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Os ObjetivOs de desenvOlvimentO 
sustentável e as entidades FiscalizadOras 
superiOres
Princípios e meios de implementação: 
o papel dos governos na Agenda 2030
2
© Copyright 2018, Tribunal de Contas da União
www.tcu.gov.br
RESPONSABILIDADE E AUTORIA DESTE CONTEÚDO
Tribunal de Contas da União do Brasil, Secretaria Geral da Presidência Instituto Serzedello 
Corrêa
AUTORA DO CONTEÚDO
Paula Hebling Dutra
3
Capítulo I: Introdução
• Introdução à aula 
• Objetivos de aprendizagem
Capítulo II: Temas da unidade
• Os objetivos de desenvolvimento sustentável
• Meio de implementação
• Grande Aliança Mundial: Abordagem Multissetorial
• Políticas públicas integradas para o desenvolvimento sustentável
Capítulo III: Resumo da unidade
• Repassemos o visto...
• Encerramento
Índice de cOnteúdO
4
1.1 intrOduçãO à aula 
Bem vindos a esta aula
Nesta segunda classe estudaremos o marco de resultados da Agenda 2030
e os meios de implementação realizados pela Grande Aliança Mundial.
Porém antes de começar a indagar mais, vamos ver quais destaques trabalharemos nesta aula:
Vamos conhecer quais são os objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Conheceremos também quais são os meios de implementação.
Estudaremos conceitos da Grande Aliança Mundial com o Enfoque de múltiplos atores.
E por último, trabalharemos com as diferentes políticas públicas integradas para o desenvolvimento 
sustentável. 
Transcrição do áudio da tela: 
5
1.2 ObjetivOs de aprendizagem
2.1 1. Os ObjetivOs de desenvOlvimentO sustentável
O que você pode conseguir com esta aula?
Un marco de resultados
Conhecer os objetivos e metas 
conhecidos como Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável 
(ODS).
A
Compreender o que são os 
meios de implementação da 
Agenda 2030.
B
Discutir os desafios que os 
governos enfrentam para a 
implementação de políticas 
integradas que levam ao 
Desenvolvimento Sustentável.
D
Identificar os atores envolvidos 
na implementação dos 
compromissos da Agenda 203
C
Nesta unidade vamos trabalhar para conseguir os seguintes objetivos... 
Transcrição do áudio da tela: 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estruturam-se como um marco de resultados.
 
Para sua consecução, se estabeleceram metas para ajudar a alcançá-los. Desta forma, se as metas nos ajudam a obter 
os objetivos específicos, por sua vez estes nos levam a obter o objetivo maior do “Desenvolvimento Sustentável”.
A Agenda 2030 inclui 17 objetivos e 169 metas. Estes objetivos seguem os princípios no que se baseia a Agenda 2030.
6
2.1 1. Os ObjetivOs de desenvOlvimentO sustentável
2.2 2. meiO de implementaçãO
O que são os meios de implementação?
Quais podem ser os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e porque se colocam?
Se refletimos sobre esta pergunta, descobrimos que os ODS se colocam para poder calcular em 
que medida os estamos conseguindo, e se conseguimos alcançar todos estes objetivos,
estaremos contribuindo na implantação da Agenda 2030. 
Transcrição do áudio da tela: 
A Agenda 2030 contem diversos elementos:
Visão e Princípios, que estão refletidos na 
Declaração
Marco de Resultados, são estes os objetivos e 
metas conhecidos como Objetivos de Desen-
volvimento Sustentável
A estratégia de implementação, que envolve 
uma aliança global e os chamados “Meios de 
Implementação”
Marco de seguimento e exame.
Agenda de Ação de Addis Abeba 
Também é parte integral dos meios de implementação da Agen-
da 2030, o documento final da terceira Conferência Internacio-
nal sobre o Financiamento para o Desenvolvimento: “Agenda 
de Ação de Addis Abeba”.
Neste documento os países membros da ONU comprome-
tem-se com um novo marco global para financiar o Desenvolvi-
mento Sustentável através do alinhamento das fontes de finan-
ciamento com prioridades econômicas, sociais e ambientais.
Os meios de implementação são metas específicas para alcançar os compromissos assumidos. 
 
Os meios de implementação estão mostrados no objetivo 17 da Agenda 2030 ("Alianças para obter os objetivos"), 
e suas metas, e em todas aquelas metas que fazem parte dos 16 objetivos restantes e que estão sinalizados com 
letras no lugar de números. Vejamos um exemplo:
Dentro do objetivo 10, "Redução das desigualdades", também encontramos dez metas no total: 10.1, 10.2, 10.3, 
10.4, 10.5, 10.6, 10.7 e, trás estes sete primeiros pontos, aparecem 10.a, 10.b e 10.c. Estes últimos estão sinaliza-
dos com letras no lugar de números. 10.a, 10.b e 10.c são meios de implementação.
