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CONTABILIDADE-FISCAL-E-TRIBUTÁRIA_compressed

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1 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 
2 O QUE É O TRIBUTO NO MUNDO ATUAL .................................................... 5 
3 SISTEMA TRIBUTARIO BRASILEIRO ............................................................ 6 
3.1 Tributos no Sistema Tributário Nacional.................................................... 7 
3.2 Princípios constitucionais tributários ......................................................... 8 
4 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................... 14 
4.1 Sujeitos ativos e passivos da obrigação tributária ................................... 14 
5 NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO ........................................................... 15 
6 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ...................................................................... 16 
7 IMPOSTO DA UNIÃO .................................................................................... 17 
7.1 COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social ........ 17 
7.2 CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido ................................. 18 
7.3 IE- Imposto sobre a Exportação .............................................................. 22 
7.4 ITR - Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural ............................... 24 
7.5 IOF – Imposto sobre importações financeiras ......................................... 26 
7.6 IR - Imposto de Renda ........................................................................... 28 
7.7 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados ........................................ 32 
8 IMPOSTO ESTADUAIS ................................................................................. 35 
8.1 ITCD- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação ................... 36 
8.2 ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
 38 
8.3 IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores ............. 43 
9 IMPOSTOS MUNICIPAIS .............................................................................. 44 
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3 
 
9.1 IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano ............................................ 44 
9.2 ISS – Imposto Sobre Serviços ................................................................. 46 
9.3 ITBI – Transmissão de Bens Imóveis ..................................................... 47 
10 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS .......................................................... 48 
11 REGIME TRIBUTARIO ............................................................................... 49 
11.1 Lucro Real ............................................................................................ 49 
11.2 Lucro Presumido .................................................................................. 53 
11.3 Simples Nacional ................................................................................. 56 
12 POR DENTRO DA CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA .................................. 59 
13 FUNÇÕES DO PROFISSIONAL TRIBUTARISTA ...................................... 60 
14 O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................................................ 62 
14.1 Aplicações de contabilidade tributária .................................................. 63 
15 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA O SETOR 
EMPRESARIAL .............................................................................................................. 63 
16 A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO REGIME PARA RECOLHIMENTO DO 
IRPJ E CSLL .................................................................................................................. 67 
17 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 69 
18 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
 O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao 
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para 
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça 
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, 
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao 
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida 
e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
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5 
 
2 O QUE É O TRIBUTO NO MUNDO ATUAL 
 
Fonte: buscaai.com 
Tributo é definido como a parcela que a sociedade entrega ao Estado, em dinheiro, 
de forma obrigatória, para financiamento dos gastos públicos. Tributo é gênero, da qual 
são espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e 
contribuições especiais. 
Na legislação, especificamente no art. 3° da Lei 5.172 – Código Tributário Nacional 
– CTN, devidamente recepcionado pela atual Constituição Federal, assim está definido: 
“Art. 3° - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela possa se exprimir, que não se constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” 
 Então, os tributos que o contribuinte paga ao estado através da ação do fisco é 
utilizado pelo governo para a manutenção do bem público. 
Existe outra definição de tributo inserta no art. 9º da Lei 4.320/64, que pode ser 
um complemento à conceituação acima. 
 
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6 
 
Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, 
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição 
e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio 
de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades. 
Logo, o tributo possui natureza obrigacional. Assim, por intermédio da prestação, 
cumpre-se uma obrigação, a obrigação tributária. 
De regra, a lei instituidora do tributo será a lei ordinária. Apenas excepcionalmente, 
em casos previstos pela Constituição, é que se há de exigir a lei de complementar para 
este mister. 
Tributo não é multa, embora esta seja igualmente receita derivada. Exclui-se da 
hipótese de incidência tributária matérias de conteúdo punitivo, uma vez que a tributação 
não possui caráter sancionatório. 
3 SISTEMA TRIBUTARIO BRASILEIRO 
O Sistema Tributário Nacional brasileiro é um dos mais complexos do mundo. Por 
esse motivo sua estrutura é mundialmente conhecida por ser extensa e complicada, tanto 
na apuração dos tributos como em sua carga tributária. É, portanto, um desafio para 
profissionais contábeis e tributários se dedicar para compreender o funcionamento dele, 
bem como conhecer as leis e regulamentações que o compreendem. 
O funcionamento do Sistema Tributário Nacional é pautado no recolhimento de 
tributos, com o objetivo de financiar as atividades do Estado, como melhorias nos serviços 
prestados à população, investimentos em infraestruturas e pagamentos dos salários dos 
servidores. Esses tributos podem ser cobrados diretamente pelo Estado ou 
indiretamente, quando o cidadão adquire um produto ou utiliza algum serviço, sejam eles 
de empresas privadas ou públicas. 
A complexidade do funcionamento surge por conta da não unificação das leis 
tributárias. Há, por exemplo, um tributo denominado ICMS (Impostosobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços) de competência estadual. Porém, cada estado tem sua própria 
legislação sobre o ICMS. Isso acaba criando 27 legislações, cada uma tratando 
especificamente de um dos mais complexos impostos no país! 
‘ 
7 
 
Observe essa dificuldade enquanto o imposto municipal, o ISS (Imposto Sobre 
Serviços). O Brasil possui cerca de 5600 municípios e cada um com sua legislação 
específica sobre o tributo. 
Além disso existem, os tributos federais, sob responsabilidade da União. O 
resultado é uma enorme legislação voltada unicamente para o Sistema Tributário 
Nacional. 
3.1 Tributos no Sistema Tributário Nacional 
Existem três tipos principais de tributos no Brasil, cada um destinado para 
diferentes áreas de utilização. Abaixo, vamos apresentá-los: 
Impostos: o imposto poderá ser utilizado em qualquer área, desde que haja 
legislação instituindo isso. Como exemplo, temos o ICMS (Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotores). 
O imposto é o principal financiador dos serviços públicos. 
Contribuições sociais: as contribuições possuem sua destinação definida na 
legislação, não podendo ser utilizada livremente. É uma das principais fontes de renda 
do Estado. O PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social) são exemplos de contribuição. 
Taxas: as taxas também compõem grande parte da arrecadação do Estado, visto 
que elas são pagas quando o contribuinte utiliza algum serviço público. Sua destinação 
assim como a contribuição também é pré-fixada. Exemplos de taxas são as que são 
pagas na emissão de documentos e taxas de registro em juntas comerciais. 
Além desses, a Constituição Federal ainda trata de mais 2 espécies de tributos, 
são elas: 
Contribuições de melhoria: Esse tributo é destinado ao custeio de obras 
públicas. Para ser cobrado, é necessária a existência de uma obra pública. Além disso, 
é indispensável, para que seja válido, que tenha havido valorização econômica do imóvel 
do contribuinte. Outra informação importante sobre esse tipo de tributo é que deve ser 
cobrado de uma vez, após a demonstração do custo da obra que gerou a valorização. 
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8 
 
Empréstimos compulsórios: É um tributo de competência da União. Como o 
nome sugere, o valor pago pelo contribuinte é devolvido. É preciso que o destino do 
tributo seja legalmente estabelecido. Além disso, para que seja válido, é indispensável a 
criação de uma lei complementar. 
3.2 Princípios constitucionais tributários 
Estão intimamente relacionados à necessidade de existir um limite para que a 
União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal sigam de maneira correta as 
imposições legais necessárias ao funcionamento harmônico do Estado. 
Com isso, é possível constatar que tais princípios constitucionais possuem como 
função precípua, a limitação do poder de tributar dos entes públicos, ou seja, estão 
diretamente ligados a ideia de uma competência tributária não absoluta, limitada sempre, 
às normas da Constituição Federal. 
 
