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Microbiologia Oral

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
MICROBIOLOGIA ORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afinal, devemos falar oral ou bucal ? 
 Oral e bucal são adjetivos relativos à boca, parecem iguais no significado, mas 
são muito diferentes. 
 Enquanto oral refere-se à boca no sentido verbal, vocal e de expressão oral, bucal 
significa a boca no sentido físico, anatômico. 
 
ECOLOGIA BUCAL 
Compostos de organismos vivos e de elementos ambientais. 
 Fatores Bióticos 
 Fatores Abióticos 
 
Fatores abióticos 
Constituídos pelo habitat. 
- estruturas anatômicas da região, incluindo mucosas, dentes e sulco gengival; 
- temperatura, umidade, pH. 
Fatores bióticos 
Constituídos pelos microrganismos que vivem no habitat. 
MICROBIOTA 
As superfícies do nosso organismo são colonizadas por microrganismos, mesmo 
quando em estado de saúde, os quais constituem a microbiota da região. 
 
Microbiota bucal: 
 A cavidade bucal é um sistema de crescimento aberto; 
 Somente se estabelece o microrganismo com capacidade de aderência ou que 
permaneça retido (sulcos, fissuras ou espaços interproximais dos dentes). 
Microbiota própria 
 Constituída por grande número de microrganismos, em especial bactérias; 
 Adquirida após o nascimento; 
 São microrganismos comensais que habitam a pele, cavidades em contato com a 
superfície e trato digestório; 
 Podem tornar-se patogênicos: 
 - alteração da imunidade do hospedeiro; 
 - virulência do mo; 
 Introduzidos em sítios estéreis. 
 
Microbiota normal 
 As superfícies das mucosas e da pele são colonizadas por uma microbiota 
característica; 
 Regiões que não apresentam microrganismos: laringe, cérebro e órgãos internos. 
 Importante pelas funções desempenhadas; 
 Dependente de: 
 - dieta, idade, estado hormonal, saúde, condições sanitárias, higiene pessoal. 
 Classificada em: residente (indígena), transitória (adventícia). 
 
A exposição a um MO pode causar: 
1. Colonização transitória 2. Colonização permanente 
3. Produzir doença 
 
IMPORTANTE 
 Os microrganismos transitórios são geralmente de pouca importância, desde que a 
microbiota residente permaneça íntegra. 
 Entretanto, se a microbiota residente for alterada, microrganismos transitórios podem 
proliferar e produzir doença. 
 
Microbiota suplementar: são espécies bacterianas que estão sempre presentes, porém 
em baixo número, e que podem aumentar, caso ocorram alterações no meio ambiente. 
Os lactobacilos que são encontrados em pequeno número no biofilme dental, em 
presença de sacarose, aumentam em número, podendo tornarem-se predominantes. 
 Biofilme dental; 
 Dorso da língua; 
 Sulco gengival; 
 
Efeitos prejudiciais: Microrganismos podem, por algum tipo de desequilíbrio, iniciar 
infecções anaeróbicas, endocardite bacteriana subaguda, doença cárie e doença 
periodontal. 
 
Cárie: 
 
Doença Periodontal: 
 
 
Nestas infecções endógenas, o agente etiológico pode estar presente no 
indivíduo sadio ou doente. 
 
SUCESSÃO MICROBIANA 
 
Processo dinâmico que envolve a mudança de um tipo de comunidade por outra em 
resposta a modificações no meio. 
 Promove o estabelecimento final de uma microbiota madura. 
Tipos de sucessão: alogênica e autogênica. 
 