Em 10.b, por exemplo, vemos claramente uma estratégia definida para alcançar o objetivo 10, "Redução das des-
igualdades":
“Fomentar a assistência oficial para o Desenvolvimento e as correntes financeiras, incluindo o investimento estran-
geiro direto, para os Estados com maiores necessidades, em particular os países menos adiantados, os países 
africanos, os pequenos Estados insulares em Desenvolvimento e os países em Desenvolvimento sem litoral, em 
consonância com seus planos e programas nacionais”. 
 Lembro que...
7
2.2 2. meiO de implementaçãO - agenda de açãO de addis abeba
Se você quiser saber mais sobre a Agenda de Ação de Addis Abeba, o convidamos 
visitar a página da ONU dedicada a este documento.
Para saber mais... http://www.un.org/es/comun/docs/?symbol=A/RES/69/313
As chaves da Agenda de Ação de Addis Abeba
Uma parte importante da estratégia de implemen-
tação da Agenda 2030 é à mobilização de diversos 
atores: a iniciativa privada, sociedade civil e gover-
nos, entre outros. a Agenda 2030, e mais especifica-
mente o Objetivo 17, convoca a todos estes atores 
para implementar os compromissos e objetivos atra-
vés de uma grande aliança mundial. Agora conhece-
remos através deste vídeo os 10 pontos chave desta 
Agenda:
 É importante sinalizar que a Agenda de Ação de Addis Abeba ressalta a importância das EFS no paragrafo 30:
“Fortaleceremos os mecanismos de controle nacional, como as entidades fiscalizadoras superiores, junto com ou-
tras instituições independentes de supervisão, segundo seja necessário ”
Para a realização destes pontos, a Agenda 2030 ressalta o papel fundamental que cada país deve cumprir e sinaliza 
que:
“Cada país é o principal responsável do seu próprio Desenvolvimento Econômico e Social”. Na nova Agenda se 
indica os meios necessários para implementar os objetivos e as metas. Reconhecemos também que esses meios 
inclui a mobilização de recursos financeiros, assim como a criação de capacidade e da transferência para os países 
em Desenvolvimento de tecnologias ecologicamente racionais em condições favoráveis, inclusive em condições 
concessionárias e preferenciais, estabelecidas de mutuo acordo.
O financiamento público, tanto a nível nacional como internacional, é vital para proporcionar serviços essências e 
bens públicos, catalisar outras fontes de financiamento. Reconhecemos o papel que desempenharam na implemen-
tação da nova Agenda os diversos integrantes do setor privado, desde as microempresas e as cooperativas até as 
multinacionais, e a função das organizações da sociedade civil e as organizações filantrópicas.”
Como já vimos antes, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável incluem 17 objetivos e 169 
metas. Além do mais, a Agenda 2030 também contém metas específicas que assinalam caminhos 
para conseguir os objetivos. Este tipo de metas se denominam meios de implementação.
Vejamos os meios de implementação com mais detalhe. 
Transcrição do áudio da tela: 
Os pontos chaves
A importância das EFS
O papel de cada país
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Sociedade Civil
Participação
2.3 3. grande aliança mundial: abOrdagem multissetOrial 
Múltiplos atores
A variedade das partes interessadas vai desde 
as empresas, universidades, científicos, autori-
dades locais até as Organizações da Sociedade 
Civil (OSC).
Neste sentido, os cidadãos atuarão como sócios que 
ajudarão a transformar a visão do Desenvolvimento 
Sustentável, numa realidade.
Nas negociações do Desenvolvimento Sustentável mos-
trou-se o papel dos atores não estatais e foi a partir da 
Cúpulada Terra quando foram criados os grupos prin-
cipais. Do mesmo modo que depois a Conferência o 
Rio+20 procedeu-se à inclusão de outras partes interes-
sadas.
Uma vez mencionado diferentes partes interessadas, 
podemos dizer que os principais atores da Aliança Mun-
dial são a Sociedade Civil, o Setor Privado, e por último, 
o Governo.
A sociedade civil desempenha um papel importante de promoção e mediação no Desenvolvimento 
de Políticas, posto que identificam as prioridades mais críticas de Desenvolvimento. 
• Sugerem soluções práticas.
• Proporcionam diálogo crítico em torno às políticas impraticáveis ou problemáticas.
A sociedade civil permite que as pessoas participem ativamente na conquista dos objetivos de 
Desenvolvimento em nível local e nacional. Este compromisso: 
• Reforça a propriedade. 
• Ajuda a enfrentar os desafios de uma maneira sustentável.
• Maior participação.
Os debates intergovernamentais, sobre o financiamento para o Desenvolvimento, tam-
bém tem envolvido a sociedade civil e as empresas desde o processo de Monterrey. 
Estas partes podem desempenhar uma serie de funções diferentes, de forma individual e 
conjuntamente, através de alianças de múltiplos atores.
Debates intergovernamentais
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2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
Uma maior participação dos cidadãos na definição de prioridades e políticas locais, 
contribuirá para uma maior participação, compromisso e, como consequência, uma 
aplicação mais efetiva da Agenda 2030. 
