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MANUAL DE RETENÇÕES DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS. 1ª EDIÇÃO: 31/02/2015 Instrução Normativa RFB 971, de 13 de novembro de 2009. MANUAL DE RETENÇÕES DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS ROBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA Resende 2015 Agradecimentos À minha mãe que me ajudou a chegar aonde cheguei, com a benção de seu imenso amor; à minha amada filha Nathalie, que sempre me apoiou e é a minha maior torcedora e incentivadora; a Deus pela sua proteção e fonte de toda inspiração. Roberto Pereira de oliveira APRESENTAÇÃO Eu escrevi este livro com o objetivo de que ele sirva como uma ferramenta auxiliar para os profissionais que labutam nos escritórios de contabilidade, nos setores contábeis das empresas públicas e privadas do país, e que tem a responsabilidade de realizar a rotina diária de efetuar a retenção de impostos e contribuições, levando ao leitor a se deparar com uma linguagem clara e sucinta, com demonstrações práticas dos procedimentos técnicos a ser seguidos, e em consequência disso evitar desperdícios com pagamento de pesadas multas e autuações fiscais que levam grande parte dos recursos financeiros das sociedades empresárias. Procurou-se consolidar a legislação referente à retenção de tributos e contribuições federais que foram publicadas pela Receita Federal, através das Instruções Normativas elencadas no anexo. É extremamente complicado lidar com a complexidade oferecida pela imensa legislação tributária existente em nosso país, por isso, nesta obra eu direcionei o foco para uma reflexão acerca dos princípios constitucionais, dando uma atenção especial para as normas que tratam especificamente sobre retenção de impostos e contribuições, em especial para a Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003, a Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004, orientação direcionada às relações comerciais entre as pessoas jurídicas de direito privado e a Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, orientação direcionada às relações comerciais entre as pessoas jurídicas de direito público com as pessoas jurídicas de direito privado, ambas editadas pela Receita Federal do Brasil, e também as normas específicas sobre os impostos e contribuições, como o Imposto de Renda, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, INSS, ISS e ICMS, todos envolvidos na sistemática da retenção. Há no mercado de trabalho uma grande escassez de profissionais que detém conhecimento da legislação fiscal, mesmo com o grande esforço das organizações em difundir a educação fiscal, é grande a dificuldade em disseminá-lo para a população, e até mesmo para os profissionais que são envolvidos nas operações comerciais, como os funcionários da microempresa, pois, o ensino ministrado pelas consultorias especializadas em cursos de especialização fiscal é caro para ser custeado pelas pequenas empresas, o resultado disso é que é grande a falta de cumprimento das obrigações fiscais acessórias, além do desconhecimento dos benefícios fiscais oferecidos pela legislação, que se modifica diariamente, isso faz com que seja http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672 grande a evasão de renda e torna a microempresa uma presa fácil à eminente autuação fiscal pelos agentes da receita. Além disso, isso dificulta as relações comerciais da pequena empresa com as grandes empresas, devido à ocorrência de grande quantidade de erros nas emissões de documentos fiscais. Roberto Pereira de Oliveira PREFÁCIO A necessidade de ter um instrumento que sirva como uma referência na literatura técnica contábil e direito tributário e dê uma direção para os profissionais envolvidos com a retenção de impostos, fez que eu tivesse a iniciativa de escrever esta obra para dar base aos profissionais das áreas contábeis e aos operadores do direito. Esta primeira edição veio a ser publicada em formato digital, com o objetivo de mostrar o que as normas recentes que foram criadas estão trazendo do novo e para fazer uma demonstração de como se deve proceder para realizar a retenção de impostos e levar os setores de contabilidade das empresas a cuidar de uma forma eficaz na hora de reter impostos, para que a empresa tenha uma apuração segura e fique imune a uma possível autuação fiscal. Futuramente tenho a intenção de publicar a versão impressa deste livro, mas antes terei o cuidado de ampliar e revisar o conteúdo deste e-book continuamente e incluir o que as normas estarão dispondo na época da publicação, visto que, tudo muda com o passar do tempo. Atualmente a legislação, que trata de retenção de impostos e contribuições, dá uma ênfase especial para a Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003, a Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004, que oferece orientação direcionada às relações comerciais entre as pessoas jurídicas de direito privado, a Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, que orienta às relações comerciais entre as pessoas jurídicas de direito público com as pessoas jurídicas de direito privado e a Instrução Normativa n.º 971 de 13 de novembro de 2009, que dispõe sobre normas gerais de tributação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e das contribuições destinadas a outras entidades ou fundos; e estabelecer os procedimentos aplicáveis à arrecadação dessas contribuições pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Aqui nesta obra os estudos serão concentrados nos impostos e contribuições federais que são as espécies de tributos sujeitos à retenção. Resende, 22 de Abril de 2015. Roberto Pereira de Oliveira roberto_adv_rj@hotmail.com http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672 mailto:roberto_adv_rj@hotmail.com SUMÁRIO Agradecimentos APRESENTAÇÃO PREFÁCIO 1 - INTRODUÇÃO 2 - TRIBUTOS 2.1 – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 2.2 – FATO GERADOR 2.3 - IMPOSTOS 3 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 3.1 – ALTERAÇÕES DA NORMA AO LONGO DO TEMPO 3.2 – DA OBRIGATORIEDADE E DA ISENÇÃO DA RETENÇÃO 3.3 – DA RETENÇÃO EFETUADAS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO 3.4 – DA RETENÇÃO EFETUADAS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO 4 - REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 4.1 - LUCRO REAL 4.2 - LUCRO PRESUMIDO 4.3 - LUCRO ARBITRADO 4.4 - SIMPLES NACIONAL ANEXO III ANEXO IV ANEXO II 5 – RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 6 – RETENÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES (COFINS, PIS/PASEP E CSLL) 6.1 – COFINS 6.2 – PIS/PASEP 6.3 – CSLL 7 – RETENÇÃO DO INSS 8 – RETENÇÃO DO ISS 9 – CÁLCULO DE RECIBO DE PAGAMENTO AUTÔNOMO 10 – MODELO DE GPS 11 – MODELO DE DARF DARF-Simples - Instruções de preenchimento DARF Comum DARF Simples ROTEIRO PARA PREENCHIMENTO DO DARF-SIMPLES 12 – MODELO DE DARJ 13 - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE 14 – COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS PAGOS INDEVIDAMENTE OU A MAIOR 15 - INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 1.234, DE 11 DE JANEIRO DE 2012 16 - INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 459, DE 18 DE OUTUBRO DE 2004 17 – LEI COMPLEMENTAR N.º 116/2003 18 - REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS 19 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA 20 - CONCLUSÃO 21 - BIBLIOGRAFIA 22 – ANEXOS INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.234, DE 11 DE JANEIRO DE 2012 ANEXO II ANEXO III ANEXO IV INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF N.