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Economia e mercado

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Prévia do material em texto

SIGNIFICADO
E CONCEITOS
FUNDAMENTAIS 
Professora:
Me. Andréia Moreira Da Fonseca Boechato
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Editoração Isabela Mezzaroba Belido 
Qualidade Textual Produção de materiais
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; BOECHATO, Andréia Moreira da Fonseca; PARDO, Paulo
 
 Economia e mercado. Andréia Moreira Da Fonseca Boechato; 
Paulo Pardo 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 36 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Economia. 2. Mercado. 3. EaD. I. Título.
ISBN - 978-85-459-0038-2
CDD - 22 ed. 332
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
06| NOÇÕES GERAIS DE ECONOMIA 
10| ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
19| QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS
25| ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Definir economia.
 • Entender o significado de escassez para a economia.
 • Explicar alguns conceitos econômicos básicos.
 • Descrever as questões econômicas fundamentais.
 • Compreender o funcionamento da organização econômica.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Noções gerais de economia
 • Alguns conceitos básicos
 • Questões econômicas fundamentais
 • Organização econômica
 SIGNIFICADO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, prezado(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao nosso material de estudo da 
disciplina Economia e Mercado. Nesta unidade, você estudará o significado 
de economia, em outras palavras, o que de fato a ciência econômica estuda e 
tenho certeza que muitos irão se surpreender, pois muitas pessoas acreditam 
que economia ensina a economizar ou mesmo a investir na bolsa de valores, o 
que não é verdade. A economia envolve muito mais do que simples variáveis, 
ela é a grande responsável por distribuir os recursos que são escassos entre as 
pessoas. E por esta razão, é uma ciência tão complexa.
Estudaremos também alguns conceitos econômicos básicos, conceitos 
estes que darão suporte para o entendimento da disciplina como um todo. 
Então, fique atento(a), e caso não tenha fica muito claro algum conceito, volte 
e releia com muita atenção.
Apresentarei a você as questões econômicas fundamentais, ou seja, as per-
guntas que qualquer economia, seja desenvolvida, em desenvolvimento ou 
subdesenvolvida, procura responder. E por último, você passará a conhecer, 
de forma mais profunda, a organização econômica, em outras palavras, como 
a economia funciona.
Na breve apresentação da unidade, você já percebeu como é fundamental 
irmos inserindo bem devagar os conceitos, ou melhor, aos poucos formaremos 
o seu pensamento econômico. 
Bons estudos!
Pós-Universo 6
Noções
gerais de 
economia 
Pós-Universo 7
Você certamente já se deparou com algumas situações econômicas e ficou curio-
so(a) para entender um pouco mais sobre os motivos que determinados fenômenos 
acontecem, como por exemplo:
 • Por que a alta do preço de pão reduz a demanda por manteiga?
 • Por que a renda dos agricultores se eleva quando ocorrem chuvas que 
reduzem a produção?
 • Por que os preços sobem de um mês para outro?
 • Por que a taxa de câmbio varia?
 • Por que um setor é mais desenvolvido do que outro?
Estas são algumas das perguntas que a economia procura responder. Você já conhece 
alguns problemas econômicos, mas de fato, o que é economia?
Em termos etimológicos, a palavra economia vem do grego: Oikós – Casa e 
Nomos – norma, lei. Então, economia significa “administração da casa”. É isto mesmo, 
a economia funciona da mesma maneira que a nossa casa: trabalhamos para receber 
um salário, dividimos nossa renda para pagar as contas, procuramos viver na maior 
harmonia possível, caso não tenhamos dinheiro para todas as contas, pegamos em-
préstimos, se sobrar dinheiro, fazemos investimentos etc. Da mesma forma que uma 
empresa e um país. 
Então, a economia pode ser definida, segundo Mendes (2009), como sendo uma 
ciência social que trata do estudo da alocação dos recursos escassos na produção de 
bens e serviços para a satisfação das necessidades ilimitadas ou desejos humanos.
Economia pode ser definida como a ciência social que estuda a alocação dos 
recursos escassos para satisfazer as necessidades ilimitadas da população.
quadro resumo
A partir da definição de economia não podemos deixar de fazer duas observações: 
você percebeu que as palavras “recursos escassos” e “necessidades ilimitadas” foram 
destacadas, isto porque são dois conceitos que precisam ficar muito claros para o 
entendimento do significado de economia.
Pós-Universo 8
As palavras recursos escassos estão em negrito porque a escassez, que é definida 
como a situação em que os recursos são limitados, é a culpada por todos os pro-
blemas econômicos. Então, podemos afirmar que a economia tem como objeto de 
estudo a escassez. Se os recursos fossem ilimitados não haveria economia.
É importante observar que a escassez está relacionada a diversas variáveis como, 
tempo, dinheiro, espaço físico, matéria-prima, mão de obra seja especializada ou não, 
entre outros.
Já necessidades ilimitadas estão destacadas, pois, oposto da escassez, os desejos 
humanos são ilimitados, ou seja, nunca terminam. Por exemplo, imagine que temos 
R$100,00 para ir ao shopping para comprar uma calça. Chegando lá, compramos 
uma calça, mas logo desejamos uma blusa ou um sapato. E assim sucessivamente.
Resumindo, os recursos são limitados e as necessidades humanas ilimitadas e isto 
é um problema, problema este que a economia procura solucionar!
Argumentos Normativos E Positivos
Com certeza você já se perguntou sobre o funcionamento da teoria econômica e o 
motivo que, muitas vezes, a economia não consegue se estabilizar, ou seja, a dificul-
dade que os economistas têm em acertar as previsões feitas. Isto porque temos dois 
tipos de argumentos na economia: a positiva e a normativa.
Segundo Passos e Norgami (2012), os argumentos positivos procuram entender 
e explicar os fenômenos econômicos como realmente são. Por exemplo, no início 
de 2013, a taxa de câmbio no Brasil estava desvalorizada, ou seja, precisávamos de 
cada vez mais real para comprar um dólar. Este é um fato real. Nesta situação, não há 
motivo para ter discordâncias, pois é um fato que o real estava desvalorizado, che-
gando a R$2,54. 
Na economia temos os argumentos positivos e normativos.
atenção
Pós-Universo 9
O quadro abaixo mostra a cotação de fechamento, tanto de compra quanto 
de venda, dólar americano no período entre 03/04/2014 e 02/05/2014
Data Compra Venda
3/04/2014 2,2805 2,2811
4/04/2014 2,2414 2,242
7/04/2014 2,232 2,2326
8/04/2014 2,1968 2,1974
9/04/2014 2,2105 2,2111
10/04/2014 2,1982 2,1987
11/04/2014 2,2053 2,2059
14/04/2014 2,209 2,2096
15/04/2014 2,2251 2,2257
Data Compra Venda
16/04/2014 2,2336 2,2342
17/04/2014 2,2476 2,2482
22/04/2014 2,2443 2,2449
23/04/2014 2,242 2,2426
24/04/2014 2,2223 2,2229
25/04/2014 2,2319 2,2325
28/04/2014 2,2364 2,237
29/04/2014 2,2193 2,2199
30/04/2014 2,2354 2,236Quadro 1 – Cotação de fechamento do dólar americano no período entre 03/04 e 02/05 de 2014
Fonte: Banco Central (2014)
fatos e dados
Já os argumentos normativos, mostram o que deveria ser e não o que de fato é. Esses 
argumentos sofrem influência externas, como fatores filosóficos, sociais e culturais 
e dependerá no que cada pessoa vê como certo e errado (PASSOS; NOGAMI , 2012). 
Por exemplo, a taxa básica de juros da economia, a taxa SELIC, deverá subir nos pró-
ximos meses em razão do aumento da inflação.
Resumindo: os argumentos positivos mostram o que é e os argumentos nor-
mativos, o que deveria ser. Então, na nossa disciplina, iremos trabalhar com os dois 
argumentos, tentarei mostrar a você o que a teoria econômica apresenta, ou seja, 
o que de fato deveria acontecer e irei sobrepor com os argumentos positivos, em 
outras palavras, iremos analisar a economia das duas formas, com argumentos posi-
tivos e normativos, já que se trata de uma disciplina chamada economia e mercado.
Pós-Universo 10
Alguns 
conceitos 
básicos
Pós-Universo 11
Nesta aula, iremos discutir alguns conceitos básicos de economia que serão impor-
tantes para o entendimento da economia.
 • Curva de possibilidade de produção e custo de oportunidade 
 • Classificação dos bens e serviços 
 • Agentes econômicos 
 • Fatores de produção ou recursos produtivos
Curva de Possibilidade de Produção 
e Custo de Oportunidade
Como discutimos anteriormente, a economia está ligada ao problema da escolha, já 
que os recursos produtivos são limitados e as necessidades humanas são ilimitadas, 
em outras palavras é imposto aos agentes econômicos uma escolha para a produ-
ção/consumo de diversos tipos de bens e serviços.
Para entender melhor como a escolha é feita, vamos supor a seguinte situação 
hipotética para uma determinada economia:
a. Esta economia só produz dois bens: bem X e bem Y, que você pode, por 
exemplo, chamar de chocolates e balas. 
b. A quantidade e a qualidade dos recursos produtivos são fixas, ou seja, inde-
pendente de produzir o bem X ou o bem Y a quantidade e qualidade dos 
recursos produtivos será a mesma.
c. Existe pleno emprego, ou seja, esta economia produz o máximo que ela 
pode dada a quantidade de recursos produtivos que ela tem disponível.
d. A tecnologia é constante, já que o uso da tecnologia é uma forma de aumentar 
a produção utilizando a mesma quantidade de fatores de produção disponíveis.
Situação hipotética é uma situação que não é real.
atenção
Pós-Universo 12
Após apresentar os pressupostos da economia hipotética, podemos verificar a quan-
tidade de cada bem que poderá ser produzido dado os recursos produtivos que 
temos disponíveis. Isto pode ser visto o quadro 2.
Bem Quantidade 
máxima de Y
Quantidades 
intermediárias
Quantidade 
máxima de X
X 0 5 10 15 20
Y 40 30 20 10 0
Ponto A B C D E
Quadro 2 – Quantidade de cada bem que pode ser produzido dado a quantidade de fatores de 
produção disponíveis.