Maior participação
Diálogos
Os diálogos do Grupo das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDG em inglês) 
mostraram que as pessoas acreditam que a participação, a inclusão e o fortalecimento das 
capacidades e das associações serão fundamentais para adaptar o programa às necessi-
dades locais e sua aplicação no âmbito local. 
Sócios
Como a Agenda 2030 está centrada nas pessoas, os diálogos mostram que as pessoas 
desejam ser sócios de pleno direito na implementação de uma agenda que afeta direta-
mente a suas vidas.
Orçamento Participativo
O orçamento participativo é um exemplo dos modelos de governança participativa que 
estão sendo utilizados no âmbito local. Sua origem vem de Porto Alegre, Brasil, e agora 
está se utilizando nas cidades e em vários outros países como o Reino Unido, Espanha, 
Argentina, Estados Unidos, etc.
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2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
No contexto do processo de Desenvolvimento Sustentável a nível mundial, a sociedade civil tem participado na de-
finição das prioridades e estratégias de implementação através dos grupos principais e outras partes interessadas.
Os principais grupos são de constituintes setoriais, que foram identificados pela primeira vez na Agenda 21 da 
Cúpula da Terra do Rio de 1992..
O resultado do Rio +20 “O futuro que queremos” reconheceu as contribuições dos grupos principais e aprofun-
dou no conceito para incluir “outras partes interessadas, incluídas nas comunidades locais, grupos de voluntários 
e as fundações, os migrantes e suas famílias, assim como as pessoas maiores e as pessoas com discapacidade”.
A Agenda 21 reconheceu as contribuições dos nove grupos principais, como vital para a conse-
cução de um Desenvolvimento Sustentável.
Estes grupos são os seguintes:
1. Mulheres
2. Crianças e jovens
3. Povos indígenas
4. Organizações não governamentais
5. Autoridades locais
6. Sindicatos e Comércio 
7. Negócios e Indústria
8. Ciência e Comunidade Tecnológica
9. Agricultores
Cada um dos nove grupos principais, compreendem dezenas de centenas de organizações. Para facilitar a coor-
denação de sua circunscrição e o compromisso com os processos intergovernamentais, cada um dos grupos prin-
cipais designa um número de “Sócios na Organização” que atuam como enlace entre o eleitorado e a ONU. 
A resolução 67/290 da Assembleia Geral sobre o “Forma-
to de Organização e aspectos do foro político de alto nível 
sobre o Desenvolvimento sustentável” estabelece modali-
dades ambiciosas para envolver os grupos principais 
no processo do foro, inclusive através de documentos de 
posição, panelistas, oradores do debate geral e reuniões do 
Presidente do ECOSOC com os grupos principais e outras 
partes interessadas antes e durante o foro.
Debates intergovernamentais
Resolução 67/290
Mulheres
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2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
O compromisso dos cidadãos e fundamental para garantir que os governos locais e nacionais ren-
dam contas a seu eleitorado e, as Organizações da Sociedade Civil (OSC), podem jogar um papel 
importante na promoção deste compromisso. 
Recentemente, o uso das novas tecnologias tem contribuído na posta em marcha de uma serie de iniciativas 
de retroalimentação, eficazes para a governança responsável e a prestação de serviços. Estas iniciativas ajudam 
a incorporar a voz dos cidadãos na política local e nacional e/ou na prestação de serviços, permitindo que os cida-
dãos proporcionem informação a seus governos locais em quanto à qualidade dos serviços públicos. 
1. O seguimento e a rendição de contas participativas
As OSC já estão participando ativamente no âmbito da 
comunidade e tem a capacidade de atuar como um me-
canismo para a recopilação de dados, eficaz. Inclusi-
ve, podem ter conjuntos de dados significativos para a 
área onde trabalham. No entanto, com frequência não 
possuem estruturas de recolecção sólidas ou coerentes 
e os dados são informais e sem processar.
Se a capacidade das OSC melhora, estas serviriam 
como uma ferramenta eficaz para a recopilação de da-
dos nas áreas e setores das sociedades onde os me-
canismos estatais não podem chegar. Isto tem especial 
importância para os grupos marginados e vulneráveis.
Capacidade das OSC
Exemplos
Os exemplos de países onde se utiliza 
este tipo de iniciativa são Kenya, 
Filipinas e a India. Se requer dados 
abertos que permitam aos cidadãos 
avaliar o trabalho de seus governos. 
O compromisso dos cidadãos também 
pode ajudar a garantir que as empresas 
sejam responsáveis do impacto social 
e ambiental de suas atividades.
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2. Promoção (Advocacy)
3. A prestação de serviços
2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
As OSC tradicionalmente desempenham um importante papel de promoção para mostrar as de-
mandas e informar sobre as possíveis soluções tanto frente aos governos eleitos como com os 
cidadãos. A promoção é fundamental para garantir que os desafios que enfrentam os cidadãos, 
em geral, e os grupos vulneráveis, em particular, continuem sendo o centro da atenção política.
