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Forças Evolutivas Sistemas de Acasalamento Acasalamento preferencial Por iguais: Existem dois tipos • Geneticamente: há uma relação entre genótipo e fenótipo que é levada em consideração. Por exemplo, um indivíduo que possui um alelo A, irá escolher como parceiro de reprodução um outro indivíduo que também possua o alelo A. • Fenotipicamente: neste caso a busca é baseada no fenótipo do parceiro, e pode ou não ter componentes genéticos influenciando. Exemplo: Num caso em que a preferência por iguais geneticamente de 100%. Todos os indivíduos que forem AA, só irão se reproduzir com os AA, o mesmo acontece com os indivíduos aa. Na reprodução de indivíduos heterozigotos, serão formados 25% de indivíduos AA e 25% de indivíduos aa. Sendo assim, a cada geração o número de indivíduos heterozigotos será reduzido à metade, pois os homozigotos irão se reproduzir apenas com seus iguais. Chegará um momento que a população de heterozigotos será extinta e só restarão homozigotos, a população entrará em equilíbrio. As frequências de homozigotos não serão alteradas a não ser que alguma força interfira. Como a preferência é de 100%, f é igual a 1, ou seja, a endogamia é de 100% e não há evolução. Até então falamos sobre o sistema de um locus. Vamos ver o que acontece num sistema de dois loci. Os genes que condicionam a característica estudada normalmente segregam-se juntos, assim as chances de alelos iguais se encontrarem são aumentadas. Exemplo: Dois indivíduos surdos por possuírem genes recessivos para esse fenótipo, se acasalam. O genótipo de cada um é AabbCC e aaBBCC e sua prole será AaBbCC, não surda. Se os genes da prole se segregarem juntos, as chances de encontrarem alelos iguais será maior na próxima geração, assim, maior será a probabilidade de se encontrar indivíduos surdos, devido a preferência do acasalamento. Portanto, o acasalamento preferencial em sistema de dois loci causa desequilíbrio de ligação, aumentando a frequência de alelos raros, o que não era esperado. Esperava-se uma frequência menor de heterozigotos. Sendo assim, acasalamento preferencial em sistema multiloci promove evolução. Miscigenação Exemplo: AABB aabb ½ AABB ½ aabb Neste exemplo não há nenhuma ligação entre os alelos A, a, B e b, eles são independentes. No entanto, há 100% de preferência no acasalamento de A com A, a com a. Isso reflete no comportamento de B e b, pois mesmo que não haja ligação, A sempre segrega com B e a com b. Ou seja, como há preferência de 100%, as frequências continuam as mesmas, pois os alelos não irão se misturar. Mesmo que seja duas populações diferentes juntas, elas não se misturam entre si no acasalamento. Então, ocorre desequilíbrio de ligação, pois era esperado que as frequências genotípicas fossem diferentes após o acasalamento, mas a preferência por iguais as manteve a frequência igual a que era antes das populações se misturarem. O desequilíbrio só será quebrado, se por alguma razão os indivíduos acasalarem com diferentes. Acasalamento preferencial por fenótipos diferentes Um indivíduo irá escolher como parceiro sexual, alguém de fenótipo diferente do seu. Se o fenótipo estiver relacionado ao genótipo, também haverá diferença genotípica entre os indivíduos. Como a preferência é por diferentes, quem mais irá se reproduzir é o genótipo que tiver menos frequência na população. Ao longo das gerações, este passa a ser o genótipo mais frequente, e o que era mais frequente anteriormente, passa a ser mais raro. Portanto, este sistema aumenta a frequência de heterozigotos e não homozigotos como no caso anterior. Essa preferência leva ao polimorfismo balanceado, há um equilíbrio alélico na população, não há nem eliminação e nem fixação de alelos. Além disso, esse sistema favorece a entrada de novos alelos na população, uma vez que os que forem novos, serão mais diferenciados e serão preferidos na escolha.
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