Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
1 
154
6 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Aqui é Ricardo Torques, coordenador do Estratégia Carreira Jurídica. Além 
disso, sou professor de Direito Processual Civil, Direito Eleitoral e Direitos 
Humanos. 
Instagram: www.instagram.com/proftorques 
E-mail da coordenação: ecj@estrategiaconcursos.com.br
Aguardo seu contato. ;) Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas. 
Em nome de nossos professores, gostaria de lhes apresentar o Vade-Mécum Estratégico para Cartório do 
TJ-SP, que foi preparado com muito cuidado para que possa lhe ajudar nesse caminho rumo à aprovação. O 
Vade-Mécum Estratégico é uma compilação das normas do seu concurso. Queremos que ele seja um 
material de consulta, a ser utilizado em toda a sua preparação. Será seu companheiro sempre que você 
estiver assistindo nossas videoaulas ou lendo os nossos livros digitais (PDFs). Acreditamos que ele fará 
diferença na sua preparação, tendo em vista que a maioria das questões cobram a literalidade da legislação 
em suas questões. 
Tenho a convicção de que poderemos lhe ajudar muito nessa caminhada. Por isso, deixo o convite para que 
você conheça os nossos cursos completos em vídeo, livro digital (PDF) e com acesso direto ao professor 
por meio do fórum de dúvidas. 
Acessando o link abaixo, você poderá adquirir o pacote regular, rodadas, curso discursivo, pacotaço 
(pacote regular + rodadas + curso discursivo) e aulão de véspera presencial. 
https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/cursos-para-cartorios-do-tj-sp/ 
Grande abraço, 
Ricardo Torques 
AVISO IMPORTANTE! Nesse Vade-Mécum Estratégico, não inserimos todas as leis completas, mas apenas 
aquelas partes que estão previstas no seu edital. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
2 
154
6 
SUMÁRIO 
Registros Públicos e Notarial ....................................................................................................................................................... 7 
Decreto nº 8.860/2016 ............................................................................................................................................................. 7 
Resolução CNJ nº 228/2016 .................................................................................................................................................... 9 
Provimento CNJ nº 62/2017 ................................................................................................................................................... 11 
Lei Complementar nº 123/2006 ............................................................................................................................................. 14 
Lei nº 492/1937 ...................................................................................................................................................................... 59 
Lei nº 4.380/1964 .................................................................................................................................................................. 64 
Lei nº 4.504/1964 ................................................................................................................................................................... 77 
Lei nº 4.591/1964 ................................................................................................................................................................. 103 
Lei nº 4.728/1965 ................................................................................................................................................................. 122 
Lei nº 5.474/1968 ................................................................................................................................................................. 137 
Lei nº 5.589/1970 ................................................................................................................................................................. 141 
Lei nº 5.709/1971.................................................................................................................................................................. 142 
Lei nº 6.015/1973 ................................................................................................................................................................. 144 
Lei nº 6.024/1974 ................................................................................................................................................................. 184 
Lei nº 6.268/1975 ................................................................................................................................................................. 191 
Lei nº 6.313/1975 .................................................................................................................................................................. 192 
Lei nº 6.383/1976 ................................................................................................................................................................. 192 
Lei nº 6.404/1976 ................................................................................................................................................................. 195 
Lei nº 6.690/1979 ................................................................................................................................................................. 254 
Lei nº 6.739/1979 ................................................................................................................................................................. 254 
Lei nº 6.766/1979 ................................................................................................................................................................. 256 
Lei nº 6.830/1980 ................................................................................................................................................................. 267 
Lei nº 6.840/1980 ................................................................................................................................................................ 272 
Lei nº 6.969/1981 ................................................................................................................................................................. 272 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
3 
154
6 
Lei nº 7.357/1985 .................................................................................................................................................................. 273 
Lei nº 7.433/1985 ................................................................................................................................................................. 279 
Lei nº 7.684/1988 ................................................................................................................................................................. 280 
Lei nº 8.009/1990 ................................................................................................................................................................ 281 
Lei nº 8.021/1990 ................................................................................................................................................................. 281 
Lei nº 8.069/1990 ................................................................................................................................................................ 283 
Lei nº 8.212/1991 .................................................................................................................................................................329 
Lei nº 8.245/1991 ................................................................................................................................................................. 356 
Lei nº 8.560/1992 ................................................................................................................................................................. 368 
Lei nº 8.929/1994 ................................................................................................................................................................ 369 
Lei nº 8.934/1994 ................................................................................................................................................................. 373 
Lei nº 8.935/1994 ................................................................................................................................................................. 380 
Lei nº 8.971/1994 ................................................................................................................................................................. 385 
Lei nº 9.069/1995................................................................................................................................................................. 385 
Lei nº 9.140/1995 ................................................................................................................................................................. 397 
Lei nº 9.278/1996 ................................................................................................................................................................. 399 
Lei nº 9.492/1997 ................................................................................................................................................................. 399 
Lei nº 9.514/1997 .................................................................................................................................................................404 
Lei nº 9.636/1998 ................................................................................................................................................................. 412 
Lei nº 10.169/2000 ............................................................................................................................................................... 431 
Lei nº 10.188/2001 ............................................................................................................................................................... 432 
Lei nº 10.257/2001 ............................................................................................................................................................... 435 
Lei nº 10.267/2001 ...............................................................................................................................................................444 
Lei nº 10.931/2004 ............................................................................................................................................................... 447 
Lei nº 11.076/2004 ............................................................................................................................................................... 463 
Lei nº 11.101/2005................................................................................................................................................................ 472 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
4 
154
6 
Lei nº 11.598/2017 ................................................................................................................................................................ 500 
Lei nº 11.441/2007 ............................................................................................................................................................... 504 
Lei nº 11.882/2208 ............................................................................................................................................................... 505 
Lei nº 11.952/2009 ............................................................................................................................................................... 506 
Lei nº 11.977/2009 ............................................................................................................................................................... 514 
Lei nº 12.424/2011 ............................................................................................................................................................... 528 
Lei nº 12.527/2011 ................................................................................................................................................................ 540 
Lei nº 12.662/2012 ............................................................................................................................................................... 548 
Lei nº 12.810/2013 ............................................................................................................................................................... 550 
Lei nº 12.965/2014 ............................................................................................................................................................... 556 
Lei nº 13.097/2015................................................................................................................................................................ 562 
Lei nº 13.146/2015 ............................................................................................................................................................... 586 
Lei nº 13.445/2017 ................................................................................................................................................................608 
Lei nº 13.465/2017................................................................................................................................................................ 623 
Decreto-Lei nº 58/1937 ........................................................................................................................................................ 659 
Decreto-Lei nº 9.760/1946 ................................................................................................................................................... 663 
Decreto-Lei nº 70/1966 ........................................................................................................................................................ 683 
Decreto-Lei nº 167/1967 ..................................................................................................................................................... 689 
Decreto-Lei nº 271/1967...................................................................................................................................................... 696 
Decreto-Lei nº 413/1969 ..................................................................................................................................................... 698 
Decreto-Lei nº 486/1969...................................................................................................................................................... 704 
Decreto-Lei nº 911/1969 ...................................................................................................................................................... 705 
Decreto nº 1.102/1903 ......................................................................................................................................................... 707 
Decreto nº 2.044/1908 .........................................................................................................................................................715 
Decreto nº 22.626/1933 ....................................................................................................................................................... 721 
Decreto nº 57.663/1966 ....................................................................................................................................................... 722 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
5 
154
6 
Decreto 93.240/1986 ........................................................................................................................................................... 726 
Decreto nº 9.580/2018 ......................................................................................................................................................... 727 
Decreto nº 7.231/2010 .......................................................................................................................................................... 965 
Decreto nº 9.929/2019 ......................................................................................................................................................... 965 
Decreto nº 8.742/2016 ......................................................................................................................................................... 967 
Medida Provisória nº 2.200-2/2001 ..................................................................................................................................... 968 
Medida Provisória nº 2.220/2001 ......................................................................................................................................... 970 
Lei nº 11.331/2002 ................................................................................................................................................................ 972 
Direito Constitucional ............................................................................................................................................................. 984 
Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988 .................................................................................................... 984 
Direito Administrativo ........................................................................................................................................................... 1062 
Lei nº 10.294/1999 ............................................................................................................................................................. 1062 
Lei nº 7.347/1985................................................................................................................................................................ 1066 
Lei nº 12.016/2009 ............................................................................................................................................................. 1068 
Lei nº 4.717/1965................................................................................................................................................................ 1072 
Lei nº 9.507/1997 ............................................................................................................................................................... 1075 
Lei nº 8.429/1992 ...............................................................................................................................................................1077 
Direito Tributário ................................................................................................................................................................... 1082 
Lei nº 5.172/1966 ............................................................................................................................................................... 1082 
Lei nº 3.807/1960 ............................................................................................................................................................... 1105 
Lei nº 8.213/1991 ............................................................................................................................................................... 1129 
Direito Civil ............................................................................................................................................................................ 1160 
Decreto-Lei nº 4.657/1942 ................................................................................................................................................. 1160 
Lei nº 10.406/2002 ............................................................................................................................................................. 1164 
Lei nº 8.078/1990 ............................................................................................................................................................... 1300 
Lei nº 10.741/2003 ............................................................................................................................................................. 1314 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
6 
154
6 
Lei nº 13.257/2016 .............................................................................................................................................................. 1326 
Lei nº 12.288/2010 ..............................................................................................................................................................1333 
Lei nº 11.804/2008 ............................................................................................................................................................. 1340 
Direito Processual Civil .......................................................................................................................................................... 1341 
Lei nº 13.105/2015 .............................................................................................................................................................. 1341 
Lei nº 9.099/1995............................................................................................................................................................... 1411 
Lei nº 10.259/2001 ............................................................................................................................................................. 1420 
Lei nº 12.153/2009 ............................................................................................................................................................. 1423 
Lei nº 9.307/1996 ............................................................................................................................................................... 1425 
Direito Penal .......................................................................................................................................................................... 1431 
Decreto-Lei nº 2.848/1940 ................................................................................................................................................. 1431 
Legislação Penal Especial ...................................................................................................................................................... 1478 
Decreto nº 3.688/1941 ....................................................................................................................................................... 1478 
Lei nº 8.137/1990 ...............................................................................................................................................................1483 
Lei nº 9.605/1998 ............................................................................................................................................................... 1486 
Lei nº 11.340/2006 ............................................................................................................................................................. 1495 
Direito Processual Penal ........................................................................................................................................................ 1503 
Decreto-Lei nº 3.689/1941 ................................................................................................................................................. 1503 
Lei nº 9.807/1999 ............................................................................................................................................................... 1533 
 
 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
7 
154
6 
REGISTROS PÚBLICOS E 
NOTARIAL 
Decreto nº 8.860/2016 
Promulga a Convenção sobre a Eliminação da Exigência 
de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, 
firmada pela República Federativa do Brasil, em Haia, em 
5 de outubro de 1961. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que 
lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e 
Considerando que a Convenção sobre a Eliminação da 
Exigência de Legalização de Documentos Públicos 
Estrangeiros foi firmada em Haia, em 5 de outubro de 1961; 
Considerando que o Congresso Nacional aprovou a 
Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização 
de Documentos Públicos Estrangeiros, por meio do Decreto 
Legislativo nº 148, de 6 de julho de 2015; 
Considerando que o Governo brasileiro depositou, junto ao 
Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos, em 2 
de dezembro de 2015, o instrumento de adesão da 
República Federativa do Brasil à Convenção sobre a 
Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos 
Públicos Estrangeiros; e 
Considerando que a Convenção sobre a Eliminação da 
Exigência de Legalização de Documentos Públicos 
Estrangeiros entrará em vigor para a República Federativa 
do Brasil, no plano jurídico externo, em 14 de agosto de 
2016; 
DECRETA: 
Art. 1º Fica promulgada a Convenção sobre a Eliminação da 
Exigência de Legalização de Documentos Públicos 
Estrangeiros, firmada em Haia, em 5 de outubro de 1961, 
anexa a este Decreto. 
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional atos 
que possam resultar em revisão do Acordo e ajustes 
complementares que acarretem encargos ou compromissos 
gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do inciso I 
do caput do art. 49 da Constituição . 
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua 
publicação. 
Brasília, 29 de janeiro de 2016; 195º da Independência e 128º 
da República. 
DILMA ROUSSEFF 
José Eduardo Cardozo 
Mauro Luiz Iecker Vieira 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.2.2016 
CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DA EXIGÊNCIA DE 
LEGALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS PÚBLICOS 
ESTRANGEIROS 
(Celebrada em 5 de outubro de 1961) 
Os Estados Signatários da presente Convenção, 
Desejando eliminar a exigência de legalização diplomática 
ou consular de documentos públicos estrangeiros, 
Decidiram celebrar uma Convenção com essa finalidade e 
concordaram com as seguintes disposições: 
Artigo 1º 
A presente Convenção aplica-se a documentos públicos 
feitos no território de um dos Estados Contratantes e que 
devam produzir efeitos no território de outro Estado 
Contratante. 
No âmbito da presente Convenção, são considerados 
documentos públicos: 
a) Os documentos provenientes de uma autoridade ou de 
um agente público vinculados a qualquer jurisdição do 
Estado, inclusive os documentos provenientes do Ministério 
Público, de escrivão judiciário ou de oficial de justiça; 
b) Os documentos administrativos; 
c) Os atos notariais; 
d) As declarações oficiais apostas em documentos de 
natureza privada, tais como certidões que comprovem o 
registro de um documento ou a sua existência em 
determinada data, e reconhecimentos de assinatura. 
Entretanto, a presente Convenção não se aplica: 
a) Aos documentos emitidos por agentes diplomáticos ou 
consulares; 
b) Aos documentos administrativos diretamente 
relacionados a operações comerciais ou aduaneiras. 
Artigo 2º 
Cada Estado Contratante dispensará a legalização dos 
documentos aos quais se aplica a presente Convenção e que 
devam produzir efeitos em seu território. No âmbito da 
presente Convenção, legalização significa apenas a 
formalidade pela qual os agentes diplomáticos ou 
consulares do país no qual o documento deve produzir 
efeitos atestam a autenticidade da assinatura, a função ou o 
cargo exercidos pelo signatário do documento e, quando 
cabível, a autenticidade do selo ou carimbo aposto no 
documento. 
Artigo 3º 
A única formalidade que poderá ser exigida para atestar a 
autenticidade da assinatura, a função ou cargo exercido pelo 
signatário do documento e, quando cabível, a autenticidade 
do selo ou carimbo aposto no documento, consiste na 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
8 
154
6 
aposição da apostila definida no Artigo 4º, emitida pela 
autoridade competente do Estado no qual o documento é 
originado. 
Contudo, a formalidade prevista no parágrafo anterior não 
pode ser exigida se as leis, os regulamentos ou os costumes 
em vigor no Estado onde o documento deva produzir efeitos 
- ou um acordo entre dois ou mais Estados contratantes - a 
afastem ou simplifiquem, ou dispensem o ato de
legalização.
Artigo 4º 
A apostila prevista no primeiro parágrafo do Artigo 3º será 
aposta no próprio documento ou em uma folha a ele apensa 
e deverá estar em conformidade com o modelo anexo à 
presente Convenção. 
A apostila poderá, contudo, ser redigida no idioma oficial da 
autoridade que a emite. Os termos padronizados nela 
inscritos também poderão ser redigidos em um segundo 
idioma. O título "Apostille (Convention de La Haye du 5 
octobre 1961)" deverá ser escrito em francês. 
Artigo 5º 
A apostila será emitida mediante solicitação do signatário 
do documento ou de qualquer portador. Quando 
preenchida adequadamente, a apostila atesta a 
autenticidade da assinatura, a função ou o cargo exercido 
pelo signatário do documento e, quando cabível, a 
autenticidade do selo ou carimbo nele aposto. A assinatura, 
selo ou carimbo contidos na apostila serão isentos de 
qualquer certificação. 
Artigo 6º 
Cada Estado Contratante designará as autoridades às quais, 
em razão do cargo ou função que exercem, será atribuída a 
competência para emitir a apostila prevista no primeiro 
parágrafo do Artigo 3º. 
Esta designação deverá ser notificada pelo Estado 
Contratante ao Ministério das Relações Exteriores dos 
Países Baixos, no momento do depósito do respectivo 
instrumento de ratificação, adesão ou da respectiva 
declaração de extensão. Todas as modificações que 
ocorrerem na designação daquelas autoridades também 
deverão ser notificadas ao referido Ministério. 
Artigo 7º 
Cada uma das autoridades designadas nos termos do Artigo 
6º manterá registro ou arquivo no qual serão anotadas as 
apostilas emitidas, especificando: 
a) O número e a data da apostila;
b) O nome do signatário do documento público e o cargo ou 
função por ele exercida ou, no caso de documentos não-
assinados, a indicação da autoridade que apôs o selo ou
carimbo.
Mediante solicitação de qualquer interessado, a autoridade 
emissora da apostila verificará se os dados nela inscritos 
correspondem àqueles contidos no registro ou no arquivo. 
Artigo 8º 
Sempre que um tratado, convenção ou acordo entre dois ou 
mais Estados Contratantes contiver disposições que 
sujeitem o reconhecimento de uma assinatura,selo ou 
carimbo a certas formalidades, a presente Convenção 
apenas derrogará as referidas disposições se tais 
formalidades forem mais rigorosas do que a formalidade 
prevista nos Artigos 3º e 4º. 
Artigo 9º 
Cada Estado Contratante tomará as providências 
necessárias para evitar que seus agentes diplomáticos ou 
consulares realizem legalizações nos casos em que esse 
procedimento seja dispensado pela presente Convenção. 
Artigo 10 
A presente Convenção fica aberta à assinatura pelos Estados 
representados na 9ª Sessão da Conferência da Haia sobre 
Direito Internacional Privado, bem como por Irlanda, 
Islândia, Liechtenstein e Turquia. 
A Convenção será ratificada e os instrumentos de ratificação 
serão depositados junto ao Ministério das Relações 
Exteriores dos Países Baixos. 
Artigo 11 
A presente Convenção entrará em vigor no sexagésimo dia 
após o depósito do terceiro instrumento de ratificação 
previsto no segundo parágrafo do Artigo 10. 
A Convenção entrará em vigor, para cada Estado signatário 
que a ratifique posteriormente, no sexagésimo dia após o 
depósito do respectivo instrumento de ratificação. 
Artigo 12 
Qualquer Estado que não esteja mencionado no Artigo 10 
poderá aderir à presente Convenção depois da sua entrada 
em vigor, de acordo com o primeiro parágrafo do Artigo 11. 
O instrumento de adesão será depositado junto ao 
Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos. 
A adesão somente produzirá efeitos no âmbito das relações 
entre o Estado aderente e os Estados Contratantes que não 
apresentem objeção à adesão nos seis meses posteriores ao 
recebimento da notificação prevista no Artigo 15, alínea "d". 
Qualquer objeção será informada ao Ministério das 
Relações Exteriores dos Países Baixos. 
A Convenção entrará em vigor entre o Estado aderente e os 
Estados que não tiverem apresentado objeção à adesão no 
sexagésimo dia após a expiração do prazo de seis meses 
previsto no parágrafo anterior. 
Artigo 13 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
9 
154
6 
Qualquer Estado, no momento da assinatura, da ratificação 
ou da adesão, poderá declarar que a aplicação da presente 
Convenção se estenderá ao conjunto dos territórios que ele 
representa no plano internacional, ou a um ou a alguns 
dentre eles. Essa declaração terá efeito na data da entrada 
em vigor da Convenção para o Estado em questão. 
Posteriormente, tais extensões serão notificadas ao 
Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos. 
Quando um Estado que tenha assinado e ratificado a 
presente Convenção apresentar declaração de extensão, 
esta entrará em vigor nos territórios em questão conforme 
o Artigo 11. Quando a declaração de extensão for feita por
um Estado que tenha aderido à Convenção, esta entrará em
vigor nos territórios em questão conforme o Artigo 12.
Artigo 14 
A presente Convenção terá vigência de cinco anos a partir 
da data da sua entrada em vigor, nos termos do primeiro 
parágrafo do Artigo 11, inclusive para os Estados que a 
ratificaram ou a ela aderiram posteriormente. 
Caso não haja denúncia, a Convenção será renovada 
tacitamente a cada cinco anos. 
A denúncia será notificada ao Ministério das Relações 
Exteriores dos Países Baixos, pelo menos seis meses antes 
do final do período de cinco anos. 
A denúncia poderá limitar-se a alguns dos territórios aos 
quais a Convenção se aplica. 
A denúncia produzirá efeitos apenas em relação ao Estado 
que tenha feito a respectiva notificação. 
A Convenção permanecerá em vigor para os outros Estados 
Contratantes. 
Artigo 15 
O Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos 
deverá notificar os Estados mencionados no Artigo 10 e os 
Estados que tenham aderido nos termos do Artigo 12 sobre 
o seguinte:
a) As notificações previstas no segundo parágrafo do Artigo
6º; 
b) As assinaturas e ratificações previstas no Artigo 10;
c) A data em que a presente Convenção entrará em vigor nos
termos do primeiro parágrafo do Artigo 11;
d) As adesões e objeções previstas no Artigo 12 e a data em 
que as adesões entrarão em vigor;
e) As extensões previstas no Artigo 13 e a data em que
entrarão em vigor; e
f) As denúncias previstas no terceiro parágrafo do Artigo 14.
Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente 
autorizados, firmaram a presente Convenção. 
Concluída na Haia, em 5 de outubro de 1961, em francês e 
inglês, sendo que o texto em francês prevalecerá em caso de 
divergência entre os dois textos, em uma única cópia que 
será depositada nos arquivos do Governo dos Países Baixos 
e da qual será remetida uma cópia autenticada, por via 
diplomática, para cada Estado representado na 9ª Sessão da 
Conferência da Haia sobre Direito Internacional Privado, 
bem como para Irlanda, Islândia, Liechtenstein e Turquia. 
ANEXO À CONVENÇÃO 
Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2016/decreto/d8660.htm 
Resolução CNJ nº 228/2016 
Regulamenta a aplicação, no âmbito do Poder Judiciário, 
da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de 
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, 
celebrada na Haia, em 5 de outubro de 1961 (Convenção 
da Apostila). 
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA 
(CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, 
CONSIDERANDO a adesão da República Federativa do 
Brasil à Convenção sobre a Eliminação da Exigência de 
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, 
celebrada na Haia, em 5 de outubro de 1961 (Convenção da 
Apostila), aprovada pelo Congresso Nacional consoante 
Decreto Legislativo 148, de 6 de julho de 2015, ratificada no 
plano internacional por meio do depósito do instrumento de 
adesão perante o Ministério dos Negócios Estrangeiros do 
Reino dos Países Baixos, em 2 de dezembro de 2015, e 
promulgada no plano interno conforme Decreto 8.660, de 
29 de janeiro de 2016; 
CONSIDERANDO que o instrumento de adesão à 
Convenção da Apostila indica o Poder Judiciário como órgão 
competente para a implementação de suas disposições no 
território nacional; 
CONSIDERANDO que compete ao Poder Judiciário 
fiscalizar os serviços notariais e de registro, nos termos do 
art. 236, § 1º, da Constituição Federal e dos art. 37 e 38 da Lei 
8.935, de 18 de novembro de 1994; 
CONSIDERANDO a economia, a celeridade e a eficiência 
propiciadas pelos benefícios da simplificação e da 
desburocratização, decorrentes da eliminação da exigência 
de legalização diplomática ou consular de documentos 
determinada pela Convenção da Apostila; 
CONSIDERANDO a necessidade de uniformizar, em todo o 
território nacional, os procedimentos relativos à aplicação 
da Convenção da Apostila, inclusive quanto ao uso de 
sistema eletrônico para aposição de apostila em 
documentos e para certificação da autenticidade do referido 
ato; 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
10 
154
6 
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do CNJ no 
Procedimento de Ato 0002775-56.2016.2.00.0000, na 4ª 
Sessão Extraordinária Virtual, realizada entre 16 e 17 de 
junho de 2016; 
RESOLVE: 
Art. 1º A legalização de documentos produzidos em 
território nacional e destinados a produzir efeitos em países 
partes da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de 
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros 
(Convenção da Apostila) será realizada, a partir de 14 de 
agosto de 2016, exclusivamente por meio da aposição de 
apostila, emitida nos termos desta Resolução. 
Parágrafo único. Para os fins desta Resolução, entende-se 
como legalização, ou chancela consular, a formalidade pela 
qual se atesta a autenticidade da assinatura, da função ou 
do cargo exercido pelo signatário do documento e, quando 
cabível, a autenticidade do selo ou do carimbo nele aposto. 
Art. 2º As apostilas emitidas por países partes da Convenção 
da Apostila, inclusive as emitidasem data anterior à vigência 
da referida Convenção no Brasil, serão aceitas em todo o 
território nacional a partir de 14 de agosto de 2016, em 
substituição à legalização diplomática ou consular. 
Art. 3º Não será exigida a aposição de apostila quando, no 
país onde o documento deva produzir efeitos, a legislação 
em vigor, tratado, convenção ou acordo de que a República 
Federativa do Brasil seja parte afaste ou dispense o ato de 
legalização diplomática ou consular. 
§ 1º As disposições de tratado, convenção ou acordo de que 
a República Federativa do Brasil seja parte e que tratem da 
simplificação ou dispensa do processo de legalização 
diplomática ou consular de documentos prevalecem sobre 
as disposições da Convenção da Apostila, sempre que tais 
exigências formais sejam menos rigorosas do que as 
dispostas nos art. 3º e 4º da citada Convenção. 
§ 2º Conforme a natureza do documento, poderão ser 
exigidos procedimentos específicos prévios à aposição da 
apostila. 
Art. 4º Não será aposta apostila em documento que 
evidentemente consubstancie ato jurídico contrário à 
legislação brasileira. 
Art. 5º Permanece regido pelas normas do Ministério das 
Relações Exteriores o procedimento de legalização 
diplomática ou consular de documentos que tenham como 
origem ou destino países que não sejam partes da 
Convenção da Apostila, ou quando não for possível a sua 
aplicação, com base nas exceções previstas em seu art. 1º ou 
na hipótese de objeção mencionada em seu art. 12. 
Parágrafo único. Consoante as normas do Ministério das 
Relações Exteriores, a legalização de documentos 
mencionados no caput deste artigo poderá continuar a ser 
realizada na sede daquele Ministério, em Brasília-DF, em 
seus Escritórios Regionais em território nacional e nas 
Embaixadas e Repartições Consulares da República 
Federativa do Brasil. 
Art. 6º São autoridades competentes para a aposição de 
apostila em documentos públicos produzidos no território 
nacional: 
I – as Corregedorias Gerais de Justiça e os Juízes Diretores 
do foro nas demais unidades judiciárias, comarcas ou 
subseções, quanto a documentos de interesse do Poder 
Judiciário; 
II – os titulares dos cartórios extrajudiciais, no limite das suas 
atribuições; e 
III – a Procuradoria-Geral da República, quanto a 
documentos públicos emitidos pelo Ministério Público. 
(Acrescido pela Resolução nº 302, de 29.11.2019) 
§ 1º O exercício da competência para emissão de apostilas, 
observado o art. 17 desta Resolução, pressupõe autorização 
específica e individualizada da Corregedoria Nacional de 
Justiça. § 2º O CNJ manterá, em sua página eletrônica, para 
fins de divulgação ao público, lista atualizada das 
autoridades brasileiras habilitadas a emitir a apostila, bem 
como relação de países para os quais será possível a emissão 
do documento. 
Art. 7º A apostila deverá estar em conformidade com o 
modelo constante do Anexo I desta Resolução, 
apresentando as seguintes características: 
I – terá a forma de um quadrado com pelo menos 9 (nove) 
centímetros de lado; 
II – constarão do cabeçalho o brasão de Armas da República 
Federativa do Brasil e a logomarca do CNJ; 
III – título apenas em francês "Apostille (Convention de La 
Haye du 5 octobre 1961)"; 
IV – campos fixos inscritos, redigidos em português, inglês e 
francês; 
V – indicar o número sequencial e a data de emissão; 
VI – constar o nome do signatário do documento público ou, 
no caso de documentos não assinados, a indicação da 
autoridade que apôs o selo ou carimbo, juntamente com o 
cargo ou a função exercida e a instituição que representa; 
Art. 8º Fica instituído o Sistema Eletrônico de Informações e 
Apostilamento (SEI Apostila) como sistema único para 
emissão de apostilas em território nacional. 
§ 1º A emissão de apostila dar-se-á, obrigatoriamente, em 
meio eletrônico, por intermédio do SEI Apostila, cujo acesso 
ocorrerá por meio de certificado digital. 
§ 2º A apostila será emitida em meio eletrônico, mediante 
solicitação do signatário do documento ou de qualquer 
portador, atestando a autenticidade da assinatura, da 
função ou do cargo exercido pelo signatário do documento 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
11 
154
6 
e, quando cabível, a autenticidade do selo ou do carimbo 
nele aposto. 
§ 3º Devidamente emitida nos termos do caput deste artigo 
e do art. 7º, a apostila deverá ser impressa em papel seguro 
fornecido pela Casa da Moeda do Brasil e de acordo com o 
Anexo III desta Resolução, aposta ao documento ao qual faz 
referência, carimbada (conforme Anexo II desta Resolução) 
e rubricada em campo próprio pela autoridade competente. 
§ 4º As apostilas emitidas deverão conter mecanismo que 
permita a verificação eletrônica de existência e de 
autenticidade, assim como conexão com o documento 
apostilado. 
Art. 9º O CNJ concederá o acesso ao SEI Apostila a todas as 
autoridades competentes referidas no art. 6º. 
Art. 10. A numeração da apostila será única em todo o 
território nacional, cabendo ao CNJ o registro e o 
armazenamento de todas as informações relativas às 
apostilas emitidas pelas autoridades de que trata o art. 6º 
desta Resolução. 
Art. 11. As regras de funcionamento do SEI Apostila serão 
estabelecidas por Instrução Normativa da Presidência do 
CNJ, após deliberação da Comissão Permanente de 
Tecnologia da Informação e Infraestrutura. 
Art. 12. O CNJ manterá banco de dados unificado do registro 
eletrônico das apostilas emitidas em território nacional, 
permitindo a qualquer interessado, por meio de consulta 
eletrônica (online), a verificação da existência e da 
autenticidade das apostilas emitidas, bem como da conexão 
com cada documento apostilado. 
Art. 13. O CNJ prestará o apoio técnico necessário às 
autoridades competentes para a emissão da apostila, 
relativamente ao manejo e ao funcionamento do SEI 
Apostila. 
Art. 14. O CNJ manterá interlocução com entidades e 
autoridades nacionais e estrangeiras, assim como com a 
Conferência da Haia de Direito Internacional Privado sobre 
assuntos relacionados à Convenção da Apostila, para o que 
poderá coordenar-se com o Ministério das Relações 
Exteriores. 
Art. 15. Será constituído Comitê Gestor, no âmbito do 
Conselho Nacional de Justiça, composto pelos seguintes 
membros, presidido pelo primeiro e coordenado pelo 
segundo: 
I - Conselheiro Ouvidor do CNJ; 
II - Secretário-Geral do CNJ; 
III - Diretor-Geral do CNJ; 
IV - 1 (um) representante da Corregedoria Nacional de 
Justiça; 
V - 1 (um) representante do Ministério das Relações 
Exteriores, indicado pelo Subsecretário-Geral das 
Comunidades Brasileiras no Exterior; e 
VI - 1 (um) magistrado indicado pelo TRF4, órgão detentor 
da propriedade intelectual do sistema. 
Art. 16. Caberá à Ouvidoria do CNJ o recebimento de 
consultas eventualmente formuladas quanto ao tema 
disciplinado por esta Resolução. 
Art. 17. A Corregedoria Nacional de Justiça editará 
provimentos para a regulamentação da atuação das 
autoridades apostilantes, especialmente sobre o controle 
das atividades regidas por esta Resolução. 
Art. 18. Os emolumentos corresponderão, para cada 
apostila emitida, ao custo de Procuração Sem Valor 
Declarado, segundo os valores vigentes em cada Estado da 
Federação. 
Parágrafo único. Será isenta da cobrança de emolumentos a 
emissão de apostila em documentos requeridos por órgãos 
do Poder Executivo Federal para utilização no exterior, no 
interesse do serviço público. 
Art. 19. A emissão de apostilas será obrigatória em todas as 
capitais do País a partir de 14 de agosto de 2016, cabendo à 
Corregedoria Nacional de Justiça, nos termos do art. 6º, § 1º, 
desta Resolução, a análise da conveniência e da 
oportunidade quanto à interiorização da prestação deste 
serviço público. 
Art. 20. Serão aceitos, até 14 de fevereiro de 2017, os 
documentos estrangeiros legalizados anteriormente a 14 deagosto de 2016, por Embaixadas e Repartições Consulares 
brasileiras em países partes da Convenção da Apostila. 
(Revogado pela Resolução n. 247, de 15.5.18) 
Art. 21. Esta Resolução entra em vigor na data de sua 
publicação. 
Ministro Ricardo Lewandowski 
Provimento CNJ nº 62/2017 
Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos para a 
aposição de apostila, no âmbito do Poder Judiciário, da 
Convenção sobre a Eliminação da Exigência de 
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, 
celebrada na Haia, em 5 de outubro de 1961 (Convenção 
da Apostila). 
O CORREGEDOR NACIONAL DA JUSTIÇA, usando de suas 
atribuições constitucionais, legais e regimentais e 
CONSIDERANDO o poder de fiscalização e de normatização 
do Poder Judiciário dos atos praticados por seus órgãos (art. 
103-B, § 4º, I, II e III, da Constituição Federal de 1988); 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
12 
154
6 
CONSIDERANDO a competência do Poder Judiciário de 
fiscalizar os serviços notariais e de registro (arts. 103-B, § 4º, 
I e III, e 236, § 1º, da Constituição Federal); 
CONSIDERANDO a competência da Corregedoria Nacional 
de Justiça de expedir provimentos e outros atos normativos 
destinados ao aperfeiçoamento das atividades dos serviços 
notariais e de registro (art. 8º, X, do Regimento Interno do 
Conselho Nacional de Justiça); 
CONSIDERANDO a atribuição da Corregedoria Nacional de 
Justiça de expedir provimento para a regulamentação da 
atuação das autoridades apostilantes; 
CONSIDERANDO a necessidade de uniformização, em todo 
o território nacional, dos procedimentos relativos ao ato de 
apostilamento, 
RESOLVE: 
Art. 1º Dispor sobre a uniformização dos procedimentos 
para a aposição de apostila em documentos públicos 
produzidos no território nacional. 
Parágrafo único. Equiparam-se a documento público 
produzido no território nacional os históricos escolares, 
declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados 
de conclusão de cursos registrados no Brasil (Lei n. 9.394, de 
20 de dezembro de 1996). 
Art. 2º O ato de aposição de apostila observará 
rigorosamente o disposto na Resolução CNJ n. 228, 22 de 
junho de 2016, em seus anexos e neste provimento. 
§ 1º A apostila deverá ser afixada no documento pela 
autoridade apostilante, não sendo permitida a entrega da 
apostila de forma avulsa ao solicitante do serviço. 
§ 2º O descumprimento das disposições contidas na 
mencionada resolução e no presente provimento pelas 
autoridades apostilantes ensejará a instauração de 
procedimento administrativo disciplinar, sem prejuízo de 
responsabilização cível e criminal. 
Art. 3º Serão obrigatórios o cadastramento e a prestação do 
serviço de apostilamento por todos os serviços de notas e de 
registro das capitais dos Estados e do Distrito Federal. 
§ 1º Os serviços de notas e de registro da capital dos Estados 
e do Distrito Federal que expuserem motivos justificados às 
corregedorias-gerais de justiça locais poderão ser 
dispensados da prestação dos serviços de apostilamento, 
devendo o ato de dispensa ser comunicado formalmente à 
Corregedoria Nacional de Justiça. 
§ 2º O cadastramento e a prestação do serviço de 
apostilamento pelos serviços de notas e de registro do 
interior de cada Estado serão facultativos, mas 
recomendáveis para conferir melhor capilaridade ao serviço. 
§ 3º O ato de credenciamento das autoridades apostilantes 
será realizado pelas corregedorias-gerais de justiça dos 
Estados e do Distrito Federal, às quais compete: 
I – realizar estudo prévio acerca da viabilidade técnica e 
financeira, certificando se os serviços de notas e de registro 
da capital e do interior estão aptos a receber a autorização 
para prestação do serviço de apostilamento; 
II – enviar à Corregedoria Nacional de Justiça listagem com 
a identificação das autoridades aptas à prestação do serviço 
de apostilamento e com os dados necessários ao cadastro, 
conforme consta do Anexo do presente provimento. 
§ 4º A aposição de apostila em documento público brasileiro 
somente será admitida por autoridade apostilante 
devidamente cadastrada em todos os sistemas que 
compõem o Sistema Eletrônico de Informação e 
Apostilamento (SEI-Apostila). 
Art. 4º Os titulares do serviço notarial e de registro são 
autoridades apostilantes para o ato de aposição de apostila 
nos limites de suas atribuições, sendo-lhes vedado apostilar 
documentos estranhos a sua competência. 
§ 1º O ato de apostilamento de documentos públicos 
produzidos no território nacional obedecerá estritamente às 
regras de especialização de cada serviço notarial e de 
registro, nos termos da Lei n. 8.935, de 18 de novembro de 
1994. 
§ 2º O serviço de notas e de registro poderão apostilar 
documentos estranhos a sua atribuição caso não exista na 
localidade serviço autorizado para o ato de apostilamento. 
§ 3º O registrador civil de pessoa natural, ao apostilar 
documento emitido por registrador sediado em ente da 
Federação diverso, deverá verificar a autenticidade da 
assinatura mediante consulta à Central de Informações do 
Registro Civil (CRC Nacional). 
§ 4º O notário, ao apostilar documentos emitidos por serviço 
notarial sediado em ente da Federação diverso, deverá 
verificar a autenticidade da assinatura mediante consulta à 
Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados 
(CENSEC). 
§ 5º O registrador de títulos e documentos e pessoas 
jurídicas, ao apostilar documentos emitidos por serviço 
sediado em ente da Federação diverso, deverá verificar a 
autenticidade da assinatura mediante consulta à Central de 
Registro de Títulos e Documentos e Pessoa Jurídica 
(RTDPJBR). 
§ 6º O registrador de imóveis, ao apostilar documento 
emitido por registrador sediado em ente da Federação 
diverso, deverá verificar a autenticidade da assinatura 
mediante consulta ao Operador Nacional do Registro de 
Imóveis (ONR). 
§ 7º Os notários e registradores também poderão, nos 
limites de suas atribuições, verificar a autenticidade da 
assinatura mediante consulta à Central Notarial de Sinal 
Público (CNSIP). 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
13 
154
6 
§ 8º A Corregedoria Nacional de Justiça, em parceria com os 
notários e registradores, criará central única de banco de 
dados de assinatura de autoridades públicas. 
Art. 5º Os titulares dos serviços notariais e de registro 
poderão solicitar à Corregedoria Nacional de Justiça 
autorização específica para que o serviço de apostilamento 
seja prestado, sob sua supervisão, por no máximo cinco 
escreventes habilitados. 
§ 1º Na ausência do titular do serviço notarial e de registro 
por impedimento ou afastamento, o serviço será prestado 
pelo escrevente habilitado. 
§ 2º Em caso de vacância do titular do serviço notarial e de 
registro, o serviço será prestado pelo interino ou interventor 
nomeado para responder pelo serviço extrajudicial. 
Art. 6º As corregedorias-gerais de justiça e os juízes 
diretores do foro das unidades judiciárias são autoridades 
competentes para o ato de aposição de apostila somente 
quanto aos documentos de interesse do Poder Judiciário. 
Parágrafo único. Consideram-se documentos de interesse 
do Poder Judiciário aqueles oriundos de seus respectivos 
órgãos em países signatários da Convenção da Apostila, 
bem como aqueles necessários à adoção internacional. 
Art. 7º As autoridades apostilantes deverão contratar 
diretamente com a Casa da Moeda do Brasil a aquisição do 
papel-moeda de modo a manter estoques para viabilizar a 
continuidade do serviço. 
§ 1º A aquisição do papel-moeda é de responsabilidade das 
autoridades apostilantes, sendo permitida a realização de 
convênios e parcerias para redução do custo. 
§ 2º O papel-moeda adquirido por uma autoridade 
apostilante não pode ser alienado ou cedidoa outra 
autoridade, sob pena de responsabilidade civil, penal e 
administrativa. 
Art. 8º As autoridades apostilantes deverão, para fins de 
controle das corregedorias de justiça dos Estados e do 
Distrito Federal, afixar no documento, previamente ao ato 
de digitalização do documento apostilando, o selo físico, 
etiqueta e/ou a estampa de selo eletrônico, conforme regras 
locais. 
Art. 9º A apostila será emitida mediante solicitação do 
portador do documento, sendo dispensado requerimento 
escrito. As autoridades apostilantes darão recibo de 
protocolo no momento do requerimento, estipulando prazo 
para entrega, que não poderá ultrapassar 5 (cinco) dias. 
§ 1º As autoridades apostilantes deverão prestar ao 
solicitante do serviço todos os esclarecimentos necessários 
antes da prática do ato de apostilamento. 
