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A CARÊNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS 
 
 
 
NEEMIAS DA SILVA SOUZA 
 
 
 
A CARÊNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROJETOS 
POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO 
SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA 
2018 
 
 
 
NEEMIAS DA SILVA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
A CARÊNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PROJETOS 
POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DE ESCOLAS PÚBLICAS NO 
SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO 
 
 
Trabalho apresentado a Universidade Federal 
do Vale do São Francisco - UNIVASF, 
Campus Juazeiro, como requisito para 
obtenção do título de Bacharel em Ciências 
Sociais. 
 
Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Ramos 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA 
 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Souza, Neemias da Silva 
S719c 
 
 A carência da Educação Ambiental nos Projetos Políticos 
Pedagógicos de Escolas Públicas da Região no Submédio do Vale 
do São Francisco / Neemias da Silva Souza. –– Juazeiro, 2018. 
 XIII, 47 f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências 
Sociais) - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus 
Juazeiro, Juazeiro - BA, 2018. 
 Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Ramos. 
 
 Referências. 
 
 1. Educação ambiental. 2. Escolas Públicas. 3. 
Ambientalização. I. Título. II. Universidade Federal do Vale 
do São Francisco. 
 
 CDD 363.70071 
 
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Biblioteca SIBI/UNIVASF 
Bibliotecária: Ana Cleide Lucio CRB – 4 / 2064 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus por todos os benefícios feitos, pois sem ele nada poderia ser feito; 
À minha família, especialmente, meus pais; 
Á minha amada noiva Isabella Andrade pela dedicação e amor em prol de minha 
formação acadêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A Educação não muda o mundo. 
Educação muda às pessoas. Pessoas 
transformam o mundo” 
 
Paulo Freire 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
A3P Agenda Ambiental na Administração Pública 
CF Constituição Federal 
CNE Conselho Nacional de Educação 
COEA Coordenação Geral de Educação Ambiental 
DCNEA Diretrizes Nacionais para a Educação Ambiental 
EAD Educação à Distância 
EJA Educação de Jovens e Adultos 
FNDEP Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública 
FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente 
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
MEC Ministério da Educação e Cultura 
MMA Meio Ambiente 
ONU Organização das Nações Unidas 
OMS Organização Mundial de Saúde 
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais 
PCNEM Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio 
PEA-BA Programa de Educação Ambiental do Estado da Bahia 
PFEA Programa Fazendo Educação Ambiental 
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental 
PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos 
PRONEA Programa Nacional de Educação Ambiental 
PROSAD Programa de Pesquisa de Saneamento Básico 
SEDDF Secretaria de Educação do Distrito Federal 
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente 
UAB Universidade Aberta do Brasil 
UFPB Universidade Federal da Paraíba 
UNESCO United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
As crescentes crises ambientais, com a escassez dos recursos naturais, 
contaminação e poluição em variadas expressões da degradação socioambiental, 
têm despertado a atenção de diferentes atores sociais. A escola tem sido apontada 
como um protagonista de destaque no processo de formação de valores, 
conhecimentos, ações e comportamentos que deveriam estar comprometidos com 
as questões ambientais. Todavia, as escolas podem estar desconectadas destas 
questões socioambientais, sobretudo dos temas locais e da forma interdisciplinar, 
em oposição às normas e legislação, que prevêem a Ambientalização das escolas 
como um passo fundamental para a transformação e sustentabilidade da sociedade 
em geral. O objetivo da pesquisa foi analisar de que forma as escolas públicas estão 
contempladas com as abordagens de temas socioambientais, em seus Projetos 
Políticos Pedagógicos (PPP) no Vale do São Francisco. O trabalho desenvolvido 
como Pesquisa Documental, realizou-se por meio do acesso e análise dos PPPs das 
escolas incluídas na amostra. Estes documentos foram transcritos para a análise. A 
coleta de dados ocorreu por meio de Protocolo de investigação dos PPPs de oito 
escolas públicas da Educação Básica, do Vale do São Francisco, sendo quatro em 
Petrolina-PE e quatro em Juazeiro-BA. Foram selecionadas oito escolas públicas 
que tinham PPPs constituídos e que disponibilizaram seus documentos para a 
investigação. A amostra da pesquisa analisou uma totalidade de 482 páginas das 
duas cidades, onde destas, cerca de apenas 16 páginas (3,32%) eram dedicadas a 
EA. Também foi consultado o Banco de Dados do Programa Escola Verde, da 
Universidade Federal do Vale do São Francisco, o qual também possuiu 
informações relevantes sobre os documentos que norteiam o funcionamento das 
escolas. Os trechos transcritos foram submetidos à análise de conteúdo e 
relacionados à legislação e normativas governamentais. Os nomes das escolas 
foram mantidos em sigilo e anonimato em cumprimento aos princípios éticos da 
pesquisa científica. 
Palavras-chave: Educação ambiental. Escola. Interdisciplinaridade. 
Ambientalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Growing environmental crises, with scarcity of natural resources, contamination and 
pollution in various expressions of socio-environmental degradation, have aroused 
the attention of different social actors. The school has been identified as a prominent 
protagonist in the process of forming values, knowledge, actions and behaviors that 
should be committed to environmental issues. However, schools may be 
disconnected from these socio-environmental issues, especially local issues and the 
interdisciplinary way, as opposed to norms and legislation, which provide for the 
environmentalization of schools as a fundamental step towards the transformation 
and sustainability of society in general. The objective of the research was to analyze 
how the public schools are contemplated with the approaches of socioenvironmental 
themes, in their Pedagogical Political Projects (PPP) in the Valley of the São 
Francisco. The work developed as Documentary Research was carried out through 
the access and analysis of the PPPs of the schools included in the sample. These 
documents were transcribed for analysis. Data collection was carried out through a 
PPP investigation protocol of eight public schools of Basic Education, of the São 
Francisco Valley, four in Petrolina-PE and four in Juazeiro-BA. Eight public schools 
that had established PPPs and that made their documents available for the 
investigation were selected. The research sample analyzed a total of 482 pages of 
the two cities, where of these, about 16 pages (3.32%) were dedicated to EA. The 
Database of the Green School Program of the Federal University of the São 
Francisco Valley was also consulted, which also had relevant information on the 
documents that guide the functioning of the schools. The transcribed passages were 
submitted to content analysis and related to government legislation and regulations. 
The names of the schools were kept confidential and anonymous in compliance with 
the ethical principles of scientific research. 
 