As Organizações da Sociedade Civil (OSC), também, prestam seus serviços aos grupos e pessoas 
nos que os mecanismos estatais encontram dificuldades para alcançá-los. Normalmente são os 
mais pobres, nos países menos desenvolvidos.
As OSC em muitos países em Desenvolvimento já estão proporcionando um serviço de qualidade em setores 
como saúde, com grande alcance dentro das comunidades.
O relatório do Pacto Mundial das Nações Unidas (PMNU) onde fala sobre o compromisso de negócios para a 
nova agenda preparada em 2013, com base nas contribuições de milhares de empresas, reconhece que:
"Como principal fonte de atividade econômica do mundo, o negocio está no coração de praticamente qualquer 
melhoria generalizada no nível de vida. Mesmo assim, isto não acontecerá através dos negócios como de costu-
me. A atividade empresarial e o investimento devem ser sustentáveis, entregando valor não somente economica-
mente, mas também em termos sociais, ambientais e éticos."
O setor privado é uma fonte importante de financiamento, experiência e inovação, pode ser o prin-
cipal contribuinte na erradicação da pobreza e na promoção do meio-ambiente
Setor Privado
Exemplos
As comunicações de base e as campanhas de pro-
moção podem ajudar a aumentar a consciência dos 
cidadãos sobre seus direitos ou ajudar a abordar os 
problemas de saúde pública, através, da informação 
sobre a importância do acesso aos serviços de saúde.
Também, a promoção pode ajudar a melhorar a com-
preensãodos desafios ambientais entre a população 
geral e promover uma mudança na mentalidade das 
pessoas, estilos de vida e comportamento individual 
necessário para um Desenvolvimento Ambiental ade-
quado e inclusivo.
Relatório PMNU
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2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
O relatório identifica sete áreas principais para envolver 
mais as empresas a título individual ou coletivamente.
A ação coletiva, inclui a colaboração em co-investimen-
tos. Este é o foco principal de outro relatório do PMNU 
centrado na arquitetura de participação das empresas.
Neste relatório destaca-se o papel das alianças que 
unem a “colegas de negocio” para ampliar esforços.
O relatório distingue entre duas formas prin-
cipais nas que o setor privado pode contribuir 
para a nova agenda:
Evitando fazer dano.
Tomando ações proativas que apoiem os 
avanços em matéria de desenvolvimento 
sustentável através de novos produtos, serviços 
e modelos de negocio. 
Tais ações tem um potencial para abordar as 
duas questões fundamentais: 
As necessidades das pessoas “base da pirâmi-
de” e,
O crescimento verde e a sustentabilidade 
ambiental.
As principais áreas identificadas pelo Pacto Mundial das Nações Unidas (de acordo com o relatório 
PMNU 2013):
1. O movimento de sustentabilidade corporativa precisa ser ampliado para impregnar o mun-
do empresarial. As empresas devem render contas dos impactos sociais, ambientais e so-
bre o cumprimento dos Direitos Humanos, através da divulgação anual, guiada por iniciativas 
de informação de sustentabilidade e normas sólidas. Por exemplo, a iniciativa de Reporte Global. 
2. Os compromissos empresariais responsáveis devem estar alinhados com os ODS. Estende-se a fixação dos 
objetivos corporativos, como também dos marcos de seguimento e avaliação de rendimento corresponden-
te, para conseguir os objetivos relacionados com os ODS. A Iniciativa de Reporte Global, e Pacto Mundial 
e o WBCSD, tem unido suas forças para produzir um guia de aplicação sobre a avaliação do impacto, a 
seleção de KPI e a fixação de objetivos para apoiar as empresas a alinhar suas estratégias com os ODS. 
Áreas de melhoria
Contribuição
Áreas de melhoria
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3. As plataformas com questões globais orientadas para o negocio estão alinhadas com os desafios es-
pecíficos da sustentabilidade. Por exemplo: Cuidando o Clima, da ONU; Energia Sustentável para To-
dos, Mandato para a Água CEO, e Princípios de Empoderamento das Mulheres, a Iniciativa Global de 
Eletricidade do Estado WBDCSD, a Iniciativa contra a Corrupção, o Fórum Econômico Mundial, etc. 
4. Iniciativas do Setor Industrial. Onde os grupos industriais começam a avaliar e quantificar esses im-
pactos sociais e ambientais, assim como, desenvolvem estratégias, diretrizes e metas para seus membros. 
5. Os mecanismos de implementação e redes que facilitam as alianças e a Ação coletiva (ADD, UN GC Partnership 
Hub - uma plataforma online que reúne a diferentes partes interessadas em torno à projetos específicos e soluções). 
6. Redes de sustentabilidade dirigidas por empresas a nível nacional. 
7. Iniciativas nas finanças privadas, incluído o «investimento responsável», as «finanças sustentáveis» e o «in-
vestimento de impacto». Muitos dos investimentos de impacto são instigados pelo setor filantrópico.
