Buscar

Contrarrazões ao Recurso Inominado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª UNIDADE DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DE FORTALEZA – CE.
Autos nº 3001312-43.2018.8.06.0015
FRANCISCO LUCIANO ALVES MAIA, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado signatártio, ao final subscrito, ADRIANO CAÚLA DA SILVA, Brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/CE nº. 42.626, com endereço profissional, sito a Rua Coronel Jucá, nº 855, Aldeota, Fortaleza – CE, CEP 60.170-320, endereço eletrônico: adrianocaula@yahoo.com.br, onde recebe intimações/citações, nos autos em tela que move em desfavor de ITAÚ UNIBANCO S/A igualmente qualificada, em AÇÃO DE COBRANÇA DE INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA CUMULADA COM DANOS MORAIS vem, tempestivamente e respeitosamente, a presença de Vossa Excelência oferecer
 CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO, interposto, na forma do artigo 42, § 2º da Lei 9.099/95, requerendo, requerendo a remessa dos autos para a superior intância para a manutenção da respeitável sentença recorrida.
Termos em que
 Pede deferimento
Fortaleza 03 de Agosto de 2020
Adriano Caúla da Silva
OAB/CE nº. 42.626
CONTRARRAZÕES DO RECURSO INOMINADO
Autos nº 3001312-43.2018.8.06.0015
2ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de Fortaleza Ceará.
Recorrente: Banco Itaú Inibanco S/A
Recorrido: Francisco Luciano Alves Maia 
EGRÉGIO COLÉGIO RECURSAL
COLENDA TURMA
ÍNCLITOS JULGADORES
	Merece ser mantida integralmente a respetável sentença recorrida, em razão da correta e acertada apreciação das questões de fato e de direito, conforme restará demonstrado ao final.
I - PRELIMINARMENTE: MANUTENÇÃO DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDIDICIÁRIA GRATUITA.
Requer-se, primeiramente reiterar o pedido de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, já exarada na exordial, nos termos dos arts. 2º e 3º da Lei nº 1.060/50, uma vez que a ora Recorrido não goza de condições aptas a custear o presente processo, sem que haja prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família.
II – DA TEMPESTIVIDADE
	De acordo com o disposto no art. 42, § 2º, da Lei 9.099/95, o Recurso Inominado deverá ser respondido no prazo de 10 dias a contar da intimação do recorrido. Assim sendo, considerando que o Recorrido, ainda não foi intimado da referida decisão, tomando conhecimento tão somente por acessos ao site do Poder Judiciário, e, ante mão já antecipando sua referida resposta ao recurso, verifica-se que as CONTRARRAZÕES são tempestivas.
III - BREVE SÍNTESE DA DEMANDA
Como já evidenciado em peça inicial, bem como em replica, o Recorrido é beneficiário de um seguro CARTÃO PROTEGIDO DÉBITO E MULTIPLO que abrange o serviço de roubo/furto, sob o certificado nº1.71.5695524 01, contratado em 25/10/2016, com vigência de 25/10/2016 à 07/11/2018, contratado junto à tal instituição financeira privada, ora figurante, no pólo passivo desta exordial, fato totalmente normal e dentro das expectativas do autor/ consumidor, que pactuou tal serviço com o intuito de sentir-se mais seguro e ver seu patrimônio protegido.
Acontece que, na data de 04/08/2018, por volta das 09:20:00, o Recorrido (consumidor) dirigiu-se para um dos caixas eletrônicos situado na Rua Governador Sampaio próximo ao número 300, nesta cidade de Fortaleza-CE, momento em que efetua dois saques no mesmo instante: (SAQUE 24H 5086 VALOR DE R$1.000,00 e SAQUE 24H 5086 VALOR DE R$ 1.000,00; totalizando assim R$ 2.000,00).
