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ITQ - INTRODUÇÃO À TEOLOGIA - CAPÍTULO 1 - MATERIAL EXTRA.

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CAPÍTULO 1 – A ORIGEM DO PENSAMENTO TEOLÓGICO 
TÓPICO 1 – DEFININDO TEOLOGIA 
 
1 – O que é Teologia? 
O termo teologia “vem do vocábulo grego “theos”, que significa “deus”, e 
“logos” que diz respeito a estudo. De origem grega, a palavra teologia quer dizer 
simplesmente “estudos sobre Deus”. É uma palavra muito abrangente. Refere-
se não somente a Deus, mas a tudo que Deus nos revelou na Escritura Sagrada 
A crença na doutrina da existência de Deus é o primeiro princípio de toda 
religião, por isso é de suma importância que estudemos sobre nosso Criador, 
sua criação, seus atributos e sua obra redentora. Além do conhecimento que 
adquirimos sobre Deus, Teologia também é conhecimento vindo de Deus. Então, 
não existiria Teologia se Deus não revelasse a si próprio aos homens, e nem se 
os homens não tivessem se proposto a escutarem e crerem em tudo o que foi 
dito por meio dEle. 
A teologia é um estudo sempre em andamento, pois o homem é finito e 
não chega a um ponto de compreender plenamente o infinito. 
A verdade é que a ideia de Deus já nasce dentro de nós, é natural na 
inteligência humana não por causa de qualquer instrução de outra pessoa, mas, 
porque o próprio Deus que criou o ser humano, depositou dentro dele a ideia de 
Sua existência. Por isso que se um recém nascido for colocado em algum lugar 
onde nunca recebeu qualquer informação externa, crescerá com a ideia (de 
forma imperfeita) da existência de Deus. Então o SENHOR modelou o ser 
humano do pó da terra, feito argila, e soprou em suas narinas o fôlego de 
vida, e o homem se tornou um ser vivente. Gênesis 2:7. 
Desde os primeiros séculos, os homens em todo mundo já tinham como 
verdade a existência de Deus. Isso é relatado no início de tudo com Adão, que 
obteve conhecimento acerca do Pai diretamente, profundamente e 
poderosamente. No Éden, Deus procurou se relacionar com o homem, se fazer 
conhecido e revelar seus mistérios. Isso era tão real para Adão e Eva que era 
impossível duvidar da existência daquele que conversava com eles sempre na 
viração do dia. Então, este conhecimento foi passando de pai para filho e assim 
se espalhando. Mas, por conta do pecado, trevas cobriram a mente humana para 
que não entendessem sobre o Supremo Criador. Visto que, na sabedoria de 
Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a 
Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da pregação. 
1 Coríntios 1:21 
Dessa forma, podemos dizer que nenhuma investigação racional tem sido 
capaz de provar cientificamente a existência de Deus. A simples razão humana 
sem o auxílio da revelação divina, jamais poderia originar a ideia da existência 
dEle. 
Estes fatores e questionamentos ao longo da história, fizeram com que 
homens sedentos pela verdade de Deus, começassem criar pensamentos 
 
 
 
teológicos, como uma forma de se conscientizarem e crescessem em espírito, 
verdade e amor. Esta é a minha oração: Que o amor de vocês aumente cada 
vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que 
é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios 
do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e 
louvor de Deus. Filipenses 1:9 – 11. 
Questões sobre Deus, o homem, origem, universo, salvação, fim dos 
tempos, são alguns dos assuntos que a Teologia aborda. Por isso quando 
falamos de Deus, estamos falando de tudo isso mencionado. 
 
