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Personologia de Henry Murray

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PERSONOLOGIA DE HENRY MURRAY
Henry Murray foi um teórico da personalidade que tinha suas ideias influenciadas pela teoria psicanalítica. Mas são supreendentemente diferentes de uma visão ortodoxa. Não gostava do termo "estrutura" por sua conotação de permanência, regularidade e legitimidade. Para ele a personalidade está em constante mudança.
O autor entendia o conceito de personalidade como uma "abstração teórica" e não uma simples descrição do comportamento. Refere-se a uma série de eventos que idealmente abrange toda vida. Reflete os elementos duradouros e recorrentes do comportamento, bem como os elementos novos e únicos. E um agente organizador e suas funções são integrar os conflitos e as limitações aos quais o indivíduo está exposto, satisfazer necessidades presentes e fazer planos para o futuro. A personalidade está localizada no cérebro.
Procedimentos segundo Murray são as coisas que observamos, tentamos representar como modelos e explicar, as coisas que tentamos predizer, os fatos em comparação com os quais testamos a adequação das nossas formulações. Ou seja, são padrões de comportamento. Por exemplo, uma reposta verbal e sua réplica.
 	O autor fala que o comportamento faz parte de uma dimensão temporal. Ele classifica os procedimentos como internos (devanear, resolver problemas, planejar solitariamente) ou externos (interagir com pessoas ou objetos no ambiente). Os procedimentos externos têm dois aspectos: um aspecto subjetivo existencial e um aspecto objetivo comportamental. Às vezes os procedimentos são tão intimamente dependentes que eles ocorrem em séries. 
Os Programas seriados cumprem uma importante função para o indivíduo. São arranjos ordenados de submetas que se estendem para o futuro e levarão a um estado desejado. Local onde estou - série de comportamentos (programa e planos seriados) - objetivo final. 
Outro fator importante são os planos, eles são meios de reduzir o conflito entre as necessidades e as metas concorrentes. Por meio dos planos, o sujeito pode dar o máximo de expressão às suas várias metas. O autor colocou os programas e os planos seriados sob o termo ordenação, que inclui o processo de planejar e também o resultado do processo.
Sobre habilitadas e realizações o autor considerava esses aspectos importantes da personalidade. Eles são componentes do indivíduo que tem a função de medir as disposições para a ação e os resultados finais para os quais as disposições estão orientadas. 
Mesmo se aceitarmos a personalidade como um fenômeno em constante mudança, ainda existem certas estabilidades ao longo do tempo e são cruciais para entendermos o comportamento. O autor emprestou os termos da psicanálise: ego, id e superego. Sobre o Id, Murray concordava com Freud, como sendo repositório de impulsos primitivos e inaceitáveis. Mas inclui impulsos aceitáveis para a sociedade. Além disso, a força dessas tendências varia de indivíduo para indivíduo. Dessa forma altera a noção de id. Segundo Murray "parece melhor pensar no id como consistindo em todas as energias, emoções e necessidades básicas da personalidade". 
O ego não é um inibidor ou repressor, mas organiza, arranja e controla certos impulsos e motivos. Parte dessa organização tem por objetivo facilitar ou promover a expressão de certos impulsos do id. A força e efetividade do ego são determinantes para o ajustamento do indivíduo. Superego internaliza práticas culturalmente aceitas na estrutura da personalidade. É um subsistema que age no indivíduo para regular o comportamento. Eles são internalizações de agentes ( pais, professores) que são representantes da cultura do sujeito. Em contra posição à Freud, Murry diz que o superego se desenvolve em camadas, variando de representações infantis grosseiras a um ordenamento racional de princípios.
Relacionado ao superego está o ideal do ego, que é uma imagem idealizadora do self. Pode estar inteiramente desligado do superego. A conceituação de Murray permitiu maior flexibilidade para alterações no desenvolvimento da personalidade, quando comparada com a proposta freudiana. A relação entre essas estruturas permite um desfecho positivo, quando ego e superego se combinam para expressar adequadamente os impulsos do id.
