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Acesso, acolhimento e fluxograma descritor + NASF-AB A Estratégia de Saúde da Família (ESF), tem como principal objetivo a universalização dos cuidados, para tal é necessário um tipo de atenção específica para cada indivíduo, a fim de executar essa atenção individual, foram selecionadas tecnologias relacionais leves que objetivam estabelecer vínculos e humanizar o atendimento, além de classificar os riscos, avaliando a necessidade do paciente a partir de critérios clínicos que partem de protocolos assistenciais definidos no SUS. Para Merhy (2003), o serviço de saúde, ao adotar práticas centradas no usuário, faz- se necessário desenvolver capacidades de acolher, responsabilizar, resolver e autonomizar. Nesse sentido, o trabalho em saúde deve incorporar mais tecnologias leves que se materializam em práticas relacionais, como, por exemplo, acolhimento e vínculo. O fluxograma descritor é uma ferramenta da linha de cuidado das equipes de saúde que tem como objetivo analisar as etapas do processo de trabalho dessas equipes. É uma forma de olhar a organização das assistências práticas em saúde, no trabalho cotidiano da equipe. Além disso, demonstra o percurso do usuário dentro do serviço de saúde, possibilitando analisar e entender como o trabalho está organizado, assim como a sua realização, fortalezas e fragilidades. (FRANCO; MERHY, 2003). Para tanto, essa ferramenta utiliza de símbolos e legendas para facilitar a leitura e compreensão do processo analisado. Pode-se perceber com isso a importância do fluxograma na organização do acesso e acolhimento dos pacientes nas Unidades Básicas, visto que, segundo o Núcleo de Telessaúde SC (2014), a organização do acolhimento em saúde não inclui exclusivamente a demanda espontânea, mas um conjunto de ações que objetivam dar respostas às necessidades da comunidade. Ou seja, toda essa organização facilita os processos dentro e fora da Unidade, deixando mais claro os pontos positivos e negativos das atividades, quais as demandas mais urgentes, o que está faltando, como pode melhorar o acesso e acolhimento dos pacientes e profissionais. Assim, é função de todos acolher bem o paciente, ter conhecimento sobre suas dificuldades e necessidades, ter um bom relacionamento com os colegas de trabalho, ter e oferecer apoio à população e aos colegas, ser absolutamente profissional em todas as ações, ciente, no entanto, que muitas vezes as pessoas estão mais à procura de um apoio psicológico do que um atendimento ou exame físico. Dessa forma, o discernimento é imprescindível na hora do encaminhamento do paciente na chegada à USF. O NASF-AB (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica) foi originado com a PNAB 2017, como um complemento ao NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). Essa equipe tem como objetivo produzir uma responsabilidade mútua pelo cuidado, juntamente com a Equipe de Saúde da Família (eSF) e Equipe de Atenção Básica (eAB). Além disso, deve buscar ampliar os cuidados, aumentar a capacidade de intervenção e de análise sobre necessidades e problemas de saúde, tanto em termos sanitários quanto clínicos, integrando todos os núcleos profissionais que compõem a Atenção Básica. De acordo com o Núcleo Telessaúde SC, foram desenvolvidos instrumentos, metodologias e diretrizes de apoio às equipes de saúde quem visam a organização desse nível de atenção, buscando qualificar esse atendimento de forma integral. Com isso, pode-se observar que o NASF-AB foi pensado para lidar com dois problemas básicos do SUS: a integralidade e resolubilidade. Para tanto, foram experiências municipais que implantaram ações para além da agenda mínima da UBS - especialmente nas áreas de reabilitação e saúde mental. Em nossa experiência na Unidade, pudemos ter contato com esse desempenho por meio de Aline, a nutricionista substituta da gerente, que nos acolheu e nos apresentou o funcionamento da Unidade, além dos outros profissionais da saúde que nos foram apresentados, como os odontólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Além desse contato, tivemos também a oportunidade de realizar uma Ação Social com ajuda das estudantes de nutrição, em que pudemos juntar conhecimentos das duas áreas da saúde e realizar uma apresentação em conjunto acerca de algumas doenças relacionadas à saúde da mulher. REFERÊNCIAS COMO organizar o acolhimento em saúde? Biblioteca Virtual em Saúde, 2020. Disponível em: <https://aps.bvs.br/aps/como-organizar-o-acolhimento-em-saude/>. Acesso em: 23 mai. 2020. ACESSO e Acolhimento na Atenção Básica. SciELO, 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/csp/v24s1/15.pdf>. Acesso em 23 mai. 2020. PAPO saúde – Conheça o NASF-AB. UNA-SUS, 2019. Disponível em: <https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/11739> . Acesso em 20 mai. 2020. https://aps.bvs.br/aps/como-organizar-o-acolhimento-em-saude/ https://www.scielo.br/pdf/csp/v24s1/15.pdf
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