2 – Quem deve fazer Teologia? 
Por que eu deveria me importar com teologia? Tudo o que eu preciso está 
na Bíblia; Eu posso seguir Jesus sem ter de aprender todos os tipos de palavras 
difíceis. Teologia nos afasta de Deus; Vai fazer teologia, cuidado! 
Você já ouviu algum cristão dizer algo parecido com essas afirmações? 
Você mesmo já disse algo assim? Se sim, você não está sozinho. A maioria dos 
cristãos tem pouco ou nenhum interesse em teologia. Nas mentes de muitos 
deles, não existe nenhuma conexão necessária entre a teologia e a vida cristã 
cotidiana. Eles acreditam que a teologia é irrelevante. 
A desconexão entre teologia e igreja e entre teologia e o cristão teve 
resultados desastrosos. Alguém precisa apenas olhar as recentes pesquisas 
examinando o nível de conhecimento teológico no meio dos cristãos professos, 
para saber que algo deu errado. Quando um grande número de cristãos 
professos começa a dizer aos seus amigos e familiares: “Você só precisa ler A 
Cabana! Aprendi muito sobre Deus com esse livro”, então, bem, temos um 
problema. Quando um grande número de cristãos evangélicos professos não 
tem a certeza se a divindade de Cristo é um artigo da fé cristã, então nós temos 
mais que um problema. E são estes que infelizmente estão por aí ensinando, 
discipulando e doutrinando outros. E ambos estão indo junto para o abismo da 
ignorância. Por acaso pode um cego guiar outro cego sem que os dois não 
caiam em algum buraco? Lucas 6:39. 
Vamos examinar a palavra de Deus. Vocês lembram do que aconteceu 
com Israel lá no livro de Oseias? Meu povo foi destruído por falta de 
conhecimento. Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também 
os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que ignoraram a lei de do seu 
Deus, eu também ignorarei os seus filhos. Oseias 4:6. Essa repreensão foi 
para os israelitas que tinham rejeitado a instrução do Senhor e falhado em ser o 
seu representante para as nações. O problema é que Israel havia se voltado 
para os deuses de seus vizinhos, e tudo isso os conduziu a uma situação 
miserável, pois, perderam o conhecimento acerca do Criador. O termo 
conhecimento nesse texto, traduz um termo hebraico que também era utilizado 
para se referir a um relacionamento intimo entre marido e mulher. Então quando 
Deus declara que o povo pereceu por falta de conhecimento, é muito mais que 
 
 
 
uma junção de informações sobre Deus, e sim, um relacionamento íntimo com o 
Pai. 
ATENTE-SE PARA ISTO: Se você usar a Teologia apenas como fonte de 
conhecimento, sem prática, de nada valerá. Você será uma enciclopédia 
ambulante, chamado de Teólogo, mas, estará longe de Deus. A teologia é uma 
ferramenta que você utilizará para aprofundar seu relacionamento com Deus. 
Nunca se esqueça disto. 
Lembre-se: Conhecimento é saber que tanto o tomate quanto o caqui são 
frutas. Sabedoria é saber que na salada, se usa tomate e não o caqui. 
Vocês erram por não conhecerem as escrituras nem o poder de 
Deus. Mateus 22:29. 
 
3 – A busca por respostas. 
É em Cristo que descobrimos quem somos, e o propósito de nossa 
vida. Muito antes de termos ouvido falar de Deus [...] ele já tinha seus olhos 
sobre nós; já havia planejado para nós uma vida gloriosa, parte do projeto 
global que ele está elaborando para tudo e para todos. Efésios 1: 11 Versão 
a Mensagem. 
Felizes os que confiam no Senhor [...] São como árvores plantadas 
às margens de um rio, cujas raízes alcançam águas profundas. Tais árvores 
não são afetadas pelo calor nem se preocupam com longos meses de seca. 
Suas folhas permanecem verdes e produzem fruto delicioso. Jeremias 17:7 
-8. 
Temos que entender e aceitar que não somos o cerne da questão. O 
propósito de nossa vida é muito maior que uma realização pessoal, paz de 
espírito, felicidade, família, carreira ou mesmo nossas maiores ambições. E 
agora você deve estar se perguntando: Afinal de contas, para que estou neste 
mundo? 
Se você quiser saber por que foi colocado neste planeta, deverá começar 
por Deus. Você nasceu de acordo com os propósitos dele e para cumprir os 
propósitos dele. 
Todavia, essa sede de encontrar respostas para estas perguntas, causa 
grande angústia no nosso coração. A Ciência até encontra respostas para o 
questionamento do homem em relação a sua própria origem, porém, seu coração 
continua com um vazio. 
A antropologia moderna estuda a origem da vida humana e o 
desenvolvimento da cultura humana. Mas, muito antes do surgimento da ciência, 
da antropologia, a teologia cristã já discutiaestudos, pesquisas e debates 
contínuos e profundos sobre a pessoa humana. 
 
