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O objetivo do tratamento pulpar é manter a integridade e saúde dos tecidos orais tentado manter a vitalidade da polpa do dente afetado, contudo o dente pode permanecer funcional sem a polpa vital. Só devemos optar pelo tratamento endodôntico caso os fatores contribuam para um prognóstico favorável, como por exemplo a possibilidade de restauração adequada, grau de desenvolvimento dentário, comportamento da criança e dos pais em responder ao tratamento. O Mais difícil é estabelecer o grau de acometimento da polpa para assim propor o melhor tratamento. Dentes decíduos têm os períodos de rizogênese e rizólise fisiológicos, nos quais as atividades metabólicas são maiores. Não é tão confiável na dentição decídua quanto na permanente Dor provocada Dor Espontânea Abcesso, fístula ou mobilidade patológica são sinais de degeneração irreversível. DIAGNÓSTICO A sensibilidade á percussão normalmente representa uma inflamação aguda, mais deve se avaliar fatores em conjunto como profundidade da cárie, restauração mais alta. Os testes de vitalidade não são muito confiáveis em crianças. No teste elétrico, pode ocorrer resposta positiva em polpas necrosadas se o conteúdo do canal for líquido. Já nos testes térmicos e de percussão já dificuldade de resposta adequada da criança. Alterações gengivais (Coloração/fístula/edema/ulcerações) Cárie Fratura Abrasão Erosão Restaurações perdidas Testes Térmicos – Não realizar Resultado falso positivo: estimulo da gengiva ou ligamento periodontal. Apreensão da criança (dor provocada) Pequena Exposição pulpar (vivo) circundada por dentina sadia = Hemorragia excesiva = Grande destruição coronária sem sintomatologia podendo ou não apresentar alteração de cor = EXAME CLÍNICO Resultado falso positivo: estimulo da gengiva ou ligamento periodontal Apreensão da criança (dor provocada) Avaliar alterações periapicais e perirradiculares, espessamento do ligamento peridontal, rarefação óssea, profundidade de cárie, calcificação intrapulpar e estágio de rizólize. Modificaçoes Volumétricas e morfológicas da cavidade pulpar Integridade do dente em relação aos dentes adjacentes em relação ao s Aspectos periodontais e periapicais e lâmina dura. Capeamento indireto Capeamento direto Pulpotomia Pulpectomia parcial e pulpectomia total Capeamento pulpar indireto Capeamento pulpar direto Pulpotomia Pulpectomia POSSIBILIDADE TERAPÊUTICAS Grau de rizólise (2/3 da raiz) Diagnóstico pulpar Diagnóstico perirradicular (extensão de alterações ósseas) Saúde geral do paciente Processo infeccioso que não pode ser controlado O suporte ósseo não pode ser recuperado O dente não apresenta condições de ser reabilitado Grau de cooperação inadequado da criança Falta de motivação e colaboração dos pais para manutenção da higiene bucal. Dificuldades previstas para executar de modo adequado o tratamento. Etiologia da patologia pulpar Técnica de tratamento endodôntico Pasta Guedes – Pinto Finalidade: Induzir a mineralização Reduzir a presença de microrganismos Indicado para dentes com cáries profundas livres e sintomas de pulpite dolorosa. Parte da cárie é removida e a cavidade é selada por um período com um material biocompatível radiopaco normalmente óxido de zinco e eugenol ou hidróxido de cálcio em pasta. Pode reabrir o dente para se avaliar a dentina remanescente, mais não é necessário caso o tratamento tenha sido adequado. Deve se aguardar de 6 a 8 semanas para reabri-lo. Remoção da camada de dentina amolecida Limpeza da cavidade Colocação de material capeador Biocompatível, indutor de mineralização selamento Dentes antes do início da rizólize com exposição acidental durante o preparo cavitário com pequeno sangramento sem contaminação com saliva. Menor índice de sucesso que permanentes (dificuldade de diagnóstico) Isolamento absoluto Limpeza da cavidade Colocação de material capeador Controle radiográfico Remoção da polpa coronária e uso de medicamentos que mantêm a polpa radicular com saúde, permitindo que o ciclo biológico de reabsorção se processe naturalmente. Inflamação pulpar restrita á polpa coronária. DENTES decíduos em FASE DE RIZOGENESE Dentes com evidência radiográfica de reabsorção interna e externa Evidência patológica periapical ou de região de furca. Dentes irrestauráveis ou com mais de 2/3 de reabsorção radicular Formocresol de buckley (concentrado) (formaldeído 19%/ cresol 35% / glicerima 15%) fixa a polpa subjacente pela interação química com proteínas celulares, provocando trombose e formando uma área isquêmica, é bactericida, mais também é prejudicial ao tecido vital. O cresol é antisséptico