Key words: Environmental education. School. Interdisciplinarity. Ambientalization. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................10 
2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12 
4 OBJETIVOS ......................................................................................................... 14 
4.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 14 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 14 
3 MARCO TEÓRICO ............................................................................................... 15 
3.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CONSTRUÇÃO SOCIAL DO HOMEM.................. 17 
3.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP ..................................................... 19 
3.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................... 20 
3.4 A AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A3P) ..................... 21 
3.5 PROGRAMA ESCOLA SUSTENTÁVEL – GESTÃO ESCOLAR - COMISSÃO DE 
MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA (COM – VIDA). .................................... 22 
3.6 LEI DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 9.795 ............................................................ 24 
3.7 PARÂMETROS CURRICULARES – PCN .......................................................... 26 
3.8 ORGANIZAÇÃO DOS PARÂMETROS CURRICULARES TRANSVERSAIS ..... 27 
3.9 GESTÃO ESCOLAR .......................................................................................... 29 
4 METODOLOGIA ................................................................................................... 31 
4.1 LOCAL E PERÍODO DA PESQUISA .................................................................. 32 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 33 
5.1 ANÁLISE ESCOLAR .......................................................................................... 35 
5.2 ANÁLISE DOCUMENTAL .................................................................................. 37 
5.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DA BAHIA .......................................... 41 
5.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DE PERNAMBUCO ............................ 41 
5.5 CONTAGEM DE COLÉGIOS PESQUISADOS .................................................. 43 
5.6 ANÁLISE DAS PÁGINAS DOS PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DA 
CIDADE DE PETROLINA – PE ................................................................................ 45 
 
 
5.7 ANÁLISE DAS PÁGINAS DOS PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DA 
CIDADE DA CIDADE DE JUAZEIRO-BA ................................................................. 46 
5.8 ANÁLISE DAS PÁGINAS DEDICADAS A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS 
PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS FUNDAMENTAIS DE 
PETROLINA-PE ....................................................................................................... 47 
5.9 ANÁLISE DAS DE PÁGINAS DEDICADAS A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS 
PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS FUNDAMENTAIS DE 
JUAZEIRO-BA ......................................................................................................... 48 
5.10 ANÁLISE DOS PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS DO 
ENSINO MÉDIO DA CIDADE PETROLINA-PE ....................................................... 49 
5.11 ANÁLISE DOS PROJETOS POLÍTICOS PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS DO 
ENSINO MÉDIO DA CIDADE JUAZEIRO-BA .......................................................... 50 
5.12 DATA DE APROVAÇÃO DOS PROJETOS POLÍTICOS ESCOLARES ........... 52 
5.13 SEÇÃO DE ABORDAGEM AMBIENTAL NOS PPP ......................................... 53 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 54 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 57 
APÊNDICE A ........................................................................................................... 59 
10 
 
1 APRESENTAÇÃO 
 
A Educação Ambiental (EA) é caracterizada por ser uma verdadeira forma de 
educar o homem nesse processo de formação na cidadania, onde a ele, não é 
limitado outras competências sociais, mas a este, mostra uma maneira mais eficaz 
de compreender, agir e constituir uma correta educação social. 
O avanço social de forma informatizada e múltipla, coloca como os acessos 
desses dados acerca do ensino a educação, como responsável pelas 
transformações que ocorreram no decorrer dos anos. A mesma passou a responder 
as perguntas mais básicas, frutos de um desenvolvimento racional apresentado ao 
homem. As questões ambientais são apontadas desde 2012 sobre a perspectiva das 
Diretrizes Curriculares Nacionais e a Política Nacional de Educacional (PNEA). 
Na década de 90 as ações ambientais nas instituições de ensino foram 
intensificadas, fazendo com que a inserção ambiental fosse inclusa nas escolas de 
maneira mais atuante no processo educacional do aluno, conforme os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCN). A partir desse contexto, notou-se que as ações 
apresentadas no decorrer dos anos nas escolas públicas da região são franciscana, 
apresentaram dificuldades semelhantes, e que envolviam atos já praticados no 
cotidiano escolar na relação da inserção da temática ambiental na região. 
O cenário atual nos mostra que o desenvolvimento da temática ambiental em 
sala de aula tem relação direta com as capacitações que envolvem os docentes, 
suas práticas didáticas e a construção dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das 
escolas. Práticas educativas efetivas, continuadas e interdisciplinares são as 
maiores dificuldades apresentadas pelas instituições de ensino, reveladas na 
formalização e constituição dos documentos normativos das escolas, como a 
pesquisa demonstrou. 
O professor é o responsável pelo desempenho dos conteúdos abordados 
dentro do âmbito escolar. Nessa perspectiva o autor Guimarães (2004) explica que 
nesse processo de interligação, o educador descobre novas áreas de conhecimento 
e entendimento ligando as demais disciplinas de forma transversal. 
 O ideal é que a partir da identificação das problemáticas socioambientais 
locais, os documentos instituídos por cada escola mantivessem um diálogo com 
11 
 