 
 
“A primeira sentença da Escritura Sagrada apresenta a afirmação sobre a 
qual tudo mais é estabelecido: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 
1.1). Três pontos fundamentais são afirmados nessa primeira sentença da 
Escritura: (1) houve um princípio; (2) há um Deus; e (3) há uma criação. 
Poderíamos pensar que, se o primeiro ponto pode ser estabelecido firmemente, 
os outros dois seguem por necessidade lógica. Em outras palavras, se houve 
realmente um princípio para o universo, então deve haver algo ou alguém 
responsável por esse princípio; e, se houve um princípio, deve haver algum tipo 
de criação. Em sua maioria, embora não totalmente, aqueles que adotam o 
secularismo reconhecem que o universo teve um começo no tempo. Os 
defensores da teoria do Big Bang, por exemplo, dizem que entre 15 a 18 bilhões 
de anos atrás o universo começou como resultado de uma explosão gigantesca. 
No entanto, se o universo explodiu para chegar à existência, do que ele 
explodiu? O universo explodiu a partir do que não existia? Essa é uma ideia 
absurda. É irônico que a maioria dos secularistas garante que o universo teve 
um começo, mas rejeitam a ideia de criação e a existência de Deus.” 
Este é um trecho do livro Somos todos Teólogos: Uma introdução à 
Teologia Sistemática, do autor R.C. Sproul. Estarei disponibilizando o PDF do 
mesmo. 
Estas questões levantadas ao longo dos tempos, vão levando muitos a 
loucura, e outros a total cegueira alimentada por achismos e falta de um 
relacionamento com Deus. 
Um artista pode pegar um bloco quadrado de mármore e dar a forma de 
uma linda estátua ou pegar uma tela plana e transformá-la em uma linda pintura, 
mas não foi assim que Deus criou o universo. Deus chamou o mundo à 
existência, e sua criação foi absoluta no sentido de que ele simplesmente não 
remodelou coisas que já existiam. A Escritura nos dá a mais breve descrição de 
como Deus fez isso. Deus criou todas as coisas pelo poder e autoridade de seu 
comando. Deus disse: “Haja luz...” e houve luz. Esse é ponto. Nada pode resistir 
ao comando de Deus, que trouxe à existência o mundo e tudo que nele há. 
 
4 – A Teologia como Ciência. 
A revista Veja publicou um artigo no final de dezembro de 2020 intitulado: 
A real influência da fé nos tratamentos médicos. Veja um trecho: 
Você tem fé? Frequenta cultos religiosos? Costuma superar rapidamente 
a tristeza quando alguém machuca seus sentimentos? Perguntas assim, 
digamos, não propriamente científicas, podem se tornar comuns na rotina dos 
consultórios médicos do país. A Sociedade de Cardiologia do Estado de São 
Paulo (Socesp), referência na medicina brasileira, publicou o mais completo 
documento sobre a relevância da espiritualidade e de atributos como a 
compaixão e o perdão no tratamento de diversas doenças. A ideia é que, ao 
investigar a vida do paciente, profissional dê a mesma dimensão para questões 
clássicas, como hábitos alimentares, e aquelas associadas à espiritualidade. “É 
 
 
 
uma abordagem que pode prevenir problemas e capaz também de detectar 
causas de enfermidades que não são rastreadas por exames convencionais, 
como dores crônicas, insônia e até depressão”, diz Álvaro Avezum, diretor da 
Socesp e cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Um dos trabalhos 
mais interessantes foi desenvolvido pela Universidade Harvard, nos Estados 
Unidos, com cristãos. Ele atestou que ir à igreja ao menos uma vez por semana 
pode reduzir a mortalidade de 20% a 30% em um período de até quinze anos. O 
ponto básico para explicar o papel da fé na saúde é associá-lo ao modo de ver 
a vida. “Esses pacientes costumam ser mais otimistas e aderir ativamente às 
terapias”, diz Sidnei Epelman, oncologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará 
e presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer. Uma 
das possíveis explicações lógicas é a associação que a crença pode ter com 
hormônios. A prática religiosa está ligada a secreção de endorfina e dopamina, 
substâncias do prazer e bem-estar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem diria que a medicina iria andar de mãos dadas com a fé? Isso é 
fantástico pois, por mais que não queiram admitir diretamente, eles estão 
dizendo que sim, nosso Deus está acima de qualquer ciência que exista. 
Mas, afinal, o que seria Ciência? De acordo com o Dicionário é um 
conhecimento atento e aprofundado de algo. É observação, identificação, 
pesquisa e explicação de alguns tipos de fenômenos e fatos gerados 
racionalmente. 
Alguns não consideram Teologia como ciência pois, as coisas da religião 
para eles não entram nas coisas da ciência e Deus está fora de investigação 
científica já que está em um plano quem não teríamos acesso e a ciência 
trabalha com aquilo que ela pode ver e observar. Entretanto, há sim princípios 
adotados a outras ciências bem visíveis na Teologia como criticidade para definir 
o que é crença popular ou opinião teológica, sistematicidade em organizar os 
conhecimentos acerca da fé e dinamicidade para olhar para trás e contextualizar 
debates antigos. 
A chave de tudo é que a busca da verdade deve ser o alvo final e principal 
do teólogo que trata cientificamente a revelação de Deus, através do que Ele diz 
de si mesmo, dos homens e de suas relações com o mundo. A palavra do 
Senhor é reta e todas as suas obras são fiéis. Salmos 33:4. 
 