Ocorre Nobres Julgadores que logo na saída o autor foi surpreendido por dois elementos armados com arma de fogo e, nesta ocasião foi obrigado a entregar além do valor “sacado”, o seu cartão de débito utilizado para suas transações diárias em sua conta corrente, bem como sua carteira porta documentos; frise-se, objeto similar ao que determina a Cláusula 5.2.3, apontada pela parte demandada, contendo;: CNH Categoria A/B o mencionado cartão de débito do Banco Itaú, Chave Canivete Codificada, o documento CRLV do veículo de Placas ORT – 3766/CE, comprovante de entrega de exame de tomografia e a quantia de R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais); sendo que R$ 2.000,00 (dois mil reais) referiam-se aos mencionados saques e o restante R$ 3.000,00 (três mil reais) encontravam-se em seu poder para a realização de compras para seu pequeno negócio.
Assim, Excelência, o Recorrido entra em contato imediato com seu banco de relacionamento para que procedesse com o cancelamento do referido cartão, o que de pronto lhe foi atendido, e, neste mesmo momento, entra então em contato com o setor de sinistros e assim procedeu com a abertura do sinistro nº 9.01.71.402555.1.02.
Finalizado todo este procedimento lhes foi ainda explicado que deveria procurar uma delegacia de polícia para proceder com o comunicado do ocorrido à autoridade policial, e, como o autor não estava sentindo-se muito bem e com muito medo e assustado pelo ocorrido decidiu retornar para casa, e, somente no dia 06/08/2018 é que, o mesmo dirigindo-se à uma delegacia de polícia onde comunicou o fato à autoridade competente gerando assim um Boletim de Ocorrência nº 105.4173/2018.
Acontece Nobres Julgadores, que decorrido todo o prazo necessário para o análise do evento, a empresa ré na data de 13/08/2018 comunica ao Recorrido, que a análise do sinistro havia sido realizada e o pagamento seria efetuado em 02 (dois) dias úteis; o que de fato correu; no entanto, totalmente distante ao que de fato foi comunicado ao setor de sinistro; uma vez que, estava envolvido na questão do sinistro, tanto a proteção “roubo/furto após saque”, bem como a proteção “bolsa protegida”, sendo que esta última (bolsa protegida), sequer mencionaram na referida análise, e muito menos efetuaram o pagamento; do contrário houve um pagamento ao Recorrido de apenas R$ 1.534,07 (hum mil quinhentos e trinta e quatro reais e sete centavos), na data de 16/08/2018 conforme demonstrativo em extrato bancário anexado a exordial.
Recebida a ação, designou-se audiência de conciliação, que restou infrutífera, uma vez que a Recorrente não mostrou interesse em compor o litígio. Conclusos os autos, o r. Magistrado julgou parcialmente procedente a demanda, cito:
“Isto posto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE, o que faço por sentença com resolução do mérito, para que surta seus jurídicos e demais efeitos, com fulcro no art. 487, inc. I do CPC/15, condenando a promovida ao pagamento de R$ 3.068,14 (três mil e sessenta e oito reais e quatorze centavos), pelo seguro “Bolsa Protegida”, incidindo acréscimos legais pelo INPC a partir desta data e juros de 1% (um por cento) ao mês a partir da citação (13/09/18).”
Assim sendo, justa e equânime foi a decisão do r. Magistrado da instância “A QUO”, vez que percebe-se haver correta apreciação das questões de fato e de direito
IV – DO DIREITO
Neste sentido, merece ser mantida em todos os seus termos a respeitável sentença, uma vez que o Recorrente, não só ofendeu como descumpriu normas e legislações preexistentes: causando dano ao direito do Recorrido; e, existindo em larga escala de evidências o nexo de causalidade entre um e outro como se pode observar o que a seguir passa a expor.
IV.1. Da Ilegitimidade Passiva do Recorrente
Desde sua apresentação de defesa que a recorrente insiste em alegar sua ilegitimidade passiva, e, transcrevendo, artigos da legislação processual civil, que em seu favor não surge nenhum embasamento pertinente, mas, tão somente com o intuito de eximir-se de suas responsabilidades perfeitamente óbvias, bem como PROTELAR o referido processo . Senão vejamos: 
“O pleito autoral não cabe em face do Itaú Unibanco, tendo em vista que este em nada concorreu para qualquer dos fatos alegados pelo recorrido, porque o que se discute neste processo é seguro e o pagamento de indenização securitária. A causa de pedir se volve e se articula em face de contrato de seguro. Logo, a matéria aqui discutida é eminentemente securitária, e não bancária.
