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Articulação temporomandibular

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Atm: 
● Características principais 
É uma articulação sinovial, assim permite amplos movimentos realizados pela mandíbula 
em torno de um osso fixo - temporal. 
Articulação bilateral, ou seja, realiza movimentos próprios para cada lado, de forma 
simultânea, sendo assim considerada uma única articulação. 
Revestida por fibrocartilagem e não de cartilagem hialina; 
Possui relação de interdependência com a oclusão dentária. 
 
Faces articulares ósseas: 
As partes ósseas da ATM são: 
- côndilo (cabeça da mandíbula) 
- eminência articular e a fossa mandibular do osso temporal. 
OBS: A ATM pode sofrer um processo de remodelação óssea (deposição / reabsorção) em 
qualquer idade, comprometendo as vertentes anteriores e posteriores do côndilo. 
 
Cartilagem articular: 
As superfícies articulares temporal e condilar da ATM são recobertos por três camadas: 
externa - tecido conjuntivo denso avascular; 
intermediária - predomina-se células indiferenciadas; 
interna - fibrocartilagem. 
Essas camadas são especialmente espessas na vertente anterior da cabeça da mandíbula 
e na vertente posterior da eminência articular, para melhorar a resistência contra o elevado 
impacto sofrido nessa região do côndilo. 
No fundo da fossa mandibular, a cartilagem fibrosa é muito delgada, indicando que a 
transferência de forças da mandíbula para o temporal nesse local é reduzida. 
OBS: O côndilo não exerce força diretamente na fossa mandibular. 
 
Disco articular: 
Disco extenso presente na articulação temporomandibular, essencial para a efetiva ação 
desta, pois sem ele ou com mal funcionamento ela não trabalha bem. 
É uma placa fibrocartilaginosa que se situa sobre a cabeça da mandíbula, acima da mesma, 
sem prender-se a nenhuma área do temporal. 
Graças ao disco a mandíbula pode girar abaixo do disco articular sem que este se 
movimente, mas, nos movimentos de translação, o disco obrigatoriamente acompanha o 
deslocamento da mandíbula. Um descompasso entre o disco e a mandíbula, nesses 
movimentos, pode provocar ruídos articulares (estalidos e crepitação). 
O disco regulariza as irregularidades anatômicas, adaptando-se às faces articulares do 
côndilo mandibular, absorvendo choques e promovendo uma movimentação suave da ATM. 
A periferia do disco é ligada a cápsula articular, que fecha a articulação sem prejudicar seus 
movimentos. Ao se colocar em entre as superfícies articulares, o disco divide a cavidade 
articular em dois compartimentos denominados supradiscal e infradiscal. 
OBS: Apesar de ser fibroso e não hialino, o disco articular não se regenera ou se remoela 
após sofrer danos. 
 
A borda anterior do disco fusiona-se com a cápsula articular e mantém contato com alguns 
feixes de fibras da cabeça superior do músculo pterigoideo lateral, responsáveis pelo 
estiramento do disco, mas não o movimentam para a frente. Sua função é a de prevenir a 
retenção ou deslocamento do complexo disco - cápsula durante os movimentos. 
De forma posterior o disco funde-se a cápsula intermediado pelo coxim retrodiscal (camada 
vascularizada e inervada, de tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas) que, graças a 
sua flexibilidade, permite o movimento de translação anterior da cabeça do côndilo. 
 
Cápsula articular: 
 
A ATM é circundada por uma cápsula fibrosa bastante frouxa, principalmente na porção 
superior, que permite os amplos movimentos da articulação. 
A cápsula articular é bem inervada. Sua abundante inervação sensitiva, que inclui 
principalmente a proprioceptiva, relaciona-se com os nervos auriculotemporal, massetérico 
e temporal profundo posterior. Sua vascularização é realizada através dos ramos da artéria 
temporal superficial e também pela artéria timpânica anterior que supre os tecidos 
retrodiscais. 
OBS: Lesões, durante procedimentos cirúrgicos, nos ramos ramos do nervo 
auriculotemporal provoca relaxamento da ATM com sua consequente instabilidade. O 
mesmo acontece se forem lesados ramos do nervo massetérico e do temporal profundo 
posterior. 
 