cada comunidade onde a escola está inserida. Desta forma promovendo e prevendo 
o conhecimento significativo e contextualizado. 
A problemática da pesquisa se fundamentou na reflexão das dificuldades que 
as instituições de ensino, enfrentavam para a execução formal da legislação 
pertinente à Educação Ambiental, na formulação dos Projetos Políticos Pedagógicos 
das escolas. Por isso a hipótese de que não havia uma adequação das escolas 
frente aos Projetos Pedagógicos e normativas vigentes eram reais. 
As ações que envolviam estas adequações ambientais, abarcavam toda 
estrutura pedagógica das escolas as quais estavam desconectadas da temática. 
Na análise documental observou-se que não houve a participação direta da 
comunidade na construção dos PPPs, ou esta participação não está definida de 
forma tácita ou explícita. Embora, algumas ações realizadas com programas de 
extensão universitária, promovem de forma direta, algumas atividades relacionadas 
à temática da Ambientalização das escolas. 
Para que a investigação documental dos dados possuísse confiabilidade e 
credibilidade no levantamento dos conteúdos, foi necessária a formalização do 
anonimato dos gestores e escolas. Foram feitas as análises documentais dos dados 
fornecidos pelos Projetos Políticos Pedagógicos, além de pesquisa bibliográfica 
crítica abordando as temáticas da EA. 
Os conteúdos observados na pesquisa foram analisados e colhidos para a 
tabulação de dados através de protocolo documental. O banco de dados do Projeto 
Escola Verde (PEV) foi utilizado como modo comparativo na construção das 
análises. Após o recebimento dos dados obtidos nas instituições de ensino foram 
feitos os procedimentos detabulação, através de programa estatístico. Os dados 
coletados pelo protocolo de pesquisa serviram de amostra para a construção 
informativa dos Projetos Políticos Pedagógicos das duas cidades pesquisadas. 
Foram pesquisadas oito escolas no Vale do São Francisco, e comprovadas 
que todas elas trabalham com os Projetos Políticos Pedagógicos em seus 
planejamentos escolares. Destas oito instituições de ensino, sete desenvolvem a 
temática ambiental em seus conteúdos, de forma pontual, esporádica e superficial. 
Ficou constatado que mais da metade das escolas pesquisadas estão com 
seus programas curriculares pedagógicos desatualizados, sobre os assuntos 
relacionados à EA. Comprovou-se também que 25% dos assuntos ambientais se 
concentram nas partes específicas dos PPP escolares, mostrando pouca interação 
12 
 
interdisciplinar dos conteúdos que abordam a EA com as outras disciplinas e ações 
desenvolvidas pelas escolas. 
 
2 INTRODUÇÃO 
 
A abordagem da Educação Ambiental (EA) no Século XXI já é bastante 
freqüente em diversos espaços e meios, contudo seus princípios são pouco 
colocados em prática, revelando que sua abordagem parece ineficaz, evidenciada 
pelo aumento crescente dos níveis de degradação socioambiental praticada em 
níveis local e global. 
Espaços formais, como escolas, são espaços formadores de opiniões, 
colaborando para as ações dos indivíduos em diversas fases de crescimento. Esta 
formação perpassa por ideais, conceitos e métodos, os quais podem ser 
desenvolvidos em projetos e programas que buscam uma formação comprometida 
com as problemáticas ambientais, bem como a adequação ambiental das 
instituições. 
As ações de Educação Ambiental nos ambientes escolares podem fomentar 
mudanças curriculares e nos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas. 
Quando trabalhamos com Educação Ambiental busca-se produzir 
conhecimento sobre toda e qualquer ação feita pelo homem, onde partindo de um 
pressuposto pedagógico, a mesma tenta se consolidar na educação. O 
entendimento que temos sobre ambiente, é um conceito que perpassa por 
fenômenos, sociais, históricos, políticos e culturais. 
Diante de um olhar geralista social é notório observar que estamos 
acostumados com os pontos teóricos, que acompanham a EA juntamente com os 
seus aspectos. Estes pontos são em grande maioria positivos, e seguem o sentido 
da palavra "Educação Ambiental" no trabalho e compreensão aceita no meio social. 
De acordo com Leff (2009), a Educação é anunciada como um despertar da 
razão, conhecimento e pensamento do homem, sendo ela colocada como 
responsável pelo avanço da ciência. Conseguimos entender através desse contexto 
que por meio das pesquisas e buscas históricas, observadas pela vivência 
educacional ambiental, que a mesma é um dos pontos importantes do avanço 
racional e social do homem. 
13 
 