O Governo
A pesar da grande importância da participação da sociedade civil e do setor privado, os governos 
desempenham um papel fundamental no cumprimento da Agenda 2030. 
Estes tem uma maior responsabilidade de oferecer resultados e declarar a definição da visão.
A continuação iremos estudar este importante ator sobre quatro diferentes pontos de vista: sua 
contextualização, o papel do governo, a Organização do governo e a Administração Pública.
2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
Os governos foram aqueles que , em última instancia, tomaram o compromisso internacional.
Por tanto, consideram-se responsáveis do cumprimento e da entrega dos resultados esperados 
pela sociedade.
Os ODS apresentam um enorme desafio para os governos nacionais: estes devem ser capazes de manejar os 
problemas cada vez mais complexos num sistema integrado, aludindo para um enfoque sistêmico.
Este enfoque leva em conta as inter-relações entre diferentes áreas, de forma que as soluções implementadas 
apoiem, por sua vez, a outras áreas, no lugar de ter impactos negativos.
Isto significa que os métodos escolhidos para alcançar os objetivos são muito 
importantes, posto que devem considerar esta complexidade e a interdependência, 
o aumento das sinergias e evitar efeitos negativos em outras áreas. Portanto, devem 
buscar diferentes ferramentas e respostas, para a maioria delas, que precisam ser 
construídas.
Para saber mais... 
1. Contextualização
15
Numa pesquisa global chamada “my world”, o meu mun-
do, onde quase 10 milhões de pessoas participaram, 
mostraram-se as prioridades da sociedade. 
Na pesquisa, aparece em quarto lugar, “um governo ho-
nesto e ativo”, antes inclusive de “o acesso a alimentos 
de qualidade” ou a “proteção contra o crime e a violência.”
Esta importância que a sociedade da para o papel do 
governo se reflete no documento da Agenda 2030, no 
paragrafo 63 sobre os meios de implementação:
Nossos esforços se articularam ao redor das estratégias do Desenvolvimento Sustentável, unidas e com titulari-
dade nacional, sustentadas por marcos nacionais de financiamento integrado. Reiteramos que cada país é o prin-
cipal responsável do seu próprio desenvolvimento econômico e social e que reviste suma importância às políticas 
e as estratégias de Desenvolvimento Nacional. Respeitaremos a margem normativa e a liderança de cada país para 
por em prática políticas de erradicação da pobreza e promoção do Desenvolvimento Sustentável, mas sempre de 
forma compatível com as normas e compromissos internacionais pertinentes.
2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
Espera-se que os governos se organizem para 
criar um marco que articule e coordene as estra-
tégias nacionais.
Além de: planejar, executar e supervisar os progra-
mas e as iniciativas relacionadas com os objetivos do 
governo.
E, por último, articular e dialogar com a sociedade, com 
outros atores e com os níveis subnacionais.
Ainda assim, não esperamos que o governo crie ou 
adapte novas instituições, mas que continue fazendo as 
coisas como sempre as fez, ou seja, como de costume, 
somente que com um novo olhar.
A Agenda 2030 apresenta grandes desafios para conse-
guir seus objetivos e, uma importante mudança na forma 
de pensar e executar a política pública.
Para alcançar realmente um Desenvolvimento Sustentável, é necessário um 
enfoque verdadeiramente integrado, quer dizer, superior aos nichos da indústria, 
levando em conta as causas e consequências de uma forma sistêmica.
Importante
Pesquisa
2. Papel do Governo
16
2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
Uma administração pública efetiva é fundamental para conseguir os objetivos de Desenvolvimento 
em qualquer país.
A implementação dos ODS precisa do fortalecimento das capacidades dentro do governo para:
• Identificar e analisar inter-relações, sinergias e trade-offs.
• Visualizar impactos em longo prazo.
• Trabalhar de maneira transversal e além de fronteiras institucionais.
Também, os ODS requerem:
• Um esforço renovado para melhorar a transparência e a accountability das instituições governamentais.
• O apoio nos processos decisórios participativos. 
Do ponto de vista institucional, os governos es-
tão se organizando de muitas formas.
Criando Comitês ou Comissões Interministeriais 
sendo lideradas por Primeiros Ministros ou 
Presidentes.
Adaptando estruturas que já existiam.
Adaptando a estratégia de usar os Ministérios mais 
influentes e transversais, como os Ministérios de 
Finanças para liderar a implementação dos ODS.
Independentemente do arranjo adotado, as instâncias coordenadoras devem ser mais que instâncias consultivas. 
Terão que colaborar e compartilhar as responsabilidadespara a elaboração de políticas integradas.
A integração dos ODS, nas instituições governamentais, precisa reconhecer responsabilidades individuais 
para cada ministério frente aos ODS. E, para isso, uma coordenação ampla é necessária para que a implementação 
não se se realize por compartimentos, por tanto, de forma setorial.
