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Embriologia do Coração TERCEIRA SEMANA: - Angiogênese e vasculogênese formam os pares de vasos que chegam no coração. - Migração das células do epiblasto para formar o mesoderma cardiogênico. - No mesoderma cardiogênico são formados dois vasos sanguíneos que vão dar origem ao coração tubular primitivo. - A parede do vaso sanguíneo já apresenta epicárdio, miocárdio e endocárdio. - Surge um tecido de origem mesenquimal (proveniente das células crista neural) chamado geleia cardíaca. - O revestimento é feito pelo endocárdio. - Antes mesmo da fusão dos dois tubos do endocárdio já existem as camadas que compõem as paredes de revestimento do coração. - Isso se desenvolve na camada pericárdica. - São produzidos pares de vasos sanguíneos, provenientes da vasculogênese e angiogênese. - O endocárdio (revestimento interno) veio das ilhotas sanguíneas que continham células do tipo hemangioblastos e angioblastos. - Endotélio do endocárdio veio das ilhotas sanguíneas proveniente de células angioblásticas. - Subendotélio e subendocárdio são provenientes da geleia cardíaca células da geleia cardíaca se diferenciam em tecido conjuntivo fibroelástico, denso não modelado e conjuntivo frouxo. - Miocárdio (tecido muscular estriado cardíaco) vem do mesoderma esplâncnico (mesoderma mais interno) – fase intermediária de diferenciação denominada epimiocárdio. - Epimiocárdio completa sua diferenciação e origina o miocárdio. - Epicárdio (folheto visceral do epicárdio) veio da região da esplancnopleura. - Folheto parietal do epicárdio é proveniente da somatopleura. - Essa área cardiogênica, na terceira semana do desenvolvimento embrionário, é formada na região anterior à membrana bucofaríngea. QUARTA SEMANA: - Surgem as dobras no embrião: dobra lateral, caudal e cefálica. - Com a dobra cefálica, o coração se reposiciona, indo para a cavidade e se posicionando ventralmente. - Cavidade pericárdica sendo formada por apoptose de células da área cardiogênica. - A cavidade pericárdica não comporta o tamanho do coração tubular primitivo, então ele começa a dobrar sobre si mesmo, formando uma alça e as cavidades – ainda sem divisão. - Passagem do coração da região anterior para a região ventral da membrana bucofaríngea. - Septo transverso: mesoderma entre coração e o fígado em desenvolvimento. - Seio venoso: local por onde entra o sangue no coração (3 conjuntos de veias: do sistema cadinal, umbilicais e vitelínicas). - Tronco arterial: pequena dilatação que origina os arcos aórticos. - Saco aórtico vai dar origem aos arcos aórticos. - Átrio primitivo está na região caudal, e o ventrículo primitivo está localizado na região cranial (átrio debaixo do ventrículo). - Substância sinalizadora: ácido retinóico. Induz a formação do átrio na região caudal. - Na região caudal do átrio, a grande quantidade de ácido retinóico induz a formação do átrio. Já na região cranial, que tem pouco ou nenhum ácido retinóico, origina-se o ventrículo. - Crescimento do bulbo cardíaco e do ventrículo promovem a “subida” do átrio para a parte cranial período em que os cardiomiócitos dessas regiões passam por mitoses. - Nesse período, ainda não existe nó sino-atrial para controlar os batimentos cardíacos movimentos peristálticos controlam o ciclo cardíaco. - Na região de átrio para ventrículo, a geleia cardíaca promove tumefações, formando os coxins endocárdicos na região dorsal (contribuem para a formação das válvulas bicúspide e tricúspide). - Formação do canal atrioventricular. - Surgirão septos – septação – para o desenvolvimento das cavidades do coração. QUINTA A OITAVA SEMANA: - Formação dos coxins endocárdicos marca esse momento. - Formação dos canais atrioventriculares direito e esquerdo. - Septo primeiro/primo: na região cranial do átrio primitivo, na parte ventral medial, começa o surgimento do músculo cardíaco, formando o primeiro septo, que