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Lançamento de Projéteis 12 de fevereiro de 2021 Lavras, MG “A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - Bruna Rafaela dos Santos - Eduardo Cândido de Freitas - Henan Kaslauckas Correa Tonelli - Lavínia Ketlyn Paulo - Pedro Gabriel Lara Turma: 30G Professora: Jenaina ABI-Engenharias Data:12/02/2021 Lançamento Oblíquo ou Lançamento de Projeteis Para entender sobre lançamentos de projéteis, precisa-se de alguns conhecimentos básicos sobre vetores, movimentos uniformes e movimentos uniformemente variados, porém antes, vale a pena entender um pouco sobre uma área da mecânica denominada cinemática. A mecânica é a ciência que estuda os movimentos de diferentes corpos nas suas maneiras mais diversas. Essa ciência pode ser dividida em várias áreas entre elas: Dinâmica, cinemática, estática e etc. sendo a cinemática, a área mais discutida nesse artigo. A cinemática é a área da física que estuda os movimentos sem levar em consideração a sua causa. Dentro da cinemática existem alguns tópicos como movimentos uniformes, movimentos uniformemente variados, movimentos circulares, lançamento de projéteis e etc. Dentre os lançamentos de projeteis são divididos geralmente dois tipos: O lançamento oblíquo e a queda livre. A queda livre dos corpos: A queda livre dos corpos consiste em lançar ou abandonar projéteis de um morro ou qualquer desnível que contenha uma altura em relação a um referencial (geralmente o solo). Um esquema ilustrativo pode ser representado abaixo: Como o projétil sofrerá a ação da gravidade, logo ele será: 1.Acelerado se estiver caindo no mesmo sentido da aceleração da gravidade. 2.Desacelerado se ele estiver indo contra a aceleração da gravidade. Observe que é preciso que você defina um sentido para a aceleração da gravidade. As equações que representam esse movimento são as mesmas equações que representam os movimentos uniformemente variados fazendo apenas a substituição da aceleração pela aceleração da gravidade. https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/queda-livre O lançamento oblíquo: O lançamento oblíquo consiste em lançamento geralmente de um projétil em que este faz um ângulo qualquer em relação a um referencial (geralmente o solo). Um esquema ilustrativo pode ser representado abaixo: Nesse lançamento alguns cuidados devem ser tomados: 1.Deve-se tomar bastante atenção na decomposição do vetor velocidade 2.O lançamento obliquo obedece ao princípio da decomposição do movimento O principio da decomposição do movimento diz: Todo movimento complexo pode ser decomposto em vários movimentos mais simples sempre que possível. Assim o lançamento oblíquo por estar sobre dois eixos e sob a ação da aceleração da gravidade pode ser decomposto em dois movimentos mais simples. •Eixo y: O movimento presente no eixo y será o de queda livre •Eixo x: O movimento presente no eixo x será o movimento uniforme A conclusão que se pode tirar é de que a análise separadamente dos movimentos de cada eixo corresponde a análise do lançamento oblíquo de forma integral. Existem também alguns movimentos classificados como lançamento vertical, mas esse é apenas uma generalização do movimento de queda livre. Objetivos: O objetivo do trabalho foi analisar os dados obtidos experimentalmente com o lançamento de um projétil, o qual se trata de um movimento bidimensional. O foco foi analisar a composição dos movimentos horizontal e vertical do projétil. Introdução A experimentação realizada foi em virtude do lançamento horizontal, onde um projétil foi lançado de um plano inclinado de altura qualquer, tendo um alcance determinado. O Lançamento Horizontal pode ser considerado, de acordo com o princípio da simultaneidade, como o resultado da composição de dois movimentos simultâneos e independentes: queda livre (movimento vertical, sob ação exclusiva da gravidade, sendo uniformemente variado, pois sua aceleração se mantém constante) e movimento horizontal (movimento uniforme, pois não existe nenhuma aceleração na direção horizontal; o móvel o realiza por inércia, mantendo a velocidade com que foi lançado). Em cada ponto da trajetória, a velocidade resultante do projétil, cuja direção é tangente à trajetória, é dada pela soma vetorial da velocidade horizontal que permanece constante, e da velocidade vertical, cujo módulo varia, pois a aceleração da gravidade tem direção vertical. Assim, no lançamento horizontal, à medida que o móvel se movimenta, o módulo de sua velocidade cresce em virtude do aumento do módulo da componente vertical. Trata-se de um movimento em um plano vertical com velocidade inicial v=0 e com aceleração constante, que é igual a aceleração de queda livre g, com direção para baixo. No lançamento de projéteis, os movimentos horizontais (eixo x) e o vertical (eixo y) são independentes, o que facilita os cálculos. O vetor velocidade horizontal não varia, o que caracteriza movimento retilíneo uniforme, sendo assim, a aceleração é nula. O experimento realizado tem como objetivo estudar o movimento de um corpo em duas dimensões (x e y) e aprender a linearizar curvas. Materiais Utilizados: Tripé de ferro com sapatas niveladoras, prumo com fio, haste metálica, esfera de aço, papel carbono, papel sulfite, trena Método Experimental 1. A haste macha foi fixada no tripé tipo estrela com manípulo, e foi fixada na haste a rampa metálica em alturas pré-determinadas. 