A importância da Educação Ambiental no âmbito sócio-escolar tem gerado um 
processo permanente e contínuo na formação do homem. O seu método de inserção 
não é limitado pela educação escolar, mas é visto como porta principal na introdução 
da temática. 
Segundo Meyer (1992), a prática educacional é colocada como forma 
essencial na construção da criança, desde a sua introdução no ensino fundamental 
ao ensino médio, utilizando-a como estratégia e desenvolvimento educativo. 
A Educação Ambiental deve ser entendida como forma de educar e projetar 
ao homem a novas oportunidades, colocando-a como responsável pelo diálogo 
crítico e propositivo na base permanente educacional das escolas (SILVA, 2007, 
p.117). 
Nesse sentido a escola é a instituição que propicia ao homem um 
desenvolvimento nas diversas áreas de conhecimento, contemplando suas 
potencialidades e objetivos. Sua estrutura é prevista em lei e normativas, regidas 
pelo sistema educacional nacional Ministério da Educação (MEC), o qual compõe 
em sua base a inserção da Educação Ambiental docente. 
A escola é a primeira etapa de formação infantil por meio da interação com 
métodos didáticos e tecnológicos, ofertados para o desenvolvimento de novas 
experiências e saberes. Contudo, todos os meios educacionais que envolvem o 
método ambiental, perpassam por políticas públicas de vários níveis de instituições 
educacionais como: Creches, Escolas e Universidades, e se deparam com inúmeros 
problemas para o desenvolvimento da temática em sua estrutura curricular, sendo 
um obstáculo para a realização de uma Ambientalização na prática do ensino. 
A Ambientalização na base curricular é entendida como meio de 
conhecimento e valores sociais enraizados na estrutura sócio-educacional, e que 
envolvem conceitos éticos, ambientais e estudos que aprimorem a base curricular da 
educação, buscando entre eles um sentido de sustentabilidade ambiental. 
Nesse sentido, as estruturas escolares necessitam se adequar a normativa 
colocada pela Política Nacional de Educação Ambiental (BRASIL, 1999), ter 
conceitos e instrumentos que englobem a funcionalidade ambiental em suas 
atividades. Portanto, cabe ao corpo docente escolar se ajustar a reformulação em 
seus projetos e oficinas, as diretrizes do Programa Nacional de Educação Ambiental 
(PRONEA) (BRASIL, 2005), e da resolução colocada pelas Diretrizes Nacionais para 
a Educação Ambiental (DCNEA) (BRASIL, 2012). 
14 
 
Alguns conceitos que discorrem sobre a inclusão e formação ambiental dos 
profissionais da área de educação foram remetidos no Seminário Regional de 
Educação Ambiental ocorrido na Hungria no ano de 1983. O assunto 
“Implementação da Educação Ambiental nas Universidades” abordou aspectos 
sócio-culturais nos trabalhos de campo e formação nos programas curriculares dos 
docentes, promovendo uma interdisciplinaridade da educação ambiental Sato 
(2002). 
As inserções dos itens que auxiliam a formação do professor nas áreas 
ambientais buscam trazer uma construção de entendimento crítico, criativo e 
prospectivo, sendo capaz de analisar as difíceis relações entre processos naturais e 
sociais, para atuar no ambiente com uma perspectiva global, mas diferenciado pela 
realidade local Leff (2001). 
 
4 OBJETIVOS 
4.1 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo central deste projeto foi investigar de que forma estão 
contempladas as abordagens de temas socioambientais nos Projetos Políticos 
Pedagógicos (PPP) de escolas públicas da região do Vale do São Francisco. 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Investigar se existe uma classificação das abordagens socioambientais 
nos PPP das escolas investigadas; 
 Analisar em que medidas os PPP das escolas estão contextualizados, 
adaptados e reformulados em função da realidade de cada escola; em comparação 
aos modelos, matriz curricular e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN); 
 Verificar se os documentos analisados contemplam a Educação 
Ambiental como um tema importante nos assuntos abordados pelos professores em 
sala de aula. 
 
 
 
15 
 
3 MARCO TEÓRICO 
 
A estrutura pedagógica escolar tem o dever de conter em seu plano de 
ensino, meios que facilitem o acesso o entendimento sobre recursos naturais, 
fornecido pelo meio ambiente, mesmo em sua complexidade. Por meio deles, 
estudantes mantêm uma relação entre ambiente e a práxis humana, de maneira que 
essa ligação seja potencializada em sua profissão futura. 
De acordo com Geli (2002) o entendimento sobre a Ambientalização 
Curricular seu deu no encontro do ano de 2002, que ocorreu em uma reunião feita 
com onze universidades, chamada de: "Rede de Ambientalização Curricular do 
Ensino Superior" (ACES), apresentando um projeto de nome: "Programa de 
Ambientalização Curricular do Ensino Superior: Proposta de Intervenções e Análises 
do Processo". Este encontro teve como ponto principal projetar metodologias que 
avaliassem a base curricular educacional das instituições de ensino. 
A partir desse entendimento observamos que a Ambientalização é uma 
palavra que envolve vários conceitose idéias sociais. A mesma carrega consigo o 
sentido da palavra “Ambiente” e envolve a participação do espaço e o estado de um 
determinado local. A Ambientalização é uma derivação do entendimento das 
palavras “Ambiente e Interação Social” significando a participação de indivíduos no 
ambiente. 
O sentido de “Ambientalizar” significa introduzir conceitos sociais em uma 
dimensão socioambiental inexistente e que não é tratada, e que por muitas vezes é 
esquecida. Este é um assunto que ainda instiga o meio social, e por muitas vezes 
agrega uma nova percepção no processo educacional do indivíduo. 
Segundo Copello (2004), a prática da Ambientalização nas escolas 
compromete o seu desenvolvimento e seu desempenho, de maneira singular com 
cada membro da estrutura escolar, já que a mesma promove mudanças em seu 
currículo explicito e oculto. 
 Os métodos que envolvem a temática da Ambientalização vêm de estruturas 
educativas em forma sistêmica, mudando o conteúdo e suas metodologias em um 
processo socioambiental de interação e participação. Este conceito vem com a 
característica de inovar as bases curriculares a fim de constituir um espaço de 
16 
 