cresce na direção do coxim endocárdico. - Forame primo: primeira abertura entre os átrios. - Septação do átrio primitivo, originando átrio direito e esquerdo. - Conforme as semanas passam, o septo primo se fusiona ao coxim endocárdico, mas antes há a apoptose de células na região cranial – formando o segundo forame (forame segundo). - Desaparece o forame primo. - Por volta da 6ª/7ª semana, no átrio direito primitivo começa a formação do segundo septo formado: o septo segundo. Ele começa a crescer na direção do coxim endocárdico, crescendo da região cranial para a caudal (do coxim endocárdico) e da caudal para a cranial. - Na 8ª semana, o septo segundo não se completa e para de crescer, formando o terceiro forame, o forame oval. - Até a 7ª semana, o sangue do lado esquerdo da cabeça e do pescoço chega no AE e o sangue do lado direito da cabeça e do pescoço chega no AD. - Na 7ª semana surge uma anastomose oblíqua do lado esquerdo para o lado direito (desvio do sangue para o AD), aumentando o volume o sangue para o átrio direito. - O sangue que está chegando no átrio direito, chega em maior volume que o do átrio esquerdo. - Além disso, há um desvio de sangue do fígado do local, que também contribui para o sangue chegar em maior volume no átrio direito. - Sangue: chega com maior pressão no AD, passa pelo forame oval, bate no septo primo, que dobra (pois funciona como valva do forame oval), e o sangue passa para o átrio esquerdo, caindo no ventrículo esquerdo. - O septo primo funciona como valva do forame oval. - 90% do sangue que chega no AD cai no AE pela pressão, e somente 10% cai no VD. - O septo interatrial se forma completamente somente após o nascimento, com o aumento da pressão no VE. - A pressão do AE fica maior que o AD septo primo é pressionado contra o septo segundo, fechando o forame oval. - Após o nascimento (em uma média de 24h), um tecido fibroso é produzido, unindo os septos primário e secundário e formando o septo interatrial. - Fossa oval: depressão no átrio direito, que antes era o forame oval. - O seio venoso participa da formação do átrio. - Os coxins vão formar a bicúspide e a tricúspide. - Cornos: dilatações do seio venoso à medida em que chega o sangue (em ambos os lados). O corno direito do seio venoso é maior que o corno esquerdo pelo desvio formado. - O corno direito vai incorporar à parede do coração, no átrio direito e o corno esquerdo vai diminuir e dar origem ao seio coronário (vaso sanguíneo da parede do coração). - Parte lisa do átrio: corno direito do seio venoso. - Parte rugosa do átrio: parede primitiva – aurícula. - ANGIOGÊNESE: o átrio esquerdo em desenvolvimento, brota uma veia pulmonar primitiva. - A partir dessa veia pulmonar primitiva, há formação de 4 veias pulmonares que espalham seu tecido pelo átrio esquerdo, formando a parede do átrio primitivo. - Átrio esquerdo: parede lisa. - Átrio direito: parede rugosa. - NÓ SINO-ATRIAL: proveniente da diferenciação de células do seio venoso, do corno direito. - Até a 7ª semana, o sistema de condução elétrica do coração já está formado, na área do subendocárdio. - O crescimento da parede muscular do ventrículo primitivo ocorre para todos os lados, inclusive uma contra a outra, medialmente devido à pressão, promove o crescimento de um septo muscular na direção dos coxins endocárdios forma uma abertura denominada forame interventricular (por volta da 7ª semana). - Células dos coxins endocárdicos migram para formar uma membrana, que fecham o forame interventricular. - Ocorre o desenvolvimento de um septo no bulbo cardíaco células que formam esse septo contribuem para a formação da porção membranácea do septo interventricular. - Células da crista neural migram para várias áreas do corpo e, no coração, produzemuma membrana do lado esquerdo e outra do lado direito as duas membranas se fusionam, formando o septo aórtico pulmonar (células desse septo contribuem para a