º 459, DE 17 DE OUTUBRO DE 2004. ANEXO I Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009 TÍTULO I DAS OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS CAPÍTULO I DOS CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CAPÍTULO II DO CADASTRO DOS SUJEITOS PASSIVOS CAPÍTULO III DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS TÍTULO II DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS CAPÍTULO I DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS CAPÍTULO II DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PREVIDENCIÁRIA CAPÍTULO III DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS DOS SEGURADOS, DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DAS EMPRESAS CAPÍTULO IV DO SALÁRIO-FAMÍLIA E DO SALÁRIO-MATERNIDADE CAPÍTULO V DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO CAPÍTULO VI DA RECLAMATÓRIA E DO DISSÍDIO TRABALHISTA CAPÍTULO VII DAS OUTRAS ENTIDADES OU FUNDOS CAPÍTULO VII DA CONTRIBUIÇÃO DESTINADA A TERCEIROS CAPÍTULO VIII DA RETENÇÃOCAPÍTULO IX DA SOLIDARIEDADE TÍTULO III DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS CAPÍTULO I DAS ATIVIDADES RURAL E AGROINDUSTRIAL CAPÍTULO II DA EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL CAPÍTULO III DA EMPRESA QUE ATUA NA ÁREA DA SAÚDE CAPÍTULO IV DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS CAPÍTULO V DAS ENTIDADES ISENTAS DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CAPÍTULO VI DAS ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS CAPÍTULO VII DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO CAPÍTULO VIII DA ATIVIDADE DO TRABALHADOR AVULSO CAPÍTULO IX DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO CAPÍTULO X DA EMPRESA EM REGIME ESPECIAL Seção I Das Disposições Preliminares TÍTULO IV DAS NORMAS E PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS À ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II DAS OBRIGAÇÕES DO SUJEITO PASSIVO NA CONSTRUÇÃO CIVIL CAPÍTULO III DA APURAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA POR AFERIÇÃO INDIRETA CAPÍTULO IV DA REGULARIZAÇÃO DE OBRA POR AFERIÇÃO INDIRETA COM BASE NA ÁREA CONSTRUÍDA E NO PADRÃO DE CONSTRUÇÃO CAPÍTULO V DOS PROCEDIMENTOS FISCAIS CAPÍTULO VI DA REGULARIZAÇÃO DE OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS TÍTULO V DO RECOLHIMENTO E REGULARIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES E DA ARRECADAÇÃO BANCÁRIA CAPÍTULO I DO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES NA REDE ARRECADADORA Seção I Do Documento de Arrecadação CAPÍTULO II DA REGULARIDADE DO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES CAPÍTULO III DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO TÍTULO VI DAS ATIVIDADES FISCAIS CAPÍTULO ÚNICO DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS TÍTULO VII DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO FISCAL CAPÍTULO I DAS FORMAS DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO CAPÍTULO II DOS DOCUMENTOS DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO CAPÍTULO III DOS RELATÓRIOS E DOCUMENTOS INTEGRANTES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO-FISCAL TÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I DO DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO E DO ESTABELECIMENTO CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS CAPÍTULO III DO GRUPO ECONÔMICO CAPÍTULO IV DA SUCESSÃO DE EMPRESAS CAPÍTULO V DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR TÍTULO IX DAS DISPOSIÇÕES FINAIS SOBRE O AUTOR 1 - INTRODUÇÃO Os setores de contabilidade das sociedades empresárias dos setores públicos e privados sempre estão preocupados em criar condições para que os demais departamentos da empresa se posicionem em situação de regularidade perante a Secretaria da Receita Federal, antevendo essa dificuldade encontrada pelos diversos contabilistas e escritórios de contabilidade é que me levou a escrever esta 1ª edição do Manual de Retenções de Impostos e Contribuições numa linguagem didática, endereçada aos que necessitam realizar a retenção de tributos e para os que desejam conhecer como funciona a sistemática de retenção de impostos. Os governos Federal, Estaduais e Municipais adotaram as sistemáticas de “Retenção de Impostos e Contribuições na Fonte Pagadora” dos rendimentos. Com isso conseguem agilizar, controlar o seu pagamento, transferindo para o contribuinte tomador do serviço a atividade de fiscalização. Esse instituto faz com que as empresas tomadora de serviço efetuem a retenção dos tributos na ocasião do respectivo pagamento, dando à autoridade fazendária a facilidade e a possibilidade de aceleração na arrecadação do tributo. Essa obrigação fiscal que a receita delegou às empresas tomadoras do serviço vem merecendo uma atenção especial por parte dos profissionais da área fiscal, pois, esta modalidade vem se tornando muito utilizada pelas empresas e elas precisam estar preparadas para administrar esta obrigação. Com a publicação da Lei n.º 10.833, de 29 de dezembro de 2003, é notório que o governo transferiu o poder de fiscalização para o contribuinte adquirente de produtos e serviços os cuidados de verificar se a empresa fornecedora está retendo na fonte corretamente todos os impostos devidos, caso contrário através da responsabilidade solidária, a responsabilidade tributária recairá sobre a empresa que adquirir produtos e serviços. A falta de cumprimento ou desconhecimento dessa obrigação fiscal poderá causar enormes prejuízos financeiros, culminando em pesadas penalidades e acréscimos moratórios. A origem da utilização da expressão “retenção na fonte” se iniciou com o Imposto de Renda que é regulamentado pelo Decreto n.º 3.000, de 26 de março de 1.999, que obriga as pessoas jurídicas a reterem o imposto de renda na fonte e repassá-las ao governo federal; logo depois foi a vez do INSS com a aplicação da retenção de 11% pela empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada aplicando-se a Lei n.º 9.711, de fevereiro de 1998 sobre o valor contido na Nota Fiscal de Serviços; com a publicação da Lei nº 10.833/2003, que entrou em vigor em 1º de fevereiro de 2004, passaram também a serem exigidas as retenções do PIS, COFINS e CSLL e recolhimento ao governo federal. Hoje, diversos municípios exigem a retenção na fonte do ISS para serviços onde a prestação ocorre em município diverso ao do estabelecimento do prestador, neste caso, a retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja devido no local de prestação do serviço, em conformidade com os incisos I ao XXII, artigo 3º, da Lei Complementar nº 116/2003. Já na esfera estadual, tratando-se especificamente do ICMS, existe o chamado regime da substituição tributária que não deixa de ser uma forma antecipada de retenção na fonte deste imposto, visto que cabe ao sujeito passivo da operação efetuar de forma antecipada o recolhimento do tributo antes mesmo da realização da operação futura se concretizar. Desta forma, concluímos que o sistema de retenção na fonte está presente nas três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal. O atual regime de tributação a que estão sujeitas as empresas, exige delas o cuidado redobrado visando cumprir criteriosamente o pagamento das obrigações acessórias, responsabilidade esta atribuída a todos os profissionais que atuam nas áreas fiscal e financeira. É neste contexto que se encontra a atual conjuntura econômica e por causa da grande e complexa legislação tributária, é que as empresas necessitam se adaptar ao atual cenário, para cumprir tanto as obrigações acessórias, como as obrigações principais. 2 - TRIBUTOS O conceito de tributo está disposto no art. 3º do Código Tributário Nacional Tributo conforme o seguinte: tributo “é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Tributo é a obrigação imposta as pessoas físicas e pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, e o seu intuito principal é recolher esses valores para futura aplicação em obras de infraestrutura e manutenção de diversos serviços sociais que tenham como finalidade principal o atendimento da coletividade e o bem estar da população. A finalidade suprema da arrecadação de tributos é atender o interesse público. Trata-se de imposição a todos imposta, posto que a sua cobrança é de caráter compulsório, ou seja, é imposto por lei “ex lege”. Todos nós estamos sujeitos ao pagamento de imposto, posto que, é consequencia de uma obrigação compulsória imposta pelo estado. Curiosamente a palavra tributo é originária do termo em latim tributum, que significa: algo dado em pagamento. O conceito dado pelo ilustre LUCIANO AMARO ao tributo, assim o define: ¨Tributo é a prestação pecuniária não sancionada de ato ilícito, instituída em lei e devida ao estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público¨ (Amaro, 2010).[1] 2.1 – O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL O Sistema Tributário Nacional está estruturado conforme o disposto na Emenda Constitucional n°. 18, de 1° de dezembro de 1965, que tem como fonte formais, as leis complementares, as resoluções do Senado Federal, e nos limites das respectivas competencias tributárias, as leis federais, as constituições estaduais, as leis estaduais e as leis municipais. 2.2 – FATOGERADOR A obrigação de pagar tributos nasce com o fato gerador, isso ocorre, a partir do momento em que se realiza, por exemplo, uma operação mercantil de compra e venda de bens móveis e imóveis, de contratação de transporte de mercadoria ou contrato de prestação e serviços. Uma das definições dadas pelo ilustre RUY BARBOSA NOGUEIRA sobre o fato gerador, que assim preleciona “Fato gerador do tributo é o conjunto dos pressupostos abstratos descritos na norma descritos na norma de direito material, de cuja concreta realização decorrem os efeitos jurídicos previstos” (Nogueira, 1999)[2]. Neste bordo, chegamos à conclusão que o fato gerador se inicia quando estão presentes todos os pressupostos descritos em lei que culmina em causar os efeitos jurídicos decorrentes da concretização de aquisição de produtos e serviços. A legislação prevê o momento em que se inicia a obrigação de pagar o imposto, ou seja, hora em que ocorre o fato gerador. Tomando como exemplo o ICMS, o fato gerador ocorre na saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte fornecedor, ainda que este estabelecimento seja da mesma empresa, e no caso de mercadorias importadas, ocorre no momento do desembaraço aduaneiro. 