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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ RICARDO GUILHERME GONÇALVES RESISTIVIDADE DE UM FIO DE NÍQUEL-CROMO Maringá - PR 2020 RICARDO GUILHERME GONÇALVES RESISTIVIDADE DE UM FIO DE NÍQUEL-CROMO Relatório apresentado à disciplina de Fisíca Experimental III – Turma 41 como parte das exigências para obtenção de nota semestral. Maringá - PR 2020 RESUMO O seguinte relatório tem como objetivo demostrar os processos de análise da resistividade de um fio de níquel-cromo, desde sua montagem até a extração do resultado. Utilizando softwares para a produção de gráficos e interpretação dos cálculos e discutir como esses valores se comportam ao serem comparados com os valores experimentais da resistividade do material. Palavras-chave: Resistência, Resistividade, Fios de níquel-cromo. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5 2. OBJETIVOS ................................................................................................................................... 5 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................ 5 4. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................... 6 4.1 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................................. 6 4.2 MONTAGEM EXPERIMENTAL ....................................................................................... 6 4.3 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO .................................................................................... 6 4.4 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE ................................................................ 6 4.5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 7 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................................11 6. CONCLUSÃO ..............................................................................................................................11 7. REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................11 1. INTRODUÇÃO O presente relatório tem como finalidade explanar os métodos usados em laboratório para realização do experimento de resistividade de um fio de níquel-cromo. Além de apresentar a teoria utilizada para se obter os resultados do experimento. O experimento foi divido em duas partes, sendo que a primeira parte é responsável por mostrar os resultados da resistência calculada em diversos comprimentos do fio, e na segunda calcular a resistência para fios com espessuras diferentes em um comprimento fixo. 2. OBJETIVOS • Analisar a dependência da resistência de um fio condutor, com o comprimento e área da seção reta. • Calcular a resistividade de um fio de níquel-cromo. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Ao aplicar uma diferença de potencial V em um fio é possível observar nele uma corrente elétrica i, o que define a resistência elétrica R entre os dois pontos desse condutor através da equação: 𝑉 𝑅 = 𝑖 (1) A resistividade de um material representa o quão facilmente essa peça permite a passagem de corrente elétrica por ele, no qual quanto maior a sua resistividade, mais difícil será a passagem da corrente elétrica, e quanto menor a resistividade, mais ele permitirá a passagem da corrente. Dessa forma para fios condutores ôhmicos, de mesmo material, porém com dimensões diferentes, é possível calculá-la através da resistência usando a equação: 𝐿 𝑅 = 𝜌 𝐴 (2) No qual, R é a resistência do material medida em Ω, L o comprimento do fio medido em metros, A a área da sua seção reta em metros quadrados, e 𝜌 a resistividade medida em Ω𝑚. 4. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais utilizados foram: • Fios de níquel-cromo; • Multímetro; • Cabo; • Jacarés. 4.2 MONTAGEM EXPERIMENTAL Nas duas partes do experimento foi necessário conectar os cabos ao multímetro e em suas extremidades os respectivos jacarés. Logo após, no primeiro experimento, uma tábua é colocada em uma superfície com o fio de níquel-cromo sobre ela, e então os jacarés são conectados no comprimento desejado para a medição da resistência pelo multímetro. No segundo experimento o mesmo multímetro é utilizado enquanto diversas tábuas com fios diferentes são utilizadas para a medição. 4.3 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO Neste experimento os fios de níquel-cromo de diferentes áreas foram utilizados para determinar a resistividade do material. Através da equação (1), se conhecermos as dimensões do material, a resistividade pode ser obtida medindo-se a resistência elétrica do mesmo. 