Membrana sinovial: 
 
Responsável pelo revestimento interno da cápsula articular nos compartimentos supra e 
infradiscal. Não recobre o disco, exceto na artrite reumatoide. 
Também é responsável pela produção do líquido sinovial, um líquido viscoso que nutre e 
lubrifica as fibrocartilagens da articulação. Em sua composição encontra-se o ácido 
hialurônico, que dá a viscosidade do líquido, garantindo a redução da fricção entre as 
superfícies, facilitando o movimento de deslizamento de uma sobre a outra. 
 
Ligamento temporomandibular: 
É o único verdadeiro ligamento da ATM. 
Cobre quase toda a superfície lateral da cápsula. Acima ele se insere no processo 
zigomático do osso temporal. Convergindo em direção inferior, as fibras se inserem no colo 
da mandíbula, logo abaixo da inserção do disco. 
Suas fibras servem para limitar os movimentos retrusivos da mandíbula e assim evitar a 
compressão das estruturas situadas atrás da cabeça da mandíbula. 
Atua estabelecendo o movimento limite posterior do côndilo mandibular e do disco, 
principalmente nos pacientes desdentados posteriores, nos quais falta intercuspidação de 
dentes para ancoragem da posição condilar. 
Como todo ligamento, ele é formado por tecido conjuntivo colagenoso, não lástico e não 
contrátil. Sua ação frenadora limitante é passiva, não movimentando a ATM como uma ação 
muscular movimenta. 
 
Ligamentos acessórios: 
- Ligamento esfenomandibular: vai da espinha do esfenóide à língula da mandíbula; 
OBS: Graças a sua relação com o osso martelo, através da fissura petrotimpânica o 
paciente pode desenvolver sintomatologia auditiva que acompanha a síndrome de 
disfunção temporomandibular. 
- Ligamento estilomandibular que vai do processo estilóide ao ângulo da mandíbula. 
 
Posições e movimento da mandíbula: 
● Posição de repouso: 
Com o indivíduo sentado ou em pé, olhando para frente e para longe, seu lábios 
devem exercer leve contato um sobre o outro, relaxando sua mandíbula, sem 
tensão. Nessa posição os músculos mandibulares estão em contração mínima, 
apenas o suficiente para manter a postura. Os dentes superiores não entram em 
contato com os dentes inferiores e o espaço entre eles é chamado espaço livre ou 
interoclusal. 
● Oclusão central: 
A partir da posição de repouso a mandíbula é elevada até o contato máximo dos 
dentes inferiores com os superiores. A posição de oclusão central ppe a posição de 
maior contato entre os dentes. Os músculos elevadores da mandíbula permanecem 
contraídos durante essa posição, logo o indivíduo deve exercer um esforço para 
permanecer dessa forma. 
● Relação central: 
A partir da oclusão central, os dentes podem ser mantidos apenas em ligeiro contato 
e então a mandíbula pode ser movida para trás, em movimento de retrusão da 
ordem de 1 a 2 mm. Mas há um ponto além do qual a mandíbula não pode ir, nesse 
ponto ela alcança sua posição mais retrusiva, que é a posição de relação central na 
dimensão vertical de oclusão. Esse movimento posterior é limitado por músculos e 
ligamentos, o mesmo ocorre nos movimentos de protrusão, lateralidade e abertura 
● Movimentos no plano sagital: 
- Movimento de charneira: a mandíbula, durante os primeiros milímetros do 
movimento de abertura permanece em uma posição mais retrusiva, além de 
rodar em um movimento de rotação em torno de um eixo transversal no 
côndilo. 
- Movimento de deslizamento anterior (translação): 
- Movimento de protrusão: a mandíbula é deslocada para frente 
- Movimento de elevação: a mandíbula é deslocada para cima 
- Posição mais protrusiva: onde a borda incisal do incisivo inferior fica em um 
nível mais alto do que a borda incisal do incisivo superior. 
- Movimento de translação: posição da mandíbula para trás, enquanto se 
mantêm os dentes em leve contato 
- Movimentos bordejantes (movimentos mandibulares normais) e movimentos 
intrabordejantes (funções de falar, mastigar etc); 
- Fechamento habitual: movimento no qual a boca encontra-se em abertura 
máxima e inconscientementefecha diretamente em oclusão central. 
 