Princípio da Legalidade 
 
O primeiro princípio é justamente o da legalidade, pois possibilita a existência de 
todos os demais princípios constitucionais. 
Tal princípio é mais antigo e pode ser encontrado em diversos diplomas legais ao 
longo da história e desenvolvimento do ser humano e consequentemente do próprio 
Estado. 
O primeiro documento oficial que se tem conhecimento, que contém nitidamente a 
ideia da legalidade nas questões que envolvem a tributação é a Magna Carta inglesa, de 
1215, do Rei João Sem Terra, onde os nobres e plebeus, reuniram-se e redigiram um 
documento que continha dentre os pedidos ao Rei João, a aprovação de um estatuto que 
proibisse a tributação irrestrita da Coroa, sem a participação e consenso prévio dos 
súditos. 
Mediante a tais fatos constatados ao longo da história, é possível arriscar a dizer 
que o conceito e formação do Estado, só é possível graças ao princípio da legalidade, 
pois o mesmo serve como sustentáculo da segurança jurídica e da justiça. 
‘ 
9 
 
No Brasil, a Constituição Federal de 1988, sedimentou tal princípio de maneira 
geral em seu Artigo 5º, II que prega o fato de que “ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” e de forma específica na matéria 
tributária em seu Artigo 150, I dizendo que “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios; exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. 
 “Em suma, a legalidade tributária não se conforma com a mera autorização de 
lei para cobrança de tributos; requer-se que a própria lei defina todos os aspectos 
pertinentes ao fato gerador, necessários à quantificação do tributo devido em 
cada situação concreta que venha a espelhar a situação hipotética descrita na 
lei.” AMARO Luciano (apud URBANO, Arthur 2014). 
Por fim, da análise do princípio da legalidade muitos autores afirmam que também 
existe no ordenamento jurídico uma legalidade mais específica, batizada de legalidade 
estrita considera como aquela responsável por certos requisitos específicos 
apresentados na lei de maneira taxativa. Prova disso é a redação do Artigo 97 do CTN. 
 
Princípio da Anterioridade 
 
O princípio da anterioridade está descrito no Artigo 150, III, b, da Constituição 
Federal e dispõe que é vedado a União, Estados, Distrito Federal e Municípios cobrar 
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou. 
É possível constatar que os tributos não poderão ser cobrados no mesmo ano do 
exercício financeiro em que a lei que os institui ou aumentou foi publicada, ou seja, caso 
a lei que instituísse ou aumentasse o tributo X fosse publicada em 2014, somente em 
janeiro de 2015 é que o tributo poderia ser cobrado com base nas novas regras. 
Mediante a tal fato, a maioria das leis eram publicadas no dia 31 de dezembro e a 
partir do dia seguinte 1º de janeiro os tributos já poderiam ser cobrados. Ora, essa prática 
além de ferir a lealdade tributária não parece ser a mais adequada, por isso o legislador 
criou a Emenda Constitucional 42, de 19 de dezembro de 2003, que acrescentou a alínea 
“c” ao Artigo 150, III da CF. 
Com tal medida, o texto constitucional passou a ter um dispositivo diferenciado 
relativo à anterioridade, ou seja, a CF passou a dispor de dois tipos de anterioridade a 
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10 
 
primeira delas já exposta acima e a segunda chamada pela maioria da doutrina de 
anterioridade nonagesimal ou anterioridade mitigada. 
Segundo o novo texto legal é vedado a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b. 
Com base na definição legal, observa-se que as duas modalidades de 
anterioridade devem ser observadas na contagem para a devida cobrança dos tributos, 
ou seja, primeiro são analisados os requisitos da anterioridade chamada de anual e 
depois os requisitos da anterioridade nonagesimal. 
Para uma visualização mais clara da situação de cumulatividade das 
anterioridades seguem os exemplos: 
(a) Anterioridade Anual: a Lei X majorou certo tributo em 31 de dezembro de 2014, 
ora para que se tenha a certeza da data que o tributo poderá ser exigido, primeiro analisa-
se a regra da anterioridade anual, ou seja, o tributo poderá ser exigido no dia 1º de janeiro 
de 2015. 
(b) Anterioridade Nonagesimal: a Lei X majorou certo tributo em 31 de dezembro 
de 2014, assim para que se tenha certeza da data adequada para a exigência do tributo, 
primeiro é feita análise da anterioridade anual, que permitirá a cobrança no dia 1º de 
janeiro de 2015, após serão observados os 90 dias de vacância obrigatórios dispostos 
na alínea “c” do Artigo 150, III, CF, assim o tributo só poderá ser cobrado emmeados de 
março de 2015. 
Com base nos exemplos, fica claro que a anterioridade nonagesimal é muito 
importante para manter a relação de lealdade entre fisco e contribuinte, além disso, é 
possível resumir as regras da anterioridade no sentido que caso um tributo seja criado 
ou majorado entre janeiro e setembro de um determinado ano, ele poderá ser exigido 
sempre a partir de 1º janeiro do ano seguinte. Porém, se essa situação ocorrer entre 
outubro e dezembro, por força dos 90 dias de vacância, a exigência só poderá ser feita a 
data posterior à 1º de janeiro. 
Como para toda regra há uma exceção, tanto o princípio da anterioridade anual, 
quanto o da anterioridade nonagesimal, não são absolutos, ou seja, há tributos os quais 
não se aplicam as regras presentes no Artigo 150, III, alíneas b, c da CF. 
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11 
 
No tocante ao princípio da anterioridade chamada de anual, a vedação contida na 
Lei não é válida para certos tributos, quais sejam, II, IE, IPI, IOF, IEG, Empréstimo 
Compulsório para Calamidade Pública ou Guerra Externa e após a EC nº.33/2001 
também para a CIDE - Combustível e ICMS - Combustível. 
A anterioridade nonagesimal, também possui suas exceções, pois sua regra não 
incide sobre II, IE, IR, IOF, IEG, Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou 
Guerra Externa, alterações na base de cálculo do IPTU e IPVA. 
 
Princípio da Isonomia ou Igualdade Tributária 
 
Ele está expresso no Artigo 150, II, da CF e de plano é possível visualizar o caráter 
isonômico de seu conteúdo, de tal forma, que nem os contribuintes que exerçam 
atividades ilícitas serão poupados do fisco. 
Prescreve que não poderá haver instituição e cobrança de tributos de forma 
desigual entre contribuintes que se encontram em condições de igualdade jurídica. É 
corolário do princípio constitucional de igualdade jurídica, encontrado no art. 5º, caput, da 
Constituição Federal. O princípio da isonomia, do mesmo modo, é encontrado na Carta 
Magna, em seu art. 150, II, in verbis: 
Constitui, ao lado de outros princípios tributários, uma vedação ao arbítrio do 
Estado, e, portanto, garantia assegurada ao indivíduo-contribuinte. É definido, portanto, 
como cláusula pétrea da Constituição, não podendo ser abolida nem mesmo através do 
expediente da Emenda Constitucional. 
 