Fonte: Elaboração própria (2013)
Como pode ser observado no quadro 2, a economia poderá produzir 40 unidades do 
bem Y ou 20 unidades do bem X. Porém, nestes casos, o outro bem não poderá ser 
produzido, pois não há recursos produtivos disponíveis para a produção dos dois bens. 
Caso a economia queira produzir tanto o bem X quanto o bem Y, ela deverá “abrir 
mão” de determinada quantidade de um bem para produzir o outro. Por exemplo, 
para produzir 5 unidades de X, a empresa deverá deixar de produzir 10 unidades de Y; 
ou 10 unidades de X, deverá deixar de produzir 20 unidades de Y ou ainda, para pro-
duzir 15 unidades de X, serão 30 unidades do Y que deverão ser deixados de serem 
produzidos. Para ficar mais fácil, vamos visualizar esta situação é através do gráfico 1.
40
30
20
10
105 15 200
A
B
C
D
E
Y
X
Curva de
 possibilidade
de produção
ou
curva de 
transformação
Gráfico 1 - Curva das possibilidades de produção ou curva de transformação da situação hipo-
tética apresentada.
Fonte: Elaboração própria (2013)
Pós-Universo 13
O gráfico 1 mostra as quantidades dos bens X e Y que a economia hipotética poderá 
produzir dado os fatores de produção limitados. Isto é conhecido como curva das 
possibilidades de produção ou curva de transformação. Então, qualquer ponto sobre 
a curva mostra a quantidade de bens X e Y que a economia poderá produzir e nesta 
situação, está em pleno emprego.
Agora, qualquer ponto abaixo da curva, como por exemplo, o ponto W que pode 
ser visto no gráfico 2, a economia poderá produzir, porém, caso produza no ponto 
W, a economia é ineficiente e não está em 
pleno emprego, pois haverá recursos produ-
tivos para produzir mais, em outras palavras, 
haverá capacidade ociosa.
Ainda analisando o gráfico 2, podemos 
verificar que tem o ponto Z. Dada a tec-
nologia constante, produzir no ponto Z é 
impossível, pois não temos recursos produ-
tivos suficientes. Porém, existe uma forma da 
economia chegar ao ponto Z, que é através 
da tecnologia. A tecnologia é um fator que 
desloca a curva das possibilidades de pro-
dução, pois, como já discutimos, podemos 
produzir mais, dado os mesmos fatores de 
produção disponíveis, ou seja, aumenta a ca-
pacidade produtiva da empresa. Esta situação 
pode ser vista no gráfico 3.
No mundo real pode acontecer da curva 
das possibilidades de produção se deslocar 
mais em direção de um bem do que para 
o outro, isto acontece em razão de que os 
bens não possuem exatamente o mesmo 
processo produtivo ou as mesmas quantida-
des de todos os fatores de produção. Então, 
o recurso produtivo que é mais afetado pela 
tecnologia tende a deslocar mais a curva de 
transformação.
Z
W
Y
X
Gráfico 2 – Pontos de produção que estão 
fora da curva das possibilidades de produção.
Fonte: Elaboração própria (2013)
Z
Y
X
Gráfico 3 – Deslocamento da curva das 
possibilidades de produção dado uma 
mudança tecnológica.
Fonte: Elaboração própria (2013)
Pós-Universo 14
Tudo que discutimos sobre curva das possibilidades de produção também nos 
mostra outro conceito muito importante para a ciência econômica, que é o custo 
de oportunidade no qual a empresa teve que “abrir mão” de certa quantidade pro-
duzida do bem Y em função da produção do bem X. 
Então, custo de oportunidade pode ser definido como o sacrifício de se transfe-
rir os recursos de uma atividade para outra, ou seja, é a quantidade de um bem ou 
serviço que se deve renunciar para obter outro.
É importante observar que só existe custo de oportunidade se a economia estiver 
funcionando em pleno emprego, ou seja, se os recursos forem plenamente utiliza-
dos, como os pontos de A e E do gráfico 1.
Custo de oportunidade é o sacrifício de se transferir os recursos de uma 
atividade para outra.
quadro resumo
Classificação dos Bens e Serviços
Bens e serviços podem ser definidos como tudo aquilo capaz de atender uma ne-
cessidade humana. Lembrando que as necessidades humanas são ilimitadas e cada 
pessoa tem a sua necessidade. Os bens podem ser classificados de duas formas prin-
cipais: em relação a sua raridade e em relação a quem oferta. Em relação à raridade, 
os bens e serviços pode ser:
1. Livres – são aqueles bens que a quantidade é ilimitada e podem ser obtidos 
sem nenhum esforço humano e por este motivo, não tem preço e a eco-
nomia não se preocupa com eles, por exemplo, mar, rio, lagoa, oxigênio, 
entre outros.
2. Econômicos – são bens e serviços limitados (escassos), tem valor de mercado 
e precisam de esforço humano para produzi-los, como por exemplo, carro, 
computador, caneta, entre outros. Os bens e serviços econômicos são os 
bens estudados pela economia. 
Pós-Universo 15
Os bens econômicos podem ser classificados quanto sua natureza em:
a. Materiais- são bens tangíveis e que podem ser estocados. Como por 
exemplo, computador, sapato, roupa etc. E podem ser:
I. Consumo – bens duráveis e de consumo imediato. Exemplo: roupa.
II. Intermediário – necessários parafabricação de bens de consumo. 
Exemplo: matéria-prima.
III. Capital – permitem produzir bens. Exemplo: máquinas.
b. Imateriais ou serviços - são intangíveis, não podem ser estocados e assim 
que são consumidos, acabam, como por exemplo, uma consulta médica 
ou uma aula.
 
A partir do que foi discutido sobre bens econômicos materiais e imateriais, farei uma 
pergunta para você: uma passagem de metrô é um bem material ou um serviço? O 
ticket do metrô é um bem material, pois conseguimos estocar. Porém, a viagem feita 
é um serviço, assim que descemos do metrô o bem acabou.
Pós-Universo 16
Os bens e serviços também podem ser classificados de outra forma, em relação 
a quem oferta. Neste caso, podem ser:
a. Públicos – são bens ou serviços ofertados pelo governo e tem como ca-
racterísticas serem não exclusivos e não disputáveis, ou seja, independente 
de quem paga por eles, no caso, através de impostos, todos poderão con-
sumir e o consumo de uma pessoa, não exclui o consumo de outra. Por 
exemplo, a segurança pública e o corpo de bombeiros.
b. Privados – são bens ou serviços ofertados pelas empresas e tem como ca-
racterísticas serem disputáveis e exclusivos, ou seja, só quem pagar pelo bem 
poderá levá-lo para casa e o consumo de uma pessoa, exclui o consumo 
da outra pessoa, como por exemplo, uma roupa ou um alimento.
Para melhor visualizar a classificação dos bens quanto a quem os oferta, veja o quadro 3.
Característica Bem público Bem privado
É rival Não Sim
É excludente Não Sim
Quadro 3 - Comparação entre bem público e bem privado
Fonte: Elaboração própria (2013)
Conforme podemos ver no quadro 3, se um determinado bem é não rival e não ex-
cludente, ele é um bem público. Caso contrário, é um bem privado. Para ilustrar esta 
situação, vamos pensar em dois bens, iluminação pública e carro. Primeiro sabemos 
que o mesmo carro não pode ser consumido, no caso, comprado, por duas pessoas 
diferentes. Neste caso, o seu consumo é rival. Em segundo lugar, o consumo do carro 
é excludente, pois se a pessoa não pagar pelo carro a empresa não venderá. Já a ilu-
minação pública não é possível uma pessoa ter e a outra, na mesma rua, não ter e 
nem o consumo por parte de um indivíduo exclui o consumo do outro.
Pós-Universo 17
Agentes Econômicos
Para fabricar bens e serviços, comprar produtos, pagar tributos, regular a economia, 
entre outros, ou seja, para fazer com que a economia gire, são necessários os agentes 
econômicos, que podem ser definidos como sendo pessoa de natureza física ou 
jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema 
econômico. E podem ser classificados em:
a. Empresas – também são conhecidas como unidades produtivas, são res-
ponsáveis pela produção e comercialização dos bens e serviços. As empresas 
combinam os fatores de produção da forma mais eficiente possível para fa-
bricar bens e serviços de modo a obter o máximo de lucro possível.
b. Família – conhecidos como consumidores incluem, segundo Passos e 
Nogami (2012), todos os indivíduos e unidades familiares da economia e 
tem como função adquirirem bens e serviços. Além de serem proprietários 
dos recursos produtivos trabalhos, em outras palavras, trabalhamos para 
receber salários para poder comprar bens e serviços.
c. Governo – são as organizações que estão, direta ou indiretamente, sob o 
domínio do Estado e que atuam no sistema econômico. Temos o governo 
federal, estadual e municipal além das leis e regulações. O governo pode 
interver na economia de duas formas, segundo Passos e Nogami (2012), 
atuando como empresários e produzindo bens e serviços através das empre-
sas estatais ou contratando serviços, comprando materiais, equipamentos 
etc. O governo pode intervir também, por meio de regulações, tendo com 
objetivo controlar o mercado, para este se tornar eficiente.
Segundo o IBGE (2014), a população brasileira, ou seja, o agente econômi-
co família é de 202.643.768 milhões de pessoas.
fatos e dados
Pós-Universo 18
Fatores de Produção ou Recursos 
Produtivos
Podemos definir fatores de produção ou recursos produtivos como elementos li-
mitados que são utilizados no processo de fabricação de bens e serviços que irão 
satisfazer as necessidades humanas.
Os fatores de produção têm como características serem escassos, como você já 
deve ter percebido, versáteis, ou seja, podem ser utilizados para diferentes fins, em 
outras palavras, os fatores de produção fabricam diversos bens e podem ser combi-
nados em proporções para produzir bens e serviços.