renovação pedagógica, cujas mudanças impliquem em melhorias nos processos 
educativos. 
Esse processo de mudança é colocado por Carbonell (2002), como processo 
de “Renovação Pedagógica”, visando constituir uma nova metodologia na prática 
educacional. Quando se trabalha com diretrizes escolares e mudanças que 
envolvem as bases estruturais de uma instituição escolar, percebemos que a 
Ambientalização não é um produto tangível, mas sua a ação é ativa em todos os 
setores. 
A sua proposta de envolvimento se estende as diversas estruturas 
institucionais sendo necessária uma nova forma de administrar e de construir novos 
locais, mostrando ambientes que necessitem de uma realidade voltada à prática 
educacional. O sentido de Ambientalizar é o sentido de inserção da Educação 
Ambiental (EA) nos ambientes sociais: Instituições de ensino e comunidades. 
Os autores Asmus & Kitzmann (2012) veem o processo de identificação da 
Ambientalização, como processo interdisciplinar, onde está fomenta um processo de 
mudança curricular, extrapolando a concepção estrita "stricto sensu" da base 
escolar, sendo ela agregada a outras temáticas e assuntos abordados de maneira 
extensa em todas as disciplinas. 
Alguns estudos específicos apontam os aspectos negativos dentro dos 
ambientes de ensino como as escolas, onde temos os “PPP - Projeto Político 
Pedagógico” como manual de norteamento e instrução para os professores. 
É nesta analise que cabe um questionamento sobre como está sendo 
construída e oportunizada aos alunos a educação ambiental, por meio dos Projetos 
Políticos Pedagógicos das escolas, sendo elas nas esferas públicas ou privadas, 
rurais ou urbanas. 
Com o proposito de entender os Projetos Políticos Pedagógicos, é preciso vê-
los como as identidades das escolas, sinalizando quais direcionamentos devem 
tomar, para que venham exercer uma melhor qualidade de ensino. Por ser um 
projeto, ele inclui as propostas que desejam desenvolver durante o ano. 
O seu envolvimento político esta direcionado na formação social dos alunos, 
sensibilizando e conscientizando das problemáticas apresentadas, de maneira ética, 
crítica e coletiva, motivando-os a projetarem um futuro. Seu desenvolvimento 
pedagógico se dá nas organizações das oficinas criadas a partir da elaboração de 
projetos educativos, necessários para a aprendizagem dos alunos. 
17 
 
3.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CONSTRUÇÃO SOCIAL DO HOMEM 
 
São construídas a partir de interpretações pedagógicas ações sociais dentro 
do âmbito ambiental, onde estás merecem toda atenção teórica e sua leitura pode 
auxiliar na compreensão e assimilação da temática, como exemplos as políticas 
públicas e os movimentos sociais como ferramentas de mudanças sociais nos 
aspectos públicos. 
O entendimento que se tem sobre a EA é de um conjunto de técnicas que 
buscam solucionar problemáticas ambientais, partindo de um pressuposto ecológico 
com intervenções científicas e meios tecnológicos. A partir dessa perspectiva pode-
se entender que a Educação Ambiental é vista como práxis na sociedade, o qual é 
responsável pela construção do homem, pautando-se na sustentabilidade de vida, 
na construção ética, ideológica e política. 
No desenvolvimento ambiental a EA passa a dar continuidade no seu 
processo de envolvimento com as instituições formais e não formais. Segundo 
Kitzmann (2007), o processo histórico da EA progrediu em ambientais não formais, 
como as ONGs, mas com o tempo o seu desenvolvimento educativo conseguiu 
dinamizar suas bases de ensino e se formar no contexto dos ambientes formais 
como as escolas, onde se observou o principal componente: "A Sociedade", onde o 
maior envolvimento social ambiental surge de fora para dentro das instituições. 
A participação das universidades no âmbito escolar torna-se imprescindível 
na formação social do aluno, visto que por meio das universidades muitas 
oportunidades são apresentadas e colocadas à disposição da sociedade, tendo ela 
como ferramenta de transformação social contemporânea. 
Essa contextualização entre Universidade e Escola nos coloca em 
observação a participação de programas que trabalham com a temática da 
Educação Ambiental nos ambientes escolares. É nesse ponto que se concentra a 
analise da pesquisa. Poucos programas na região do Vale do São Francisco 
trabalham de maneira extensa, efetiva e direta a temática ambiental, visto que todos 
os anos são renovados os números de profissionais nas escolas e 
conseqüentemente os alunos. 
Para Carvalho (2006), as questões da Educação Ambiental são apresentadas 
como preocupação de ações ecológicas em meio à sociedade, que por meio destas 
18 
 