§ 2º Para a emissão da apostila, a autoridade apostilante 
deverá realizar a análise formal do documento apresentado, 
aferindo a autenticidade de todas as assinaturas apostas, do 
cargo ou função exercida pelo signatário e, quando cabível, 
a autenticidade do selo ou do carimbo aposto. 
§ 3º O apostilamento de reconhecimento de firma ou de 
cópia autenticada é ato excepcional, caso em que a 
assinatura, a função ou o cargo exercido a serem lançados 
na apostila serão do tabelião ou do seu preposto que apôs a 
fé pública no documento. 
§ 4º O apostilamento de certidão de registro de documento 
e de reconhecimento de firma somente será permitido em 
documentos de natureza privada. 
Art. 10. Em caso de dúvida quanto à autenticidade do 
documento público produzido em território brasileiro, a 
autoridade apostilante deverá realizar procedimento 
específico prévio, conforme previsto no art. 3º, § 2º, da 
Resolução CNJ n. 228/2016. 
§ 1º Persistindo a existência de dúvida após a finalização do 
procedimento específico prévio, a autoridade apostilante 
poderá recusar a aposição de apostila mediante ato 
fundamentado, que deverá ser entregue ao solicitante do 
serviço. 
§ 2º O ato de instauração do procedimento prévio e o de 
recusa de aposição da apostila poderão ser impugnados 
pelo solicitante do serviço no prazo de 5 (cinco) dias, perante 
a autoridade apostilante, que, não reconsiderando o ato, no 
mesmo prazo, remeterá o pedido à corregedoria-geral de 
justiça do Estado ou do Distrito Federal para decisão sobre a 
questão duvidosa em 30 (trinta) dias. 
Art. 11. A apostila será emitida por documento, não 
importando a quantidade de páginas que possuir. Será de 
forma diversa se o solicitante do serviço assim o requerer. 
Art. 12. Ao realizar o ato de apostilamento, a autoridade 
apostilante deverá proceder à digitalização do documento 
para alimentação do banco de dados unificado do registro 
eletrônico das apostilas emitidas mantido pelo CNJ. 
§ 1º No ato de digitalização do documento, a autoridade 
apostilante deverá utilizar-se de software que minimize o 
tamanho do arquivo. 
§ 2º Na impossibilidade de digitalização pela autoridade 
apostilante em razão da natureza do documento, o ato 
poderá ser praticado por terceiros, os quais prestarão 
declaração de responsabilidade acerca do conteúdo, 
devendo a autoridade apostilante conferir a 
correspondência entre o documento original e o 
digitalizado. 
Art. 13. Encerrado o procedimento de aposição de apostila e 
constatado erro, a autoridade apostilante deverá refazer o 
procedimento para a aposição de outra apostila, 
inutilizando o primeiro ato. 
§ 1º Constatado que o erro ocorreu devido a falha do serviço 
da autoridade apostilante, o novo apostilamento deverá ser 
realizado sem custo para o solicitante do serviço. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
14 
154
6 
§ 2º Constatado que o erro ocorreu devido a falha de 
informações por parte do solicitante do serviço, o novo 
apostilamento será por ele custeado. 
Art. 14. O documento eletrônico apresentado à autoridade 
apostilante ou por ela expedido poderá ser apostilado 
independentemente de impressão em papel, desde que 
esteja emitido em formato compatível para upload no 
sistema do CNJ e assinado mediante certificado digital, 
segundo a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP), 
observada a arquitetura dos Padrões de Interoperabilidade 
de Governo Eletrônico (e-Ping). 
§ 1º Finalizado o apostilamento do documento eletrônico, a 
autoridade apostilante deverá imprimir uma cópia, 
certificando que se trata de impressão do original eletrônico 
e acostá-la à apostila para entrega ao solicitante. 
§ 2º Se o documento original eletrônico não possuir 
assinatura com uso de certificado digital ou se for emitido 
em formato incompatível para upload no sistema do CNJ, o 
documento eletrônico deverá ser impresso pela autoridade 
apostilante com aposição da data e hora da autenticação, 
indicação do site de confirmação, informação sobre a 
verificação da assinatura digital ou outro meio de 
confirmação e aplicação do selo de autenticidade. 
Art. 15. A aposição de apostila em tradução de documento 
público produzido no território nacional somente será 
admitida em tradução realizada por tradutor público ou 
nomeado ad hoc pela junta comercial. 
Parágrafo único. O procedimento deverá ser realizado em 
duas apostilas distintas: apostila-se primeiro o documento 
público original e, posteriormente, o traduzido. 
Art. 16. Em caso de extravio ou de inutilização do papel de 
segurança utilizado para o ato de aposição da apostila, as 
autoridades apostilantes deverão comunicar o fato 
imediatamente à respectiva corregedoria-geral de justiça, 
que dará ampla publicidade ao fato. 
Parágrafo único. Em caso de inutilização do papel de 
segurança, a autoridade apostilante deverá destruí-lo 
mediante incineração ou procedimento semelhante, 
registrando o incidente em certidão. 
Art. 17. Os emolumentos serão cobrados por apostila, nos 
termos do art. 18 da Resolução CNJ n. 228/2016, enquanto 
não for editada legislação específica no âmbito dos Estados 
e do Distrito Federal. 
§ 1º É dispensada a cobrança de emolumentos para emissão 
de apostila em documentos requeridos por órgãos da 
administração direta do Poder Executivo federal, estadual 
ou municipal para utilização no exterior, no interesse do 
serviço público. 
§ 2º Os órgãos da administração direta do Poder Executivo 
federal, estadual ou municipal solicitarão o apostilamento 
do documento público produzido no território nacional 
mediante ofício endereçado ao serviço de notas ou de 
registro. 
§ 3º O Poder Judiciário dos Estados e do Distrito Federal, no 
âmbito de sua competência, estabelecerá forma de 
compensação para a emissão de apostila em documentos 
requeridos por órgãos da administração direta do Poder 
Executivo federal, estadual ou municipal. 
§ 4º É vedada a prática de cobrança parcial ou de não 
cobrança de emolumentos, ressalvadas as hipóteses de 
isenção, não incidência ou diferimento previstas na 
legislação específica. 
Art. 18. Este provimento entra em vigor na data de sua 
publicação, ficando revogado o Provimento CN-CNJ n. 58, 
de 9 de dezembro de 2016, bem como quaisquer disposições 
em contrário. 
Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA 
ANEXO 
Disponível em https://www.cnj.jus.br/atos_normativos/ 
Lei Complementar nº 123/2006 
Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da 
Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis 
no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei 
no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei 
Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga 
as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 
de outubro de 1999. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei 
Complementar: 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normasgerais 
relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: 
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
mediante regime único de arrecadação, inclusive 
obrigações acessórias; 
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e 
previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; 
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à 
preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes 
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de 
inclusão. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
15 
154
6 
IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se 
refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da 
Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 1o Cabe ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) 
apreciar a necessidade de revisão, a partir de 1o de janeiro de 
2015, dos valores expressos em moeda nesta Lei 
Complementar. 
§ 2o (VETADO). 
§ 3o Ressalvado o disposto no Capítulo IV, toda nova 
obrigação que atinja as microempresas e empresas de 
pequeno porte deverá apresentar, no instrumento que a 
instituiu, especificação do tratamento diferenciado, 
simplificado e favorecido para cumprimento. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o Na especificação do tratamento diferenciado, 
simplificado e favorecido de que trata o § 3o, deverá constar 
prazo máximo, quando forem necessários procedimentos 
adicionais, para que os órgãos fiscalizadores cumpram as 
medidas necessárias à emissão de documentos, realização 
de vistorias e atendimento das demandas realizadas pelas 
microempresas e empresas de pequeno porte com o 
objetivo de cumprir a nova obrigação. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o Caso o órgão fiscalizador descumpra os prazos 
estabelecidos na especificação do tratamento diferenciado 
e favorecido, conforme o disposto no § 4o, a nova obrigação 
será inexigível até que seja realizada visita para fiscalização 
orientadora e seja reiniciado o prazo para regularização. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 6o A ausência de especificação do tratamento 
diferenciado, simplificado e favorecido ou da determinação 
de prazos máximos, de acordo com os §§ 3o e 4o, tornará a 
nova obrigação inexigível para as microempresas e 
empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 7o A inobservância do disposto nos §§ 3o a 6o resultará em 
atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao 
exercício profissional da atividade empresarial. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 2o O tratamento diferenciado e favorecido a ser 
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte 
de que trata o art. 1o desta Lei Complementar será gerido 
pelas instâncias a seguir especificadas: 
I - Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao 
Ministério da Fazenda, composto por 4 (quatro) 
representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do 
Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos 
aspectos tributários; e 
II - Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de 
Pequeno Porte, com a participação dos órgãos federais 
competentes e das entidades vinculadas ao setor, para 
tratar dos demais aspectos, ressalvado o disposto no inciso 
III do caput deste artigo; 
III - Comitê para Gestão da Rede Nacional para 
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e 
Negócios - CGSIM, vinculado à Secretaria da Micro e 
Pequena Empresa da Presidência da República, composto 
por representantes da União, dos Estados e do Distrito 
Federal, dos Municípios e demais órgãos de apoio e de 
registro empresarial, na forma definida pelo Poder 
Executivo, para tratar do processo de registro e de 
legalização de empresários e de pessoas jurídicas. (Redação 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1º Os Comitês de que tratam os incisos I e III 
do caput deste artigo serão presididos e coordenados por 
representantes da União. 
§ 2º Os representantes dos Estados e do Distrito Federal nos 
Comitês referidos nos incisos I e III do caput deste artigo 
serão indicados pelo Conselho Nacional de Política 
Fazendária - CONFAZ e os dos Municípios serão indicados, 
um pela entidade representativa das Secretarias de 
Finanças das Capitais e outro pelas entidades de 
representação nacional dos Municípios brasileiros. 
§ 3º As entidades de representação referidas no inciso III 
do caput e no § 2º deste artigo serão aquelas regularmente 
constituídas há pelo menos 1 (um) ano antes da publicação 
desta Lei Complementar. 
§ 4º Os Comitês de que tratam os incisos I e III 
do caput deste artigo elaborarão seus regimentos internos 
mediante resolução. 
§ 5o O Fórum referido no inciso II do caput deste artigo tem 
por finalidade orientar e assessorar a formulação e 
coordenação da política nacional de desenvolvimento das 
microempresas e empresas de pequeno porte, bem como 
acompanhar e avaliar a sua implantação, sendo presidido e 
coordenado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da 
Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº 12.792, 
de 2013) 
§ 6º Ao Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo 
compete regulamentar a opção, exclusão, tributação, 
fiscalização, arrecadação, cobrança, dívida ativa, 
recolhimento e demais itens relativos ao regime de que trata 
o art. 12 desta Lei Complementar, observadas as demais 
disposições desta Lei Complementar. 
§ 7º Ao Comitê de que trata o inciso III do caput deste artigo 
compete, na forma da lei, regulamentar a inscrição, 
cadastro, abertura, alvará, arquivamento, licenças, 
permissão, autorização, registros e demais itens relativos à 
abertura, legalização e funcionamento de empresários e de 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
16 
154
6 
pessoas jurídicas de qualquer porte, atividade econômica ou 
composição societária. 
§ 8o Os membros dos Comitês de que tratam os incisos I e III 
do caput deste artigo serão designados, respectivamente, 
pelos Ministros de Estado da Fazenda e da Secretaria da 
Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, 
mediante indicação dos órgãos e entidades vinculados. 
(Redação pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 9o O CGSN poderá determinar, com relação à 
microempresa e à empresa de pequeno porte optante pelo 
Simples Nacional, a forma, a periodicidade e o prazo: 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
I - de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB 
de uma única declaração com dados relacionados a fatos 
geradores, base de cálculo e valores da contribuição para a 
Seguridade Social devida sobre a remuneração do trabalho, 
inclusive a descontada dos trabalhadores a serviço da 
empresa, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS 
e outras informações de interesse do Ministério do Trabalho 
e Emprego - MTE, do Instituto Nacional do Seguro Social - 
INSS e do Conselho Curador do FGTS, observado o disposto 
no § 7o deste artigo; e (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
II - do recolhimento das contribuições descritas no inciso I e 
do FGTS. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 10. O recolhimento de que trata o inciso II do § 9o deste 
artigo poderá se dar de forma unificada relativamente aos 
tributos apurados na forma do Simples Nacional. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 11. A entrega da declaração de que trata o inciso I do § 
9o substituirá, na forma regulamentada peloCGSN, a 
obrigatoriedade de entrega de todas as informações, 
formulários e declarações a que estão sujeitas as demais 
empresas ou equiparados que contratam trabalhadores, 
inclusive relativamente ao recolhimento do FGTS, à Relação 
Anual de Informações Sociais e ao Cadastro Geral de 
Empregados e Desempregados. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 12. Na hipótese de recolhimento do FGTS na forma do 
inciso II do § 9o deste artigo, deve-se assegurar a 
transferência dos recursos e dos elementos identificadores 
do recolhimento ao gestor desse fundo para crédito na 
conta vinculada do trabalhador. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 13. O documento de que trata o inciso I do § 9o tem caráter 
declaratório, constituindo instrumento hábil e suficiente 
para a exigência dos tributos, contribuições e dos débitos 
fundiários que não tenham sido recolhidos resultantes das 
informações nele prestadas. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
CAPÍTULO II 
DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE 
PEQUENO PORTE 
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, 
consideram-se microempresas ou empresas de pequeno 
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a 
empresa individual de responsabilidade limitada e o 
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 
de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados 
no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 
(trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em c
ada ano-calendário, receita bruta superior a 
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e 
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 
(quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto 
no caput deste artigo, o produto da venda de bens e 
serviços nas operações de conta própria, o preço dos 
serviços prestados e o resultado nas operações em conta 
alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos 
incondicionais concedidos. 
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-
calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será 
proporcional ao número de meses em que a microempresa 
ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, 
inclusive as frações de meses. 
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade 
simples ou empresária como microempresa ou empresa de 
pequeno porte bem como o seu desenquadramento não 
implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em 
relação a contratos por elas anteriormente firmados. 
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico 
diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o 
regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para 
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no 
País, de pessoa jurídica com sede no exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita 
como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba 
tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei 
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse 
o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por 
cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta 
Lei Complementar, desde que a receita bruta global 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
17 
154
6 
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste 
artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de 
outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II 
do caput deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de 
consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de 
investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, 
de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou 
de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de 
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de 
arrendamento mercantil, de seguros privados e de 
capitalização ou de previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra 
forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha 
ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, 
com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, 
subordinação e habitualidade. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o O disposto nos incisos IV e VII do § 4o deste artigo não se 
aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, 
bem como em centrais de compras, bolsas de 
subcontratação, no consórcio referido no art. 50 desta Lei 
Complementar e na sociedade de propósito específico 
prevista no art. 56 desta Lei Complementar, e em 
associações assemelhadas, sociedades de interesse 
econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos 
de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa 
exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e 
empresas de pequeno porte. 
§ 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de 
pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas 
nos incisos do § 4o, será excluída do tratamento jurídico 
diferenciado previsto nesta Lei Complementar, bem como 
do regime de que trata o art. 12, com efeitos a partir do mês 
seguinte ao que incorrida a situação impeditiva. 
§ 7o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de 
início de atividades, a microempresa que, no ano-
calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto 
no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário 
seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. 
§ 8o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de 
início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no 
ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta 
anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no 
ano-calendário seguinte, à condição de microempresa. 
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, 
exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II 
do caput deste artigo fica excluída, no mês subsequente à 
ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado 
previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que 
trata o art. 12, para todos os efeitos legais, ressalvado o 
disposto nos §§ 9o-A, 10 e 12. 
§ 9o-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9o dar-se-ão no 
ano-calendário subsequente se o excesso verificado em 
relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por 
cento) do limite referido no inciso II do caput. 
§ 10. A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-
calendário de início de atividade ultrapassar o limite 
proporcional de receita bruta de que trata o § 2o estará 
excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta 
Lei Complementar, bem como do regime de que trata o art. 
12 desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao 
início de suas atividades. 
§ 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e os 
respectivos Municípios adotarem um dos limites previstos 
nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20, caso a 
receita bruta auferida pela empresa durante o ano-
calendário de início de atividade ultrapasse 1/12 (um doze 
avos) do limite estabelecido multiplicado pelo número de 
meses de funcionamento nesse período, a empresa não 
poderá recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples 
Nacional, relativos ao estabelecimentolocalizado na 
unidade da federação que os houver adotado, com efeitos 
retroativos ao início de suas atividades. 
§ 12. A exclusão de que trata o § 10 não retroagirá ao início 
das atividades se o excesso verificado em relação à receita 
bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do respectivo 
limite referido naquele parágrafo, hipótese em que os 
efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário 
subsequente. 
§ 13. O impedimento de que trata o § 11 não retroagirá ao 
início das atividades se o excesso verificado em relação à 
receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) dos 
respectivos limites referidos naquele parágrafo, hipótese 
em que os efeitos do impedimento ocorrerão no ano-
calendário subsequente. 
§ 14. Para fins de enquadramento como microempresa ou 
empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas 
no mercado interno até o limite previsto no inciso II 
do caput ou no § 2o, conforme o caso, e, adicionalmente, 
receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou 
serviços, inclusive quando realizada por meio de comercial 
exportadora ou da sociedade de propósito específico 
prevista no art. 56 desta Lei Complementar, desde que as 
receitas de exportação também não excedam os referidos 
limites de receita bruta anual. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
18 
154
6 
§ 15. Na hipótese do § 14, para fins de determinação da 
alíquota de que trata o § 1o do art. 18, da base de cálculo 
prevista em seu § 3o e das majorações de alíquotas previstas 
em seus §§ 16, 16-A, 17 e 17-A, serão consideradas 
separadamente as receitas brutas auferidas no mercado 
interno e aquelas decorrentes da exportação. (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de 
efeito) 
§ 16. O disposto neste artigo será regulamentado por 
resolução do CGSN. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
§ 17. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
§ 18. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016) Produção de efeito 
Art. 3o-A. Aplica-se ao produtor rural pessoa física e ao 
agricultor familiar conceituado na Lei no 11.326, de 24 de 
julho de 2006, com situação regular na Previdência Social e 
no Município que tenham auferido receita bruta anual até o 
limite de que trata o inciso II do caput do art. 3o o disposto 
nos arts. 6o e 7o, nos Capítulos V a X, na Seção IV do Capítulo 
XI e no Capítulo XII desta Lei Complementar, ressalvadas as 
disposições da Lei no 11.718, de 20 de junho de 2008. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
Parágrafo único. A equiparação de que trata o caput não se 
aplica às disposições do Capítulo IV desta Lei 
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
Art. 3o-B. Os dispositivos desta Lei Complementar, com 
exceção dos dispostos no Capítulo IV, são aplicáveis a todas 
as microempresas e empresas de pequeno porte, assim 
definidas pelos incisos I e II do caput e § 4o do art. 3o, ainda 
que não enquadradas no regime tributário do Simples 
Nacional, por vedação ou por opção. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
CAPÍTULO III 
DA INSCRIÇÃO E DA BAIXA 
Art. 4o Na elaboração de normas de sua competência, os 
órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de 
empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, deverão 
considerar a unicidade do processo de registro e de 
legalização de empresários e de pessoas jurídicas, para 
tanto devendo articular as competências próprias com 
aquelas dos demais membros, e buscar, em conjunto, 
compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a 
duplicidade de exigências e garantir a linearidade do 
processo, da perspectiva do usuário. 
§ 1o O processo de abertura, registro, alteração e baixa da 
microempresa e empresa de pequeno porte, bem como 
qualquer exigência para o início de seu funcionamento, 
deverão ter trâmite especial e simplificado, 
preferencialmente eletrônico, opcional para o 
empreendedor, observado o seguinte: (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
I - poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva 
assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais 
assinaturas, informações relativas ao estado civil e regime 
de bens, bem como remessa de documentos, na forma 
estabelecida pelo CGSIM; e 
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
§ 2º (REVOGADO) 
§ 3o Ressalvado o disposto nesta Lei Complementar, ficam 
reduzidos a 0 (zero) todos os custos, inclusive prévios, 
relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao 
funcionamento, ao alvará, à licença, ao cadastro, às 
alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos 
demais itens relativos ao Microempreendedor Individual, 
incluindo os valores referentes a taxas, a emolumentos e a 
demais contribuições relativas aos órgãos de registro, de 
licenciamento, sindicais, de regulamentação, de anotação 
de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do 
exercício de profissões regulamentadas. (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 3o-A. O agricultor familiar, definido conforme a Lei nº 
11.326, de 24 de julho de 2006, e identificado pela 
Declaração de Aptidão ao Pronaf - DAP física ou jurídica, 
bem como o MEI e o empreendedor de economia solidária 
ficam isentos de taxas e outros valores relativos à 
fiscalização da vigilância sanitária. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o No caso do MEI, de que trata o art. 18-A desta Lei 
Complementar, a cobrança associativa ou oferta de serviços 
privados relativos aos atos de que trata o § 3o deste artigo 
somente poderá ser efetuada a partir de demanda prévia do 
próprio MEI, firmado por meio de contrato com assinatura 
autógrafa, observando-se que: (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
I - para a emissão de boletos de cobrança, os bancos 
públicos e privados deverão exigir das instituições sindicais 
e associativas autorização prévia específica a ser emitida 
pelo CGSIM; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
II - o desrespeito ao disposto neste parágrafo configurará 
vantagem ilícita pelo induzimento ao erro em prejuízo do 
MEI, aplicando-se as sanções previstas em lei. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
§ 6o Na ocorrência de fraude no registro 
do Microempreendedor Individual - 
MEI feito por terceiros, o pedido de baixa deve ser feito 
por meio exclusivamente eletrônico, 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
19 
154
6 
com efeitos retroativos à data de registro, na forma a ser 
regulamentada pelo CGSIM, não sendo 
aplicáveis os efeitos do § 1o do art. 29 desta Lei Complemen
tar. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
Art. 5o Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e 
fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, 
no âmbito de suas atribuições, deverão manter à disposição 
dos usuários, de forma presencial e pela rede mundial de 
computadores, informações, orientações e instrumentos, 
de forma integrada e consolidada, que permitam pesquisas 
prévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e baixa 
de empresários e pessoas jurídicas, de modo a prover ao 
usuário certeza quanto à documentação exigível e quanto à 
viabilidade do registro ou inscrição. 
Parágrafo único. As pesquisas prévias à elaboração de ato 
constitutivo ou de sua alteração deverão bastar a que o 
usuário seja informado pelos órgãos e entidades 
competentes: 
I - da descrição oficial do endereço de seu interesse e da 
possibilidade de exercício da atividade desejada no localescolhido; 
II - de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção 
de licenças de autorização de funcionamento, segundo a 
atividade pretendida, o porte, o grau de risco e a localização; 
e 
III - da possibilidade de uso do nome empresarial de seu 
interesse. 
Art. 6o Os requisitos de segurança sanitária, metrologia, 
controle ambiental e prevenção contra incêndios, para os 
fins de registro e legalização de empresários e pessoas 
jurídicas, deverão ser simplificados, racionalizados e 
uniformizados pelos órgãos envolvidos na abertura e 
fechamento de empresas, no âmbito de suas competências. 
§ 1o Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e 
fechamento de empresas que sejam responsáveis pela 
emissão de licenças e autorizações de 
funcionamento somente realizarão vistorias após o início de 
operação do estabelecimento, quando a atividade, por sua 
natureza, comportar grau de risco compatível com esse 
procedimento. 
§ 2o Os órgãos e entidades competentes definirão, em 6 
(seis) meses, contados da publicação desta Lei 
Complementar, as atividades cujo grau de risco seja 
considerado alto e que exigirão vistoria prévia. 
§ 3o Na falta de legislação estadual, distrital ou municipal 
específica relativa à definição do grau de risco da atividade 
aplicar-se-á resolução do CGSIM. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o A classificação de baixo grau de risco permite ao 
empresário ou à pessoa jurídica a obtenção do 
licenciamento de atividade mediante o simples 
fornecimento de dados e a substituição da comprovação 
prévia do cumprimento de exigências e restrições por 
declarações do titular ou responsável. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o O disposto neste artigo não é impeditivo da inscrição 
fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 7o Exceto nos casos em que o grau de risco da atividade 
seja considerado alto, os Municípios emitirão Alvará de 
Funcionamento Provisório, que permitirá o início de 
operação do estabelecimento imediatamente após o ato de 
registro. 
Parágrafo único. Nos casos referidos no caput deste artigo, 
poderá o Município conceder Alvará de Funcionamento 
Provisório para o microempreendedor individual, para 
microempresas e para empresas de pequeno porte: 
I - instaladas em área ou edificação desprovidas de 
regulação fundiária e imobiliária, inclusive habite-se; ou 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
II - em residência do microempreendedor individual ou do 
titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno 
porte, na hipótese em que a atividade não gere grande 
circulação de pessoas. 
Art. 8o Será assegurado aos empresários e pessoas 
jurídicas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
I - entrada única de dados e documentos; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
II - processo de registro e legalização integrado entre os 
órgãos e entes envolvidos, por meio de sistema 
informatizado que garanta: (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
a) sequenciamento das seguintes etapas: consulta prévia de 
nome empresarial e de viabilidade de localização, registro 
empresarial, inscrições fiscais e licenciamento de atividade; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
b) criação da base nacional cadastral única de empresas; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
III - identificação nacional cadastral única que 
corresponderá ao número de inscrição no Cadastro Nacional 
de Pessoas Jurídicas - CNPJ. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1o O sistema de que trata o inciso II do caput deve garantir 
aos órgãos e entidades integrados: (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
I - compartilhamento irrestrito dos dados da base nacional 
única de empresas; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
20 
154
6 
II - autonomia na definição das regras para comprovação do 
cumprimento de exigências nas respectivas etapas do 
processo. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 2o A identificação nacional cadastral única substituirá para 
todos os efeitos as demais inscrições, sejam elas federais, 
estaduais ou municipais, após a implantação do sistema a 
que se refere o inciso II do caput, no prazo e na forma 
estabelecidos pelo CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) 
§ 3o É vedado aos órgãos e entidades integrados ao sistema 
informatizado de que trata o inciso II do caput o 
estabelecimento de exigências não previstas em lei. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o A coordenação do desenvolvimento e da implantação 
do sistema de que trata o inciso II do caput ficará a cargo do 
CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 9o O registro dos atos constitutivos, de suas alterações 
e extinções (baixas), referentes a empresários e pessoas 
jurídicas em qualquer órgão dos 3 (três) âmbitos de governo 
ocorrerá independentemente da regularidade de 
obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, 
principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos 
sócios, dos administradores ou de empresas de que 
participem, sem prejuízo das responsabilidades do 
empresário, dos titulares, dos sócios ou dos administradores 
por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de 
extinção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
§ 1o O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos 
constitutivos de empresários, de sociedades empresárias e 
de demais equiparados que se enquadrarem como 
microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o 
arquivamento de suas alterações são dispensados das 
seguintes exigências: 
I - certidão de inexistência de condenação criminal, que será 
substituída por declaração do titular ou administrador, 
firmada sob as penas da lei, de não estar impedido de 
exercer atividade mercantil ou a administração de 
sociedade, em virtude de condenação criminal; 
II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito 
referente a tributo ou contribuição de qualquer natureza. 
§ 2o Não se aplica às microempresas e às empresas de 
pequeno porte o disposto no § 2o do art. 1o da Lei no 8.906, 
de 4 de julho de 1994. 
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 4o A baixa do empresário ou da pessoa jurídica não 
impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados 
tributos, contribuições e respectivas penalidades, 
decorrentes da falta do cumprimento de obrigações ou da 
prática comprovada e apurada em processo administrativo 
ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos 
empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus titulares, 
sócios ou administradores. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa 
jurídica importa responsabilidade solidária dos empresários, 
dos titulares, dos sócios e dos administradores no período 
da ocorrência dos respectivos fatos geradores. (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 6º Os órgãos referidos no caput deste artigo terão o prazo 
de 60 (sessenta) dias para efetivar a baixa nos respectivos 
cadastros. 
§ 7º Ultrapassado o prazo previsto no § 6º deste artigo sem 
manifestação do órgão competente, presumir-se-á a baixa 
dos registros das microempresas e a das empresas de 
pequeno porte. 
§ 8o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 9o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 11. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 12. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades 
envolvidos na abertura e fechamento de empresas,dos 3 
(três) âmbitos de governo: 
I - excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer 
documentos adicionais aos requeridos pelos órgãos 
executores do Registro Público de Empresas Mercantis e 
Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas; 
II - documento de propriedade ou contrato de locação do 
imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro 
estabelecimento, salvo para comprovação do endereço 
indicado; 
III - comprovação de regularidade de prepostos dos 
empresários ou pessoas jurídicas com seus órgãos de classe, 
sob qualquer forma, como requisito para deferimento de ato 
de inscrição, alteração ou baixa de empresa, bem como para 
autenticação de instrumento de escrituração. 
Art. 11. Fica vedada a instituição de qualquer tipo de 
exigência de natureza documental ou formal, restritiva ou 
condicionante, pelos órgãos envolvidos na abertura e 
fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo, 
que exceda o estrito limite dos requisitos pertinentes à 
essência do ato de registro, alteração ou baixa da empresa. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
21 
154
6 
CAPÍTULO IV 
DOS TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES 
SEÇÃOI 
DA INSTITUIÇÃO E ABRANGÊNCIA 
Art. 12. Fica instituído o Regime Especial Unificado de 
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples 
Nacional. 
Parágrafo único. (VETADO). (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, 
mediante documento único de arrecadação, dos seguintes 
impostos e contribuições: 
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado 
o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo; 
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade 
Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 
1o deste artigo; 
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no 
inciso XII do § 1o deste artigo; 
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a 
Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata 
o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no 
caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que 
se dedique às atividades de prestação de serviços referidas 
no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar; 
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; 
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
§ 1o O recolhimento na forma deste artigo não exclui a 
incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos 
na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos 
quais será observada a legislação aplicável às demais 
pessoas jurídicas: 
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, 
ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; 
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - 
II; 
III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de 
Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; 
IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; 
V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos 
líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; 
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital 
auferidos na alienação de bens do ativo permanente; 
VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou 
Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza 
Financeira - CPMF; 
VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço - FGTS; 
IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, 
relativa ao trabalhador; 
X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa 
do empresário, na qualidade de contribuinte individual; 
XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos 
efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas; 
XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes 
na importação de bens e serviços; 
XIII - ICMS devido: 
a) nas operações sujeitas ao regime de substituição 
tributária, tributação concentrada em uma única etapa 
(monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto com encerramento de tributação, 
envolvendo combustíveis e lubrificantes; energia elétrica; 
cigarros e outros produtos derivados do fumo; bebidas; 
óleos e azeites vegetais comestíveis; farinha de trigo e 
misturas de farinha de trigo; massas alimentícias; açúcares; 
produtos lácteos; carnes e suas preparações; preparações à 
base de cereais; chocolates; produtos de padaria e da 
indústria de bolachas e biscoitos; sorvetes e preparados para 
fabricação de sorvetes em máquinas; cafés e mates, seus 
extratos, essências e concentrados; preparações para 
molhos e molhos preparados; preparações de produtos 
vegetais; rações para animais domésticos; veículos 
automotivos e automotores, suas peças, componentes e 
acessórios; pneumáticos; câmaras de ar e protetores de 
borracha; medicamentos e outros produtos farmacêuticos 
para uso humano ou veterinário; cosméticos; produtos de 
perfumaria e de higiene pessoal; papéis; plásticos; canetas e 
malas; cimentos; cal e argamassas; produtos cerâmicos; 
vidros; obras de metal e plástico para construção; telhas e 
caixas d’água; tintas e vernizes; produtos eletrônicos, 
eletroeletrônicos e eletrodomésticos; fios; cabos e outros 
condutores; transformadores elétricos e reatores; 
disjuntores; interruptores e tomadas; isoladores; para-raios 
e lâmpadas; máquinas e aparelhos de ar-condicionado; 
centrifugadores de uso doméstico; aparelhos e 
instrumentos de pesagem de uso doméstico; extintores; 
aparelhos ou máquinas de barbear; máquinas de cortar o 
cabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar, com motor 
elétrico incorporado; aquecedores elétricos de água para 
uso doméstico e termômetros; ferramentas; álcool etílico; 
sabões em pó e líquidos para roupas; detergentes; 
alvejantes; esponjas; palhas de aço e amaciantes de roupas; 
venda de mercadorias pelo sistema porta a porta; nas 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
22 
154
6 
operações sujeitas ao regime de substituição tributária pelas 
operações anteriores; e nas prestações de serviços sujeitas 
aos regimes de substituição tributária e de antecipação de 
recolhimento do imposto com encerramento de tributação; 
(Redação dada pele Lei Complementar nº 147, de 2014) 
(Produção de efeito) 
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por 
força da legislação estadual ou distrital vigente; 
c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, 
de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando 
não destinados à comercialização ou industrialização; 
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro; 
e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria 
desacobertada de documento fiscal; 
f) na operação ou prestação desacobertada de documento 
fiscal; 
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao 
regime de antecipação do recolhimento do imposto, nas 
aquisições em outros Estados e Distrito Federal: 
1. com encerramento da tributação, observado o disposto 
no inciso IV do § 4º do art. 18 desta Lei Complementar; 
2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será 
cobrada a diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor; 
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de 
bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação 
do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a 
alíquota interna e a interestadual; 
XIV - ISS devido: 
a) em relação aos serviços sujeitosà substituição tributária 
ou retenção na fonte; 
b) na importação de serviços; 
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados nos 
incisos anteriores. 
§ 1o-A. Os valores repassados aos profissionais de que trata 
a Lei no 12.592, de 18 de janeiro de 2012, contratados por 
meio de parceria, nos termos da legislação civil, não 
integrarão a receita bruta da empresa contratante para fins 
de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o 
recolhimento dos tributos devidos pelo contratado. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 2o Observada a legislação aplicável, a incidência do 
imposto de renda na fonte, na hipótese do inciso V do § 
1o deste artigo, será definitiva. 
§ 3o As microempresas e empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional ficam dispensadas do 
pagamento das demais contribuições instituídas pela União, 
inclusive as contribuições para as entidades privadas de 
serviço social e de formação profissional vinculadas ao 
sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição 
Federal, e demais entidades de serviço social autônomo. 
§ 4o (VETADO). 
§ 5º A diferença entre a alíquota interna e a interestadual de 
que tratam as alíneas g e h do inciso XIII do § 1º deste artigo 
será calculada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis 
às pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional. 
§ 6º O Comitê Gestor do Simples Nacional: 
I - disciplinará a forma e as condições em que será atribuída 
à microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo 
Simples Nacional a qualidade de substituta tributária; e 
II - poderá disciplinar a forma e as condições em que será 
estabelecido o regime de antecipação do ICMS previsto na 
alínea g do inciso XIII do § 1º deste artigo. 
§ 7o O disposto na alínea a do inciso XIII do § 1o será 
disciplinado por convênio celebrado pelos Estados e pelo 
Distrito Federal, ouvidos o CGSN e os representantes dos 
segmentos econômicos envolvidos. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
§ 8o Em relação às bebidas não alcóolicas, massas 
alimentícias, produtos lácteos, carnes e suas preparações, 
preparações à base de cereais, chocolates, produtos de 
padaria e da indústria de bolachas e biscoitos, preparações 
para molhos e molhos preparados, preparações de produtos 
vegetais, telhas e outros produtos cerâmicos para 
construção e detergentes, aplica-se o disposto na 
alínea a do inciso XIII do § 1o aos fabricados em escala 
industrial relevante em cada segmento, observado o 
disposto no § 7o. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) (Produção de efeito) 
Art. 13-A. Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no 
Simples Nacional, o limite máximo de que trata o inciso II 
do caput do art. 3o será de R$ 3.600.000,00 (três milhões e 
seiscentos mil reais), observado o disposto nos §§ 11, 13, 14 
e 15 do mesmo artigo, nos §§ 17 e 17-A do art. 18 e no § 4o do 
art. 19. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
Art. 14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na 
fonte e na declaração de ajuste do beneficiário, os valores 
efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da 
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo 
Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pró-
labore, aluguéis ou serviços prestados. 
§ 1o A isenção de que trata o caput deste artigo fica limitada 
ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata 
o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
23 
154
6 
a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou 
da receita bruta total anual, tratando-se de declaração de 
ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples 
Nacional no período. 
§ 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica na hipótese 
de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e 
evidenciar lucro superior àquele limite. 
Art. 15. (VETADO). 
Art. 16. A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica 
enquadrada na condição de microempresa e empresa de 
pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em ato 
do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-
calendário. 
§ 1o Para efeito de enquadramento no Simples Nacional, 
considerar-se-á microempresa ou empresa de pequeno 
porte aquela cuja receita bruta no ano-calendário anterior 
ao da opção esteja compreendida dentro dos limites 
previstos no art. 3o desta Lei Complementar. 
§ 1º-A. A opção pelo Simples Nacional implica aceitação de 
sistema de comunicação eletrônica, destinado, dentre 
outras finalidades, a: 
I - cientificar o sujeito passivo de quaisquer tipos de atos 
administrativos, incluídos os relativos ao indeferimento de 
opção, à exclusão do regime e a ações fiscais; 
II - encaminhar notificações e intimações; e 
III - expedir avisos em geral. 
§ 1º-B. O sistema de comunicação eletrônica de que trata o 
§ 1o-A será regulamentado pelo CGSN, observando-se o 
seguinte: 
I - as comunicações serão feitas, por meio eletrônico, em 
portal próprio, dispensando-se a sua publicação no Diário 
Oficial e o envio por via postal; 
II - a comunicação feita na forma prevista no caput será 
considerada pessoal para todos os efeitos legais; 
III - a ciência por meio do sistema de que trata o § 1o-A com 
utilização de certificação digital ou de código de acesso 
possuirá os requisitos de validade; 
IV - considerar-se-á realizada a comunicação no dia em que 
o sujeito passivo efetivar a consulta eletrônica ao teor da 
comunicação; e 
V - na hipótese do inciso IV, nos casos em que a consulta se 
dê em dia não útil, a comunicação será considerada como 
realizada no primeiro dia útil seguinte. 
§ 1º-C. A consulta referida nos incisos IV e V do § 1º-B deverá 
ser feita em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data 
da disponibilização da comunicação no portal a que se refere 
o inciso I do § 1º-B, ou em prazo superior estipulado pelo 
CGSN, sob pena de ser considerada automaticamente 
realizada na data do término desse prazo. 
§ 1º-D. Enquanto não editada a regulamentação de que 
trata o § 1o-B, os entes federativos poderão utilizar sistemas 
de comunicação eletrônica, com regras próprias, para as 
finalidades previstas no § 1º-A, podendo a referida 
regulamentação prever a adoção desses sistemas como 
meios complementares de comunicação. 
§ 2o A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser 
realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, 
produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-
calendário da opção, ressalvado o disposto no § 3o deste 
artigo. 
§ 3o A opção produzirá efeitos a partir da data do início de 
atividade, desde que exercida nos termos, prazo e condições 
a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor a que se 
refere o caput deste artigo. 
§ 4o Serão consideradas inscritas no Simples Nacional, em 
1o de julho de 2007, as microempresas e empresas de 
pequeno porte regularmente optantes pelo regime 
tributário de que trata a Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 
1996, salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma 
vedação imposta por esta Lei Complementar. 
§ 5o O Comitê Gestor regulamentará a opção automática 
prevista no § 4o deste artigo. 
§ 6o O indeferimento da opção pelo Simples Nacional será 
formalizado mediante ato da Administração Tributária 
segundo regulamentação do Comitê Gestor. 
SEÇÃO II 
DAS VEDAÇÕES AO INGRESSO NO SIMPLES 
NACIONAL 
Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições 
na forma do Simples Nacional a microempresa ou empresa 
de pequeno porte: (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 167, de 2019) 
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua 
de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, 
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a 
receber,gerenciamento de ativos (asset management) ou 
compra de direitos creditórios resultantes de vendas 
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) ou 
que execute operações de empréstimo, de financiamento e 
de desconto de títulos de crédito, exclusivamente com 
recursos próprios, tendo como contrapartes 
microempreendedores individuais, microempresas e 
empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de 
empresa simples de crédito; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; 
III - de cujo capital participe entidade da administração 
pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; 
IV - (REVOGADO) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
24 
154
6 
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro 
Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, 
Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja 
suspensa; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e 
interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade 
fluvial ou quando possuir características de transporte 
urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento 
contínuo em área metropolitana para o transporte de 
estudantes ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou 
comercializadora de energia elétrica; 
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de 
automóveis e motocicletas; 
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; 
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado 
de: 
a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas 
de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; 
b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
1 - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; 
2. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos 
concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de 
bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 
(dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; 
3. (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
4 - cervejas sem álcool; 
c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou ven
didas no atacado por: (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
1. micro e pequenas cervejarias; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
2. micro e pequenas vinícolas; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
3. produtores de licores; (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
4. micro e pequenas destilarias; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
XI - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
XIII - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de 
imóveis. 
XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, 
exceto quando se referir a prestação de serviços tributados 
pelo ISS. 
XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em 
cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando 
exigível. 
