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Resenha Crítica de Gerenciamento de Riscos

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Mário Augusto Dória Luz Júnior 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gerenciamento de Riscos 
 Tutor: Prof. Marcio Vicente 
 
 
Salvador 
2020 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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GERENCIAMENTO DE RISCOS DE ACIDENTES EM UMA EMPRESA DE 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Referência: 
Emerson Cláudio Silva, Ualison Rébula de Oliveira. Gerenciamento de Riscos de 
Acidentes em uma Empresa de Construção Civil. XI Congresso Nacional de 
Excelência em Gestão. 13 e 14 de agosto de 2015. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A segurança do trabalho é um conjunto de normas, ações, atividades e 
medidas preventivas destinadas à melhoria do ambiente de trabalho, prevenção de 
ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e proteção à 
integridade e capacidade do trabalhador. A NR-1 estabelece que as Normas 
Regulamentadoras (NR’s), pertinentes à Saúde e Segurança do Trabalho (SST), 
sejam exigidas para todas as empresas públicas e privadas, desde que possuam 
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As NR’s de 
Segurança, Higiene e Saúde foram promulgadas em 08 de junho de 1978, através 
da Portaria 3.214 e presentemente existem 36 NR’s vigentes no Brasil. Acidente de 
trabalho, conforme dispõe o Artigo 19 da Lei nº 8.213/91, é o que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. 
O texto em epígrafe, com ênfase na Gestão de Riscos e Crise, e 
disponibilizado para análise e interpretação discorre sobre a classificação e 
categorização das causas básicas dos acidentes de trabalho sucedidos entre os 
anos de 2011 e 2014, numa determinada empresa de construção e montagem 
eletromecânica, localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro. No período 
mencionado, logo no início do processo produtivo, foi observado um número 
 
 
 
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expressivo de acidentes com os colaboradores e no decorrer do tempo, este índice 
caiu teve uma redução significativa, após sofrer uma reestruturação na organização 
por meio de pesquisas descritivas, onde possibilitou observar explanar informações 
devido a análises de investigações de acidentes, através da Comunicação de 
Acidentes do Trabalho (CAT). Neste processo de melhoria contínua, algumas 
técnicas de gerenciamento de riscos reversos e complementares foram utilizadas, 
permitindo uma classificação mais assertiva dos mesmos, conforme a relevância 
necessária a ser emprega em cada caso. 
2 ANÁLISE CRÍTICA DO CASO 
A indústria da construção civil é reconhecida em todo mundo como uma das 
atividades laborais mais perigosas, especialmente pelos acidentes do trabalho fatais 
que apresenta. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a 
cada ano ocorrem 60 mil acidentes do trabalho fatais na indústria da construção civil, 
com a estatística impressionante de uma morte a cada 10 minutos. A NR-18 (Norma 
Regulamentadora), que trata das condições de segurança e saúde no trabalho na 
indústria da construção, por sua vez, estabelece diretrizes de ordem administrativa, 
de planejamento e de organização que objetivam a implantação de medidas de 
controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no 
ambiente de trabalho. 
As abordagens sobre investigações de acidentes de trabalho têm se mostrado 
cada vez menos eficiente, sendo que a mesma tem apenas um pequeno papel de 
controle pelas empresas dos acidentes relatados, ao invés de um efetivo 
gerenciamento de riscos no processo. Segundo Zocchio (2001), acidentes de 
trabalho são eventos anormais e indesejáveis, que acontecem durante a execução 
da função do colaborador e o impede de dar continuidade as suas atividades 
laborais. Onde ocorre tal fato, prejudica outras tarefas e causa danos à saúde e 
integridades físicas desses colaboradores. Conforme Diniz (2007), o acidente de 
trabalho é um resultado danoso, oriundo da realização do trabalho, que por sua vez, 
ocasiona ao empregado, direta ou indiretamente, danos físicos, perturbações de sua 
função, perda total ou parcial da capacidade do trabalhador desempenhar suas 
 
 
 
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atividades, podendo ser a mesma temporária ou permanente, e até mesmo doenças 
que causem a morte do colaborador. 
A empresa de construção e montagem eletromecânica levada em consideração 
para o estudo de caso, na época referida acima, após algumas análises, optou por 
mapear e detalhar o tão famoso “processo”, que de acordo com Tseng et al., o 
mapeamento necessita ser um procedimento que apresente dados graficamente, 
onde possibilite delinear os processos de maneira gradativa e controlada, redigindo-
os descritivamente e priorizando diligência nas interfaces do mapa do processo. 
Logo, foi definido que seria utilizado um fluxograma, pois o mesmo atenderia de 
maneira eficiente as características desejadas. A partir disso, os métodos FMEA 
(Failure Mode and Effect Analysis) e Análise de Pareto foram escolhidos para 
fazerem parte dessa Gestão. Basicamente, o FMEA tem por objetivo identificar, 
delimitar e descrever as não conformidades geradas pelo processo e seus efeitos e 
causas, para através de ações de prevenção, permitir diminuí-los ou eliminá-los. Já 
a Análise de Pareto ou mais conhecido como Diagrama de Pareto, é um recurso 
usado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas que devem ser 
sanadas, ou seja, tem por objetivo compreender a relação entre ação e benefício, 
sempre priorizando a ação que trará melhor resultado. 
Resumidamente, o FMEA seria utilizado a partir dos dados dos acidentes, ou 
seja, do efeito. Sendo assim, os modos de falhas não seriam utilizados, e sim os 
motivos que originou a falha. No caso da pesquisa realizada, foi adotado que as 
falhas são iguais a acidentes do trabalho com e sem afastamento. Por outro lado, o 
Método de Pareto, seria utilizado para mensurar e mostrar, em um gráfico, os 
subsetores que mais ocorreram acidentes, e em outro gráfico, as causas básicas 
que mais contribuíram para a ocorrência de acidentes no período investigado. 
Porém, independente da metodologia implantada, a conscientização das equipes é 
fundamental para as construtoras, que tem como papel principal, incentivar 
programas e cursos de qualificação voltados para o setor de segurança, dando 
orientação sobre as normas e motivando seus colaborados a adotarem novas 
posturas dentro do ambiente de trabalho. 
 
 
 
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante do exposto, a aplicação das respectivas técnicas de gerenciamento de 
riscos de maneira complementar e reversa, proporcionaram a identificação eficaz de 
setores críticos, orientando e direcionando novas medidas de controle atreladas às 
causas básicas, destacando o mapeamento do processo juntamente com o 
fluxograma, que interligados, possibilitaram demonstrar um sequenciamento das 
ações preventivas a fim de mitigar as falhas e eliminar acidentes de trabalho 
extraordinários. De forma geral, os métodos criam e agilizam a concepção do 
projeto, oferecem uma comunicação visual, ideias, informações e dados, ajudam a 
identificar e solucionar problemas e nas tomadas de decisões, criando possíveis 
soluções para eles, de maneira rápida e econômica, além de demonstrar os 
processos do início ao fim, em etapas e com simbologias de fácil entendimento. Por 
fim, todos os métodos de gestão de riscos são eficientes, desde que seja elaborado 
por um profissional que seja familiarizado com as atividades do mesmo, pois o 
contrário disso, pode prejudicar diretamente ambas etapas do processo, criando 
obstáculos para a operação e manutenção. Logo, o ideal seria a aplicação do 
método duas vezes ou mais, para que afaste possíveis dúvidase muito menos leve 
a induzir erros involuntários.

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