2.3 - IMPOSTOS O conceito de impostos segue a definição dada pelo art. 16, do CTN, “Impostos é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” Isto demonstra que o imposto é uma obrigação a todos imposta e que não carece de existir nenhuma atividade específica exercida pelo estado para que faça nascer o fato gerador, não há por parte do estado uma contraprestação imediata que dê motivo a cobrança do imposto. Assim coloca o ilustríssimo HUGO DE BRITO MACHADO: “Segundo o Código Tributário Nacional, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” (art. 16). A obrigação de pagar imposto não se origina de nenhuma atividade específica do Estado relativa ao contribuinte. O fato gerador do dever jurídico de pagar imposto é uma situação da vida do contribuinte, relacionada a seu patrimônio, independente do agir do Estado.”[3] De acordo com o que está exposto no CTN os impostos que compõe o sistema tributário nacional são exclusivamente os que estão elencados no título III da Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966, que prevê as competências e as limitações de tributar. Segundo o art. 145, inciso I, da CF/88 a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir impostos, era competência da União instituir impostos nos Territórios Federais, os impostos atribuidos aos estados, porém, todos os territórios já foram transformados em Estados. Em razão disso, todos os estados da federação tem a sua própria legislação que regula o imposto de circulação de mercadorias, o ICMS está sujeito à apreciação da Comissão Técnica Permanente do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - COTEPE/ICMS, com sede no Distrito Federal, que tem o objetivo de realizar a análise das decisões relacionadas com a política e a aplicação do regulamento do ICMS, com a finalidade de estabelecer medidas que sejam uniformes e de caráter geral no que se refere ao imposto em todo o território nacional, respeitando a política tributária dos outros estados, amparado pelas responsabilidades atribuídas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ. Com isso, é assegurado o equilíbrio tributário entre os estados onde representantes de vários estados podem exercer o seu direito de opinar sobre matéria que afeta diretamente a economia de seu território. 3 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Com a publicação da Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003, que regulou entre outras matérias, a instituição da retenção de Tributos e Contribuições Federais, entre eles o IR, INSS, COFINS, PIS/PASEP, CSLL e ISS, com isso passou-se a ser feito recolhimento antecipado destes tributos, os quais deverão ser retidos diretamente pelo adquirente de mercadorias ou pelo tomador dos serviços, no momento em que se inicia o processo de pagamento, com o recebimento da mercadoria acompanhada pela Nota Fiscal Eletrônica de produtos ou da Nota Fiscal Eletrônica de Serviços emitida pelo prestador de serviços. A retenção dos tributos federais devem seguir as Instruções Normativas editadas pela Receita Federal do Brasil, a Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004, se destina a orientar as empresas nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas de direito privado a outras pessoas jurídicas de direito privado e a Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, foi editada para orientar os órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços. Cumpre observar que o objetivo deste manual é demonstrar como deve ser feito o cumprimento desta obrigação acessória, como funciona a sistemática de retenção de impostos, para que as empresas possam adequar a sua contabilidade, corrigindo possíveis erros e salvando a empresa de ser objeto de autuações fiscais futuras. http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672 3.1 – ALTERAÇÕES DA NORMA AO LONGO DO TEMPO Com a finalidade de promover instruções adicionais para as regras do pagamento dos tributos que estavam sendo implantadas naquela época pela Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003 que foi originada da Medida Provisória nº 135, de 30 de outubro 2003, a Secretaria da Receita Federal editou logo em seguida a Instrução Normativa nº 381 de 30 de dezembro de 2003, que sintetizava toda a matéria sobre a retenção a ser realizada pelas pessoas jurídicas de direito privado e logo depois foi revogada pela Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004, que trazia em seu anexo o modelo de declaração de optante pelo simples nacional a ser apresentada pelo fornecedor ao destinatário a cada operação comercial realizada com o mesmo. A Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004 é destinada a orientar como deve ser feita a retenção dos impostos nos pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas de direito privado a outras pessoas jurídicas de direito privado, conforme o que está disposto no art. 30, da Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003. Em 11 de janeiro de 2012 foi publicada a Instrução Normativa n.º 1.234, baseada nos arts. 34 e 35 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, que revogou a Instrução Normativa nº 480, de 15 de dezembro de 2004, que orientava a efetuar as retenções na fonte dos Impostos aos seguintes órgãos e entidades da administração pública federal, que se encontram elencados no art.2º, da Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, cumulado com o art. 34, inciso II, da Lei 10.833/2003, dando a instrução da obrigação aos órgãos e entidades da administração pública federal de efetuar as retenções na fonte do Imposto sobre a Renda (IR), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre os pagamentos que efetuarem as pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras. http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672 http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/mpv%20135-2003?OpenDocument http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115734 http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672 3.2 – DA OBRIGATORIEDADE E DA ISENÇÃO DA RETENÇÃO De acordo com o artigo 93 da Lei 10.833, as novas regras para aretenção dos Tributos e Contribuições Federais somente começaram a produzir efeitos a partir de 1º de fevereiro de 2004 para os arts. 1º ao 15º e 25, 26, 27, 29, 30 e 34, sendo que, seguindo as normas da Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004 e do art. 30 da Lei 10.833 de 29 de dezembro de 2003, a partir daquela data, todos os pagamentos realizados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais, estão sujeitos à retenção na fonte da CSLL, da COFINS, e da contribuição para o PIS/PASEP, inclui-se também as associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos; as sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas, fundações de direito privado e os condomínios edilícios. As retenções referentes a pagamentos efetuados a Cooperativas, relativamente à CSLL; às empresas estrangeiras de transporte de valores; e feito às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional estão isentas de efetuar a retenção, e será dispensada a retenção para pagamentos de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com a finalidade de atender o princípio da transparência disposta no art. 1.º da Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012 e no art. 1º, § 10, da Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004, a empresa prestadora do serviço deverá informar na Nota Fiscal de Serviço Eletrônica o valor correspondente à retenção das contribuições incidentes sobre a operação. De acordo com a Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012 que trata da retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços, obedecerá ao disposto nesta Instrução Normativa. Assim, a obrigatoriedade gira em torno dos pagamentos que efetuarem as pessoas http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672&linkrel=Lei10.833_03art.93 http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&page=index.php?PID=115672 jurídicas nas aquisições de produtos e serviços, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras, os seguintes órgãos e entidades da administração pública federal: os órgãos da administração pública federal direta; as autarquias; as fundações federais; as empresas públicas; as sociedades de economia mista; e as demais entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). A retenção realizada por estas entidades do governo federal dispensa, em relação aos pagamentos efetuados, as demais retenções previstas na legislação do IR, e serão efetuadas sobre qualquer forma de pagamento, inclusive os pagamentos antecipados por conta de operação comercial realizada na CFOP: 5.922, decorrentes de venda para entrega futura. A retenção não será realizada nos pagamentos relativos a petróleo, gasolina, gás natural, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene de aviação e demais derivados de petróleo e gás natural, álcool, biodiesel e demais biocombustíveis. 