Princípio da Capacidade Econômica 
 
É um princípio antigo, que surge nos textos legais na CF de 1946 e mantém seu 
ideal até os dias atuais, conforme texto do Artigo 145, §1º da CF de 1988: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
os seguintes tributos: 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
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especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
Ele basicamente pode ser observado por dois prismas diferentes, o primeiro deles 
a capacidade do legislador em um momento pré-jurídico eleger e observar os fatos na 
sociedade que indiquem sinal de riqueza para a elaboração de tributos. 
 
Princípio da Proibição de Tributo Confiscatório 
 
Esse princípio pode ser encontrado no Artigo 150, IV da CF de 1988, com a 
redação simples que afirma que é proibido utilizar o tributo com efeito de confisco. 
A partir de tal definição legal, é possível afirmar que esse princípio impede que o 
Fisco, ao cobrar um tributo, de se apossar dos bens do contribuinte, logo a finalidade do 
mesmo é manter a ordem e lealdade tributária, para que os tributos sejam exigidos de 
forma coerente e não invadam a âmbito da propriedade privada (bens) dos contribuintes. 
 “É obvio que os tributos (de modo mais ostensivo, os impostos) traduzem 
transferências compulsórias (não voluntárias) de recursos do indivíduo para o 
Estado. Desde que a tributação se faça nos limites autorizados pela Constituição, 
a transferência de riqueza do contribuinte para o Estado é legítima e não 
confiscatória. Portanto, não se quer, com a vedação de confisco, outorgar à 
propriedade uma proteção absoluta contra a incidência do tributo, o que anularia 
totalmente o poder de tributar. O que se objetiva é evitar que, por meio do tributo, 
o Estado anule a riqueza privada.” Ilustre doutrinador Luciano Amaro (apud 
URBANO, Arthur 2014). 
Princípio da Liberdade de Tráfego 
 
O princípio da liberdade de tráfego está previsto no Artigo 150, V da CF de 1988, 
trazendo a ideia de vedação aos entes públicos de instituírem e consequentemente 
cobrarem tributos em função da simples locomoção de pessoas ou bens entre municípios 
e estados. 
Desta forma, o legislador pretendeu inibir uma possível alternativa dos entes 
estatais de cometerem abusos fiscais, pois se a cobrança de tributos, nesses termos, 
fosse permitida, o próprio desenvolvimento do Estado seria ameaçado. 
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13 
 
É importante destacar, que o dispositivo legal, visa impedir a cobrança de tributos 
pelo simples ato de bens e pessoas cruzarem um município ou estado, ou seja, o tributo 
nesse caso oneraria o ato de trafegar, fato que iria imediatamente confrontar o princípio 
constitucional da liberdade de locomoção, presente no Artigo 5º, XV, da CF. 
Assim, resta claro que tal princípio não possui como postulado a proibição de 
tributar as operações entre municípios e estados, pois o escudo recai sobre a liberdade 
de locomoção. 
Contudo, o texto legal faz menção à exceção no caso dos pedágios, sem entrar 
na árdua discussão sobre a natureza do pedágio, o valor pago no guichê de cobrança 
ocorre em função da utilização de uma estrada mantida pelo Poder Público, ou seja, o 
valor não é pago por cruzar uma fronteira estadual ou municipal. 
Outro ponto que merece destaque é no tocante a cobrança de ICMS e o princípio 
em análise, ora confusão não deve ser feita, pois, o ICMS tem como fato gerador a 
circulação das mercadorias e não o cruzamento de fronteiras municipais ou estaduais. 
Resta claro, que o princípio da liberdade de tráfego está harmonicamente inserido 
no ordenamento jurídico e não contradiz os ditames do sistema jurídico pátrio. 
A matéria tributária possui extrema relevância no funcionamento do Estado como 
um todo, além disso seus princípios se fazem fundamentais para o correto e devido 
funcionamento da máquina estatal na função de arrecadar os tributos. 
‘ 
14 
 
4 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Fonte: contabils.com 
Para o estudo da obrigação tributária, leva-se em conta a obrigação como relação 
jurídica. Obrigação Tributária, portanto, é o liame (ligação, o que prende) entre devedor 
(contribuinte ou responsável) e credor (Fisco), que tem por prestação o tributo ou conduta 
de natureza tributária consistente em fazer ou não fazer. 
A obrigação tributária é a relação jurídica existente entre o sujeito ativo e passivo, 
que tem por objeto o pagamento de tributo e de penalidade pecuniária, também está 
conforme o CTN. 
4.1 Sujeitos ativos e passivos da obrigação tributária 
Na obrigação tributária estão envolvidos o sujeito ativo e o sujeito passivo. 
SUJEITO ATIVO: ESTADO 
SUJEITO PASSIVO: O CONTRIBUINTE 
CONTRIBUINTE DE DIREITO: o contribuinte previsto em lei. Exemplo: o 
revendedor de material de limpeza, é ele que vai recolher o ICMS, mas vai incluí-lo no 
preço final de seus produtos 
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15 
 
CONTRIBUINTE DE FATO: é aquele não previsto na lei, mas é quem suporta o 
ônus econômico. Exemplo: a dona de casa que compra o material de limpeza. Ela não 
recolhe o tributo, mas foi quem o pagou embutido no preço final. 
5 NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
Direito tributário é um ramo do direito administrativo que estuda os princípios e as 
regras aplicadas ao exercício do poder de tributos do Estado Democrático de Direito. 
Em outro conceito podemos dizer que Direito Tributário é a disciplinada relação 
entre o Tesouro Público e o contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e 
fiscalização dos tributos. 
No direito tributário é importante observação dos atos editados pelos entes 
tributantes (Lei, Decretos, Portarias, Instruções.) Os quais obedecem a uma hierarquia, 
ficando o que denomina fonte do direito. 
A hierarquia das leis é representada da seguinte forma: 
Poder Contribuinte Originário: 
 
 
Assim, em obediência a citada hierarquia: a Lei cria um tributo, o Decreto o 
regulamenta e as Portarias, Instruções Normativas e as resoluções etc., o 
complementam. 
‘ 
16 
 
6 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
É fundamental, para obtenção de recursos financeiros, que o Estado seja dotado 
de "poderes" específicos para este fim, e a Constituição Federal de 1988, pilar estrutural 
do Estado, garantiu aos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) os 
atributos necessários à obtenção de dinheiro para que proporcionem saúde, educação, 
justiça, segurança à população. Tais recursos, como regra, são obtidos de forma 
derivada, ou seja, derivam do patrimônio da própria população, dos contribuintes, que, 
em virtude de Lei, realizam a transferência de parcela de seus patrimônios individuais 
para a consecução do bem comum. 
O poder de criar tributos é repartido entre os vários entes políticos, de modo que 
cada um tem competência para impor prestações tributárias, dentro da esfera 
que lhe é assinalada pela Constituição. Temos assim a competência tributária, 
ou seja, a aptidão para criar tributos: Da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. Todos têm, dentro de certos limites, o poder de criar 
determinados tributos e definir o seu alcance, obedecidos os critérios de partilha 
de competência estabelecidos pela Constituição. A competência engloba, 
portanto, um amplo poder político no que respeita a decisões sobre a própria 
criação do tributo e sobre a amplitude da incidência, não obstante o legislador 
esteja submetido a vários balizamentos. AMARO Luciano, 2009 (apud MORAES 
William). 
 