§ 1º As vedações relativas a exercício de atividades previstas 
no caput deste artigo não se aplicam às pessoas jurídicas 
que se dediquem exclusivamente às atividades referidas 
nos §§ 5o-B a 5o-E do art. 18 desta Lei Complementar, ou as 
exerçam em conjunto com outras atividades que não 
tenham sido objeto de vedação no caput deste artigo. 
I - (REVOGADO) 
II - (REVOGADO) 
III - (REVOGADO) 
IV - (REVOGADO) 
V - (REVOGADO) 
VI - (REVOGADO) 
VII - (REVOGADO) 
VIII - (REVOGADO) 
IX - (REVOGADO) 
X - (REVOGADO) 
XI - (REVOGADO) 
XII - (REVOGADO) 
XIII - (REVOGADO) 
XIV - (REVOGADO) 
XV - (REVOGADO) 
XVI - (REVOGADO) 
XVII - (REVOGADO) 
XVIII - (REVOGADO) 
XIX - (REVOGADO) 
XX - (REVOGADO) 
XXI - (REVOGADO) 
XXII - (VETADO); 
XXIII - (REVOGADO) 
XXIV - (REVOGADO) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
25 
154
6 
XXV - (REVOGADO) 
XXVI - (REVOGADO) 
XXVII - (REVOGADO) 
XXVIII - (VETADO). 
§ 2o Também poderá optar pelo Simples Nacional a 
microempresa ou empresa de pequeno porte que se 
dedique à prestação de outros serviços que não tenham sido 
objeto de vedação expressa neste artigo, desde que não 
incorra em nenhuma das hipóteses de vedação previstas 
nesta Lei Complementar. 
§ 3o (VETADO). 
§ 4º Na hipótese do inciso XVI do caput, deverá ser 
observado, para o MEI, o disposto no art. 4o desta Lei 
Complementar. 
§ 5o As empresas que exerçam as atividades previstas no
s itens da 
alínea c do inciso X do caput deste artigo deverão obrigato
riamente ser registradas no Ministério da Agricultura, 
Pecuária e 
Abastecimento e obedecerão também à regulamentação 
da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil quanto à produção e à comercialização 
de bebidas alcoólicas. (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
SEÇÃO III 
DAS ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO 
Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa 
ou empresa 
de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será 
determinado mediante aplicação das alíquotas 
efetivas, calculadas a 
partir das alíquotas nominais constantes 
das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, 
sobre a base de cálculo de que trata o § 3o deste artigo, ob
servado o disposto no § 15 do art. 3o. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1o Para efeito de determinação da alíquota nominal, o s
ujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada 
nos doze meses anteriores ao do período de apuração. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
§ 1o A. A alíquota efetiva é o resultado de: 
RBT12xAliq-PD, em que: 
 RBT12 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anterio
res ao período de apuração; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
II - Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V de
sta Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
III - PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V de
sta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1o-
B. Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculado
s a partir da alíquota efetiva, multiplicada 
pelo percentual de repartição 
constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar, 
observando-se que: (Incluído pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016) Produção de efeito 
I - o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5% 
(cinco por cento), transferindo-se eventual 
diferença, de forma proporcional, 
aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
II - eventual diferença centesimal entre o total dos percent
uais e a 
alíquota efetiva será transferida para o tributo com maio
r percentual 
de repartição na respectiva faixa de receita bruta. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1o-C. Na hipótese de transformação, 
extinção, fusão ou sucessão 
dos tributos referidos nos incisos IV e V do art. 13, serão m
antidas as 
alíquotas nominais e efetivas previstas neste artigo e nos 
Anexos I a V 
desta Lei Complementar,e lei ordinária disporá sobre a rep
artição dos 
valores arrecadados para os tributos federais, sem altera
ção no total dos percentuais de 
repartição a eles devidos, e mantidos os percentuais 
de repartição destinados ao ICMS e ao ISS. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 2o Em caso de início de atividade, 
os valores de receita bruta 
acumulada constantes dos Anexos I a V 
desta Lei Complementar 
devem ser proporcionalizados ao número de meses de ati
vidade no período. (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 3o Sobre a receita bruta auferida no mês 
incidirá a alíquota efetiva 
determinada na forma do caput e dos §§ 1o, 1o-
A e 2o deste artigo, podendo tal incidência se dar, à 
opção do contribuinte, na forma 
regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita 
recebida no mês, sendo essa opção irretratável para todo o 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
26 
154
6 
ano-calendário. (Redação dada pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
§ 4o O contribuinte deverá considerar, destacadamente, 
para fim de pagamento, as receitas decorrentes da: 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
I - revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma 
do Anexo I desta Lei Complementar; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
II - venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte, 
que serão tributadas na forma do Anexo II desta Lei 
Complementar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
III - prestação de serviços de que trata o § 5o-B deste artigo e 
dos serviços vinculados à locação de bens imóveis e 
corretagem de imóveis desde que observado o disposto no 
inciso XV do art. 17, que serão tributados na forma do Anexo 
III desta Lei Complementar; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
IV - prestação de serviços de que tratam os §§ 5o-C a 5o-F e 
5o-I deste artigo, que serão tributadas na forma prevista 
naqueles parágrafos; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
V - locação de bens móveis, que serão tributadas na forma 
do Anexo III desta Lei Complementar, deduzida a parcela 
correspondente ao ISS; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
VI - atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, que 
serão tributadas na forma do Anexo II desta Lei 
Complementar, deduzida a parcela correspondente ao 
ICMS e acrescida a parcela correspondente ao ISS prevista 
no Anexo III desta Lei Complementar; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
VII - comercialização de medicamentos e produtos 
magistrais produzidos por manipulação de fórmulas: 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
a) sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em 
caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais 
habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no 
próprio estabelecimento após o atendimento inicial, que 
serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei 
Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
b) nos demais casos, quando serão tributadas na forma do 
Anexo I desta Lei Complementar. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o-A. O contribuinte deverá segregar, também, as 
receitas: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
I - decorrentes de operações ou prestações sujeitas à 
tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), 
bem como, em relação ao ICMS, que o imposto já tenha sido 
recolhido por substituto tributário ou por antecipação 
tributária com encerramento de tributação; (Incluído pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
II - sobre as quais houve retenção de ISS na forma do § 
6o deste artigo e § 4o do art. 21 desta Lei Complementar, ou, 
na hipótese do § 22-A deste artigo, seja devido em valor fixo 
ao respectivo município; (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
III - sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido 
objeto de isenção ou redução de ISS ou de ICMS na forma 
prevista nesta Lei Complementar; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
IV - decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as 
vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da 
sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta 
Lei Complementar; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
V - sobre as quais o ISS seja devido a Município diverso do 
estabelecimento prestador, quando será recolhido no 
Simples Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
§ 5º As atividades industriais serão tributadas na forma 
do Anexo II desta Lei Complementar.. 
I - (REVOGADO) 
II - (REVOGADO) 
III - (REVOGADO) 
IV - (REVOGADO) 
V - (REVOGADO) 
VI - (REVOGADO) 
VII - (REVOGADO). 
§ 5o-A. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
§ 5º-B Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta 
Lei Complementar, serão tributadas na forma do Anexo 
III desta Lei Complementar as seguintes atividades de 
prestação de serviços: 
I - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino 
fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino 
médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de 
pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e 
escolas livres, exceto as previstas nos incisos II e III do § 
5º-D deste artigo; 
II - agência terceirizada de correios; 
III - agência de viagem e turismo; 
IV - centro de formação de condutores de veículos 
automotores de transporte terrestre de passageiros e de 
carga; 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
27 
154
6 
V - agência lotérica; 
VI - (REVOGADO) 
VII - (REVOGADO) 
VIII - (REVOGADO) 
IX - serviços de instalação, de reparos e de manutenção 
em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e 
revestimento em metais; 
X - (REVOGADO) 
XI - (REVOGADO) 
XII - (REVOGADO) 
XIII - transporte municipal de passageiros; 
XIV - escritórios de serviços contábeis, observado o 
disposto nos §§ 22-B e 22-C deste artigo. 
XV - produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e 
culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de 
música, literatura, artes cênicas, artes visuais, 
cinematográficas e audiovisuais. 
XVI - fisioterapia; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
XVII - corretagem de seguros. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
XVIII - arquitetura e urbanismo; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
XIX - medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
XX - odontologia e prótese dentária; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
XXI - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, 
acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição 
e de vacinação e bancos de leite. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 5º-C Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta 
Lei Complementar, as atividades de prestação de serviços 
seguintes serão tributadas na forma do Anexo IV desta 
Lei Complementar, hipótese em que não estará incluída 
no Simples Nacional a contribuição prevista no inciso VI 
do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela 
ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais 
contribuintes ou responsáveis: 
I - construção de imóveis e obras de engenharia em geral, 
inclusive sob a forma de subempreitada, execução de 
projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de 
interiores; 
II - (REVOGADO) 
III - (REVOGADO) 
IV - (REVOGADO) 
V - (REVOGADO) 
VI - serviço de vigilância, limpeza ou conservação. 
VII - serviços advocatícios. (Incluído pela Lei Complementarnº 147, de 2014) 
§ 5o-D. Sem prejuízo do disposto 
no § 1o do art. 17 desta Lei Complementar, 
as seguintes atividades de prestação de serviços serão 
tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar: 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
I - administração e locação de imóveis de terceiros; 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
(Produção de efeito) 
II - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes 
marciais; 
III - academias de atividades físicas, desportivas, de 
natação e escolas de esportes; 
IV - elaboração de programas de computadores, inclusive 
jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em 
estabelecimento do optante; 
V - licenciamento ou cessão de direito de uso de 
programas de computação; 
VI - planejamento, confecção, manutenção e atualização 
de páginas eletrônicas, desde que realizados em 
estabelecimento do optante; 
VII - (REVOGADO) 
VIII - (REVOGADO) 
IX - empresas montadoras de estandes para feiras; 
X - (REVOGADO) 
XI - (REVOGADO) 
XII - laboratórios de análises clínicas ou de patologia 
clínica; 
XIII - serviços de tomografia, diagnósticos médicos por 
imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como 
ressonância magnética; 
XIV - serviços de prótese em geral. 
§ 5o-E. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 17 desta Lei 
Complementar, as atividades de prestação de serviços de 
comunicação e de transportes interestadual e 
intermunicipal de cargas, e de transportes autorizados no 
inciso VI do caput do art. 17, inclusive na modalidade fluvial, 
serão tributadas na forma do Anexo III, deduzida a parcela 
correspondente ao ISS e acrescida a parcela correspondente 
ao ICMS prevista no Anexo I. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o-F. As atividades de prestação de serviços referidas 
no § 2o do 
art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma d
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
28 
154
6 
o Anexo 
III desta Lei Complementar, salvo se, para alguma dessas at
ividades, 
houver previsão expressa de tributação na forma dos Anex
os IV ou V desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 5o-G. (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
§ 5o-H. A vedação de que trata o inciso XII do caput do art. 
17 desta Lei Complementar não se aplica às atividades 
referidas no § 5o-C deste artigo. 
§ 5o-I. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 17 desta Lei 
Complementar, 
as seguintes atividades de prestação de serviços serão 
tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar: 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
I - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
II - medicina veterinária; (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
III (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
V - serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e 
de interpretação; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) (Produção de efeito) 
VI - engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, 
geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas,
 pesquisa, design, desenho e agronomia; (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
VII - representação comercial e demais atividades de 
intermediação de negócios e serviços de terceiros; (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de 
efeito) 
VIII - perícia, leilão e avaliação; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
IX - auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, 
controle e administração; (Incluído pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
X - jornalismo e publicidade; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
XI - agenciamento, exceto de mão de obra; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
XII - outras atividades do setor de 
serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços 
decorrentes do exercício de 
atividade intelectual, de natureza técnica, científica, 
desportiva, 
artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada 
ou não, 
desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III 
ou IV desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 5o-J. As atividades de prestação de serviços a que se 
refere o § 5o-
I serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complem
entar caso 
a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa 
jurídica seja igual ou superior a 28% (vinte e oito por cento). 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 5o-K. Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5o-
J e 5o-M, serão considerados, respectivamente, 
os montantes pagos e auferidos 
nos doze meses anteriores ao período de apuração para fin
s de 
enquadramento no regime tributário do Simples Nacional. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 5o-L. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016)Produção de efeito 
§ 5o-M. Quando 
a relação entre a folha de salários e a receita bruta 
da microempresa ou da empresa de pequeno porte for infer
ior a 28% 
(vinte e oito por cento), serão tributadas na forma do Anex
o V desta Lei Complementar as atividades previstas: 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
I - nos incisos XVI, XVIII, XIX, XX e XXI do § 5o-
B deste artigo; (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016)Produção de efeito 
II - no § 5o-D deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar 
nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 6o No caso dos serviços previstos no § 2o do art. 6o da Lei 
Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, prestados 
pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte, o 
tomador do serviço deverá reter o montante 
correspondente na forma da legislação do município onde 
estiver localizado, observado o disposto no §4o do art. 21 
desta Lei Complementar. 
§ 7o A sociedade de propósito específico de que trata o art. 
56 desta Lei Complementar que houver adquirido 
mercadorias de microempresa ou empresa de pequeno 
porte que seja sua sócia, bem como a empresa comercial 
exportadora que houver adquirido mercadorias ou serviços 
de empresa optante pelo Simples Nacional, com o fim 
específico de exportação para o exterior, que, no prazo de 
180 (cento e oitenta) dias, contado da data da emissão da 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
29 
154
6 
nota fiscal pela vendedora, não comprovar o seu embarque 
para o exterior ficará sujeita ao pagamento de todos os 
impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela 
empresa vendedora, acrescidos de juros de mora e multa, de 
mora ou de ofício, calculados na forma da legislação relativa 
à cobrança do tributo não pago, aplicável à sociedade de 
propósito específico ou à própria comercial exportadora. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
(Produção de efeito) 
§ 8o Para efeito do disposto no § 7o deste artigo, considera-
se vencido o prazo para o pagamento na data em que a 
empresa vendedora deveria fazê-lo, caso a venda houvesse 
sido efetuada para o mercado interno. 
§ 9o Relativamente à contribuição patronal previdenciária, 
devida pela vendedora, a sociedade de propósito específico 
de que trata o art. 56 desta Lei Complementar ou a 
comercial exportadora deverão recolher, no prazo previsto 
no § 8o deste artigo, o valor correspondente a 11% (onze por 
cento) do valor das mercadorias não exportadas nos termos 
do §7o deste artigo. 
§ 10. Na hipótese do § 7o deste artigo, a sociedade de 
propósito específico de que trata o art. 56 desta Lei 
Complementar ou a empresa comercial exportadora não 
poderão deduzir do montante devido qualquer valor a título 
de crédito de Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 
da Contribuição para o PIS/PASEP ou da COFINS, 
decorrente da aquisição das mercadorias e serviços objeto 
da incidência. 
§ 11. Na hipótese do § 7o deste artigo, a sociedade de 
propósito específico ou a empresa comercial exportadora 
deverão pagar, também, os impostos e contribuições 
devidos nas vendas para o mercado interno, caso, por 
qualquer forma, tenham alienado ou utilizado as 
mercadorias. 
§ 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a 
cada tributo, para o contribuinte que apure receitas 
mencionadas nos incisos I a III e V do § 4o-A deste artigo, 
serão consideradas as reduções relativas aos tributos já 
recolhidos, ou sobre os quais tenha havido tributação 
monofásica, isenção, redução ou, no caso do ISS, que o valor 
tenha sido objeto de retenção ou seja devido diretamente 
ao Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
§ 13. Para efeito de determinação 
da redução de que trata o § 12 deste artigo, 
as receitas serão discriminadas em comerciais, industriais 
ou de prestação de serviços, na forma dos Anexos I, II, III, IV
 e V desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 14. A redução no montante 
a ser recolhido no Simples Nacional 
relativo aos valores das receitas decorrentes da exportação 
de que trata o inciso IV do § 4o-
A deste artigo corresponderá tão somente às 
alíquotas efetivas relativas à Cofins, à Contribuição para o P
IS/Pasep, 
ao IPI, ao ICMS e ao ISS, apuradas com base nos Anexos I a 
V desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
II - (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
§ 15. Será disponibilizado sistema eletrônico para realização 
do cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao 
Simples Nacional. 
§ 15-A. As informações prestadas no sistema eletrônico de 
cálculo de que trata o § 15: 
I - têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida 
e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos 
e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes 
das informações nele prestadas; e 
II - deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita Federal do 
Brasil até o vencimento do prazo para pagamento dos 
tributos devidos no Simples Nacional em cada mês, 
relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês 
anterior. 
§ 16. Na hipótese 
do § 12 do art. 3o, a parcela de receita bruta que 
exceder o montante determinado no § 10 daquele artigo es
tará sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a 
V desta Lei 
Complementar, proporcionalmente, conforme o caso. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
§ 16-A. O disposto no § 16 aplica-se, ainda, às hipóteses de 
que trata o § 9o do art. 3o, a partir do mês em que ocorrer o 
excesso do limite da receita bruta anual e até o mês anterior 
aos efeitos da exclusão. 
§ 17. Na hipótese 
do § 13 do art. 3o, a parcela de receita bruta que exceder os 
montantes determinados no § 11 daquele artigo estará 
sujeita, em relação aos percentuais 
aplicáveis ao ICMS e ao ISS, às alíquotas 
máximas correspondentes a essas faixas previstas nos 
Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente, 
conforme o caso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
§ 17-A. O disposto no § 17 aplica-se, ainda, à hipótese de que 
trata o § 1o do art. 20, a partir do mês em que ocorrer o 
excesso do limite da receita bruta anual e até o mês anterior 
aos efeitos do impedimento. 
§ 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no 
âmbito das respectivas competências, poderão estabelecer, 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
30 
154
6 
na forma definida pelo Comitê Gestor, independentemente 
da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores 
fixos mensais para o recolhimento do ICMS e do ISS devido 
por microempresa que aufira receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até o limite máximo previsto na 
segunda faixa de receitas brutas anuais constantes dos 
Anexos I a VI, ficando a microempresa sujeita a esses valores 
durante todo o ano-calendário, ressalvado o disposto no § 
18-A. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) (Produção de efeito) 
§ 18-A. A microempresa que, no ano-calendário, exceder o 
limite de receita bruta previsto no § 18 fica impedida de 
recolher o ICMS ou o ISS pela sistemática de valor fixo, a 
partir do mês subsequente à ocorrência do excesso, 
sujeitando-se à apuração desses tributos na forma das 
demais empresas optantes pelo Simples Nacional. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de 
efeito) 
§ 19. Os valores estabelecidos no § 18 deste artigo não 
poderão exceder a 50% (cinqüenta por cento) do maior 
recolhimento possível do tributo para a faixa de 
enquadramento prevista na tabela do caput deste artigo, 
respeitados os acréscimos decorrentes do tipo de atividade 
da empresa estabelecidos no § 5o deste artigo. 
§ 20. Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito 
Federal concedam isenção ou redução do ICMS ou do ISS 
devido por microempresa ou empresa de pequeno porte, ou 
ainda determine recolhimento de valor fixo para esses 
tributos, na forma do § 18 deste artigo, será realizada 
redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na 
forma definida em resolução do Comitê Gestor. 
§ 20-A. A concessão dos benefícios de que trata o § 20 deste 
artigo poderá ser realizada: 
I - mediante deliberação exclusiva e unilateral do Estado, do 
Distrito Federal ou do Município concedente; 
II - de modo diferenciado para cada ramo de atividade. 
§ 20-B. A União, os Estados e o Distrito Federal poderão, em 
lei específica destinada à ME ou EPP optante pelo Simples 
Nacional, estabelecer isenção ou redução de COFINS, 
Contribuição para o PIS/PASEP e ICMS para produtos da 
cesta básica, discriminando a abrangência da sua 
concessão. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 21. O valor a ser recolhido na forma do disposto no § 20 
deste artigo, exclusivamente na hipótese de isenção, não 
integrará o montante a ser partilhado com o respectivo 
Município, Estado ou Distrito Federal. 
§ 22. (REVOGADO) 
§ 22-A. A atividade constante do inciso XIV do § 5º-B deste 
artigo recolherá o ISS em valor fixo, na forma da legislação 
municipal. 
§ 22-B. Os escritórios de serviços contábeis, 
individualmente ou por meio de suas entidades 
representativas de classe, deverão: 
I – promover atendimento gratuito relativo à inscrição, à 
opção de que trata o art. 18-A desta Lei Complementar e à 
primeira declaração anual simplificada 
da microempresa individual, podendo, para tanto, por 
meio de suas entidades representativas de classe, firmar 
convênios e acordos com a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, por intermédio dos seus órgãos 
vinculados; 
II – fornecer, na forma estabelecida pelo Comitê Gestor, 
resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas relativas 
às microempresas e empresas de pequeno porte optantes 
pelo Simples Nacional por eles atendidas; 
III – promover eventos de orientação fiscal, contábil e 
tributária para as microempresas e empresas de pequeno 
porte optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas. 
§ 22-C. Na hipótese de descumprimento das obrigações de 
que trata o § 22-B deste artigo, o escritório será excluído do 
Simples Nacional, com efeitos a partir domês subseqüente 
ao do descumprimento, na forma regulamentada pelo 
Comitê Gestor. 
§ 23. Da base de cálculo do ISS será abatido o material 
fornecido pelo prestador dos serviços previstos nos itens 
7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa à Lei Complementar 
no 116, de 31 de julho de 2003. 
§ 24. Para efeito de aplicação do § 5o-K, considera-se folha 
de salários, incluídos encargos, o montante 
pago, nos doze meses 
anteriores ao período de apuração, a título de remuneraçõ
es 
a pessoas físicas decorrentes do trabalho, acrescido do mo
ntante efetivamente 
recolhido a título de contribuição patronal previdenciária 
e FGTS, incluídas as retiradas de pró-labore. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 25. Para efeito do disposto no § 24 deste artigo, deverão 
ser consideradas tão somente as remunerações informadas 
na forma prevista no inciso IV do caput do art. 32 da Lei 
no 8.212, de 24 de julho de 1991. 
§ 26. Não são considerados, para efeito do disposto no § 24, 
valores pagos a título de aluguéis e de distribuição de lucros, 
observado o disposto no § 1o do art. 14. 
§ 27. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016) Produção de efeito 
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá 
optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições 
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, 
independentemente da receita bruta por ele auferida no 
mês, na forma prevista neste artigo. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
31 
154
6 
§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-
se MEI o empresário individual 
que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor 
que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, 
que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 81.000,00 
(oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nac
ional e que não esteja impedido de 
optar pela sistemática prevista neste artigo. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 2o No caso de 
início de atividades, o limite de que trata o § 1o será 
de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos 
e cinquenta reais) multiplicados 
pelo número de meses compreendido entre o início da a
tividade e o final do respectivo ano-
calendário, consideradas as frações de meses 
como um mês inteiro. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 3º Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento 
prevista no caput deste artigo: 
I – não se aplica o disposto no § 18 do art. 18 desta Lei 
Complementar; 
II – não se aplica a redução prevista no § 20 do art. 18 desta 
Lei Complementar ou qualquer dedução na base de cálculo; 
III - não se aplicam as isenções específicas para as 
microempresas e empresas de pequeno porte concedidas 
pelo Estado, Município ou Distrito Federal a partir de 1o de 
julho de 2007 que abranjam integralmente a faixa de receita 
bruta anual até o limite previsto no § 1º; 
IV – a opção pelo enquadramento como 
Microempreendedor Individual importa opção pelo 
recolhimento da contribuição referida no inciso X do § 1o do 
art. 13 desta Lei Complementar na forma prevista no § 2º do 
art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; 
V – o MEI, com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 
81.000,00 (oitenta e um mil reais), recolherá, na forma reg
ulamentada 
pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente 
à soma das seguintes parcelas: (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco 
centavos), a título da contribuição prevista no inciso IV 
deste parágrafo; 
b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII 
do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja 
contribuinte do ICMS; e 
c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso 
VIII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja 
contribuinte do ISS; 
VI – sem prejuízo do disposto nos §§ 1o a 3o do art. 13, o MEI 
terá isenção dos tributos referidos nos incisos I a VI 
do caput daquele artigo, ressalvado o disposto no art. 18-C. 
§ 4o Não poderá optar pela sistemática de recolhimento 
prevista no caput deste artigo o MEI: 
I - cuja atividade seja tributada na forma dos Anexos V ou VI 
desta Lei Complementar, salvo autorização relativa a 
exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo 
CGSN; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) (Produção de efeito) 
II - que possua mais de um estabelecimento; 
III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou 
administrador; ou 
IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
V - constituído na forma de startup. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
§ 4º-A. Observadas as demais condições deste artigo, 
poderá optar pela sistemática de recolhimento prevista 
no caput o empresário individual que exerça atividade de 
comercialização e processamento de produtos de natureza 
extrativista. 
§ 4º-B. O CGSN determinará as atividades autorizadas a 
optar pela sistemática de recolhimento de que trata este 
artigo, de forma a evitar a fragilização das relações de 
trabalho, bem como sobre a incidência do ICMS e do ISS. 
§ 5º A opção de que trata o caput deste artigo dar-se-á na 
forma a ser estabelecida em ato do Comitê Gestor, 
observando-se que: 
I - será irretratável para todo o ano-calendário; 
II - deverá ser realizada no início do ano-calendário, na forma 
disciplinada pelo Comitê Gestor, produzindo efeitos a partir 
do primeiro dia do ano-calendário da opção, ressalvado o 
disposto no inciso III; 
III - produzirá efeitos a partir da data do início de atividade 
desde que exercida nos termos, prazo e condições a serem 
estabelecidos em ato do Comitê Gestor a que se refere 
o caput deste parágrafo. 
§ 6º O desenquadramento da sistemática de que trata 
o caput deste artigo será realizado de ofício ou mediante 
comunicação do MEI. 
§ 7º O desenquadramento mediante comunicação do MEI à 
Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB dar-se-á: 
I - por opção, que deverá ser efetuada no início do ano-
calendário, na forma disciplinada pelo Comitê Gestor, 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
32 
154
6 
produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-
calendário da comunicação; 
II - obrigatoriamente, quando o MEI incorrer em alguma das 
situações previstas no § 4º deste artigo, devendo a 
comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês 
subseqüente àquele em que ocorrida a situação de vedação, 
produzindo efeitos a partir do mês subseqüente ao da 
ocorrência da situação impeditiva; 
III - obrigatoriamente, quando o MEI exceder, no ano-
calendário, o limite de receita bruta previsto no § 1º deste 
artigo, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia 
útil do mês subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, 
produzindo efeitos: 
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao 
da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter 
ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por 
cento); 
b) retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da 
ocorrência do excesso, na hipótese de ter ultrapassado o 
referido limite em mais de 20% (vinte por cento); 
IV - obrigatoriamente, quando o MEI exceder o limite de 
receita bruta previsto no § 2º deste artigo, devendo a 
comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês 
subseqüente àquele em que ocorrido o excesso, produzindo 
efeitos: 
a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao 
da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter 
ultrapassado o referidolimite em mais de 20% (vinte por 
cento); 
b) retroativamente ao início de atividade, na hipótese de ter 
ultrapassado o referido limite em mais de 20% (vinte por 
cento). 
§ 8º O desenquadramento de ofício dar-se-á quando 
verificada a falta de comunicação de que trata o § 7º deste 
artigo. 
§ 9º O Empresário Individual desenquadrado da sistemática 
de recolhimento prevista no caput deste artigo passará a 
recolher os tributos devidos pela regra geral do Simples 
Nacional a partir da data de início dos efeitos do 
desenquadramento, ressalvado o disposto no § 10 deste 
artigo. 
§ 10. Nas hipóteses previstas nas alíneas a dos incisos III e IV 
do § 7º deste artigo, o MEI deverá recolher a diferença, sem 
acréscimos, em parcela única, juntamente com a da 
apuração do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente 
ao do excesso, na forma a ser estabelecida em ato do 
Comitê Gestor. 
§ 11. O valor referido na alínea a do inciso V do § 3o deste 
artigo será reajustado, na forma prevista em lei ordinária, na 
mesma data de reajustamento dos benefícios de que trata 
a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, de forma a manter 
equivalência com a contribuição de que trata o § 2º do art. 
21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 
§ 12. Aplica-se ao MEI que tenha optado pela contribuição 
na forma do § 1o deste artigo o disposto no § 4º do art. 55 e 
no § 2º do art. 94, ambos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 
1991, exceto se optar pela complementação da contribuição 
previdenciária a que se refere o § 3o do art. 21 da Lei no 8.212, 
de 24 de julho de 1991. 
§ 13. O MEI está dispensado, ressalvado o disposto no art. 
18-C desta Lei Complementar, de: 
I - atender o disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei 
no 8.212, de 24 de julho de 1991; 
II - apresentar a Relação Anual de Informações Sociais (Rais); 
e 
III - declarar ausência de fato gerador para a Caixa 
Econômica Federal para emissão da Certidão de 
Regularidade Fiscal perante o FGTS. 
§ 14. O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo. 
§ 15. A inadimplência do recolhimento do valor previsto na 
alínea “a” do inciso V do § 3o tem como consequência a não 
contagem da competência em atraso para fins de carência 
para obtenção dos benefícios previdenciários respectivos. 
§ 15-A. Ficam autorizados os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios a promover a remissão dos débitos decorrentes 
dos valores previstos nas alíneas b e c do inciso V do § 3o, 
inadimplidos isolada ou simultaneamente. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 15-B. O MEI poderá ter sua inscrição automaticamente 
cancelada após período de 12 (doze) meses consecutivos 
sem recolhimento ou declarações, independentemente de 
qualquer notificação, devendo a informação ser publicada 
no Portal do Empreendedor, na forma regulamentada pelo 
CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 16. O CGSN estabelecerá, para o MEI, critérios, 
procedimentos, prazos e efeitos diferenciados para 
desenquadramento da sistemática de que trata este artigo, 
cobrança, inscrição em dívida ativa e exclusão do Simples 
Nacional. 
§ 16-A A baixa do MEI via portal eletrônico dispensa a 
comunicação aos órgãos da administração pública. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 17. A alteração de dados no CNPJ informada pelo 
empresário à Secretaria da Receita Federal do Brasil 
equivalerá à comunicação obrigatória de 
desenquadramento da sistemática de recolhimento de que 
trata este artigo, nas seguintes hipóteses: 
I - alteração para natureza jurídica distinta de empresário 
individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 
de janeiro de 2002 (Código Civil); 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
33 
154
6 
II - inclusão de atividade econômica não autorizada pelo 
CGSN; 
III - abertura de filial. 
§ 18. Os Municípios somente poderão realizar o 
cancelamento da inscrição do MEI caso tenham 
regulamentação própria de classificação de risco e o 
respectivo processo simplificado de inscrição e legalização, 
em conformidade com esta Lei Complementar e com as 
resoluções do CGSIM. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 19. Fica vedada aos conselhos representativos de 
categorias econômicas a exigência de obrigações diversas 
das estipuladas nesta Lei Complementar para inscrição do 
MEI em seus quadros, sob pena de responsabilidade. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 19-
A O MEI inscrito no conselho profissional de sua catego
ria na qualidade 
de pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição 
no mesmo conselho na qualidade de empresário individual. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 19-
B. São vedadas aos conselhos profissionais, sob pena de 
responsabilidade, 
a exigência de inscrição e a execução de qualquer 
tipo de ação fiscalizadora quando a 
ocupação do MEI não exigir registro profissional da 
pessoa física. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
§ 20. Os documentos fiscais das microempresas e empresas 
de pequeno porte poderão ser emitidos diretamente por 
sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos 
para o empreendedor, na forma regulamentada pelo 
Comitê Gestor do Simples Nacional. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 21. Assegurar-se-á o registro nos cadastros oficiais ao guia 
de turismo inscrito como MEI. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 22. Fica vedado às concessionárias de serviço público o 
aumento das tarifas pagas pelo MEI por conta da 
modificação da sua condição de pessoa física para pessoa 
jurídica. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 23. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
§ 24. Aplica-se ao MEI o disposto no inciso XI do § 4o do art. 
3o. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 25. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do 
estabelecimento, quando não for indispensável a existência 
de local próprio para o exercício da atividade. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 154, de 2016) 
Art. 18-B. A empresa contratante de serviços executados 
por intermédio do MEI mantém, em relação a esta 
contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da 
contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § 1o do 
art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, e o 
cumprimento das obrigações acessórias relativas à 
contratação de contribuinte individual. (Vide Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1o Aplica-se o disposto neste artigo exclusivamente em 
relação ao MEI que for contratado para prestar serviços de 
hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de 
manutenção ou reparo de veículos. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 2º O disposto no caput e no § 1o não se aplica quando 
presentes os elementos da relação de emprego, ficando a 
contratante sujeita a todas as obrigações dela decorrentes, 
inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias. 
Art. 18-C. Observado o disposto 
no caput e nos §§ 1o a 25 do art. 18-A 
desta Lei Complementar, poderá enquadrar-se como MEI 
o 
empresário individual ou o empreendedor que exerça as at
ividades de 
industrialização, comercialização e prestação de serviços
 no âmbito 
rural que possua um único empregado que receba exclusiv
amente um 
salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
§ 1º Na hipótese referida no caput, o MEI: 
I - deverá reter e recolher a contribuição previdenciária 
relativa ao segurado a seu serviço na forma da lei, 
observados prazo e condições estabelecidos pelo CGSN; 
II - é obrigado a prestar informações relativas ao segurado a 
seu serviço, na forma estabelecida pelo CGSN; e 
III - está sujeito ao recolhimento da contribuiçãode que trata 
o inciso VI do caput do art. 13, calculada à alíquota de 3% (três 
por cento) sobre o salário de contribuição previsto no caput, na 
forma e prazos estabelecidos pelo CGSN. 
§ 2º Para os casos de afastamento legal do único 
empregado do MEI, será permitida a contratação de outro 
empregado, inclusive por prazo determinado, até que 
cessem as condições do afastamento, na forma 
estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 
§ 3º O CGSN poderá determinar, com relação ao MEI, a 
forma, a periodicidade e o prazo: 
I - de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil de 
uma única declaração com dados relacionados a fatos 
geradores, base de cálculo e valores dos tributos previstos 
nos arts. 18-A e 18-C, da contribuição para a Seguridade 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
34 
154
6 
Social descontada do empregado e do Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço (FGTS), e outras informações de interesse 
do Ministério do Trabalho e Emprego, do Instituto Nacional 
do Seguro Social (INSS) e do Conselho Curador do FGTS, 
observado o disposto no § 7o do art. 26; 
II - do recolhimento dos tributos previstos nos arts. 18-A e 
18-C, bem como do FGTS e da contribuição para a 
Seguridade Social descontada do empregado. 
§ 4o A entrega da declaração única de que trata o inciso I do 
§ 3o substituirá, na forma regulamentada pelo CGSN, a 
obrigatoriedade de entrega de todas as informações, 
formulários e declarações a que estão sujeitas as demais 
empresas ou equiparados que contratam empregados, 
inclusive as relativas ao recolhimento do FGTS, à Relação 
Anual de Informações Sociais (Rais) e ao Cadastro Geral de 
Empregados e Desempregados (Caged). 
§ 5o Na hipótese de recolhimento do FGTS na forma do 
inciso II do § 3o, deve-se assegurar a transferência dos 
recursos e dos elementos identificadores do recolhimento 
ao gestor desse fundo para crédito na conta vinculada do 
trabalhador. 
§ 6o O documento de que trata o inciso I do § 3o deste artigo 
tem caráter declaratório, constituindo instrumento hábil e 
suficiente para a exigência dos tributos e dos débitos 
fundiários que não tenham sido recolhidos resultantes das 
informações nele prestadas. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 18-D. A tributação municipal do imposto sobre imóveis 
prediais urbanos deverá assegurar tratamento mais 
favorecido ao MEI para realização de sua atividade no 
mesmo local em que residir, mediante aplicação da menor 
alíquota vigente para aquela localidade, seja residencial ou 
comercial, nos termos da lei, sem prejuízo de eventual 
isenção ou imunidade existente. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 18-E. O instituto do MEI é uma política pública que tem 
por objetivo a formalização de pequenos empreendimentos 
e a inclusão social e previdenciária. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1o A formalização de MEI não tem caráter eminentemente 
econômico ou fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 2o Todo benefício previsto nesta Lei Complementar 
aplicável à microempresa estende-se ao MEI sempre que lhe 
for mais favorável. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
§ 3o O MEI é modalidade de microempresa. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o É vedado impor restrições ao MEI relativamente ao 
exercício 
de profissão ou participação em licitações, em função da s
ua natureza jurídica, inclusive por ocasião da 
contratação dos serviços previstos no § 1o do art. 18-
B desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 5o O empreendedor 
que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural 
que efetuar 
seu registro como MEI não perderá a condição de segura
do especial da Previdência Social. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 6o O disposto no § 5o e o licenciamento simplificado de ati
vidades 
para o empreendedor que exerça as atividades de ind
ustrialização, comercialização e prestação de serviços 
no âmbito rural serão 
regulamentados pelo CGSIM em até cento e oitenta dias. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 7o O empreendedor 
que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural ma
nterá todas as suas obrigações relativas à 
condição de produtor rural ou de agricultor familiar. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
Art. 19. Sem prejuízo da possibilidade de 
adoção de todas as faixas de receita previstas 
nos Anexos I a V desta Lei Complementar, 
os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto br
asileiro seja de até 1% (um por cento) poderão 
optar pela aplicação de sublimite 
para efeito de recolhimento 
do ICMS na forma do Simples Nacional 
nos respectivos territórios, para empresas com receita br
uta anual de 
até R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais). 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
I - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
II - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
III - (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
§ 1o A participação no Produto Interno Bruto brasileiro será 
apurada levando em conta o último resultado divulgado 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro 
órgão que o substitua. 
§ 2o A opção prevista no caput produzirá efeitos somente 
para o ano-
calendário subsequente, salvo deliberação do CGSN. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
35 
154
6 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
Produção de efeito 
§ 3o O disposto neste artigo aplica-se ao Distrito Federal. 
§ 4o Para os Estados que não tenham adotado sublimite na 
forma do caput e para aqueles cuja 
participação no Produto Interno Bruto 
brasileiro seja superior a 1% (um por cento), para efeito de 
recolhimento do ICMS e do ISS, observar-se-á 
obrigatoriamente o 
sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seis
centos mil reais). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016) Produção de efeito 
Art. 20. A opção feita na forma do art. 19 desta Lei 
Complementar pelos Estados importará adoção do mesmo 
limite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na 
forma do ISS dos Municípios nele localizados, bem como 
para o do ISS devido no Distrito Federal. 
§ 1o A empresa de pequeno porte que ultrapassar os 
limites a que se 
referem o caput e o § 4o do art. 19 estará automaticamen
te impedida de recolher o ICMS e o ISS 
na forma do Simples Nacional, a partir do mês subsequente 
àquele em que tiver ocorrido o excesso, 
relativamente aos seus estabelecimentos 
localizados na unidade da 
Federação que os houver adotado, ressalvado o disposto 
nos §§ 11 e 13 do art. 3o. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1º-A. Os efeitos do impedimento previsto no § 
1º ocorrerão no ano-calendário subsequente se o excesso 
verificado não for superior a 20% (vinte por cento) dos 
limites referidos. 
§ 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica na hipótese 
de o Estado ou de o Distrito Federal adotarem, 
compulsoriamente ou por opção, a aplicação de faixa de 
receita bruta superior à que vinha sendo utilizada no ano-
calendário em que ocorreu o excesso da receita bruta. 
§ 3o Na hipótese em que o recolhimento 
do ICMS ou do ISS não 
esteja sendo efetuado por meio do Simples Nacional 
por força do 
disposto neste artigo e no art. 19 desta Lei Complementar, 
as faixas de 
receita do Simples Nacional superiores àquela que tenha 
sido objeto 
de opção pelos Estados ou pelo DistritoFederal sofrerão,
 para efeito de recolhimento 
do Simples Nacional, redução da alíquota efetiva 
desses impostos, apurada de acordo com os Anexos I a V d
esta Lei Complementar, conforme o caso. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 4o O Comitê Gestor regulamentará o disposto neste artigo 
e no art. 19 desta Lei Complementar. 
SEÇÃO IV 
DO RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS DEVIDOS 
Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 
a 20 desta Lei Complementar, deverão ser pagos: 
I - por meio de documento único de arrecadação, instituído 
pelo Comitê Gestor; 
II - (REVOGADO) 
III - enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o 
último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente 
àquele a que se referir; 
IV - em banco integrante da rede arrecadadora do Simples 
Nacional, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. 
§ 1o Na hipótese de a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte possuir filiais, o recolhimento dos tributos do 
Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz. 
§ 2o Poderá ser adotado sistema simplificado de 
arrecadação do Simples Nacional, inclusive sem utilização 
da rede bancária, mediante requerimento do Estado, 
Distrito Federal ou Município ao Comitê Gestor. 
§ 3o O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-
á à incidência de encargos legais na forma prevista na 
legislação do imposto sobre a renda. 
§ 4º A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das 
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional 
somente será permitida se observado o disposto no art. 