Após definir fatores de produção, é importante classificá-los. Os recursos produ-
tivos são:
a. Recursos naturais ou terra – é a origem de todo processo produtivo, como 
terra, água, minerais, matérias-primas etc.
b. Recursos humanos – é a contribuição do ser humano na produção. Pode 
ser físico ou intelectual. Como trabalho físico, temos o trabalho de um 
agricultor no campo. Já uma consulta médica é considerada um trabalho 
intelectual.
c. Capital - são bens utilizados no processo produtivo, como por exemplo, 
máquinas, construções, infraestrutura, entre outros.
Atualmente, além dos três fatores de produção clássicos citados acima, ainda temos 
a capacidade empresarial e o empreendedorismo como fatores de produção, pois 
é fundamental a tomada de decisão dos empresários quanto a utilização dos recur-
sos produtivos. A tecnologia também pode ser considerada um fator de produção. 
Pós-Universo 19
Questões 
econômicas
fundamentais
Pós-Universo 20
Após entender o conceito, o objeto de estudo da economia e alguns conceitos eco-
nômicos básicos, posso afirmar que qualquer economia, independentemente de ser 
rica ou pobre, capitalista ou socialista, industrializada ou em processo de industriali-
zação, procura responder a quatro perguntas básicas:
O que produzir?
Quanto produzir?
Para quem produzir?
Como produzir?
Antes de explicar cada uma dessas perguntas, irei apresentar a você o sistema ca-
pitalista, que é o objeto de estudo do nosso livro e possuem características bem 
diferentes de outros sistemas econômicos, como o socialismo e por este motivo, pre-
cisamos conhecer muito bem seu funcionamento.
Sistema Econômico Capitalista
A forma de comprar e vender bens, os impostos que pagamos, o processo produtivo 
escolhido pelas empresas para fabricar bens e serviços, a interferência do governo da 
econômica, o regime político, entre outros, variam de país para país. Por este motivo, 
a economia brasileira é totalmente diferente da economia da Coréia do Norte e mais 
parecida com a economia americana. Estas diferenças e semelhanças são explicadas 
pelo sistema econômico.
Mas o que é sistema econômico?
Sistema econômico pode ser definido como um conjunto de organizações que fazem 
com que os recursos escassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas 
ilimitadas. Mendes (2009) acrescenta que um sistema econômico engloba todos os 
métodos pelos quais os recursos são alocados e os bens e serviços distribuídos.
Um sistema econômico, seja qual for, é composto por:
a. Estoque dos recursos produtivos – quantidade de recursos produtivos 
que o país tem disponível, ou seja, quantidade de capital, recursos naturais e 
Pós-Universo 21
mão de obra que um determinado país possui. Quanto maior for o estoque 
desses fatores, mais rico será o país e mais bens e serviços consegue pro-
duzir e distribuir para a população.
b. Empresas - como o próprio nome diz, um sistema econômico é composto 
por empresas, que são responsáveis, dentre outras funções, peça produ-
ção de bens e serviços.
c. Instituições – quando falamos em instituições, estamos nos referindo ao 
governo e às leis.
Existem cinco tipos de sistemas econômicos, capitalismo, socialismo, comunismo, 
fascismo e nazismo. Os dois últimos já foram abolidos. O Comunismo nunca chegou 
existir na prática. O socialismo vem acabando com longo dos anos e o capitalismo é 
o sistema econômicomais utilizado. Então vamos conhecer o sistema capitalismo? 
No sistema capitalista há pouca interferência do governo na economia, mas isto 
não significa que não há interferência. Em algumas economias capitalistas o governo 
tem mais envolvimento do que em outras. A maioria absoluta dos países atualmente 
aderiu a este sistema econômico, incluindo o Brasil. O capitalismo tem como carac-
terísticas principais:
 • O Controle da economia é via sistema de mercado (oferta e demanda), ou 
seja, o preço e consequentemente a quantidade são formados na relação 
entre oferta (o quanto as empresas fabricam bens e serviços) e demanda 
(quando os consumidores estão dispostos a comprarem dos bens e servi-
ços que as empresas estão ofertando). 
 • Fatores de produção, bens de consumo e dinheiro são propriedades privada, 
em outras palavras, cada agente econômico (empresas e família/consu-
midores) é dono dos seus recursos e por isto, tomam as suas decisões de 
forma a alcançar maior lucro possível.
 • As empresas são competitivas, já que o objetivo principal é obter lucro 
máximo.
 • O papel do governo é limitado. Como vimos no início, essa limitação varia 
de país para país.
Pós-Universo 22
Curiosidades Norte Coreanas
Curiosidades em Geral
• Todos os adultos norte-coreanos usam um pin com o rosto do Grande 
Líder. Sempre. Todos os dias.
• A semana de trabalho é de 6 dias. Por isso, os domingos costumam 
ser de piqueniques, cantorias e diversão.
• O futebol é o esporte mais popular do país.
• Oficialmente, as religiões foram banidas da Coreia do Norte em 1950.
• Por não haver religião, os casamentos são celebrados em frente às es-
tátuas do Grande Líder.
Curiosidades Turísticas
• Desde 2010 os norte-americanos podem, sim, visitar a Coreia do Norte.
• Jornalistas, no entanto, não podem. Salvo exceções pontuais.
• O governo orienta a população a receber bem os estrangeiros. E a po-
pulação recebe.
• Não é permitido entrar no país com lentes fotográficas com mais de 
150 mm 
• Rádio? Não entra.
• É melhor não levar camisetas com slogans ou frases. Os policiais podem 
pedir para os guias traduzirem antes de deixar você passar.
• Os passaportes ficam retidos na sua entrada no país e são devolvidos 
na saída.
• Os passaportes não ganham nenhum carimbo. O visto norte-corea-
no é anexado em um papel separado e fica com os guias durante o 
seu período por lá.
• É facílimo fazer o visto norte-coreano. Muito mais fácil do que fazer o 
visto norte-americano.
• Seu celular também não entra na Coreia do Norte;
• Não existe cartão de crédito na Coreia do Norte, nem travelers cheques, 
nem ATMs. 
• A chance de você ser assaltado é zero. 
• É possível mandar e-mail. Mas apenas usando o endereço do hotel e 
sem resposta.
Fonte: Parte do texto extraído de <http://gabrielquerviajar.com.br/coreia-
-do-norte-curiosidades/>. Acesso em: 07 set de 2013.
saiba mais 
Pós-Universo 23
Apesar de ser muito criticado, o capitalismo é considerado o sistema eco-
nômico mais eficiente.
 Apesar de muitas pessoas criticarem o capitalismo, este ainda é o sistema 
econômico que tem se mostrado mais eficiente, tanto que os diversos países 
como China e Cuba, que até alguns anos atrás era socialistas, estão come-
çando a abrir sua economia e a tendência é que estes países se tornem 
capitalistas daqui a uns anos.
E você, é contra ou a favor do capitalismo?
reflita
Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Nona Zelândia, Israel e os países 
da Europa Ocidental são os principais países capitalistas do mundo.
fatos e dados
Questões Econômicas Fundamentais 
Agora que você já conhece as características do sistema capitalista, podemos enten-
der o que significa cada uma das perguntas básicas que qualquer economia procura 
responder: O que produzir? Quanto produzir? Para quem produzir? Como produzir?
“O que produzir” significa definir quais bens e serviços a economia irá fabricar. 
Esta não é uma decisão fácil, pois como você já sabe, os recursos são escassos então, 
não podemos produzir tudo que desejamos ou que precisamos, em outras palavras, 
aumentar a produção de um determinado bem significa reduzir a quantidade pro-
duzida de outros bens.
Após decidir o que será feito, dado os recursos limitados, têm que ser definido 
a quantidade do bem ou serviço escolhido que será produzido, além do público-al-
vo do produto. Um dos fatores de escolha do “para quem produzir” é a renda deste 
consumidor. Quanto maior for a renda, maior a quantidade de mercadorias que ele 
poderá adquirir.
Pós-Universo 24
Estas três primeiras perguntas, quem irá influenciar a decisão da empresa/país são 
os consumidores. Já a última, “como produzir”, a empresa/país define o melhor proces-
so produtivo, ou seja, como fabricar o bem na quantidade escolhida, de forma mais 
eficiente possível, ou seja, dado que os recursos produtivos são escassos, a empresa 
deverá escolher a combinação desses recursos com o menor custo possível para fa-
bricar bens e serviços.
Tecnologia 4K: o desafio de produzir conteúdo em altíssima definição
Os preços dos televisores de ultradefinição, também chamados de 4K ou 
Ultra HD, ainda são salgados, mas estão caindo ano a ano e tendem a se po-
pularizar à medida que mais fabricantes entram em cena.
A Sony, pioneira neste mercado, vende hoje um modelo de 65 polegadas 
por preço em torno de R$ 12 mil. Já a Samsung anunciou para este mês o 
início da produção de televisores 4K de tela curva em sua fábrica de Manaus. 
A promessa é começar as vendas antes da Copa do Mundo. 
Apesar da aposta das fabricantes, um dos desafios desse mercado é a pro-
dução de conteúdo com ultradefinição. Isso porque, de nada adianta ter 
uma televisão 4K se o vídeo não tiver sido produzido no mesmo formato.A 
tecnologia 4K tem quatro vezes mais definição que a Full HD.
O serviço de streaming Netflix é um dos precursores. Neste mês, começou 
a transmitir em 4K a segunda temporada da série House of Cards e alguns 
documentários. A empresa de banco de imagens Shutterstock é uma das 
fornecedoras de vídeos em 4K para a série da Netflix.
Parte do texto extraído de <http://blogs.estadao.com.br/radar-tecnolo-
gico/2014/04/16/o-desafio-de-produzir-conteudo-em-ultradefinicao/>. 
Acesso em: 02 maio de 2014.
saiba mais 
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,samsung-fabricara-tv-de-ultradefinicao-no-pais,1144767,0.htm
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,samsung-fabricara-tv-de-ultradefinicao-no-pais,1144767,0.htm
http://blogs.estadao.com.br/link/altissima-definicao-chega-a-televisao/
http://blogs.estadao.com.br/link/altissima-definicao-chega-a-televisao/
Pós-Universo 25
Organização 
econômica
Pós-Universo 26
Após entender alguns conceitos básicos da economia e as perguntas que todas as 
economias procuram responder, finalizaremos a nossa primeira unidade mostran-
do a organização de um sistema econômico capitalista. Primeiro irei demostrar um 
modelo simples, ou seja, uma economia fechada e sem participação do governo, 
conforme figura 1 e depois um modelo mais completo, com empresas, família e 
governo, além do exterior.