TÓPICO 2 – FUNDAMENTANDO A TEOLOGIA. 
 
1– A revelação pela escritura. 
Embora Deus se revele de algumas maneiras a todas as pessoas, em 
todos os lugares, por meio do que chamamos revelação geral, há outro tipo de 
revelação, a revelação especial, que nem todos no mundo têm a oportunidade 
de receber. A revelação especial mostra o plano de Deus para a redenção. 
Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, 
aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem 
constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual fez também o universo. 
Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, 
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito 
a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas. 
Hebreus 1:1-3. 
A revelação de Deus na Escritura manifesta as qualidades de seu caráter. 
Há uma unidade na Palavra de Deus, apesar da diversidade de seus autores. A 
Palavra de Deus foi escrita durante muitos séculos, por homens inspirados por 
Deus não com o intuito de elaborar discursos teológicos, mas para que toda a 
história ficasse na mente e no coração do povo. Mesmo abordando uma 
variedade de temas, encontramos dentro dessa diversidade uma unidade. Toda 
 
 
 
a informação que achamos na Escritura – coisas futuras, a expiação, a 
encarnação, o julgamento de Deus, a misericórdia de Deus, a ira de Deus – têm 
sua unidade em Deus mesmo. Por isso, quando Deus fala e se revela, há uma 
unidade nesse conteúdo, uma coerência. 
Tudo isso resultou em um conjunto de documentos que hoje chamamos 
de Bíblia. 
 
 
2– O papel da Palavra de Deus na Teologia. 
A Bíblia Sagrada é o livro com o maior destaque no mercado editorial 
mundial. Foi o primeiro livro impresso da história humana. É o maior best seller 
mundial. É a obra literária mais impressa, lida e distribuída no planeta. 
Infelizmente, também é a mais odiada e perseguida de todos os séculos. Foi o 
livro que forjou boa parte da cultura ocidental. Contribuiu decisivamente para o 
rápido desenvolvimento da ciência. 
 Jesus, o personagem central desse livro, disse que os seres humanos 
deveriam examinar seu conteúdo, pois ele dá testemunho dEle e contêm o 
conhecimento necessário para a salvação (João 5:39). Muitos homens e 
mulheres bem sucedidos exaltaram o valor da Bíblia: Abraham Lincoln, por 
exemplo, disse: “Aceita deste livro tudo o que puderes pela razão...O restante 
pela fé e hás de viver como o melhor indivíduo”. Outro estadista norte americano, 
George Washington, afirmou: “É impossível governar bem o mundo sem Deus e 
sem a Bíblia”. 
Existem vários benefícios que adquirimos do estudo assíduo das 
Escrituras. Esses benefícios são variados e possíveis a todas as pessoas, 
independentemente de qualquer condição. Embora a leitura da Bíblia seja útil 
para várias coisas (Ver 2 Timóteo 2:14-16) seu maior benefício, sem dúvida, é o 
espiritual, é a salvação do leitor. 
A Bíblia revela o plano de Deus e apresenta a história da salvação em 
Cristo; A Bíblia dá o vislumbre real sobre o passado, presente e futuro do mundo; 
A Bíblia é a matriz espiritual da maior parte da civilização humana; A Bíblia é 
uma ferramenta para Deus mudar atitudes e comportamentos; A Bíblia nutre a 
vida interior e aumenta a espiritualidade; A Bíblia ilumina nossa mente e expande 
novos horizontes; A Bíblia apresenta biografias e exemplos inspiradores; A Bíblia 
é uma âncora nos momentos de crise; A Bíblia é a constituição das igrejas 
cristãs; A Bíblia, além de ser uma obra inspiradora e sagrada, é um clássico 
literário de alto nível. 
 