formação da parte membranácea do septo interventricular). - O septo aórtico pulmonar está presente tanto no bulbo cardíaco quanto no tronco pulmonar. - O septo que se desenvolve no bulbo corresponde, no início, a dobras de membranas denominadas cristas bulbares direita e esquerda essas cristas contribuem para formação do septo interventricular (porção membranácea). - Processo de cavitação: ocorre nos ventrículos dobras e apoptoses de células musculares que, à medida que se sucedem, formam as cordas tendíneas, os músculos papilares e as trabéculas cárneas, tornando a parede dos ventrículos rugosa. - A septação do bulbo e a septação do tronco arterial formam o tronco pulmonar e artéria aorta (separados pelo septo aórtico pulmonar). - O septo aórtico pulmonar sofre uma espiralização devido ao fluxo de sangue (que faz com que o septo dobre sobre si mesmo) tronco pulmonar fica dobrado sobre a aorta no final da septação. - A região correspondente ao tronco arterial, após septado, origina do lado direito o tronco pulmonar e do lado esquerdo a artéria aorta (parte ascendente). - A área do bulbo cardíaco, após a septação, forma do lado direito o cone arterial e do lado esquerdo forma o vestíbulo da aorta. - No final da 8ª semana gestacional, o coração está praticamente pronto. TETRALOGIA DE FALLOT: - São observados 4 defeitos principais no coração: A. Estenose pulmonar: redução do diâmetro da artéria tronco pulmonar; B. Deslocamento da aorta para a direita (recebe sangue venoso); C. Defeito no septo interventricular; D. Hipertrofia ventricular direita. Embriologia do Sistema Arterial - Tudo começa com os mecanismos de vasculogênese e angiogênese. - Esses mecanismos levam à formação de vasos sanguíneos que se interconectam e se ligam ao coração em desenvolvimento, na 3ª semana, para estabelecer a circulação primitiva do embrião. - Formação de pares de vasos sanguíneos tanto para artérias quanto para artérias. - Na fase embrionária não se distingue histologicamente artérias de veias. - Seio venoso – porta de entrada do sangue no coração através de veias. - Saco aórtico – saída de sangue do coração, de onde saem os vasos sanguíneos. - Artérias arcos aórticos – irrigam os arcos faríngeos. São formados 6 arcos faríngeos, sendo que o 5º arco é rudimentar ou não existe. - Artérias arcos aórticos são drenadas pelas aortas dorsais direita e esquerda. Da aorta dorsal brota um vaso que formam as artérias vitelínicas, que nutrem o saco vitelínico. - Artérias intersegmentares dorsais (pequenas protuberâncias na parte dorsal da aorta dorsal) acompanham os somitos (42 a 44 pares de somitos e de artérias intersegmentares). - Existem também artérias intersegmentares ventrais e laterais. - Na parte final da aorta dorsal brota um par de vasos sanguíneos artérias umbilicais. - Artérias umbilicais levam o sangue venoso (pouco oxigenado) do embrião para a placenta. - Veias umbilicais saem da placenta, transportando sangue arterial para o coração. - Veia arterial transporta sangue da placenta para o feto. - Há mistura de sangue oxigenado e não oxigenado no coração do feto. - Até a 8ª semana ocorre a modificação dos pares de vasos desenvolvidos por vasculogêse e angiogênese. - Da região do saco aórticos tem-se a formação das artérias arcos aórticos, que possuem formação crânio-caudal e irrigam os arcos faríngeos. - Aorta dorsal direita e esquerda drenam o arco aórtico. - A região esbranquiçada significa que o vaso sanguíneo já foi diferenciado. - Na imagem, o pontilhado indica a parte dos vasos que degeneraram. - Primeiro par de artérias arcos aórticos: origina as artérias maxilares. - Segundo par de artérias arcos aórticos: origina as artérias estapédicas – nutrem a orelha média (martelo, bigorna e estribo). - Tanto a aorta dorsal direita quanto a esquerda contribuem para o desenvolvimento das artérias maxilares e estapédicas. - Terceiro par de artérias arcos aórticos: desenvolvem e dão origem as carótidas comum, interna e externa (com a contribuição das aortas dorsais). - Degeneração do segmento da aorta dorsal direita e esquerda entre o 3º e o 4º arco. - Até o terceiro par de artérias arcos aórticos, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo as estruturas formadas são as mesmas. Já no quarto par de artérias arco aórticos, as estruturas do lado esquerdo e direito são diferentes. - Quarto par de artérias arcos aórticos: região proximal, do lado direito desenvolve a artéria subclávia direita (restante pela aorta dorsal e 7ª artéria intersegmentar, que finaliza a artéria subclávia direita) e o lado esquerdo desenvolve em sua região proximal o arco da aorta (restante pelo saco aórtico). - 7ª artéria intersegmentar esquerda: gera diretamente a subclávia esquerda. - O arco da aorta é formado pelo saco aórtico e pela região proximal do quarto par de artérias arcos aórticos do lado esquerdo. - Aorta dorsal esquerda: origina a aorta descendente. - Quinto par de artérias arcos aórticos: NÃO EXISTE. - Sexto par de artérias arcos aórticos: parte proximal tanto do lado direito quanto do esquerdo forma a artéria pulmonar. Na parte distal, do lado direito há degeneração da região e do lado esquerdo há formação do ducto arterial que liga as artérias pulmonares à aorta dorsal. - Na fase embrionária, esse ducto desvia o sangue que iria para o pulmão em direção à aorta dorsal esquerda (uma vez que o pulmão nessa fase ainda não se desenvolveu completamente), permitindo que o pulmão se desenvolva. - Depois do nascimento, o ducto arterial oblitera (se torna fibroso) e origina o ligamento arterial (que vai da aorta até a artéria pulmonar). - O padrão do feto na 8ª semana é igual ao do adulto, exceto pelo ducto arterial. - A septação origina o tronco pulmonar e a aorta ascendente. - Todos abaixo virão das artérias dorsais laterais. - Da artéria aorta dorsal direita e esquerda brotam vasos artérias intersegmentares dorsais, ventrais e lateral. - Essas artérias (aorta dorsal e intersegmentares dorsais) se fusionam e originam outras artérias: Artéria vertebral: pescoço (região cervical); Artérias intercostais: tórax (região torácica); Artérias intersegmentares do abdome: artérias lombares (região lombar). Quinto segmento de artérias intersegmentares na região do abdome: origina as artérias ilíacas comuns; Artérias sacrais laterais: sacro. - Parte caudal da aorta dorsal: origina a artéria sacral mediana. - Artérias intersegmentares ventrais envolvem o intestino primitivo, que é proveniente do saco vitelínico (que contém as artérias vitelínicas). - Intestino anterior, médio e posterior têm irrigação derivada a partir das artérias vitelínicas com contribuição das artérias intersegmentares ventrais. - Artérias vitelínicas: Tronco celíaco: irriga o intestino anterior; Artéria mesentérica superior: irriga o intestino médio; Artéria mesentérica inferior: irriga o intestino posterior. - Artérias segmentares ventrais: contribuem para a formação das artérias celíacas e da artéria mesentérica inferior, que irrigam a região do intestino posterior e da cloaca. - Artérias umbilicais (nascem das aortas dorsais e levam sangue venoso para a placenta, para que ele seja oxigenado): Região proximal dessas artérias: originam artérias ilíacas internas e artérias vesicais superiores, que irrigam a bexiga; Região distal dessas artérias: oblitera em ligamentos umbilicais mediais. - Artérias aortas intersegmentares laterais: formam-se ao longodas aortas, porém degeneram-se. Um pequeno grupo de artérias intersegmentais laterais irrigam as cristas urogenitais – vindas do mesoderma lateral, que origina o sistema urogenital (rim, testículo e ovário são irrigados por artérias derivadas desse vaso sanguíneo). - : subendotélio da íntima, que é a camada mais interna da artéria, é onde se localiza a placa de ateroma causada pelo depósito de gordura. Células