As estratégias nacionais devem envolver os governos locais. Estes encontram-se mais perto do cidadão comum 
e, por, portanto são responsáveis de uma grande quantidade de serviços públicos (situado no centro das preo-
cupações dos ODS).
Além da esfera executiva, os Parlamentos tem um papel crítico na implementação dos ODS através de sua função 
legislativa, orçamentaria e fiscalizadora (papel atribuído as Entidades Fiscalizadoras Superiores).
Estratégias Nacionais
3. Organização do Governo
4. Administração Pública
17
2.3 3. Grande aliança Mundial: Multiplos atores
As metas propostas com o objetivo 1 dentro dos Obje-
tivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), são as se-
guintes:
Meta 1.A
Reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção de 
pessoas com ingressos inferiores a 1,25 dólares por dia.
Meta 1.B
Alcançar o pleno emprego produtivo e um trabalho decente 
para todos, incluindo as mulheres e os jovens.
Meta 1.C
Reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção de 
pessoas que sofrem de fome.
ODM1
Contudo… quem coloca em pratica todos estes caminhos e metas dos quais estamos falando?
Existe uma grande variedade de partes interessadas, não só governos e autoridades locais, mas 
também de cidadãos comuns.
Todos devem ser socios importantes para converter a visão do desenvolvimento sustentável em 
realidade. Vamos conhecer mais sobre o grupo de atores indispensáveis para a implementação da 
Agenda. 
Transcrição do áudio da tela: 
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
Políticas Públicas
• Um umbral global da pobreza não serve para todos os países e não levam em conta as 
pessoas quase pobres.
• As medias com frequência ocultam desigualdades.
• O enfoque da pobreza em uma única dimensão, tal como a renda, não é suficiente.
Atualmente, a renda é somente um aspecto mais da pobreza..
Limitações
A meta deste objetivo chegou 2010, quando a pobreza extrema nos países em Desen-
volvimento diminuiu de um 47% em 1990, para 20% em 2011.
Mesmo assim, mais de 40% das pessoas ainda viviam com menos de 2 dólares diários 
em 2011 e, podiam recair na situação de “extrema” pobreza.
Além do mais, o objetivo dos ODM de redução da pobreza extrema, só foi alcançado à 
escala mundial graças a um enorme progresso realizado pela China. Muitos países de 
baixo ingresso ainda continuam com uma alta incidência de pobreza extrema.
Simultaneamente, a concentração da pobreza no mundo tem passado dos países de 
ingressos baixos para os países de ingressos médios. Como consequência da mu-
dança que sofreram os países de maior população nos seus ingressos.
Resultados
18
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
A pobreza afeta as oportunidades de ter uma boa nu-
trição e saúde, tanto dos pais como das crianças, a uma 
educação de qualidade e ao desenvolvimento de capacida-
des. E, como consequência, nos leva para uma diminuição 
de oportunidades para encontrar um trabalho decente e 
ter um bom ingresso.
O direito a obter recursos econômicos, moradia, proprieda-
de da terra ou outros bens, o acesso a serviços básicos 
(como: água, saneamento, energia, saúde e educação de 
qualidade), constituem fatores essenciais para definir a 
situação de pobreza de uma pessoa
Estes fatores, junto com outros estruturais, tais como: a perda de qualidade do entorno 
natural ou aos serviços ecossistêmicos, podem perpetuar ainda mais a pobreza. Por 
tudo isso, se reconhece que a pobreza é um fenômeno multidimensional.
Para saber mais... 
Os ODS aproveitaram os ensinamentos aprendidos durante os ODM e adotaram um enfoque novo, 
com resultados mais ambiciosos: passar da redução da pobreza para a sua total erradicação. 
Os ODS foram concebidos tratando de abordar os três principais pontos planteados sobre a base dos ODM.
Novo enfoque
ODS1
19
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
ODS10
Os ODS foram desenhados como uma forma de refletir algumas das sinergias e vínculos entre as diferentes esferas 
de objetivos, tanto setoriais (água, energia, educação, etc.) como intersetoriais.
Um enfoque integrado para a promoção de diferentes dimensões do Desenvolvimento sustentável e a coerência 
das políticas entre os diferentes setores representam um principio importante da Agenda 2030 e os ODS.
A integração de políticas; não se trata de superar as políticas setoriais, e sim de complementá-las com uma 
dimensão intersetorial. O desenho do ODS pode ajudar a promover a integração de políticas, colocando em des-
taque os vínculos através de diferentes áreas de objetivos.
Tão importante quanto reconhecer a natureza multidimensional da pobreza é perceber o vínculo entre o ODS1 e 
outros objetivos relacionados com outras dimensões e fatores estruturais da pobreza, sejam estes sociais, econômi-
cos, ambientais ou relacionados com a governança.
Abrange vários aspectos relacionados 
com a promoção da inclusão social, 
econômica e política de todas as 
pessoas, assim como, a garantia de 
igualdade de oportunidades e redução 
da desigualdade dos resultados atra-
vés de mudanças legais e estruturais.