A suposta negativa securitária alegada na exordial tem a ver diretamente com o contrato de seguro, não havendo qualquer reclamação em relação a matéria bancária. Logo, pugna-sepela exclusão do Itaú Unibanco do polo passivo, nos moldes do art. 485, VI do CPC.”
Observa-se neste contexto, acima transcrito, que a Recorrente Alega não ser Ela possuidora necessária e imprescindível de legitimidade para figurar no pólo passivo da referida relação processual, bem como não deter a titularidade do interesse oposto ao da parte Recorrida. Mister se faz, clarividenciar aqui de que o ITAÚ UNIBANCO S/A e ITAÚ SEGUROS S/A são instituições que se confundem, mesmo porque, toda relação negocial, se deu e se dá entre a Recorrido e o Recorrente.
 
Ora, Nobres Doutos Julgadores, se não é a parte Recorrente a “peça mestra” que tem todo o controle, frise-se, administrativo, financeiro dentre outros com ramos de prestação de serviços distinto ao seu objeto principal de atividade (bancária), como: “Itaú Seguros S/A, Consórcios Itaú, Seguros Autos dentre muitos outros, cite-se, todos geridos e mantidos sob a ordem e dependência desta grupo financeiro (Itaú Unibanco S/A),  quem seria então esta empresa que deveria compor este pólo passivo em discussão?  Visto que como já demonstrado anteriormente, a relação contratual se deu entre o ora Recorrido e a ora Recorrente. Isso é fato.
 	De outro modo, em complementação a tal argüição, fica a parte Ré incumbida de indicar quem, em seu entender, é que deve ocupar a posição de legitimado em seu lugar no pólo passivo da relação jurídica discutida, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenização ao autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. 
Conforme prescreve o artigo 339 do Novo Código de Processo Civil: 
Art. 339 – “Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação”  
Hipótese não atendida pela parte Recorrente. Mas, antes, tenta a mesma, desvirtuar a legislação pertinente (NCPC) à seu bel prazer como forma de esquivar-se de suas responsabilidades; com fito tão somente de PROTELAR o referido processo; quando a mesma alude que tal situação seria pressuposto a extinção do processo sem julgamento de mérito, o que não condiz com o entendimento do NCPC: 
Art. 339 - § 1º o autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do artigo 338. 
       § 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu. 
Como se observa o mencionado dispositivo não traz tal possibilidade arguida pela parte Recorrente, só deixando mais clarividente como a parte Requerida tenta o tempo todo desvirtuar a verdade dos fatos, com o simples intuito de ludibriar a Justiça brasileira, e ficar impune a ponto de perpetuar suas práticas lesáveis aos seus consumidores. 
Deste modo, Nobres Julgadores tal alegaçõe não tem sustentabilidade, muito menos se funda em nenhum parâmetro concreto, visto se está diante de uma lide contratual, que se firmou entre o Recorrente (ITAÚ UNIBANCO S/A – ID 8889650) e o Recorrido (Francisco Luciano Alves Maia), se não, vejamos:
Deste Modo, Excelências, o alegado de ilegitimidade passiva não se sustenta em virtude de todas as provas documentais já anexadas na peça inicial por parte do Recorrido, o que, frise-se, foram suficientemente convincentes e probatórias para a decisão louvável deste respeitável juízo sentenciante “A Quo”, não havendo, portanto, no que se cogitar dúvidas quanto ao que foi pactuado integralmente, e, sem quaisquer vícios com o ora Recorrente.
IV. 2. Da inexistência de cobertura para a rubrica de bolsa protegida
Quanto à questão de não haver cobertura de bolsa protegida, observa-se mais uma malograda alegação de defesa totalmente sem nexo e fundamentos, visto que isso está, previsto e caracterizado no referido contrato pactuado pelas partes; (documentos anexados na exordial). 