3.3 – DA RETENÇÃO EFETUADAS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO Com a orientação dada pela Instrução Normativa n.º 459 de 17 de outubro de 2004. Esta exigência também está expressa no artigo 647 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 (Regulamento do Imposto de Renda), que dispõe que “estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional”. Deste modo estará sujeitas à retenção dos Tributos e Contribuições Federais toda pessoa jurídica de direito privado que efetue pagamento a outra pessoa jurídica de direito privado, excetuando-se as empresas mencionadas no artigo 32 da Lei 10.833, ou seja, as cooperativas, relativamente à CSLL, as empresas estrangeiras de transporte de valores e as pessoas jurídicas optantes pelo simples nacional, estas ultimas deverão apresentar a declaração de optante do Simples Nacional para não terem os valores de suas notas fiscais retidas, para cumprir o disposto no art. 11, que se refere ao disposto no inciso II do art. 3º, a pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional deverá apresentar à pessoa jurídica tomadora dos serviços declaração, na forma do Anexo I, em 2 (duas) vias, assinadas pelo seu representante legal. 3.4 – DA RETENÇÃO EFETUADAS PELAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO Logo em seu art. 2º a Instrução Normativa n.º 1.234 estabelece quem são os órgãos e entidades da administração pública federal que são obrigadas a realizar a retenção do IR, CSLL, PIS/PASEP, COFINS pela compra de produtos ou prestação de serviços em geral, incluindo as obras, que podem ser tanto as obras realizadas em benfeitorias internas dos órgãos públicos, assim como as grandes obras públicas que são vistas por toda a população, além das demais entidades que estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), são obrigadas a efetuar retenção: os órgãos da administração pública federal direta; as autarquias; as fundações federais; as empresas públicas; e as sociedades de economia mista. As retenções podem ser efetuadas sobre qualquer forma de pagamento, inclusive os pagamentos antecipados enviados ao destinatário em Nota Fiscal por conta de fornecimento de bens ou de prestação de serviços, para entrega futura. No caso de circulação de produtos para fornecimento de bens ou de prestação de serviços amparados pela isenção de pagamento de tributos, não incidência ou alíquota zero do Imposto de Renda ou de uma ou mais contribuições tratados no art. 2º a Instrução Normativa n.º 1.234, a retenção dar-se-á mediante a aplicação das alíquotas previstas no art. 3º da referida Instrução Normativa, e corresponde ao Imposto de Renda ou às contribuições não alcançadas pela isenção, não incidência ou pela alíquota zero. Ficam de fora da retenção se os pagamentos forem relativos à aquisição de petróleo, gasolina, gás natural, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene da aviação e demais derivados de petróleo e gás natural, álcool, biodiesel e demais biocombustíveis. 4 - REGIMES DE TRIBUTAÇÃO A escolha do regime de tributação tem como objetivo maior a obtenção de uma menor taxação tributária para a empresa e a oportunidade de se beneficiar das deduções permitidas em lei. Uma das formas de reduzir o imposto é deduzir as contribuições que a empresa doa às atividades culturais, a União faculta às pessoas físicas ou jurídicas a opção pela aplicação de parcelas do Imposto sobre a Renda, a título de doações ou patrocínios, tanto no apoio direto a projetos culturais apresentados por pessoas físicas ou por pessoas jurídicas de natureza cultural, como no caso de contribuições feitas ao Fundo Nacional da Cultura, nos termos do art. 5o, inciso II, da Lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, que instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), desde que os projetos atendam aos critérios estabelecidos no art. 1o desta Lei. A finalidade de arrecadação tributária federal, na apuração dos impostos, pode ser feita de três formas de regimes fiscais: Lucro Real, Lucro Presumidoe Lucro Arbitrado. 4.1 - LUCRO REAL De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. O imposto retido com base no lucro real poderá ser deduzido do imposto devido às contribuições efetivamente realizadas naquele período de apuração, sendo consideradas aquelas contribuições feitas à promoção de projetos culturais regulamentados pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura, conforme o art. 475, do Regulamento do Imposto de Renda, esta dedução não poderá ultrapassar 4% do valor do imposto devido. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais. A empresa que estiver no regime de tributação Lucro Real deverá usar o e-Lalur - Livro de Apuração do Lucro Real eletrônico, que é um livro fiscal obrigatório para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda na modalidade Lucro Real, conforme Instrução Normativa RFB nº 989/2009 que instituiu o Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real (e-Lalur). http://www.portaltributario.com.br/guia/lucro_real.html http://www.portaltributario.com.br/artigos/o-que-e-lucro-real.htm http://www.portaltributario.com.br/tributario/impostoderenda.htm http://www.portaltributario.com.br/artigos/o-que-e-lucro-real.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/inrfb989_2009.htm 4.2 - LUCRO PRESUMIDO No Lucro Presumido realiza-se a tributação simplificada do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido conforme o Art. 516, do regulamento do Imposto de Renda. O IRPJ e a CSLL apurados com base no Lucro Presumido deverão ser pagos até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração trimestral. Logo, o Imposto de Renda devido no 1º trimestre do ano corrente deverá ser pago até 30 de abril. Entretanto, as empresas tributadas pelo Lucro Presumido não podem aproveitar os créditos do PIS e da COFINS, pois nesse sistema estarão fora do sistema não cumulativo, mesmo assim recolhem estas contribuições com alíquotas mais baixas do que aquelas taxadas pelo Lucro Real. http://www.portaltributario.com.br/guia/pis_cofins.html http://www.portaltributario.com.br/guia/pis_cofins.html 4.3 - LUCRO ARBITRADO O lucro arbitrado é um regime de tributação que é aplicável pela autoridade tributaria nos casos da pessoa jurídica descumprir as obrigações acessórias referentes à determinação do lucro real ou presumido. Quando conhecida a receita bruta, e, ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas em lei, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. O lucro arbitrado é calculado com base no imposto, devido trimestralmente, no decorrer do ano- calendário, determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou determinar o lucro real; o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, na hipótese do parágrafo único do art. 527; o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior; o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas às hipóteses do artigo anterior, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as seguintes regra a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, assegurada, ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação; o imposto apurado na forma do inciso anterior terá por vencimento o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento de cada período de apuração. 4.4 - SIMPLES NACIONAL O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e administrado por um Comitê Gestor composto por quatro integrantes da Receita Federal, dois de estados e do Distrito Federal e dois de municípios. No regime tributário do Simples Nacional, há normas simplificadas no cálculo e recolhimento de tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, Contribuições Previdenciárias, que alcança também o ICMS e o ISS) das microempresas e empresas de pequeno porte. Há um grupo de empresas que pode optar pelo Simples, um dos quesitos é em relação à receita bruta anual, que deve restringir-se ao teto de R$ 3.600.000 anuais (valor vigente para opção em 2013). O recolhimento dos tributos abrangidos pelo simples se faz através do documento único de arrecadação – DAS. Em outras situações segundo o art. 3º, § 4º, da Lei Complementar 123, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar 123, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X - constituída sob a forma de sociedade por ações. XI – cujos titularesou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. Ficaram fora da vedação ao regime, as empresas de serviços contábeis, que poderão ser optantes pelo Simples Nacional. O Simples Nacional é um regime especial de tributação criado para as micro e pequenas empresas, que permite reunir oito impostos em um regime único