3 superiores; camadas esponjosa e compacta; responsável por preparar-se p/ implantação do embrião em fase de blastocisto) e basal (1/3 inferior; sofre pouca variação ao longo do ciclo; responsável pela regeneração do endométrio após a menstruação). · Endométrio menstrual: · Luteólise ↓ estrógeno e progesterona, ocasionando: 1. Ruptura irregular do endométrio: por interrupção da secreção de glândulas endometriais na ausência de implantação; 2. Reações vasomotoras: espasmos vasculares que levam à isquemia e perda tecidual (também causada por ruptura de lisossomas e liberação de enzimas proteolíticas). · Prostaglandinas são produzidas em maior [ ] nesse período e a PGF2α (potente vasoconstrictor) intensifica os espasmos arteriolares causando: 1. Isquemia adicional no endométrio; 2. Contrações miometriais: p/ expelir fisicamente o tec. endometrial que descama do útero. · Fim do fluxo menstrual: vasoconstrição prolongada + colapso tecidual + estase vascular + reparação induzida por estrogênio. · Endométrio proliferativo: · Camada basal (intacta) inicia reparação da camada funcional em resposta ao estrogênio. · Endométrio passa de 2 p/ 10mm de espessura. · Glândulas endometriais tornam-se alongadas e tortuosas (por intensa atv. mitótica). · Estroma é denso. · ↑ céls ciliadas e microvilosas. · ↑[ ] de receptores de estrogênio, que ↓ após a ovulação por ação supressiva da progesterona (c/ [ ] máx de receptores na fase ovulatória). · Endométrio secretor: · Glândulas endometriais em processo progressivo de dilatação. · Estroma é edemaciado. · Vasos sanguíneos estão espiralados. · Céls formam vacúolos característicos contendo glicogênio primeiramente sob o núcleo e seguem p/ luz glandular. · 7º dia pós-ovulação: edema progressivo no tec. + atv. secretora máx. das glândulas + endométrio preparado p/ implantação. EFEITOS EM OUTROS ÓRGÃOS · Muco cervical: produzido pelo epitélio glandular da endocévice; sob efeito de: · Estrogênio: filância (fluido e elástico), cristalização. · Progesterona: espesso, turvo e s/ distensibilidade. · Vagina: · Epitélio: c/ estrogênio há ação proliferativa e c/ progesterona de proliferação e descamação. · Mucosa: c/ estrogênio as céls são eosinófilas isoladas e c/ progesterona as céls são basófilas dispostas em grupos c/ dobras nas bordas e grande n° de leucócitos. · Mamas: · Fase proliferativa: rápido desenvolv. do tec. epitelial e grande nº de mitoses. · Fase secretora: dilatação dos ductos mamários e ≠ção das céls epiteliais alveolares em secretoras (acinares). · Período pré-menstrual: ↑ volume mamário por incremento da circulação local + edema interlobular + proliferação ducto-acinar. · Menstruação: redução da atv. secretora do epitélio e ↓ edema local.
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