3o da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, e 
deverá observar as seguintes normas: 
I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser in
formada 
no documento fiscal e corresponderá à alíquota efetiva de 
ISS a que a microempresa 
ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês 
anterior ao da prestação; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção 
ser prestado no mês 
de início de atividades da microempresa ou da empresa 
de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador 
a alíquota efetiva de 2% (dois por cento); (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
III – na hipótese do inciso II deste parágrafo, constatando-se 
que houve diferença entre a alíquota utilizada e a 
efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa 
de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o 
recolhimento dessa diferença no mês subseqüente ao do 
início de atividade em guia própria do Município; 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
36 
154
6 
IV – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno 
porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples Nacional 
por valores fixos mensais, não caberá a retenção a que se 
refere o caput deste parágrafo; 
V - na hipótese de a microempresa ou a empresa de peque
no porte 
não informar a alíquota de que tratam os incisos I e II dest
e parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-
á a alíquota efetiva de 5% (cinco por cento); (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de 
efeito 
VI – não será eximida a responsabilidade do prestador de 
serviços quando a alíquota do ISS informada no documento 
fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento 
dessa diferença será realizado em guia própria do 
Município; 
VII – o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, 
não sendo objeto de partilha com os municípios, e sobre a 
receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não 
haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples 
Nacional. 
§ 4o-A. Na hipótese de que tratam os incisos I e II do § 4o, a 
falsidade na prestação dessas informações sujeitará o 
responsável, o titular, os sócios ou os administradores da 
microempresa e da empresa de pequeno porte, juntamente 
com as demais pessoas que para ela concorrerem, às 
penalidades previstas na legislação criminal e tributária. 
§ 5o O CGSN regulará a compensação e a restituição dos 
valores do Simples Nacional recolhidos indevidamente ou 
em montante superior ao devido. 
§ 6o O valor a ser restituído ou compensado será acrescido 
de juros obtidos pela aplicação da taxa referencial do 
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para 
títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do mês 
subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o 
devido até o mês anterior ao da compensação ou 
restituição, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês 
em que estiver sendo efetuada. 
§ 7o Os valores compensados indevidamente serão exigidos 
com os acréscimos moratórios de que trata o art. 35. 
§ 8o Na hipótese de compensação indevida, quando se 
comprove falsidade de declaração apresentada pelo sujeito 
passivo, o contribuinte estará sujeito à multa isolada 
aplicada no percentual previsto no inciso I do caput do art. 
44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, aplicado em 
dobro, e terá como base de cálculo o valor total do débito 
indevidamente compensado. 
§ 9o É vedado o aproveitamento de créditos não apurados 
no Simples Nacional, inclusive de natureza não tributária, 
para extinção de débitos do Simples Nacional. 
§ 10. Os créditos apurados no Simples Nacional não 
poderão ser utilizados para extinção de outros débitos para 
com as Fazendas Públicas, salvo por ocasião da 
compensação de ofício oriunda de deferimento em processo 
de restituição ou após a exclusão da empresa do Simples 
Nacional. 
§ 11. No Simples Nacional, é permitida a compensação tão 
somente de créditos para extinção de débitos para com o 
mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo. 
§ 12. Na restituição e compensação no Simples Nacional 
serão observados os prazos de decadência e prescrição 
previstos na Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código 
Tributário Nacional). 
§ 13. É vedada a cessão de créditos para extinção de débitos 
no Simples Nacional. 
§ 14. Aplica-se aos processos de restituição e de 
compensação o rito estabelecido pelo CGSN. 
§ 15. Compete ao CGSN fixar critérios, condições para 
rescisão, prazos, valores mínimos de amortização e demais 
procedimentos para parcelamento dos recolhimentos em 
atraso dos débitos tributários apurados no Simples 
Nacional, observado o disposto no § 3º deste artigo e no art. 
35 e ressalvado o disposto no § 19 deste artigo. (Vide Lei 
Complementar nº 155, de 2016) 
§ 16. Os débitos de que trata o § 15 poderão ser parcelados 
em até 60 (sessenta) parcelas mensais, na forma e condições 
previstas pelo CGSN. (Vide Lei Complementar nº 155, de 
2016) 
§ 17. O valor de cada prestação mensal, por ocasião do 
pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa 
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de 
Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada 
mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da 
consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% 
(um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento 
estiver sendo efetuado, na forma regulamentada pelo 
CGSN. (Vide Lei Complementar nº 155, de 2016) 
§ 18. Será admitido reparcelamento de débitos constantes 
de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, 
podendo ser incluídos novos débitos, na forma 
regulamentada pelo CGSN. (Vide Lei Complementar nº 155, 
de 2016) 
§ 19. Os débitos constituídos de forma isolada por parte de 
Estado, do Distrito Federal ou de Município, em face de 
ausência de aplicativo para lançamento unificado, relativo a 
tributo de sua competência, que não estiverem inscritos em 
Dívida Ativa da União, poderão ser parcelados pelo ente 
responsável pelo lançamento de acordo com a respectiva 
legislação, na forma regulamentada pelo CGSN. (Vide Lei 
Complementar nº 155, de 2016) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia ConcursosCursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
37 
154
6 
§ 20. O pedido de parcelamento deferido importa confissão 
irretratável do débito e configura confissão extrajudicial. 
(Vide Lei Complementar nº 155, de 2016) 
§ 21. Serão aplicadas na consolidação as reduções das 
multas de lançamento de ofício previstas na legislação 
federal, conforme regulamentação do CGSN. (Vide Lei 
Complementar nº 155, de 2016) 
§ 22. O repasse para os entes federados dos valores pagos e 
da amortização dos débitos parcelados será efetuado 
proporcionalmente ao valor de cada tributo na composição 
da dívida consolidada. (Vide Lei Complementar nº 155, de 
2016) 
§ 23. No caso de parcelamento de débito inscrito em dívida 
ativa, o devedor pagará custas, emolumentos e demais 
encargos legais. (Vide Lei Complementar nº 155, de 2016) 
§ 24. Implicará imediata rescisão do parcelamento e 
remessa do débito para inscrição em dívida ativa ou 
prosseguimento da execução, conforme o caso, até 
deliberação do CGSN, a falta de pagamento: (Vide Lei 
Complementar nº 155, de 2016) 
I - de 3 (três) parcelas, consecutivas ou não; ou 
II - de 1 (uma) parcela, estando pagas todas as demais. 
§ 25. O documento previsto no inciso I do caput deste artigo 
deverá conter a partilha discriminada de cada um dos 
tributos abrangidos pelo Simples Nacional, bem como os 
valores destinados a cada ente federado. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 21-A. A inscrição de microempresa ou empresa de 
pequeno porte no Cadastro Informativo dos créditos não 
quitados do setor público federal - CADIN, somente 
ocorrerá mediante notificação prévia com prazo para 
contestação. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) (Produção de efeito) 
Art. 21-B. Os Estados e o Distrito Federal deverão observar, 
em relação ao ICMS, o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias, 
contado a partir do primeiro dia do mês do fato gerador da 
obrigação tributária, para estabelecer a data de vencimento 
do imposto devido por substituição tributária, tributação 
concentrada em uma única etapa (monofásica) e por 
antecipação tributária com ou sem encerramento de 
tributação, nas hipóteses em que a responsabilidade recair 
sobre operações ou prestações subsequentes, na forma 
regulamentada pelo Comitê Gestor. (Incluído pele Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
SEÇÃO V 
DO REPASSE DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO 
Art. 22. O Comitê Gestor definirá o sistema de repasses do 
total arrecadado, inclusive encargos legais, para o: 
I - Município ou Distrito Federal, do valor correspondente ao 
ISS; 
II - Estado ou Distrito Federal, do valor correspondente ao 
ICMS; 
III - Instituto Nacional do Seguro Social, do valor 
correspondente à Contribuição para manutenção da 
Seguridade Social. 
Parágrafo único. Enquanto o Comitê Gestor não 
regulamentar o prazo para o repasse previsto no inciso II 
do caput deste artigo, esse será efetuado nos prazos 
estabelecidos nos convênios celebrados no âmbito do 
colegiado a que se refere a alínea g do inciso XII do § 2o do 
art. 155 da Constituição Federal. 
SEÇÃO VI 
DOS CRÉDITOS 
Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação 
nem transferirão créditos relativos a impostos ou 
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. 
§ 1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela 
legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional 
terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente 
sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa 
ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples 
Nacional, desde que destinadas à comercialização ou 
industrialização e observado, como limite, o ICMS 
efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional 
em relação a essas aquisições. 
§ 2º A alíquota aplicável ao cálculo do crédito de que trata o 
§ 1º deste artigo deverá ser informada no documento fiscal 
e corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos 
I ou II desta Lei Complementar para a faixa de receita bruta 
a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte 
estiver sujeita no mês anterior ao da operação. 
§ 3º Na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de 
atividades da microempresa ou empresa de pequeno porte 
optante pelo Simples Nacional, a alíquota aplicável ao 
cálculo do crédito de que trata o § 1º deste artigo 
corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor 
alíquota prevista nos Anexos I ou II desta Lei Complementar. 
§ 4º Não se aplica o disposto nos §§ 1º a 3º deste artigo 
quando: 
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver 
sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores 
fixos mensais; 
II - a microempresa ou a empresa de pequeno porte não 
informar a alíquota de que trata o § 2º deste artigo no 
documento fiscal; 
III - houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito 
Federal que abranja a faixa de receita bruta a que a 
microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver 
sujeita no mês da operação. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
38 
154
6 
 IV - o remetente da operação ou prestação considerar, por 
opção, que a alíquota determinada na forma do caput e dos 
§§ 1o e 2o do art. 18 desta Lei Complementar deverá incidir 
sobre a receita recebida no mês. 
§ 5º Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados 
e do Distrito Federal, poderá ser concedido às pessoas 
jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela legislação 
tributária não optantes pelo Simples Nacional crédito 
correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos 
utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria optante 
pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de 
diferenciação no valor do crédito em razão da procedência 
dessas mercadorias. 
§ 6º O Comitê Gestor do Simples Nacional disciplinará o 
disposto neste artigo. 
Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou 
destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. 
§ 1o Não serão consideradas quaisquer alterações em bases 
de cálculo, alíquotas e percentuais ou outros fatores que 
alterem o valor de imposto ou contribuição apurado na 
forma do Simples Nacional, estabelecidas pela União, 
Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas ou 
autorizadas nesta Lei Complementar. (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
SEÇÃO VII 
DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS ACESSÓRIAS 
Art. 25. A microempresa ou empresa de pequeno porte 
optante pelo Simples Nacional deverá apresentar 
anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil 
declaração única e simplificada de informações 
socioeconômicas e fiscais, que deverá ser disponibilizada 
aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária, 
observados prazo e modelo aprovados pelo CGSN e 
observado o disposto no § 15-A do art. 18. 
§ 1o A declaração de que trata o caput deste artigo constitui 
confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a 
exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido 
recolhidos resultantes das informações nela prestadas. 
§ 2o A situação de inatividade deverá ser informada na 
declaração de que trata o caput deste artigo, na forma 
regulamentada pelo Comitê Gestor. 
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o deste artigo, considera-
se em situação de inatividade a microempresa ou a empresa 
de pequeno porte que não apresente mutação patrimonial e 
atividade operacional durante todo o ano-calendário. 
§ 4o A declaração de que trata o caput deste artigo, relativa 
ao MEI definido no art. 18-A desta Lei Complementar, 
conterá, para efeito do disposto no art. 3º da Lei 
Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990, tão-somente 
as informações relativasà receita bruta total sujeita ao 
ICMS, sendo vedada a instituição de declarações adicionais 
em decorrência da referida Lei Complementar. 
§ 5o A declaração de que trata o caput, a partir das 
informações relativas ao ano-calendário de 2012, poderá ser 
prestada por meio da declaração de que trata o § 15-A do art. 
18 desta Lei Complementar, na periodicidade e prazos 
definidos pelo CGSN. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a: 
I - emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, 
de acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor; 
II - manter em boa ordem e guarda os documentos que 
fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições 
devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se 
refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não 
decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais 
ações que lhes sejam pertinentes. 
§ 1º O MEI fará a comprovação da receita bruta mediante 
apresentação do registro de vendas ou de prestação de 
serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando 
dispensado da emissão do documento fiscal previsto no 
inciso I do caput, ressalvadas as hipóteses de emissão 
obrigatória previstas pelo referido Comitê. 
I - (REVOGADO) 
II - (REVOGADO) 
III - (REVOGADO) 
§ 2o As demais microempresas e as empresas de pequeno 
porte, além do disposto nos incisos I e II do caput deste 
artigo, deverão, ainda, manter o livro-caixa em que será 
escriturada sua movimentação financeira e bancária. 
§ 3o A exigência de declaração única a que se refere 
o caput do art. 25 desta Lei Complementar não desobriga a 
prestação de informações relativas a terceiros. 
§ 4o É vedada a exigência de obrigações tributárias 
acessórias relativas aos tributos apurados na forma do 
Simples Nacional além daquelas estipuladas pelo CGSN e 
atendidas por meio do Portal do Simples Nacional, bem 
como, o estabelecimento de exigências adicionais e 
unilaterais pelos entes federativos, exceto os programas de 
cidadania fiscal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 4o-A. A escrituração fiscal digital ou obrigação equivalente 
não poderá ser exigida da microempresa ou empresa de 
pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo se, 
cumulativamente, houver: (Incluído pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
39 
154
6 
I - autorização específica do CGSN, que estabelecerá as 
condições para a obrigatoriedade; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
II - disponibilização por parte da administração tributária 
estipulante de aplicativo gratuito para uso da empresa 
optante. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 4o-B. A exigência de apresentação de livros fiscais em 
meio eletrônico aplicar-se-á somente na hipótese de 
substituição da entrega em meio convencional, cuja 
obrigatoriedade tenha sido prévia e especificamente 
estabelecida pelo CGSN. (Incluído pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) 
§ 4o-C. Até a implantação de sistema nacional uniforme 
estabelecido pelo CGSN com compartilhamento de 
informações com os entes federados, permanece válida 
norma publicada por ente federado até o primeiro trimestre 
de 2014 que tenha veiculado exigência vigente de a 
microempresa ou empresa de pequeno porte apresentar 
escrituração fiscal digital ou obrigação equivalente. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 5o As microempresas e empresas de pequeno porte ficam 
sujeitas à entrega de declaração eletrônica que deva conter 
os dados referentes aos serviços prestados ou tomados de 
terceiros, na conformidade do que dispuser o Comitê 
Gestor. 
§ 6º Na hipótese do § 1º deste artigo: 
I - deverão ser anexados ao registro de vendas ou de 
prestação de serviços, na forma regulamentada pelo Comitê 
Gestor, os documentos fiscais comprobatórios das entradas 
de mercadorias e serviços tomados referentes ao período, 
bem como os documentos fiscais relativos às operações ou 
prestações realizadas eventualmente emitidos; 
II - será obrigatória a emissão de documento fiscal nas 
vendas e nas prestações de serviços realizadas pelo MEI para 
destinatário cadastrado no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica (CNPJ), ficando dispensado desta emissão para o 
consumidor final. 
§ 7o Cabe ao CGSN dispor sobre a exigência da certificação 
digital para o cumprimento de obrigações principais e 
acessórias por parte da microempresa, inclusive o MEI, ou 
empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, 
inclusive para o recolhimento do FGTS. 
§ 8o O CGSN poderá disciplinar sobre a disponibilização, no 
portal do SIMPLES Nacional, de documento fiscal eletrônico 
de venda ou de prestação de serviço para o MEI, 
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo 
Simples Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
§ 9o O desenvolvimento e a manutenção das soluções de 
tecnologia, capacitação e orientação aos usuários relativas 
ao disposto no § 8o, bem como as demais relativas ao 
Simples Nacional, poderão ser apoiadas pelo Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - 
SEBRAE. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 10. O ato de emissão ou de recepção de documento fiscal 
por meio eletrônico estabelecido pelas administrações 
tributárias, em qualquer modalidade, de entrada, de saída 
ou de prestação, na forma estabelecida pelo CGSN, 
representa sua própria escrituração fiscal e elemento 
suficiente para a fundamentação e a constituição do crédito 
tributário. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 11. Os dados dos documentos fiscais de qualquer espécie 
podem ser compartilhados entre as administrações 
tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
e, quando emitidos por meio eletrônico, na forma 
estabelecida pelo CGSN, a microempresa ou empresa de 
pequeno porte optante pelo Simples Nacional fica 
desobrigada de transmitir seus dados às administrações 
tributárias. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 12. As informações a serem prestadas relativas ao ICMS 
devido na forma prevista nas alíneas a, g e h do inciso XIII do 
§ 1o do art. 13 serão fornecidas por meio de aplicativo único. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção 
de efeito) 
§ 13. Fica estabelecida a obrigatoriedade de utilização de 
documentos fiscais eletrônicos estabelecidos pelo Confaz 
nas operações e prestações relativas ao ICMS efetuadas por 
microempresas e empresas de pequeno porte nas hipóteses 
previstas nas alíneas a, g e h do inciso XIII do § 1o do art. 13. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção 
de efeito) 
§ 14. Os aplicativos necessários ao cumprimento do 
disposto nos §§ 12 e 13 deste artigo serão disponibilizados, 
de forma gratuita, no portal do Simples Nacional. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de 
efeito) 
§ 15. O CGSN regulamentará o disposto neste artigo. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte 
optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, 
adotar contabilidade simplificada para os registros e 
controles das operações realizadas, conforme 
regulamentação do Comitê Gestor. 
SEÇÃO VIII 
DA EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL 
Art. 28. A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício 
ou mediante comunicação das empresas optantes. 
Parágrafo único. As regras previstas nesta seção e o modo 
de sua implementação serão regulamentados pelo Comitê 
Gestor. 
Art. 29. A exclusão de ofício das empresas optantes pelo 
Simples Nacional dar-se-á quando: 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
40 
1546 
I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 
II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela 
negativa não justificada de exibição de livros e documentos 
a que estiverem obrigadas, bem como pelo não 
fornecimento de informações sobre bens, movimentação 
financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a 
apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a 
requisição de auxílio da força pública; 
III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada 
pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio 
fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas 
atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; 
IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao 
disposto nesta Lei Complementar; 
VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 
81 e 82 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e 
alterações posteriores; 
VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou 
descaminho; 
VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não 
permitir a identificação da movimentação financeira, 
inclusive bancária; 
IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das 
despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de 
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de 
início de atividade; 
X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das 
aquisições de mercadorias para comercialização ou 
industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de 
aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) 
dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano 
de início de atividade; 
XI - houver descumprimento reiterado da obrigação contida 
no inciso I do caput do art. 26; 
XII - omitir de forma reiterada da folha de pagamento da 
empresa ou de documento de informações previsto pela 
legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado 
empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual 
que lhe preste serviço. 
§ 1o Nas hipóteses previstas nos incisos II a XII 
do caput deste artigo, a exclusão produzirá efeitos a partir 
do próprio mês em que incorridas, impedindo a opção pelo 
regime diferenciado e favorecido desta Lei Complementar 
pelos próximos 3 (três) anos-calendário seguintes. 
§ 2o O prazo de que trata o § 1o deste artigo será elevado 
para 10 (dez) anos caso seja constatada a utilização de 
artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que 
induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de 
suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável 
segundo o regime especial previsto nesta Lei 
Complementar. 
§ 3o A exclusão de ofício será realizada na forma 
regulamentada pelo Comitê Gestor, cabendo o lançamento 
dos tributos e contribuições apurados aos respectivos entes 
tributantes. 
§ 4o (REVOGADO) 
§ 5o A competência para exclusão de ofício do Simples 
Nacional obedece ao disposto no art. 33, e o julgamento 
administrativo, ao disposto no art. 39, ambos desta Lei 
Complementar. 
§ 6º Nas hipóteses de exclusão previstas no caput, a 
notificação: 
I - será efetuada pelo ente federativo que promoveu a 
exclusão; e 
II - poderá ser feita por meio eletrônico, observada a 
regulamentação do CGSN. 
§ 7º (REVOGADO) 
§ 8º A notificação de que trata o § 6º aplica-se ao 
indeferimento da opção pelo Simples Nacional. 
§ 9º Considera-se prática reiterada, para fins do disposto 
nos incisos V, XI e XII do caput: 
I - a ocorrência, em 2 (dois) ou mais períodos de apuração, 
consecutivos ou alternados, de idênticas infrações, inclusive 
de natureza acessória, verificada em relação aos últimos 5 
(cinco) anos-calendário, formalizadas por intermédio de 
auto de infração ou notificação de lançamento; ou 
II - a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja 
constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro 
meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em 
erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de 
tributo. 
Art. 30. A exclusão do Simples Nacional, mediante 
comunicação das microempresas ou das empresas de 
pequeno porte, dar-se-á: 
I - por opção; 
II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer 
das situações de vedação previstas nesta Lei 
Complementar; ou 
III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-
calendário de início de atividade, o limite proporcional de 
receita bruta de que trata o § 2o do art. 3o; 
IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-
calendário, o limite de receita bruta previsto no inciso II 
do caput do art. 3o, quando não estiver no ano-calendário de 
início de atividade. 
§ 1o A exclusão deverá ser comunicada à Secretaria da 
Receita Federal: 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
41 
154
6 
I - na hipótese do inciso I do caput deste artigo, até o último 
dia útil do mês de janeiro; 
II - na hipótese do inciso II do caput deste artigo, até o 
último dia útil do mês subseqüente àquele em que ocorrida 
a situação de vedação; 
III - na hipótese do inciso III do caput: 
a) até o último dia útil do mês seguinte àquele em que tiver 
ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite 
proporcional de que trata o § 10 do art. 3o; ou 
b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário 
subsequente ao de início de atividades, caso o excesso seja 
inferior a 20% (vinte por cento) do respectivo limite; 
IV - na hipótese do inciso IV do caput: 
a) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem 
em mais de 20% (vinte por cento) do limite de receita bruta 
previsto no inciso II do caput do art. 3o; ou 
b) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário 
subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais 
de 20% (vinte por cento) o limite de receita bruta previsto 
no inciso II do caput do art. 3o. 
§ 2o A comunicação de que trata o caput deste artigo dar-
se-á na forma a ser estabelecida pelo Comitê Gestor. 
§ 3º A alteração de dados no CNPJ, informada pela ME ou 
EPP à Secretaria da Receita Federal do Brasil, equivalerá à 
comunicação obrigatória de exclusão do Simples Nacional 
nas seguintes hipóteses: 
I - alteração de natureza jurídica para Sociedade Anônima, 
Sociedade Empresária em Comandita por Ações, Sociedade 
em Conta de Participação ou Estabelecimento, no Brasil, de 
Sociedade Estrangeira; 
II - inclusão de atividade econômica vedada à opção pelo 
Simples Nacional; 
III - inclusão de sócio pessoa jurídica; 
IV - inclusão de sócio domiciliado no exterior; 
V - cisão parcial; ou 
VI - extinção da empresa. 
Art. 31. A exclusão das microempresas ou das empresas de 
pequeno porte do Simples Nacional produzirá efeitos: 
I - na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei 
Complementar, a partir de 1o de janeiro do ano-calendário 
subseqüente, ressalvado o disposto no § 4o deste artigo; 
II - na hipótese do inciso II do caput do art. 30 desta Lei 
Complementar, a partir do mês seguinte da ocorrência da 
situação impeditiva; 
III - na hipótese do inciso III do caput do art. 30 desta Lei 
Complementar: 
a) desde o início das atividades; 
b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, 
na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte 
por cento) o limite proporcional de que trata o § 10 do art. 3o; 
IV - na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei 
Complementar, a partir do ano-calendário subseqüente ao 
da ciência da comunicação da exclusão; 
V - na hipótese do inciso IV do caput do art. 30: 
a) a partir do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 
20% (vinte por cento) do limite de receita bruta previsto 
no inciso II do art. 3o; 
b) a partir de 1o de janeiro do ano-calendário subsequente, 
na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte 
por cento) o limite de receita bruta previsto no inciso II do 
art. 3o. 
§ 1o Na hipótese previstano inciso III do caput do art. 30 
desta Lei Complementar, a microempresa ou empresa de 
pequeno porte não poderá optar, no ano-calendário 
subseqüente ao do início de atividades, pelo Simples 
Nacional. 
§ 2o Na hipótese dos incisos V e XVI do caput do art. 17, será 
permitida a permanência da pessoa jurídica como optante 
pelo Simples Nacional mediante a comprovação da 
regularização do débito ou do cadastro fiscal no prazo de até 
30 (trinta) dias contados a partir da ciência da comunicação 
da exclusão. 
§ 3o O CGSN regulamentará os procedimentos relativos ao 
impedimento de recolher o ICMS e o ISS na forma do 
Simples Nacional, em face da ultrapassagem dos limites 
estabelecidos na forma dos incisos I ou II do art. 19 e do art. 
20. 
§ 4o No caso de a microempresa ou a empresa de pequeno 
porte ser excluída do Simples Nacional no mês de janeiro, na 
hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei 
Complementar, os efeitos da exclusão dar-se-ão nesse 
mesmo ano. 
§ 5o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, uma vez 
que o motivo da exclusão deixe de existir, havendo a 
exclusão retroativa de ofício no caso do inciso I do caput do 
art. 29 desta Lei Complementar, o efeito desta dar-se-á a 
partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação 
impeditiva, limitado, porém, ao último dia do ano-
calendário em que a referida situação deixou de existir. 
Art. 32. As microempresas ou as empresas de pequeno 
porte excluídas do Simples Nacional sujeitar-se-ão, a partir 
do período em que se processarem os efeitos da exclusão, 
às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas 
jurídicas. 
§ 1o Para efeitos do disposto no caput deste artigo, na 
hipótese da alínea a do inciso III do caput do art. 31 desta Lei 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
42 
154
6 
Complementar, a microempresa ou a empresa de pequeno 
porte desenquadrada ficará sujeita ao pagamento da 
totalidade ou diferença dos respectivos impostos e 
contribuições, devidos de conformidade com as normas 
gerais de incidência, acrescidos, tão-somente, de juros de 
mora, quando efetuado antes do início de procedimento de 
ofício. 
§ 2o Para efeito do disposto no caput deste artigo, o sujeito 
passivo poderá optar pelo recolhimento do imposto de 
renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido na 
forma do lucro presumido, lucro real trimestral ou anual. 
§ 3º Aplica-se o disposto no caput e no § 1o em relação ao ICMS 
e ao ISS à empresa impedida de recolher esses impostos na 
forma do Simples Nacional, em face da ultrapassagem dos 
limites a que se referem os incisos I e II do caput do art. 19, 
relativamente ao estabelecimento localizado na unidade da 
federação que os houver adotado. 
SEÇÃO IX 
DA FISCALIZAÇÃO 
Art. 33. A competência para fiscalizar o cumprimento das 
obrigações principais e acessórias relativas ao Simples 
Nacional e para verificar a ocorrência das hipóteses 
previstas no art. 29 desta Lei Complementar é da Secretaria 
da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou de 
Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a 
localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação 
de serviços incluídos na competência tributária municipal, a 
competência será também do respectivo Município. 
§ 1o As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados 
poderão celebrar convênio com os Municípios de sua 
jurisdição para atribuir a estes a fiscalização a que se refere 
o caput deste artigo. 
§ 1o-A. Dispensa-se o convênio de que trata o § 1o na 
hipótese de ocorrência de prestação de serviços sujeita ao 
ISS por estabelecimento localizado no Município. 
§ 1o-B. A fiscalização de que trata o caput, após iniciada, 
poderá abranger todos os demais estabelecimentos da 
microempresa ou da empresa de pequeno porte, 
independentemente da atividade por eles exercida ou de 
sua localização, na forma e condições estabelecidas pelo 
CGSN. 
§ 1o-C. As autoridades fiscais de que trata o caput têm 
competência para efetuar o lançamento de todos os tributos 
previstos nos incisos I a VIII do art. 13, apurados na forma do 
Simples Nacional, relativamente a todos os 
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente 
federado instituidor. 
§ 1o-D. A competência para autuação por descumprimento 
de obrigação acessória é privativa da administração 
tributária perante a qual a obrigação deveria ter sido 
cumprida. 
§ 2o Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno 
porte exercer alguma das atividades de prestação de 
serviços previstas no § 5º-C do art. 18 desta Lei 
Complementar, caberá à Secretaria da Receita Federal do 
Brasil a fiscalização da Contribuição para a Seguridade 
Social, a cargo da empresa, de que trata o art. 22 da Lei no 
8.212, de 24 de julho de 1991. 
§ 3o O valor não pago, apurado em procedimento de 
fiscalização, será exigido em lançamento de ofício pela 
autoridade competente que realizou a fiscalização. 
§ 4o O Comitê Gestor disciplinará o disposto neste artigo. 
SEÇÃO X 
DA OMISSÃO DE RECEITA 
Art. 34. Aplicam-se à microempresa e à empresa de 
pequeno porte optantes pelo Simples Nacional todas as 
presunções de omissão de receita existentes nas legislações 
de regência dos impostos e contribuições incluídos no 
Simples Nacional. 
§ 1o É permitida a prestação 
de assistência mútua e a permuta de 
informações entre a Fazenda Pública da União e as dos 
Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, relativas às microem
presas e às 
empresas de pequeno porte, para fins de planejamento ou 
de execução de procedimentos fiscais ou preparatórios. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
§ 3o Sem prejuízo de ação fiscal individual, as 
administrações tributárias poderão utilizar procedimento 
de notificação prévia visando à autorregularização, 
na forma e nos prazos a serem regulamentados 
pelo CGSN, que não constituirá início de 
procedimento fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
SEÇÃO XI 
DOS ACRÉSCIMOS LEGAIS 
Art. 35. Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos 
pela microempresa e pela empresa de pequeno porte, 
inscritas no Simples Nacional, as normas relativas aos juros 
e multa de mora e de ofício previstas para o imposto de 
renda, inclusive, quando for o caso, em relação ao ICMS e ao 
ISS. 
Art. 36. A falta de comunicação, quando obrigatória, da 
exclusão da pessoa jurídica do Simples Nacional, nos prazos 
determinados no § 1o do art. 30 desta Lei Complementar, 
sujeitará a pessoa jurídica a multa correspondente a 10% 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
43 
154
6 
(dez por cento) do total dos impostos e contribuições 
devidos de conformidade com o Simples Nacional no mês 
que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não inferior a 
R$ 200,00 (duzentos reais), insuscetível de redução. 
Art. 36-A. A falta de comunicação, quando obrigatória, 
do desenquadramento do microempreendedor individual 
da sistemática de recolhimento prevista no art. 18-A desta 
Lei Complementar nos prazos determinados em seu § 
7o sujeitará o microempreendedor individual a multa no 
valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), insusceptível de 
redução. 
Art. 37. A imposição das multas de que trata esta Lei 
Complementar não exclui a aplicação das sanções previstas 
na legislação penal, inclusive em relação a declaração falsa, 
adulteração de documentos e emissão de nota fiscal em 
desacordo com a operação efetivamente praticada, a que 
estão sujeitos o titular ou sócio da pessoa jurídica. 
Art. 38. O sujeito passivo que deixar de apresentar a 
Declaração Simplificadada Pessoa Jurídica a que se refere 
o art. 25 desta Lei Complementar, no prazo fixado, ou que a 
apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a 
apresentar declaração original, no caso de não-
apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais 
casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma 
definida pelo Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes 
multas: 
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, 
incidentes sobre o montante dos tributos e contribuições 
informados na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, 
ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega 
da declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte 
por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo; 
II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) 
informações incorretas ou omitidas. 
§ 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I 
do caput deste artigo, será considerado como termo inicial 
o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado 
para a entrega da declaração e como termo final a data da 
efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, da 
lavratura do auto de infração. 
§ 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas 
serão reduzidas: 
I - à metade, quando a declaração for apresentada após o 
prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; 
II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a 
apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. 
§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 200,00 
(duzentos reais). 
§ 4o Considerar-se-á não entregue a declaração que não 
atender às especificações técnicas estabelecidas pelo 
Comitê Gestor. 
§ 5o Na hipótese do § 4o deste artigo, o sujeito passivo será 
intimado a apresentar nova declaração, no prazo de 10 (dez) 
dias, contados da ciência da intimação, e sujeitar-se-á à 
multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado 
o disposto nos §§ 1o a 3o deste artigo. 
§ 6o A multa mínima de que trata o § 3o deste artigo a ser 
aplicada ao Microempreendedor Individual na vigência da 
opção de que trata o art. 18-A desta Lei Complementar será 
de R$ 50,00 (cinqüenta reais). 
Art. 38-A. O sujeito passivo que deixar de prestar as 
informações no sistema eletrônico de cálculo de que trata 
o § 15 do art. 18, no prazo previsto no § 15-A do mesmo 
artigo, ou que as prestar com incorreções ou omissões, será 
intimado a fazê-lo, no caso de não apresentação, ou a 
prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo 
estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo 
CGSN, e sujeitar-se-á às seguintes multas, para cada mês de 
referência: 
I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, a 
partir do primeiro dia do quarto mês do ano subsequente à 
ocorrência dos fatos geradores, incidentes sobre o 
montante dos impostos e contribuições decorrentes das 
informações prestadas no sistema eletrônico de cálculo de 
que trata o § 15 do art. 18, ainda que integralmente pago, no 
caso de ausência de prestação de informações ou sua 
efetuação após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), 
observado o disposto no § 2o deste artigo; e 
II - de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) 
informações incorretas ou omitidas. 
§ 1o Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I 
do caput, será considerado como termo inicial o primeiro 
dia do quarto mês do ano subsequente à ocorrência dos 
fatos geradores e como termo final a data da efetiva 
prestação ou, no caso de não prestação, da lavratura do auto 
de infração. 
§ 2o A multa mínima a ser aplicada será de R$ 50,00 
(cinquenta reais) para cada mês de referência. 
§ 3o Aplica-se ao disposto neste artigo o disposto nos §§ 2o, 
4o e 5o do art. 38. 
§ 4º O CGSN poderá estabelecer data posterior à prevista no 
inciso I do caput e no § 1º. 
Art. 38-B. As multas relativas à falta de prestação ou à 
incorreção no cumprimento de obrigações acessórias para 
com os órgãos e entidades federais, estaduais, distritais e 
municipais, quando em valor fixo ou mínimo, e na ausência 
de previsão legal de valores específicos e mais favoráveis 
para MEI, microempresa ou empresa de pequeno porte, 
terão redução de: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) (Produção de efeito) 
I - 90% (noventa por cento) para os MEI; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
44 
154
6 
II - 50% (cinquenta por cento) para as microempresas ou 
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
(Produção de efeito) 
Parágrafo único. As reduções de que tratam os incisos I e II 
do caput não se aplicam na: (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito) 
I - hipótese de fraude, resistência ou embaraço à 
fiscalização; (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) (Produção de efeito) 
II - ausência de pagamento da multa no prazo de 30 (trinta) 
dias após a notificação. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
SEÇÃO XII 
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 
Art. 39. O contencioso administrativo relativo ao Simples 
Nacional será de competência do órgão julgador integrante 
da estrutura administrativa do ente federativo que efetuar o 
lançamento, o indeferimento da opção ou a exclusão de 
ofício, observados os dispositivos legais atinentes aos 
processos administrativos fiscais desse ente. 
§ 1o O Município poderá, mediante convênio, transferir a 
atribuição de julgamento exclusivamente ao respectivo 
Estado em que se localiza. 
§ 2o No caso em que o contribuinte do Simples Nacional 
exerça atividades incluídas no campo de incidência do ICMS 
e do ISS e seja apurada omissão de receita de que não se 
consiga identificar a origem, a autuação será feita utilizando 
a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, e a 
parcela autuada que não seja correspondente aos tributos e 
contribuições federais será rateada entre Estados e 
Municípios ou Distrito Federal. 
§ 3o Na hipótese referida no § 2o deste artigo, o julgamento 
caberá ao Estado ou ao Distrito Federal. 
§ 4º A intimação eletrônica dos atos do contencioso 
administrativo observará o disposto nos §§ 1o-A a 1o-D do 
art. 16. 
§ 5º A impugnação relativa ao indeferimento da opção ou à 
exclusão poderá ser decidida em órgão diverso do previsto 
no caput, na forma estabelecida pela respectiva 
administração tributária. 
§ 6º Na hipótese prevista no § 5o, o CGSN poderá disciplinar 
procedimentos e prazos, bem como, no processo de 
exclusão, prever efeito suspensivo na hipótese de 
apresentação de impugnação, defesa ou recurso. 
Art. 40. As consultas relativas ao Simples Nacional serão 
solucionadas pela Secretaria da Receita Federal, salvo 
quando se referirem a tributos e contribuições de 
competência estadual ou municipal, que serão solucionadas 
conforme a respectiva competência tributária, na forma 
disciplinada pelo Comitê Gestor. 
SEÇÃO XIII 
DO PROCESSO JUDICIAL 
Art. 41. Os processos relativos a impostos e contribuições 
abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face 
da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto no § 
5º deste artigo. 
§ 1o Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão 
auxílio à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, em 
relação aos tributos de sua competência, na forma a ser 
disciplinada por ato do Comitê Gestor. 
§ 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei 
Complementar serão apurados, inscritos em Dívida Ativa da 
União e cobrados judicialmente pela Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional, observado o disposto no inciso V do § 
5º deste artigo. 
§ 3o Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional poderá delegar aos Estados e Municípios a 
inscrição em dívida ativa estaduale municipal e a cobrança 
judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere 
esta Lei Complementar. 
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo aos impostos e 
contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes 
das informações prestadas: 
I - no sistema eletrônico de cálculo dos valores devidos no 
Simples Nacional de que trata o § 15 do art. 18; 
II - na declaração a que se refere o art. 25. 
§ 5º Excetuam-se do disposto no caput deste artigo: 
I - os mandados de segurança nos quais se impugnem atos 
de autoridade coatora pertencente a Estado, Distrito 
Federal ou Município; 
II - as ações que tratem exclusivamente de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, as quais serão propostas em face desses entes 
federativos, representados em juízo por suas respectivas 
procuradorias; 
III - as ações promovidas na hipótese de celebração do 
convênio de que trata o § 3º deste artigo; 
IV - o crédito tributário decorrente de auto de infração 
lavrado exclusivamente em face de descumprimento de 
obrigação acessória, observado o disposto no § 1o-D do art. 
33; 
V - o crédito tributário relativo ao ICMS e ao ISS de que 
tratam as alíneas b e c do inciso V do § 3o do art. 18-A desta 
Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
45 
154
6 
CAPÍTULO V 
(REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147, 
DE 2014) 
DO ACESSO AOS MERCADOS 
SEÇÃO I 
DAS AQUISIÇÕES PÚBLICAS 
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de reg
ularidade fiscal e trabalhista das microempresas e das 
empresas de pequeno 
porte somente será exigida para efeito de assinatura 
do contrato. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, 
de 2016) Produção de efeito 
Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno p
orte, por ocasião da participação 
em certames licitatórios, deverão apresentar 
toda a documentação 
exigida para efeito de comprovação de 
regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresent
e alguma restrição. (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação 
da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o pr
azo de cinco dias úteis, 
cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o pro
ponente for declarado vencedor do certame, prorrogável 
por igual período, a critério da administração pública, para 
regularização da 
documentação, para pagamento ou parcelamento do 
débito e para emissão de eventuais certidões negativas 
ou positivas com efeito de certidão negativa. (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de 
efeito 
§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo 
previsto no § 1o deste artigo, implicará decadência do direito 
à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 
da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à 
Administração convocar os licitantes remanescentes, na 
ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou 
revogar a licitação. 
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de 
desempate, preferência de contratação para as 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as 
propostas apresentadas pelas microempresas e empresas 
de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) 
superiores à proposta mais bem classificada. 
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual 
estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por 
cento) superior ao melhor preço. 
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei 
Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da 
seguinte forma: 
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem 
classificada poderá apresentar proposta de preço inferior 
àquela considerada vencedora do certame, situação em que 
será adjudicado em seu favor o objeto licitado; 
II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou 
empresa de pequeno porte, na forma do inciso I 
do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes 
que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do 
art. 44 desta Lei Complementar, na ordem classificatória, 
para o exercício do mesmo direito; 
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas 
microempresas e empresas de pequeno porte que se 
encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 
44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre 
elas para que se identifique aquela que primeiro poderá 
apresentar melhor oferta. 
§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos 
no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em 
favor da proposta originalmente vencedora do certame. 
§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a 
melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por 
microempresa ou empresa de pequeno porte. 
§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de 
pequeno porte mais bem classificada será convocada para 
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) 
minutos após o encerramento dos lances, sob pena de 
preclusão. 
Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte 
titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos 
liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, 
Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) 
dias contados da data de liquidação poderão emitir cédula 
de crédito microempresarial. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta 
e indireta, autárquica e fundacional, federal, estadual e 
municipal, deverá ser concedido tratamento diferenciado e 
simplificado para as microempresas e empresas de pequeno 
porte objetivando a promoção do desenvolvimento 
econômico e social no âmbito municipal e regional, a 
ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à 
inovação tecnológica. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Parágrafo único. No que diz respeito às compras públicas, 
enquanto não sobrevier legislação estadual, municipal ou 
regulamento específico de cada órgão mais favorável à 
microempresa e empresa de pequeno porte, aplica-se a 
legislação federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
46 
154
6 
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei 
Complementar, a administração pública: (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
I - deverá realizar processo licitatório destinado 
exclusivamente à participação de microempresas e 
empresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo 
valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados 
à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a 
subcontratação de microempresa ou empresa de pequeno 
porte; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
III - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens 
de natureza divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por 
cento) do objeto para a contratação de microempresas e 
empresas de pequeno porte. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os 
empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da 
administração pública poderão ser destinados diretamente 
às microempresas e empresas de pequeno porte 
subcontratadas. 