de arrecadação, dentre eles seis são federais (INSS, PIS, COFINS, CSLL, Imposto de Renda, IPI), além do ICMS e do ISS, todos inclusos em uma única guia de recolhimento, desta forma as alíquotas cobradas também serão menores. Quando a última alteração no Simples foi aprovada pelo Congresso, foram incluídas 140 novas atividades no regime de tributação. Com as mudanças promovidas pela nova Lei Complementar 147/2014, não podem optar pelo Simples as empresas prestadoras de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, as que prestam serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios, e as que realizam atividade de consultoria. Ao passo que poderão ingressar no Simples Nacional a partir de janeiro de 2015, as empresas de medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; medicina veterinária; odontologia; psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite; fisioterapia; advocacia; serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação; arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; entre outras. Quando a pessoa jurídica se tratar de instituição sem fins lucrativos, para que a referida instituição de ensino não tenha os valores de sua nota fiscal retida pelo destinatário, é necessário apresentar a cada operação a Declaração de opção ao simples nacional, conforme o modelo abaixo do anexo III da Instrução Normativa RFB n.º 1.234, de 30 de janeiro de 2012. ANEXO III DECLARAÇÃO A SER APRESENTADA PELA PESSOA JURÍDICA CONSTANTE DO INCISO IV DO ART. 4º (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.244, de 30 de janeiro de 2012) (Vide art. 3º da IN RFB nº 1.244/2012) Ilmo. Sr. (autoridade a quem se dirige) (Nome da entidade), com sede (endereço completo), inscrita no CNPJ sob o nº..... DECLARA à (nome da entidade pagadora), para fins de não incidência na fonte do IR, da CSLL, da COFINS, e da Contribuição para o PIS/PASEP, a que se refere o art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que é entidade sem fins lucrativos de caráter ................................................., a que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. Para esse efeito, a declarante informa que: I - preenche os seguintes requisitos, cumulativamente: a) é entidade sem fins lucrativos; b) presta serviços para os quais foi instituída e os coloca à disposição do grupo de pessoas a que se destinam; c) não remunera, por qualquer forma, seus dirigentes por serviços prestados; d) aplica integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos sociais; e) mantém escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão; f) conserva em boa ordem, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovam a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; e g) apresenta anualmente Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); II - o signatário é representante legal desta entidade, assumindo o compromisso de informar à RFB e à unidade pagadora, imediatamente, eventual desenquadramento da presente situação e está ciente de que a falsidade na prestação dessas informações, sem prejuízo do disposto no art. 32 da Lei nº 9.430, de 1996, o sujeitará, com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária, relativas à falsidade ideológica (art. 299 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal) e ao crime contra a ordem tributária (art. 1º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990). Local e data...................................................... Assinatura do Responsável Quando a microempresa realiza uma relação comercial com entidades da administração pública federal elencadas no art. 2º da referida Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, para que o fornecedor de produtos e serviços que seja optante do simples nacional não tenha os valores de sua nota fiscal retida pelo destinatário, é necessário apresentar a cada operação a Declaração de opção ao simples nacional, conforme o modelo abaixo do anexo IV da Instrução Normativa RFB n.º 1.234, de 30 de janeiro de 2012. ANEXO IV DECLARAÇÃO A SER APRESENTADA PELA PESSOA JURÍDICA CONSTANTE DO INCISO XI DO ART. 4º (Redação dada pela Instrução Normativa RFB n.º 1.244, de 30 de janeiro de 2012) (Vide art. 3º da IN RFB n.º 1.244/2012). Ilustríssimo Senhor. (pessoa jurídica pagadora) (Nome da empresa), com sede (endereço completo), inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX-XXXX-XX, DECLARA à (nome da pessoa jurídica pagadora), para fins de não incidência na fonte do IRPJ, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), e da Contribuição para o PIS/PASEP, a que se refere o art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que é regularmente inscrita no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, de que trata o art. 12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Para esse efeito, a declarante informa que: I - preenche os seguintes requisitos: a) conserva em boa ordem, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovam a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; e b) cumpre as obrigações acessórias a que está sujeita, em conformidade com a legislação pertinente; II - o signatário é representante legal desta empresa, assumindo o compromisso de informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e à pessoa jurídica pagadora, imediatamente, eventual desenquadramento da presente situação e está ciente de que a falsidade na prestação dessas informações, sem prejuízo do disposto no art. 32 da Lei nº 9.430, de 1996, o sujeitará, com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária, relativas à falsidade ideológica (art. 299 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal) e ao crime contra a ordem tributária (art. 1º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990). Local e data...................................................... Assinatura do Responsável Quando a pessoa jurídica se tratar de instituição de ensino de natureza privada, sem fins lucrativos, para que a referida instituição de ensino não tenha os valores de sua nota fiscal retida pelo destinatário, é necessário apresentar a cada operação a Declaração de opção ao simples nacional, conforme o modelo abaixo do anexo II da Instrução Normativa RFB n.º 1.234, de 30 de janeiro de 2012. Não se pode confundir “a previsão de imunidade que se verifica no artigo 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição Federal, que veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições deeducação e de assistência social, sem fins lucrativos”[4], posto que a imunidade de impostos é prevista exclusivamente à entidade educacional que exercem as suas atividades sem finalidade lucrativa. Acerca disso, HUGO MACHADO DE BRITO assim colocou: “A imunidade das instituições de educação e de assistência social, todavia, é condicionada. Só existe para aquelas instituições sem fins lucrativos, conceito que também tem sido mal compreendido. A lei não pode acrescentar requisitos a serem atendidos. Basta que não tenham fins lucrativos. É razoável, todavia, entender-se que o não ter finalidade lucrativa pode traduzir-se no atendimento dos requisitos do art. 14 do Código Tributário Nacional.” Portanto, esta benefício não se estende às entidades educacionais privadas em Stricto Sensu, uma vez que estas instituições são dotadas de finalidade lucrativa. Assim, as entidades de ensino privadas terão os valores de sua nota fiscal retidos conforme a lei determina, pois não se enquadram nos requisitos de isenção. ANEXO II DECLARAÇÃO A SER APRESENTADA PELA PESSOA JURÍDICA CONSTANTE DO INCISO III DO ART. 4° (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.244, de 30 de janeiro de 2012) (Vide art. 3º da IN RFB nº 1.244/2012) Ilmo. Sr. (autoridade a quem se dirige) (Nome da entidade), com sede (endereço completo), inscrita no CNPJ sob o nº..... DECLARA à (nome da entidade pagadora), que não está sujeita à retenção, na fonte, do IRPJ, da CSLL, da COFINS e da Contribuição para o PIS/PASEP, a que se refere o art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, por se enquadrar em uma das situações abaixo: I - INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO: 1. ( ) Entidade em gozo regular da imunidade prevista no art. 150, inciso VI, alínea “c” da Constituição Federal, por cumprir os requisitos previstos no art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. 2. ( ) Entidade de ensino superior, em gozo regular da isenção prevista no art. 8º da Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, por ter aderido ao Programa Universidade para Todos (Prouni), instituído pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, conforme Termo de Adesão vigente no período da prestação do serviço ou do fornecimento do bem (doc. Anexo). II - ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: 1. ( ) Instituição educacional em gozo regular da imunidade prevista no art. 195, § 7º da Constituição Federal, por ter sido certificada como beneficente de assistência social pelo Ministério da Educação e por cumprir os requisitos previstos no art. 29 da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009. 