EMPRESAS
MERCADOS
DE RECURSOS
FAMÍLIAS
MERCADOS DE
BENS DE CONSUMO
E SERVIÇOSReceita Custo de vida
Renda
(S
alá
rio
s, 
jur
os
,
alu
gu
éis
, lu
cro
s)
Procura (�uxo) real
de bens (procura)
Oferta de recursos
Produtos de oferta
Procura (�uxo) real
de fatores
Custo de produção
Figura 1 – Fluxo da integração entre famílias e empresas
Fonte: Mendes (2009)
Como pode ser visto na figura 1, a economia é formada por apenas dois agentes eco-
nômicos: empresa e família que interagem através de dois mercados, o de bens de 
consumo e serviços e o de recursos produtivos. A parte superior mostra, de forma 
simplista, o fluxo dos bens finais e serviços. O consumidor paga pelo bem e a empresa 
entrega o produto. A variável preço que regula este mercado, tanto em relação à 
quantidade quanto em relação à qualidade. Já na parte inferior, as famílias são res-
ponsáveispor fornecer fatores de produção para as empresas e as empresas pagam 
as famílias pelo uso dos recursos produtivos utilizados.
Pós-Universo 27
O modelo apresentado na figura 1 é simples. Agora vou apresentar um modelo 
mais completo, no qual faz parte, além das famílias e empresas, o setor externo e o 
governo. Neste caso, a relação é bem mais complexa e os mercados participantes 
são o financeiro, capitais e de bens de capital, além dos de consumo, de fatores de 
produção e o externo. O modelo completo pode ser visualizado na figura 2.
Poupança
Juros (renda) Dividendos e/ou juros (renda)
Se
rv
iço
s d
e f
at
or
es
Ren
da
Tri
bu
to
s
Tri
bu
to
s
Be
ns
 e 
se
rv
iço
s
pú
bli
co
s
Dispêndio das famílias Be
ns
 e 
se
rv
iço
s �
na
is
Gastos do
governo
Gastos do
governo
Bens e 
serviços
�nais
Be
ns
 e 
se
rv
iço
s
pú
bli
co
s
Serviços
dos fatores
Intercâmbio
de serviços
de fatores
Ex
te
rio
r
Ex
te
rio
r
Mercado de
bens de
consumo
Mercado
de fatores
Mercado
de bens
de capitais
Mercado
de capitais
Mercado
�nanceiro Lucro
Juro
Juro
Ju
ro
s
Financiamento
Valor da
produção
Bens de
capital
Re
inv
es
tim
en
to
Ações/debêntures
Exportação
Importação
Fin
an
cia
m
en
to
Capitalização das empresas
Figura 2 – Sistema econômico completo
Fonte: Mendes (2009)
Como pode ser visto na figura 2 as empresas têm dois fluxos, o de bens de consumo e 
os de bens de capital. Os bens de capital são destinados a investimentos de reposição 
e novos empreendimentos. As famílias recebem renda, fornecem fatores de produ-
ção e adquirem bens e serviços. As firmas fornecem bens de capital e recebem lucro. 
O governo é o responsável pela arrecadação de tributos e gastos. O setor externo 
importa e exporta mercadorias. 
atividades de estudo
1. Economia é uma palavra grega que se for traduzida, significa administração da casa. 
Porém, este não é o seu significado. Em relação ao conceito de economia, Assinale 
a alternativa correta:
a) É uma ciência social que trata do estudo da alocação dos recursos escassos na pro-
dução de bens e serviços para a satisfação das necessidades ou desejos humanos.
b) É uma ciência exata que trata do estudo da alocação dos recursos escassos na pro-
dução de bens e serviços para a satisfação das necessidades ou desejos humanos.
c) É uma ciência social que trata do estudo da alocação dos recursos ilimitados na pro-
dução de bens e serviços para a satisfação das necessidades ou desejos humanos.
d) É uma ciência exata que trata do estudo da alocação dos recursos ilimitados na pro-
dução de bens e serviços para a satisfação das necessidades ou desejos humanos.
2. Discutimos na primeira aula o significado da palavra economia e seu conceito, e 
vimos que a economia é conhecida também por: Marque a alternativa correta:
a) Ciência da escassez ou das escolhas.
b) Ciência dos recursos ilimitados.
c) Ciência que ensina a guardar dinheiro.
d) Ciência das opções.
e) Ciência de bolsa de valores.
atividades de estudo
3. A curva de possibilidade de produção mostra o máximo que uma empresa pode pro-
duzir de dois bens, com os recursos produtivos disponíveis. Analise o gráfico abaixo, 
que mostra a curva de possibilidade de produção do bem X e do bem Y, e marque 
a alternativa correta quanto a produção nos pontos F e G.
GF
Y
X
a) A economia é capaz de produzir tanto no ponto F quanto no ponto G.
b) A economia é capaz de produzir somente no ponto G.
c) A economia é capaz de produzir somente no ponto F de forma eficiente.
d) A economia é capaz de produzir no ponto F, mas de forma ineficiente.
4. Os bens e serviços possuem diversas classificações e uma dessas classificações é em 
relação a quem os oferta. Em relação a oferta dos bens e serviços, leia as afirmações 
e assinale a alternativa correta:
I) Os bens e serviços podem ser ofertados pelas empresas privadas e pelo governo.
II) Uma característica dos bens públicos é a não exclusividade.
III) Os bens privados são disputáveis.
IV) Educação e saúde são serviços ofertados tanto pelo governo quanto pela inicia-
tiva privada.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente II e III estão corretas.
c) Somente I, II e IV estão corretas.
d) Somente I, III e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.
atividades de estudo
5. Qualquer economia procura responder a quatro questões básicas, sendo que uma 
dessas questões quem define são as empresas. Em relação à questão que a empresa 
procura responder, marque alternativa correta:
I) O que produzir?
II) Como produzir?
III) Para quem produzir?
IV) Qual a quantidade a produzir?
a) Somente a alternativa I está correta.
b) Somente a alternativa III está correta.
c) Somente alternativa II está correta.
d) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
e) Somente alternativa IV está correta.
6. Vimos nesta aula o motivo das economias dos países serem tão diferentes. A partir do 
que foi discutido, marque a alternativa correta quanto às características do sistema 
econômico capitalista:
I) Pouca interferência do governo.
II) O objetivo é o lucro.
III) Controle da economia é via sistema de preços.
IV) As empresas são competitivas.
a) Somente as alterativas I e II estão corretas.
b) Somente as alterativas II e III estão corretas.
c) Somente a alterativa II está correta.
d) Somente as alterativas II e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
atividades de estudo
7. Estudamos na aula dois modelos de organização econômica: um composto por 
família e empresas e um modelo mais completo composto, também, por governo 
e setor externo. Em relação aos modelos estudados, analise as afirmativas abaixo e 
marque a alternativa que mostra uma semelhança entre os dois modelos.
a) Ambos são formados por dois mercados: bens e serviços e de fatores de produção.
b) O governo faz parte, mesmo que indiretamente, dos dois modelos de organiza-
ção econômica.
c) Nos dois modelos, as famílias são responsáveis por ofertar fatores de produção 
em troca de renda.
d) Não existe nenhuma semelhança entre os dois modelos apresentados.
8. O governo é um dos agentes que fazem parte do modelo completo de organização 
econômica. Em relação as funções do governo em uma economia, marque a alter-
nativa correta:
I) Arrecadam tributos tanto das empresas quanto das famílias.
II) Ofertam bens e serviços públicos.
III) Adquirem bens e serviços dos demais agentes econômicos.
IV) Importam e exportam bens e serviços diretamente.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas III e IV estão corretas.
c) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
resumo
A economia é a ciência social que estuda a alocação dos recursos escassos para satisfazer as ne-
cessidades humanas, necessidades estas, ilimitadas. Então, a economia é a ciência da escassez ou 
das escolhas, em outras palavras, como os recursos são limitados (escassos) e os desejos humanos 
são ilimitados, é necessário escolher o que será produzido, o que será consumido, como se dará 
a produção e o consumo etc.
Como é necessário o tempo inteiro fazer escolhas, chegamos ao custo de oportunidade, que é o 
sacrifício que se faz em produzir um determinado bem ou serviço, ou seja, para aumentar a pro-
dução de um bem, é necessário deixar de produzir o outro bem, já que os recursos são escassos.
Todas as economias procuram responder a quatro perguntas básicas: O que produzir? Para quem 
produzir? Quanto produzir? Como produzir? As respostas as essas perguntas depende da orga-
nização econômica, ou seja, como os agentes econômicos se interagem e também do sistema 
econômico, como o capitalismo e o socialismo.
material complementar
Para quem quiser conhecer outros conceitos 
econômicos que não foram discutidos aqui, su-
gerimos o Novíssimo Dicionário de Economia do 
Paulo Sandroni. Este livro é uma das bibliografiasbásicas dos cursos de economia e áreas afins. O 
livro Princípios de Economia do autor Francisco 
Mochón Morcillo está disponível em nossa biblio-
teca virtual ( PEARSON), 
referências
MANKIW, N.G. Introdução à economia. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
MENDES, J. T. G. Economia: Fundamentos e Aplicações. São Paulo: Pearson Hall, 2009
PASSOS, C.R.M.; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo: Cengage Learning, 2012
VASCONCELOS, A. S.; GARCIA, M. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2008.
resolução de exercícios
1. a) É uma ciência social que trata do estudo da alocação dos recursos escassos na pro-
dução de bens e serviços para a satisfação das necessidades ou desejos humanos.
2. a) Ciência da escassez ou das escolhas.
3. d) A economia é capaz de produzir no ponto F, mas de forma ineficiente.
4. e)Todas estão corretas.
5. c) Somente alternativa II está correta.
6. e)Todas as alternativas estão corretas.