É nos aspectos relacionados à expressão de desejos e necessidades que reside a contribuição mais significativa de Murray. Ele elaborou um sistema de constructos motivacionais complexos e cuidadosamente delineado. Não foi o primeiro a enfatizar a análise das motivações, mas formulou vários elementos teóricos importantes.
Necessidade
Segundo Murray necessidade é um constructo que representa uma força... na região do cérebro, uma força que organiza a percepção, a apercepção, a intelecção... as vezes é provocada diretamente por um certo tipo de processo interno. Diante disso, o conceito de necessidade recebe um status abstrato ou hipotético, estando vinculado a processos fisiológicos subjacentes no cérebro. Podem ser despertadas internamente ou acionadas por processos externos. Em todos os casos, ela produz atividade por parte do indivíduo e sempre é acompanhada de processos emocionais.
O autor afirmou que a existência da necessidade pode ser inferida com base: no efeito ou resultado de um comportamento; no padrão ou modo específico de se comportar; na atenção seletiva e na resposta a uma determinada classe de estímulos; na expressão de uma determinada emoção; na expressão de satisfação quando é atingido um determinado efeito.
Tipos de necessidades
É importante considerar as bases para distinguir entre diferentes tipos de necessidade. Existe a distinção entre necessidades primárias (estão ligadas a eventos orgânicos característicos e referem-se tipicamente a satisfações físicas: ar, água, alimento, sexo, lactação, micção e defecaçao) e secundárias (caracterizam-se pela ausência de uma conexão focal com qualquer processo orgânico ou satisfação física específica: aquisição, construção, realização, reconhecimento, exibição, dominação, autonomia e deferência). 
Em seguida temos as necessidades aparentes (podem ser manifestas de forma mais ou menos direta, costumam se manifestar-se no comportamento motor)e as necessidades ocultas ( podem se manifestar no campo da fantasia ou dos sonhos, é resultado do desenvolvimento de estruturas internalizadas). 
Depois temos as necessidades focais e necessidades difusas Algumas necessidades estão estreitamente ligadas a classes limitas dr objetos ambientais, ao passo que outras são tão generalizadas que se aplicam à qualquer situação ambiental. 
Em quarto lugar temos as necessidades pró-ativas (é uma atividade que se torna. "espontaneamente cinética" em resultado de algo que existe dentro da pessoa e não algo que está no ambiente) e reativas (são atividas em resultado de resposta ou a algum evento ambiental). 
Pressão
O conceito de pressão representa os determinantes significativos do comportamento no ambiente. Pressão é uma propriedade ou atributo de um objeto ou pessoa do ambiente que facilita ou impede os esforços do indivíduo para atingir determinada meta. Estão ligadas a pessoas ou objetos que tem implicações diretas sobre os esforços do indivíduo para satisfazer as necessidades. Nós podemos saber mais do sujeito, não apenas quando compreendemos seus motivos, mas também ele percebe e interpreta seu ambiente. As pressões são avaliadas de maneira qualitativa, e quantitativa. 
Algumas das pressões: falta de apoio; discórdia cultural; separação parental, ausência de progenitores; instabilidade; estressores em geral; perigos e infortúnios; solidão; ausência e perdas; rejeição; dominação, coração e proibições.
Redução da tensão
Murray afirmava que quando uma necessidade é despertada, o indivíduo fica em um estado de tensão. O organismo vai aprender a prestar atenção a objetos que no passado estavam associadas a redução da tensão. Ele não só aprende a reponder de maneira a reduzir a tensão, mas também aprende a responde de maneira a criar tensão, que mais tarde precisara ser reduzida. As pessoas agem com objetivo de aumentar a satisfaçãoe diminuir a tensão. Satisfação é sempre uma consequência ou resultado de estados de necessidade e suas consequências comportamentais. 
Tema
Inclui a situação instigadora e a necessidade que está operando. Situações que instigam ou levam a operação de determinada necessidade. Surge sempre nas relações interpessoais. Todas essas reações poderiam ser episódicas ou recorrentes, sempre o indivíduo passar por situação semelhante. Um indivíduo tende a reagir de maneira semelhante em situações semelhantes.