A Constituição Federal não cria tributos, mas sim outorga competência para que a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio de lei, o façam. Desse 
modo, é possível afirmar que competência tributária é o poder ou aptidão, outorgado 
constitucionalmente aos entes políticos, para que editem leis que instituam tributos. 
 A competência tributária é a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída 
ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação 
tributária. SABBAG Eduardo (apud MORAES William). 
A constituição federal, atribui competência para cada ente da federação para 
instituir os impostos, os quais são distribuídos da seguinte forma: 
‘ 
17 
 
7 IMPOSTO DA UNIÃO 
Os Tributos Federais, eles representam 65,95% de todo imposto arrecadado. 
Reconhecidos por siglas, no Brasil, constituem-se numa gama extensa de tributos 
arrecadados pela União, previstos pela Constituição Federal, entre os quais: 
• Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
• Imposto sobre a Exportação (IE) 
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 
• Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) 
• Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física 
e jurídica) 
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
• Programa de Integração Social (PIS) 
Além de taxas, contribuições de intervenção e outros tributos (assim 
considerados), como o FGTS e as demais contribuições previdenciárias 
7.1 COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
A COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, foi instituída 
pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991. 
A contribuição COFINS, atualmente, é regida pela Lei 9.718/1998, com as 
alterações subsequentes. 
 
Contribuintes 
São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de direito privado em geral, 
inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as 
microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (Lei 
Complementar 123/2006). 
 
http://www.portaltributario.com.br/tributos/cofins.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/impostodeexportacao.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributos/itr.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributario/iof.htm
http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/ipi.html
http://www.portaltributario.com.br/tributos/pis.htm
‘ 
18 
 
Base de cálculo 
A partir de 01.02.1999, com a edição da Lei 9.718/1998, a base de cálculo da 
contribuição é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevante 
o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. 
 
Alíquotas 
A alíquota geral é de 3% (a partir de 01.02.2001) ou 7,6% (a partir de 01.02.2004) 
na modalidade não cumulativa. 
Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada 
Nas pessoas jurídicas que tenham filiais, a apuração e o pagamento das 
contribuições serão efetuados, obrigatoriamente, de forma centralizada, pelo 
estabelecimento matriz. 
 
COFINS não cumulativa 
Através da Lei 10.833/2003, para as empresas optantes pelo Lucro Real, com 
exceções específicas, foi introduzido o regime de não cumulatividade da COFINS sobre 
a receita bruta. 
A base de cálculo da COFINS no regime não cumulativo é o faturamento mensal, 
este sendo entendido pela fiscalização como o total das receitas auferidas pela pessoa 
jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. 
Neste regime, há a possibilidade de o contribuinte apropriar créditos sobre 
determinados custos e despesas. 
7.2 CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido 
A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída pela Lei 
7.689/1988. 
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento 
estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de cálculo 
e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo 57). 
‘ 
19 
 
Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido 
ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), 
também pela forma escolhida. 
Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real 
e a CSLL pelo Lucro Presumido. 
Escolhida a opção, deverá proceder à tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, 
pela forma escolhida. 
Base de cálculo da CSLL 
Para as empresas no regime Lucro Presumido a partir de 01.09.2003, por força do 
artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas 
optantes pelo lucro presumido corresponde a: 
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares 
e de transporte; 
32% para: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza. 
Deduções da Receita Bruta: Da receita bruta poderão ser deduzidas as vendas 
canceladas, os descontos incondicionalmente concedidos e os impostos não cumulativos 
cobrados destacadamente do comprador ou contratante, e do qual o vendedor dos bens 
ou prestador dos serviços seja mero depositário (IPI e ICMS Substituição Tributária). 
A receita bruta poderá ser considerada pelo regime de caixa, desde que o critério 
seja adotado também para o IRPJ, PIS e COFINS. 
Adições à Base de Cálculo 
Deverão, ainda, ser somadas à base de cálculo da CSSL no Lucro Presumido: 
 
• Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos 
decorrentes de receitas não compreendidasna atividade, inclusive: 
• Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre 
pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, 
‘ 
20 
 
exceto se a mutuaria for instituição autorizada a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil; 
• Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias 
permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações 
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do 
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; 
• Os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em 
bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
• A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da 
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à percepção da 
mesma; 
• Os juros relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou 
compensados; 
• As variações monetárias ativas; 
 
Nota: A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações monetárias 
dos direitos de créditos e das obrigações, em função da taxa de câmbio, serão 
consideradas, para efeitos da base de cálculo, entre uma das seguintes opções: 
• No momento da liquidação da operação correspondente ("regime de 
caixa"); ou 
• Pelo regime de competência, aplicando-se a opção escolhida para todo o 
ano-calendário. 
• Juros remuneratórios do capital próprio pagos ou creditados por sociedade 
da qual a empresa seja sócia ou acionista. 
• Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de 
renda fixa e renda variável. 
• O resultado do cálculo do preço de transferência, decorrentes de operações 
externas de exportação ou mútuo com empresas vinculadas ou 
domiciliadas em países com tributação favorecida. Nesta hipótese, será 
somada 12% da diferença da receita de exportações e o valor integral da 
receita com mútuo apurados segundo as regras do IRPJ. 
‘ 
21 
 
A base de cálculo para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real é o lucro 
contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. 
Antecipações Mensais 
As empresas que recolhem a CSLL por estimativa mensal, a partir de 01.09.2003, 
devem considerar a nova base de cálculo da CSLL de 32% para as seguintes atividades: 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de 
transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza; 
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e 
a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de 
prestação de serviços (factoring). 
 
Alíquotas da contribuição social 
 8% (oito por cento) até 30.04.1999. 
A partir de 01.05.1999, a alíquota foi majorada para 12% (doze por cento) e a partir 
de 01.02.2000 a alíquota é de 9% (nove por cento). 
Para as entidades financeiras e equiparadas a alíquota é de 15%. 
Receita bruta - regime de competência ou regime de caixa vinculado a opção da 
tributação do IRPJ 
Se a empresa apurar o IRPJ no Lucro Presumido segundo o regime de caixa sobre 
a receita bruta, deverá proceder ao cálculo da tributação pela CSLL também pelo regime 
de caixa. 
No caso de ter optado pela tributação do IRPJ pelo regime de competência, fará a 
apuração da CSLL segundo este regime. 
Ou seja, a escolha entre regime de caixa e regime de competência, no IRPJ, 
vincula a forma de apuração da CSLL. 
‘ 
22 
 