espumosas (células macrofágicas e musculares lisas que acumulam gordura) irão portar a gordura na placa de ateroma (que não deve ser confundida com tecido conjuntivo adiposo unilocular). : aorta sai do VD e tronco pulmonar sai do VE. Nessa patologia, o ventrículo esquerdo manda o sangue oxigenado para o tronco pulmonar, que o transporta para o pulmão (onde já tem sangue oxigenado). Assim, o sangue oxigenado fica restrito à pequena circulação. O restante do corpo recebe sangue venoso, fazendo com que o bebê fique cianótico por falta de oxigenação sanguínea. Por isso, o bebê que nasce com transposição das grandes artérias não consegue sobreviver. Se o ducto arterial não fibrosar, o bebê tem um pouco de chance de sobreviver, pois um pouco do sangue arterial vai para a aorta. Se a porção membranácea do septo interventricular não for formada, o sangue arterial vai para o lado direito, em direção à aorta e um pouco do sangue arterial vai para o corpo. Embriologia do Sistema Venoso - Na área do seio venoso chegam os seguintes pares de veias: vitelínicas (drenam o sangue do saco vitelínico – leva sangue venoso ao coração), umbilical (placenta – leva sangue oxigenado ao coração) e do sistema cardinal comum (veias cardinais anteriores direita e esquerda e posteriores direita e esquerda – leva o sangue venoso no seio venoso) há mistura de sangue arterial e venoso no coração do embrião. SISTEMA CARDINAL: - Na 7ª semana do desenvolvimento embrionário, as veias cardinais anteriores esquerda e direita sofrem uma anastomose oblíqua (desvio de sangue do lado esquerdo para o direito aumento do fluxo sanguíneo e da pressão no átrio direito força o sangue contra o septo primo, abrindo-o septo primo funciona como valva do forame oval). - Tanto do lado esquerdo quanto direito ambas veias cardinais anteriores formam brotamentos (angiogênese). - Na 8ª semana, os vasos sanguíneos provenientes das veias cardinais podem ser observados. - A anastomose entre as veias cardinais anteriores origina, no adulto, a veia braquiocefálica esquerda. - Veia cardinal anterior direita desenvolve, por brotamentos (angiogênese) as veias jugulares interna e externa direitas, veia subclávia direita e a veia braquiocefálica direita. - Veia cardinal anterior esquerda sofre angiogênese e desenvolve as veias jugulares interna e externa esquerdas e a veia subclávia esquerda. - Veia cardinal comum direita e a porção proximal da veia cardinal anterior direita são usadas para formar a veia cava superior. - Na 5ª semana, as veias cardinais posteriores drenam a parte inferior do corpo do embrião, mas essas veias irão degenerar (passam por apoptose) e serão substituídas pelo par de veias subcardinais, que passam a drenar o corpo desse embrião. As veias subcardinais, antes de degenerarem, brotam das cardinais posteriores por angiogênese. Há no início uma anastomose ilíaca entre as veias cardinais posteriores direita e esquerda e as subcardinais, mas depois da degeneração, a ligação desaparece. - Anastomoses ilíacas das veias cardinais posteriores formam as veias ilíacas comuns. - As veias cardinais posteriores vão contribuir para a formação de um pedaço da veia cava inferior. - O desenvolvimento das veias subcardinais ocorre conforme segue a degeneração das cardinais posteriores. - As veias subcardinais se desenvolvem na região do sistema urogenital (área onde ocorre formação das gônadas, dos rins e as suprarrenais), por isso ela degenera e, após as apoptoses, geram as veias suprarrenais (drenam as glândulas suprarrenais), as veias renais (drenam os rins) e as veias gonadais (drenam o testículo ou o ovário). - Como as veias subcardinais estão em desenvolvimento, elas deixam de cumprir sua função de drenar a região inferior do corpo do embrião, então deve haver um outro vaso que substitua a função das subcardinais desenvolvimento das veias supracardinais direita e esquerda. - As veias supracardinais