7. c) Nos dois modelos, as famílias são responsáveis por ofertar fatores de produção 
em troca de renda.
8. c) Somente as alternativas I, II e III estão corretas.
Pós-Universo 6
Teoria da 
demanda
Pós-Universo 7
Antes de iniciar o estudo da teoria da demanda, irei apresentar a você um conceito 
muito importante que é a base para explicar as escolhas feitas pelos consumidores, 
que é a utilidade marginal. Após entender utilidade marginal, passaremos a teoria 
da demanda propriamente dita. Vamos lá?
Utilidade
A função utilidade é definida por Mendes (2009) como o benefício ou satisfação que 
o consumo de um bem ou serviço pode gerar a uma pessoa. A função utilidade pode 
ser representada como sendo:
U = f ( Q1, Q2)
Onde: 
U – utilidade
f – uma representação matemática que significa “em função de que”
Q 1- quantidade do bem 1
Q 2 – quantidade do bem 2
Nós temos duas utilidades, a total e a marginal. A utilidade total é a satisfação com-
pleta pelo consumo de todas as quantidades consumidas de um determinado bem 
e serviço. A utilidade total é crescente até um certo ponto, o chamado ponto de sa-
turação, após, ela vai caindo.
Já a utilidade marginal, que é a satisfação gerada pelo consumo de uma unidade 
a mais de um determinado bem ou serviço, explica o motivo que o consumidor não 
gasta toda a sua renda em um único bem ou serviço, pois se formos explicar de forma 
bem radical, ele enjoa. 
Diferente da utilidade total, a utilidade marginal é decrescente, ou seja, reduz a 
medida que a pessoa vai consumindo quantidades adicionais de um bem ou serviço, 
mantendo os demais constantes, a utilidade marginal cai.
A utilidade marginal é decrescente, pois quanto mais unidades de um de-
terminado bem o consumidor adquiri, menor será a satisfação que esta 
unidade a mais gera.
atenção
Pós-Universo 8
Para melhor entendimento da diferença entre utilidade total e marginal, Mendes 
(2009) apresenta um exemplo que iremos utilizar com algumas alterações. Imagine 
que Maria, nossa consumidora, está viajando pelo no deserto e está morrendo de 
sede. Ela encontra um vendedor de água e como está com sede e tem dinheiro, 
comprará copos de água. Para o primeiro copo, Maria está disposta a pagar um valor 
muito alto pela água, já que o grau de satisfação que o consumo deste copo trará é 
muito alto. Já no segundo, Maria está disposta a pagar um valor ainda alto, mas não 
tão alto quanto pagou pelo primeiro copo. E assim sucessivamente, até chegar ao 
décimo copo, no qual Maria não está mais disposta a pagar nada pela água, pois o 
décimo copo não trará mais benefícios a nossa consumidora. 
Colocando esta situação na tabela abaixo.
Quantidade de 
copos de água
Utilidade 
Total
Utilidade 
Marginal
0 0 -
1 70 70
2 120 50
3 165 45
4 190 25
5 210 20
6 225 15
7 235 10
8 240 5
9 242 2
10 243 1
Tabela 1 – Utilidades Total e Marginal do consumo de copos de água para Maria
Fonte: Mendes (2009)
A tabela 1 representa as utilidades total e marginal de Maria ao consumir os copos de 
água. Como observado, no primeiro copo Maria está disposta a pagar R$70,00, reduzin-
do o valor nos copos seguintes. Porém, a utilidade total é representada pelo total que 
Maria gastou, ou seja, para consumir 10 copos de água, Maria desembolsou R$243,00. 
Já a utilidade marginal é a satisfação gerada pelo consumo de cada copo de água a 
mais, em outras palavras, é o valor que Maria pagou por cada copo. Como você pôde 
Pós-Universo 9
verificar, o valor pago por Maria, ou melhor, o grau de satisfação gerado por cada copo 
de água a mais, diminui a medida que Maria aumenta o consumo. Para melhor visua-
lizar esta situação, vamos representar a situação da tabela 1 em um gráfico.
Utilidade
Total
Utilidade
marginal
U
Q
Gráfico 1 – Representação das curvas de utilidades total e marginal
Fonte: Elaboração própria
O gráfico 1 confirmou o que estava afirmando até agora sobre a função utilidade: a 
utilidade total aumenta conforme aumenta a quantidade consumida de um deter-
minado bem ou serviço, e a utilidade marginal decresce a medida que aumenta o 
consumo de um determinado bem ou serviço. 
Na prática esta situação acontece em um rodízio de pizzas ou carnes, por exemplo. 
Quando chegamos ao restaurante, estamos com tanta fome que o primeiro pedaço 
de pizza gera um grau de satisfação enorme. Porém, conforme vamos comendo, 
nossa fome vai acabando e a satisfação gerada vai reduzindo, até chegar ao ponto 
que não querermos mais pizza e pedir ao garçom não oferecer mais pizza (utilida-
de marginal negativa)
Vale observar que estamos representando a utilidade através de dinheiro, mas 
apenas para facilitar o entendimento. Como a utilidade é a satisfação gerada pelo 
consumo de bem ou serviço, não é fácil quantificar, pois o grau de satisfação é dife-
rente para cada pessoa. Então, utilidade não é medida através de números e sim de 
grau de satisfação.
Pós-Universo 10
Teoria da Demanda
Após entender utilidade total e marginal e sua relação com o consumidor, vamos 
iniciar o estudo da teoria de demanda, que tem como objetivo tratar das necessida-
des dos consumidores, em outras palavras, procura explicar o comportamento do 
consumidor ao escolher bens e serviços.
Então, três das quatro perguntas básicas que qualquer economia procura res-
ponder, O que produzir? Quanto produzir? Para quem produzir? Não respondidas 
pela teoria da demanda. 
Mas o que é demanda?
Demanda pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou 
serviço que um consumidor deseja adquirir dado a sua renda e o preço do bem ou 
serviço. Isto mesmo, a palavra “deseja” está em destaque porque a demanda é uma 
intenção de compra e não a compra efetiva.
Demanda é definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço 
que um consumidor deseja adquirir, dado a sua renda e o preço do bem.
quadro resumo
Há mais três observações acerca de demanda:
A primeira diz respeito a existência da demanda, ou seja, só existe demanda se 
a pessoa puder pagar pelo bem ou serviço. Se não puder pagar, não há demanda. 
Então, o sonho de consumo que muitas vezes temos não é considerado demanda, 
pois não podemos pagar por ele.
A segunda observação é que o conceito de demanda está relacionado à ideia de 
utilidade. Isto mesmo, aquela utilidade que vimos no começo desta aula. Só existirá 
demanda se aquele bem ou serviço gerar algum tipo de satisfação para o consu-
midor. Se não gera satisfação, não há demanda, pois quem irá desejar um bem ou 
serviço sem utilidade?
A terceira é que a demanda vem sempre acompanhada da unidade tempo, pois 
a demanda altera com o tempo. Se a demanda é uma intenção de compra dado a 
renda e o preço do bem, com o tempo o preço altera e a renda também, então, a 
demanda é alterada. Podemos concluir então que a demanda é dinâmica!
Pós-Universo 11
Que tal representarmos a curva de demanda? A curva de demanda é represen-
tada conforme gráfico 2.
P
Q
D
Gráfico 2 – Representação da curva de demanda
Fonte: Elaboração Própria(2013)
Conforme visto no gráfico 2, a curva de demanda (D) é a relação entre preço (P) e 
quantidade (Q) e é negativamente inclinada. Você sabe nos responder o motivo que 
faz com que a curva de demanda tenha o formato para baixo?
A curva de demanda é negativamente inclinada porque conforme o preço aumenta, 
a quantidade que os consumidores estão dispostos a adquirir reduz, pois se o preço 
aumentar os consumidores irão substituir o consumo do bem pelo seu substituto.
Por exemplo, Maria deseja ir ao teatro ver peças que acabaram de ser lançadas. 
Então, o teatro é o nosso produto. E dependendo do preço do ingresso ela está dis-
posta a ir mais de uma vez ao mês, conforme tabela 2.
Preço do ingresso Quantidades de ida ao teatro
15 1
12 2
10 3
7 4
5 5
Tabela 2 – Demanda por ingressos para cinema de Maria
 Fonte: Elaboração Própria (2013)
Pós-Universo 12
Analisando a tabela 2 e depois a representando graficamente, podemos verificar que 
conforme o preço do ingresso para o teatro reduz, a quantidade demandada, ou seja, 
a quantidade de vezes que Maria está disposta a ir ao teatro aumenta, o que faz com 
que a curva de demanda seja negativamente inclinada.
12
10
15
7
5
21 3 4 50
P
Q
Gráfico 3 – Representação da curva de demanda de Maria para ingressos de cinema.
Fonte: Elaboração Própria (2013) 
Claro que representamos a curva de demanda de apenas um consumidor, mas também 
temos a curva de demanda de mercado, que é a soma das curvas de demanda indi-
viduais de um determinado bem que está sendo vendido a um determinado preço. 
Independente de ser curva de demanda individual ou de mercado, ela será sempre 
negativamente inclinada, pelos motivos que já explicamos.
A curva de demanda é negativamente inclinada!
atenção
Fatores que determinam a curva de demanda
Após entender o conceito de demanda e que de fato, significa para a ciência econô-
mica, vou apresentar a você alguns fatores que afetam a curva de demanda, tanto 
positiva quanto negativamente, ou seja, fatores que fazem com que a demanda 
aumente ou diminua.
Pós-Universo 13
O primeiro fator já vimos, que é o preço. O preço do bem ou serviço faz aumen-
tar ou diminuir a demanda, ou seja, se o preço aumenta, a demanda diminui e se o 
preço diminui, a demanda aumenta. Além do preço, temos:
a. Renda.
b. Preço dos bens complementares.
c. Preço dos bens substitutos.
d. Propaganda/marketing.
e. Expectativa sobre o futuro.
f. Fatores Climáticos.
g. Hábitos/costumes.
h. Entre outros.