7.3 IE- Imposto sobre a Exportação 
Segundo a Constituição Federal (art. 153, II), o Imposto de Exportação é de 
competência exclusiva da União. 
Tem como fato gerador a saída de produto nacional ou nacionalizado do território 
nacional. 
 Uma de suas características é a cobrança com função fiscal e regulatória, não só 
na medida em que se presta a arrecadação, mas também de acordo com a variação de 
suas alíquotas, à disciplina do fluxo de exportação. 
O imposto de exportação não se sujeita ao princípio da anterioridade, podendo ser 
alterado no mesmo exercício financeiro. É facultado ao Poder Executivo, atendidas as 
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do IE. No CTN - No 
Código Tributário Nacional, encontramos as regras e as disciplinas para o imposto em 
seus artigos 23 a 28. 
Na legislação ordinária, temos o Decreto-lei nº. 1.578/77, que dispõe sobre o 
imposto de exportação. 
O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de 
produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território 
nacional - art. 23 do CTN. 
 O fato gerador se caracteriza com o fato material da saída de produto nacional, 
ou nacionalizado, para outro país, qualquer que seja a finalidade de quem remete, e não 
com o negócio jurídico da compra e venda do exportador para o estrangeiro. 
Com exceção dos casos pessoais, como bagagens, estabelecidos no art. 23 do 
CTN e art 1º do Decreto-Lei nº 1.578/77, não importa que se trate de doação ou 
mercadoria do próprio remetente, o fato da saída para fora do país ocasiona o fato 
gerador. 
 Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da Guia de 
Exportação ou documento equivalente. 
O Poder Executivo relacionará os produtos sujeitos ao imposto. 
 
 
‘ 
23 
 
Contribuinte 
Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar, considerada 
qualquer pessoa que promova a saída de produtos do território nacional, podendo 
também a lei equipar terceiro ao exportador. (art. 27 do CTN e art. 5º do Decreto-Lei nº. 
1.578/77). 
 
Base de cálculo 
A base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar, 
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência 
no mercado internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder Executivo, 
mediante ato do Conselho Monetário Nacional. 
O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal. 
Quando o preço do produto for de difícil apuração ou for susceptível de oscilações 
bruscas no mercado internacional, o Poder Executivo, mediante ato do Conselho 
Monetário Nacional, fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, 
para apuração de base de cálculo. 
Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das 
mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção, 
acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e de margem de lucro de quinze 
por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições. 
A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço excedente 
de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela 
estabelecidos. 
 
Alíquotas 
A alíquota do imposto é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou 
aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. 
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 150%. 
O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar 
as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política 
cambial e do comércio exterior. 
‘ 
24 
 
 Devido ao fato de que o equilíbrio da balança comercial depende 
fundamentalmente do esforço de exportação e que o imposto é extrafiscal, o imposto é 
minimamente exigido, sendo comum o uso da alíquota zero, pois, o fator constitutivo do 
dever tributário não está na sua hipótese de incidência (ou fato gerador), mas sim, no 
mandamento da norma de tributação. 
7.4 ITR - Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural 
O ITR é previsto constitucionalmente, através do inciso VI do artigo 153 da 
Constituição Federal. 
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, deapuração anual, tem 
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, 
localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. 
Considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas de 
terras, localizada na zona rural do município. 
A legislação que rege o ITR é a Lei 9.393/1996 e alterações subsequentes. 
 
Contribuinte 
Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou 
o seu possuidor a qualquer título. O domicílio tributário do contribuinte é o município de 
localização do imóvel, vedada a eleição de qualquer outro. 
 
O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua 
família, o proprietário que não possua outro imóvel. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os 
imóveis com área igual ou inferior a: 
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou 
no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; 
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na 
Amazônia Oriental; 
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lei9393.htm
‘ 
25 
 
São isentos do ITR: 
I - O imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, 
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, 
cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos: 
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção; 
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no 
artigo anterior; 
c) o assentado não possua outro imóvel. 
 
II - O conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe 
os limites fixados, desde que, cumulativamente, o proprietário: 
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros; 
b) não possua imóvel urbano. 
 
Entrega do DIAC 
O contribuinte ou o seu sucessor comunicará ao órgão local da Secretaria da 
Receita Federal (SRF), por meio do Documento de Informação e Atualização Cadastral 
do ITR - DIAC, as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel, bem como 
qualquer alteração ocorrida, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal. 
Declaração Anual - DITR 
O contribuinte do ITR entregará, obrigatoriamente, em cada ano, o Documento de 
Informação e Apuração do ITR - DIAT, correspondente a cada imóvel, observadas data 
e condições fixadas pela Secretaria da Receita Federal. 
 
Apuração pelo Contribuinte 
A apuração e o pagamento do ITR serão efetuados pelo contribuinte, 
independentemente de prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e 
condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, sujeitando-se a 
homologação posterior. 
A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável (VTNt). 
‘ 
26 
 
(Lei nº 9.393, de 1996, arts. 10, § 1º, I e III, e 11; RITR/2002, arts. 32 e 33; IN SRF 
nº 256, de 2002, arts. 32 e 33) 
O valor do ITR a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNt pela alíquota 
correspondente, considerados a área total e o grau de utilização (GU) do imóvel rural. 
(Lei nº 9.393, de 1996, art. 11; RITR/2002, art. 35; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35) 
A alíquota utilizada para cálculo do ITR é estabelecida para cada imóvel rural, com 
base em sua área total e no respectivo grau de utilização, conforme a seguinte tabela: 
(Lei nº 9.393, de 1996, art. 11, e Anexo; RITR/2002, art. 34; IN SRF nº 256, de 2002, art. 
34) 
 
Fonte:cadastrorural.gov.br 
7.5 IOF – Imposto sobre importações financeiras 
O IOF incide sobre: 
I - Operações de crédito realizadas: 
a) Por instituições financeiras; 
b) Por empresas que exercem as atividades de prestação cumulativa e contínua 
de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes 
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
c) Entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física; 
‘ 
27 
 
II - Operações de câmbio; 
III - Operações de seguro realizadas por seguradoras; 
IV - Operações relativas a títulos ou valores mobiliários; 
V - Operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial. 
 
Não incidências 
Não se submetem à incidência do IOF as operações realizadas por órgãos da 
administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e, 
desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades, as operações 
realizadas por: 
I - Autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - Templos de qualquer culto; 
III - Partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de 
trabalhadores e instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei. 
Fato gerador 
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto 
da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado. 
 
Contribuintes 
Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito. 
São responsáveis pela cobrança do IOF e pelo seu recolhimento ao Tesouro 
Nacional: 
I - As instituições financeiras que efetuarem operações de crédito; 
II - As empresas de factoring adquirentes do direito creditório; 
III – A pessoa jurídica que conceder o crédito, nas operações de crédito 
correspondentes a mútuo de recursos financeiros. 
O IOF funciona sob diferentes taxas para cada tipo de operação em que incide, 
entre os pagamentos com crédito, seguros, câmbio de moeda ou investimentos 
financeiros. 
‘ 
28 
 
Além de se diferenciar por cada operação, o IOF é um imposto que está em 
constante alteração, conforme decidido pelo governo brasileiro. 
7.6 IR - Imposto de Renda 
É um dos tributos administrados pela Receita Federal do Brasil (RFB), sendo 
devido tanto pelas pessoas jurídicas quanto físicas. 
 