§ 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo poderão, 
justificadamente, estabelecer a prioridade de contratação 
para as microempresas e empresas de pequeno porte 
sediadas local ou regionalmente, até o limite de 10%(dez 
por cento) do melhor preço válido. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei 
Complementar quando: 
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) (Produção de efeito) 
II - não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores 
competitivos enquadrados como microempresas ou 
empresas de pequeno porte sediados local ou 
regionalmente e capazes de cumprir as exigências 
estabelecidas no instrumento convocatório; 
III - o tratamento diferenciado e simplificado para as 
microempresas e empresas de pequeno porte não for 
vantajoso para a administração pública ou representar 
prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser 
contratado; 
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos 
dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, 
excetuando-se as dispensas tratadas pelos incisos I e II do 
art. 24 da mesma Lei, nas quais a compra deverá ser feita 
preferencialmente de microempresas e empresas de 
pequeno porte, aplicando-se o disposto no inciso I do art. 48. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
SEÇÃO II 
 (REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147, 
DE 2014) 
ACESSO AO MERCADO EXTERNO 
Art. 49-A. A microempresa e a empresa de pequeno porte 
beneficiárias do SIMPLES usufruirão de regime de 
exportação que contemplará procedimentos simplificados 
de habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e 
câmbio, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Parágrafo único. As pessoas jurídicas prestadoras de s
erviço de 
logística internacional, quando contratadas pelas empre
sas descritas nesta Lei Complementar, 
estão autorizadas a realizar atividades 
relativas a licenciamento administrativo, 
despacho aduaneiro, 
consolidação e desconsolidação de carga e a contratar segu
ro, câmbio, transporte e 
armazenagem de mercadorias, objeto da prestação do 
serviço, de forma simplificada 
e por meio eletrônico, na forma de regulamento. (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de 
efeito 
Art. 49-B. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
CAPÍTULO VI 
DA SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO 
SEÇÃO I 
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO 
Art. 50. As microempresas e as empresas de pequeno porte 
serão estimuladas pelo poder público e pelos Serviços 
Sociais Autônomos a formar consórcios para acesso a 
serviços especializados em segurança e medicina do 
trabalho. 
SEÇÃO II 
DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 
Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte 
são dispensadas: 
I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas 
dependências; 
II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos 
livros ou fichas de registro; 
III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos 
Serviços Nacionais de Aprendizagem; 
IV - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e 
V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a 
concessão de férias coletivas. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
47 
154
6 
Art. 52. O disposto no art. 51 desta Lei Complementar não 
dispensa as microempresas e as empresas de pequeno porte 
dos seguintes procedimentos: 
I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - 
CTPS; 
II - arquivamento dos documentos comprobatórios de 
cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, 
enquanto não prescreverem essas obrigações; 
III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência 
Social – GFIP; 
IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da 
Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro 
Geral de Empregados e Desempregados - CAGED. 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 53. (REVOGADO) 
SEÇÃO III 
DO ACESSO À JUSTIÇA DO TRABALHO 
Art. 54. É facultado ao empregador de microempresa ou de 
empresa de pequeno porte fazer-se substituir ou 
representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que 
conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo 
trabalhista ou societário. 
CAPÍTULO VII 
DA FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA 
Art. 55. A fiscalização, 
no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, 
sanitário, ambiental, de segurança, de relações de 
consumo e de uso e ocupação do 
solo das microempresas e das 
empresas de pequeno porte, deverá ser prioritariamente 
orientadora 
quando a atividade ou situação, por sua natureza, 
comportar grau de 
risco compatível com esse procedimento. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 1o Será observado o critério de dupla visita para lavratura 
de autos de infração, salvo quando for constatada infração 
por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira 
de Trabalho e Previdência Social – CTPS, ou, ainda, na 
ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço 
à fiscalização. 
§ 2o (VETADO). 
§ 3o Os órgãos e entidades competentes definirão, em 12 
(doze) meses, as atividades e situações cujo grau de risco 
seja considerado alto, as quais não se sujeitarão ao disposto 
neste artigo. 
§ 4o O disposto neste artigo não se aplica ao processo 
administrativo fiscal relativo a tributos, que se dará na forma 
dos arts. 39 e 40 desta Lei Complementar. 
§ 5o O disposto no § 1o aplica-se à lavratura de multa pelo 
descumprimento de obrigações acessórias relativas às 
matérias do caput, inclusive quando previsto seu 
cumprimento de forma unificada com matéria de outra 
natureza, exceto a trabalhista. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 6o A inobservância do critério de dupla visita implica 
nulidade do auto de infração lavrado sem cumprimento ao 
disposto neste artigo, independentemente da natureza 
principal ou acessória da obrigação. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 7o Os órgãos e entidades da administração pública federal, 
estadual, distrital e municipal deverão observar o princípio 
do tratamento diferenciado, simplificado e favorecido por 
ocasião da fixação de valores decorrentes de multas e 
demais sanções administrativas. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
§ 8o A inobservância do disposto no caput deste artigo 
implica atentado aos direitos e garantias legais assegurados 
ao exercício profissional da atividade empresarial. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 9o O disposto no caput deste artigo não se aplica a 
infrações relativas à ocupação irregular da reserva de faixa 
não edificável, de área destinada a equipamentos urbanos, 
de áreas de preservação permanente e nas faixas de 
domínio público das rodovias, ferrovias e dutovias ou de vias 
e logradouros públicos. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
CAPÍTULO VIII 
DO ASSOCIATIVISMO 
SEÇÃO ÚNICA 
DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO FORMADA 
POR MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO 
PORTE OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL 
Art. 56. As microempresas ou as empresas de pequeno 
porte poderão realizar negócios de compra e venda de bens 
e serviços para os mercados nacional e internacional, por 
meio de sociedade de propósito específico, nos termos e 
condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1º Não poderão integrar a sociedade de que trata 
o caput deste artigo pessoas jurídicas não optantes pelo 
Simples Nacional. 
§ 2º A sociedade de propósito específico de que trata este 
artigo: 
I - terá seus atos arquivados no Registro Público de 
Empresas Mercantis; 
II - terá por finalidade realizar: 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
48 
154
6 
a) operações de compras para revenda às microempresas ou 
empresas de pequeno porte que sejam suas sócias;b) operações de venda de bens adquiridos das 
microempresas e empresas de pequeno porte que sejam 
suas sócias para pessoas jurídicas que não sejam suas sócias; 
III - poderá exercer atividades de promoção dos bens 
referidos na alínea b do inciso II deste parágrafo; 
IV - apurará o imposto de renda das pessoas jurídicas com 
base no lucro real, devendo manter a escrituração dos livros 
Diário e Razão; 
V - apurará a Cofins e a Contribuição para o PIS/Pasep de 
modo não-cumulativo; 
VI - exportará, exclusivamente, bens a ela destinados pelas 
microempresas e empresas de pequeno porte que dela 
façam parte; 
VII - será constituída como sociedade limitada; 
VIII - deverá, nas revendas às microempresas ou empresas 
de pequeno porte que sejam suas sócias, observar preço no 
mínimo igual ao das aquisições realizadas para revenda; e 
IX - deverá, nas revendas de bens adquiridos de 
microempresas ou empresas de pequeno porte que sejam 
suas sócias, observar preço no mínimo igual ao das 
aquisições desses bens. 
§ 3º A aquisição de bens destinados à exportação pela 
sociedade de propósito específico não gera direito a créditos 
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo 
Simples Nacional. 
§ 4º A microempresa ou a empresa de pequeno porte não 
poderá participar simultaneamente de mais de uma 
sociedade de propósito específico de que trata este artigo. 
§ 5º A sociedade de propósito específico de que trata este 
artigo não poderá: 
I - ser filial, sucursal, agência ou representação, no País, de 
pessoa jurídica com sede no exterior; 
II - ser constituída sob a forma de cooperativas, inclusive de 
consumo; 
III - participar do capital de outra pessoa jurídica; 
IV - exercer atividade de banco comercial, de investimentos 
e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de 
crédito, financiamento e investimento ou de crédito 
imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento 
mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de 
previdência complementar; 
V - ser resultante ou remanescente de cisão ou qualquer 
outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que 
tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário 
anteriores; 
VI - exercer a atividade vedada às microempresas e 
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples 
Nacional. 
§ 6º A inobservância do disposto no § 4º deste artigo 
acarretará a responsabilidade solidária das microempresas 
ou empresas de pequeno porte sócias da sociedade de 
propósito específico de que trata este artigo na hipótese em 
que seus titulares, sócios ou administradores conhecessem 
ou devessem conhecer tal inobservância. 
§ 7º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste 
artigo até 31 de dezembro de 2008. 
§ 8º (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
CAPÍTULO IX 
DO ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃO 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 57. O Poder Executivo federal proporá, sempre que 
necessário, medidas no sentido de melhorar o acesso das 
microempresas e empresas de pequeno porte aos mercados 
de crédito e de capitais, objetivando a redução do custo de 
transação, a elevação da eficiência alocativa, o incentivo ao 
ambiente concorrencial e a qualidade do conjunto 
informacional, em especial o acesso e portabilidade das 
informações cadastrais relativas ao crédito. 
Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os 
bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa 
Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento 
Econômico e Social - 
BNDES manterão linhas de crédito específicas para as micr
oempresas e para as empresas de 
pequeno porte, vinculadas à reciprocidade social, 
devendo o montante disponível 
e suas condições de acesso ser 
expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulg
ados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
§ 1o As instituições mencionadas 
no caput deste artigo deverão 
publicar, juntamente com os respectivos 
balanços, relatório 
circunstanciado dos recursos alocados às linhas de crédito r
eferidas no caput e daqueles efetivamente 
utilizados, consignando, obrigatoriamente, as 
justificativas do desempenho alcançado. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de 
efeito 
§ 2o O acesso às linhas de crédito específicas previstas 
no caput deste artigo deverá ter tratamento simplificado e 
ágil, com divulgação ampla das respectivas condições e 
exigências. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
49 
154
6 
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
§ 4o O Conselho Monetário Nacional - CMN regulamentar
á o percentual mínimo de direcionamento dos 
recursos de que trata o caput, inclusive no tocante 
aos recursos de que trata a alínea b do inciso III do art. 10 
da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964 (Incluído pela 
Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 58-A. Os bancos públicos e privados não poderão 
contabilizar, para cumprimento de metas, empréstimos 
realizados a pessoas físicas, ainda que sócios de empresas, 
como disponibilização de crédito para microempresas e 
empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 59. As instituições referidas no caput do art. 58 desta 
Lei Complementar devem se articular com as respectivas 
entidades de apoio e representação das microempresas e 
empresas de pequeno porte, no sentido de proporcionar e 
desenvolver programas de treinamento, desenvolvimento 
gerencial e capacitação tecnológica. 
Art. 60. (VETADO). 
Art. 60-A. Poderá ser instituído Sistema Nacional de 
Garantias de Crédito pelo Poder Executivo, com o objetivo 
de facilitar o acesso das microempresas e empresas de 
pequeno porte a crédito e demais serviços das instituições 
financeiras, o qual, na forma de regulamento, proporcionará 
a elas tratamento diferenciado, favorecido e simplificado, 
sem prejuízo de atendimento a outros públicos-alvo. 
Parágrafo único. O Sistema Nacional de Garantias de 
Crédito integrará o Sistema Financeiro Nacional. 
Art. 60-B. Os fundos garantidores de risco de crédito 
empresarial que possuam participação da União na 
composição do seu capital atenderão, sempre que possível, 
as operações de crédito que envolvam microempresas e 
empresas de pequeno porte, definidas na forma do art. 
3o desta Lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
Art. 60-C. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
Art. 61. Para fins de apoio creditício às operações de 
comércio exterior das microempresas e das empresas de 
pequeno porte, serão utilizados os parâmetros de 
enquadramento ou outros instrumentos de alta 
significância para as microempresas, empresas de pequeno 
porte exportadoras segundo o porte de empresas, 
aprovados pelo Mercado Comum do Sul - MERCOSUL. 
Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os 
investimentos produtivos, a sociedade enquadrada 
como microempresa 
ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei 
Complementar, poderá admitir o aporte 
de capital, que não integrará o capital social da empresa. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 1o As finalidades de fomento a inovação e investimentos 
produtivos deverão constar do contrato de participação, 
com vigência não superior a sete anos. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 2o O aporte de capital poderá ser realizado por pessoa
 física ou por pessoa jurídica, denominadas investidor-anjo. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
§ 3o A atividade constitutiva do objeto social é exercida uni
camente 
por sócios regulares, em seu nome individual e sob su
a exclusiva responsabilidade.(Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 4o O investidor-anjo: (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito a 
gerência ou voto na administração da empresa; (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
II - não responderá 
por qualquer dívida da empresa, inclusive em 
recuperação judicial, não se aplicando a ele o art. 50 da Lei 
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil; (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
III - será remunerado 
por seus aportes, nos termos do contrato de 
participação, pelo prazo máximo de cinco anos. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 5o Para fins de enquadramento 
da sociedade como microempresa 
ou empresa de pequeno porte, os valores de capital aport
ado não são considerados receitas da sociedade. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 6o Ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à 
remuneração correspondente aos resultados distribuídos, 
conforme contrato de 
participação, não superior a 50% (cinquenta por cento) dos 
lucros da sociedade enquadrada como microempresa 
ou empresa de pequeno porte. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 7o O investidor-anjo 
somente poderá exercer o direito de resgate 
depois de decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de
 capital, ou prazo superior estabelecido 
no contrato de participação, e seus 
haveres serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei no 10.40
6, de 10 de 
janeiro de 2002 - Código Civil, não podendo ultrapassar 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
50 
154
6 
o valor investido devidamente corrigido. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 8o O disposto no § 7o deste artigo não impede a transfer
ência da titularidade do aporte para terceiros. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 9o A transferência da titularidade do aporte para terceir
o alheio à 
sociedade dependerá do consentimento dos sócios, salvo
 estipulação contratual expressa em contrário. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
§ 10. O Ministério da Fazenda poderá regulamentar 
a tributação sobre retirada do capital investido. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 61-
B. A emissão e a titularidade de aportes especiais nã
o impedem a fruição do Simples Nacional. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 61-C. Caso os 
sócios decidam pela venda da empresa, o investidor-
anjo terá direito de preferência na aquisição, bem como 
direito de venda conjunta da titularidade do aporte de
 capital, nos mesmos termos e condições que forem 
ofertados aos sócios regulares. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 61-D. Os fundos de investimento poderão aportar 
capital como investidores-
anjos em microempresas e empresas de pequeno porte. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção 
de efeito 
SEÇÃO II 
DAS RESPONSABILIDADES DO BANCO CENTRAL DO 
BRASIL 
Art. 62. O Banco Central do Brasil disponibilizará dados e 
informações das instituições financeiras integrantes do 
Sistema Financeiro Nacional, inclusive por meio do Sistema 
de Informações de Crédito - SCR, de modo a ampliar o 
acesso ao crédito para microempresas e empresas de 
pequeno porte e fomentar a competição bancária. (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 1o O disposto no caput deste artigo alcança a 
disponibilização de dados e informações específicas 
relativas ao histórico de relacionamento bancário e 
creditício das microempresas e das empresas de pequeno 
porte, apenas aos próprios titulares. 
§ 2o O Banco Central do Brasil poderá garantir o acesso 
simplificado, favorecido e diferenciado dos dados e 
informações constantes no § 1o deste artigo aos seus 
respectivos interessados, podendo a instituição optar por 
realizá-lo por meio das instituições financeiras, com as quais 
o próprio cliente tenha relacionamento. 
SEÇÃO III 
DAS CONDIÇÕES DE ACESSO AOS DEPÓSITOS 
ESPECIAIS DO FUNDO DE AMPARO AO 
TRABALHADOR – FAT 
Art. 63. O CODEFAT poderá disponibilizar recursos 
financeiros por meio da criação de programa específico para 
as cooperativas de crédito de cujos quadros de cooperados 
participem microempreendedores, empreendedores de 
microempresa e empresa de pequeno porte bem como suas 
empresas. 
Parágrafo único. Os recursos referidos no caput deste 
artigo deverão ser destinados exclusivamente às 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
 SEÇÃO IV 
(VETADO) 
 (INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 
2016) 
CAPÍTULO X 
DO ESTÍMULO À INOVAÇÃO 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 64. Para os efeitos desta Lei Complementar considera-
se: 
I - inovação: a concepção de um novo produto ou processo 
de fabricação, bem como a agregação de novas 
funcionalidades ou características ao produto ou processo 
que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de 
qualidade ou produtividade, resultando em maior 
competitividade no mercado; 
II - agência de fomento: órgão ou instituição de natureza 
pública ou privada que tenha entre os seus objetivos o 
financiamento de ações que visem a estimular e promover o 
desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; 
III - Instituição Científica e Tecnológica - ICT: órgão ou 
entidade da administração pública que tenha por missão 
institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa 
básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico; 
IV - núcleo de inovação tecnológica: núcleo ou órgão 
constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir 
sua política de inovação; 
V - instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo 
da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, com a 
finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e 
extensão e de desenvolvimento institucional, científico e 
tecnológico. 
VI - instrumentos de apoio tecnológico para a inovação: 
qualquer serviço disponibilizado presencialmente ou na 
internet que possibilite acesso a informações, orientações, 
bancos de dados de soluções de informações, respostas 
técnicas, pesquisas e atividades de apoio complementar 
desenvolvidas pelas instituições previstas nos incisos II a V 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
51 
154
6 
deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
SEÇÃO II 
(INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 167, DE 
2019) 
DO APOIO À INOVAÇÃO E DO INOVA SIMPLES DA 
EMPRESA SIMPLES DE INOVAÇÃO 
Art. 65. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, e as respectivas agências de fomento, as ICT, os 
núcleos de inovação tecnológica e as instituições de apoio 
manterão programas específicos para as microempresas e 
para as empresas de pequeno porte, inclusive quando estas 
revestirem a forma de incubadoras, observando-se o 
seguinte: 
I - as condições de acesso serão diferenciadas, favorecidas e 
simplificadas; 
II - o montante disponível e suas condições de acesso 
deverão ser expressos nos respectivos orçamentos e 
amplamente divulgados. 
§ 1o As instituições deverão publicar, juntamente com as 
respectivas prestações de contas, relatório circunstanciado 
das estratégias para maximização da participação do 
segmento, assim como dos recursos alocados às ações 
referidas no caput deste artigo e aqueles efetivamente 
utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas 
do desempenho alcançado no período. 
§ 2o As pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo 
terão por meta a aplicação de, no mínimo,20% (vinte por 
cento) dos recursos destinados à inovação para o 
desenvolvimento de tal atividade nas microempresas ou nas 
empresas de pequeno porte. 
§ 3o Os órgãos e entidades integrantes da administração 
pública federal, estadual e municipal atuantes em pesquisa, 
desenvolvimento ou capacitação tecnológica terão por 
meta efetivar suas aplicações, no percentual mínimo fixado 
neste artigo, em programas e projetos de apoio às 
microempresas ou às empresas de pequeno porte, 
transmitindo ao Ministério da Ciência, Tecnologia e 
Inovação, no primeiro trimestre de cada ano, informação 
relativa aos valores alocados e a respectiva relação 
percentual em relação ao total dos recursos destinados para 
esse fim. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 
2014) 
§ 4º Ficam autorizados a reduzir a 0 (zero) as alíquotas dos 
impostos e contribuições a seguir indicados, incidentes na 
aquisição, ou importação, de equipamentos, máquinas, 
aparelhos, instrumentos, acessórios, sobressalentes e 
ferramentas que os acompanhem, na forma definida em 
regulamento, quando adquiridos, ou importados, 
diretamente por microempresas ou empresas de pequeno 
porte para incorporação ao seu ativo imobilizado: 
I - a União, em relação ao IPI, à Cofins, à Contribuição para o 
PIS/Pasep, à Cofins-Importação e à Contribuição para o 
PIS/Pasep-Importação; e 
II - os Estados e o Distrito Federal, em relação ao ICMS. 
§ 5º A microempresa ou empresa de pequeno porte, 
adquirente de bens com o benefício previsto no § 4º deste 
artigo, fica obrigada, nas hipóteses previstas em 
regulamento, a recolher os impostos e contribuições que 
deixaram de ser pagos, acrescidos de juros e multa, de mora 
ou de ofício, contados a partir da data da aquisição, no 
mercado interno, ou do registro da declaração de 
importação - DI, calculados na forma da legislação que rege 
a cobrança do tributo não pago. 
§ 6o Para efeito da execução do orçamento previsto neste 
artigo, os órgãos e instituições poderão alocar os recursos 
destinados à criação e ao custeio de ambientes de inovação, 
incluindo incubadoras, parques e centros vocacionais 
tecnológicos, laboratórios metrológicos, de ensaio, de 
pesquisa ou apoio ao treinamento, bem como custeio de 
bolsas de extensão e remuneração de professores, 
pesquisadores e agentes envolvidos nas atividades de apoio 
tecnológico complementar. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 65-A. É criado o Inova Simples, regime especial 
simplificado que concede às iniciativas empresariais de 
caráter incremental ou disruptivo que se autodeclarem 
como startups ou empresas de inovação tratamento 
diferenciado com vistas a estimular sua criação, 
formalização, desenvolvimento e consolidação como 
agentes indutores de avanços tecnológicos e da geração de 
emprego e renda. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, 
de 2019) 
§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-
se startup a empresa de caráter inovador que visa a 
aperfeiçoar sistemas, métodos ou modelos de negócio, de 
produção, de serviços ou de produtos, os quais, quando já 
existentes, caracterizam startups de natureza incremental, 
ou, quando relacionados à criação de algo totalmente novo, 
caracterizam startups de natureza disruptiva. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 167, de 2019) 
§ 2º As startups caracterizam-se por desenvolver suas 
inovações em condições de incerteza que requerem 
experimentos e validações constantes, inclusive mediante 
comercialização experimental provisória, antes de 
procederem à comercialização plena e à obtenção de 
receita. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
§ 3º O tratamento diferenciado a que se refere o caput deste 
artigo consiste na fixação de rito sumário para abertura e 
fechamento de empresas sob o regime do Inova Simples, 
que se dará de forma simplificada e automática, no mesmo 
ambiente digital do portal da Rede Nacional para a 
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e 
Negócios (Redesim), em sítio eletrônico oficial do governo 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
52 
154
6 
federal, por meio da utilização de formulário digital próprio, 
disponível em janela ou ícone intitulado Inova Simples. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
§ 4º Os titulares de empresa submetida ao regime do Inova 
Simples preencherão cadastro básico com as seguintes 
informações: (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 
2019) 
I - qualificação civil, domicílio e CPF; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
II - descrição do escopo da intenção empresarial inovadora e 
definição da razão social, que deverá conter 
obrigatoriamente a expressão “Inova Simples (I.S.)”; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
III - autodeclaração, sob as penas da lei, de que o 
funcionamento da empresa submetida ao regime do Inova 
Simples não produzirá poluição, barulho e aglomeração de 
tráfego de veículos, para fins de caracterizar baixo grau de 
risco, nos termos do § 4º do art. 6º desta Lei Complementar; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
IV - definição do local da sede, que poderá ser comercial, 
residencial ou de uso misto, sempre que não proibido pela 
legislação municipal ou distrital, admitindo-se a 
possibilidade de sua instalação em locais onde funcionam 
parques tecnológicos, instituições de ensino, empresas 
juniores, incubadoras, aceleradoras e espaços 
compartilhados de trabalho na forma de coworking; e 
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
V - em caráter facultativo, a existência de apoio ou validação 
de instituto técnico, científico ou acadêmico, público ou 
privado, bem como de incubadoras, aceleradoras e 
instituições de ensino, nos parques tecnológicos e afins. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
§ 5º Realizado o correto preenchimento das informações, 
será gerado automaticamente número de CNPJ específico, 
em nome da denominação da empresa Inova Simples, em 
código próprio Inova Simples. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
§ 6º A empresa submetida ao regime do Inova Simples 
constituída na forma deste artigo deverá abrir, 
imediatamente, conta bancária de pessoa jurídica, para fins 
de captação e integralização de capital, proveniente de 
aporte próprio de seus titulares ou de investidor domiciliado 
no exterior, de linha de crédito público ou privado e de 
outras fontes previstas em lei. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
§ 7º No portal da Redesim, no espaço destinado ao 
preenchimento de dados do Inova Simples, deverá ser 
criado campo ou ícone para comunicação automática ao 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) do 
conteúdo inventivo do escopo da inciativa empresarial, se 
houver, para fins de registro de marcas e patentes, sem 
prejuízo de o titular providenciar os registros de propriedade 
intelectual e industrial diretamente, de moto próprio, no 
INPI. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
§ 8º O INPI deverá criar mecanismo que concatene desde a 
recepção dos dados ao processamento sumário das 
solicitações de marcas e patentes de empresas Inova 
Simples. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 2019) 
§ 9º Os recursos capitalizados não constituirão renda e 
destinar-se-ão exclusivamente ao custeio do 
desenvolvimento de projetos de startup de que trata o § 1º 
deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 
2019) 
§ 10. É permitida a comercialização experimental do serviço 
ou produto até o limite fixado para o MEI nesta Lei 
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 167, de 
2019) 
§ 11. Na eventualidade de não lograr êxito no 
desenvolvimento do escopo pretendido, a baixa do CNPJ 
será automática, mediante procedimento de 
autodeclaração no portal da Redesim. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
§ 12. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº167, de 
2019) 
§ 13. O disposto neste artigo será regulamentado pelo 
Comitê Gestor do Simples Nacional. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 167, de 2019) 
Art. 66. No primeiro trimestre do ano subseqüente, os 
órgãos e entidades a que alude o art. 67 desta Lei 
Complementar transmitirão ao Ministério da Ciência e 
Tecnologia relatório circunstanciado dos projetos 
realizados, compreendendo a análise do desempenho 
alcançado. 
Art. 67. Os órgãos congêneres ao Ministério da Ciência e 
Tecnologia estaduais e municipais deverão elaborar e 
divulgar relatório anual indicando o valor dos recursos 
recebidos, inclusive por transferência de terceiros, que 
foram aplicados diretamente ou por organizações 
vinculadas, por Fundos Setoriais e outros, no segmento das 
microempresas e empresas de pequeno porte, retratando e 
avaliando os resultados obtidos e indicando as previsões de 
ações e metas para ampliação de sua participação no 
exercício seguinte. 
 SEÇÃO III 
DO APOIO À CERTIFICAÇÃO 
(INCLUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 
2016) PRODUÇÃO DE EFEITO 
Art. 67-A. O órgão competente 
do Poder Executivo disponibilizará na internet informações 
sobre certificação de qualidade de produtos e 
processos para microempresas e empresas de 
pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
53 
154
6 
Parágrafo único. Os órgãos da administração 
direta e indireta e as entidades certificadoras privadas, 
responsáveis pela criação, regulação e gestão de 
processos de certificação de qualidade de produtos e 
processos, deverão, sempre que solicitados, disponibilizar 
ao órgão competente do Poder Executivo informações 
referentes a procedimentos 
e normas aplicáveis aos processos de certificação em 
seu escopo de atuação. (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
CAPÍTULO XI 
DAS REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS 
SEÇÃO I 
DAS REGRAS CIVIS 
SUBSEÇÃO I 
DO PEQUENO EMPRESÁRIO 
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de 
aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o empresário 
individual caracterizado como microempresa na forma 
desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual até o 
limite previsto no § 1o do art. 18-A. 
SUBSEÇÃO II 
(VETADO). 
Art. 69. (VETADO). 
SEÇÃO II 
DAS DELIBERAÇÕES SOCIAIS E DA ESTRUTURA 
ORGANIZACIONAL 
Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte 
são desobrigadas da realização de reuniões e assembléias 
em qualquer das situações previstas na legislação civil, as 
quais serão substituídas por deliberação representativa do 
primeiro número inteiro superior à metade do capital social. 
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja 
disposição contratual em contrário, caso ocorra hipótese de 
justa causa que enseje a exclusão de sócio ou caso um ou 
mais sócios ponham em risco a continuidade da empresa em 
virtude de atos de inegável gravidade. 
§ 2o Nos casos referidos no § 1o deste artigo, realizar-se-á 
reunião ou assembléia de acordo com a legislação civil. 
Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei 
Complementar, nos termos da legislação civil, ficam 
dispensados da publicação de qualquer ato societário. 
SEÇÃO III 
DO NOME EMPRESARIAL 
Art. 72. (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) 
(Vigência) 
SEÇÃO IV 
DO PROTESTO DE TÍTULOS 
Art. 73. O protesto de título, quando o devedor for 
microempresário ou empresa de pequeno porte, é sujeito às 
seguintes condições: 
I - sobre os emolumentos do tabelião não incidirão 
quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e 
contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de 
previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos 
especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de 
classe, criados ou que venham a ser criados sob qualquer 
título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor 
das despesas de correio, condução e publicação de edital 
para realização da intimação; 
II - para o pagamento do título em cartório, não poderá ser 
exigido cheque de emissão de estabelecimento bancário, 
mas, feito o pagamento por meio de cheque, de emissão de 
estabelecimento bancário ou não, a quitação dada pelo 
tabelionato de protesto será condicionada à efetiva 
liquidação do cheque; 
III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no 
pagamento do título, será feito independentemente de 
declaração de anuência do credor, salvo no caso de 
impossibilidade de apresentação do original protestado; 
IV - para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III 
do caput deste artigo, o devedor deverá provar sua 
qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno 
porte perante o tabelionato de protestos de títulos, 
mediante documento expedido pela Junta Comercial ou 
pelo Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso; 
V - quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem 
a devida provisão de fundos, serão automaticamente 
suspensos pelos cartórios de protesto, pelo prazo de 1 (um) 
ano, todos os benefícios previstos para o devedor neste 
artigo, independentemente da lavratura e registro do 
respectivo protesto. 
Art. 73-A. São vedadas cláusulas contratuais relativas à 
limitação da emissão ou circulação de títulos de crédito ou 
direitos creditórios originados de operações de compra e 
venda de produtos e serviços por microempresas e 
empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
CAPÍTULO XII 
DO ACESSO À JUSTIÇA 
SEÇÃO I 
DO ACESSO AOS JUIZADOS ESPECIAIS 
Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de 
pequeno porte de que trata esta Lei Complementar o 
disposto no § 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6º da Lei 
nº 10.259, de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as 
pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
54 
154
6 
proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos 
os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 
Art. 74-A. O Poder Judiciário, especialmente por meio do 
Conselho Nacional de Justiça - CNJ, e o Ministério da Justiça 
implementarão medidas para disseminar o tratamento 
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de 
pequeno porte em suas respectivas áreas de competência. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
SEÇÃO II 
DA CONCILIAÇÃO PRÉVIA, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 
Art. 75. As microempresas e empresas de pequeno porte 
deverão ser estimuladas a utilizar os institutos de 
conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos 
seus conflitos. 
§ 1o Serão reconhecidos de pleno direito os acordos 
celebrados no âmbito das comissões de conciliação prévia. 
§ 2o O estímulo a que se refere o caput deste artigo 
compreenderá campanhas de divulgação, serviços de 
esclarecimento e tratamento diferenciado, simplificado e 
favorecido no tocante aos custos administrativos e 
honorários cobrados. 
SEÇÃO III 
DAS PARCERIAS 
Art. 75-A. Para fazer face às demandas originárias do 
estímulo previsto nos arts. 74 e 75 desta Lei Complementar, 
entidades privadas, públicas, inclusive o Poder Judiciário, 
poderão firmar parcerias entre si, objetivando a instalação 
ou utilização de ambientes propícios para a realização dos 
procedimentos inerentes a busca da solução de conflitos. 
Art. 75-B. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 
155, de 2016) Produção de efeito 
CAPÍTULO XIII 
DO APOIO E DA REPRESENTAÇÃO 
Art. 76. Para o cumprimento do disposto nesta Lei 
Complementar, bem como para desenvolver e acompanhar 
políticas públicas voltadas às microempresas e empresas de 
pequeno porte,o poder público, em consonância com o 
Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de 
Pequeno Porte, sob a coordenação da Secretaria da Micro e 
Pequena Empresa da Presidência da República, deverá 
incentivar e apoiar a criação de fóruns com participação dos 
órgãos públicos competentes e das entidades vinculadas ao 
setor. (Redação dada pela Lei nº 12.792, de 2013) 
Parágrafo único. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa 
da Presidência da República coordenará com as entidades 
representativas das microempresas e empresas de pequeno 
porte a implementação dos fóruns regionais nas unidades 
da federação. (Redação dada pela Lei nº 12.792, de 2013) 
Art. 76-A. As instituições de representação e apoio 
empresarial deverão promover programas de 
sensibilização, de informação, de orientação e apoio, de 
educação fiscal, de regularidade dos contratos de trabalho e 
de adoção de sistemas informatizados e eletrônicos, como 
forma de estímulo à formalização de empreendimentos, de 
negócios e empregos, à ampliação da competitividade e à 
disseminação do associativismo entre as microempresas, os 
microempreendedores individuais, as empresas de pequeno 
porte e equiparados. (Incluído pela Lei Complementar nº 
147, de 2014) 
CAPÍTULO XIV 
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
Art. 77. Promulgada esta Lei Complementar, o Comitê 
Gestor expedirá, em 30 (trinta) meses, as instruções que se 
fizerem necessárias à sua execução. 
§ 1o O Ministério do Trabalho e Emprego, a Secretaria da 
Receita Federal, a Secretaria da Receita Previdenciária, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão editar, 
em 1 (um) ano, as leis e demais atos necessários para 
assegurar o pronto e imediato tratamento jurídico 
diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e 
às empresas de pequeno porte. 
§ 2º A administração direta e indireta federal, estadual e 
municipal e as entidades paraestatais acordarão, no prazo 
previsto no § 1º deste artigo, as providências necessárias à 
adaptação dos respectivos atos normativos ao disposto 
nesta Lei Complementar. 
§ 3o (VETADO). 
§ 4o O Comitê Gestor regulamentará o disposto no inciso I 
do § 6o do art. 13 desta Lei Complementar até 31 de 
dezembro de 2008. 
§ 5o A partir de 1o de janeiro de 2009, perderão eficácia as 
substituições tributárias que não atenderem à disciplina 
estabelecida na forma do § 4o deste artigo. 
§ 6o O Comitê de que trata o inciso III do caput do art. 
2o desta Lei Complementar expedirá, até 31 de dezembro de 
2009, as instruções que se fizerem necessárias relativas a 
sua competência. 
Art. 78. (REVOGADO) 
Art. 79. Será concedido, para ingresso no Simples Nacional, 
parcelamento, em até 100 (cem) parcelas mensais e 
sucessivas, dos débitos com o Instituto Nacional do Seguro 
Social – INSS, ou com as Fazendas Públicas federal, estadual 
ou municipal, de responsabilidade da microempresa ou 
empresa de pequeno porte e de seu titular ou sócio, com 
vencimento até 30 de junho de 2008. 
§ 1o O valor mínimo da parcela mensal será de R$ 100,00 
(cem reais), considerados isoladamente os débitos para com 
a Fazenda Nacional, para com a Seguridade Social, para 
com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do Distrito 
Federal. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
55 
154
6 
§ 2o Esse parcelamento alcança inclusive débitos inscritos 
em dívida ativa. 
§ 3o O parcelamento será requerido à respectiva Fazenda 
para com a qual o sujeito passivo esteja em débito. 
§ 3º-A O parcelamento deverá ser requerido no prazo 
estabelecido em regulamentação do Comitê Gestor. 
§ 4o Aplicam-se ao disposto neste artigo as demais regras 
vigentes para parcelamento de tributos e contribuições 
federais, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. 
§ 5o (VETADO) 
§ 6o (VETADO) 
§ 7o (VETADO) 
§ 8o (VETADO) 
§ 9º O parcelamento de que trata o caput deste artigo não 
se aplica na hipótese de reingresso de microempresa ou 
empresa de pequeno porte no Simples Nacional. 
Art. 79-A. (VETADO) 
Art. 79-B. Excepcionalmente para os fatos geradores 
ocorridos em julho de 2007, os tributos apurados na forma 
dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar deverão ser pagos 
até o último dia útil de agosto de 2007. 
Art. 79-C. A microempresa e a empresa de pequeno porte 
que, em 30 de junho de 2007, se enquadravam no regime 
previsto na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e que 
não ingressaram no regime previsto no art. 12 desta Lei 
Complementar sujeitar-se-ão, a partir de 1o de julho de 
2007, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas 
jurídicas. 
§ 1o Para efeito do disposto no caput deste artigo, o sujeito 
passivo poderá optar pelo recolhimento do Imposto sobre a 
Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido - CSLL na forma do lucro real, 
trimestral ou anual, ou do lucro presumido. 
§ 2o A opção pela tributação com base no lucro presumido 
dar-se-á pelo pagamento, no vencimento, do IRPJ e da CSLL 
devidos, correspondente ao 3o (terceiro) trimestre de 2007 
e, no caso do lucro real anual, com o pagamento do IRPJ e 
da CSLL relativos ao mês de julho de 2007 com base na 
estimativa mensal. 
Art. 79-D Excepcionalmente, para os fatos geradores 
ocorridos entre 1o de julho de 2007 e 31 de dezembro de 
2008, as pessoas jurídicas que exerçam atividade sujeita 
simultaneamente à incidência do IPI e do ISS deverão 
recolher o ISS diretamente ao Município em que este 
imposto é devido até o último dia útil de fevereiro de 2009, 
aplicando-se, até esta data, o disposto no parágrafo único 
do art. 100 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - 
Código Tributário Nacional - CTN. 
Art. 79-E. A empresa de pequeno porte optante pelo 
Simples 
Nacional em 31 de dezembro de 2017 que durante o ano-
calendário de 2017 auferir receita bruta total anual entre R$ 
3.600.000,01 (três milhões, 
seiscentos mil reais e um centavo) e R$ 4.800.000,00 (quatr
o milhões e oitocentos mil reais) continuará automatica
mente incluída no Simples 
Nacional com efeitos a partir de 1o de janeiro de 2018, 
ressalvado o direito de 
exclusão por comunicação da optante. (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito 
Art. 80. O art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, fica 
acrescido dos seguintes §§ 2o e 3o, passando o parágrafo 
único a vigorar como § 1o: 
“Art. 21 
§ 2º É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente 
ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição a 
alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual 
que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com 
empresa ou equiparado, e do segurado facultativo que 
optarem pela exclusão do direito ao benefício de 
aposentadoria por tempo de contribuição. 
§ 3o O segurado que tenha contribuído na forma do § 
2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição 
correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por 
tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo 
de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 
24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição 
mensal mediante o recolhimento de mais 9% (nove por 
cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o 
disposto no art. 34 desta Lei.” (NR) 
Art. 81. O art. 45 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 
passa a vigorar com as seguintes alterações: 
“Art. 45 
§ 2º Para apuração e constituição dos créditos a que se 
refere o § 1o deste artigo, a Seguridade Social utilizará como 
base de incidência o valor da média aritmética simples dos 
maiores salários-de-contribuição, reajustados, 
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o 
período contributivo decorrido desde a competência julho 
de 1994. 
§ 4º Sobre os valores apurados na forma dos §§ 2o e 3o deste 
artigo incidirão juros moratórios de 0,5% (zero vírgula cinco 
por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitadosao 
percentual máximo de 50% (cinqüenta por cento), e multa 
de 10% (dez por cento). 
§ 7º A contribuição complementar a que se refere o § 3o do 
art. 21 desta Lei será exigida a qualquer tempo, sob pena de 
indeferimento do benefício.” (NR) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
56 
154
6 
Art. 82. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar 
com as seguintes alterações: 
“Art. 9o 
§ 1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a 
cobertura de todas as situações expressas no art. 1o desta 
Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei 
específica, e de aposentadoria por tempo de contribuição 
para o trabalhador de que trata o § 2o do art. 21 da Lei 
no 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) 
“Art 
I - 
c) aposentadoria por tempo de contribuição; 
§ 3º O segurado contribuinte individual, que trabalhe por 
conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou 
equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na 
forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de 
contribuição.” (NR) 
“Art. 55 
§ 4º Não será computado como tempo de contribuição, para 
efeito de concessão do benefício de que trata esta subseção, 
o período em que o segurado contribuinte individual ou 
facultativo tiver contribuído na forma do § 2º do art. 21 da 
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se tiver 
complementado as contribuições na forma do § 3o do 
mesmo artigo.” (NR) 
Art. 83. O art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, fica 
acrescido do seguinte § 2o, passando o parágrafo único a 
vigorar como § 1o: 
“Art. 94 
§ 2º Não será computado como tempo de contribuição, para 
efeito dos benefícios previstos em regimes próprios de 
previdência social, o período em que o segurado 
contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na 
forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991, salvo se complementadas as contribuições na forma 
do § 3o do mesmo artigo.” (NR) 
Art. 84. O art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho - 
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 
1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3o: 
“Art. 58 
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas 
de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção 
coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, 
em local de difícil acesso ou não servido por transporte 
público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem 
como a forma e a natureza da remuneração.” (NR) 
Art. 85. (VETADO). 