esquerda e direita irão formar uma anastomose com as veias subcardinais na região do rim em desenvolvimento. - A veia cava inferior possui uma região hepática (proveniente das veias vitelínicas), já que esta irá drenar esse órgão segmento hepatocardíaco da veia cava inferior. - As veias subcardinais formam a região pré-renal da veia cava inferior. - Anastomoses entre as veias subcardinais e supracardinais formam a região renal da veia cava inferior. - Final da 8ª semana: Veia cava completa; Veias cardinais posteriores desapareceram e deixaram as veias ilíacas; Veias subcardinais formam as veias gonadais, suprarrenais e renais por angiogênese, além de produzirem um pedaço da veia cava inferior por anastomose entre veias subcardinais e supracardinais. FORMAÇÃO DA VEIA CAVA: - Veias supracardinais esquerda e direita → à medida que completam seu desenvolvimento formam a veia ázigo e a veia hemiázigo. - Veias vitelínicas → segmento hepático da veia cava inferior (também pode ser chamado de segmento hepatocardíaco). - Veias subcardinais → segmento pré-renal da veia cava inferior - Anastomoses entre as veias supracardinais e subcardinais segmento renal da veia cava inferior. - Parte das veias supracardinais → segmento pós- renal da veia cava inferior. - Veias cardinais posteriores → segmento pós-renal da veia cava inferior. OBS: veias subcardinais veias suprarrenal, renal e gonadal / veias supracardinais veias hemiázigo e ázigo. VEIAS VITELÍNICAS: - As veias vitelínicas entram no fígado em desenvolvimento e formam os capilares do fígado (sinusóide). - Um fragmento da veia cava inferior é formado pelas veias vitelínicas. - Veia porta (que se liga ao fígado): originada por anastomoses entre a vitelínica direita e esquerda na área do duodeno (liga o duodeno ao fígado). VEIAS UMBILICAIS: - Veia umbilical direita degenera. - Porção proximal da veia umbilical esquerda degenera. - Porção distal da veia umbilical esquerda penetra no fígado e faz um desvio (por volta da 7ª semana) o ducto venoso sangue desvia do fígado até o átrio direito (aumentando o fluxo de sangue que chega no AD). - O ducto venoso possui um esfíncter: quando ele relaxa, o sangue flui para o coração; quando ele contrai, o sangue flui para os sinusóides hepáticos. - Quando o indivíduo nasce, o ducto venoso irá obliterar (fibrosar), gerando o ligamento venoso. - Veia umbilical esquerda, portanto, será obliterada. MODIFICAÇÕES APÓS O NASCIMENTO: - Circulação de transição. - Veia umbilical esquerda oblitera → ligamento redondo do fígado. - Ducto venoso oblitera → ligamento venoso. - Ducto arterial oblitera → ligamento arterial. - Artérias umbilicais: Porção distal → oblitera. Porção proximal → artérias vesicais superiores (irrigação da bexiga). Circulação de Transição ANTES DO NASCIMENTO: - Veia umbilical leva o sangue para o coração. - Desvio dentro do fígado, que vai até o fragmento superior da veia cava inferior, que desemboca o sangue no átrio direito. - Sangue da parte superior do corpo também desemboca no átrio direito. - Sangue passa pelo forame oval e pelo septo primo vai para o átrio esquerdo ventrículo esquerdo arco da aorta. - Cerca de 10% do sangue que caiu no átrio direito passa para o ventrículo direitoe vai para o tronco pulmonar sangue desviado das artérias do tronco pulmonar para a aorta descendente ducto arterial faz esse desvio pouco sangue vai para o pulmão, que está em desenvolvimento. - O desvio feito pelo ducto arterial protege o pulmão à medida que o desenvolvimento embrionário decorre. - A pressão do átrio esquerdo é menor que a pressão do átrio direito pois, como foi pouco sangue para o pulmão, pouco sangue retorna para o átrio esquerdo. - Após o sangue passar pelo arco da aorta, as artérias umbilicais, que derivam da aorta descendente, pegam o sangue venoso e o devolvem para a placenta oxigenação do sangue. - No feto: Septo interatrial aberto; Desvio do ducto