2. O conjunto: tripé, haste e rampa, foram colocados em quatro alturas diferentes, fixados em locais planos, e então o projetil esférico metálico foi lançado diversas vezes em cada uma das alturas. 3. No plano aonde o tripé foi fixado foram fixadas uma folha de papel sulfite e sobre esta uma folha de papel carbono, para demarcar as possíveis distancias horizontais atingidas pelo projétil em determinadas alturas. 4. Em cada uma das quatro alturas estabelecidas foram medidas tanto a altura vertical levando em consideração a altura da rampa de 15cm quanto a média das distancias horizontais demarcadas no papel sulfite. 5. Medimos, com a régua, o alcance que as esferas de ferro atingiram. Esse alcance é dado medindo-se a distância da projeção da rampa sobre o solo até o local onde a bola atingiu mais vezes o solo. A região entorno do centro foi medida e corresponde à medida do erro experimental. Métodos práticos Foi regulado o conjunto de lançamento com uma rampa horizontal em 40 cm; alinhado a folha sulfite com o conjunto de lançamento, para obter uma medição precisa. A folha carbono foi colocada por cima da folha sulfite para marcar a distância que o projétil percorreu após sair da rampa de lançamento. As folhas foram presas com fita adesiva. Foram realizados cinco lançamentos a 15 cm, 12 cm 9 cm e 6 cm. Após cada lançamento era registrado a posição do primeiro impacto do projétil. Após realizar os 5 lançamentos foi tirado a distância e anotado os dados para obter a média precisa das distâncias. Também foi feito o experimento com variação de y.Foram coletadas cinco medidas a 25 cm, 30 cm, 45 cm e 40 cm. Assim como para y constante em 40 cm foram anotados todos os dados do experimento com variação de y e feito à média dos valores. Resultados e discussão Os dados obtidos e as médias calculadas foram agrupados nas tabelas a seguir;em companhia aos seus respectivos gráficos : Tabela 1 - Dados do experimento de lançamento de projéteis y = 25 30 35 40 h= 6 9 12 15 6 9 12 15 6 9 12 15 6 9 12 15 1º 14,3 17,6 20,1 22,6 15,7 18,9 21,5 24,9 17 20,9 23,7 27,2 18,4 22,3 25,7 28,7 2º 14,6 18 20,3 22,7 16,2 18,9 21,7 25,3 17,3 21 24 27,1 18,7 22,4 25,3 28,6 3º 15 18,1 20,4 23,3 16,2 19,4 22 25,3 17,7 21,3 24,8 26,7 19,1 22,5 25,8 28,5 4º 15 18,3 20,5 23,3 16,5 19,7 22,4 25,3 17,7 21,2 25,1 26,5 19,4 22,625,5 29 Tabela 2 – Dados das médias das distâncias ( 𝒚), os desvios das distâncias (𝜹𝒚), a média dos desvios das distâncias ( 𝜹y) e a incerteza de calibração . y (cm) h= 𝑋 (cm) 𝛿𝑥 (cm) 𝛿𝑥 (cm) 𝜎𝑥 (cm) 25 6 14,725 1,1 0,276 0,05 9 18,000 0,8 0,200 0,05 12 20,325 0,5 0,125 0,05 15 22,975 1,3 0,325 0,05 30 6 16,150 0,9 0,225 0,05 9 19,225 1,3 0,325 0,05 12 21,900 1,2 0,300 0,05 15 25,200 0,6 0,150 0,05 35 6 17,425 1,1 0,275 0,05 9 21,100 0,6 0,15 0,05 12 24,400 2,2 0,55 0,05 15 26,875 1,1 0,275 0,05 40 6 18,900 1,4 0,350 0,05 9 22,450 0,4 0,100 0,05 12 25,575 0,7 0,175 0,05 15 28,700 0,6 0,150 0,05 Tabela 3 - Dados do cálculo das incertezas totais de X (𝜟x). y (cm) h= 𝛿𝑥 (cm) + 𝜎𝑥 (cm) = 𝛥x (cm) 25 6 0,276 + 0,05 = 0,326 9 0,200 + 0,05 = 0,250 12 0,125 + 0,05 = 0,175 15 0,325 + 0,05 = 0,375 30 6 0,225 + 0,05 = 0,275 9 0,325 + 0,05 = 0,375 12 0,300 + 0,05 = 0,350 15 0,150 + 0,05 = 0,200 35 6 0,275 + 0,05 = 0,325 9 0,15 + 0,05 = 0,200 12 0,55 + 0,05 = 0,600 15 0,275 + 0,05 = 0,325 40 6 0,350 + 0,05 = 0,400 9 0,100 + 0,05 = 0,150 12 0,175 + 0,05 = 0,225 15 0,150 + 0,05 = 0,200 Gráfico de y em função de x em papel milimetrado Gráfico de y em função de x² em papel milimetrado Gráfico de y em função de x em papel di-log Conclusão A partir do experimento realizado podemos observar que se o projétil fosse submetido à ação da gravidade e da resistência ar, nenhuma força atuaria sobre ele e, pelo princípio da inércia, o seu movimento seria uniforme e retilíneo, sua velocidade seria, em grandeza e direção, a velocidade inicial, mas como o projétil é pesado, seu peso comunica-lhe velocidade vertical de cima para baixo. Uma consideração importante a ser feita, é que, a velocidade vertical não é modificada pela intervenção da velocidade horizontal, mas a medida que aumenta a altura que a bola percorre na rampa, ela adquire uma velocidade horizontal maior, consequentemente atingindo um maior alcance. Por fim, conclui-se que a aceleração da gravidade independe da massa do corpo, e juntamente com o volume, apenas interferem em fins de cálculo por parte da resistência que o ar apresenta. Referências Tipler, P. A. Livro de Física 1. Fundamentos da Física Livro por David Halliday, Jearl Walker e Robert Resnick. Apostila de Laboratório de Física A Autores: Profs. Drs. Júlio César Ugucioni, Jefferson Esquina Tschida, Raphael Longuinhos Monteiro Lobato.
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