Imposto de Renda - Pessoa Jurídica 
São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): 
I – As pessoas jurídicas; 
II – As empresas individuais. 
As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, 
registradas ou não. 
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência 
sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, em 
relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos 
para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 9.430/1996, artigo 60). 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas 
subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas 
(Constituição Federal, artigo 173 § 1º). 
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por 
uma das seguintes formas: 
a) Simples. 
b) Lucro Presumido. 
c) Lucro Real. 
d) Lucro Arbitrado. 
 
 
 
 
‘ 
29 
 
Base de cálculo 
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de 
ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao 
período de apuração. 
 
Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de 
capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da 
natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que 
decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto 
na norma específica de incidência do imposto. 
 
Período de apuração 
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por 
períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de 
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro real 
também pode ser apurado por período anual. 
Noscasos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do 
imposto devido será efetuada na data do evento. 
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da 
base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento. 
 
Alíquotas e adicional 
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota 
de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o 
Regulamento. 
O disposto neste item aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade 
rural. 
 
 
 
 
‘ 
30 
 
Adicional 
A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 
20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, 
sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). 
O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de 
extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação. 
O disposto neste item aplica-se, igualmente, à pessoa jurídica que explore 
atividade rural. 
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda 
apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%. 
 
Imposto de Renda - Pessoa Física 
São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) as pessoas físicas 
domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibilidade econômica ou jurídica 
de renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, 
sem distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão. 
A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no Brasil por residentes 
ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados estão sujeitos ao imposto de acordo 
com as disposições legais pertinentes. 
As pessoas físicas brasileiras deverão prestar contas à Receita Federal, apurando 
o imposto de renda devido segundo as normas do Regulamento do Imposto de Renda. 
Anualmente, deverão entregar a declaração de seus rendimentos e bens, pagando 
o imposto devido ou apurando a restituição, se houver. 
São tributáveis pelo IRPF os rendimentos (como salários, benefícios e 
remuneração por serviços prestados), ganhos de capital, juros e outras rendas (como 
aluguéis e direitos autorais) ou proventos. 
Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a 
Renda referente ao exercício de 2019 a pessoa física residente no Brasil que, no ano-
calendário de 2018: 
‘ 
31 
 
I) Recebeu rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual na declaração, cuja 
soma foi superior a R$ 28.559,70, tais como: rendimentos do trabalho assalariado, não 
assalariado, proventos de aposentadoria, pensões, aluguéis, atividade rural; 
II) Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na 
fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00; 
III) Realizou em qualquer mês do ano-calendário: 
- Alienação de bens ou direitos em que foi apurado ganho de capital, sujeito à 
incidência do imposto; ou operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e 
assemelhadas; 
IV) Teve a posse ou a propriedade de bens ou direitos, em 31/12/2018, inclusive 
terra nua, cujo valor total foi superior a R$ 300.000,00; 
V) Passou à condição de residente no Brasil e encontrava-se nessa condição em 
31 de dezembro. 
VI) Relativamente à atividade rural, com o preenchimento do Demonstrativo da 
Atividade Rural: 
- Obteve receita bruta superior a R$ 142.798,50; ou 
- Pretenda compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos de 
anos calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018; 
VII) optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de 
capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado 
na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contados 
da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de 
novembro de 2005. 
Dispensa 
A pessoa física que se enquadrou em qualquer das hipóteses previstas nos itens 
I a VII acima fica dispensada de apresentar a declaração se constar como dependente 
em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual sejam informados seus 
rendimentos, bens e direitos, caso os possua. 
‘ 
32 
 
7.7 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos 
industrializados, nacionais e estrangeiros. 
Suas disposições estão regulamentadas pelo Decreto 7.212/2010 (RIPI/2010). 
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda 
que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as disposições 
contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a 
notação "NT" (não-tributado). 
Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida no RIPI como 
industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária. 
 
Industrialização 
Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o 
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o 
aperfeiçoe para consumo, tal como: 
I – A que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na 
obtenção de espécie nova (transformação); 
II – A que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o 
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); 
III – A que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um 
novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal 
(montagem); 
IV – A que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da 
embalagem, ainda que em substituição do original, salvo quando a embalagem colocada 
se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou 
reacondicionamento); 
V – A que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto 
deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou 
recondicionamento). 
 
‘ 
33 
 
Não se considera industrialização: 
I – O preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de 
apresentação: 
a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, 
confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a 
venda direta a consumidor; 
b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a corporações, 
empresas e outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou 
dirigentes; 
II – O preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de 
máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, 
para venda direta a consumidor; 
III – A confecção ou preparo de produto de artesanato. 
IV - Confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em 
oficina ou na residência do confeccionador; 
V – O preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na 
residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja 
preponderante o trabalho profissional; 
VI – A manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de 
medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; 
VII – a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como 
atividade acessória; 
VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na 
reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: 
a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas 
coberturas); 
b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e 
centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas 
e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; 
c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; 
 
‘ 
34 
 
Nota:O disposto neste item não exclui a incidência do imposto sobre os produtos, 
partes ou peças utilizadas nas operações nele referidas. 
IX – A montagem de óculos, mediante receita médica; 
X – O acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, 
adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal 
e semelhantes; 
XI – o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos 
casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas 
operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o 
comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou 
recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas 
operações; 
XII – o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante 
substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda 
que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; 
XIII – a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda 
que com emprego de máquinas de costura; 
XIV – a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob 
encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, efetuada 
por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas 
interdependentes, controladora, controlada ou coligadas. 
Também por força do artigo 12 da Lei 11.051/2004, não se considera 
industrialização a operação de que resultem os produtos relacionados nos códigos 
2401.10.20, 2401.10.30, 2401.10.40 e na subposição 2401.20 da TIPI, quando exercida 
por produtor rural pessoa física. 
 
Contribuintes 
São obrigados ao pagamento do IPI como contribuinte: 
I – O importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço 
aduaneiro de produto de procedência estrangeira; 
‘ 
35 
 
II – O industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que 
industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos geradores 
decorrentes de atos que praticar; 
III – O estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos 
produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de 
atos que praticar; 
IV – Os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a 
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à 
impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade. 
É ainda responsável, por substituição, o industrial ou equiparado a industrial, 
mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou 
posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas pela 
Secretaria da Receita Federal. 
Fato gerador do IPI é: 
1. O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; 
2. A saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. 
A TIPI - Tabela do IPI, é uma lista de produtos com suas respectivas alíquotas. 
A atual tabela, vigente a partir de 01.01.2017, foi aprovada pelo Decreto 
8.950/2016 
8 IMPOSTO ESTADUAIS 
Tributos Estaduais equivalem a 28,47% de todo imposto arrecadado, sendo eles: 
• Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos – ITCD 
• Operações relativo à circulação de mercadoria e sobre prestação de serviços de 
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior – ICMS 
• Imposto sobre propriedade de veículo automotores – IPVA 
‘ 
36 
 
8.1 ITCD- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação 
O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCD encontra-se previsto 
no caput do inciso I e no § 1º do art. 155 da Constituição Federal de 1988. A alíquota é 
fixada pelo Senado Federal, não ultrapassando o percentual de 8%. Em Minas Gerais, o 
ITCD está previsto na Lei 14.941/2003 e é disciplinado no RITCD/05, aprovado pelo 
Decreto nº 43.981/05. 
As hipóteses de incidência são: 
1. Transmissões “Causa Mortis” (transmissões hereditárias ou testamentárias) 
• Bens imóveis situados em território do Estado e respectivos direitos; 
• Bens móveis, inclusive semoventes, direitos, títulos e créditos, e direitos a eles 
relativos, quando: 
a) O inventário ou arrolamento judicial ou extrajudicial se processar neste Estado; 
ou 
b) O herdeiro ou legatário for domiciliado no Estado, se o de cujus possuía bens, 
era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no Estado. 
 
