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HEMOPARASITAS 1. Descrever a Etiologia das hemoparasitoses. Erliquiose: A erliquiose é um grupo de doenças transmitidas por carrapatos ou transfusões sanguíneas, causadas por uma bactéria intracelular gram negativa, que parasita células mononucleares, ela inclui a Ehrlichia canis (E. canis), Ehrlichia ewingii e a Ehrlichia chaffeensis. A enfermidade é dividida em 3 fases: assintomática (subclínica), aguda e crônica. Após a picada pelo carrapato infectado, o período de incubação varia de 7 a 21 dias. Babesiose: A Babesiose é uma doença causada por um protozoário Babesia canis, é transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus (parasita intermediário) que se hospeda no hospedeiro definitivo devido a picada do carrapato (hospedeiro intermediário) ou por transfusões sanguíneas de animais infectados, ele entra na corrente sanguínea do hospedeiro definitivo e invadem os glóbulos vermelhos se reproduzem e os destrói. Portanto, a doença se caracteriza por uma anemia hemolítica do tipo regenerativa. Anaplasmose: A Anaplasmose ou Tristeza Parasitária é uma doença causada por uma bactéria, do gênero Anaplasma, que contamina as hemácias e é transmitida por espécies de carrapatos ou por contato com sangue infectado. 2. Conhecer a fisiopatologia das principais hemoparasitoses. Erliquiose: A infecção acontece quando o carrapato infectado morde o animal. Após um período de 8 a 20 dias, o agente se multiplica nos órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos). Babesiose: Toda a patogenia da babesia está relacionada à hemólise (quebra de hemácias), ocasionada por esta multiplicação do parasita no interior dos eritrócitos causando o rompimento. Com o rompimento das células parasitadas, além de causar anemia, ocorre liberação de hemoglobina, o que gera hemoglobinúria e bilirrubinemia. A fração indireta da bilirrubina, em grande quantidade, leva a uma sobrecarga do fígado, ocasionando icterícia, congestão hepática e esplênica, gerando hepatoesplenomegalia. Anaplasmose: Após um período de trombocitopenia, as plaquetas tendem a retornar a valores normais após três a quatro dias e essas fases acontecem em intervalos de uma a duas semanas . Ela também pode levar a uma redução da agregação plaquetária associada a uma trombocitopenia regenerativa. A medula óssea pode apresentar hiperplasia megacariocítica na fase aguda da doença, podendo ocorrer hipergamaglobulinemia com elevação dos valores de IgM e IgA e redução dos níveis de ferro e da capacidade de fixação deste. Hematologicamente, parasitemias e trombocitopenias aparecem ciclicamente com um período médio de dez dias. O número de plaquetas parasitadas decresce durante o ciclo, mas a trombocitopenia permanece acentuada para tornar-se branda depois. 3. Descrever os sinais clínicos induzidos pelas hemoparasitoses. Erliquiose: O quadro clínico da erliquiose canina é caracterizado por letargia, perda de peso e anorexia. O quadro hemorrágico se manifesta na derme por petéquias, equimoses ou ambos. O sangramento mais frequente é a epistaxe. Podem ocorrer ainda poliartrite e alterações neurológicas como convulsões e ataxia. Sinais oculares como uveíte e opacidade corneana não são incomuns, podendo evoluir para cegueira. Infestação por carrapatos e febre são evidentes normalmente na fase aguda. Babesiose: Animais infectados podem apresentar um quadro agudo com anorexia, apatia, diarreia, pneumonia, febre, hemoglobinúria, anemia e icterícia, de 3 a 10 dias. A evolução da doença pode levar a morte ou a lenta recuperação, que pode levar mais de um mês. Em alguns casos, pode haver o aparecimento de sintomas neurológicos, com extrema apatia ou agressividade, paralisia, desequilíbrio e ataxia. Anaplasmose: Os sinais clínicos mais comuns são anorexia, letargia, perda de peso e depressão. 4. Compreender os parâmetros hematológicos e bioquímicos induzidos pelas hemoparasitoses. Erliquiose: Os exames bioquímicos mostram uma hiperbilirrubinemia principalmente por beta globulinemia, assim como um aumento das enzimas TGP, fosfatase alcalina e das bilirrubinas, indicando comprometimento hepático, também pode ser evidenciada a presença de trombocitopenia, leucopenia e anemia em hemograma de rotina. Babesiose: Entre os achados laboratoriais mais comuns estão a anemia regenerativa, hiperbilirrubinemia, bilirrubinúria, hemoglobinúria, trombocitopenia, acidose metabólica, azotemia e cilindros renais, sendo as principais anormalidades hematológicas observadas a anemia e a trombocitopenia. Anaplasmose: Ela é caracterizada por trombocitopenia cíclica com parasitemia inicial onde um grande número de plaquetas são parasitadas. Alguns dias após a infecção há a diminuição brusca no número de plaquetas e o agente causal desaparece da circulação. A contagem plaquetária retorna a valores próximos aos de referência em aproximadamente quatro dias, com a diminuição do número de plaquetas infectadas, a trombocitopenia pode continuar severa ou diminuir de intensidade. 5. Descrever as principais formas de diagnóstico das hemoparasitoses. Erliquiose: Infestação por carrapatos, febre, letargia, anorexia/perda de peso, equimoses e convulsões. Babesiose: Os sintomas variam de acordo com a fase da doença, que podem ser crônica, aguda e hiperaguda. ● Aguda: Febre, hematúria, icterícia, letargia, anorexia, esplenomegalia e anemia hemolítica. ● Hiperaguda: Acidose metabólica, hipóxia, síndrome de resposta inflamatória sistêmica, choque e estase vascular. ● Crônica: Febre intermitente, diminuição do rendimento em cães atletas e diminuição de apetite. Anaplasmose: Os sinais mais comuns são anorexia, letargia, perda de peso e depressão.
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