2. ( ) Entidade em gozo regular da imunidade prevista no art. 195, § 7º da Constituição Federal, por ter sido certificada como beneficente de assistência social pelo Ministério de sua área de atuação e por cumprir os requisitos previstos no art. 29 da Lei nº 12.101, de 2009. O signatário declara neste ato, sob as penas do art. 299 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; do art. 1º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e para fins do art. 32 da Lei nº 9.430, de 1996, que é representante legal da entidade e assume o compromisso de informar, imediatamente, à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao órgão ou à entidade contratante, qualquer alteração na situação acima declarada. Local e data..................................................... Assinatura do Responsável 5 – RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA É competência de a União instituir imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, esse atributo é dado pelo art. 153, da Constituição Federal de 1988. O imposto de renda é calculado em cima da renda originada do trabalho assalariado da pessoa física sobre todos os rendimentos de qualquer natureza, qualquer que seja, como os provenientes de pensões e aposentadoria, de prêmios conquistados no Brasil em concursos, comissões por intermediação em operações em bolsa de mercadorias e ganho de capital, inclusive os obtidos em investimentos em moeda estrangeira pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior, assim como os Rendimentos do trabalho e da prestação de serviços sem vínculo de emprego, auferido por residentes no exterior. O cálculo do Imposto de Renda é feito de forma que cada cidadão possa contribuir de acordo com sua capacidade financeira, seguindo o Princípio da Capacidade Contributiva, instituído no art. 145, § 1° da Constituição Federal de 1988, graduando a taxação do imposto de renda segundo a capacidade econômica do contribuinte. Para isso, o governo federal lança mão de alíquotas que servem como uma forma de escalonamento para as diversas faixas de rendimentos. Assim, nada mais justo que se deparar com a taxação crescente, se amparando na ideia de que quem ganha mais, paga mais. Desta forma, a Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do exercício de 2015 do ano-calendário de 2014 segue conforme a tabela abaixo. 5.1 - TABELA PROGRESSIVA MENSAL DO IRPF - Ano Calendário 2014 Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.787,77 - - De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 De 2.679,30 até 3.572,43 15 335,03 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 Acima de 4.463,81 27,5 826,15 Uma das formas do governo ter o controle sobre a taxação do imposto de renda é a atribuição às empresas da responsabilidade de reter o imposto na fonte e repassá-lo à receita federal. Para as pessoas jurídicas prestadoras de serviço a incidência do imposto de renda se dá de acordo com o Art. 647, do Decreto 3.000, de 26 de março de 1.999, que assim dispõe: “Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional (Decreto-Lei nº 2.030, de 9 de junho de 1983, art. 2º, Decreto-Lei nº 2.065, de 1983, art. 1º, inciso III, Lei nº 7.450, de 1985, art. 52, e Lei nº 9.064, de 1995, art. 6º). § 1º Compreendem-se nas disposições deste artigo os serviços a seguir indicados: 1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens); 2. advocacia; 3. análise clínica laboratorial; 4. análises técnicas; 5. arquitetura; 6. assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço); 7. assistência social; 8. auditoria; 9. avaliação e perícia; 10. biologia e biomedicina; 11. cálculo em geral; 12. consultoria; 13. contabilidade; 14. desenho técnico; 15. economia; 16. elaboração de projetos; 17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas); 18. ensino e treinamento; 19. estatística; 20. fisioterapia; 21. fonoaudiologia; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del2030.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2065.htm#art1iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7450.htm#art52 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9064.htm#art6 22. geologia; 23. leilão; 24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro); 25. nutricionismo e dietética; 26. odontologia; 27. organização de feiras de amostras, congressos, seminários, simpósios e congêneres; 28. pesquisa em geral; 29. planejamento; 30. programação; 31. prótese; 32. psicologia e psicanálise; 33. química; 34. radiologia e radioterapia; 35. relações públicas; 36. serviço de despachante; 37. terapêutica ocupacional; 38. tradução ou interpretação comercial; 39. urbanismo; 40. veterinária. § 2º O imposto incide independentemente da qualificação profissional dos sócios da beneficiária e do fato desta auferir receitas de quaisquer outras atividades, seja qual for o valor dos serviços em relação à receita bruta.” Assim, quando a pessoa jurídica contratar umprestador de serviço que esteja incluso na lista acima, este deverá reter na fonte1,5% do valor contábil da nota fiscal de serviços. Também serão taxadas em 1,5% as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, a título de comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de negócios civis e comerciais; e por serviços de propaganda e publicidade. Já de acordo com o art. 649, do Decreto 3.000/99 – Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), “estão sujeitos à incidência do imposto na fonte à alíquota de um por cento os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis pela prestação de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e por locação de mão-de-obra” (Decreto-Lei nº 2.462, de 30 de agosto de 1988, art. 3º, e Lei nº 7.713, de 1988, art. 55). O ATO DECLARATÓRIO NORMATIVO COSIT Nº 6 DE 02.05.2000, inclui as transportadoras de valores no rol do art. 649, do Decreto 3.000/99, incluindo-as na lista das prestadoras de serviços sujeitas à retenção de 1%. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del2462.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7713.htm#art55 6 – RETENÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES (COFINS, PIS/PASEP E CSLL) É extenso o rol de legislação que disciplina o PIS/PASEP, CSLL e a COFINS, são elas: As Leis Complementares n o 7, de 1970; n o 8, de 1970; e n o 70, de 1991; Leis n o 8.212, de 1991, arts. 11, 23, 33, 45, 46 e 55; n o 9.249, de 1995, art. 24; n o 9.317, de 1996; n o 9.363, de 1996, art. 2 o , §§ 4 o , 5 o , 6 o e 7 o ; n o 9.430, de 1996, arts 56, 60, 64, 65 e 66; n o 9.532, de 1997, arts. 39, 53, 54 e 69; n o 9.701, de 1998; n o 9.715, de 1998; n o 9.716, de 1998, art. 5 o ; n o 9.718, de 1998; n o 9.732, de 1998, arts. 1 o , 4 o , 5 o , 6 o e 7 o ; n o 9.779, de 1999, art. 15, inciso III; n o 9.990, de 2000, art. 3 o ; n o 10.147, de 2000; n o 10.276, de 2001; n o 10.312, de 2001; n o 10.336, de 2001, arts. 8 o e 14; n o 10.485, de 2002, arts. 1 o , 2 o , 3 o e 5 o ; n o 10.522, de 2002, art. 18; n o 10.548, de 2002; n o 10.560, de 2002; n o 10.637, de 2002; n º 10.676, de 2003; n º 10.684, de 2003; n o 10.833, de 2003 ; MP n o 2.158-35, de 2001; n o 2.221, de 2001, art. 2 o ; Decretos n o 2.256, de 1997, art. 6 o ; n o 3.803, de 2001; n o 4.066, de 2001; n o 4.275, de 2002; n o 4.524, de 2002; n o 4.565, de 2003; IN SRF/STN/SFC n o 23, de 2001; IN SRF n o 113, de 1998; n o 6, de 2000; n o 69, de 2001, n o 107, 2001; n o 141, de 2002; n o 219, de 2002; n o 247, de 2002; n o 291, de 2003; n º 358, de 2003; Atos Declaratórios SRF n o 97, de 1999; n o 56, de 2000; Atos Declaratórios Interpretativos SRF n o 3, de 2002; n o 7, de 2002, n o 2, de 2003; e n º 7, de 2003. Aqui neste livro concentraremos o estudo em torno da Lei 10.833, de 2.003. A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, que tiver incidência não cumulativa, incidirá sobre o total das receitas brutas arrecadadas no mês pela empresa e todas as demais receitas, independentemente de sua denominação ou classificação contábil, e está será a sua base de cálculo. Não integrará esta base de cálculo as receitas alcançadas pela isenção ou as não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); bem como as que tratarem de circulação de ativo não circulante, aqueles classificados como investimento; imobilizado ou bem intangível, os lucros obtidos pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária; também não integrará a base de cálculo as referentes a vendas canceladas e sobre os descontos concedidos ao cliente; se a empresa tiver que reverter provisões e recuperar créditos baixados como perda que não caracterize o ingresso de novas receitas; assim como o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido, os lucros e dividendos derivados de participações em outras sociedades empresárias, que tenham sido computados como receita anteriormente; as decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS, prestação de serviço de transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação, e de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1o do art. 25 da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996; o cálculo para determinação do valor da COFINS é feita sobre a base de cálculo sobre o faturamento mensal com a alíquota de 7,6%. 