4.4 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE Após a realização do experimento foram obtidos os seguintes resultados, expressos nas tabelas 1 e 2. Tabela 1. Medidas da resistividade em função do comprimento, área e resistência do fio de Ni-Cr 𝑅 ± 𝛿𝑅 (Ω) 𝐿 ± 𝛿𝐿 (𝑐𝑚) A (m2) 𝜌 (Ω𝑚) 0,91 ± 0,01 10 ± 0,01 4,015 × 10-7 36,5 × 10-7 1,00 ± 0,01 20 ± 0,01 4,015 × 10-7 20,1 × 10-7 1,26 ± 0,01 30 ± 0,01 4,015 × 10-7 16,9 × 10-7 1,65 ± 0,01 40 ± 0,01 4,015 × 10-7 16,6 × 10-7 1,92 ± 0,01 50 ± 0,01 4,015 × 10-7 15,4 × 10-7 2,20 ± 0,01 60 ± 0,01 4,015 × 10-7 14,7 × 10-7 2,51 ± 0,01 70 ± 0,01 4,015 × 10-7 14,4 × 10-7 2,88 ± 0,01 80 ± 0,01 4,015 × 10-7 14,5 × 10-7 3,17 ± 0,01 90 ± 0,01 4,015 × 10-7 14,1 × 10-7 3,59 ± 0,01 100 ± 0,01 4,015 × 10-7 14,4 × 10-7 Tabela 2. Medidas da resistividade em função da área de seção dos fios de Ni-Cr para um comprimento fixo. N° da Barra A (m2) A-1 (m-2) 𝑅 ± 𝛿𝑅 (Ω) 𝜌 (Ω𝑚) 1 1,222 × 10-7 1/1,222 × 10-7 10,90 ± 0,01 11,3 × 10-7 2 1,494 × 10-7 1/1,494 × 10-7 8,81 ± 0,01 11,2 × 10-7 3 2,421 × 10-7 1/2,421 × 10-7 5,33 ± 0,01 10,9 × 10-7 4 3,006 × 10-7 1/3,006 × 10-7 4,19 ± 0,01 10,7 × 10-7 5 3,723 × 10-7 1/3,723 × 10-7 3,48 ± 0,01 10,9 × 10-7 4.5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS De acordo com a teoria, temos a seguinte proporção 𝐿 𝑅 ∝ 𝐴 (3) Ou seja, a Resistência R do material é proporcional à disposição do mesmo. Adicionando 𝜌 como uma constante na equação retornamos a expressão (1) novamente. Note que se fizermos 𝛼 = 𝜌 a (2) se torna uma equação de reta 𝐴 𝑅 = 𝛼𝐿 Fato que justifica a construção do gráfico R x L a seguir (4) Figura 1: Gráfico de Resistência R (Ω) x Comprimento L do fio (m). Construído a partir da tabela 1. A reta ajustada do gráfico é dada pela equação 𝑅 = 3,26𝐿 − 13,69 (5) Representando a resistência em função do comprimento, podemos compará-la com (1) e igualar o coeficiente angular de ambas, de modo a obter 𝜌 3,26 = 𝐴 ⇔ 𝜌 = 3,26𝐴 Substituindo A pelo valor equivalente da área de A = 4,015 × 10-7 m2, obtém-se 𝜌 = 13,04 × 10-7 Ω𝑚 (6) (7) Comparando o resultado com a resistividade do fio em L = 100 cm igual a 𝜌 = 14,4 × 10-7 Ω𝑚 (8) Dessa forma o erro experimental calculado é de 9,44%, o que é considerado um erro relativo baixo para tal experimento. Para a tabela 2 foi construído o seguinte gráfico Figura 2: Gráfico de Resistência R (Ω) x Área elevada a menos um do fio 1/A (m-2). Construído a partir da tabela 2. A reta ajustada do gráfico é dada pela equação 𝑅 = 7,34𝐿 + 2,00 (9) Assim para cada barra é possível calcular os erros da seguinte forma: • Barra 1 Área = 1,222 × 10-7 m² Comprimento = 118 cm Resistência = 10,90 Ω 𝜌experimental = 11,3× 10-7Ω𝑚 𝜌téorico = 8,6× 10-7 Ω𝑚 Erro = 23,9% • Barra 2 Área = 1,494 × 10-7 m² Comprimento = 118 cm Resistência = 8,81 Ω 𝜌experimental = 11,2× 10-7 Ω𝑚 𝜌téorico = 11,0 × 10-7 Ω𝑚 Erro = 1,79% • Barra 3 Área = 2,241 × 10-7 m² Comprimento = 118 cm Resistência = 5,33 Ω 𝜌experimental = 10,9 × 10-7 Ω𝑚 𝜌téorico = 16,45 × 10-7 Ω𝑚 Erro = 51% • Barra 4 Área = 3,006 × 10-7 m² Comprimento = 118 cm Resistência = 4,19 Ω 𝜌experimental = 10,1× 10-7 Ω𝑚 𝜌téorico = 22,1× 10-7 Ω𝑚 Erro = 118,8% • Barra 5 Área = 3,723 × 10-7 m² Comprimento = 118 cm Resistência = 3,48 Ω 𝜌experimental = 10,9× 10-7 Ω𝑚 𝜌téorico = 27,3 × 10-7 Ω𝑚 Erro = 150,5% É notável que os erros aumentam gradativamente conforme suas áreas de seção aumentam, isso se deve ao medir várias resistências em fios de níquel-cobre diferentes. 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS Percebemos que o resultado obtido através da equação do Gráfico 1 na primeira parte do experimento se aproxima de fato da real resistividade do fio, calculada pela equação (1) com os valores medidos pelo multímetro e com os respectivos valores da área e comprimento do fio. Um erro de 9,44% é considerado aceitável e está dentro do padrão desejado. Para os valores da segunda parte do experimento foram obtidos erros que aumentaram gradativamente conforme as áreas se tornavam maiores, visto que a tabela foi construída com a análise de 5 fios diferentes é compreensível que os valores teóricos tenham destoado dessa maneira com os valores experimentais. 6. CONCLUSÃO Depois de realizado o experimento e os cálculos notam-se os diferentes resultados obtidos e o que eles significam para esse tipo de material, resistividades baixas permitem maior passagem de corrente elétrica pelo condutor, sendo assim os fios de níquel-cromo, por causa de suas propriedades, são bastante usados como resistência em aparelhos eletrodomésticos. 7. REFERÊNCIAS http://site.dfi.uem.br/wp-content/uploads/2016/10/ap_fis_geralexpIII.pdf http://www.fsssacramento.br/arquivos/epo/roteiroatividade/roteiro-de-fisica-III.pdf https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp- content/uploads/sites/4/2020/05/Resistividade_eletrica.pdf https://www.edufer.com.br/tabela-de-resistividade-dos-materiais-condutores-semicondutores-e- isolantes/ http://site.dfi.uem.br/wp-content/uploads/2016/10/ap_fis_geralexpIII.pdf http://www.fsssacramento.br/arquivos/epo/roteiroatividade/roteiro-de-fisica-III.pdf https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Resistividade_eletrica.pdf https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Resistividade_eletrica.pdf https://www.edufer.com.br/tabela-de-resistividade-dos-materiais-condutores-semicondutores-e-isolantes/ https://www.edufer.com.br/tabela-de-resistividade-dos-materiais-condutores-semicondutores-e-isolantes/
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