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Giulianna Barreto- S2 manhã-2020.2 • O sistema digestivo do ser humano começa na cavidade oral, vai ser por ela que vai entrar grande parte dos microrganismos, seja através dos alimentos, da respiração. • São misturados com as proteínas salivares e enzimas digestivas e seguem o seu caminho até o reto. • A cavidade oral é o local anatômico humano, com maior diversidade de microrganismos: Fungos, vírus e principalmente bactérias. MÚLTIPLOS HABITATS NA BOCA: • Mucosa • Língua • Superfície lisa • Sulcos dentários. • Especificidade microbiana para cada área dessas, devido aos aspectos biológicos dos microrganismos. • OBS: Somente se estabelecem microrganismos que possuem capacidade de aderência ás superfícies da cavidade bucal ou que, de alguma outra maneira, fiquem retidos. MOS EM EQUILÍBRIO: • Podem trazer para o hospedeiro vantagens: • Nutrição do hospedeiro (digestão de alimentos e síntese de vitaminas). • Estimulando a elaboração de anticorpos naturais • Mecanismo de antagonismo à instalação de microrganismos patogênicos. MOS EM DESEQUILÍBRIO: • Podem desencadear algumas infecções, anaeróbias, endocardite, cárie e doença periodontal. • Seja por alteração de dieta, de higiene. MICROBIOTA RESIDENTE: • Ou indígena, normal, autócne ou permanente. • Consiste em microrganismos relativamente fixos, encontrados com REGULARIDADE EM DETERMINADA ÁREA, podendo sofrer alterações com a idade, em algumas regiões do organismo. Quando perturbada se recompõe prontamente. (estimulo, idade) • Depende de fatores como: o Umidade o Temperatura o Fatores nutritivos o Substâncias inibitórias o Superfície adequada o Estrutura específica MICROBIOTA TRANSITÓRIA: • Ou adventícia, alóctone ou exógena • Formada por microrganismos PROVENIENTES DO MEIO AMBIENTE, que habitam A PELE E A MUCOSA por horas, dias ou semanas, não estabelecendo de forma permanente. • Normalmente não produz doença, mas se por algum motivo tiver alteração em número podem proloferar e produzir doenças; MICROBIOTA SUPLEMENTAR: • Espécies bacterianas QUE SEMPRE VÃO ESTAR PRESENTE em número baixo, mas se tiver algum estímulo pode aumentar caso ocorra alteração no meio ambiente (Ex: s.mutans na presença elevada de sacarose) Como vai ocorrer a implantação da microflora ¿ Etapas ecológicas na formação da microbiota. Transmissão (Familiar ou ambiental) Aquisição (adesão) Espécies pioneiras (aeróbios e facultativos) Sucessão microbiona (conforme vai crescendo, diversidade microbiana) Aumento da diversidade microbiana Comunidade climáx (microbiota indígena) INÍCIO DA COLONIZAÇÃO NO CONTATO COM OS MOS PRESENTES NO CANAL DE PARTO (LACTOBACILOS) FATORES QUE INFLUENCIAM: • VIA DE PARTO: passagem pelo canal vaginal ou cesariana • AMBIENTE: como condições sanitárias ou exposição à microbiota hospitalar • DIETA: leite materno ou fórmula. LEITE MATERNO: Streptococcus, Staphylococcus, Micrococcus, Lactobacilus, Bifidobacterium. • Lactose alta • Caseína baixa • Capacidade tamponante baixa • Fosfato de cálcio baixo MICROBIOTA TRANSITÓRIA: começa com uma grande presença de fungos e lactobacilos que também vão ser influenciadas pelo contato com a saliva da mãe, cuidadora. As ESPÉCIES PIONEIRAS CONTINUAM A SE MULTIPLICAR e crescer até que se encontrem UMA RESISTÊNCIA do ambiente. • Descamação das células epiteliais • Forças de mastigação • Fluxo salivar • Alterações de ph • Propriedade antimicrobianas da saliva. 