Vamos ver cada um deles?
a. Renda
A renda é um dos principais fatores que afetam a curva de demanda. Então, 
dada a renda, os consumidores irão escolher qual cesta de produtos irá de-
mandar. A partir da variação da renda e do impacto que esta variação causa 
na quantidade demandada, os bens podem ser classificados em:
 • Normal – quando há um aumento de renda, a quantidade demanda do 
bem ou serviço aumenta. A maioria dos bens são normais, pois quando a 
pessoa tem um aumento de renda, ela passa a demandar mais daquele bem. 
Neste caso, a curva de demanda se desloca para a direita, ou seja, para cima.
 • Inferior – quando há aumento da renda, a pessoa passa a consumir menos 
daquele bem. Por exemplo, se Maria, nossa consumidora, tiver um aumento 
de salário, ela passará a consumir mais roupas de marca. Neste caso, a curva 
de demanda se desloca para a esquerda, ou seja, para baixo.
 • Consumo saciado – independe da renda, a quantidade demanda será a mesma, 
ou seja, mesmo que Maria passe a receber um salário maior, ela não irá de-
mandar mais ou menos quantidades, por exemplo, de sal. Neste caso, a curva 
de demanda não se desloca, pois não há aumento ou redução da demanda.
Pós-Universo 14
O gráfico abaixo mostra a evolução da renda média na indústria geral bra-
sileira entre 1999 e 2013
Folha de pagamento - indústria geral - índice (jan. 2001 = 100)
19
99
.0
3
19
99
.1
2
20
00
.0
9
20
01
.0
6
20
02
.0
3
20
02
.1
2
20
03
.0
9
20
04
.0
6
20
05
.0
3
20
05
.1
2
20
06
.0
9
20
07
.0
6
20
08
.0
3
20
08
.1
2
20
09
.0
9
20
10
.0
6
20
11
.0
3
20
11
.1
2
20
12
.0
9
20
13
.0
6
400
350
300
250
200
150
100
50
0
Gráfico 4 – Folha de pagamento da indústria geral
fatos e dados
b. Preço dos bens complementares
Bens complementares são os bens que, em geral, são consumidor juntos, 
como por exemplo, café e açúcar, arroz e feijão, pão e manteiga etc. Então, 
se o preço de um bem aumentar (arroz) a quantidade demanda de arroz 
e do seu complementar, que é o feijão, reduzirá, deslocando a curva de 
demanda para a esquerda.
c. Preço dos bens substitutos
Bens substitutos são aqueles bens que tem, praticamente, as mesmas ca-
racterísticas e por este motivo, podem ser substituído um pelo outro. Por 
exemplo, bolo de chocolate e bolo de coco; manteiga e margarina; pão 
francês e pão de forma, entre outros.
Como são bens que podem ser substituídos, quando o preço de um aumen-
tar, por exemplo, bolo de chocolate, a quantidade demandada de bolo de 
chocolate cairá e a quantidade demandada do seu substituto, no caso, do 
bolo de coco, aumentará. Neste caso, a curva de demanda do bolo de cho-
colate se desloca para a esquerda, ou seja, para baixo e a curva de demanda 
do bolo de coco se desloca para a direita.
Pós-Universo 15
d. Propaganda/marketing
A propaganda/marketing cria uma necessidade de compra. Então, é um 
instrumento muito utilizado para aumentar a quantidade demandada de de-
terminados bens e serviços, deslocando a curva de demanda para a direita. 
e. Expectativa sobre o futuro
Outro fator que afeta a curva de demanda é a expectativa que o consumi-
dor tem em relação ao futuro. Se Maria acredita que receberá um aumento 
daqui a sessenta dias, a demanda dela hoje aumentará, caso contrário, se 
ela está em aviso prévio, a demanda dela hoje reduzirá.
f. Fatores Climáticos
O clima é outro fator que afeta de curva de demanda. No inverno, a demanda 
por shorts e camisetas reduz, enquanto a demanda por casacos aumenta. 
Outro exemplo, a demanda de casacos de lã no Rio de Janeiro é quase nula, 
pois não tem clima para utilizar este tipo de roupa, enquanto a demanda 
por biquínis na Polônia é baixa.
g. Hábitos/costumes
A demanda de alguns bens variam conforme o hábito e costume da região. 
Por exemplo, na Índia a vaca é sagrada, então a demanda por carne bovina 
é quase nula, enquanto no Brasil, é alta.
h. Entre outros
Citamos alguns fatores que afetam a curva de demanda, mas temos inú-
meros outros. Vale lembrar que, qualquer fator que aumente a demanda, 
deslocará a curva de demanda para a direita, conforme gráfico 5. Em com-
pensação, qualquer fator que reduz a demanda, desloca a curva de demanda 
para a esquerda, conforme gráfico 6.
Pós-Universo 16
P
Q
D
D’
Gráfico 5 – Deslocamento da curva de demanda para a direita
Fonte: Elaboração própria (2013)
O gráfico 5 mostra o deslocamento da curva de demanda para direita, ou seja, quando 
algum dos fatores que estudados acima aumenta a demanda, como por exemplo, 
aumento da renda, aumento do preço do bem substituto etc.
P
Q
D
D’
Gráfico 6 – Deslocamento da curva de demanda para a esquerda
Fonte: Elaboração própria (2013)
O gráfico 6 mostra o deslocamento da curva de demanda para esquerda, ou seja, 
quando algum dos fatores que estudados acima reduz a demanda, como por exemplo, 
redução da renda, redução do preço do bem complementar etc.
Não podemos deixar de observar que, quando falamos em uma alteração na 
quantidade demandada em função de uma variação no preço do próprio bem, a 
curva de demanda não se desloca, alterando apenas os pontos sobre a curva.
Pós-Universo 17
O vídeo disponível no link abaixo é o segundo programa da Série Economia 
Descomplicada e faz uma introdução aos conceitos básicos da microeco-
nomia, lei oferta e demanda e finaliza com o equilíbrio de mercado, sempre 
com conceitos atuais e de fácil entendimento.
<https://www.youtube.com/watch?v=2FdEBPCxmvM>.saiba mais 
Elasticidades
Outro conceito muito importante em estudar na teoria do consumidor é a elasticida-
de, que pode ser definida, segundo Mendes (2009), como uma medida de resposta 
que compara a mudança percentual de uma variável devido a uma mudança per-
centual em outra variável, em outras palavras, sabemos, por exemplo, que a redução 
do preço de um bem aumenta a demanda deste bem, mas não sabemos em exata-
mente quanto. E é este impacto que a elasticidade mostra.
Existem três tipos de elasticidades:
a. Elasticidade preço
A elasticidade preço mostra o impacto da variação do preço na quantidade 
demanda de um determinado bem ou serviço. Neste caso, pode ser clas-
sificado em:
•	 Elásticos, quando a elasticidade preço for maior do que 1.
Isto significa que conforme o preço aumenta, a quantidade demanda 
reduz. Por exemplo, se o preço aumentou em 10% a quantidade de-
mandada reduzirá em mais do que 10%.
Em geral, bens não muito essenciais são elásticos, como roupas e sapatos.
•	 Inelásticos, quando a elasticidade preço for menor do que 1.
Isto significa que conforme o preço aumenta, a quantidade deman-
dada não reduz de forma significativa, permanecendo mais ou menos 
constante. Por exemplo, se o preço aumentar em 10% a quantidade 
demandada reduz em menos do que 10%.
Em geral, os bens mais essenciais são inelásticos, como gasolina e 
alimentos.
Pós-Universo 18
•	 Elasticidade unitária, quando a elasticidade preço for igual a 1.
Isto significa que um aumento no preço reduz a quantidade deman-
dada na mesma porporção, ou seja, um aumento de 10% no preço 
acarreta uma redução de 10% na quantidade demandanda.
b. Elasticidade preço cruzada
A elasticidade preço cruzada mede o impacto da variação do preço de um 
bem na quantidade demanda do outro bem. Neste caso, os bens podem 
ser substitutos ou complementares.
c. Elasticidade renda
A elasticidade renda mede o impacto da variação da renda na quantida-
de demandada de um determinado bem. Como já estudamos, se a renda 
aumenta e a quantidade demandada também aumenta, o bem é normal. 
Caso contrário, o bem é inferior. 
Pós-Universo 19
Teoria 
da oferta
Pós-Universo 20
Após entender o lado do consumidor na teoria da demanda, agora iremos analisar 
o lado do produtor, ou seja, a oferta. Então, a teoria da oferta analisa os principais 
aspectos relacionados à oferta de mercado, em outras palavras, estuda o compor-
tamento das empresas. 
Resumindo, a teoria da oferta estuda a resposta do produtor aos incentivos de 
mercado, incentivos estes relacionados à quantidade demandada, custos, incenti-
vos governamentais, disponibilidade de fatores de produção etc.
Mas o que é oferta? A oferta pode ser definida como a relação entre o preço e 
a quantidade de um determinado bem ou serviço que as empresas estão dispos-
tas a produzir e vender.
Oferta é a relação entre o preço de mercado de um determinado produto 
ou serviço e a quantidade que as firmas estão dispostas a produzir e vender, 
dado o preço.
quadro resumo
Mais uma vez temos a palavra “dispostas” em destaque. Isto significa que dependendo 
do preço do bem, as empresas têm um incentivo a aumentar a produção, mas não sig-
nifica que de fato aumente, pois aumentar a produção depende de outros fatores e não 
somente o preço que a empresa deseja vender seu produto, até porque nem sempre 
a empresa consegue fazer com que seu produto seja vendido pelo preço desejado. 
A curva de oferta é representada conforme gráfico 01.
P
Q
O
Gráfico 01 – Representação da curva de oferta
Fonte: Elaboração Própria (2013)
Pós-Universo 21
Você percebeu que o formato da curva de oferta é oposto da curva de demanda? Já 
que a curva de oferta é positivamente inclinada! Vamos ver o motivo?