trazem uma conscientização dos perigos enfrentados pelos Recursos Naturais, 
assim estas ações envolvem diretamente o homem e seu habitat. 
As questões ambientais sempre nos remetem a assuntos que abordam todo o 
contexto sócio educacional contemporâneo, sejam elas direcionadas aos Estados e 
Municípios, por Leis ou Diretrizes. Estas questões podem ser referenciadas 
principalmente no ano de 1972, onde ocorreu a Conferência de Estocolmo ou 
Conferência da ONU, que abordou enfaticamente sobre o Ambiente e o Homem, 
objetivando uma visão global. 
Tais princípios são bases de inspiração e orientação aos processos 
educativos e destinados à humanidade, visando uma preservação dessa prática e 
uma melhora em todas as esferas. 
Todo questionamento sobre a abordagem Política Pedagógica e sua 
importância em um contexto social, se destacada com alguns objetivos norteadores. 
A Organização das Nações Unidas (UNESCO) defende anualmente essas ações 
norteadoras em âmbitos educativos e abertos a prática Ambiental, como na Carta de 
Belgrado. 
Neste documento entendemos a importância e a necessidade de se 
conservar recursos já escassos ao homem, bem como o seu desenvolvimento nas 
mais diversas áreas. “Os recursos do mundo deveriam ser utilizados de um modo 
que beneficiasse toda a humanidade e proporcionasse a todos a possibilidade de 
aumento da qualidade de vida” (UNESCO, 1975). 
 Na Carta elaborada na Conferência Internacional realizada na Iugoslávia o 
tratamento sobre as questões ambientais, são abordadas em pontos específicos no 
possível crescimento de ideias, habilidades, valores e ações do homem. 
Dentre elas: 
 Consciência: Ajudar as Pessoas e os grupos Sociais a estarem inteirados 
com a EA; 
 Conhecimento: Ajudar as pessoas e os grupos Sociais a adquirir uma 
compreensão básica do meio ambiente e a sua totalidade; 
 Atitudes: Ajudar as pessoas e os grupos Sociais a ter valores sociais; 
 Aptidão: Ajudar as pessoas e os grupos Sociais a ter valores sociais a ter 
atitudes necessárias para resolver problemas e a Capacidade de Evoluir: Ajudar aspessoas e os grupos Sociais a ter valores sociais a evoluir os programas 
19 
 
educacionais ambientais e suas funções, políticas, ecológicas, econômicas, sociais, 
estéticas e educacionais. 
 De acordo com a Carta de Belgrado, é categoricamente essencial que 
todas as pessoas do mundo, insistam em formas de crescimento econômico que 
não tenha ações danosas para as pessoas, e nem para o meio ambiente. 
 
3.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP 
 
O nome “Projeto” vem do latim sendo denominada e chamada de 
“PROJICERE”, que significa lançar para frente. Este é relacionado a planos futuros 
de uma determinada situação, ocasião ou planejamento. Então qualquer 
desenvolvimento lógico realizado dentro do corpo docente nas instituições de 
ensino, leva este sentido. Segundo Gadotti (2001) a ideia de Projeto, parte do 
pressuposto do sentido de mudança, entre o presente e futuro, sendo ela uma 
atividade natural, intencional e dinâmica. 
Os Projetos são marcados por suas intenções sendo eles sistemáticos, 
pois para que aja uma projeção para estas ações, deve-se sistematiza-los, planeja-
los e organiza-los, tendo sempre a ideia de ruptura e de continuidade. Torna-se, 
portanto uma ruptura a ideia dos Projetos Políticos Pedagógicos, pois este rompe 
com os desenvolvimentos antigos do estado que não lhe são mais convenientes, e 
ao mesmo tempo buscando dar continuidade a projetos que lhe forneçam uma 
propriedade maior na construção e desenvolvimento nos planos diretores da escola. 
Tais ideias são colocadas por instituições que desenvolvem ações 
“instituintes e instituídos”, ou seja, quem elabora a implantação de projetos por meio 
de conhecimentos externos, trazendo novas possibilidades, analisando a estrutura 
atual e enfrentando as dificuldades encontradas na instituição, como práticas já 
engessadas e que precisam de uma nova maneira de se trabalhar, criando assim 
novos instituintes para poder contrapor ideias passadas que necessitam de uma 
reformulação. 
 A perspectiva de criação de projetos escolares está implicitamente 
embutida nas estruturas do ensino educacional. Quando se aborda a ideia dos 
Projetos Políticos Pedagógicos, percebe-se que a nomenclatura proposta está 
20 
 