e a glicerina é o veículo sendo que ambos atentam o poder irritante do formol. (1:5) – (3 PARTES de glicerina, 1 parte de formocresol de Buckley). Mais aceitável pelos tecidos por ser menos irritante e tóxico para polpa. – Os decíduos não respondem favoravelmente ao tratamento de pulpotomia com hidróxido de cálcio, pois pode estimular a reabsorção interna. Têm alta alcalinidade (ph 12), causa necrose de coagulação, provocando irritação da polpa subjancente que estimula a formação de tecido calcificado (ponte de dentina) – também fixa o tecido superficialmente, unindo as moléculas de proteínas, não alterando a estrutura básica dos tecidos modificando sua atividade química e aumentado a dureza dos tecidos. PULPOTOMIAS PULPOTOMIA COM FORMOCRESOL Toxicidade Potencial carcinogênico (em desuso) Medicamento mais utilizado em instituições de Ensino. Medicamentos alternativos Glutaraldeído: Não é clinicamente superior ao formocresol Hidróxido de Cálcio: Clinicamente inferior ao formocresol MTA: Resultados favoráveis – Custo Sulfato Férrico: Poucos estudos Causa trombose, isquemia e coagulação. Ele tem uma molécula maior que a do formocresol e não se difunde sistemicamente (diferente do formocresol). (iodofórmio, Paramonoclorofenol canforado, rifocort (rifamicina) – pasta menos irritante que o formocresol, tendo boa resposta tissular de reparo rápido. Sulfato férrico – hemostático sem formar coágulo. Excelentes resultados clínicos. – Carboniza e desnatura pelo calor a polpa e a contaminação bacteriana. – Cria uma zona superficial de necrose de coagulação que é compatível com o tecido subjacente, isolando a polpa da base. – estimulam formação de ponte dentinária no local da exposição ou na entrada dos canais. Materiais mais promissores no estudo de pulpotomias em decíduos. Destroem o tecido vital Retenção do tecido vital sem indução de formação de dentina. estimula formação de ponte de dentina. Modalidade ideal entre as três. Anestesia Isolamento Acesso Avaliar o sangramento para verificar possibilidade da pulpotomia Pulpotomia – amputação com colher dentina Lavagem com soro fisiológico Hemostasia com bolinha de algodão úmida com soro. Medicamentos: formocresol em bolinha de algodão 5 minutos. Aplicação de OZE CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS CAPEADORES (RANLY) O formecresol apesar de sua toxicidade ainda éo material mais utilizado devido aos seus bons resultados clínicos e radiográficos. O hidróxido de cálcio, apesar de ser um material regenerativo tem seu uso limitado pois há relatos de reabsorção interna em polpa de decíduos. Restauração com coroa de aço (restauração mais indicada em dentes decíduos tratados endodonticamente) Indicada em dentes decíduos com história de hiperemia nos tecidos pulpares (coronários e radiculares) mais sem sinais de necrose e patologias radiculares observadas radiograficamente. Anestesia Isolamento Acesso Pulpotomia Remoção dos filamentos dos canais com extirpa nervos finos Instrumentação com limas hedstroem ou com limas rotatórias Irrigação com peróxido de hidrogênio 3% e depois com hipoclorito de sódio Cones de papel Pasta fluida de OZE pincelada nas paredes do canal OZE mais espesso é colocado no canal e calcado com condensadores verticais. Restauração com proteção de cúspides; Baseado quase que exclusivamente na ação dos medicamentos e resposta orgânica do indivíduo devido à dificuldade de instrumentação. Se os canais não podem ser adequadamente saneados do material necrosado, desinfetados e corretamente obturados é mais provável que a terapia endodôntica resulte em fracasso. Indicada para dentes com suporte ósseo mínimo e canais acessíveis. Isolamento Acesso Pulpotomia Remoção do tecido pulpar do terço coronário dos canais Curativo com paramonoclorofenol canforado (PMCFC) ou formocresol em bolinha de algodão. Curativo com OZE. PULPECTOMIA PARCIAL PULPECTOMIA Remove se o conteúdo remanescente dos canais; O ápice de cada dente deve ser atravessado suavemente Curativo com PMCFC ou formocresol em bolinha de algodão. Curativo com OZE Preparação e obturação dos canais como na pulpectomia parcial Caso o dente apresente sintomas de dor ou umidade dos canais deve ser novamente saneado e o tratamento repitido. Atualmente pulpectomias em dentes decíduos são normalmente completadas em uma sessão, mas se houver dor ou necrose com pus, realizar o tratamento em duas ou três sessões deve proporcionar melhor diagnóstico. A pasta Guedes –Pinto também é bastante utilizada em pulpectomias de dentes decíduos. Ela apresentaria uma grande vantagem em relação ao OZE, pois traz boa resposta de recuperação ao tecido pulpar.