Art. 85-A. Caberá ao Poder Público Municipal designar 
Agente de Desenvolvimento para a efetivação do disposto 
nesta Lei Complementar, observadas as especificidades 
locais. 
§ 1º A função de Agente de Desenvolvimento caracteriza-se 
pelo exercício de articulação das ações públicas para a 
promoção do desenvolvimento local e territorial, mediante 
ações locais ou comunitárias, individuais ou coletivas, que 
visem ao cumprimento das disposições e diretrizes contidas 
nesta Lei Complementar, sob supervisão do órgão gestor 
local responsável pelas políticas de desenvolvimento. 
§ 2º O Agente de Desenvolvimento deverá preencher os 
seguintes requisitos: 
I - residir na área da comunidade em que atuar; 
II - haver concluído, com aproveitamento, curso de 
qualificação básica para a formação de Agente de 
Desenvolvimento; e 
III - possuir formação ou experiência compatível com a 
função a ser exercida; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
IV - ser preferencialmente servidor efetivo do Município. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
§ 3o A Secretaria da Micro e Pequena Empresa da 
Presidência da República juntamente com as entidades 
municipalistas e de apoio e representação empresarial 
prestarão suporte aos referidos agentes na forma de 
capacitação, estudos e pesquisas, publicações, promoção 
de intercâmbio de informações e experiências. (Redação 
dada pela Lei nº 12.792, de 2013) 
Art. 86. As matérias tratadas nesta Lei Complementar que 
não sejam reservadas constitucionalmente a lei 
complementar poderão ser objeto de alteração por lei 
ordinária. 
Art. 87. O § 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 63, de 11 
de janeiro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 3o 
§ 1º O valor adicionado corresponderá, para cada Município: 
I - ao valor das mercadorias saídas, acrescido do valor das 
prestações de serviços, no seu território, deduzido o valor 
das mercadorias entradas, em cada ano civil; 
II - nas hipóteses de tributação simplificada a que se refere o 
parágrafo único do art. 146 da Constituição Federal, e, em 
outras situações, em que se dispensem os controles de 
entrada, considerar-se-á como valor adicionado o 
percentual de 32% (trinta e dois por cento) da receita bruta.” 
(NR) 
Art. 87-A. Os Poderes Executivos da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios expedirão, anualmente, até o 
dia 30 de novembro, cada um, em seus respectivos âmbitos 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
57 
154
6 
de competência, decretos de consolidação da 
regulamentação aplicável relativamente às microempresas 
e empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
Art. 88. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de 
sua publicação, ressalvado o regime de tributação das 
microempresas e empresas de pequeno porte, que entra em 
vigor em 1o de julho de 2007. 
Art. 89. Ficam revogadas, a partir de 1o de julho de 
2007, a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a Lei nº 
9.841, de 5 de outubro de 1999. 
Brasília, 14 de dezembro de 2006; 185º da Independência e 
118º da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Guido Mantega 
Luiz Marinho 
Luiz Fernando Furlan 
Dilma Rousseff 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.12.2006, 
republicado em 31.1.2009, republicado em 31.1.2012 e 
republicado em 6.3.2012. 
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 
DE DEZEMBRO DE 2006 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio 
Receita Bruta em 12 Meses 
(em R$) 
Alíquota Valor a 
Deduzir (em 
R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 
360.000,00 
7,30% 5.940,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 
720.000,00 
9,50% 13.860,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 
1.800.000,00 
10,70% 22.500,00 
5a Faixa De 1.800.000,01 
a 3.600.000,00 
14,30% 87.300,00 
6a Faixa De 
3.600.000,01 a 
4.800.000,00 
19,00% 378.000,00 
 
Faixas 
 
Percentual de Repartição dos Tributos 
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS 
1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 
2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 
3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 
4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 
5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 
6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - 
 
ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE 
DEZEMBRO DE 2006 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria 
Receita Bruta em 12 Meses 
(em R$) 
Alíquota 
Valor a 
Deduzir (em 
R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 
360.000,00 
7,80% 5.940,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 
720.000,00 
10,00% 13.860,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 
1.800.000,00 
11,20% 22.500,00 
5a Faixa De 
1.800.000,01 a 
3.600.000,00 
14,70% 85.500,00 
6a Faixa De 
3.600.000,01 a 
4.800.000,00 
30,00% 720.000,00 
 
Percentual de Repartição dos Tributos 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
58154
6 
Faixa
s 
 
IRPJ CSL
L 
Cofin
s 
PIS/Pa
sep 
CPP IPI ICMS 
1a Fai
xa 
5,50
% 
3,50
% 
11,51
% 
2,49% 37,50
% 
7,50
% 
32,0
0% 
2a Fai
xa 
5,50
% 
3,50
% 
11,51
% 
2,49% 37,50
% 
7,50
% 
32,0
0% 
3a Fai
xa 
5,50
% 
3,50
% 
11,51
% 
2,49% 37,50
% 
7,50
% 
32,0
0% 
4a Fai
xa 
5,50
% 
3,50
% 
11,51
% 
2,49% 37,50
% 
7,50
% 
32,0
0% 
5a Fai
xa 
5,50
% 
3,50
% 
11,51
% 
2,49% 37,50
% 
7,50
% 
32,0
0% 
6a Fai
xa 
8,50
% 
7,50
% 
20,9
6% 
4,54% 23,5
0% 
35,0
0% 
- 
ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 
14 DE DEZEMBRO DE 2006 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de 
locação de bens móveis e de prestação de serviços não 
relacionados no § 5o-C do art. 18 desta Lei Complementar 
Receita Bruta em 12 Meses 
(em R$) 
Alíquota Valor a 
Deduzir (em 
R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 6,00% – 
2a Faixa De 180.000,01 a 
360.000,00 
11,20% 9.360,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 
720.000,00 
13,50% 17.640,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 
1.800.000,00 
16,00% 35.640,00 
5a Faixa De 
1.800.000,01 a 
3.600.000,00 
21,00% 125.640,00 
6a Faixa De 
3.600.000,01 a 
4.800.000,00 
33,00% 648.000,00 
 
Faixas 
 
Percentual de Repartição dos Tributos 
IRPJ CSLL Cofin
s 
PIS/P
asep 
CPP ISS (*) 
1a Faix
a 
4,00% 3,50
% 
12,82
% 
2,78% 43,40
% 
33,50
% 
2a Faix
a 
4,00% 3,50
% 
14,05
% 
3,05% 43,40
% 
32,00
% 
3a Faix
a 
4,00% 3,50
% 
13,64
% 
2,96% 43,40
% 
32,50
% 
4a Faix
a 
4,00% 3,50
% 
13,64
% 
2,96% 43,40
% 
32,50
% 
5a Faix
a 
4,00% 3,50
% 
12,82
% 
2,78% 43,40
% 
33,50
% (*) 
6a Faix
a 
35,00
% 
15,00
% 
16,03
% 
3,47% 30,50
% 
– 
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, 
transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos 
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. 
Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for 
superior a 14,92537%, a repartição será: 
 IRPJ CSLL Cofin
s 
PIS/P
asep 
CPP ISS 
5a Faixa
, com 
alíquot
a 
efetiva 
superio
r a 
14,9253
7% 
(Alíqu
ota 
efetiv
a – 
5%) x 
6,02
% 
(Alíqu
ota 
efetiv
a – 
5%) x 
5,26
% 
(Alíqu
ota 
efetiv
a – 
5%) x 
19,28
% 
(Alíqu
ota 
efetiv
a – 
5%) x 
4,18% 
(Alíqu
ota 
efetiv
a – 
5%) x 
65,26
% 
Perce
ntual 
de ISS 
fixo 
em 5% 
 
ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE 
DEZEMBRO DE 2006 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
59 
154
6 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas 
decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-C 
do art. 18 desta Lei Complementar 
Receita Bruta em 12 Meses 
(em R$) Alíquota 
Valor a 
Deduzir (em 
R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 
360.000,00 
9,00% 8.100,00 
3a Faixa De 360.000,01 
a 720.000,00 
10,20% 12.420,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 
1.800.000,00 
14,00% 39.780,00 
5a Faixa De 
1.800.000,01 a 
3.600.000,00 
22,00% 183.780,00 
6a Faixa De 
3.600.000,01 a 
4.800.000,00 
33,00% 828.000,00 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 
IRPJ CSLL Cofins 
PIS/Pas
ep 
ISS (*) 
1a Faixa 
18,80
% 
15,20
% 
17,67% 3,83% 44,50% 
2a Faixa 
19,80
% 
15,20
% 
20,55
% 
4,45% 40,00% 
3a Faixa 
20,80
% 
15,20
% 
19,73% 4,27% 40,00% 
4a Faixa 
17,80
% 
19,20
% 
18,90
% 
4,10% 40,00% 
5a Faixa 
18,80
% 
19,20
% 
18,08
% 
3,92% 
40,00% 
(*) 
6a Faixa 
53,50
% 
21,50
% 
20,55
% 
4,45% - 
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, 
transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos 
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. 
Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for 
superior a 12,5%, a repartição será: 
Faixa IRPJ CSLL Cofins 
PIS/Pas
ep 
ISS 
5a Faixa, 
comalíqu
ota 
efetiva 
superior 
a 12,5% 
Alíquo
ta 
efetiv
a – 
5%) x 
31,33
% 
(Alíquo
ta 
efetiva 
– 5%) x 
32,00
% 
(Alíquo
ta 
efetiva 
– 5%) x 
30,13% 
Alíquot
a 
efetiva 
– 5%) x 
6,54% 
Percent
ual de 
ISS fixo 
em 5% 
ANEXO V DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE 
DEZEMBRO DE 2006. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 
2016) Produção de efeito 
(Vigência: 01/01/2018) 
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas 
decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-I 
do art. 18 desta Lei Complementar 
Receita Bruta em 12 Meses 
(em R$) 
Alíquota Valor a 
Deduzir (em 
R$) 
1a Faixa Até 180.000,00 15,50% - 
2a Faixa De 180.000,01 a 
360.000,00 
18,00% 4.500,00 
3a Faixa De 360.000,01 a 
720.000,00 
19,50% 9.900,00 
4a Faixa De 720.000,01 a 
1.800.000,00 
20,50% 17.100,00 
5a Faixa De 
1.800.000,01 a 
3.600.000,00 
23,00% 62.100,00 
6a Faixa De 
3.600.000,01 a 
4.800.000,00 
30,50% 540.000,00 
 
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos 
 IRPJ CSLL Cofin
s 
PIS/Pas
ep 
CPP ISS 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
60 
154
6 
1a Faix
a 
25,00
% 
15,00
% 
14,10
% 
3,05% 28,85
% 
14,00
% 
2a Fai
xa 
23,00
% 
15,00
% 
14,10
% 
3,05% 27,85
% 
17,00
% 
3a Faix
a 
24,00
% 
15,00
% 
14,92
% 
3,23% 23,85
% 
19,00
% 
4a Fai
xa 
21,00
% 
15,00
% 
15,74
% 
3,41% 23,85
% 
21,00
% 
5a Fai
xa 
23,00
% 
12,50
% 
14,10
% 
3,05% 23,85
% 
23,50
% 
6a Fai
xa 
35,00
% 
15,50
% 
16,44
% 
3,56% 29,50
% 
- 
Lei nº 492/1937 
Regula o penhor rural e a cédula pignoratícia 
O Presidente da República: 
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a 
seguinte lei: 
CAPÍTULO I 
DO PENHOR RURAL 
Art. 1º Constitue-se o penhor rural pelo vínculo real, 
resultante do registro, por via do qual agricultores ou 
criadores sujeitam suas culturas ou animais ao cumprimento 
de obrigações, ficando como depositários daqueles ou 
dêstes. 
Parágrafo único. O penhor rural compreende o penhor 
agrícola e o penhor pecuário, conforme a natureza da coisa 
dada em garantia. 
Art. 2º Contrata-se o penhor rural por escritura pública ou 
por escritura particular, transcrita no registro imobiliário da 
comarca em que estiverem, situados os bens ou animais 
empenhados, para valimento contra terceiros. 
§ 1º A escritura particular pode ser feita e assinada ou 
sòmente assinada pelos contratantes, sendo subscrita por 
duas testemunhas. 
§ 2º A escriptura deve declarar: 
I - os nomes, prenomes, estado, nacionalidade, profissão e 
domicílio dos contratantes; 
II - o total da dívida ou sua estimação; 
III - o prazo fixado para o pagamento; 
IV - a taxa dos juros, se houver; 
V - as cousas ou animais dados em garantia, com as suas 
especificações, de molde a individualizá-las; 
VI - a denominação, confrontação e situação da propriedade 
agrícola onde se encontrem as coisas ou animais 
empenhados, bem assim a data da escritura de sua 
aquisição, ou arrendamento, e número de sua transcrição 
imobiliária; 
VII - as demais estipulações usuais no contrato mútuo. 
Art. 3º Pode ajustar-se o penhor rural em garantia de 
obrigação de terceiro, ficando as coisas ou animais em 
poder do proprietário e sob sua responsabilidade, não lhe 
sendo lícito, como depositário, dispor das mesmas, senão 
com o consentimento escrito do credor. 
§ 1º No caso de falecimento do devedor ou do terceiro 
penhorante, depositários das coisas ou animais 
empenhados, pode o credor requerer ao juiz competente a 
sua imediata remoção para o poder do depositário, que 
nomear. 
§ 2º Assiste ao credor ou endossatário da cédula rural 
pignoratícia direito para, sempre que lhe convier, verificar o 
estado das coisas ou animais dados em garantia, 
inspecionando-os onde se acharem, por si ou por interposta 
pessoa, e de solicitar a respeito informações escritas do 
devedor.§ 3º A provada resistência ou recusa dêste ou de quem 
ofereceu a garantia ao cumprimento do disposto no 
parágrafo anterior, importa, se ao credor convier, no 
vencimento da dívida e sua imediata exigibilidade. 
§ 4º Em caso de abandono das coisas ou animais 
empenhados, pode o credor, autorizando o juiz 
competente, encarregar-se de os guardar, administrar e 
conservar. 
Art. 4º Independe o penhor rural do consentimento do 
credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de 
prelação, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser 
executada. 
§ 1° Pode o devedor, independentemente de consentimento 
do credor, constituir novo penhor rural se o valor dos bens 
ou dos animais exceder ao da dívida anterior, ressalvada 
para esta a prioridade de pagamento. 
§ 2º Paga uma das dívidas, subsiste a garantia para a outra, 
em sua totalidade. 
§ 3º As coisas e animais dados em penhor garantem ao 
credor, em privilégio especial, a importância da dívida, os 
juros, as despesas e as demais obrigações constantes da 
escriptura. 
Art. 5º Entre os direitos do credor pignoratício especificados 
no escritura compreendem-se ainda: 
I - o valor do seguro dos bens ou dos animais empenhados 
no caso de seu perecimento; 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
61 
154
6 
II - a indenização a que estiver sujeito o causador da perda 
ou deterioração dos bens ou animais empenhados, podendo 
exigir do devedor a satisfação do prejuizo sofrido por vício 
ou defeito oculto; 
III - o preço da desapropriação ou da requisição dos bens ou 
animais, em caso de utilidade ou necessidade pública. 
SECÇÃO I 
DO PENHOR AGRÍCOLA 
Art. 6º Podem ser objeto de penhor agrícola: 
I - colheitas pendentes ou em via de formação, quer 
resultem de prévia cultura, quer de produção espontânea do 
solo; 
II - fructos armazenados, em ser, ou beneficiados e 
acondicionados para venda; 
III - madeira das matas, preparada para o corte, ou em tóras, 
ou já serrada e lavrada; 
IV - lenha cortada ou carvão vegetal; 
V - máquinas e instrumentos agrícolas. 
Art. 7º O prazo do penhor agrícola não excederá de dois 
anos, prorrogavel por mais dois, devendo ser mencionada, 
no contrato, à época da colheita da cultura apenhada e, 
embora vencido, subsiste a garantia enquanto subsistirem 
os bens que a constituem. (Redação dada pelo Decreto Lei 
nº 4.360, de 1942) 
§ 1º Sendo objeto do penhor agrícola a coIheita pendente ou 
em via de formação, abrange êle a colheita imediatamente 
seguinte no caso de frustar-se ou ser insuficiente a dada em 
garantia. Quando, porém, não quizer ou não puder o credor, 
notificado com 15 dias de antecedência, financiar a nova 
safra, fica o devedor com o direito de estabelecer com 
terceiro novo penhor, em quantia máxima equivalente ao 
primitivo contrato, considerando-se, qualquer excesso 
apurado na colheita, apenhado à liquidação da dívida 
anterior. 
§ 2º Nesse caso, não chegando as partes e ajustá-lo, assiste 
ao credor o direito de, exibindo a prova do tanto quanto a 
colheita se Ihe consignou, ou se apurou, ou de ter-se 
frustado no todo ou em parte, requerer ao juiz competente 
da situação da propriedade agrícola que faça expedir 
mandado para a averbação de extender-se o penhor à 
colheita imediata. 
§ 3º Da decisão do juiz cabe o recurso de agravo de petição 
para a Càrte de Apelação, interposto pelo credor ou pelo 
devedor. 
§ 4º A prorrogação do prazo de vencimento da dívida 
garantida por penhor agrícola se efetua por simples escrito, 
assinado pêlas partes e averbado à margem da transcrição 
respectiva. 
Art. 8º Pode-se estipular, na escritura de penhor agrícola, 
que os frutos, tanto que colhidos e convenientemente 
preparados para o transporte, sejam remetidos pelo 
devedor ao credor, ou para que se torne simples depositário 
dêles, ou para que os venda, por conta e seundo as 
instruções do devedor ou os usos e costumes da praça, 
marcando-se os prazos e quantidades das remessas. 
Parágrafo único. Nesse caso, o credor, sujeito às obrigações 
e investido dos direitos de comissário, prestará contas ao 
devedor de cada venda que for realizando. 
Art. 9º Não vale o contrato de penhor agrícola celebrado 
pelo locatário, arrendatário, colono ou qualquer prestador 
de serviços, sem o consentimento expresso do proprietário 
agrícola, dado prèviamente ou no ato dia constituição do 
penhor. 
Parágrafo único. Na parceria rural, o penhor sòmente pode 
ajustar-se com o consentimento do outro parceiro e recai 
sòmente sóbre os animais do devedor, salvo estipulação 
diversa. 
SECÇÃO II 
DO PENHOR PECUÁRIO 
Art. 10. Podem ser objeto de penhor pecuário os animais que 
se criam pascendo para a indústria pastoril, agrícola ou de 
laticinios, em qualquer de suas modalidades, ou de quejam 
êles simples accessórios ou pertences de sua exploração. 
Parágrafo único. Deve a escritura, sob pena de nulidade 
designar os animais com, a maior precisão, indicando o logar 
onde se encontrem e o destino que têm, mencionando de 
cada um a espécie, denominação comum ou ciêntífica, raça, 
gráu de mestiçagem, marca, sinal, nome, se tiver todos os 
característicos por que se identifique. 
Art. 11. É o penhor pecuário ajustável independentemente 
do penhor agrícola; nada, porém, se opõe a que se celebre 
conjuntamente com êle, para a garantia da mesma dívida, 
ficando, neste caso, subordinado à disciplina dêste, no qual 
se integra. 
Parágrafo único. Como o agrícola, o penhor pecuário 
independe de outorga uxória. 
Art. 12. Não pode o devedor vender o gado, nem qualquer 
dos animais empenhados, sem prévio, consentimento 
escrito do credor. 
§ 1º Quando o devedor pretenda vendê-los ou, por 
negligente, ameace prejudicar ao credor, pode êste 
requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro 
ou exigir que incontinenti se lhe pague a dívida. 
§ 2º Os animais da mesma espécie, comprados para 
substituir os mortos, ficam subrogados no penhor, que se 
estende às crias dos empenhados. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
62 
154
6 
§ 3º Esta substituição presume-se, mas não vale contra 
terceiros se não constar de menção adicional ao respectivo 
contrato. 
Art. 13. O penhor pecuário não admite prazo maior de dois 
anos, mas pode ser prorrogado por igual período, 
averbando-se a prorrogação na transcrição respectiva. 
Art. 13. O penhor pecuário não admite prazo maior de três 
anos, mas pode ser prorrogado por igual período, 
averbando-se a prorrogação na transcrição 
respectiva.(Redação dada pelo Decreto Lei nº 4.360, de 
1942) 
Parágrafo único. Vencida a prorrogação, deve o penhor 
reconstituido, se não executado. 
CAPÍTULO II 
DA CÉDULA RURAL PIGNORATÍCLA 
Art. 14. A escritura pública ou particular, de penhor rural 
deve ser apresentada ao oficial do registro imobiliário da 
circunscrição ou comarca, em que estiver situada a 
propriedade agrícola em que se encontrem os bens ou 
animais dados em garantia, afim de ser transcrito, no livro e 
pela forma por que se transcreve o penhor agrícola. 
Parágrafo único. Quando contraido por escritura particular, 
dela se tiram tantas vias quantas julgadas convenientes, de 
modo a ficar uma com as firmas reconhecidas, arquivada no 
cartório do registro imobiliário. 
Art. 15. Feita a transcrição da escritura de penhor rural, em 
qualquer de suas modalidades, pode o oficial do registro 
imobiliário se o credor lhe solicitar, expedir em seu favor, 
averbando-o à margem da respectiva transcrição, e 
entregar-lhe, mediante recibo, uma cédula rural 
pignoratícia, destacando-a, depois de preenchida e por 
ambos assinada, do livro próprio. 
§ 1º Haverá, em cada cartório de registro imobiliário, um 
livro talão de cédulas rurais pignaratícias, de folhas duplas e 
de igual conteúdo, de modêlo anexo, numerado e rubricadopela autoridade judiciária competente, contendo cada uma: 
I - a desinência do Estado, comarca, município, distrito ou 
circunscrição; 
II - o número e data da emissão; 
III - os nomes do devedor e do credor; 
IV - a importância da dívida, seus juros e data do 
vencimento; 
V - a denominação e individualização da propriedade 
agrícola em que se acham os bens ou animais empenhados, 
indicando a data e tabelião em que se passou a escritura de 
aquisição ou arrendamento daquela ou o título por que se 
operou, número da transcrição respectiva, data, livro e 
página em que esta se efetuou; 
VI - a identficação e a quantidade dos bens e dos animais 
empenhados; 
VlI - a data e o número da transcrição do penhor rural; 
VIII - as assinaturas, de próprio punho, nas duas folhas, do 
oficial e do credor; 
IX - qualquer compromisso anterior nos casos dos arts. 4º, § 
1º e 6º, I. 
§ 2º Se o credor pignoratício não souber ou não puder 
assinar, será o título assinado por procurador, com poderes 
especiais, ficando a procuração, por instrumento público, 
arquivada em cartório. 
Art. 16. A céduIa rural pignoratícia é transferível, 
sucessivamente, por endôsso em preto, em que à ordem de 
pagamento se acrescente o nome ou firma do endossante, 
seu domicílio, a data e a assinatura do endossante. O 
primeiro endossante só pode ser o credor pignoratício. 
§ 1º O endôsso é puro e simples, reputando-se não escrita 
qualquer cláusula condicional ou restritiva; e investe o 
endossatário nos direitos do endossante contra os 
signatários anteriores, solidariàmente, e o contra o devedor 
pignoratício. 
§ 2º O endôsso parcial é nulo. 
§ 3º O endôsso cancelado é inexistente, mas hábil para 
justificar a série das transmissões do título. 
§ 4º O endossante responde pela legitimidade da cédula 
rural pignoratícia da existência das coisas ou animais 
empenhados. 
§ 5º O endôsso pode ser garantido por aval. 
Art. 17. Expedindo a cédula rural pignoratícia, dá o oficial, 
imediatamente, por carta, mediante recibo, aviso ao credor 
pignoratício, e os endossatários devem apresentar-lhe para 
que, averbando o endôsso à margem da transcrição, nela o 
anote. 
Parágrafo único. Ao averbar o endôsso, o oficial averbará os 
anteriores ainda não anotados. 
Art. 18. Emitida a cédula rural pignoratícia, passa a escritura 
de penhor a fazer parte dela, do modo que os direitos do 
credor se exercem pelo endossatário, em cujo poder se 
encontre, e inválido é o pagamento porventura efetuado 
pelo devedor sem que o título lhe seja restituido ou sem que 
nêle registre o endossatário o pagamento parcial realizado, 
dando recibo em separado, para o mesmo efeito. 
§ 1º Quando o empréstimo estabelecido na escritura do 
penhor rural for entregue em parcelas periódicas ao devedor 
será permitida a expedição de várias cédulas pignoratícias, 
conforme as quantias e prazos acordados, devendo, porém, 
constar nas respectivas cédulas o número da transcrição da 
escritura e a quantia, total do penhor contratado. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
63 
154
6 
§ 2º Não podem os bens, nem os animais empenhados ser 
objeto de penhora, arresto, sequestro ou outra medida 
judicial, desde que expedida a cédula. rural pignoratícia, 
obrigado o devedor, sob pena de responder pelos prejuízos 
resultantes, a denunciar aos oficiais incumbidos da 
diligência, para que a não efetuem, ou ao juiz da causa, a 
existência do título, juntando o aviso recebido ao tempo de 
sua expedição. 
Art. 19. É a cédula rural pignoratícia a resgatável a qualquer 
tempo, desde que se efetue o pagamento de sua 
importância, mais os juros devidos até ao dia da liquidação; 
e em caso de recusa por parte do endossatário constante do 
registro, pode o devedor fazer a consignação judicial da 
importância total da dívida capital e juros até ao dia do 
depósito, citado aquele e notificado o oficial do registo 
imobiliário competente para o cancelamento da transcrição 
e anotação no verso da folha do talão arquivando a 
respectiva contra fé, de que constará o teor do têrmo de 
depósito. 
Parágrafo único. A consignação judicial libera os bens ou 
animais empenhados, subrogando-se o vínculo real 
pignoratício quantia depositada. 
Art. 20. Tentando o devedor ou o terceiro, como depositário 
legal, desviar, no todo ou em parte, ou vender, sem 
consentimento do credor pignoratício ou do endossatário 
da cédula rural pignoratícia os bens ou animais 
empenhados, tem este direito para requerer ao juiz que os 
remova para o poder do depositário público, se houver, ou 
particular, que nomear, correndo todas as custas e despesas 
por conta do devedor. 
Parágrafo único. Desviados ou vendidos, com infração do 
disposto, neste artigo, póde o juiz determinar-lhe o 
sequestro, cuja concessão importa no vencimento da dívida 
e sua exigibilidiade. 
Art. 21. Cancela-se a transcrição do penhor rural: 
I - a requerimento do credor e do devedor, conjuntamente, 
se não expedida a cédula rural pignoratícia; 
II - pela apresentação da cédula rural pignoratícia, caso em 
que o oficial, depois de lançar, no verso da primeira via, no 
livre talão, o cancelamento, a devolverá ao apresentante 
com anotação idêntica; 
III - pela consignação judicial da importância total da dívida. 
capital e juros, até ao dia do depósito; 
IV - por sentença judicial. 
CAPÍTULO III 
DA EXCUSSÃO PIGNORATÍCIA 
Art. 22. Vencida e não paga a cédula rural pignoratícia, o seu 
portador, como endossatário, deve apresentá-la ao 
devedor, nos três dias seguintes, afim de ser resgatada. 
§ 1º A apresentação pode ser feita por via do oficial de 
protestos, pessoalmente ao devedor, ou por carta, 
mediante recibo, em que lhe dê o aviso de achar-se em seu 
cartório, afim de resgatada sob pena de protesto. 
§ 2º Findo o prazo de três dias, sem pagamento, o oficial 
tirará nos três dias seguintes, o instrumento do protesto, 
com as formalidades do protesto cambial, dando dêle aviso 
a todos os endossantes, naquele prazo, por carta registrada, 
na impossibilidade ou dificuldade de fazer a notificação 
pessoal. 
§ 3º Se o devedor pignoratício, por não encontrado tiver de 
ser citado por edital, neste não se mencionarão os nomes 
dos endossantes, 
§ 4º A falta de interposição do protesto desonera os 
endossantes de qualquer responsabilidade pelo pagamento 
da cédula rural pignoratícia. 
Art. 23. Tirado o protesto, o devedor é citado para, no prazo 
de quarenta e oito horas, que correrá em cartório, a conta do 
momento da entrega, neste, da fé de citação, efetuar o 
pagamento ou depositar, em juizo, as coisas ou animais 
empenhados. 
§ 1º A petição inicial é instruida com a cédula rural 
pignoratícia e instrumento de protesto. 
§ 2º Quando o penhor tiver sido dado por terceiro, será este 
o citado para efetuar o deposíto, em prazo igual, se não tiver 
sido o pagamento efetuado. 
§ 3º Não realizado o depósito, pode o credor requerer o 
sequestro dos bens ou animais empenhados, dando-se-lhes 
depositário judicial. 
§ 4º Efetuada a prisão preventiva, o juiz determina ao 
escrivão tire, em cinco dias, traslado dos autos e 
imediatamente o encaminhe ao juiz criminal competente, 
se tambem êle não tiver jurisdição criminal e competência 
para o processo, caso em que o instaurará. 
§ 5º Recebido e autuado o traslado no juizo criminal, o 
promotor público oferece a denúncia para o devido 
processo, na forma da lei. 
§ 6º O credor pignoratício ou o endossatário pode 
apresentar queixa, antes de dada a denúncia, e o promotor 
público aditá-la e promover as diligências que julgar 
necessárias, sem prejuizo das de iniciativa do queixoso. 
§ 7º Se o querelante não der andamento ao processo, 
incumbe ao promotor público der-Ihe movimento. 
Art. 24. O credor pignoratício, quando não expedida a 
cédula rural, juntando uma das vias da escritura particular ou 
certidão da pública, pode praticar as diligênciasconstantes 
do art. 23 e parágrafos, independentemente de protesto. 
Art. 25. Feito o deposito ou sequestro, tem o devedor o 
prazo de seis dias para defender-se por via de embargos. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
64 
154
6 
§ 1º Sendo estes irrelevantes, pode o juiz desprezá-los, 
condenando o devedor ao pagamento pedido, despesas 
judiciais e custas. 
§ 2º Sendo relevantes pode recebê-los e mandar contestar, 
dando ao processo o curso sumário. 
§ 3º Nas hipóteses dos parágrafos anteriores, mandará o juiz 
expedir, incontinente, alvará para a venda dos bens ou 
animais empenhados, insuspensível sob qualquer pretexto 
ou por qualquer recurso, respondendo êle e o escrivão, 
solidáriamente, pelo retardamento. 
§ 4º Provado, documentalmente, o pagamento, o juiz 
julgando extinta a ação mandará cancelar a transcrição do 
Penhor, condenando o autor nas despesas judiciais e custas. 
Art. 26. Se tiver sido ajustada a venda amigável, esta se fará 
nos têrmos convencionados e sempre que possível por 
corretor oficial. 
Parágrafo único. A vendia juidicial se realizará em leilão 
público, por leiloeiro, ou, onde não existir, pelo porteiro dos 
auditórios ou quem suas vezes fizer. 
Art. 27. No caso de venda amigável, se o resultado se 
mostrar insuficiente para o pagamento integral da dívida, 
assiste ao credor o direito de prosseguir na excussão 
penhorando tantos dos bens do devedor, quantos bastarem, 
seguindo-se como na ação executiva. 
§ 1º Procede-se, nesse caso, ao cancelamento da 
transcrição, por mandado judicial. 
§ 2º Se a excussão tiver sido de cédula pignoratícia, o 
endossante prestará, em juizo, contas da execução, citando 
a todos os coobrigados para a impugnarem se quizerem, por 
embargos, que serão processados como na ação de 
prestação de contas. 
Art. 28. No caso de venda judicial, o preço será depositado 
em juizo e levantado pelo exequente, depois de efetuada o 
pagamento: 
I - das custas e despesas judiciais; 
II - dos impostos devidos. 
§ 1º O saldo, se houver, se restitue ao credor. 
§ 2º Pela importância que faltar para o pagamento integral 
da divida, seus juros, despesas, custas, tem o endossatário 
ação executiva contra o devedor pignoratício e os 
endossantes, avalistas ou co-obrigados, todos 
solidariamente responsáveis; a ação pode ser proposta 
contra todos conjuntamente ou contra cada um ou alguns 
separadamente, como lhe convier. 
§ 3º Cada endossatário tem direito de rehaver do seu 
endossante, por ação executiva, a importância que pagar. 
§ 4º Se os bens, em leilão público, não encontrarem 
licitantes, é permitido ao credor requerer-lhes a 
adjudicação, pela avaliação constante do contrato ou pêla 
que, em juizo, se fizer, prosseguindo na ação pelo saldo 
creditício. 
Art. 29. Perde o direito e ação contra os co-obrigados no 
pagamento de cédula rural pignoratícia, por efeito de 
endôsso ou de aval, o endossatário último, se não praticar as 
diligências do art. 23 e seguintes dentro em quinze dias 
depois de tirado o instrumento do protesto. 
Art. 30. Não se suspende a execução do penhor pela morte 
ou pela falência do devedor, prosseguindo contra os 
herdeiros e o síndico ou liquidatário. 
COPÍTULO IV 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 31. Aplicam-se ao penhor rural, no que lhe for 
pertinente, as disposições sôbre os direitos reais de garantia 
e os contratos de sua instituição. 
Art. 32 (Revogado pelo Decreto Lei nº 182, de 1938) 
Art. 33. A garantia subsidiária de penhor para a cédula rural 
ou título cujo devedor, aceitante ou emitente exerça a sua 
atividade na agricultura ou pecuária ou em indústrias 
derivadas ou conexas, e cujo endossante, seja firma 
bancária idônea, confere-lhe o direito de redesconto, sem 
outro limite, em importância ou garantia, que o 
estabelecido pelo Conselho da Carteira de Redesconto para 
as cooperativas e, em um máximo de 50 % dos capitais e 
fundos de reserva, para cada Banco. 
Art. 34. (Execução suspensa pela RSF nº 48, de 1965). 
Art. 35. O devedor, ou o terceiro que der os seus bens ou 
animais em garantia, da dívida, que os desviar, abandonar 
ou permitir que se depreciem ou venham a perecer, fica 
sujeito as penas de depositário infiel. 
Parágrafo único. Pratica o crime de estelionato e fica sujeito 
as penas do art. 338 da Consolidação das Leis Penais aquele 
que fizer declarações falsas acêrca da quantidade, de 
qualidade e dos caraterísticos dos bens ou animais 
empenhados ou omitir, na escritura, e, declaração de 
estarem eles já sujeitos ao vínculo de outro penhor. 
Art. 36. Entrará esta lei em execução trinta dias depois de 
publicada no Diário Oficial da União, revogadas as 
disposições em contrário. 
Rio de Janeiro, 30 de agôsto de 1937, 116º da Independência 
e 49º da República. 
Getulio Vargas. 
Agamemnon Magalhães. 
Odilon Braga. 
José Carlos de Macedo Soares. 
Arthur de Souza Costa. 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.9.1937. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
65 
154
6 
(MODELO) A QUE SE REFERE O § 1º DO ART. 15. 
Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1930-
1949/l0492.htm 
Lei nº 4.380/1964 
Institui a correção monetária nos contratos imobiliários 
de interêsse social, o sistema financeiro para aquisição da 
casa própria, cria o Banco Nacional da Habitação (BNH), 
e Sociedades de Crédito Imobiliário, as Letras 
Imobiliárias, o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo 
e dá outras providências. 
CAPÍTULO I 
DA COORDENAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS E DA 
INICIATIVA PRIVADA 
Art. 1° O Govêrno Federal, através do Ministro de 
Planejamento, formulará a política nacional de habitação e 
de planejamento territorial, coordenando a ação dos órgãos 
públicos e orientando a iniciativa privada no sentido de 
estimular a construção de habitações de interêsse social e o 
financiamento da aquisição da casa própria, especialmente 
pelas classes da população de menor renda. 
Art. 2º O Govêrno Federal intervirá no setor habitacional por 
intermédio: 
I - do Banco Nacional da Habitação; 
II - do Serviço Federal de Habitação e Urbanismo; 
III - das Caixas Econômicas Federais, IPASE, das Caixas 
Militares, dos órgãos federais de desenvolvimento regional 
e das sociedades de economia mista. 
Art. 3º Os órgãos federais enumerados no artigo anterior 
exercerão de preferência atividades de coordenação, 
orientação e assistência técnica e financeira, ficando 
reservados: 
I - aos Estados e Municípios, com a assistência dos órgãos 
federais, a elaboração e execução de planos diretores, 
projetos e orçamentos para a solução dos seus problemas 
habitacionais; 
II - à iniciativa privada, a promoção e execução de projetos 
de construção de habitações segundo as diretrizes 
urbanísticas locais. 
§ 1° Será estimulada a coordenação dos esforços, na mesma 
área ou local, dos órgãos públicos federais, estaduais e 
municipais, bem como das iniciativas privadas, de modo que 
se obtenha a concentração e melhor utilização dos recursos 
disponíveis. 
§ 2º A execução dos projetos sòmente caberá aos órgãos 
federais para suprir a falta de iniciativa local, pública ou 
privada. 
Art. 4º Terão prioridade na aplicação dos recursos: 
I - a construção de conjuntos habitacionais destinados à 
eliminação de favelas, mocambos e outras aglomerações 
em condições sub-humanas de habitação; 
II - os projetos municipais ou estaduais que com as ofertas 
de terrenos já urbanizados e dotados dos necessários 
melhoramentos, permitirem o início imediato da construção 
de habitações; 
III - os projetos de cooperativas e outras formas associativas 
de construção de casa própria; 
IV - os projetos da iniciativa privada que contribuam para a 
solução de problemas habitacionais ...(Vetado); 
V - a construção de moradia a população rural.(Parte 
mantida pelo Congresso Nacional) 
CAPÍTULO II 
DA CORREÇÃO MONETÁRIA DOS CONTRATOS 
IMOBILIÁRIOS 
Art. 5º Observado o disposto na presente lei, os contratos de 
vendas ou construção de habitações para pagamento a 
prazo ou de empréstimos para aquisição ou construção de 
habitações poderão prever o reajustamento das prestações 
mensais de amortização e juros, com a conseqüente 
correção do valor monetário da dívida tôda a vez que o 
salário mínimo legal fôr alterado. 
§ 1° O reajustamento será baseado em índice geral de preços 
mensalmente apurado ou adotado pelo Conselho Nacional 
de Economia que reflita adequadamente as variações no 
poder aquisitivo da moeda nacional. 
§ 2º O reajustamento contratual será efetuado ...(Vetado)... 
na mesma proporção da variação do índice referido no 
parágrafo anterior: 
a) desde o mês da data do contrato até o mês da entrada em 
vigor do nôvo nível de salário-mínimo, no primeiro 
reajustamento após a data do contrato; 
b) entre os meses de duas alterações sucessivas do nível de 
salário-mínimo nos reajustamentos subseqüentes ao 
primeiro. 
§ 3º Cada reajustamento entrará em vigor após 60 (sessenta) 
dias da data de vigência da alteração do salário-mínimo que 
o autorizar e a prestação mensal reajustada vigorará até 
nôvo reajustamento. 
§ 4º Do contrato constará, obrigatòriamente, na hipótese de 
adotada a cláusula de reajustamento, a relação original 
entre a prestação mensal de amortização e juros e o salário-
mínimo em vigor na data do contrato. 
§ 5º Durante a vigência do contrato, a prestação mensal 
reajustada não poderá exceder em relação ao salário-
mínimo em vigor, a percentagem nêle estabelecida. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
66 
154
6 
§ 6º Para o efeito de determinar a data do reajustamento e 
a percentagem referida no parágrafo anterior, tomar-se-á 
por base o salário-mínimo da região onde se acha situado o 
imóvel. 
§ 7º (Vetado). 
§ 8º (Vetado). 
§ 9º O disposto neste artigo, quando o adquirente fôr 
servidor público ou autárquico poderá ser aplicado tomando 
como base a vigência da lei que lhes altere os vencimentos. 
Art. 6° O disposto no artigo anterior sòmente se aplicará aos 
contratos de venda, promessa de venda, cessão ou 
promessa de cessão, ou empréstimo que satisfaçam às 
seguintes condições: 
a) tenham por objeto imóveis construídos, em construção, 
ou cuja construção, seja simultâneamente contratada, cuja 
área total de construção, entendida como a que inclua 
paredes e quotas-partes comuns, quando se tratar de 
apartamento, de habitação coletiva ou vila, não ultrapasse 
100 (cem) metros quadrados; 
b) o valor da transação não ultrapasse 200 (duzentas) vêzes 
o maior salário-mínimo vigente no país; 
c) ao menos parte do financiamento, ou do preço a ser pago, 
seja amortizado em prestações mensais sucessivas, de igual 
valor, antes do reajustamento, que incluam amortizações e 
juros; 
d) além das prestações mensais referidas na alínea anterior, 
quando convencionadas prestações intermediárias, fica 
vedado o reajustamento das mesmas, e do saldo devedor a 
elas correspondente; 
e) os juros convencionais não excedem de 10% ao ano; 
f) se assegure ao devedor, comprador, promitente 
comprador, cessionário ou promitente cessionário o direito 
a liquidar antecipadamente a dívida em forma 
obrigatòriamente prevista no contrato, a qual poderá prever 
a correção monetária do saldo devedor, de acôrdo com os 
índices previstos no § 1° do artigo anterior. 