acompanhada por mais duas palavras: “Política e Pedagógica”. Estas duas 
dimensões referem-se à ideia da Ciência, da Arte de Governar e das ações 
Pedagógicas plantadas nas estruturas escolares. 
Neste desenvolvimento de construção e norteio dos planos práticos e 
teóricos, bem como projetos estruturantes desenvolvidos pelas escolas, fica 
marcada a forma de construção dessas duas dimensões, que juntas, trabalham a 
intencionalidade da parte política e a ações pedagógicas nas ações didáticas 
pedagógicas escolares. 
3.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 
A participação do ensino da EA segundo as diretrizes do Ministério da 
Educação e da CF nas escolas, é vista teoricamente como meio de transformação 
no cenário contemporâneo, contudo existe ainda uma larga crise no entendimento 
de como inserir tal temática em várias áreas, onde não nos possibilita ter alternativas 
para o desenvolvimento ambiental. O conhecimento que aborda o capitalismo no 
ensino educacional é ponto importante na observação do contexto da EA, já que o 
mesmo se desloca como forma comportamental da sociedade histórica, mostrando 
que a sociedade obtém recursos respaldados na legislação. Segundo a Constituição 
Federal, o acesso ao ensino educacional é direito fundamental, tal beneficio não 
podendo ser vedado. 
O artigo 205 e 206 da Constituição Federal de 1988 nos da a garantia de que 
a Educação não tem distinção de idade, cor ou credo, bem como a sua promoção e 
incentivo com a sociedade, visando ao pleno desenvolvimento das ações 
educativas, com o devido preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho. 
Na continuidade ainda da promoção da EA nos âmbitos da legislação 
nacional, o inciso VI do parágrafo 1º no artigo 225 da CF, coloca o Poder Público e a 
Sociedade responsáveis pela promoção da Educação Ambiental em todos os níveis 
de ensino, mostrando que a sensibilização e a conscientização são partes 
necessárias na construção do homem. 
O decreto sancionado pelo Congresso Nacional em 15 de setembro de 2010 
dispõe também das ações de Política Pública no cenário Nacional. Segundo a Lei 
21 
 
6.938, as questões ambientais são fundamentadas em sua aplicação, constituídas 
no Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA). 
Esta lei visa o seu mecanismo e a sua aplicação em relação a preservação, 
melhoria e recuperação ambiental ofertada a sociedade. Tais garantias são 
apresentadas como condições socioeconômicas ao interesse público, visando à 
dignidade humana. 
Dentre os pontos colocados nas normativas estabelecidas no artigo 2° e 3° 
desta lei vigente, são abordadas as questões como: 
 Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, 
considerando o meio ambiente como um patrimônio público. 
 Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
 Recuperação de áreas degradadas (Sendo esta, um regulamento); 
 Polui, e degradação da qualidade ambiental resultante de atividades 
que direta ou indiretamente. 
 Ações que Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; 
 Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
 
3.4 A AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (A3P) 
 
Dentro da perspectiva ambiental, os assuntos ambientais são relacionados 
dentro da Administração Pública por meio da Agenda Ambiental na Administração 
Pública (A3P), tendo ela como grande participante da construção sócio educacional, 
e atuante nos serviços. A A3P é a instituição responsável por boa parte dos 
cronogramas ambientais dentro das Políticas Públicas. 
Segundo os autores Barata, Kligerman e Gomez (2007) o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA) destaca a importância do surgimento do programa, como 
ferramenta essencial que coloca as instituições privadas e públicas em sintonia com 
a ideia de “Ecoeficiência”, que inclui métodos socioambientais nos investimentos, 
nas compras e nas construções dos órgãos públicos. 
22 
 
Nesta perspectiva, é importante esclarecer que as definições que regem o 
debate epistemológico da EA, nos âmbitos empresariais e sociais, estão baseadas 
nas ações comportamentais do homem, onde ele é o detentor destes hábitos. 
A sua construção é composta por processos licitatórios, onde este exemplifica 
boas ações as quais lhe cabem. Para o sistema de ensino, a construção da Cartilha 
da Agenda Ambiental, visa especificamente os gestores públicos federais, estaduais 
e municipais, buscando auxiliar o desenvolvimento destes, dentro dos âmbitos 
públicos. 
A construção da Cartilha da Agenda Ambiental traz consigo a 
responsabilidade socioambiental destes órgãos públicos, pois o mesmo trabalhasse 
com temáticas relacionadas à construção do homem, e a sustentabilidade ambiental, 
temática esta, que abrange todas as esferas. 
O grande desafio enfrentado antes da criação da A3P era desenvolver suas 
bases teóricas apresentadas nas Políticas Públicas, em formas concretas, ou seja, 
desenvolver suas idéias e compromissos organizados dentro de um âmbito 
legislativo, em compromissos sólidos para as instituições de ensino. 
A partir disso, o Ministério do Meio Ambiente desenvolveu a Agenda 
Ambiental na Administração Pública (A3P), que busca no sentido sócio educativo, 
uma nova cultura que tem por finalidade instigar os gestores públicos a inserir 
princípios da EA suas atividades cotidianas. 
 
3.5 PROGRAMA ESCOLA SUSTENTÁVEL – GESTÃO ESCOLAR - COMISSÃO DE 
MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA (COM – VIDA). 
 