 
 
 
 
 
3– A interpretação das Escrituras. 
Com certa frequência encontramos com alguém que diz com muito fervor: 
"Você não precisa interpretar a Bíblia; leia-a, apenas, e faça o que ela diz." 
Concordo que os cristãos devam aprender a ler a Bíblia, crer nela, e 
obedecê-la. E concordo especialmente que a Bíblia não precisa ser um livro 
obscuro, se for corretamente estudada e lida. Na realidade, o problema individual 
mais sério que as pessoas têm com a Bíblia não é uma falta de entendimento, 
mas, sim o fato de que entendem bem demais a maior parte das coisas! O 
problema de um texto tal como: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas" 
(Fp 2.14), por exemplo, não é apenas entende-lo, mas, sim, obedecê-lo e colocá-
lo em prática. 
O alvo da boa interpretação é simples: chegar ao "sentido claro do texto." 
E o ingrediente mais importante que a pessoa traz a essa tarefa é o bom-senso 
aguçado. A interpretação correta, traz alívio a mente. Mas, se o significado claro 
é aquilo sobre o que a interpretação diz respeito, então para que interpretar? Por 
que não ler, simplesmente? O significado simples não vem pela mera leitura? 
Em certo sentido, sim. 
Quando o sentido literal das Escrituras não fizer sentido, não procure outro 
sentido para elas. Temos de descobrir, ou tentar, qual era a intenção original das 
palavras da Bíblia. Cada afirmação deve ser lida em seu contexto adequado. 
Veja um exemplo simples: Se eu te mostrasse uma placa com a seguinte 
inscrição: 
PROIBIDO USAR BIQUÍNI. 
Certamente você lê e entende que não se deve usar biquíni. Ok. Agora 
vamos pegar esta placa e colocar ela na entrada de uma praia de nudismo. A 
proibição é a mesma, porém o contexto mudou. Se pegássemos essa mesma 
placa e colocássemos ela em uma praia no Irã? Mais uma vez o contexto mudou 
radicalmente. 
 A leitura é uma habilidade indispensável à vida social. É através dela que 
se entende o mundo e se interage com o outro, seja nos estudos, na 
comunicação, na forma de se expressar e nos conhecimentos que ela 
proporciona. A necessidade pela leitura e pelo domínio da linguagem escrita na 
sociedade é cada vez mais intensa. 
Um fator, é entender que o texto foi escrito por um alguém que viveu em 
alguma época diferente da nossa, direcionado para um público diferente do que 
temos hoje. Aí já entram os fatores históricos, sociológicos, culturais, geográficos 
e outros. 
O mero movimento de passar de olhos pelas linhas de um texto não é 
leitura, pois, ler implica uma atividade de procura, pesquisa e crítica por parte do 
leitor, seja em seu passado, em lembranças e conhecimentos, em tudo que 
possa ser relevante para a compreensão de um texto que certamente fornece 
 
 
 
pistas e sugere caminhos, mas que não se é constituído em algo fechado, e sim 
passível de uma interação texto -autor – leitor. 
Lembre-se: Não lemos uma bula de remédios da mesma maneira como 
leríamos uma receita culinária. 
 
TÓPICO 3 – CONCEPÇÕES TEOLÓGICAS 
1– Religião. 
Religião é uma palavra de origem latina (religio) e pode significar rigidez, 
releitura, reeleger ou religar. Assim, a religião seria aquilo que nos religa ao 
sagrado. 
Desde os tempos mais primitivos, os primeiros seres humanos sentiram 
necessidade de explicar fenômenos naturais como a chuva, vento, eclipses, etc. 
Da mesma forma, queriam entender os acontecimentos como o 
nascimento e a morte. É esta necessidade de explicação que vai gerar a busca 
por um mundo metafísico ou seja: além da física, além daquilo que posso ver e 
tocar. 
Assim, como um fenômeno inerente à cultura humana, as religiões se 
configuram como conjunto de sistemas culturais e crenças. De modo geral, as 
religiões possuem seus credos similares conforme a proximidade geográfica. Os 
gregos e os romanos foram os primeiros a sistematizar reflexões religiosas. Nos 
primeiros séculos do cristianismo, novas reflexões teológicas surgirão e se 
desenvolverão a fim de conciliar a filosofia grega ao cristianismo. Durante a 
Idade Média, predominava a Filosofia Escolástica quando o Teocentrismo será 
valorizado. Será durante o Renascimento que este modelo começará a ser 
questionado. 
Vale destacar também o advento da expansão europeia pelos continentes 
levou a religião ocidental pelo mundo. Contudo, também travou contato com 
culturas e religiões muito distintas daquelas conhecidas até então. Atualmente, 
nos países da Europa, há certo declínio da religião, sobretudo cristã. Por outro 
lado, o Cristianismo cresce nos Estados Unidos, na América Latina e na África. 
O Islamismo se expande pelo sudeste asiático e Europa; e o Hinduísmo, 
Budismo e Xintoísmo ainda são a maioria no Extremo Oriente. Importante 
destacar também o Protestantismo, em sua vertente pentecostal, que vem 
crescendo na América Latina. 
Por fim, enquanto componente fundamental da cultura humana, a Religião 
foi motivo de inúmeras guerras. Além disso, estruturou sociedades e definiu o 
conhecimento científico, filosófico e artístico durante muitos séculos. 
As religiões possuem em comum alguns aspectos como: caráter público, 
hierarquias clericais, reuniões regulares, estabelecimento de limites entre o 
sacro e profano, a sacralização de determinados locais, veneração de 
 