3º MÊS: A microbiota é representada principalmente por estreptococos, estafilococos, pneumococos, lactobacilos e neisserias. A ERUPÇÃO DOS DENTES introduz outros habitats (superfícies lisas, fóssulas, fissuras e sulco gengival)- S sanguis e em seguida S.mutans. • O desenvolvimento de “nichos anaeróbicos “por condições redutoras, criadas pelos habitantes originais ou por características anatômicas, conduz a uma mudança na microbiota, de aeróbia para anaeróbia facultativa • Micrococos e neisseria, são substituídos por Veillonelas e Actinomyces. JANELA DE INFECTIVIDADE: • Período em que as crianças apresentam maior risco de aquisição de S.mutans: entre 19 e 31 meses. • Adoção de estratégias preventivas nesse período (Controle de dieta, higiene bucal, contato) ADOLESCENTES: • Aumento do número de espiroquetas e anaeróbios preto-pigmentados. IDOSOS: • C. albicans, S. aureus, P. aeruginosas. • OBS: Perda dos dentes, observa-se diminuição de estreptococos, lactobacilos, espiroquetas e anaeróbios. • Prótese: Sem higiene adequada promove infecções fúngicas recorrentes. SUCESSO MICROBIANA: • Processo dinâmico de mudança de um tipo de comunidade por outra em resposta a modificação do meio. • Formando uma microbiota madura ou comunidade climáx. • Modificação ou exposição de novos receptores para “adesão”, mudanças no ph, geração de novos nutrientes como produto final do metabolismo. SUCESSÃO ALOGÊNICA: É a substituição de um tipo de comunidade por outra, devido a alterações no habitat provocada por fatores não microbianos. EX: Cárie • Nascimento • Erupção de dente • Aparelhos bucais • Hábitos alimentares • Higiene bucal • Doenças orais e sistêmicas • Fármacos SUCESSÃO AUTOGÊNICA Comunidade altera o meio de tal forma que é substituída por outras espécies mais adaptadas. • Metabolismo das espécies pioneiras, remoção de nutrientes, produção de ácidos e outras substâncias inibitórias. COMUNIDADE CLIMÁX: • Traz uma resistência a colonização. • Previne a colonização por microrganismos exógenos (patogênicos para o indivíduo). • Competição por receptores de adesão • Competição por nutrientes endógenos • Criação de um microambiente que desencoraje o crescimento de espécies exógenas. • Produção de substâncias inibitórias. Para que se tornem parte da micorbiota indígena precisam ser retidos em algum local da cavidade bucal. Retenção de maneira adesiva ou não adesiva. GLICOCÁLICE: • Conjunto de estruturas de natureza polissacarídica situado externamente à parede celular das bactérias. • Extensão hidrofílica: conexão a superfície dental. • Pode estabelecer outras atrativas (pontes de hidrogênio, formação de par iônico e interação dipolo-dipolo. FÍMBRIAS: • Estruturas, geralmente, bastante alongadas para fora do glicocálice. • Auxiliam na formação de uma “ponte” que estabelece contato entre as bactérias e a superfície dental. ADESINAS: • Moléculas que se encontram na superfície da bactérias que reconhecem receptores específicos localizados na superfície dental, nas células epiteliais ou a película adquirida do esmalte. • Geralmente localizadas no glicocálice e nas fímbrias • Aquelas que são proteínas e reconhecem os carboidratos são denominadas lectinas. • Alguns estreptococos demonstram ácidos lipotecóicos que ligados a semelhantes de albumina e as células epiteliais da mucosa, funcionam como adesina. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO DOS MO: • TEMPERATURA: normal entre 35 e 36, bolsas periodontais pode chegar a 39º C- Porphynomona gengivalis. • POTENCIAL REDOX-ANAEROBIOSE: Amplo espectro de tolerância ao oxigênio. • PH: Neutro, sendo ótima condição de desenvolvimento dos MO. Doença periodontal: PH alcalino de 7,8. • FATORES DE NUTRIÇÃO: Endógenos (salivares), exógenos (dieta). • ADERÊNCIA E AGLUTINAÇÃO: A mastigação e o próprio fluxo natural salivar vai auxiliar remover aqueles microrganismos não fortemente aderidos. • MUCINAS: aglutinam os MO favorecendo a remoção deles. • AGENTES ANTIMICROBIANOS E INIBIDORES (bochechos, pastas, AB sistêmicos). • DEFESA DO HOSPEDEIRO (fatores não específicos ou inatos e fatores específicosou imunes) o Remoção física o Lisozima: une e agrega bactérias o Histidina- ajuda a regular os níveis de fungos da boca. • GENÉTICA DO HOSPEDEIRO
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