Enfoque integrado
Pontos principais
1. Em primeiro lugar, o ODS1 exige a total erradi-
cação da pobreza extrema e se aplica a países 
desenvolvidos e em desenvolvimento. Também inclui 
uma meta destinada a reduzir, consideravelmente, a 
pobreza nas suas múltiplas dimensões utilizando 
definições nacionais. Isso pode ajudar a resolver a 
pobreza em níveis mais altos de ingresso, em países 
com umbrais mais elevados, além de, enfrentar as 
dimensões específicas da pobreza oportunas às 
circunstâncias de cada país. 
2. Para abordar o problema das medias, a nova agen-
da destaca a necessidade de continuar o progresso 
de diferentes grupos populacionais e centrar-se 
naqueles mais vulneráveis. Além disso, abordam-se 
outros fatores como o ingresso e outros tipos de 
desigualdades no ODS10. 
3. Por último, o ODS1 vai além do enfoque na renda 
e os resultados. Este reclama que tem que se por 
em pratica sistemas para a proteção social e se 
garanta o direito aos recursos econômicos, assim 
como o acesso a serviços, propriedade e controle 
da terra ou outros bens.
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Como podemos observar no exemplo da pobreza, os ODS vão além dos ODM. O objetivo dos ODS é fazer frente 
a diferentes objetivos setoriais de una maneira mais sistêmica.
Por tanto, o enfoque estende-se ao acesso à construção da infraestrutura, o capital humano e sua capacidade, a 
acessibilidade, a qualidade e a igualdade. Para garantir que ninguém fique para trás e reconhecendo os vínculos 
com outros setores.
As análises realizado pelo D. Le Blanc, um especialista do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações 
Unidas (ONU-DAES), sugere que os objetivos e metas propostos podem ser vistos como uma rede com vínculos ex-
plícitos entre os objetivos, através de suas metas (ONU-DAES, 2015).
Isto demonstra que mais da metade das metas dos ODS fazem referência explícita a, ao menos, outro objetivo que 
pode facilitar a integração intersetorial de pensamento, políticas e implementação.
O enfoque dos ODS na erradicação da pobreza
Erradicar a pobreza extrema segundo padrões mundiais (ODS 1.1)
Reduzir ao menos à metade a pobreza com arranjo nas definições nacionais (ODS 1.2)
Seguimento no progresso de diferentes grupos / Satisfazer as necessidades dos mais vulneráveis (em vários ODS)
Reduzir desigualdades de ingressos (ODS 10.1)
Reduzir ao menos na metade a pobreza em todas suas dimensões com arranjo nas definições nacionais (ODS 1.2)
Colocar em pratica sistemas e medidas apropriadas de proteção social para todos (ODS 1.3)
Garantirque todos tenham o mesmo direito aos recursos econômicos, assim como acesso aos serviços básicos, à propriedade 
e o controle a terra e outros bens (ODS 1.4)
Vínculos com outros objetivos relacionados com outras dimensões e fatores (em vários ODS)
Promover a inclusão social, econômica e política de todas as pessoas e reduzir a desigualdade dos resultados (ODS 10)
Vínculos
Os ODS e suas metas
Exemplo
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
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Garantir modalidades de consumo e produção sustentável.
Meta 12.4:
Para 2020, conseguir a gestão ecologicamente racional dos produtos químicos e de todos os dejetos ao longo de seu 
ciclo de vida, em conformidade com o marco internacional conveniado, e reduzir de maneira significativa sua liberação 
para a atmosfera, a água e o solo, com a finalidade de reduzir ao mínimo seus efeitos adversos na saúde humana no 
meio-ambiente.
Esta meta refere-se explicitamente à saúde e registra-se como vinculada ao ODS 3, o como, sua meta ampliada.
Fonte: ONU-DAES
Fonte: ONU-DAES
ODS 3 - A saúde como meta em outros objetivos
ODS 6 - A água como meta em outros objetivos
ODS 12
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
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Integração
Garantir a rendição de contas.
Cooperação
A conexão estabelecida na inter-relação dos ODS e suas metas pode ser positiva ou negativa. Por tanto, é necessário 
conhecer as inter-relações para garantir que o progresso de um dos ODS, não seja em detrimento do progresso de 
outro.
Porém, a natureza, força e impacto potencial da integração depende do contexto e das estratégias das políticas adota-
das. Por isso, tal como sinaliza a meta 17.14 dos ODS tem se que: “Melhorar a coerência das políticas para o Desen-
volvimento Sustentável”.
A integração de políticas são definidas como um processo. Começa com a definição de prioridades e planejamento, 
segue com a implementação, e finaliza com um exame. 
A avaliação final permite aos governos e a outras partes interessadas:
Aprender com a prática.
Garantir a rendição de contas.
Políticas Setoriais
Além dos níveis nacionais e subnacionais, a coerência po-
lítica em muitas áreas requer a cooperação entre os Esta-
dos membros no âmbito regional e global.