A curva de oferta é positivamente inclinada, pois conforme o preço aumenta, 
as empresas desejam produzir e vender mais.
atenção
Imagine uma empresa que vende títulos de capitalização e que tem a seguinte oferta:
Preço por títulos Quantidade ofertada (milhões de títulos)
5 18
4 16
3 12
2 7
1 0
Tabela 1 – Oferta de uma empresa hipotética de títulos de capitalização 
Fonte: Elaboração própria (2013)
Pela tabela 1, você percebeu que conforme o preço do título de capitalização reduziu, 
a quantidade que a empresa deseja vender diminuiu também, fazendo com que a 
curva seja positivamente inclinada. Transformando a tabela 1 em um gráfico:
4
3
5
2
1
127 16 180
P
Q
O
Gráfico 02 – Representação da curva de oferta para empresa hipotética de títulos de capitalização
Fonte: Elaboração Própria (2013)
Pós-Universo 22
O gráfico 02 confirmou o que a tabela 1 mostrou, conforme o preço do título de ca-
pitalização reduziu, a quantidade que a empresa deseja vender também diminuiu, 
chegando ao ponto que a R$1,00 a empresa não está disposta a vender nenhum título.
Qual a explicação que ao preço de R$ 1,00 a empresa não está disposta a 
vender o produto?
A preços muito baixos as empresas não têm incentivo para aumentar sua pro-
dução e poderão ofertar outro tipo de serviço, no caso, outro tipo de investimento, 
que tenha um preço de mercado mais alto.
Fatores determinantes da oferta
Agora que já está claro o conceito de oferta, vamos apresentar alguns fatores que 
afetam positiva e negativamente a curva de oferta. Assim como na demanda, o 
preço do bem ou serviço afeta a curva de oferta. Quanto maior for o preço, maior 
será a quantidade ofertada. Caso contrário, se o preço diminuiu, a quantidade ofer-
tada também diminuirá. Os demais fatores são:
a. Preço dos fatores de produção
Um aumento no preço dos fatores de produção aumenta os custos da empresa 
e pode reduzir a produção, pois caso não seja repassado ao preço final, a 
empresa terá menos lucro, deslocando a curva de oferta para a esquerda.
Brasil e Estados Unidos em posição diferentes no 
que se refere a produtividade e emprego.
A produtividade e o salário do trabalhador brasileiro poderiam ser muito 
maiores se houvesse mais investimento em qualificação e em novas tecnolo-
gias. Uma reportagem da série que o Jornal Nacional mostrou que não é só 
o emprego que garante o crescimento econômico. Um exemplo é quando 
comparamos Brasil e Estados Unidos, que vivem situações opostas. No Brasil, 
o emprego vai bem, a produtividade vai mal e a economia está crescendo 
menos. Os Estados Unidos, um dos países mais produtivos do mundo, ace-
leraram o crescimento. Já o emprego não se recuperou da crise.
Texto baseado em: <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/04/
mais-investimento-em-tecnologia-aumentaria-produtividade-no-brasil.
html.> Acesso em: 02 maio de 2014.
minicaso
Pós-Universo 23
b. Tecnologia
A tecnologia é uma ótima forma de aumentar a produção, utilizando a mesma 
quantidade de fatores de produção, assim, reduzindo os custos e aumentan-
do a oferta, deslocando a curva de oferta para a direita.
c. Preço dos produtos relacionados
Quando falamos em produtos relacionados estamos nos referindo a produ-
tos alternativos do processo de produção, ou seja, são produtos que utilizam 
mais ou menos o mesmo processo produtivo. Neste caso, a empresa esco-
lherá produzir e vender aquele produto que tem um preço de mercado mais 
alto. Esta foi a situação no nosso exemplo da empresa hipotética de títulos de 
capitalização, que ao preço de R$1,00 ela optou ofertar outro tipo de serviço.
d. Políticas do governo
Dependendo da política pública do governo, a empresa tem incentivo para 
aumentar ou reduzir a produção. Por exemplo, subsídio é um incentivo para 
as empresas aumentaram a produção.
Subsídio é um tipo de imposto negativo, no qual o governo paga uma parte 
dos custos de produção para os produtores aumentarem ou passarem a 
produzir aquele produto que o governo quer desse volver o setor.
atenção
Segundo a OCDE (2013), a China é o país que mais concede subsídio no 
mundo com US$ 165 bilhões, seguidas pela União Europeia com US$ 106 
bilhões e pelos Estados Unidos com US% 30 bilhões.fatos e dados
e. Influências especiais
As influências especiais, como uma condição metrológica, afeta alguns setores e 
fazem com que as empresas aumentam ou reduzem a produção. Por exemplo, 
uma chuva causa uma redução na produção dos agricultores, reduzindo a oferta. 
Pós-Universo 24
Como vimos, alguns fatores afetam a deslocam a curva de oferta para a direita ou 
para a esquerda. Qualquer fator que reduza custos é um incentivo para a empresa au-
mentar a produção, deslocando a curva de oferta para a direita, conforme gráfico 03.
P
Q
O
O’
Gráfico 03 – Deslocamento da curva de oferta para a direita
Fonte: Elaboração Própria (2013)
Agora qualquer fator que aumente o custo, ou que reduza o lucro, é um incentivo 
para a empresa reduzir a produção, deslocando a curva de oferta para a esquerda, 
conforme gráfico 04.
P
Q
O
O’
Gráfico 04 – Deslocamento da curva de oferta para a esquerda
Fonte: Elaboração Própria (2013)
Não podemos deixar de observar que quando falamos em uma alteração na quantidade 
ofertada, em função de uma variação no preço do próprio bem, a curva de oferta, assim 
como a curva de demanda, não se desloca alterando apenas os pontos sobre a curva.
Pós-Universo 25
Equilíbrio
de mercado
Pós-Universo 26
Nas aulas 1 e 2 desta unidade vimos o comportamento dos consumidores e das 
empresas separadamente, mas sabemos que no mundo real, a oferta e a demanda 
atuam conjuntamente e o preço e a quantidade que são vendidas no mercado ocorre 
quando as duas curvas (oferta e demanda) se interceptam.
Veremos na aula 4 que existem diversos tipos de mercado, mas irei apresentar a 
você o equilíbrio em mercados competitivos, ou seja, mercados que são formados 
por um grande número de compradores e vendedores. 
Não que nos demais mercados o equilíbrio seja tão diferente, mas existem outras 
variáveis que afetam o equilíbrio, e o ponto de intercepção é mais alto do que em 
mercados competitivos, em outras palavras, o preço será mais alto em mercados 
poucos competitivos do que mercados com um número maior de vendedores e 
compradores. O equilíbrio pode ser visto no gráfico 01 abaixo.
P
P’
Q
Q’
O
D
E
Gráfico 01 - Equilíbrio em um mercado competitivo
Fonte: Elaboração própria (2013)
Analisando o gráfico 01, percebemos que o ponto em que as curvas de oferta (O) e 
demanda (D) se encontram é o ponto de equilíbrio (E) e este ponto mostra o preço e 
quantidade negociadas no mercado, P’ e Q’, respectivamente. Qualquer preço acima 
de P’ significa que haverá mais oferta do que demanda, ou seja, teremos um excesso 
de oferta e pela lei da oferta e da demanda, oferta maior que demanda o preço tende 
a baixar. Então, pontos acima de P’ fazem com que sobrem produtos no mercado e 
o preço automaticamente reduzirá.
Agora temos caso contrário também, qualquer ponto abaixo de P’ significa que 
teremos um excesso de demanda, ou seja, mais pessoas desejando adquirir o bem 
ou serviço do que empresas dispostas a vender. Neste caso, o preço aumentará de 
modo a chegar o ponto E, que é o ponto de equilíbrio.
Pós-Universo 27
O preço e a quantidade vendida no mercado são determinados pela inter-
seção das curvas de oferta e de demanda.
atenção
Todos os fatores que foram estudados nas aulas anteriores que afetam as curvas de 
demanda, como renda, preço dos produtos complementares e substitutos, expec-
tativa sobre o futuro, entre outros e todos os fatores que vimos que afetam a curva 
de oferta como, tecnologia, preço dos produtos relacionados, interferência gover-
namental, etc. afetam o ponto de equilíbrio. 
O governo também pode afetar o ponto de equilíbrio através de:
a. Fixação de preços mínimos
Acontece quando o governo fixa o preço mínimo que seria vendido no 
mercado. Este instrumento tem como objetivo beneficiar o produtor, de 
forma a garantir um nível de preço superior ao preço de equilíbrio. Um 
exemplo seria o mercado de trabalho, através de fixação do salário mínimo. 
Outro mercado que participa desta política é o mercado agrícola, no qual 
o governo se compromete a adquirir a produção caso o preço de mercado 
esteja abaixo do preço fixado.
Preços Mínimos
Os preços mínimos foram instituídos em 1966 com o objetivo de garantir 
o preço para os setores agrícolas e extrativistas. Era voltado exclusivamen-
te para produtores e cooperativas. 
O preço mínimo pode ser utilizado de duas formas: para comprar produtos 
dos produtores e para conceder empréstimos para os produtores ou coo-
perativas para estocar os produtos produzidos. No primeiro caso, o governo 
compra o produto que fica estocado para abastecimentos. No segundo 
caso, o produtor é financiado para estocar seu produto e vender quando o 
preço de mercado estiver mais alto. Neste segundo caso, o preço é um pa-
râmetro para determinar o valor do empréstimo (crédito rural)
Extraído de: <http://www.faespsenar.com.br/faesp/pagina/exibe/assuntos/
politica-agricola/157-59>. Acesso em: 20 out. 2013.
saiba mais 
Pós-Universo 28
b. Fixação de preços máximos
Acontece quando o preço vendido no mercado está muito alto e o governo, 
com o objetivo de defender o consumidor, estabelece um preço máximo 
que as empresas podem vender seus produtos. O preço máximo será sempre 
menor do que o preço de equilíbrio, ou seja, abaixo de P’.
c. Subsídios
Neste caso, o governo, com o objetivo muitas vezes de desenvolver deter-
minados setores, paga uma parte dos custos produtivos da empresa, que 
terá incentivo para aumentar a quantidade ofertada e ou reduzir preço. 
Com subsídio o preço fica abaixo de P1. 
d. Congelamento e tabelamento de preços
Muito utilizado na década de 1980 e no início da década de 1990, para 
combater a inflação. O governo congela preços e ou salários de forma a 
definir o P’.