Substituição devido a alteração do habitat por fatores não Sucessão alogênica: 
microbrianos. 
 Nascimento; 
 Erupção e perda dos dentes; 
 Inserção de restaurações dentárias e aparelhos; 
 Mudanças nos hábitos alimentares; 
 Procedimentos de higiene bucal; 
 Doenças nos tecidos moles ou duros da boca; 
 Doenças sistêmicas; 
 Uso de fármacos. 
Comunidade residente altera o meio de tal forma que é Sucessão autogênica: 
substituída por outras espécies mais adaptadas. 
Microrganismos pioneiros criam ambiente mais favorável aos invasores secundários, 
tornando o habitat cada vez mais desfavorável a microbiota normal. 
 Remoção de nutrientes; 
 Produção de ácidos e outras substâncias inibitórias; 
 
COMPONENTES DA MICROBIOTA BUCAL 
 
Natureza da microbiota bucal: 
Cocos gram-positivos 
Cocos gram-negativos 
Bacilos gram-positivos 
Bacilos gram-negativos 
Vibriões e espiroquetas 
Micoplasmas 
Fungos 
Vírus 
Fatores inibitórios: 
 Sistêmicos: 
Alterações hormonais 
Estresse* 
Diabetes* 
Leucemia 
Imunodeficiências 
Quimioterapias 
Uso de antimicrobianos 
Causam redução do fluxo salivar > Maior risco de infecção * 
 
Ação mecânica: 
Fluxo salivar (1,2L/24h) 
 Movimento muscular 
 Mastigação 
 Deglutição 
 Higiene bucal 
 Presença ou ausência de dentes 
 Integridade dos dentes e de seus tecidos de sustentação. 
 
MECANISMOS DE ADERÊNCIA DOS MICRORGANISMOS BUCAIS 
 
O mecanismo de retenção pode ser dividido em duas categorias: adesivo e não 
adesivo. 
Microrganismos que não são retidos na cavidade bucal são rapidamente eliminados. 
possibilitam que as bactérias tornem-se aderidas à superfície dos Retenção adesiva: 
tecidos bucais. 
 Glicocálice bacteriano: conjunto de estruturas de natureza polissacarídica que se 
situam externamente à parede celular das bactérias. É responsável pela adesão 
das bactérias aos sítios, favorecendo a formação de microcolônias. 
 Fímbrias: são estruturas, geralmente bastante alongadas para fora do glicocálice 
e podem, portanto, auxiliar na formação de uma “ponte” que estabelece contato 
entre as bactérias e a superfície dental. 
 Adesinas: moléculas encontradas nas bactérias que reconhecem receptores 
específicos localizados na superfície dental, nas células epiteliais ou na película 
adquirida do esmalte. 
 Polímeros bacterianos extracelulares: a formação de polissacarídeos 
extracelulares (PEC) a partir da molécula de sacarose e de outros açucares, 
representa importante papel na adesão entre os microrganismos e a estrutura 
dental. 
 Utilização de polímeros salivares: os constituintes salivares estão envolvidos na 
adesão inicial, bem como na acumulação de determinados microrganismos ao 
esmalte dental. 
 Aderência entre microrganismos: constituintes de superfície de uma espécie 
bacteriana, possuem capacidade de ligação a constituintes de outros 
microrganismos, da mesma espécie ou de espécies diferentes. 
 
Streptococus mitis, S. 
sanguis e S. mutans - aderem preferencialmente em superfícies duras; 
S. salivarius, - por possuir glicocálice fibrilar denso, adere 
preferencialmente nos epitélios da língua e mucosa oral. 
Ocorre por retenção mecânica. Retenção não adesiva: 
 Fossas 
 Fissuras de dentes 
 Lesões de cárie 
 Sulco gengival 
 Bolsa periodontal 
 Retenção mecânica por partículas alimentares 
 
 
 
 
BIOFILME DENTÁRIO 
Sinônimos: placa bacteriana, placa dentária, matéria alba, placa ácida. 
Biofilme consiste de uma ou mais comunidades de microrganismos, O que é biofilme? 
embebidas em uma matriz ou glicocálice, que recobrem uma superfície sólida. 
Biopelícula formada pós-eruptivamente. Película adquirida: 
 Adsorção de proteínas e glicoproteínas salivares e do fluido gengival na 
superfície dentária 
 Adere ao esmalte e outras superfícies sólidas presentes na boca 
 Espessura varia de 0,1 a diversos μm 
 Presente 15 min após limpeza dos dentes. Após 2h começa a ser colonizada por 
bactérias 
 Primeiro estágio na formação do biofilme dentário 
 
COMPOSIÇÃO DA PELÍCULA ADQUIRIDA 
 
Glicoproteínas sulfatadas; 
 Imunoglobulinas (IgA, IgG); 
Albumina; 
Lisozima; 
Amilase; 
Transferrina; 
Lactoferrina; 
Carboidratos; 
 
FUNÇÕES DA PELÍCULA ADQUIRIDA 
 
Proteção da superfície do esmalte contra ácidos de origem bacteriana; 
Influência na aderência de microrganismos bucais, podendo aumentar ou diminuir esta 
fixação; 
Substrato para microrganismos adsorvidos; 
Reservatório de íons protetores, incluindo flúor. 
 