É legítima a incidência do Imposto de Transmissão “Causa Mortis” no inventário 
por morte presumida. 
 
2. Doações de: 
 
• Bens imóveis situados em território do Estado e respectivos direitos; 
• Bens móveis, inclusive semoventes, direitos, títulos e créditos, e direitos a eles 
relativos, quando: 
a) O doador tiver domicílio no Estado; 
b) O doador não tiver residência ou domicílio no País e o donatário for domiciliado 
no Estado. 
Observe-se que dentre as hipóteses de incidência, nas transmissões por doação, 
incluem-se os bens e direitos que forem atribuídos a um dos conjugues, a um dos 
‘ 
37 
 
companheiros, ou a qualquer herdeiro, acima da respectiva meação (excedente de 
meação). 
 
Os prazos para o pagamento do ITCD são: 
1) Transmissão de causa mortis: 180 dias contados da data de abertura da 
sucessão; 
2) Cessão de direitos de forma gratuita: 
a) Antes da lavratura da escritura pública, se tiver por objeto bem, título ou créditos 
determinados; 
b) 180 dias contados da data de abertura da sucessão, quando a cessão se 
formalizar nos autos do inventário, mediante termo de desistência ou de renúncia 
com determinação de beneficiário; 
3) Substituição de fideicomisso: 15 dias contados do fato ou do ato jurídico 
determinante da substituição; antes da lavratura, se por escritura pública; antes 
do cancelamento da averbação no ofício ou órgão competente, nos demais casos. 
4) Excedente de meação decorrente de dissolução de sociedade conjugal ou de 
união estável: 15 dias contados da data em que transitar em julgado a sentença, 
ou antes da lavratura da escritura pública. 
5) Doação de bem, título ou crédito que se formalizar por escritura pública: antes da 
lavratura da escritura pública. 
6) Doação de bem, título ou crédito que se formalizar por escrito particular: 15 dias 
contados da data da assinatura do contrato. 
7) Nas transmissões por doação de bem, título ou crédito não referidas acima: 15 
dias contados da ocorrência da doação. 
 
Para cálculo do imposto devido, ou sua isenção, deve-se verificar a legislação 
vigente à época do fato gerador. O imposto é recolhido mediante DAE a ser emitido pelo 
sítio da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG). Se o imposto não 
for recolhido, dentro dos prazos previstos na legislação, acarretará a cobrança de multa 
e juros moratórios, sem prejuízo dos procedimentos fiscais e legais cabíveis. 
‘ 
38 
 
O documento, expedido pela SEF/MG, que comprova a regularidade do ITCD, é a 
Certidão de Pagamento / Desoneração do ITCD. Para viabilizar a emissão da referida 
Certidão, além de realizar o recolhimento do imposto, o contribuinte deverá preencher a 
Declaração de Bens e Direitos, por meio do Sistema Integrado de Administração da 
Receita – SIARE, disponibilizado no endereço eletrônico, 
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/impostos/itcd/solicitacao.htm 
8.2 ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços 
O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é 
de competência dos Estados e do Distrito Federal. 
Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a 
chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares92/97, 99/99 
e 102/2000. 
 
Destaque do imposto 
O ICMS devido é informado na nota fiscal, em coluna própria. 
Exemplo de preenchimento na coluna "Cálculo do Imposto" da nota fiscal 
eletrônica (NF-e) 
Base de Cálculo do ICMS: R$ 1.000,00 
Valor do ICMS: R$ 120,00 
Alíquota: 12% 
 
Incidências 
O imposto incide sobre: 
I – Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de 
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; 
II – Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por 
qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
‘ 
39 
 
III – Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, 
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição 
e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
IV – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos 
na competência tributária dos Municípios; 
V – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto 
sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável 
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. 
VI – A entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, 
ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do 
estabelecimento; 
VII – O serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 
VIII – A entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, 
quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de 
operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o 
adquirente. 
 
Contribuinte 
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade 
ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria 
ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: 
I – Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo 
permanente do estabelecimento; 
II – Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha 
iniciado no exterior, 
III – Adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas; 
‘ 
40 
 
IV – Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo 
e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização 
ou à industrialização. 
 
Local da operação ou da prestação 
O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e 
definição do estabelecimento responsável, é: 
I – Tratando-se de mercadoria ou bem: 
 
a) do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato 
gerador; 
b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação 
fiscal ou quando acompanhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação 
tributária; 
c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente, 
de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado; 
d) importado do exterior, a do estabelecimento onde ocorrer a entrada física; 
e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido; 
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria 
importada do exterior e apreendida; 
g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, 
nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e 
combustíveis dele derivados, quando não destinados à industrialização ou à 
comercialização; 
h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como 
ativo financeiro ou instrumento cambial; 
i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e 
moluscos; 
II – Tratando-se de prestação de serviço de transporte: 
a) onde tenha início a prestação; 
‘ 
41 
 
b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de 
documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como 
dispuser a legislação tributária; 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por 
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja 
vinculada a operação ou prestação subsequente; 
III – tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação: 
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim 
entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e 
recepção; 
b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, 
cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago; 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por 
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja 
vinculada a operação ou prestação subsequente; 
d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por 
meio de satélite; 
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos. 
IV - Tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do 
estabelecimento ou do domicílio do destinatário. 
 
Ocorrência do fato gerador 
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: 
I – Da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para 
outro estabelecimento do mesmo titular; 
II – Do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer 
estabelecimento; 
III – da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em 
depósito fechado, no Estado do transmitente; 
IV – Da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, 
quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; 
‘ 
42 
 
V – Do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, 
de qualquer natureza; 
VI – Do ato final do transporte iniciado no exterior; 
VII – Das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a 
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
VIII – Do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
 
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação 
expressa de incidência do imposto da competência estadual, como definido na lei 
complementar aplicável, 
IX – Do desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior; 
X – Do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; 
XI – Da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior 
apreendidas ou abandonadas; 
XII – Da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não 
destinados à comercialização ou à industrialização; 
XIII – Da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado 
em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente. 
 