 
 
divindades, escrituras sagradas ou tradição oral, sacrifícios, festas, serviços 
funerários e matrimoniais, meditação, arte, calendários religiosos e um sistema 
de crenças no sobrenatural, geralmente explicando a vida após a morte ou a 
origem do Universo. 
 
2 – Tipos de religião. 
Monoteístas: São as religiões mais recentes e populares (cerca de 50% 
da população mundial), possuem Livro Sagrado no qual está presente a verdade 
da Revelação Divina, onde se estabelece a divindade soberana e eliminam-se 
adorações independentes. É onde se estabelece a divindade soberana e 
eliminam se adorações independentes. É curiosa a escassez de representações 
do Deus supremo, enquanto as entidades menores (como os anjos) são muito 
retratadas. Outro detalhe é que o Deus único (Hebreu, Cristão e Islâmico) são 
masculinos e absorveram os elementos femininos como a bondade. 
Panteístas: as mais primitivas manifestações religiosas, não possuem 
livros sagrados, divinizam elementos naturais como o vento, a água, o fogo, os 
animais, dentre outros. 
Politeístas: “substituem” as panteístas quando os elementos divinos são 
personificados e humanizados, havendo uma equivalência entre deidades 
femininas e masculinas nos cultos. 
Ateístas: negam a existência de um ser central e supremo (o qual, para 
elas, seria o Vazio ou um Não-Ser). Não creem em deuses personi􀃕cados, mas 
acreditam em forças invisíveis, como fenômenos da natureza inexplicáveis. 
Deste modo, prega-se a interdependênciaharmônica do Universo, equilibrado 
por meio do Tao ou encontrado no Nirvana. São exemplos, o Budismo, na Índia 
e na China, o Taoísmo e o Confucionismo. 
 
3 – Teocentrismo 
O Teocentrismo (do grego, theos "Deus" e kentron "centro", que significa 
literalmente "Deus como centro do mundo") é a doutrina calcada nos preceitos 
da Bíblia, donde Deus é o fundamento de tudo e responsável por todas as coisas. 
 
TÓPICO 4 – OS TRÊS PRINCIPAIS SEGMENTOS RELIGIOSOS MONOTEÍSTAS 
 
1 – A religião no oriente médio 
A religião no Oriente Médio é bastante diversificada, e essas diferenças 
religiosas têm provocado, ao longo dos anos, bastantes conflitos. O Oriente 
Médio possui extensão territorial de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, está 
 
 
 
localizado no oeste da Ásia e é formado pelos seguintes países: Arábia Saudita, 
Bahrain, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, 
Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia. Sua população é de 
aproximadamente 260 milhões de habitantes. A diversidade étnica e cultural 
entre os habitantes do Oriente Médio é enorme, fator responsável pelos conflitos 
naquela região. Um dos elementos diversificados é a religião, com crenças 
diferentes e disputa por territórios considerados sagrados. 
As três principais religiões monoteístas, ou seja, crença na existência de um 
único Deus, surgiram no Oriente Médio: O Islamismo, o Cristianismo e o 
Judaísmo. 
O Judaísmo se divide em ortodoxos, conservadores, reformadores e 
reconstrucionistas. Por sua vez, o Cristianismo se divide em catolicismo romano, 
catolicismo oriental e protestantismo. Já o Islamismo é uma religião que possui 
cinco pilares que todo mulçumano deve seguir: 
1- Recitar o credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Maomé é seu 
profeta.” 
2- Orar cinco vezes ao dia na direção de Meca. 
3- Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã. 
4- Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais pobres. 
5- Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para isto.

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