arterial; Veias umbilicais; Desvio no fígado do ducto venoso; Artérias umbilicais. APÓS O NASCIMENTO: - Ocorrem modificações abruptas tanto no sistema respiratório quando no sistema circulatório. - Veia umbilical oblitera (fibrosa) e forma o ligamento do fígado. - Ducto venoso oblitera e origina o ligamento venoso. - Ducto arterial oblitera e forma o ligamento arterial. - Sangue passa a ir para o pulmão, que tem uma queda abrupta de resistência vascular e o fluxo de perfusão aumenta. - O átrio esquerdo começa a receber mais sangue alta pressão que o AE começa a receber pressiona o septo primo contra o septo segundo, formando o septo interatrial. - Sangue fica oxigenado no átrio esquerdo, cai no ventrículo esquerdo e passa pela artéria aorta (sangue 100% arterial). - Regiões proximais das artérias umbilicais continuam funcionais e formam as artérias vesicais superiores, que irrigam a bexiga. - Regiões distais das artérias umbilicais obliteram, originando os ligamentos umbilicais mediais. Resumindo - Veias cardinais anteriores (D e E) e Veias Cardinais Posteriores (D e E) desembocam nas Veias Cardinais Comuns (D e E). - Veias Cardinais comuns (D e E) e Veias Umbilicais desembocam no Seio Venoso. - O seio venoso leva o sangue ao coração. - Seio coronário é a área de desenvolvimento do Corno Esquerdo do Seio Venoso. - Na 8ª semana, tem-se a Angiogênese da Veia Braquiocefálica Esquerda pela anastomose das Veias Cardinais D e E. - A Veia Cava Superior é derivada da região proximal da Veia Cardinal Anterior Direita e da Veia Cardinal Comum Direita. - A Veia Cardinal Anterior Direita origina, por angiogênese, as Veias Jugular Interna Direita, Subclávia Direita e Braquiocefálica Direita. - As Veias Cardinais Posteriores (D e E) contribuem para a formação das Veias Subclávias (D e E). - As Veias Cardinais Posteriores (D e E) degeneram e são substituídas pelas Veias Subcardinais. - Veia Cardinal Anterior D se une a Veia Cardinal Comum D e dá origem à Veia Cava Superior Direita. - As Veias Subcardinais D e E produzem uma anastomose entre si à medida que se desenvolvem. Na área da anastomose são produzidos vasos para drenar a região dos Rins, das Suprarrenais e da Veia Cava Inferior. - As Veias Supracardinais cumprem a função de drenar a porção inferior do corpo à medida que as Subcardinais se desenvolvem. - Veia Cava Inferior vem de uma soma da união de diferentes vasos: Veia Vitelínica na região do Fígado (segmento hepático); Veias Subcardinais na região Pré-Renal; Anastomose entre as Veias Supra e Subcardinais na região Renal; Veia Supracardinal na região Pós Renal; Veia Cardinal Posterior na porção inferior. - Na 8ª semana a Veia Cava Inferior está formada. - Veias Ázigo e Hemiázigo são formadas pelas Veias Supra Cardinais. - Veias Vitelinicas D e E penetram no fígado e dao origem aos capilares do fígado, chamados de Sinusóides. - Na área do Doudeno, as Veias Vitelinicas fazem anastomose entre si e formam a Veia Porta. - A Veia Umbilical Direita degenera e a Veia Umbilical Esquerda permanece e sofre um desvio na 7ª semana, penetrando no fígado, desembocando na região hepática da Veia Cava Inferior. - O desvio dentro do fígado tem o nome de Ducto Venoso. - O esfíncter interno do Ducto Venoso contrai e leva o sangue aos Sinusóides e, quando relaxa, libera o sangue para a Veia Cava Inferior. CIRCULAÇÃO DE TRANSIÇÃO: - No nascimento, o Ducto Venoso oblitera e forma o Ligamento Venoso. - O Ducto Arterial oblitera e forma o Ligamento Arterial. - A pressão no Átrio E passa a ser maior que no Átrio Direito. - O Forame Oval fecha e se forma a Fossa Oval. - As regiões proximais das Artérias Umbilicais permanecem e formam as Artérias Vesicais Superiores. - As regiões distais das Artérias Umbilicais obliteram e formam os Ligamentos Umbilicais Mediais. - A resistência pulmonar cai abruptamente após o nascimento.
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