Entre a década de 1980 e meados da década de 1990, o Brasil implantou 
cinco planos de estabilidade econômica (Cruzado, Bresser, Verão, Collor e 
Real), com objetivo de eliminar as altas taxas de inflação e, com exceção do 
Plano Real, todos os demais aderiram ao congelamento e ou tabelamen-
to de preços.
fatos e dados
Pós-Universo 29
Análise
de mercado
Pós-Universo 30
Até aqui vimos a teoria da demanda e a teoria da oferta separadas, e depois, analisa-
mos o equilíbrio de mercado em um mercado competitivo. Lembra que eu falei para 
você na aula 3 que temos outros mercados? Agora vamos analisar a relação entre 
demanda e oferta dentro das estruturas de mercado, que engloba as características 
que influenciam o tipo de concorrência e na formação de preço.
As características citadas são o grau de concentração, ou seja, o tamanho do 
mercado (número de vendedores e compradores); o grau de diferenciação dos pro-
dutos (os produtos podem ser considerados homogêneos ou diferenciados) e as 
barreiras à entrada (grau de dificuldade que uma nova empresa tem em fazer parte 
no mercado em questão).
Com base nestas características, os mercados podem ser classificados em com-
petitivos (concorrência perfeita e concorrência monopolística), pouco competitivo 
( oligopólio) e sem competição (monopólio).
Vamos conhecer cada uma dessas estruturas de mercado?
Concorrência perfeita ou pura
Um mercado em concorrência perfeita ou pura tem como características:
 • Grande número de compradores e vendedores.
 • Produtos homogêneos.
 • Ausência de restrições artificiais (livre mercado).
 • Ausência de barreiras à entrada.
 • Perfeito conhecimento.
Na realidade, a concorrência perfeita ou pura seria uma situação ideal, mas que de 
fato não acontece. O mercado que mais que se aproxima deste tipo de estrutura de 
mercado é o agropecuário.
Pós-Universo 31
Monopólio
O monopólio é, assim como a concorrência perfeita, uma situação extrema, mas real. 
Situação esta indesejável, pois pode prejudicar o consumidor, já que não temos con-
corrência. As características do monopólio são:
 • Uma única empresa.
 • Produtos altamente diferenciados.
 • Não há concorrência.
 • Considerável controlede preço por parte da empresa.
 • Altas barreiras à entrada.
Temos diversos exemplos de mercados monopolístico, como o setor de extração 
de petróleo, rodovias pedagiadas, energia elétrica, saneamento básico, em algumas 
cidades, setor de transporte, entre outros.
O maior problema do monopólio é que como não há concorrentes, a empresa 
pode cobrar um preço muito alto ou oferta uma quantidade baixa. Além de não se 
preocupar com a qualidade. Por estes motivos, o governo sempre acompanha e 
regula as empresas pertencentes ao monopólio.
Claro que em alguns setores o monopólio é essencial, pois não é economicamen-
te viável ter uma concorrente como nos setores de energia elétrica e saneamento 
básico. Neste caso, chamamos o monopólio de monopólio natural, já que e mais 
viável ter apenas uma empresa ofertando aquele produto.
Concorrência monopolística
Entre a concorrência perfeita e o monopólio temos uma estrutura de mercado co-
nhecida como concorrência monopolística, que é uma mistura das duas estruturas 
estudadas acima e tem como características:
 • Grande número de empresas.
 • Produtos diferenciados.
Pós-Universo 32
 • Pequeno controle de preço por parte da empresa.
 • Concorrência acontece via marcas, serviços especiais e propaganda.
 • Baixas barreiras à entrada.
A maioria das empresas no mundo real pertence a esta estrutura de mercado. Podemos 
citar restaurantes, padarias, lojas de roupas, lanchonetes, entre outros.
Oligopólio
Outra estrutura de mercado intermediária, ou seja, que é um mercado pouco com-
petitivo, é o oligopólio, que tem como características:
 • Pequeno número de empresas.
 • As empresas são interdependentes.
 • Médias barreiras à entrada.
 • Os produtos podem ou não ser diferenciados.
 • A concorrência é via diferenciação do produto.
Podemos citar como exemplos de empresas oligopolistas os setores de telecomu-
nicações, planos de saúde, aéreo e distribuição de combustível.
Uma importante característica do oligopólio que merece ser explicada com mais 
detalhes é a interdependência. Como são poucas empresas neste mercado, quando 
o preço de uma delas variar, as demais irão reagir rapidamente. 
Por exemplo, vamos supor um mercado composto por três empresas, A, B e C e 
que a empresa A resolveu, como estratégica, abaixar seu preço em 10%. Como são 
poucas empresas no mercado, imediatamente as empresas B e C baixarão também 
seu preço e a parcela de mercado continuará a mesma para todas três.
Parcela de mercado refere-se à porcentagem da quantidade que cada 
empresa vende naquele mercado.
atenção
Pós-Universo 33
Agora se a empresa A resolver aumentar seu preço em 10%, as empresas B e C não 
aumentarão e a empresa A perderá mercado. Por estes motivos que o preço no oli-
gopólio é constante e parecido para todas as empresas.
Caso as empresas que fazem parte de um oligopólio façam acordos, seja de 
preço, seja de quantidade, o consumidor será prejudicado, pois, na prática, 
um cartel faz com que as empresas se comportem como um monopolista.
reflita
Políticas Públicas quanto aos oligopólios
Como são poucas as empresas no oligopólio, não é difícil ter acordos de preços e 
quantidades, acordos estes indesejáveis aos consumidores e devem ser evitados. 
São indesejáveis, pois levam a uma produção baixa e a preços altos, ou seja, nesta 
situação as empesas se comportam como no monopólio. Por isto o governo deve 
coibir acordos entre empresas e no Brasil, temos uma lei específica para isto, que é 
a lei antitruste. 
Algumas práticas empresariais que são proibidas pelo governo brasileiro:
a. Cartel – empresas fazem acordos de preços e quantidades, aumentando 
o preço e ou reduzindo a quantidade ofertada. De qualquer forma preju-
dica o consumidor final.
Em maio de 2014, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) 
concluiu o julgamento do cartel das cimenteiras e multou as empresas en-
volvidas na formação de cartel em R$ 3 bilhões, mais venda de ativos. A 
multa foi a maior da história brasileira de combate à formação de cartel.
fatos e dados
b. Fixação de preço de revenda – acontece quando uma empresa produ-
tora/distribuidora exige que um estabelecimento venda um produto a um 
preço fixado por ela. Vale lembrar que preço sugerido não é proibido, pois 
Pós-Universo 34
a empresa só está sugerindo um preço e não obrigando ao estabelecimen-
to vender o bem aquele preço pré-definido.
c. Preços predatórios – é uma situação que uma grande empresa define seus 
preços abaixo do custo de produção para eliminar a concorrente, que em 
geral é uma empresa menor do mercado, e depois aumentar seus preços.
d. Vendas casadas – situação no qual dois produtos só são vendidos juntos, 
ou seja, o consumidor não consegue comprar os bens separadamente. 
Lembrando que promoções e produtos tipo combo (TV por assinatura + 
internet banda larga) não são considerados venda casada, pois o consu-
midor pode adquirir os produtos/serviços separadamente, mesmo que a 
um preço maior.
Para conhecer um pouco mais sobre a Lei Antitruste brasileira, acesse:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm>.
saiba mais 
atividades de estudo
1. A função utilidade é o benefício ou satisfação que o consumo de um bem ou serviço 
gera a uma pessoa. Existe utilidade total e marginal. Em relação à utilidade, marque 
a alternativa correta:
a) A utilidade total reduz com o aumento do consumo de um bem.
b) A utilidade marginal reduz com o aumento do consumo de um bem
c) A utilidade total e marginal sempre será a mesma.
d) A utilidade total é menor que a utilidade marginal.
2. Demanda é a quantidade de um determinado bem ou serviço que um consumidor 
deseja comprar dado a sua renda e o preço do bem. Em relação à demanda, marque 
a alternativa correta:
a) É intenção de compra de um bem.
b) É a compra efetiva do bem.
c) É intenção de compra de um conjunto de bens.
d) Não altera em relação ao tempo.
3. A teoria da oferta estuda a resposta do produtor aos incentivos de mercado. Em 
relação a estes incentivos, marque a alternativa correta:
I) Quantidade demandada.
II) Custos
III) Incentivos do governo.
IV) Disponibilidade de fatores de produção.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas III e IV estão corretas.
c) As alternativas II, III e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
atividades de estudo
4. Explique o motivo que faz com que uma empresa resolva não produzir um determi-
nado bem se o preço de mercado estiver muito baixo.
a) Porque a preços baixos a empresa irá fabricar outro tipo de bem.
b) Porque a preços muito baixos a empresa demite funcionários.
c) A empresa produzirá mesmo a preços baixos.
d) A empresa só produzirá se tiver lucro máximo.
5. Vimos nesta aula que o equilíbrio em mercados competitivos acontecem quando as 
curvas de oferta e demanda de encontram. Porém, pode acontecer, no curo prazo, 
de existir excesso de oferta ou excesso de demanda. Marque a alternativa correta 
que caracterize um excesso de demanda.
a) Quando o preço está abaixo do preço de equilíbrio.
b) Quando o preço está acima do preço de equilíbrio.
c) Quando a quantidade está acima da quantidade de equilíbrio.
d) Quando preço e quantidade não se interceptam.
6. O equilíbrio de mercado e consequentemente a formação de preço, acontece quando 
as curvas de oferta e demanda se cruzam. O governo pode intervir nessa formação 
de algumas formas. Em relação a estas formas, marque a alternativa correta:
I) Fixação de preços máximos
II) Subsídios
III) Fixação de preços mínimo
IV) Congelamento
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente II e III estão corretas.
c) Somente I, II e IV estão corretas.
d) Todas estão corretas.
atividades de estudo
7. A estrutura de mercado depende, principalmente, de três fatores: número de em-
presas que fazem parte daquele mercado, tipo de produto e grau de dificuldade 
que novas empresas tem em fazer parte do mercado.

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