Parágrafo único. As restrições dos incisos a e b não obrigam 
as entidades integrantes do sistema financeiro da 
habitação, cujas aplicações, a êste respeito, são regidas 
pelos artigos 11 e 12. 
Art. 7º Após 180 dias da concessão do "habite-se", 
caracterizando a conclusão da construção, nenhuma 
unidade residencial pode ser vendida, ou prometida vender 
ou ceder, com o benefício de pagamentos regidos pelos 
artigos 5º e 6º desta Lei. 
§ 1° Para os efeitos dêsse artigo equipara-se ao "habite-se" 
das autoridades municipais a ocupação efetiva da unidade 
residencial. 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica os imóveis já 
construídos, cuja alienação seja contratada, nos têrmos dos 
artigos 5º e 6º, pelos respectivos titulares, desde que êstes 
incorporem ao capital de Sociedade de Crédito Imobiliário o 
preço da transação. 
§ 3º Aos imóveis de propriedade das pessoas jurídicas de 
direito público ou de sociedade de economia mista, de que 
o Poder Público seja majoritário, não se aplica o disposto 
neste artigo. 
§ 4º A restrição dêste artigo não se aplicará àquele que, não 
sendo proprietário, promitente comprador ou promitente 
cessionário de mais de uma habitação, desejar aliená-la de 
modo a adquirir outra, na forma dos artigos 5º e 6º desta lei, 
desde que a aquisição seja de qualquer forma contratada 
simultâneamente com a alienação. 
§ 5º Não se aplicam as restrições dêste artigo aos imóveis 
ocupados há mais de 2 (dois) anos pelo locatário que 
pretender adquiri-lo mediante financiamento de qualquer 
dos agentes financeiros do Sistema Financeiro de 
Habitação, desde que os recursos obtidos pelo locador 
sejam utilizados na construção de novas habitações, 
conforme normas regulamentares a serem baixadas pelo 
Banco Nacional de Habitação ou que permaneçam 
depositados no Sistema Financeiro de Habitação, pelo 
prazo mínimo de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 5.455, 
de 1968) 
CAPÍTULO III 
DO SISTEMA FINANCEIRO, DA HABITAÇÃO DE 
INTERÊSSE SOCIAL 
SEÇÃO I 
ÓRGÃOS COMPONENTES DO SISTEMA 
Art. 8° O sistema financeiro da habitação, destinado a 
facilitar e promover a construção e a aquisição da casa 
própria ou moradia, especialmente pelas classes de menor 
renda da população, será integrado. (Redação dada pela Lei 
nº 8.245, de 1991) 
I – pelos bancos múltiplos; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 
2009) 
II – pelos bancos comerciais; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 
2009) 
III – pelas caixas econômicas; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 
2009) 
IV – pelas sociedades de crédito imobiliário; (Incluído pela 
Lei nº 11.977, de 2009) 
V – pelas associações de poupança e empréstimo; (Incluído 
pela Lei nº 11.977, de 2009) 
VI – pelas companhias hipotecárias; (Incluído pela Lei nº 
11.977, de 2009) 
VII – pelos órgãos federais, estaduais e municipais, inclusive 
sociedades de economia mista em que haja participação 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
67 
154
6 
majoritária do poder público, que operem, de acordo com o 
disposto nesta Lei, no financiamento de habitações e obras 
conexas; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
VIII – pelas fundações, cooperativas e outras formas 
associativas para construção ou aquisição da casa própria 
sem finalidade de lucro, que se constituirão de acordo com 
as diretrizes desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
IX – pelas caixas militares; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 
2009) 
X – pelas entidades abertas de previdência complementar; 
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
XI – pelas companhias securitizadoras de crédito imobiliário; 
e (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
XII – por outras instituições que venham a ser consideradas 
pelo Conselho Monetário Nacional como integrantes do 
Sistema Financeiro da Habitação. (Incluído pela Lei nº 
11.977, de 2009) 
 Parágrafo único. O Conselho da Superintendência da 
Moeda e do Crédito fixará as normas que regulam as 
relações entre o sistema financeiro da habitação e o restante 
do sistema financeiro nacional, especialmente quanto à 
possibilidade, às condições e aos limites de aplicação de 
recursos da rêde bancária em letras imobiliárias, emitidas, 
nos têrmos desta lei, pelo Banco Nacional da Habitação. 
SEÇÃO II 
DAS APLICAÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO DA 
HABITAÇÃOArt. 9º Tôdas as aplicações do sistema, terão por objeto, 
fundamentalmente a aquisição de casa para residência do 
adquirente, sua família e seus dependentes, vedadas 
quaisquer aplicações em terrenos não construídos, salvo 
como parte de operação financeira destinada à construção 
da mesma. 
§ 1º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001) 
§ 2º Após 180 dias da concessão do "habite-se", 
caracterizando a conclusão da construção, nenhuma 
unidade residencial pode ser objeto de aplicação pelo 
sistema financeiro da habitação, equiparando-se ao "habite-
se" das autoridades municipais a ocupação efetiva da 
unidade residencial. 
§ 3º O disposto no parágrafo anterior não se aplicará aos 
imóveis já construídos, que sejam alienados a partir desta lei 
por seus proprietários ou promitentes compradores por 
motivo de aquisição de outro imóvel que satisfaça às 
condições desta lei para ser objeto de aplicação pelo sistema 
financeiro de habitação. 
Art. 10. Tôdas as aplicações do sistema financeiro da 
habitação revestirão a forma de créditos reajustáveis de 
acôrdo com os artigos 5º e 6º desta Lei. 
§ 1° Os financiamentos para aquisição ou construção de 
habitações e as vendas a prazo de habitações, efetuadas 
pelas Caixas Econômicas ...(Vetado)... e outras autarquias 
...(Vetado)... ou por sociedades de economia mista 
...(Vetado)... estabelecerão, obrigatòriamente, o 
reajustamento do saldo devedor e das prestações de 
amortização e juros, obedecidas as disposições dos artigos 
5º e 6º. 
§ 2º As entidades estatais, inclusive as sociedades de 
economia mista, em que o Poder Público seja majoritário, 
adotarão, nos seus financiamentos, critérios e classificação 
dos candidatos aprovados pelo Banco Nacional de 
Habitação, ouvido o Serviço Federal de Habitação e 
Urbanismo, e darão, obrigatòriamente, ampla publicidade 
das inscrições e dos financiamentos concedidos. 
§ 3º Os órgãos federais deverão aplicar os recursos por êles 
arrecadados para o sistema financeiro da habitação, até 
50% no Estado de origem dos recursos, redistribuindo o 
restante pelas unidades federativas compreendidas em 
regiões de menor desenvolvimento econômico. 
Art. 11. Os recursos destinados ao setor habitacional pelas 
entidades estatais, inclusive sociedades de economia mista 
de que o Poder Público seja majoritário, distribuir-se-ão, 
permanentemente, da seguinte forma: (Redação dada pela 
Lei nº 4.864, de 1965). 
I - em habitações de valor unitário inferior a 100 (cem) vêzes 
o maior salário-mínimo mensal, vigente no País, uma 
percentagem mínima dos recursos a ser fixada, 
bienalmente, pelo Banco Nacional de Habitação, em função 
das condições do mercado e das regiões, e por instituição ou 
tipo de instituição. (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 
1965). 
II - em habitações de valor unitário compreendido entre 300 
(trezentas) e 400 (quatrocentas) vêzes o maior salário-
mínimo, vigente no País, no máximo, 20% (vinte por cento) 
dos recursos, vedadas as aplicações em habitações de valor 
unitário superior a 400 (quatrocentas) vêzes o maior salário-
mínimo citado. (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 1965). 
§ 1º Dentro do limite de recursos obrigatòriamente 
aplicados em habitações de valor unitário inferior a 100 
(cem) vêzes o maior salário-mínimo do País, o Banco 
Nacional de Habitação fixará, para cada região ou 
localidade, a percentagem mínima de recursos que devem 
ser aplicados no financiamento de projetos destinados à 
eliminação de favelas, mocambos e outras aglomerações 
em condições sub-humanas de habitação. (Redação dada 
pela Lei nº 4.864, de 1965). 
§ 2º Nas aplicações a que se refere o inciso II, a parcela 
financiada do valor do imóvel não poderá ultrapassar 80% 
(oitenta por cento) do mesmo. (Redação dada pela Lei nº 
4.864, de 1965). 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
68 
154
6 
§ 3º Os recursos aplicados ou com aplicação contratada, no 
setor habitacional, na data da publicação desta Lei, pelas 
entidades estatais, inclusive sociedades de economia mista, 
não serão computadas nas percentagens de aplicação a que 
se refere êste artigo. (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 
1965). 
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica aos processos das 
Caixas Econômicas Federais, Caixas Militares e IPASE, já 
deferidos pelos órgãos e autoridades competentes, na data 
da publicação desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 
1965). 
§ 5º Em função das condições de mercado e das regiões, o 
Banco Nacional de Habitação poderá alterar os critérios de 
distribuição das aplicações previstas no inciso II dêste artigo. 
(Incluído pela Lei nº 4.864, de 1965). 
Art. 12. Os recursos aplicados pelas entidades privadas 
integrantes do sistema financeiro da habitação se 
distribuirão permanentemente da seguinte forma: 
I - no mínimo 60% (sessenta por cento) dos recursos deverão 
estar aplicados em habitações de valor unitário inferior a 300 
(trezentas) vêzes o maior salário-mínimo mensal vigente no 
País; (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 1965). 
II - no máximo 20% (vinte por cento) dos recursos poderão 
estar aplicados em habitações de valor unitário superior a 
400 (quatrocentas) vêzes o maior salário-mínimo mensal 
vigente no País; (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 1965). 
III - serão vedadas as aplicações em habitações de valor 
unitário superior a 400 vêzes o maior salário-mínimo mensal 
vigente no país. 
III - serão vedadas as aplicações em habitações de valor 
unitário superior a 500 (quinhentas) vêzes o maior salário-
mínimo mensal vigente no País. (Redação dada pela Lei nº 
4.864, de 1965). 
Parágrafo único. Nas aplicações a que se refere o inciso II, a 
parcela financiada do valor do imóvel não poderá 
ultrapassar de 80% do mesmo. 
Art. 13 A partir do 3º ano da aplicação da presente lei, o 
Banco Nacional da Habitação poderá alterar os critérios de 
distribuição das aplicações previstas nos artigos anteriores. 
Art. 14. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 
2001) 
SEÇÃO III 
DOS RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO DA 
HABITAÇÃO 
Art. 15. As entidades integrantes do sistema financeiro da 
Habitação poderão assegurar reajustamento monetário nas 
condições previstas no artigo 5º: 
I - aos depósitos no sistema que obedeça às normas gerais 
fixadas pelo Banco Nacional da Habitação cujo prazo não 
poderá ser inferior a um ano, e que não poderão ser 
movimentados com cheques; 
II - aos financiamentos contraídos no país ou no exterior para 
a execução de projetos de habitações, desde que observem 
os limites e as normas gerais estabelecidas pelo Banco 
Nacional da Habitação; 
III - as letras imobiliárias emitidas nos têrmos desta Lei pelo 
Banco Nacional da Habitação ou pelas sociedades de crédito 
imobiliário. 
§ 1° Em relação às Caixas Econômicas Federais e a outras 
entidades do sistema, que não operem exclusivamente no 
setor habitacional, o reajustamento previsto neste artigo 
sòmente poderá ser assegurado aos depósitos e 
empréstimos das suas carteiras especializadas no setor 
habitacional. 
§ 2º O sistema manterá depósitos especiais de acumulação 
de poupanças para os pretendentes a financiamento de casa 
própria, cujos titulares terão preferência na obtenção dêsses 
financiamentos, obedecidas as condições gerais 
estabelecidas pelo Banco Nacional da Habitação. 
§ 3º Todos os financiamentos externos e acôrdos de 
assistência técnica relacionados com a habitação, 
dependerão da aprovação prévia do Banco Nacional da 
Habitação e não poderão estar condicionados à utilização de 
patentes, licenças e materiais de procedência estrangeira. 
Art. 15-A. É permitida a pactuação de capitalização de juros 
com periodicidade mensal nas operações realizadas pelas 
entidades integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - 
SFH. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
§ 1o No ato da contratação e sempre que solicitado pelo 
devedor seráapresentado pelo credor, por meio de planilha 
de cálculo que evidencie de modo claro e preciso, e de fácil 
entendimento e compreensão, o seguinte conjunto de 
informações: (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
I – saldo devedor e prazo remanescente do contrato; 
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
II – taxa de juros contratual, nominal e efetiva, nas 
periodicidades mensal e anual; (Incluído pela Lei nº 11.977, 
de 2009) 
III – valores repassados pela instituição credora às 
seguradoras, a título de pagamento de prêmio de seguro 
pelo mutuário, por tipo de seguro ; (Incluído pela Lei nº 
11.977, de 2009) 
IV – taxas, custas e demais despesas cobradas juntamente 
com a prestação, discriminadas uma a uma; (Incluído pela 
Lei nº 11.977, de 2009) 
V – somatório dos valores já pagos ou repassados relativos 
a: (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
a) juros; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
69 
154
6 
b) amortização; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
c) prêmio de seguro por tipo de seguro; (Incluído pela Lei nº 
11.977, de 2009) 
d) taxas, custas e demais despesas, discriminando por 
tipo; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
VI – valor mensal projetado das prestações ainda não pagas, 
pelo prazo remanescente do contrato, e o respectivo 
somatório, decompostos em juros e 
amortizações; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
VII – valor devido em multas e demais penalidades 
contratuais quando houver atraso no pagamento da 
prestação. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
§ 2o No cômputo dos valores de que trata o inciso VI do § 1o, 
a instituição credora deve desconsiderar os efeitos de 
eventual previsão contratual de atualização monetária do 
saldo devedor ou das prestações. (Incluído pela Lei nº 
11.977, de 2009) 
Art. 15-B. Nas operações de empréstimo ou financiamento 
realizadas por instituições integrantes do Sistema 
Financeiro da Habitação que prevejam pagamentos por 
meio de prestações periódicas, os sistemas de amortização 
do saldo devedor poderão ser livremente pactuados entre as 
partes. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
§ 1o O valor presente do fluxo futuro das prestações, 
compostas de amortização do principal e juros, geradas 
pelas operações de que trata o caput, deve ser calculado 
com a utilização da taxa de juros pactuada no contrato, não 
podendo resultar em valor diferente ao do empréstimo ou 
do financiamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 
2009) 
§ 2o No caso de empréstimos e financiamentos com previsão 
de atualização monetária do saldo devedor ou das 
prestações, para fins de apuração do valor presente de que 
trata o § 1o, não serão considerados os efeitos da referida 
atualização monetária . (Incluído pela Lei nº 11.977, de 
2009) 
§ 3o Nas operações de empréstimo ou financiamento de que 
dispõe o caput é obrigatório o oferecimento ao mutuário do 
Sistema de Amortização Constante - SAC e de, no mínimo, 
outro sistema de amortização que atenda o disposto nos §§ 
1o e 2o, entre eles o Sistema de Amortização Crescente - 
SACRE e o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price). 
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
CAPÍTULO IV 
DO BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO 
Art. 16. Fica criado, vinculado ao Ministério da Fazenda, o 
Banco Nacional da Habitação (BNH), que terá personalidade 
jurídica de Direito Público, patrimônio próprio e autonomia 
administrativa, gozando de imunidade tributária. 
§ 1° O Banco Nacional da Habitação poderá instalar agências 
em todo o território nacional, mas operará de preferência, 
usando como agentes e representantes as Caixas 
Econômicas Federais e Estaduais, os bancos oficiais e de 
economia mista e as demais entidades integrantes do 
sistema financeiro da habitação. 
§ 2º O Banco Nacional da Habitação poderá utilizar-se da 
rêde bancária comercial nas localidades em que não haja 
agentes ou representantes das entidades referidas no 
parágrafo anterior. 
Art. 17. O Banco Nacional da Habitação terá por finalidade: 
I - orientar, disciplinar e controlar o sistema financeiro da 
habitação; 
II - incentivar a formação de poupanças e sua canalização 
para o sistema financeiro da habitação; 
III - disciplinar o acesso das sociedades de crédito imobiliário 
ao mercado nacional de capitais; 
IV - manter serviços de redesconto e de seguro para garantia 
das aplicações do sistema financeiro da habitação e dos 
recursos a êle entregues; 
V - manter serviços de seguro de vida de renda temporária 
para os compradores de imóveis objeto de aplicações do 
sistema; 
VI - financiar ou refinanciar a elaboração e execução de 
projetos promovidos por entidades locais ...(Vetado)... de 
conjuntos habitacionais, obras e serviços correlatos; 
VII - refinanciar as operações das sociedades de crédito 
imobiliário; 
VIII - financiar ou refinanciar projetos relativos a 
...(Vetado)... instalação e desenvolvimento da indústria 
...(Vetado)... de materiais de construção e pesquisas 
tecnológicas, necessárias à melhoria das condições 
habitacionais do país ...(Vetado).. 
Parágrafo único. O Banco Nacional da Habitação operará 
exclusivamente como órgão orientador, disciplinador e de 
assistência financeira, sendo-lhe vedado operar 
diretamente em financiamento, compra e venda ou 
construção de habitações, salvo para a venda dos terrenos 
referidos no artigo 26 ou para realização de bens recebidos 
em liquidação de garantias. 
Art. 18. Compete ao Banco Nacional da Habitação: 
I - autorizar e fiscalizar o funcionamento das sociedades de 
crédito imobiliário; 
II - fixar as condições gerais quanto a limites, prazos, 
retiradas, juros e seguro obrigatório das contas de depósito 
no sistema financeiro da habitação; 
III - estabelecer as condições gerais a que deverão satisfazer 
as aplicações do Sistema Financeiro da Habitação quanto a 
garantias, juros, prazos, limites de risco e valores máximos 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
70 
154
6 
de financiamento e de aquisição dos imóveis financiados no 
âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (Redação dada 
pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001) 
IV - fixar os limites, em relação ao capital e reservas, dos 
depósitos recebidos e dos empréstimos tomados pelas 
Sociedades de Crédito Imobiliário; 
V - fixar os limites mínimos de diversificações de aplicações 
a serem observados pelas entidades integrantes do sistema 
financeiro da habitação; 
VI - fixar os limites de emissão e as condições de colocação, 
vencimento e juros das Letras Imobiliárias, bem como as 
condições dos seguros de suas emissões; 
VII - fixar as condições e os prêmios dos seguros de 
depósitos e de aplicações a que serão obrigadas as 
entidades integrantes do sistema financeiro da habitação; 
VIII - fixar as condições gerais de operação da sua carteira de 
redesconto das aplicações do sistema financeiro da 
habitação; 
IX - determinar as condições em que a rêde seguradora 
privada nacional operará nas várias modalidades de seguro 
previstas na presente lei; 
X - (Vetado); 
XI - exercer as demais atribuições previstas nesta lei. 
Parágrafo único No exercício de suas atribuições, o Banco 
Nacional da Habitação obedecerá aos limites globais e as 
condições gerais fixadas pelo Conselho da Superintendência 
da Moeda e do Crédito, com o objetivo de subordinar o 
sistema financeiro de habitação à política financeira, 
monetária e econômica em execução pelo Govêrno Federal. 
Art. 19. O Banco Nacional da Habitação ...(Vetado)... poderá 
receber depósitos: 
a) de entidades governamentais, autárquicas, para estatais 
e de economia mista; 
b) das entidades integrantes do sistema financeiro da 
habitação; 
c) que resultarem de operações realizadas pelo Banco ou 
quea elas estejam diretamente vinculadas. 
Art. 20. Mediante autorização do Ministro da Fazenda, o 
Banco Nacional da Habitação poderá tomar empréstimos, 
no país ou no exterior, a fim de obter recursos para a 
realização das suas finalidades. 
§ 1° Os empréstimos internos referidos neste artigo poderão 
ser corrigidos de acôrdo com o artigo 5° ou revestir a forma 
de Letras Imobiliárias. 
§ 2° O Ministro da Fazenda poderá dar a garantia do Tesouro 
Nacional aos empréstimos referidos neste artigo, até um 
saldo devedor total, em cada momento, de um trilhão de 
cruzeiros para os empréstimos internos e US$300 milhões, 
o equivalente em outras moedas, para os empréstimos em 
moeda estrangeira. 
§ 3° O limite em cruzeiros constante do parágrafo anterior 
será anualmente reajustado pelos índices referidos no artigo 
5°. 
Art. 21. O Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Social 
do Comércio (SESC) inclusive os Departamentos Regionais, 
aplicarão anualmente na aquisição de Letras Imobiliárias de 
emissão do Banco Nacional da Habitação, a partir do 
exercício de 1965, 20% (vinte por cento) das receitas 
compulsórias a êles vinculadas. (Vide Lei nº 5.107, de 1966) 
§ 1° (Vetado). 
§ 2° O Ministro da Fazenda fixará periòdicamente a 
percentagem dos depósitos das Caixas Econômicas 
Federais, que deverá ser obrigatòriamente aplicada em 
depósitos no BNH. (Renumerado pela Lei nº 5.455, de 1968) 
Art. 22. Tôdas as emprêsas do país que mantenham 
empregados sujeitos a desconto para Institutos de 
Aposentadorias e Pensões são obrigadas a contribuir com a 
percentagem de 1% mensal sôbre o montante das suas 
fôlhas de pagamento para a constituição do capital do 
Banco Nacional da Habitação. (Vide Lei nº 4.380, de 1965) 
§ 1° A cobrança dessa percentagem obedecerá aos 
dispositivos da legislação vigente sôbre as contribuições 
previdenciárias. 
§ 2° Os Institutos de Aposentadoria e Pensões recolherão, 
mensalmente, ao Banco Nacional da Habitação o produto 
da arrecadação prevista neste artigo, descontada a taxa 
correspondente às despesas de administração fixada de 
comum acôrdo entre o DNPS e o Banco Nacional da 
Habitação. 
§ 3° O recolhimento a que se refere o presente artigo será 
devido a partir do segundo mês após a promulgação desta 
Lei. 
§ 4° Na forma a ser estabelecida em regulamento a ser 
baixado pelo BNH, as emprêsas abrangidas por êste artigo 
poderão deduzir a importância correspondente a 50% do 
valor das aplicações que façam em planos de habitação 
destinados à casa própria de seus empregados, da 
contribuição prevista neste artigo. 
§ 5° Os planos a que se refere o parágrafo anterior 
dependem de prévia aprovação e execução, controlada pelo 
BNH, diretamente ou por delegação. 
§ 6º Não estão obrigados ao recolhimento da contribuição 
prevista neste artigo as instituições de educação e de 
assistência social, amparadas pela Lei nº 3.193, de 4 de julho 
de 1957, e Lei nº 3.577, de 4 de julho de 1959, bem como 
pelo Decreto número 1.117, de 1º de junho de 1962. 
(Incluído pela Lei nº 5.127, de 1966) 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
71 
154
6 
Art. 23. A construção de prédios residenciais, cujo custo seja 
superior a 850 vêzes o maior salário-mínimo vigente no País, 
considerado êsse custo para cada unidade residencial, seja 
em prédio individual, seja em edifícios de apartamentos ou 
vilas, fica sujeita ao pagamento de uma subscrição pelo 
proprietário, promitente comprador ou promitente 
cessionário do respectivo terreno, de letras imobiliárias 
emitidas pelo Banco Nacional de Habitação, com as 
características do art. 45 desta Lei. (Redação dada pela Lei 
nº 4.864, de 1965). 
§ 1º O montante dessa subscrição será de 5% (cinco por 
cento) sôbre o valor da construção, quando esta estiver 
entre os limites de 850 e 1.150 vêzes o maior salário-mínimo 
vigente no País à época da concessão do respectivo "habite-
se" e de 10% (dez por cento) sôbre a que exceder de tal 
limite. (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 1965). 
§ 2º As autoridades municipais, antes de concederem o 
"habite-se" para os prédios residenciais, exigirão do 
construtor uma declaração do seu custo efetivo e, quando 
fôr o caso, do proprietário comprovação de cumprimento do 
disposto no presente artigo. (Redação dada pela Lei nº 
4.864, de 1965). 
§ 3º Só poderão gozar dos benefícios e vantagens previstos 
na presente Lei os municípios que obedecerem ao disposto 
neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 4.864, de 1965). 
Art. 24. O Banco Nacional da Habitação poderá operar em: 
I - prestação de garantia em financiamento obtido, no país 
ou no exterior, pelas entidades integrantes do sistema 
financeiro da habitação destinados a execução de projetos 
de habitação de interêsse social; 
II - carteira de seguro dos créditos resultantes da venda ou 
construção de habitação a prazo ou de empréstimos para 
aquisição ou construção de habitações; 
III - carteira de seguro dos depósitos nas entidades 
integrantes do sistema financeiro da habitação; 
IV - carteira de redesconto para assegurar a liquidez do 
sistema financeiro da habitação; 
V - carteira de seguro de vida de renda temporária dos 
adquirentes, financiados pelo sistema financeiro da 
habitação; 
VI - carteira de seguro de resgate e pagamento de juros das 
Letras Imobiliárias emitidas pelas sociedades de crédito 
imobiliário; 
VII - financiamento ou refinanciamento da elaboração ou 
execução de projetos de construção de conjuntos 
habitacionais ...(Vetado) ... instalação e desenvolvimento 
da indústria ...(Vetado)... de materiais de construção e 
pesquisas tecnológicas; 
VIII - refinanciamento parcial dos créditos concedidos pelas 
sociedades de crédito imobiliário. 
§ 1° O Banco Nacional da Habitação sòmente operará 
...(Vetado)... para aplicação dos recursos disponíveis, depois 
de asseguradas as reservas técnicas necessárias às 
operações referidas nos incisos I a VI, inclusive. 
§ 2° Os recursos disponíveis do Banco Nacional da Habitação 
serão mantidos em depósito no Banco do Brasil S.A. 
...(Vetado). 
§ 3° Dos recursos recolhidos ao Banco Nacional da 
Habitação, serão destinadas anualmente as verbas 
necessárias ao custeio das atividades do Serviço Federal da 
Habitação e Urbanismo ...(Vetado). 
Art. 25. O capital do Banco Nacional de Habitação 
pertencerá integralmente à União Federal. 
Parágrafo único. O capital inicial do Banco Nacional da 
Habitação será de Cr$1 bilhão de cruzeiros. 
Art. 26. O Poder Executivo transferirá, dentro de um ano, 
para o patrimônio do Banco Nacional da Habitação, terrenos 
de propriedade da União Federal que não sejam necessários 
aos serviços públicos federais ou que possam ser vendidos, 
para realizar recursos líquidos destinados ao aumento do 
Capital do Banco, desde que se prestem à construção de 
conjuntos residenciais de interêsse social. 
§ 1° O Banco poderá igualmente receber dos Governos 
Estaduais, Municipais e particulares ou de entidades de 
direito privado, êstes sob a forma de doações, terras ou 
terrenos rurais ou urbanos, apropriados para a construção 
de imóveis. 
§ 2° No caso de doações previstas no parágrafo anterior 
nenhum ônus recairá sôbre o doador de terras ou terrenos 
recebidos pelo Banco. 
Art. 27. O Banco Nacional da Habitação será administrado 
por um Conselho de Administração e uma Diretoria, cujos 
membros serão nomeados pelo Presidente da República e 
aprovados pelo Senado Federal. 
§ 1° O Conselho de Administração será composto de: 
a) o Presidente do Banco Nacional da Habitação, como seu 
Presidente, e com voto de qualidade; 
b) de seis a nove Conselheiros, com mandato de 3 anos cada 
um; 
c) os Diretores do Banco. 
§ 2° A Diretoria será composta de: 
a) o Presidente do Banco Nacional da Habitação, demissível 
ad nutum; 
b) o Diretor-Superintendente com mandato de 4 anos; 
c) dois a cinco Diretores com mandato de 4 anos. 
Art.28. Os membros da Diretoria e três dos membros do 
Conselho de Administração serão escolhidos dentre 
cidadãos de reconhecida idoneidade moral e comprovada 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
72 
154
6 
capacidade em assuntos econômico-financeiros, sendo dois 
outros membros do Conselho de Administração escolhidos 
dentre os especialistas, respectivamente, em assuntos de 
saúde pública, de previdência social, e o sexto, o 
Superintendente do Serviço Federal de Habitação e 
Urbanismo. 
§ 1° (Vetado). 
§ 2° Os Conselheiros serão anualmente renovados pelo 
têrço e na composição inicial, 1/3 terá mandato de um ano, 
1/3 mandato de dois anos e 1/3 mandato de três anos. 
§ 3° Na composição inicial da Diretoria, metade dos 
diretores terá mandato de dois anos. 
Art. 29. Compete ao Conselho de Administração: 
I - organizar e modificar o regimento interno do Banco, que 
será aprovado por ato do Ministro da Fazenda; 
II - decidir sôbre a orientação geral das operações do Banco; 
III - exercer as atribuições normativas do Banco, como órgão 
da orientação, disciplina e contrôle do sistema financeiro da 
habitação; 
IV - aprovar os orçamentos de custeio, recursos e aplicações 
do Banco e as normas gerais a serem observadas nos seus 
serviços; 
V - distribuir os serviços do Banco entre os Diretores, 
observado o disposto nesta Lei; 
VI - criar ou extingüir cargo e funções, fixando os respectivos 
vencimentos e vantagens, mediante proposta do Diretor-
Superintendente, bem como dirimir dúvidas quanto aos 
direitos, vantagens e deveres dos servidores, podendo ainda 
baixar o Regulamento do Pessoal do Banco; 
VII - examinar e aprovar os balancetes e balanços do Banco, 
financeiros e patrimoniais; 
VIII - escolher substitutos no caso de vaga ou impedimento 
dos Diretores, até que o Presidente da República o faça em 
caráter efetivo; 
IX - examinar e dar parecer sôbre a prestação anual das 
contas do Banco; 
X - deliberar sôbre os assuntos que lhe forem submetidos 
pela Diretoria. 
Art. 30. Compete à Diretoria: 
I - decidir sôbre todos os assuntos da direção executiva do 
Banco, de acôrdo com o seu Regimento Interno; 
II - aprovar as operações do Banco, que excedam os limites 
fixados pelo Regimento Interno para cada Diretor. 
Art. 31. Compete ao Presidente do Banco: 
I - representar o Banco em suas relações com terceiros em 
juízo ou fora dêle, sem prejuízo do disposto no artigo 29; 
II - convocar extraordinàriamente o Conselho e a Diretoria, 
sempre que necessário; 
III - enviar ao Tribunal de Contas, até 31 de janeiro de cada 
ano, as contas dos administradores do Banco relativas ao 
exercício anterior, para os fins do artigo 77, II, da 
Constituição; 
IV - enviar ao Tribunal de Contas, até 31 de janeiro de cada 
ano as contas gerais do Banco relativas ao exercício anterior. 
Art. 32. Compete ao Diretor-Superintendente: 
I - substituir o Presidente nos seus impedimentos 
ocasionais, sem prejuízo do exercício normal de suas 
funções; 
II - administrar e dirigir os negócios ordinários do Banco 
decidindo das operações que se contiverem no limite da sua 
competência, de acôrdo com o Regimento Interno; 
III - outorgar e aceitar escrituras, ou assinar contratos, 
conjuntamente com o Presidente ou outro Diretor; 
IV - designar, conjuntamente com o Presidente, 
procuradores com poderes especiais, agentes ou 
representantes do Banco; 
V - praticar os atos referentes à administração do pessoal, 
podendo delegar poderes, salvo quando se tratar de 
nomeação, promoção ou demissão; 
VI - superintender e coordenar os serviços dos diferentes 
setôres do Banco e zelar pelo fiel cumprimento das 
deliberações do Conselho de Administração e da Diretoria; 
VII - prover, interinamente, até que o Presidente da 
República o faça em caráter efetivo, as vagas dos membros 
do Conselho de Administração, cuja substituição não esteja 
prevista no Regulamento do Banco. 
Art. 33. Os Diretores referidos no artigo 27, § 2°, alínea c 
terão as atribuições que forem determinadas no Regimento 
Interno. 
Art. 34. O pessoal contratado pelo Banco será regido pela 
Consolidação das Leis do Trabalho e legislação 
complementar e admitido mediante concurso de provas ou 
de provas e títulos. 
§ 1° Poderão ser requisitados pelo Banco servidores dos 
quadros do serviço público federal, das autarquias federais, 
ou de sociedades de economia mista, controladas pelo 
Govêrno Federal. 
§ 2° (Vetado). 
CAPÍTULO V 
DAS SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO 
Art. 35. As Sociedades de crédito imobiliário são instituições 
de crédito especializado, dependem de autorização do 
Banco Nacional da Habitação para funcionar, e estão 
sujeitas a permanente fiscalização do Govêrno Federal, 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
73 
154
6 
através do referido Banco e da Superintendência da Moeda 
e do Crédito. 
§ 1° As sociedades de crédito imobiliário se organizarão sob 
a forma anônima de ações nominativas, observando nos 
atos de sua constituição todos os dispositivos legais 
aplicáveis, mas só poderão dar início às suas atividades após 
publicação, no Diário Oficial da União, da autorização do 
Banco Nacional da Habitação. 
§ 2° As sociedades de crédito imobiliário serão constituídas 
com o capital mínimo de 100 milhões de cruzeiros em 
moeda corrente, na forma da legislação que rege as 
sociedades anônimas, mas a emissão de autorização para 
funcionar dependerá da integralização mínima de 50%, 
mediante débito do BNH. 
§ 3° O limite mínimo referido no parágrafo anterior será 
anualmente atualizado, com base nos índices de que trata o 
artigo 5°, § 1°. 
Art. 36. A autorização para funcionar será concedida por 
tempo indeterminado, enquanto a sociedade observar as 
disposições legais e regulamentares em vigor. 
§ 1° Sòmente poderão ser membros dos órgãos da 
administração e do Conselho Fiscal das sociedades de 
crédito imobiliário, pessoas de reconhecida idoneidade 
moral e comercial, sendo que dois diretores deverão 
comprovar capacidade financeira e técnica. 
§ 2° Os diretores sòmente poderão ser investidos nos seus 
cargos depois da aprovação pelo Banco Nacional da 
Habitação, à vista das provas exigidas pela SUMOC para 
investimento de diretores de estabelecimento bancário em 
geral. 
§ 3° A responsabilidade dos administradores de sociedade 
de crédito imobiliário é a mesma prevista na lei para os 
diretores de bancos. 
§ 4° A expressão "crédito imobiliário", constará 
obrigatòriamente da denominação das sociedades referidas 
neste artigo. 
§ 5° As sociedades de crédito imobiliário enviarão para 
publicação até o 10° dia de cada mês, no Diário Oficial do 
estado onde funcionarem, os balancetes mensais. 
Art. 37. Ficarão sujeitos à prévia aprovação do Banco 
Nacional da Habitação: 
I - as alterações dos estatutos sociais das sociedades de 
crédito imobiliário; 
II - a abertura de agências ou escritórios das referidas 
sociedades; 
III - a cessação de operações da matriz ou das dependências 
das referidas sociedades. 
Art. 38. Os pedidos de autorização para funcionamento, 
alteração estatutária, abertura ou fechamento de agências 
ou dependências e aprovação de administradores deverão 
ser decididos pelo Banco Nacional da Habitação, dentro de 
120 dias da sua apresentação e das decisões do Banco 
caberá recurso voluntário para o Ministro da Fazenda. 
Parágrafo único. O regulamento discriminará a 
documentação a ser apresentada, com os requerimentos 
referidos neste artigo, podendo o Banco Nacional da 
Habitação fazer as exigências que considerar de interêsse 
para a apreciação do pedido e fixar prazo razoável para o seu 
atendimento. 
Art. 39. As sociedades de crédito imobiliário sómente 
poderão operar em financiamentos para construção, venda 
ou aquisição dehabitações, mediante: 
I - abertura de crédito a favor de empresários que promovam 
projetos de construção de habitações para venda a prazo; 
II - abertura de crédito para a compra ou construção de casa 
própria com liquidação a prazo de crédito utilizado; 
III - desconto, mediante cessão de direitos de receber a 
prazo o preço da construção ou venda de habitações; 
IV - outras modalidades de operações autorizadas pelo 
Banco Nacional da Habitação. 
§ 1° Cada sociedade de crédito imobiliário sòmente poderá 
operar com imóveis situados na área geográfica para a qual 
fôr autorizada a funcionar. 
§ 2° As sociedades de crédito imobiliário não poderão operar 
em compra e venda ou construção de imóveis, salvo para 
liquidação de bens que tenham recebido em pagamento dos 
seus créditos ou no caso dos imóveis necessários a 
instalação de seus serviços. 
§ 3° Nas suas operações as sociedades de crédito imobiliário 
observarão as normas desta lei e as expedidas pelo Banco 
Nacional da Habitação, com relação aos limites do valor 
unitário, prazo, condições de pagamento, juros, garantias, 
seguro, ágio e deságios na colocação de Letras Imobiliárias 
e diversificação de aplicações. 
§ 4° As disponibilidades das sociedades de crédito 
imobiliário serão mantidas em depósito no Banco Nacional 
da Habitação, no Banco do Brasil S.A., nos demais bancos 
oficiais da União e dos Estados e nas Caixas Econômicas 
...(Vetado). 
Art. 40. As sociedades de crédito imobiliário não poderão: 
a) receber depósitos de terceiros que não sejam 
proprietários de ações nominativas, a não ser nas condições 
e nos limites autorizados pelo Banco Nacional da Habitação; 
b) tomar empréstimos em moeda nacional ou estrangeira, a 
não ser nas condições mínimas de prazo e nos limites 
máximos, em relação ao capital e reservas, estabelecidos 
pelo Banco Nacional da Habitação; 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
74 
154
6 
c) emitir Letras Imobiliárias em valor superior aos limites 
máximos aprovados pelo Banco Nacional da Habitação em 
relação ao capital e reservas e ao montante dos créditos em 
carteira; 
d) admitir a movimentação de suas contas por meio de 
cheques contra ela girados ou emitir cheques na forma 
do Decreto n. 24.777, de 14 de junho de 1934; 
e) possuir participação em outras emprêsas. 
§ 1° O Banco Nacional da Habitação fixará o limite de 
recursos de terceiros que as sociedades poderão receber, 
até o máximo de 15 vêzes os recursos próprios. 
§ 2° O Banco Nacional da Habitação fixará também os 
limites mínimos de prazo dos vencimentos dos recursos de 
terceiros recebidos pela sociedade em relação aos prazos de 
suas aplicações. 
Art. 41. O Banco Nacional de Habitação e a SUMOC 
manterão fiscalização permanente e ampla das Sociedades 
de Crédito Imobiliário podendo para isso, a qualquer tempo, 
examinar livros de registros, papéis e documentação de 
qualquer natureza, atos e contratos. 
§ 1° As sociedades são obrigadas a prestar tôda e qualquer 
informação que lhes fôr solicitada pelo Banco Nacional da 
Habitação ou pela SUMOC. 
§ 2° A recusa, a criação de embaraços, a divulgação ou 
fornecimento de informações falsas sôbre as operações e as 
condições financeiras da sociedade serão punidas na forma 
da lei. 
§ 3° O Banco Nacional da Habitação e a SUMOC manterão 
sigilo com relação a documentos e informações que as 
sociedades de crédito imobiliário lhe fornecerem. 
Art. 42. As sociedades de crédito imobiliário são obrigadas a 
observar o plano de contas e as normas de contabilização 
aprovadas pelo Banco Nacional da Habitação, bem como a 
divulgar, em seus relatórios semestrais, as informações 
mínimas exigidas pelo Banco Nacional da Habitação, quanto 
às suas condições financeiras. 
§ 1° As sociedades de crédito imobiliário são obrigadas a 
enviar ao Banco Nacional de Habilitação, até o último dia do 
mês seguinte, cópia do balancete do mês anterior, do 
balanço semestral e da demonstração de lucros e perdas, 
bem como prova de envio para publicação das atas de 
assembléias gerais, dentro de 30 dias da realização destas. 
§ 2° O BNH poderá exigir quando a seu critério, considerar 
necessário, que Sociedades de Crédito Imobiliário se 
sujeitem à auditoria externa por emprêsas especializadas 
por êle aprovadas. 
§ 3° As sociedades de crédito imobiliário mencionarão em 
sua publicidade os respectivos capitais realizados, suas 
reservas e o total de recursos mutuados aplicados, 
constantes de seu último balancete mensal. 
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 13.506, de 2017) 
CAPÍTULO VI 
LETRAS IMOBILIÁRIAS 
Art. 44. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 45. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 46. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 47. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 48. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 49. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 50. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 51. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 52. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
Art. 53. (Revogado pela Lei nº 13.137, de 2015) (Vigência) 
CAPÍTULO VII 
DO SERVIÇO FEDERAL DE HABITAÇÃO E URBANISMO 
Art. 54. A Fundação da Casa Popular, criada pelo Decreto-lei 
n. 9.218, de 1° de maio de 1946, passa a constituir com o seu 
patrimônio, revogada a legislação que lhe concerne, o 
"Serviço Federal de Habitação e Urbanismo", entidade 
autárquica ...(Vetado). 