A formulação de políticas é, sobretudo, setorial. Para que 
os esforços de integração de políticas sejam mais efeti-
vos, temos que entusiasmar aos atores a superar a lógica 
setorial e que comecem a reconhecer a integração de 
políticas desde uma perspectiva em que podem ganhar.
A integração de políticas não significa sobrepor-se ao pla-
nejamento setorial estabelecido, e sim de reunir as políti-
cas, setoriais e intersetoriais, e fazê-las complementarias.
Políticas Nacional e Subnacional
Na integração de políticas também é importante o vínculo 
que se estabelece entre as políticas nacionais e subna-
cionais. Neste último nível é onde acontecerá uma boa 
parte da implementação dos ODS.
Ao mesmo tempo, nos governos locais, há melhores 
condições para conseguir um enfoque mais coerente e 
integrado, assim como reconhecer as compensações e 
promover sinergias. Estas questões estão cobertas por 
várias instâncias em nível central e normalmente são ma-
nejadas por um número menor de representantes locais, 
o que propicia uma colaboração mais estreita.
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
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Cooperação
Gestão das compensações
Alinhamento de políticas
Maximização de sinergias
Consequências
Além dos níveis nacionais e subnacionais, a coerência política em muitas áreas requer a cooperação entre os Estados 
membros no âmbito regional e global.
Com frequência argumenta-se que a integração das três dimensões iniciais do Desenvolvimento Sustentável requer, 
entre outras:
A gestão das compensações através da política econômica mediante a internalização das externali-
dades ambientais.
Para criar mudanças no padrão de consumo e produção e, criar condições para a inovação induzida.
As políticas econômicas atuais não levam em conta o verdadeiro valor dos serviços ambientais, sejam estes recursos 
naturais ou para a contaminação, estão centrados principalmente nos benefícios econômicos a curto prazo a custas dos 
benefícios, mais amplos, no longo prazo.
Os custos ambientais e sociais devem internalizar-se na toma de decisões econômica.
Existe uma forte demanda para o exame do enfoque 
econômico, como consequência das retroalimentações 
sociais e ambientais negativas. Devido às atividades do 
mercado e fixação de preços e a internalização das exter-
nalidades negativas.
Assim como da sensibilização, tais incentivos econômi-
cos podem promover câmbios nos padrões de demanda e 
consumo e, em consequência, fomentar a inovação para 
a fabricação de novos produtos e processos economica-
mente mais atrativos.
O alinhamento das políticas sociais e meio-ambientais
O cálculo de custos ambientais pode conduzir a impactos negativos para a população mais vulnerável. Em tais casos, o 
pacote de reformas deve incluir um forte componente de proteção adaptado às necessidades destes grupos. 
Exemplo:
A eliminação gradativa dos subsídios aos combustíveis fósseis e a fixação de preço de CO2, pode afetar de maneira 
desproporcionada aos pobres, os que gastam uma maior proporção dos ingressos no consumo de energia do que a 
classe media/alta.
As redes de segurança e outros mecanismos devem ser utilizados para compensar este impacto negativo.
A maximização de sinergias entre as três dimensões
Isto se pode conseguir mediante o investimento em capital humano, a proteção do capital natural e o desenvolvimento 
de novas indústrias e produtos que tenham o tamanho mais reduzido.
Uma forma de abordar a integração de políticas é através da identificação das intersecções comuns mais críticas: 
alianças de nexos. Conhecido como um enfoque de grupo (cluster,approach), portanto, põe-se em destaque os vínculos 
entre vários setores específicos para identificar as interações, as tensões, as compensações e as sinergias potenciais. 
Realiza-se o monitoramento do progresso do sistema em seu conjunto e não tão somente a um nível setorial.
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
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Como vimos, é necessário que as políticas que se realizem sejam políticas integradas
que beneficiem ao restante de objetivos perseguidos e, portanto, que não influenciem, de manera 
negativa no resto.
O enfoque sistêmico Nos permite entender como as mudanças, por mínima que sejam
afetam aos demais.
Por isso, devemos passar do enfoque simples e setorial dos ODM a um enfoque más complexo e 
integrado.
Vejamos um exemplo deste através do Objetivo 1, o qual se vê tanto nos ODS como nos ODM. 
Transcrição do áudio da tela: 
Estamos quase no fim da segunda classe.
Deseja saber quanto você aprendeu?
realize um exercício autoevaluativo para praticar sobre o aprendido.
A praticar! 
Transcrição do áudio da tela: 
3.1 vamOs repassar O que vimOs...
2.4 4. pOlÍticas públicas integradas para O desenvOlvimentO sustentável
Responsabilidade e autoria deste conteúdo
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Tribunal de Contas da União do Brasil, Secretaria Geral da Presidência Instituto Serzedello 
Corrêa
Autora do conteúdo
Paula Hebling Dutra
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Parabéns!
Você terminou sua segunda classe.
Volte a plataforma e prossiga com a seguinte classe. 
Transcrição do áudio da tela: 
3.2 encerramentO

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