Necessidade integrada
É uma disposição temática bem-estabelecida. A necessidade de certo tipo de interação com um certo tipo de pessoa ou objeto. Quando existe uma necessidade integrada, o despertar da necessidade geralmente levará a pessoa a buscar de maneira apropriada o objeto ambiental correspondente à imagem que faz parte do integrado de necessidades. 
 A unidade tema é um composto de necessidades dominantes inter-relacionadas - colaborativas ou conflitantes - que estão ligadas a pressão ao qual o indivíduo foi exposto em uma ou mais ocasiões específicas, gratificantes ou traumáticas, na infância inicial.
Os processos de reinância são os acompanhamentos fisiológico de um processo psicológico dominante. Murray se referia aos processos mutuamente dependentes que constituem as configurações dominantes no cérebro como processos de reinância. 
Esquema de valor-vetor
Os vetores consistem em rejeição, recepção, aquisição construção conservação, expressão, transmissão, expulsão, destruição, defesa e evitação. Os valores consistem no corpo ( bem estar físico) propriedade (objetos úteis, riqueza) autoridade (poder de tomar decisões), forma estética (beleza, arte) e ideologia (filósofia religião). A intenção é enquadrar esses vetores e valores em uma matriz de linhas e colunas que se intersecionam, de modo que cada célula na matriz representa um comportamento que corresponde a um vetor específico a serviço de um valor específico. 
Desenvolvimento da personalidade
Embora o tratamento dado por Murray ao desenvolvimento tenha um forte cunho de teorização psicanalítica, ele introduziu novas dimensões no uso dessas concepções, bem como foi especialmente inventivo ao criar meios para medir algumas das variáveis importantes. 
O autor descreveu detalhadamente as pressões da infância e as necessidades e as catexias resultantes. Segundo seus estudos existem cinco condições ou atividades extremamente agradáveis, cada uma das quais e terminada, frustrada ou limitada (em algum ponto do desenvolvimento) por forças externas: a existência segura, passiva e dependente dentro do útero (rudemente interrompida pela dolorosa experiência do nascimento); o prazer sensual de sugar o bom alimento no seio da mãe (ou da mamadeira) enquanto aconchegado seguro e dependente em seus braços (interrompido pelo desmame); o livre usufruir das sensações prazerosas que acompanham a defecação (restringido pelo treinamento esfincteriano); as agradáveis impressões dos sentidos que acompanham a micção; e a emocionante excitação decorrente da ficção genital (proibida por ameaças de punição). Tais áreas foram indicadas por psicanalistas como trazendo problemas especiais para a criança em crescimento. No caso que os efeitos dessas experiências infantis sobre o comportamento posterior são claros e extensos, chamados "complexo". O autor definiu cinco maneiras de mensurar: claustural, oral, anal, uretral, e de castração. Qual quer complexo desses pode persistir por toda vida da pessoa na forma de traços de caráter, ou seja, as maneiras características de se comportar. 
Murray falava que os processos genéticos-maturacionais eram responsáveis por programar uma sucessão de épocas - infância, adolescência e idade de adulta jovem - novas composições estruturais emergem e multiplicam-se. Dentro de cada período existem numerosos programas menores de eventos comportamentais e experienciais, que operam sob a orientação de processos maturacionais geneticamente controlados. 
O autor acreditava que os fatores genéticos eram fundamentais na aprendizagem, pois são responsáveis pela presença de centros de prazer e de desprazer no cérebro. A aprendizagem consiste em descobrir o que gera prazer e o que gera sofrimento para o indivíduo. 
Murray atribuiu aos fatores ambientais um papel importante no desenvolvimento. Diferentemente da maioria dos estudiosos da motivação, ele desenvolveu um conjunto elaborado de conceitos (pressões) destinado a representar o ambiente do indivíduo. Além disso, ele faz constantes referências ao fato de que o caminho do desenvolvimento não pode ser inadequadamente entendido sem um quadro completo do ambiente social em que o processo se desenrola. 
Ele afirmou que a singularidade essencial de cada pessoa e, inclusive, de cada evento comportamental, como um fato auto-evidente. Sua observação naturalista e talentos literários criativos e instrutivos permitiam-lhe entender e expressar compelidoramente a individualidade e alusiva complexidade de cada sujeito ou evento. 