COMPONENTES MICROBIANOSDO BIOFILME DENTÁRIO 
 
Comunidade pioneira > Comunidade intermediária > Comunidade clímax ---------- 
Sinalização entre as bactérias 
 
 Comunidade pioneira: 
15 min – 8H após limpeza adequada há colonização por: 
 Cocos G+ (60-80% das bactérias): Streptococcus sanguis, Streptococcus oralis, 
Streptococcus gordonii, Streptococcus mitior, Streptococcus milleri 
 Bastonetes G+: Actinomyces naeslundii 
 Dependendo da disponibilidade de sacarose: Streptococcus mutans, 
Streptococcus sobrinus 
 
 24H sem limpeza – Formação de camada de biofilme clinicamente evidenciável. 
 
 Comunidade intermediária:
Após 24H de multiplicação (após adesão inicial) 
Tempo de geração médio das bactérias do biofilme: 3h 
Proporção de Streptococcus diminui para 45% 
Cocos anaeróbios G- (Veillonella spp.) aumentam para 20% 
Espécies anaeróbias estritas e facultativas de Actinomyces: 25% em 3 dias 
Bastonetes anaeróbios G- (Fusobacterium nucleatum): 5% em 3 dias. 
 
Componentes microbianos da comunidade intermediária 
 
 Criam condições para instalação da comunidade clímax. 
 Streptococcus constellatus 
Campylobacter gracilis, Campylobacter rectus, Campylobacter showae 
Eubacterium nodatum 
Fusobacterium nucleatum 
Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens 
Peptostreptococcus micros 
 
 Comunidade clímax:
Biofilme maduro 
Favorecimento dos microrganismos anaeróbios pelo aumento da espessura do 
biofilme 
Aumento do número de bastonetes G- (Prevotella intermedia, P. Ioeschii, 
Porphyromonas gingivalis, Tannerella forshytia, Capnocytophaga spp., 
Eubacterium spp., Selenomonas spp.) 
Espiroquetas (Treponema denticola) 
Após 3 semanas de crescimento do biofilme um significativo número de bactérias 
não está mais viável. 
 
 
 
 PROPRIEDADES GERAIS DO BIOFILME 
 
Promove o desenvolvimento de um ambiente físico e químico apropriado; 
Facilita a obtenção e utilização de nutrientes, assim como a remoção de 
substâncias tóxicas; 
Proteção contra defesas do hospedeiro e contra substâncias tóxicas (antibióticos, 
etc.) 
 
 COMPOSIÇÃO DO BIOFILME 
 
 Microcolônias de células bacterianas distribuídas em uma matriz ou glicocálice 
 Outros componentes: polissacarídeos, células epiteliais descamadas, leucócitos, 
enzimas, sais minerais, glicoproteínas salivares, proteínas, pigmentos e restos 
alimentares. 
 
 FORMAÇÃO DO BIOFILME
 Envolve basicamente 4 etapas 
 
 Formação da película adquirida 
 Iniciação de uma comunidade pioneira: 
 3-8h após a limpeza predominam cocos G+. 
 Aderem-se a pequenas irregularidades, fissuras ou imperfeições 
que sejam “protegidas” das forças de limpeza bucal. 
 Comunidade pioneira 
 Comunidade clímax: apenas poucos microrganismos novos são introduzidos. 
 
 CONSEQUÊNCIAS DO BIOFILME 
 
 Cárie dental 
 Periodontite 
 
 CONTROLE DO BIOFILME 
 
 Físico: escovação 
 Químico: fluoretos e antissépticos 
 Dieta

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