6.1 – COFINS O art. 1º da Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003 dispõe que a Contribuição para o financiamento da Securidade Social – COFINS, com incidência não cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, que compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela empresa, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS terá como base para caracterização do fato gerador o total das receitas brutas da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela empresa. Não farão parte da base de cálculo da COFINS: as receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota zero; as não operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente; as auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituto tributária, conforme o § 3º, do art. 1º, da Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003; as que sejam referentes às vendas canceladas e aos descontos incondicionados concedidos, às reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem ingresso de novas receitas; e as receitas decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS, sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, assim como os créditos de ICMS originados de operações de exportação. 6.2 – PIS/PASEP O Programa de Integração Social (PIS) foi criado por meio da Lei Complementar n° 7/1970. O programa buscava a integração do empregado do setor privado com o desenvolvimento da empresa, ou seja, um programa criado para arrecadar recursos para ser distribuído aos trabalhadores de pessoas jurídicas de direito privado de baixa renda. O pagamento do PIS é de responsabilidade da Caixa e o pagamento do benefício para as pessoas físicas segue o calendário abaixo: Já o PASEP foi criado pela Lei Complementar n° 8/1970 que instituiu o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), com o qual União, Estados, Municípios, Distrito Federal e territórios contribuíam com o fundo destinado à formação do patrimônio dos empregados do setor público. O pagamento do PASEP é feito pelo Banco do Brasil. 6.3 – CSLL A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo federal que incide sobre o lucro líquido do período-base, antes da provisão para o Imposto de Renda, sendo considerado o resultado do período-base encerrado em 31 de dezembro de cada ano. A CSLL é devida pelas pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de Renda, destina-se ao financiamento da Seguridade Social, foi Instituída pela lei nº 7.689/1988 para arrecadar a contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas. Estarão sujeitas ao pagamento da CSLL as pessoas jurídicas domiciliadas no País e as que lhes são equiparadas pela legislação tributária. A alíquota da CSLL é de 9% (nove por cento) para as pessoas jurídicas em geral, e será de 15% (quinze por cento) para as pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, de seguros privados e de capitalização, assim como as referidasnos incisos I a VII, IX e X, do §1º do art. 1º da Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001. A apuração da CSLL deve acompanhar a mesma forma de tributação do lucro adotada para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguridade_Social http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei http://pt.wikipedia.org/wiki/1988 7 – RETENÇÃO DO INSS Toda vez que a empresa contrata serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter onze por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a importância retida até o dia dois do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, em nome da empresa cedente da mão de obra, observado o disposto no § 5o do art. 33.A retenção do INSS será realizada se estiver caracterizado a cessão de mão de obra conforme a definição dada pelo art. 115, da Instrução Normativa n.º 971/2009. “ Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974. § 1º Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços. § 2º Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores. § 3º Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.” A retenção do INSS deverá obedecer às condições estabelecidas neste no art. 115, da Instrução Normativa n.º 971/2009, observando-se as condições que serão determinantes para a retenção do INSS: colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem os serviços de forma contínua e intermitente, em caráter não eventual, preenchendo a necessidade permanente da contratante, repetindo-se de forma periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim. Fora destes casos será dispensada o seu recolhimento. 8 – RETENÇÃO DO ISS O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. O ISS é o imposto de competência dos Municípios e do Distrito Federal, o fato gerador é a prestação de serviços elencados na lista anexa a esta lei, ainda que esses serviços não se constituam como atividade preponderante do prestador. Existem algumas exceções de não incidência do ISS, como as operações sobre industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à integração ou utilização direta em processo subsequente de industrialização ou de circulação de mercadoria, sobre este incidirá o ICMS (medida cautelar na ADIN n.º 4389, deferida pelo STF, por unanimidade de votos, para dar interpretação conforme a Constituição Federal ao subitem 13.05, conforme exceções expressas da lista de serviços anexa, ressalvadas no §2º, do art. 1º da Lei Complementar n.º 116/2003). O pagamento do ISS será devido no município onde foi executado o serviço considerando-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador de serviços, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no local. A base de cálculo do imposto será o preço do serviço executado pelo prestador de serviços e não poderá ser incluído os matérias utilizados e consumidos na prestação. O imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza não incidirá sobre: I – as exportações de serviços para o exterior do País; II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios gerentes e dos gerentes-delegados; III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras. 9 – CÁLCULO DE RECIBO DE PAGAMENTO AUTÔNOMO O RPA, ou Recibo de Pagamento Autônomo é um documento que deve ser emitido pelo tomador do serviço, ou seja, quem contratou o serviço de algum profissional que seja pessoa física e que não tenha vínculo empregatício regido pela CLT com a empresa tomadora do serviço. Este profissional presta serviço para a empresa e com isso gerará a necessidade de emissão do RPA sobre o qual incidirão o INSS e Imposto de Renda. O Cálculo do Valor a ser emitido o RPA é feito da seguinte forma: Valor Bruto: R$ 5.500,00 Cálculo do INSS: Em cima do valor bruto de R$ 5.500,00, incidirá sobre ele a alíquota de retenção de 11%. R$ 5.500,00 X 11% = R$ 605,00 Então o INSS a Recolher será = R$ 605,00 Vamos para o cálculo do IRRF: R$ 5.500,00 está na faixa 05, isto é, alíquota de 27,5% e parcela a deduzir de R$ 605,00. Deverá se ter o cuidado de deduzir da base de cálculo o valor do INSS. Talvez com essa dedução a faixa da alíquota do Imposto de renda seja alterada. Vejamos: R$ 5.500,00 – R$ 605,00 (INSS) = R$ 4.895,00 Cai para R$ 4.895,00, porém, esse valor continua na faixa 05, então continuemos o cálculo com a mesma alíquota; R$ 4.895,00 X 27,5% (alíquota IRRF) = R$ 1.346,12 R$ 1.346,12 – R$ 605,00 (parcela do INSS a deduzir) = R$ 741,12 Assim chegamos ao IRRF a Recolher = R$ 741,12 O Recibo de Pagamento Autônomo – RPA é preenchido neste padrão para a realização do pagamento do INSS. http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/inss http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/inss 10 – MODELO DE GPS O pagamento do INSS retido é realizado através da Guia da Previdência Social – GPS. Esse documento é gerado para realizar o pagamento do valor do imposto retido ao INSS. Este pagamento deve ser realizado pela pessoa jurídica tomadora do serviço em que houve as hipóteses previstas no art. 115, da Instrução Normativa n.º 971/2009. O pagamento da contribuição previdenciária deverá ser realizado no dia 20 do mês subsequente ao da competência ou no primeiro dia útil anterior, caso o dia 20 ocorra em fim de semana ou feriado. 