Não cumulatividade do imposto 
O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação 
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo 
ou por outro Estado. 
É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente 
cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou 
simbólica, no estabelecimento.‘ 
43 
 
Substituição Tributária 
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer 
título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que o contribuinte assumirá 
a condição de substituto tributário. 
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre 
uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou 
subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e 
interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor 
final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. 
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou serviços 
previstos em lei de cada Estado. 
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto 
pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido, que 
não se realizar. 
8.3 IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo 
devido anualmente pelos proprietários de automóveis de passeio ou utilitários, 
caminhonetes, motocicletas, ônibus, caminhões, aeronaves e embarcações, salvo em 
situações de isenção ou imunidade. 
Conforme legislação vigente, o IPVA tem como fato gerador a propriedade do 
veículo em 1º de janeiro de cada exercício. No entanto, tratando-se de veículo novo, 
considera-se ocorrido o fato gerador do imposto a data da sua primeira aquisição ou, se 
o veículo for de procedência estrangeira, a data do seu desembaraço aduaneiro. 
Também considera-se ocorrido o fato gerador a data da perda da imunidade ou isenção. 
O valor a pagar é calculado com base no valor venal do veículo, sobre o qual 
aplicam-se alíquotas que variam de 0,5% a 4 %. O pagamento do referido imposto pode 
ser feito de uma só vez (com desconto de 3%) ou em três parcelas consecutivas (sem o 
desconto), observando-se o valor mínimo da parcela (R$ 50,00). 
‘ 
44 
 
As datas de vencimento são escalonadas de acordo com o final de placa, 
iniciando-se em janeiro, e o contribuinte inadimplente fica sujeito a cobrança de multas e 
juros, bem como impedido de obter o licenciamento do respectivo veículo. 
A partir de 2019 os contribuintes que efetuaram todos os pagamentos em dia dos 
2 últimos anos (2017 e 2018) receberão um desconto extra de mais 3% na base de 
cálculo do IPVA 2019. 
A revisão ou restituição do IPVA podem ser solicitadas, caso haja discordância do 
valor calculado pela SEF/MG ou se efetuado pagamento a maior. 
O Estado repassa ao município onde o veículo está licenciado, 50% da receita 
arrecadada com o IPVA, depois de descontado o percentual do FUNDEB, previsto no 
Inciso II, do parágrafo 1º do artigo 31, Lei 11.494/07. O produto da arrecadação deve ser 
aplicado na prestação de serviços públicos como saúde, educação e segurança. 
Em Minas Gerais, a cobrança e o controle da arrecadação do IPVA é 
responsabilidade da Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais (SAIF) - 
Subsecretaria da Receita Estadual (SRE), da Secretaria de Estado de Fazenda 
(SEF/MG). 
9 IMPOSTOS MUNICIPAIS 
E com 5,58% de todo imposto arrecadado, os impostos Municipais 
• Propriedade predial e territorial urbano – IPTU 
• Serviços de qualquer natureza – ISS 
• Transmissão de Bens Imóveis – ITBI 
9.1 IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano 
É um imposto cobrado de quem tem um imóvel urbano. Pode ser casa, 
apartamento, sala comercial ou qualquer outro tipo de propriedade em uma região 
urbanizada. 
‘ 
45 
 
Ele é um imposto cobrado pelas prefeituras. Cada cidade escolhe os critérios para 
a cobrança. O valor dele varia conforme a avaliação do imóvel. 
Todo o dinheiro arrecadado com o IPTU fica no município. E, com isso, ele pode 
ser usado em obras na cidade. 
O dono do imóvel é o responsável pelo pagamento do imposto. É em seu nome 
que está enviado o boleto de pagamento do imposto e, se houver atraso, a multa com a 
prefeitura é feita no seu nome. 
O locatário pode fazer o pagamento do IPTU para o dono do imóvel, desde que 
isso esteja previsto no contrato de aluguel. 
 
Quem tem que pagar por ele? 
O proprietário do imóvel é o responsável pelo pagamento do IPTU. Ele pode ser 
tanto pessoas físicas (consumidores) como empresas jurídicas (empresas). Cada imóvel 
tem o próprio IPTU. Então, se possuir mais de uma casa, vai pagar mais de um imposto. 
Se o terreno não tiver nenhuma construção, é preciso pagar o Imposto Territorial 
Urbano no lugar do IPTU. E não pense que quem mora no interior está livre de impostos, 
não. Quem não vive em área urbana precisa pagar o ITR (Imposto Territorial Rural). 
Uma dúvida muito comum sobre o imposto é qual forma de pagamento é mais 
vantajosa: à vista ou parcelado. Primeiro é importante saber que cada cidade pode definir 
o percentual do desconto que vai oferecer no IPTU. É possível até mesmo que não haja 
desconto. 
Em São Paulo, por exemplo, o desconto em 2018 foi de 3%. Os moradores de 
Belo Horizonte tiveram desconto de 5% no pagamento antecipado. Já no Rio de Janeiro, 
o percentual foi de 7%. Em Salvador, o desconto foi maior ainda, de 10%! 
Cada município tem suas próprias regras e condições para Isenção do IPTU. As 
três capitais acima, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, tem isenção para quem 
é aposentado ou pensionista, entre outros. Um fator que pode fazer você se tornar isento 
a pagar o imposto é o seu imóvel ter valor venal abaixo da média estabelecida pelo 
prefeitura. 
‘ 
46 
 
Valor venal é o valor base do imóvel para a prefeitura ter um parâmetro na hora 
de calcular os impostos a ser cobrados. Esse valor é inferior ao do mercado, que é 
organizado para atender aos impostos pela venda do terreno, e ou, imóvel. 
As prefeituras utilizam o valor venal da propriedade para calcular o IPTU. O valor 
venal é um preço estabelecido pelo Poder Público (a prefeitura neste caso). Ele é 
diferente do valor de mercado, que é o preço do imóvel para compra ou venda. 
Alguns fatores influenciam o valor venal do imóvel, como: o tamanho do terreno, a 
localização, a área construída e o tipo de acabamento. A base de cálculo usa essas 
informações para depois multiplicar o valor venal pela alíquota que cada município 
estabelece para o IPTU. 
9.2 ISS – Imposto Sobre Serviços 
O ISS é o e veio substituir o antigo ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza). Ele é um tributo de competência dos municípios e Distrito Federal e incide 
sobre a prestação de serviços. É regido, a partir de 01 de agosto de 2003, pela Lei 
complementar 116/2003. Tem como fato gerador a relação de serviços contida na Lei nº 
11.438/1997. 
O ISS é pago pelas empresas prestadoras de serviços e profissionais autônomos. 
Aqueles que se encaixam no primeiro caso deverão recolher o ISS, além dos demais 
impostos, como: IR, PIS, COFINS, contribuição social ou, substituídos pelo Simples 
Nacional, caso optante. As empresas pagam uma alíquota de 5% sobre o valor da nota 
fiscal, excetuando decretos municipais que incentivam serviços como o de informática 
que, em algumas cidades, chega a 2% (alíquota mínima – Emenda Constitucional nº 37 
de 12 de junho de 2002). 
O profissional com curso superior, como advogados, médicos, arquitetos, 
administradores, entre outros que trabalhem sem vínculo empregatício, devem contribuir 
com o ISS. Nesse caso, eles devem pagar a contribuição anual, conforme a tabela 
proveniente dos serviços. Na situação em que o profissional não esteja inscrito na 
prefeitura como autônomo, a contratante deverá pagar os tributos devidos, efetuando o 
pagamento do valor subtraído dos impostos correspondentes (valor líquido). 
‘ 
47 
 
Pessoas jurídicas que em seu contrato social têm por objeto alguma atividade que 
corresponda a prestação de serviços e os autônomos com incidência do imposto deverão 
fazer a inscrição.

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