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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICEX DEPARTAMENTO DE FÍSICA BELO HORIZONTE, MG, BRASIL Física Experimental Básica: Mecânica Relatório nº7 Movimento de um projétil Autores: Leonardo Almeida Matos Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel Belo Horizonte, 24 de Outubro de 2020 Movimento de um projétil: Turma: PU9A Autores: Leonardo Almeida Matos; Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel Data: 24/10/2020 Resultados: Para os cálculos deste relatório, foram fornecidos as coordenadas x e y obtidas pelo computador do projétil lançado e foram fornecidos os seguintes dados: g = (9,78 +/-0,05) m/s2 e hy (altura desde a saída da canaleta até o chão) = (0,800 +/- 0,001) m Para o desenvolvimento da Tabela 1, foi-se necessário o ajuste das coordenadas x e y obtidas pelo computador de tal forma que o ponto inicial fosse coincidente à origem (0,0) do plano cartesiano: Tabela 1 - Coordenadas do projétil: Eixo x (m) Eixo y (m) 0 0 0,007 0,00656 0,01399 0,01136 0,02273 0,01879 0,03234 0,02579 0,04196 0,03278 0,05244 0,0354 0,06206 0,03977 0,07298 0,04195 0,08435 0,04327 0,09396 0,04239 0,10663 0,03933 0,11581 0,03758 0,12674 0,0319 0,13985 0,02404 0,1499 0,01748 0,15951 0,01093 0,16694 0,00306 0,17524 -0,00393 0,18267 -0,00822 0,18966 -0,01922 0,19753 -0,02578 0,20365 -0,03365 0,20845 -0,03933 Com os dados ajustados, gerou-se o Gráfico 1, o qual expressa a relação polinomial entre a posição horizontal da esfera presente no experimento e sua respectiva altura num instante ‘t’: Gráfico 1 Com o gráfico e seus dados em mãos é possível calcular a velocidade v0 em função dos parâmetros presentes na seguinte equação: y(t) = v0senθ.t + at2 (I)2 1 A qual pode evoluir para a equação (II), visto que o movimento é vertical e a aceleração da gravidade tem sentido contrário a ele: y(t) = v0senθ.t - gt2 (II)2 1 Considerando-se a Equação Geral a qual descreve o gráfico, pode-se relacionar os coeficientes encontrados após o ajuste polinomial à equação (II): Equação Geral: y = a0 + a1.x + a2 .x2 Coeficientes correspondentes à equação (II): y(t) = v0senθ.t - gt2 → a0 = 0 ; a1 = v0senθ ; a2 = - g2 1 2 1 Dessa forma, é possível concluir que as seguintes expressões são equivalentes: a2.x2 = - gt2 (III)2 1 Tal que o fator ‘x’ é dado por: x(t) = v0cosθ.t (IV) Substituindo-se (IV) em (III), obtém-se: a2.(v0cosθ.t)2 = - gt22 1 Isolando-se v0: v02 = −g 2.a .cosθ2 2 Contudo, para que os dados sejam substituídos de forma eficaz, necessita-se descobrir o ângulo teta (θ). Para isso, faz-se necessário o uso da equação (IV) e do coeficiente a1 presente na Equação Geral: a1.x = v0senθ.t → a1.(v0cosθ.t) = v0senθ.t .: a1 = tgθ Conclui-se que: arctg(0,96) = θ = 43,8º. Calculando a sua incerteza: θ , 17 , 17256° Δ = √( )δθδa1 2 * Δa21 = 0 0 * csc(θ)2 = 0 5 Desta forma: θ = (43,8 +/- 0,5)° Com os valores de cada grandeza e cada parâmetro, o valor de v0 foi encontrado: v0 = = 0,951 m/s)( −g 2.a .cosθ2 2 1/2 Para o cálculo da incerteza, tem-se: ∆v0 = v0 = 0,0139523 m/s √( . ) − )21 g∆g 2 + (− . )21 a1∆a1 2 + ( θ∆θ 2 Portanto: v0 = (0,95 +/- 0,01) m/s Ao final de sua trajetória, o corpo atingiu um ponto de contato com o chão, sendo que sua distância ao longo do eixo ‘x’ em relação à sua posição inicial pode ser determinada pelas relações descritas anteriormente. Denomina-se o alcance A da partícula o ponto de contato mencionado, este determinado a partir de seu movimento ao longo do eixos de coordenadas: ● Ao longo de ‘x’ tem-se uma componente a qual respeita o movimento retilíneo uniforme, onde: x = x0 + v0x.t → x-x0 = v0x.t ou ∆x = v0x*t , sendo ∆x o alcance do corpo (A). ● Ao longo do eixo ‘y’ a componente vertical respeita o movimento uniformemente