§ 1° O Serviço Federal de Habitação e Urbanismo será 
dirigido por um Superintendente ..... (Vetado). 
§ 2° O Superintendente, de notória competência em matéria 
de habitação e urbanismo, será nomeado ...(Vetado)... pelo 
Conselho de Administração do Banco Nacional de 
Habitação. 
§ 3° (Vetado). 
§ 4° Ficam extintos o Conselho Central, o Conselho Técnico 
e a Junta de Contrôle da Fundação da Casa Popular. 
§ 5° Os servidores do Serviço Nacional de Habitação e 
Urbanismo serão admitidos no regime da legislação 
trabalhista ...(Vetado). 
§ 6º - Os servidores da atual Fundação da Casa Popular serão 
aproveitados no Serviço Nacional de Habitação e 
Urbanismo ou em outros serviços de igual regime. (Parte 
mantida pelo Congresso Nacional) 
Art. 55. O Serviço Federal de Habitação e Urbanismo terá as 
seguintes atribuições: 
a) promover pesquisas e estudos relativos ao deficit 
habitacional, aspectos do planejamento físico, técnico e 
sócio-econômico da habitação; 
b) promover, coordenar e prestar assistência técnica a 
programas regionais e municipais de habitação de interêsse 
social, os quais deverão necessàriamente ser 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
75 
154
6 
acompanhados de programas educativos e de 
desenvolvimento e organização de comunidade; 
c) fomentar o desenvolvimento da indústria de construção, 
através de pesquisas e assistência técnica, estimulando a 
iniciativa regional e local; 
d) incentivar o aproveitamento de mão-de-obra e dos 
materiais característicos de cada região; 
e) estimular a organização de fundações, cooperativas, 
mútuas e outras formas associativas em programas 
habitacionais, propiciando-lhes assistência técnica; 
f) incentivar a investigação tecnológica, a formação de 
técnicos, em qualquer nível, relacionadas com habitação e 
urbanismo; 
g) prestar assistência técnica aos Estados e Municípios na 
elaboração dos planos diretores, bem como no 
planejamento da desapropriação por interêsse social, de 
áreas urbanas adequadas a construção de conjuntos 
habitacionais; 
h) promover, em colaboração com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística, a realização de estatísticas sôbre a 
habitação no país; 
i) (Vetado); 
j) prestar assistência técnica aos Estados, aos Municípiose 
às emprêsas do país para constituição, organização e 
implantação de entidades de caráter público, de economia 
mista ou privadas, que terão por objetivo promover a 
execução de planos habitacionais ou financiá-los, inclusive 
assistí-los para se candidatarem aos empréstimos do Banco 
Nacional da Habitação ou das sociedades de crédito 
imobiliário; 
l) prestar assistência técnica na elaboração de planos de 
emergência, intervindo na normalização de situações 
provocadas por calamidades públicas; 
m) estabelecer normas técnicas para a elaboração de Planos 
Diretores, de acôrdo com as peculiaridades das diversas 
regiões do país; 
n) assistir aos municípios na elaboração ou adaptação de 
seus Planos Diretores às normas técnicas a que se refere o 
item anterior. 
§ 1° Os municípios que não tiverem códigos de obras 
adaptados às normas técnicas do Serviço Federal de 
Habitação e Urbanismo ou que aprovarem projetos e planos 
habitacionais em desacôrdo com as mesmas normas, não 
poderão receber recursos provenientes de entidades 
governamentais, destinados a programas de habitação e 
urbanismo. 
§ 2° (Vetado). 
Art. 56. A organização administrativa do Serviço Federal de 
Habitação e Urbanismo será estabelecida em decreto, 
devendo ser prevista a sua descentralização regional. 
Parágrafo único. (Vetado). 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 
Art. 57. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.338, de 1974). 
Art. 58. Ficam isentos do Impôsto de Renda, até 31 de 
dezembro de 1970, os lucros e rendimentos auferidos pelas 
pessoas físicas ou jurídicas, resultantes de operações de 
construção e primeira transação, inclusive alienação e 
locação, relativos aos prédios residenciais que vierem a ser 
construídos no Distrito Federal, cujo valor não ultrapasse 60 
(sessenta) vêzes o salário-mínimo da região. 
Parágrafo único. Ficam igualmente isentos os mesmos 
imóveis, pelo mesmo prazo, dos impostos de transmissão, 
"causa mortis" e "inter vivos" relativos à primeira 
transferência de propriedade. 
Art. 59. São isentos de impôsto de sêlo: 
a) a emissão, colocação, transferência, cessão, endôsso, 
inscrição ou averbação de letras imobiliárias; 
b) os atos e contratos, de qualquer natureza, entre as 
entidades que integram o sistema financeiro da habitação; 
c) os contratos de que participem entidades integrantes do 
sistema financeiro da habitação, e que tenham por objeto 
habitações de menos de 50 metros quadrados, não incluídas 
as partes comuns, se fôr o caso, e de valor inferior a 60 vêzes 
o maior salário-mínimo legal vigente no país; 
d) os contratos de construção, venda, ou promessa de venda 
a prazo, promessa de cessão e hipoteca, de habitações que 
satisfaçam aos requisitos da alínea anterior. 
Art. 60. A aplicação da presente lei, pelo seu sentido social, 
far-se-á de modo a que sejam simplificados todos os 
processo e métodos pertinentes às respectivas transações, 
objetivando principalmente: 
I - o maior rendimento dos serviços e a segurança e rapidez 
na tramitação dos processos e papéis; 
II - economia de tempo e de emolumentos devidos aos 
Cartórios; 
III - simplificação das escrituras e dos critérios para efeito do 
Registro de Imóveis. 
Art. 61. Para plena consecução do disposto no artigo 
anterior, as escrituras deverão consignar exclusivamente as 
cláusulas, têrmos ou condições variáveis ou específicas. 
§ 1° As cláusulas legais, regulamentares, regimentais ou, 
ainda, quaisquer normas administrativas ou técnicas e, 
portanto, comuns a todos os mutuários não figurarão 
expressamente nas respectivas escrituras. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
76 
154
6 
§ 2° As escrituras, no entanto, consignarão 
obrigatòriamente que as partes contratantes adotam e se 
comprometem a cumprir as cláusulas, têrmos e condições a 
que se refere o parágrafo anterior, sempre transcritas, 
verbum ad verbum, no respectivo Cartório ou Ofício, 
mencionado inclusive o número do Livro e das fôlhas do 
competente registro. 
§ 3° Aos mutuários, ao receberem os respectivos traslados 
de escritura, será obrigatòriamente entregue cópia, 
impressa ou mimeografada, autenticada, do contrato 
padrão constante das cláusulas, têrmos e condições 
referidas no parágrafo 1° dêste artigo. 
§ 4° Os Cartórios de Registro de Imóveis, obrigatòriamente, 
para os devidos efeitos legais e jurídicos, receberão, 
autenticadamente, das pessoas jurídicas mencionadas na 
presente Lei, o instrumento a que se refere o parágrafo 
anterior, tudo de modo a facilitar os competentes registros. 
§ 5º Os contratos de que forem parte o Banco Nacional de 
Habitação ou entidades que integrem o Sistema Financeiro 
da Habitação, bem como as operações efetuadas por 
determinação da presente Lei, poderão ser celebrados por 
instrumento particular, os quais poderão ser impressos, não 
se aplicando aos mesmos as disposições do art. 134, II, do 
Código Civil, atribuindo-se o caráter de escritura pública, 
para todos os fins de direito, aos contratos particulares 
firmados pelas entidades acima citados até a data da 
publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 5.049, de 1966). 
§ 6º Os contratos de que trata o parágrafo anterior serão 
obrigatòriamente rubricados por tôdas as partes em tôdas 
as suas fôlhas. (Incluído pela Lei nº 5.049, de 1966). 
§ 7º Todos os contratos, públicos ou particulares, serão 
obrigatòriamente transcritos no Cartório de Registro de 
Imóveis competente, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a 
contar da data de sua assinatura, devendo tal obrigação 
figurar como cláusula contratual. (Incluído pela Lei nº 5.049, 
de 1966). 
Art. 62. Os oficiais do Registro de Imóveis inscreverão 
obrigatòriamente, os contratos de promessa de venda, 
promessa de cessão ou de hipoteca celebrados de acôrdo 
com a presente Lei, declarando expressamente que os 
valôres dêles constantes são meramente estimativos, 
estando sujeitos os saldos devedores, assim como as 
prestações mensais, às correções do valor, determinadas 
nesta Lei. 
§ 1° Mediante simples requerimento, firmado por ambas as 
partes contratantes, os Oficiais do Registro de Imóveis 
averbarão, à margem das respectivas inscrições, as 
correções de valôres determinados por esta Lei, com 
indicação do nôvo valor do preço ou da dívida e do saldo 
respectivo, bem como da nova prestação contratual. 
§ 2° Se o promitente comprador, promitente cessionário ou 
mutuário se recusar a assinar o requerimento de averbação 
das correções verificadas, ficará, não obstante, obrigado ao 
pagamento da nova prestação, podendo a entidade 
financiadora, se lhe convier, rescindir o contrato, com 
notificação prévia no prazo de 90 dias. 
Art. 63. Os órgãos da administração federal, centralizada ou 
descentralizada ficam autorizados a firmar acôrdos ou 
convênios com as entidades estaduais e municipais, 
buscando sempre a plena execução da presente Lei e o 
máximo de cooperação inter-administrativa. 
Art. 64. O Banco Nacional da Habitação poderá promover 
desapropriações por utilidade pública ou por interêsse 
social. 
Art. 65. A partir da data da vigência desta Lei as Carteiras 
Imobiliárias dos Institutos de Aposentadoria e Pensões não 
poderão iniciar novas operações imobiliárias e seus 
segurados passarão a ser atendidos de conformidade com 
êste diploma legal. 
§ 1º - Institutos de Aposentadoria e Pensões, as Autarquias 
em geral, as Fundações e as Sociedades de Economia Mista, 
inclusive a Petrobrás S.A e o Banco do Brasil S.A., efetuarão, 
no prazo máximo de 12 (doze) meses, a venda de seus 
conjuntos e unidades residenciais, em consonância com o 
Sistema Financeiro da Habitação de que trata esta Lei, de 
acôrdo com as instruções expedidas, no prazo de 90 
(noventa) dias, conjuntamente, pelo Banco Nacional de 
Habitação e Departamento Nacional da Previdência Social. 
(Redação dada pela Lei nº 5.049, de 1996). 
§ 2º Os recursos provenientes daalienação de que trata o 
parágrafo anterior serão aplicados na aquisição ou 
construção de imóveis destinados à instalação de órgãos do 
Instituto. (Redação dada pela Lei nº 5.455, de 1968) 
§ 3º Não sendo oportuna a aplicação prevista no parágrafo 
anterior, os recursos serão aplicados em Letras Imobiliárias, 
cuja liquidação se fará em 24 (vinte e quatro) parcelas 
mensais consecutivas, para a aquisição ou construção de 
edifícios-sede. (Incluído pela Lei nº 5.455, de 1968) 
§ 4º - Os órgãos referidos no § 1º dêste artigo que possuam 
unidades residenciais em Brasília, conjuntamente com a 
Caixa Econômica Federal de Brasília, submeterão à 
aprovação do Presidente da República, por intermédio do 
Ministro do Planejamento e Coordenação Econômica, no 
prazo de 90 (noventa) dias, sugestões e normas, em 
consonância com o sistema Financeiro da Habitação, 
referentes à sua alienação. (Redação dada pela Lei nº 
5.049, de 1996). (Renumerado pela Lei nº 5.455, de 1968) 
§ 5° Os órgãos de que trata o parágrafo anterior, celebrarão 
convênio com a Caixa Econômica Federal de Brasília, 
incumbindo-a da alienação, aos respectivos ocupantes, dos 
imóveis residenciais que possuírem no Distrito Federal, 
devendo o produto da operação constituir fundo rotativo 
destinado a novos investimentos em construções 
residenciais em Brasília, assegurado às entidades 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
77 
154
6 
convenientes rateio financeiro anual, que lhes permita a 
retirada de valôres correspondentes no mínimo, a cinqüenta 
por cento (50%) da renda líquida atual, efetivamente 
realizada, com a locação de tais imóveis. (Renumerado pela 
Lei nº 5.455, de 1968) 
§ 6° Os imóveis residenciais que deixarem de ser alienados 
aos ocupantes, por desinterêsse ou impossibilidade legal 
dos mesmos, serão objeto de aquisição pela União que 
poderá para resgatá-los, solicitar a abertura de crédito 
especial, dar em pagamento imóveis não necessários aos 
seus serviços ou ações de sua propriedade em emprêsas de 
economia mista, mantida, nesta hipótese, a situação 
majoritária da União. (Renumerado pela Lei nº 5.455, de 
1968) 
§ 7° A administração dos imóveis adquiridos pela União, na 
forma do parágrafo anterior, será feita pelo Serviço do 
Patrimônio da União. (Renumerado pela Lei nº 5.455, de 
1968) 
§ 8° Realizadas as operações previstas no parágrafo 
primeiro, extingüir-se-ão as Carteiras Imobiliárias dos IAPs. 
(Renumerado pela Lei nº 5.455, de 1968) 
§ 9° Os atuais inquilinos ou ocupantes de imóveis 
residenciais dos IAPs e, sucessivamente, os seus 
contribuintes, êstes inscritos e classificados de acôrdo com 
a legislação vigente, terão preferência no atendimento 
pelos órgãos estatais integrantes do sistema financeiro da 
habitação (Renumerado pela Lei nº 5.455, de 1968) 
Art. 66. O Ministro do Planejamento adotará as medidas 
necessárias para a criação de um Fundo de Assistência 
Habitacional objetivando o financiamento às populações de 
renda insuficiente, destinando-lhes recursos próprios. 
Art. 67. O Banco Nacional da Habitação e o Serviço Federal 
de Habitação e Urbanismo deverão publicar mensalmente a 
relação dos servidores admitidos ao seu serviço, a qualquer 
título, no mês anterior à publicação. 
Art. 68. O Poder Executivo baixará os regulamentos 
necessários à execução desta Lei, inclusive os relativos à 
extinção dos órgãos federais que vêm exercendo funções e 
atividades que possam ser por elas reguladas, podendo 
incorporar serviços, órgãos e departamentos, dispondo 
sôbre a situação dos respectivos servidores e objetivando o 
enquadramento dos órgãos federais que integram o sistema 
financeiro da habitação. 
Parágrafo único. Dentro do prazo de noventa (90) dias, o 
Poder Executivo baixará os atos necessários à adaptação do 
funcionamento das Caixas Econômicas Federais, Caixas 
Militares e IPASE aos dispositivos desta Lei. 
Art. 69. O contrato de promessa de cessão de direitos 
relativos a imóveis não loteados, sem cláusula de 
arrependimento e com emissão de posse, uma vez inscrita 
no Registro Geral de Imóveis, atribui ao promitente 
cessionário direito real oponível a terceiro e confere direito 
a obtenção compulsória da escritura definitiva de cessão, 
aplicando-se, neste caso, no que couber, o disposto no 
artigo 16 do Decreto-lei n. 58, de 10 de dezembro de 1937, e 
no artigo 346 do Código do Processo Civil. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica aos 
contratos em via de execução compulsória, em qualquer 
instância. 
Art. 70. Fica assegurada às Caixas Econômicas Federais, na 
forma em que o Poder Executivo regulamentar, dentro do 
prazo previsto no parágrafo único do artigo 68, a exploração 
da Loteria Federal. 
Art. 71. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, pelo 
Ministério da Fazenda, crédito especial no montante de 
Cr$1 bilhão, com vigência durante três anos, destinado à 
integralização gradativa do capital do Banco Nacional da 
Habitação. 
Art. 72. Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação, 
revogadas as disposições em contrário. 
Brasília, 21 de agosto de 1964; 143º da Independência e 76º 
da República. 
H. CASTELLO BRANCO 
Milton Campos 
Erneto de Mello Baptista 
Arthur da Costa e Silva 
Vasvo da Cunha 
Octavio Gouveia de Bulhões 
Juarez Távora 
Hugo de Almeida Leme 
Flávio Suplicy de Lacerda 
Arnaldo Susselcind 
Nelson Lavenére Wanderley 
Raynundo de Brito 
Mauro Thibau 
Daniel Faraco 
Roberto Campos 
Osvaldo Cordeiro de Farias 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.9.1964 
Lei nº 4.504/1964 
Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá outras 
providências. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
CAPÍTULO I 
PRINCÍPIOS E DEFINIÇÕES 
Art. 1° Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes 
aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma 
Agrária e promoção da Política Agrícola. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
78 
154
6 
§ 1° Considera-se Reforma Agrária o conjunto de medidas 
que visem a promover melhor distribuição da terra, 
mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim 
de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de 
produtividade. 
§ 2º Entende-se por Política Agrícola o conjunto de 
providências de amparo à propriedade da terra, que se 
destinem a orientar, no interesse da economia rural, as 
atividades agropecuárias, seja no sentido de garantir-lhes o 
pleno emprego, seja no de harmonizá-las com o processo de 
industrialização do país. 
Art. 2° É assegurada a todos a oportunidade de acesso à 
propriedade da terra, condicionada pela sua função social, 
na forma prevista nesta Lei. 
§ 1° A propriedade da terra desempenha integralmente a 
sua função social quando, simultaneamente: 
a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores que nela labutam, assim como de suas 
famílias; 
b) mantém níveis satisfatórios de produtividade; 
c) assegura a conservação dos recursos naturais; 
d) observa as disposições legais que regulam as justas 
relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem. 
§ 2° É dever do Poder Público: 
a) promover e criar as condições de acesso do trabalhador 
rural à propriedade da terra economicamente útil, de 
preferencia nas regiões onde habita, ou, quando as 
circunstâncias regionais, o aconselhem em zonas 
previamente ajustadas na forma do disposto na 
regulamentação desta Lei; 
b) zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua 
função social, estimulando planos para a sua racional 
utilização, promovendo a justa remuneração e o acesso do 
trabalhador aos benefícios do aumento da produtividade e 
ao bem-estar coletivo. 
§ 3º A todo agricultor assisteo direito de permanecer na 
terra que cultive, dentro dos termos e limitações desta Lei, 
observadas sempre que for o caso, as normas dos contratos 
de trabalho. 
§ 4º É assegurado às populações indígenas o direito à posse 
das terras que ocupam ou que lhes sejam atribuídas de 
acordo com a legislação especial que disciplina o regime 
tutelar a que estão sujeitas. 
Art. 3º O Poder Público reconhece às entidades privadas, 
nacionais ou estrangeiras, o direito à propriedade da terra 
em condomínio, quer sob a forma de cooperativas quer 
como sociedades abertas constituídas na forma da 
legislação em vigor. 
Parágrafo único. Os estatutos das cooperativas e demais 
sociedades, que se organizarem na forma prevista neste 
artigo, deverão ser aprovados pelo Instituto Brasileiro de 
Reforma Agrária (I.B.R.A.) que estabelecerá condições 
mínimas para a democratização dessas sociedades. 
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, definem-se: 
I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua qualquer 
que seja a sua localização que se destina à exploração 
extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer através 
de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa 
privada; 
II - "Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e 
pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes 
absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a 
subsistência e o progresso social e econômico, com área 
máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e 
eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros; 
III - "Módulo Rural", a área fixada nos termos do inciso 
anterior; 
IV - "Minifúndio", o imóvel rural de área e possibilidades 
inferiores às da propriedade familiar; 
V - "Latifúndio", o imóvel rural que: 
a) exceda a dimensão máxima fixada na forma do artigo 46, 
§ 1°, alínea b, desta Lei, tendo-se em vista as condições 
ecológicas, sistemas agrícolas regionais e o fim a que se 
destine; 
b) não excedendo o limite referido na alínea anterior, e 
tendo área igual ou superior à dimensão do módulo de 
propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às 
possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com 
fins especulativos, ou seja deficiente ou inadequadamente 
explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de 
empresa rural; 
VI - "Empresa Rural" é o empreendimento de pessoa física 
ou jurídica, pública ou privada, que explore econômica e 
racionalmente imóvel rural, dentro de condição de 
rendimento econômico ...Vetado... da região em que se 
situe e que explore área mínima agricultável do imóvel 
segundo padrões fixados, pública e previamente, pelo Poder 
Executivo. Para esse fim, equiparam-se às áreas cultivadas, 
as pastagens, as matas naturais e artificiais e as áreas 
ocupadas com benfeitorias; 
VII - "Parceleiro", aquele que venha a adquirir lotes ou 
parcelas em área destinada à Reforma Agrária ou à 
colonização pública ou privada; 
VIII - "Cooperativa Integral de Reforma Agrária (C.I.R.A.)", 
toda sociedade cooperativa mista, de natureza civil, 
...Vetado... criada nas áreas prioritárias de Reforma Agrária, 
contando temporariamente com a contribuição financeira e 
técnica do Poder Público, através do Instituto Brasileiro de 
Reforma Agrária, com a finalidade de industrializar, 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
79 
154
6 
beneficiar, preparar e padronizar a produção agropecuária, 
bem como realizar os demais objetivos previstos na 
legislação vigente; 
IX - "Colonização", toda a atividade oficial ou particular, que 
se destine a promover o aproveitamento econômico da 
terra, pela sua divisão em propriedade familiar ou através de 
Cooperativas ...Vetado... 
Parágrafo único. Não se considera latifúndio: 
a) o imóvel rural, qualquer que seja a sua dimensão, cujas 
características recomendem, sob o ponto de vista técnico e 
econômico, a exploração florestal racionalmente realizada, 
mediante planejamento adequado; 
b) o imóvel rural, ainda que de domínio particular, cujo 
objeto de preservação florestal ou de outros recursos 
naturais haja sido reconhecido para fins de tombamento, 
pelo órgão competente da administração pública. 
Art. 5° A dimensão da área dos módulos de propriedade 
rural será fixada para cada zona de características 
econômicas e ecológicas homogêneas, distintamente, por 
tipos de exploração rural que nela possam ocorrer. 
Parágrafo único. No caso de exploração mista, o módulo 
será fixado pela média ponderada das partes do imóvel 
destinadas a cada um dos tipos de exploração considerados. 
CAPÍTULO II 
DOS ACORDOS E CONVÊNIOS 
Art. 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão unir seus esforços e recursos, mediante 
acordos, convênios ou contratos para a solução de 
problemas de interesse rural, principalmente os 
relacionados com a aplicação da presente Lei, visando a 
implantação da Reforma Agrária e à unidade de critérios na 
execução desta.(Vide Medida Provisória nº 2.183-56, de 
24.8.2001) 
§ 1o Para os efeitos da Reforma Agrária, o Instituto Nacional 
de Colonização e Reforma Agrária - INCRA representará a 
União nos acordos, convênios ou contratos multilaterais 
referidos neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 
2.183-56, de 2001) 
§ 2o A União, mediante convênio, poderá delegar aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o 
cadastramento, as vistorias e avaliações de propriedades 
rurais situadas no seu território, bem como outras 
atribuições relativas à execução do Programa Nacional de 
Reforma Agrária, observados os parâmetros e critérios 
estabelecidos nas leis e nos atos normativos 
federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 
2001) 
§ 3o O convênio de que trata o caput será celebrado com os 
Estados, com o Distrito Federal e com os Municípios que 
tenham instituído órgão colegiado, com a participação das 
organizações dos agricultores familiares e trabalhadores 
rurais sem terra, mantida a paridade de representação entre 
o poder público e a sociedade civil organizada, com a 
finalidade de formular propostas para a adequada 
implementação da política agrária. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
§ 4o Para a realização da vistoria e avaliação do imóvel rural 
para fins de reforma agrária, poderá o Estado utilizar-se de 
força policial. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, 
de 2001) 
§ 5o O convênio de que trata o caput deverá prever que a 
União poderá utilizar servidores integrantes dos quadros de 
pessoal dos órgãos e das entidades da Administração 
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
para a execução das atividades referidas neste 
artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 
2001) 
Art. 7º Mediante acordo com a União, os Estados poderão 
encarregar funcionários federais da execução de Leis e 
serviços estaduais ou de atos e decisões das suas 
autoridades, pertinentes aos problemas rurais, e, 
reciprocamente, a União poderá, em matéria de sua 
competência, cometer a funcionários estaduais, encargos 
análogos, provendo às necessárias despesas de 
conformidade com o disposto no parágrafo terceiro do 
artigo 18 da Constituição Federal. 
Art. 8º Os acordos, convênios ou contratos poderão conter 
cláusula que permita expressamente a adesão de outras 
pessoas de direito público, interno ou externo, bem como de 
pessoas físicas nacionais ou estrangeiras, não participantes 
direta dos atos jurídicos celebrados. 
Parágrafo único. A adesão efetivar-se-á com a só notificação 
oficial às partes contratantes, independentemente de 
condição ou termo. 
CAPÍTULO III 
DAS TERRAS PÚBLICAS E PARTICULARES 
SEÇÃO I 
DAS TERRAS PÚBLICAS 
Art. 9º Dentre as terras públicas, terão prioridade, 
subordinando-se aos itens previstos nesta Lei, as seguintes: 
I - as de propriedade da União, que não tenham outra 
destinação específica; 
II - as reservadas pelo Poder Públicopara serviços ou obras 
de qualquer natureza, ressalvadas as pertinentes à 
segurança nacional, desde que o órgão competente 
considere sua utilização econômica compatível com a 
atividade principal, sob a forma de exploração agrícola; 
III - as devolutas da União, dos Estados e dos Municípios. 
Art. 10. O Poder Público poderá explorar direta ou 
indiretamente, qualquer imóvel rural de sua propriedade, 
unicamente para fins de pesquisa, experimentação, 
demonstração e fomento, visando ao desenvolvimento da 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
80 
154
6 
agricultura, a programas de colonização ou fins educativos 
de assistência técnica e de readaptação. 
§ 1° Somente se admitirá a existência de imóveis rurais de 
propriedade pública, com objetivos diversos dos previstos 
neste artigo, em caráter transitório, desde que não haja 
viabilidade de transferi-los para a propriedade privada. 
§ 2º Executados os projetos de colonização nos imóveis 
rurais de propriedade pública, com objetivos diversos dos 
previstos neste artigo, em caráter transitório. 
§ 3º Os imóveis rurais pertencentes à União, cuja utilização 
não se enquadre nos termos deste artigo, poderão ser 
transferidos ao Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, ou 
com ele permutados por ato do Poder Executivo. 
Art. 11. O Instituto Brasileiro de Reforma Agrária fica 
investido de poderes de representação da União, para 
promover a discriminação das terras devolutas federais, 
restabelecida a instância administrativa disciplinada pelo 
Decreto-Lei n. 9.760, de 5 de setembro de 1946, e com 
autoridade para reconhecer as posses legítimas 
manifestadas através de cultura efetiva e morada habitual, 
bem como para incorporar ao patrimônio público as terras 
devolutas federais ilegalmente ocupadas e as que se 
encontrarem desocupadas. 
§ 1° Através de convênios, celebrados com os Estados e 
Municípios, iguais poderes poderão ser atribuídos ao 
Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, quanto às terras 
devolutas estaduais e municipais, respeitada a legislação 
local, o regime jurídico próprio das terras situadas na faixa 
da fronteira nacional bem como a atividade dos órgãos de 
valorização regional. 
§ 2º Tanto quanto possível, o Instituto Brasileiro de Reforma 
Agrária imprimirá ao instituto das terras devolutas 
orientação tendente a harmonizar as peculiaridades 
regionais com os altos interesses do desbravamento através 
da colonização racional visando a erradicar os males do 
minifúndio e do latifúndio. 
SEÇÃO II 
DAS TERRAS PARTICULARES 
Art. 12. À propriedade privada da terra cabe 
intrinsecamente uma função social e seu uso é condicionado 
ao bem-estar coletivo previsto na Constituição Federal e 
caracterizado nesta Lei. 
Art. 13. O Poder Público promoverá a gradativa extinção das 
formas de ocupação e de exploração da terra que 
contrariem sua função social. 
Art. 14. O Poder Público facilitará e prestigiará a criação e a 
expansão de associações de pessoas físicas e jurídicas que 
tenham por finalidade o racional desenvolvimento extrativo 
agrícola, pecuário ou agroindustrial, e promoverá a 
ampliação do sistema cooperativo, bem como de outras 
modalidades associativas e societárias que objetivem a 
democratização do capital. (Redação dada Medida 
Provisória nº 2.183-56, 2001) 
§ 1o Para a implementação dos objetivos referidos neste 
artigo, os agricultores e trabalhadores rurais poderão 
constituir entidades societárias por cotas, em forma 
consorcial ou condominial, com a denominação de 
"consórcio" ou "condomínio", nos termos dos arts. 3o e 
6o desta Lei.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 
2001) 
§ 2o Os atos constitutivos dessas sociedades deverão ser 
arquivados na Junta Comercial, quando elas praticarem atos 
de comércio, e no Cartório de Registro das Pessoas 
Jurídicas, quando não envolver essa atividade. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
Art. 15. A implantação da Reforma Agrária em terras 
particulares será feita em caráter prioritário, quando se 
tratar de zonas críticas ou de tensão social. 
TÍTULO II 
DA REFORMA AGRÁRIA 
CAPÍTULO I 
DOS OBJETIVOS E DOS MEIOS DE ACESSO À 
PROPRIEDADE RURAL 
Art. 16. A Reforma Agrária visa a estabelecer um sistema de 
relações entre o homem, a propriedade rural e o uso da 
terra, capaz de promover a justiça social, o progresso e o 
bem-estar do trabalhador rural e o desenvolvimento 
econômico do país, com a gradual extinção do minifúndio e 
do latifúndio. 
Parágrafo único. O Instituto Brasileiro de Reforma Agrária 
será o órgão competente para promover e coordenar a 
execução dessa reforma, observadas as normas gerais da 
presente Lei e do seu regulamento. 
Art. 17. O acesso à propriedade rural será promovido 
mediante a distribuição ou a redistribuição de terras, pela 
execução de qualquer das seguintes medidas: 
a) desapropriação por interesse social; 
b) doação; 
c) compra e venda; 
d) arrecadação dos bens vagos; 
e) reversão à posse (Vetado) do Poder Público de terras de 
sua propriedade, indevidamente ocupadas e exploradas, a 
qualquer título, por terceiros; 
f) herança ou legado. 
Art. 18. À desapropriação por interesse social tem por fim: 
a) condicionar o uso da terra à sua função social; 
b) promover a justa e adequada distribuição da propriedade; 
c) obrigar a exploração racional da terra; 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
81 
154
6 
d) permitir a recuperação social e econômica de regiões; 
e) estimular pesquisas pioneiras, experimentação, 
demonstração e assistência técnica; 
f) efetuar obras de renovação, melhoria e valorização dos 
recursos naturais; 
g) incrementar a eletrificação e a industrialização no meio 
rural; 
h) facultar a criação de áreas de proteção à fauna, à flora ou 
a outros recursos naturais, a fim de preservá-los de 
atividades predatórias. 
Art. 19. A desapropriação far-se-á na forma prevista na 
Constituição Federal, obedecidas as normas constantes da 
presente Lei. 
§ 1° Se for intentada desapropriação parcial, o proprietário 
poderá optar pela desapropriação de todo o imóvel que lhe 
pertence, quando a área agricultável remanescente, inferior 
a cinqüenta por cento da área original, ficar: 
a) reduzida a superfície inferior a três vezes a dimensão do 
módulo de propriedade; ou 
b) prejudicada substancialmente em suas condições de 
exploração econômica, caso seja o seu valor inferior ao da 
parte desapropriada. 
§ 2º Para efeito de desapropriação observar-se-ão os 
seguintes princípios: 
a) para a fixação da justa indenização, na forma do artigo 
147, § 1°, da Constituição Federal, levar-se-ão em conta o 
valor declarado do imóvel para efeito do Imposto Territorial 
Rural, o valor constante do cadastro acrescido das 
benfeitorias com a correção monetária porventura cabível, 
apurada na forma da legislação específica, e o valor venal do 
mesmo; 
b) o poder expropriante não será obrigado a consignar, para 
fins de imissão de posse dos bens, quantia superior à que 
lhes tiver sido atribuída pelo proprietário na sua última 
declaração, exigida pela Lei do Imposto de Renda, a partir 
de 1965, se se tratar de pessoa física ou o valor constante do 
ativo, se se tratar de pessoa jurídica, num e noutro caso com 
a correção monetária cabível; 
c) efetuada a imissão de posse, fica assegurado ao 
expropriado o levantamento de oitenta por cento da quantia 
depositada para obtenção da medida possessória. 
§ 3º Salvo por motivo de necessidade ou utilidade pública, 
estão isentos da desapropriação: 
a) os imóveis rurais que, em cada zona, não excederem de 
três vezes o módulo de produto de propriedade, fixado nos 
termos do artigo 4º, inciso III; 
b) os imóveis que satisfizerem os requisitos pertinentes à 
empresa rural, enunciadosno artigo 4º, inciso VI; 
c) os imóveis que, embora não classificados como empresas 
rurais, situados fora da área prioritária de Reforma Agrária, 
tiverem aprovados pelo Instituto Brasileiro de Reforma 
Agrária, e em execução projetos que em prazo determinado, 
os elevem àquela categoria. 
§ 4° O foro competente para desapropriação é o da situação 
do imóvel. 
§ 5º De toda decisão que fixar o preço em quantia superior à 
oferta formulada pelo órgão expropriante, haverá, 
obrigatoriamente, recurso de ofício para o Tribunal Federal 
de Recursos. Verificado, em ação expropriatório, ter o 
imóvel valor superior ao declarado pelo expropriado, e 
apurada a má-fé ou o dolo deste, poderá a sentença 
condená-lo à penalidade prevista no artigo 49, § 3º, desta 
Lei, deduzindo-se do valor da indenização o montante da 
penalidade. 
Art. 20. As desapropriações a serem realizadas pelo Poder 
Público, nas áreas prioritárias, recairão sobre: 
I - os minifúndios e latifúndios; 
II - as áreas já beneficiadas ou a serem por obras públicas de 
vulto; 
III - as áreas cujos proprietários desenvolverem atividades 
predatórias, recusando-se a pôr em prática normas de 
conservação dos recursos naturais; 
IV - as áreas destinadas a empreendimentos de colonização, 
quando estes não tiverem logrado atingir seus objetivos; 
V - as áreas que apresentem elevada incidência de 
arrendatários, parceiros e posseiros; 
VI - as terras cujo uso atual, estudos levados a efeito pelo 
Instituto Brasileiro de Reforma Agrária comprovem não ser 
o adequado à sua vocação de uso econômico. 
Art. 21. Em áreas de minifúndio, o Poder Público tomará as 
medidas necessárias à organização de unidades econômicas 
adequadas, desapropriando, aglutinando e redistribuindo as 
áreas. 
Art. 22. É o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária 
autorizado, para todos os efeitos legais, a promover as 
desapropriações necessárias ao cumprimento da presente 
Lei. 
Parágrafo único. A União poderá desapropriar, por interesse 
social, bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito 
Federal e Territórios, precedido o ato, em qualquer caso, de 
autorização legislativa. 
Art. 23. Os bens desapropriados por sentença definitiva, 
uma vez incorporados ao patrimônio público, não podem 
ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade 
do processo de desapropriação. Qualquer ação julgada 
procedente, resolver-se-á em perdas e danos. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
82 
154
6 
Parágrafo único. A regra deste artigo aplica-se aos imóveis 
rurais incorporados ao domínio da União, em conseqüência 
de ações por motivo de enriquecimento ilícito em prejuízo 
do Patrimônio Federal, os quais transferidos ao Instituto 
Brasileiro de Reforma Agrária, serão aplicados aos objetivos 
desta Lei. 
CAPÍTULO II 
DA DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS 
Art. 24. As terras desapropriadas para os fins da Reforma 
Agrária que, a qualquer título, vierem a ser incorporadas ao 
patrimônio do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, 
respeitada a ocupação de terras devolutas federais 
manifestada em cultura efetiva e moradia habitual, só 
poderão ser distribuídas: 
I - sob a forma de propriedade familiar, nos termos das 
normas aprovadas pelo Instituto Brasileiro de Reforma 
Agrária; 
II - a agricultores cujos imóveis rurais sejam 
comprovadamente insuficientes para o sustento próprio e o 
de sua família; 
III - para a formação de glebas destinadas à exploração 
extrativa, agrícola, pecuária ou agro-industrial, por 
associações de agricultores organizadas sob regime 
cooperativo; 
IV - para fins de realização, a cargo do Poder Público, de 
atividades de demonstração educativa, de pesquisa, 
experimentação, assistência técnica e de organização de 
colônias-escolas; 
V - para fins de reflorestamento ou de conservação de 
reservas florestais a cargo da União, dos Estados ou dos 
Municípios. 
Art. 25. As terras adquiridas pelo Poder Público, nos termos 
desta Lei, deverão ser vendidas, atendidas as condições de 
maioridade, sanidade e de bons antecedentes, ou de 
reabilitação, de acordo com a seguinte ordem de 
preferência: 
I - ao proprietário do imóvel desapropriado, desde que 
venha a explorar a parcela, diretamente ou por intermédio 
de sua família; 
II - aos que trabalhem no imóvel desapropriado como 
posseiros, assalariados, parceiros ou arrendatários; 
III - aos agricultores cujas propriedades não alcancem a 
dimensão da propriedade familiar da região; 
IV - aos agricultores cujas propriedades sejam 
comprovadamente insuficientes para o sustento próprio e o 
de sua família; 
V - aos tecnicamente habilitados na forma dá legislação em 
vigor, ou que tenham comprovada competência para a 
prática das atividades agrícolas. 
§ 1° Na ordem de preferência de que trata este artigo, terão 
prioridade os chefes de família numerosas cujos membros 
se proponham a exercer atividade agrícola na área a ser 
distribuída. 
§ 2º Só poderão adquirir lotes os trabalhadores sem terra, 
salvo as exceções previstas nesta Lei. 
§ 3º Não poderá ser beneficiário da distribuição de terras a 
que se refere este artigo o proprietário rural, salvo nos casos 
dos incisos I, III e IV, nem quem exerça função pública, 
autárquica ou em órgão paraestatal, ou se ache investido de 
atribuições parafiscais. 
§ 4º Sob pena de nulidade, qualquer alienação ou concessão 
de terras públicas, nas regiões prioritárias, definidas na 
forma do artigo 43, será precedida de consulta ao Instituto 
Brasileiro de Reforma Agrária, que se pronunciará 
obrigatoriamente no prazo de sessenta dias. 
Art. 26. Na distribuição de terras regulada por este Capítulo, 
ressalvar-se-á sempre a prioridade pública dos terrenos de 
marinha e seus acrescidos na orla oceânica e na faixa 
marginal dos rios federais, até onde se faça sentir a 
influência das marés, bem como a reserva à margem dos rios 
navegáveis e dos que formam os navegáveis. 
CAPÍTULO III 
DO FINANCIAMENTO DA REFORMA AGRÁRIA 
SEÇÃO I 
DO FUNDO NACIONAL DE REFORMA AGRÁRIA 
Art. 27. É criado o Fundo Nacional de Reforma Agrária, 
destinado a fornecer os meios necessários para o 
financiamento da Reforma Agrária e dos órgãos incumbidos 
da sua execução. 
Art. 28. O Fundo Nacional de Reforma Agrária será 
constituído: 
I - do produto da arrecadação da Contribuição de Melhoria 
cobrada pela União de acordo com a legislação vigente; 
II - da destinação específica de 3% (três por cento) da receita 
tributária da União; 
III - dos recursos destinados em lei à Superintendência de 
Política Agrária (SUPRA), ressalvado o disposto no artigo 
117; 
IV - dos recursos oriundos das verbas de órgãos e de 
entidades vinculados por convênios ao Instituto Brasileiro 
de Reforma Agrária; 
V - de doações recebidas; 
VI - da receita do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária. 
§ 1° Os recursos de que tratam os incisos I e II, deste artigo, 
bem como os provenientes de quaisquer créditos adicionais 
destinados à execução dos planos nacional e regionais de 
Reforma Agrária, não poderão ser suprimidos, nem 
aplicados em outros fins. 
VADE-MÉCUM ESTRATÉGICO TJ-SP Cartório 
Legislação compilada pelo Estratégia Concursos 
 
 
Cursos completos para o TJ-SP em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
 
83 
154
6 
§ 2º Os saldos dessas dotações em poder do Instituto 
Brasileiro de Reforma Agrária ou a seu favor, verificados no 
final de cada exercício, não prescrevem, e serão aplicados, 
na sua totalidade, em consonância com os objetivos da 
presente Lei. 
§ 3° Os tributos, dotações e recursos referidos nos incisos 
deste artigo terão a destinação, durante vinte anos, 
vinculada à execução dos programas da Reforma Agrária. 
§ 4° Os atos relativos à receita do Instituto Brasileiro de 
Reforma Agrária constituída pelos recursos previstos no 
inciso II, e pelos resultados apurados no exercício anterior, 
nas hipóteses dos incisos I, III e IV, considerar-se-ão

Mais conteúdos dessa disciplina