IV.3. Da Manutenção da Inversão do Ônus Probatório
Em outra linha de arguição a parte Recorrente pretende a reversão do ônus probatório, o que não se pode porsperar, visto ser necessário a inversão do ônus da prova em favor do Recorrido, já que este figura como elo fraco na relação processual, nos termos do art. 6º do CDC, vejamos: 
“O CDC permite a inversão do ônus da prova em favor do consumidor sempre que for ou hipossuficiente, ou verossímil sua alegação. Trata-se de aplicação do princípio constitucional da isonomia, pois o consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca e vulnerável na relação de consumo (CDC 4º I), tem de ser tratado de forma diferente, a fim de que seja alcançada a igualdade real entre os partícipes da relação de consumo.” (NERY JR, Nelson. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Processual Extravagante em Vigor, RT, 3ª ed., p. 1354). 
Ante tudo o que foi apresentado na peça exordial pela parte Recorrida, seria devido a parte Recorrente mostrar provas que pudessem rechaçar as alegaçar as alegações iniciais do Recorrido, isto é, ciência inequívoca do consumidor no que diz respeito as especificações da cobertura “bolsa protegida”, visto se está diante de empresa de grande pontecialidade, e, portanto com inúmeras possibilidades de apresentação de informações consistentes acerca da matéria; conforme bem mencionou o r. Juiz sentenciante. 
Mas, a Recorrente redundou-se tão somente em afirmar que o Recorrido não teria direito ao seguro “bolsa protegida” pelo simples e singelo fato de que no ato do roubo não estava com uma bolsa. E, conforme proferido na sentença o r. Magistrado deixa claro quando afirma: “Registre-se que a carteira do promovente foi subtraída pelo “meliantes”, podendo ser considerada bolsa para os fins de definição pessoal”. 
Deste modo, Nobres Julgadores, encontramos numa seara de vulnerabilidade da parte Recorrida, pois, não detêm todos os documentos necessários para realizar a sua defesa necessária; e de outro modo, a Recorrente teria e tem potencialidade para sanar as dúvidas acerca da ciência inequívoca da contratação e de seus termos excludentes. 
Nesta diapasão, não há nenhuma dúvida que o caso em tela versa numa trilha de uma prestação de serviço falha e lesiva aos direitos dos consumidores, onde a Lei 8.078/90, em seu artigo 14, indica de forma clara a aplicação do instituto da responsabilidade objetiva aos fornecedores de serviços por danos causados aos consumidores, tal como no caso dos autos, vejamos: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
	Isto posto, deve-se ainda observância o Princípio da Vulnerabilidade, aquele que estabelece que o consumidor merece, em primeiro plano, ser considerado como parte mais débil da relação jurídica material. Ou seja, trata-se de um “sujeito concreto vulnerável”. A Lei nº. 8.078/90 frangrantemente tem o condão de proteção ao consumidor. Assim, havendo essa proteção direcionada a este, o princípio da isonomia resta observado, uma vez que outrora o Recorrente encontra-se numa posição de superioridade frente ao Recorrido.
	Imperioso se faz ainda, o princípio da hipossuficiência, o qual afirma que o consumidor hipossuficiente é todo aquele que possui uma debilidade processual, ou seja, aquele que encontra dificuldade em comprovar seus direitos. 
Neste sentido, o Recorrido além de já ser vulnerável, também se amolda a hipossuficiência frente ao Recorrente. Devendo este comprovar e rechaçar os direito do Recorrido; o que , frise-se não o fez durante todo o processo.
V. DOS PEDIDOS SUBSIDIARIO
Alega ainda a parte Recorrente da necessidade de averiguação dos limites da apólice, o que na verdade, o referido valor proferido pelo r. Juizo sentenciante, se deu com base na apólice, não tendo portanto, nada que venhaser desabonadora ao valor lá estipulado. 
E dentro deste contexto observa-se uma total discrepância do que de fato a parte Requerida que alegar, visto que, ora alega a inexistências de cobertura para a referida proteção, logo em seguida se contradiz e traz a baila, toda evidencia de que de fato a cobertura existe sim, e por sinal, ainda ajuda na comprovoção dos fatos alegados pela ora Recorrido, se não vejamos:
“3.2. Da inexistência de cobertura para a rubrica de bolsa protegida
 Conforme consignado alhures, a apólice do segurado prevê cobertura para bolsa protegida no valor máximo de R$ 3.068,14:" 
Este foi o exato valor que o r. Juíz sentenciante, determinou, porque então pedir revisão de valores? Decerto a parte Recorrente não sabe bem o que pretende. 