variado devido à aceleração da gravidade, que está contrária ao movimento, encontrando-se: y = y0 + v0y.t - , considerando-se a altura inicial como hy e y = 0:2 g.t2 -hy = v0y.t - → 2 g.t2 gt senθ− 2 1 2 + v0 * t + hy Usando a fórmula de bhaskara: t = 2 (− g)* 21 −v senθ ± 0 √(v senθ) −4 (− g) h0 2 * 21 * y t’ = -0,422467 s; t’’ =0,387247 s Desconsiderando o tempo negativo (não existe), tem-se t = 0,387247 s. Calcula-se agora a incerteza de t: t } Δ = t * { √[ ]v0Δv0 2 + [ ]θΔθ 2 + [− ]gΔg 2 −√√[2 ]v0Δv0 2 + [2 ]θΔθ 2 + [ ]gΔg 2 + [ ]hyΔhy 2 + [− ]gΔg 2 ∆t = -0,0624241 s Portanto: t = (0,39 +/- 0,06) s Com t determinado, pode-se determinar o alcance: A = v0cosθ*t = 0,361789 m Calculando a incerteza de A: mA , 559426 Δ = A * √[ ]v0Δv0 2 + [ ]θΔθ 2 + [ ]tΔt 2 = 0 0 Deste modo, tem-se: A = (0,36 +/- 0,06) m = (36 +/- 6) cm Discussão: Pelos cálculos, obteve-se o ângulo θc = (43,8 +/- 0,5)°, porém, antes dos cálculos havia sido medido o (dado experimental) ângulo θe = (43,5 +/- 0,5)° , percebe-se uma pequena diferença entre os dois dados. Tal diferença pode ser explicada pela incerteza, tanto do cálculo de θc quanto da medida de θe, de forma que, pelas incertezas, pode-se obter θc e θ e com o mesmo valor. A velocidade inicial v0 calculada se demonstra bem plausível com o que se pode observar no vídeo do experimento. Ao observar o movimento de um projétil na terra, conforme proposto por Galileu, em Diálogos sobre novas ciências, pode-se analisá-lo separadamente em cada direção. Na direção vertical (eixo y), tem-se o Movimento Uniformemente Variável (MUV), pois a aceleração é constante, neste caso: a = -g, portanto, a componente vertical do vetor velocidade de qualquer objeto que segue um movimento de projétil (na terra) pode ser dada por vy = v0y - gt. Na direção horizontal (eixo x), tem-se o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), pois a velocidade é constante (obviamente a aceleração é nula) (usualmente, ignora-se a resistência do ar), a aceleração da gravidade (que tem direção vertical) não impacta a velocidade horizontal, portanto, a componente horizontal do vetor velocidade de qualquer objeto que segue um movimento de projétil (na terra) pode ser dada por vx = v0x. O Alcance A calculado também se demonstra bem plausível com o que se pode observar no vídeo do experimento. A diferença observada entre as três parábolas experimentais obtidas das três bolinhas soltas em três diferentes alturas (no minuto 2:13 do vídeo do experimento) pode ser explicada pela influência de v0 no Alcance do projétil, que pode ser visto na seguinte equação usada anteriormente: A = v0cosθ*t Repare que o tempo t também é afetado por v0. A altura de onde é solta a bolinha na canaleta influencia diretamente a velocidade inicial v0 do projétil. Isso ocorre porque quanto maior a altura da qual a bolinha é solta, mais tempo esta será influenciada pela força de seu peso e, consequentemente pela aceleração da gravidade, apresentando uma maior energia cinética. Contribuições: Para a realização deste relatório, a contribuição foi oriunda de ambas partes da dupla. Separação da Escrita: Resultados (Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel); Discussão (Leonardo Almeida Matos); Análise Gráfica e Cálculos de incerteza: Análisee Cálculos (Pedro Enrique de Medeiros Pereira Daniel); Cálculos (Leonardo Almeida Matos). Referências: Movimento de um projétil. Departamento de Química UFMG, Ciclo Básico. Disponível em: <https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/10/Movimento_de _um_Projetil_ERE.pdf>. Acesso: 22 de Outubro de 2020. CHAVES, Alaor; SAMPAIO, J. F.. Física Básica: Mecânica. 1ª Edição. Rio de Janeiro - RJ: Reichmann & Affonso Editores, 2000.
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