Em sua primeira afirmação teórica importante ele deixou claro que nem todos os processos de reinância têm correlatos conscientes. Murray só não aceitava o papel dos determinantes do inconsciente do comportamento, mas também reconhecia a operação dos mecanismos freudianos de repressão e de resistência.
O autor fala que a personalidade humana é um compromisso entre os impulsos do indivíduo e as exigências e os interesses de outras pessoas. Essas exigências de outras pessoas são representadas coletivamente pelas instituições e pelos padrões culturais aos quais o indivíduo está exposto, e o processo pelo qual seus impulsos entram em um acordo com essas forças é referido como o processo de socialização. Um elemento essencial para atingir as metas de socialização e o desenvolvimento de um superego adequado. Para o autor o ser humano é um animal e na extensão em que a socialização nega essa natureza fundamental, biológica, ela pode destruir a espontaneidade criativa e o vigor essencial para os avanços humanos mais importantes.
Sobre métodos e características de pesquisa o autor distinguiu-se principalmente por sua originalidade. Murray estava convencido que com a sabedoria do naturalista e do clínico, que um estudo completo e detalhado de sujeitos individuais traria um entendimento adequado ao comportamento. As relações grupais só são importantes quando acompanhadas por uma cuidadosa investigação dos desvios dentro do grupo e das condições que causam ou acompanham os desvios. O autor acreditava que a preocupação suprema do personologista deve ser explicar e predizer as atividades do individuo na vida cotidiana. 
Ninguém fez mais contribuições significativas para a avaliação da personalidade i que Murray. Ele criou varias formas criativas de mensuras a personalidade. Uma dessas formas foi o Teste de apercepção temática que junto com teste de Rorscharch tornou-se a técnica projetiva mais amplamente utilizada os dias de hoje.
Ele estava convencido que uma das vantagens do psicólogo é ele lidar com um organismo falante, desde modo ele lida com um ser capaz de relatar muitos feitos sobre os processos internos que operam sobre eventos externos que atraem a atenção e sobre os determinantes mais importantes do comportamento. 
 Assim cormo o TAT foi revisto por McClelland e seus colegas. Muitas linhas de pesquisa surgiram das concepções teóricas de Murray, bem como, sofreram um constante processo de modificação. No entanto mesmo diante desse constante fluxo , alguns elementos continuaram firmes. O interesse pelo processo motivacional, as atividades descritivas taxonômicas, a importância das fontes inconscientes de motivação e a relação entre os processos psicológicos com os processos celebrais. 
Seu conceito de necessidade tem sido amplamente utilizado. Os aspectos negativos da teoria de Murray são em vários sentidos a imagem espelhada dos positivos. A extensão considerável, as principais críticas à teoria relacionam-se estreitamente à originalidade, incorporatividade e complexidade da teoria.Pode-se dizer que a acusação mais seria a se fazer para a teoria é que ela não conduz a pesquisa. Os críticos dizem que existem um conjunto de conceitos e um relacionado de definições empíricas, mas não existe um conjunto de suposições psicológicas claramente enunciadas ligadas a esses conceitos de maneira a produzir consequências testáveis. 
É valido citar que suas suposições e conceitos realmente oferecem um ponto de vista geral referente ao comportamento que claramente tem muita relação com a maneira especifica de abordar determinantes problemas de pesquisa. 
Em geral os textos de Murray e sua pesquisa não fizeram furor no mundo psicológico existente. Estava a vontade com sua imaginação, disposto a falar livremente sobre questões que não ofereceriam nenhuma possibilidade imediata de tradução empírica e disposto a tornar publicas suas especulações desenfreadas. Diante disso, os profissionais não tem uma aceitação imediata. Muitos investigadores tem considerado os textos de Murray pouco respeitosos em relação a técnica experimental, e perturbadores nas considerações complexas que introduzem como necessárias a um entendimento adequado do comportamento humano. 
Para os padrões de hoje, Henry Murray provavelmente não é considerado um psicólogo, porém, para Hall, Lindzey e Campbell, Murray não foi só um psicólogo, mas também foi um dos psicólogos mais influentes do seu século.

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