VI. 4. Da Arguição de Impugnação de Documentos de Identidade (CNH)
E continua, com suas arguições infundadas e sem nexos quando afirma que o documento de identidade (CNH). Anexada ao processo se trata do mesmo documento que foi fruto do roubo, tentando desvirtuar a verdade dos fatos e imputar um crime penal à pessoa do Recorrido, e., tal questão ja ficou mais que evidencia em peça de réplica, quando a oarte autora da incial mostra que tal documento anexado não é o mesmo anexado ao processo, e, mesmo se fosse não haveria que trilhar na seará da dúvida, visto que facilmente se é possivel manter cópias de documentos originais guardados, seja de forma física (papel) ou digitalizada. 
Alega ainda que o Recorrido não faz jus ao direito peticionado, qual seja o seguro “bolsa protegida” simplismente porque no momento do evento roubo não estava com uma bolsa. 
Ora Nobres Julgadores, como bem prolatou o r. Juiz sentenciante a carteira do Recorrido foi subtraída pelo “meliantes”, podendo ser considerada bolsa para os fins de definição pessoal. 
V. 1. Da Aplicação da taxa SELIC
Alega ainda de forma infundada e nao pertinente ao caso em tela a não aplicabilidade das correções devidas aos valores condenatórios da sentença, apresentando jurisprudências e julgados que em nada se funda ao que se pretende a parte Ré. 
E, assim prossegue com diverssas arguições sem base legal de sustentabilidade tentando tão somente induzir ao erro a justica brasileira, bem como eximir-se da referida responsabiliade e o que é mais agravante, PROTELAR o processo.
Reforça-se mais uma vez de que a manutenção da r. Sentença é de suma importância , vez que se visa o desestímulo do Recorrente em continuar praticando tais condutas lesivas aos seus consumidores.
Como restou evidenciado em todo o teor dessa peça de Contrarrazões a parte Recorrente, descumpre totalmente o que determina o artigo 79 do CPC/15; o qual determina que: aquele que intervir no processo em litigância de má-fé responderá pelos danos que causar a outrem, do mesmo modo fere ainda o artigo 80, inciso VII da mesma legislação Processual Civil, quando interpõem um recurso meramente protelatório, visto, a Recorrente está ciente que em nada se sustentam suas alegações infundadas, e, portanto, sem quaisquer pressupostos legais de embasamento.
Partindo desta premissa, e levando em consideração o ideário de processo cooperativo e informado pela boa-fé Código de Processo Civil em seus artigos 5º e 6º, as partes e seus procuradores tem o devber de agir com lealdade.
A litigância de má-fe se configura quando a parte deduzor defesa contra texto expresso de lei ou fato incontrovefrso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; provocar incidentes manifestamente infundados ou, ainda, interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
VI – DO PEDIDO
Ante todo o exposto, requer dessa Egrégia Turma Recursal que:
1 – Seja mantida a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, já exarada na exordial, nos termos dos arts. 2º e 3º da Lei nº 1.060/50, uma vez que a ora Recorrido não goza de condições aptas a custear o presente processo, sem que haja prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família.
2 – Receba essa peça de Contrarrazões e negue provimento ao recurso Inominado interposto pelo Recorrente Itaú Unibanco S/A e que seja mantida a respeitável sentença do Juiz de primeiro grau em todos os seu termos, como forma de inteira justiça, caráter inibitório de condutas lesivas e caráter também pedagógico.
3 – Multa idenizatória em favor do Recorrido, em detrimento de litigância de má-fé, configurada pela interposição do referido Recurso meramente protelatório, a ser arbitrata conforme o entendimento desta Egrégia Tuirma Recursal.
4 - Requer ainda, condenação da Recorrente em honorários advocatício e sucumbenciais em 20% sobre o valor da condenação.
Termos em que 
Pede deferimento
Fortaleza 03 de Agosto de 2020
ADRIANO CAÚLA DA SILVA
OAB/CE nº. 42.626

Continue navegando