11 – MODELO DE DARF O DARF comum , entrou em vigor a partir de 1º de abril de 1997, é o documento utilizado para pagamentos de receitas federais pelas pessoas físicas e jurídicas, exceto as optantes pelo SIMPLES a Instrução Normativa RFB nº 736, de 2 de maio de 2007 traz em seu anexo I a forma de seu preenchimento. Modelo de Documento de Arrecadação do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. (DARF simples) DARF-Simples - Instruções de preenchimento CAMPO DO DARF- SIMPLES O QUE DEVE CONTER 01 Nome e telefone da Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte. 02 Data de encerramento do período de apuração no formato DD/MM/AAAA. Exemplo: Período de apuração janeiro de 2007 => 31/01/2007. 03 Número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 04 Não preencher. 05 Soma das receitas brutas mensais de janeiro até o mês de apuração. 06 Percentual decorrente da receita bruta acumulada a http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2007/in736/Anexo2.doc http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/simples/default.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2007/in7362007.htm ser aplicado sobre a receita mensal, com duas casas decimais. 07 Valor da receita principal resultante da aplicação do percentual do campo 06 sobre a receita bruta mensal. 08 Valor da multa,quando devida. 09 Valor dos juros de mora, quando devidos. 10 Valor da soma dos campos 07 a 09. 11 Autenticação do agente arrecadador. O DARF SIMPLES , está em vigor desde 1º de janeiro de 1997, e é utilizado exclusivamente por Pessoas Jurídicas, enquadradas como microempresa e empresa de pequeno porte de acordo com a Instrução Normativa RFB nº 736, de 2 de maio de 2007, optantes do SIMPLES NACIONAL, instituída pela Lei nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996, para pagamento unificado dos seguintes tributos/contribuições: IRPJ, PIS/PASEP, CSLL, COFINS, IPI, Contribuições para a Seguridade Social, e, quando houver convênio com estados e municípios, ICMS e ISS, para fatos geradores até junho/2007). Instruções de preenchimento DARF Comum PREENCHIMENTO EM GERAL (PAGAMENTOS A PARTIR DE 01.04.97) ROTEIRO PARA PREENCHIMENTO DO DARF CAMPO DO DARF O QUE DEVE CONTER 01 Nome e telefone do contribuinte. 02 Data da ocorrência ou do encerramento do período base no formato DD/MM/AAAA. 03 Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 04 Código da receita que está sendo paga. Os códigos de tributos e contribuições administrados pela RFB podem ser obtidos na Agenda Tributária, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br/agenda/default.htm. http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2007/in736/Anexo1.doc http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2007/in7362007.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Leis/Ant2001/lei931796.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/pagamentos/agenda/default.htm 05 Preencher com: - código da Unidade da RFB responsável pelo despacho aduaneiro, se relativo ao recolhimento do Imposto de Importação e IPI Vinculado à Importação; - número do imóvel rural na Receita Federal ( NIRF), de ITR/97 em diante; ou o número do lançamento, se relativo ao ITR/96 ou anteriores; - código do município produtor, se relativo ao IOF - Ouro; - número da respectiva inscrição, se relativo a débito inscrito em Dívida Ativa da União; - número do processo, se pagamento oriundo de processo fiscal de cobrança ou de parcelamento de débitos; - número de inscrição no Departamento Nacional de Telecomunicações, se relativo a taxa FISTEL; - número de inscrição do imóvel, se relativo a rendas do Serviço de Patrimônio da União. 06 Data de vencimento da receita no formato DD/MM/AAAA 07 Valor principal da receita que está sendo paga. 08 Valor da multa, quando devida 09 Valor dos juros de mora, ou encargos do DL - 1.025/69 (PFN), quando devidos 10 Soma dos campos 07 a 09. 11 Autenticação do Agente Arrecadador. DARF Simples O DARF-SIMPLES é o documento de uso obrigatório no recolhimento unificado de receitas do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte-SIMPLES. O DARF-SIMPLES poder ser impresso em formulário contínuo, em duas vias, uma ao lado da outra e poderá ser preenchido eletrônica, mecânica ou manualmente, também em duas vias. As vias do DARF-SIMPLES que, eventualmente, excederem a duas, serão autenticadas a carimbo. O DARF-SIMPLES poderá ser emitido por meio eletrônico, bem como reproduzido por copiadoras (exceto aparelho "fax"), desde que http://www.receita.fazenda.gov.br/pagamentos/PgtoAtraso/atraso.htm http://www.receita.fazenda.gov.br/pagamentos/jrselic.htm obedecidas as características previstas na IN RFB nº 736, de 02/05/2007 . ROTEIRO PARA PREENCHIMENTO DO DARF-SIMPLES Campo do DARF O QUE DEVE CONTER 01 Nome e telefone da Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte. 02 Data de encerramento do período de apuração no formato DD/MM/AAAA. Exemplo: Período de apuração janeiro de 2007 => 31/01/2007. 03 Número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 04 Não preencher. 05 Soma das receitas brutas mensais de janeiro até o mês de apuração. 06 Percentual decorrente da receita bruta acumulada a ser aplicado sobre a receita mensal, com duas casas decimais. 07 Valor da receita principal resultante da aplicação do percentual do campo 06 sobre a receita bruta mensal. 08 Valor da multa, quando devida. 09 Valor dos juros de mora, quando devidos. 10 Valor da soma dos campos 07 a 09. 11 Autenticação do agente arrecadador. OBS: - O recolhimento do imposto de renda devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES, relativamente a ganhos de capital decorrentes da alienação de ativos, é efetuado mediante a utilização de DARF comum, sob o código 6297 (Ato Declaratório COSAR 7, de 20.02.97 - DOU de 24.02.97, republicado em 03.03.97). - As quotas de parcelamento das empresas optantes pelo SIMPLES serão http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2007/in7362007.htm recolhidas em DARF comum, nos seguintes códigos: 5909 - Pessoa Jurídica 5897 - Pessoa Física A possibilidade de solicitação de parcelamento do Simples encerrou-se em 30 de setembro de 2004, conforme Instrução Normativa SRF nº 444, de 19 de agosto de 2004. 12 – MODELO DE DARJ O DARJ é o Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais utilizado para recolhimento de todas as receitas públicas do Estado, através da rede arrecadadora credenciada para esse fim. O DAR em modelo único, o DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - DARJ, na forma dos Anexos I e II, destinado ao recolhimento de tributos estaduais e outras receitas devidas ao Estado do Rio de Janeiro. DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DO RIO DE JANEIRO DARJ MODELO DO DARJ SEFAZ GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado de Fazenda Superintendência de Arrecadação Cadastro e Informações Econômico-fiscais DARJ – DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DO RIO DE JANEIRO (09) DATA VALIDADE (01) NOME / RAZÃO SOCIAL (ESTABELECIMENTO PRINCIPAL) (10) CNPJ/CPF (02) ENDEREÇO (11) NOSSO NÚMERO (03) MUNICÍPIO (04) UF (05) CEP (12) Nº DOCUMENTO (06) RECEITA (07) NATUREZA DA RECEITA (13) VALOR PRINCIPAL (08) INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES NÃO RECEBER APÓS DD/MM/AAAA. [RESERVADO PARA MENSAGEM INSTITUCIONAL DA SEFAZ] (14) JUROS (15) MORA (16) MULTA PENAL/FORMAL (17) TOTAL A PAGAR (18) AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA Via Contribuinte 13 - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Algumas atividades tem isenção de Imposto e Renda na fonte, como o agenciamento marítimo, por exemplo, que tem isenção de retenção na fonte. O agenciamento marítimo, na medida em que não constitui representação comercial, mediação de negócios nem atividade profissional, não tem suas receitas sujeitas à retenção do Imposto de Renda na fonte com base de acordo com o que está disposto nos arts. 647 e 651, inciso I, do RIR. Em relação à COFINS, o agenciamento marítimo, na medida em que não constitui atividade profissional, não tem suas receitas sujeitas à retenção da COFINS na fonte com base no art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003, e em relação ao PIS/PASEP o agenciamento marítimo, na medida em que não constitui atividade profissional, também não tem suas receitas sujeitas à retenção da Contribuição para o PIS/PASEP na fonte com base no art. 30 da Lei nº 10.833, de 2003. http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/cofins 14 – COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS PAGOS INDEVIDAMENTE OU A MAIOR A retenção dos impostos federais nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais pessoas jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços, obedecerá ao disposto da Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012. A partir a publicação desta Instrução Normativa passaram a ficar obrigados a efetuar as retenções na fonte do Imposto sobre a Renda (IR), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre os pagamentos que efetuarem as pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços
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