 
 
 
 
● Movimentos no plano frontal: 
- Movimento lateral direito: a partir da oclusão central, o côndilo esquerdo 
desloca-se para baixo e para frente, enquanto o direito permanece em 
posição a fossa mandibular. Se dessa translação unilateral direita a 
mandíbula for movida a uma posição de abertura máxima, o côndilo direito 
desliza para frente. Enquanto ele vai para frente, ambos os côndilos também 
entram em rotação até seus limites máximos. 
- Movimento lateral esquerdo: é a translação posterior do côndilo esquerdo, 
enquanto o direito permanece na posição avançada; 
● Movimentos no plano horizontal: 
Primeiro um movimento lateral para a direita. Dessa posição, a mandíbula é 
projetada ao máximo para frente, enquanto os dentes são mantidos em contato, 
nesse movimento o côndilo direito simplesmente desliza para frente. Logo após, o 
côndilo esquerdo é retruído de tal modo que a mandíbula se mova para a posição 
lateral esquerda. Daí, o outro côndilo é retruído para a mandíbula mover-se para trás 
até a posição de relação central. 
● Movimento de Bennett: 
Processo em que o côndilo do lado do movimento, como por exemplo o côndilo 
direito para o movimento lateral direito, não permanece sem deslocamento, mas 
desloca-se cerca de 1,5 mm para o lado do movimento, direito, no caso. Essa 
mudança de posição da mandíbula para a lateral é chamada movimento de Bennett. 
 
Desordens Temporomandibulares: 
 
A ATM pode ser afetada por doenças infecciosas e inflamatórias, também pode 
estar relacionada a desordens temporomandibulares (DTM) associada aos dentes e 
músculos da mastigação. 
Aproximadamente metade dos casos de DTM apresentam algum sinal e sintoma 
que merece atenção do dentista, mas não necessariamente de tratamento imediato 
Mais comuns em mulheres caucasianas, geralmente após os 30 anos de idade. 
Sua ocorrência está relacionada a estresse emocional e à oclusão dental. Pois 
indivíduos submetidos a grandes cargas de estresse emocional tendem a 
desenvolver apartamentos dentais, e os músculos da mastigação, principalmente os 
elevadores, ficam em estado de hiperatividade, enrijecidos, podendo ou não afetar a 
ATM. 
Nos casos em que os côndilos mandibulares encontram-se posicionados de forma 
adequada, o disco pode sofrer deformações em sua borda posterior, tornando-se 
fino devido às compressões, e sofrer algum deslocamento sobre o côndilo 
mandibular. Poderão ocorrer inflamações nos tecidos retroarticulares e capsulares, 
que caso persista pode levar a hiperatividade muscular. 
Fatores oclusais, como má oclusão, ausência de elementos dentais sem reposição, 
entre outros casos, são responsáveis pela instabilidade ortopédica da mandíbula 
com alterações da posição condilar. 
O diagnóstico é realizado através da anamnese, exame clínico com palpação dos 
músculos e da ATM, auscultação e avaliação dos movimentos mandibulares, além 
da realização de exames complementares como radiografias, como a transcraniana, 
que é importante para o diagnóstico, tratamento e controle de patologias que 
envolvem alterações no côndilo da mandíbula. 
- Deslocado para posterior: o côndilo encontra-se posicionado atrás do centro 
da fossa mandibular. 
- Deslocado para anterior: quando o côndilo se encontra posicionado próximo 
ao pico da eminência articular 
- Superiormente: em indivíduos que perderam os dentes posteriores até os 
segundos pré-molares o côndilo é intruído na fossa mandibular. Assim o 
espaço ocupado pelo disco articular é mínimo e o côndilo está localizado 
superiormente. 
O ruído articular ocorre devido a vibrações do disco, dos contatos entre as superfícies 
articulares durante o movimento ou pela turbulência do líquido sinovial durante os 
movimentos mandibulares. Devido a diferença na intensidade, os ruídos podem ser 
classificados como estalidos, estalos e crepitação. 
O tratamento dos pacientes com DTM deve ser global e multidisciplinar para busca a 
melhora do estado emocional e da dor. A complexidade do tratamento depende do tipo de 
patologia, da idade do paciente, do tempo transcorrido após a lesão, horário de maior 
hiperatividade muscular, extensão do traumatismo, presença ou não de inflamação e 
presença ou não de má oclusão.

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