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é outro programa ofertado 
pelo Ministério da Educação (MEC), criado no ano de 2013 pela resolução FNDE n° 
18/13, em que este aborda no contexto escolar, maneiras sustentáveis de se 
trabalhar dentrodos âmbitos escolares, recursos e melhorias na promoção 
socioambiental dos espaços físicos e a relação com a comunidade. 
Na busca para o desenvolvimento de projetos que abordem a Educação 
Ambiental elaborada pelas as escolas, as realizações de atividades que agreguem 
valores e participação de ações ambientais nas estruturas escolares, servem de 
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/36/programa-escola-sustentavel
23 
 
estimulo na continuidade da sustentabilidade socioambiental na formação do 
individuo. 
O programa é destinado como recurso financeiro a escolas públicas que 
buscam promover a práticas ambientais sustentáveis, nas instituições de ensino 
público com a participação social. Tal processo de implantação cumpre as normas 
estabelecidas pelas Leis e Diretrizes Curriculares Nacionais (LDB) para a Educação 
Ambiental, e procuram atos que as consintam de aprendizado socioambientais. 
As instituições escolares têm por finalidade o desenvolvimento de ações 
ambientais de forma continuada e permanente, os quais devem conter o 
envolvimento da sociedade. Os estudantes são os principais alvos desse 
desenvolvimento, contando sempre com o apoio de articulares e gestão. 
Segundo Sato (2002) a EA é um processo de conceito e valores que 
clarificam ideias, objetivando o desenvolvimento das atividades exercidas, mudando 
as ações que ligam o “meio”, na inter-relação do homem com suas culturas e seus 
meios biofísicos. 
No ano de 2003, ocorreu a I Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio 
Ambiente realizada pelo Ministério do Meio ambiente (MMA), em parceria com o 
Ministério da Educação (MEC), onde foi elaborada a sua criação junto com algumas 
deliberações instituídas na Conferência, a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade 
de Vida (COM-VIDA), juntamente com uma representação estudantil. 
O principal objetivo da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida 
(COM-VIDA), é a realização de práticas voltadas à melhoria do meio ambiente 
dentro das estruturas escolares. A participação da comunidade é um dos pilares 
centrais para que a COM-VIDA se desenvolvam de maneira eficaz, sendo 
participativa em todas as suas atividades. 
A COM-VIDA é formada por estudantes, professores, funcionários e membros 
da sociedade que se interessa em participar da Conferência do Meio Ambiente, ou 
temas relacionados à EA produzidas nas Escolas. 
 A finalidade das COM-VIDA de orientar o desenvolvimento sustentável dentro 
do ensino escolar partiu da perspectiva colocada na Agenda 21. Está Agenda, foi 
construída pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e pode ser usada com vários 
métodos diferentes, tendo ela como base geográfica e instrumentos de 
planejamento para uma sociedade sustentável. 
24 
 
Os compromissos contidos na Agenda 21 esboçam ações sustentáveis para o 
Século XXI. A mesma foi assinada na Conferência das Nações Unidas que abordou 
o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Estado do Rio de Janeiro, onde 
ficou conhecida como “Rio-92”. 
Na Agenda 21 foram estabelecidos os deveres que 179 países assumiram de 
construir um novo molde de desenvolvimento que resulte em uma melhor condição 
de vida para o homem, de forma que supra as necessidades econômicas, sociais e 
seja ambientalmente sustentável. 
A agenda 21 é composta por 40 capítulos que trabalham todos os contextos, 
áreas e temáticas, como o “Ar, Mar, Floresta ou até mesmo os Desertos”, onde 
através desse contexto, é estabelecida uma nova interação entre países de primeiro, 
segundo e terceiro mundo. Sua composição também é marcada por obrigações 
“humanas” dentro de uma geopolítica do Século XXI, como conferências e debates 
que relacionam as questões ambientais no cenário mundial. 
A partir do ano de 2002, o Brasil passou a adotar a Agenda 21, tendo uma 
participação efetiva de 40 mil pessoas no desenvolvimento ambiental. A Agenda 21 
segue o entendimento da Carta da Terra, documento internacional que trata de 
como cuidar do nosso Planeta e das ações provenientes do homem. 
De acordo a Agenda 21, são abordados alguns pontos para um 
desenvolvimento sócio educacional eficaz. 
 
 Formalização de diretrizes como da Instituição de Ensino; 
 Participar da construção do Projeto Político-Pedagógico da escola – 
PPP; 
 Realizar a Conferência de Meio Ambiente nas Escolas; 
 Promover intercâmbios com outras COM-VIDAS, 
 Analisar, pesquisar, conservar a recuperação do meio ambiente. 
 
3.6 LEI DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 9.795 
Todo processo que envolve qualquer temática de ensino e aprendizagem, 
valores culturais de socialização, conhecimentos, ações e competências 
direcionadas ao cuidado do meio ambiente, estão normatizados por lei, fazendo 
25 
 
menção a temática ambiental desenvolvida em sala de aula por meio da lei 9.795 
tratada no Capítulo I da CF. A Normativa Federal estabelece as seguintes 
disposições: 
 
 
Artigo 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática 
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e 
modalidades do ensino normal. 
Artigo 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de 
formação de professores, em todos os níveis e em todas as 
disciplinas. 
Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber 
formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito 
de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos 
da Política Nacional de Educação Ambiental. 
Artigo 12. A autorização e supervisão do funcionamento de 
instituições de ensino e de seus cursos, na rede pública e privada, 
observarão o cumprimento do disposto nos artigos 10 e 11 desta Lei 
(BRASIL, 1999, pag, 10). 
 
A Educação assim dizendo, consiste nas ideias ecológicas que estão 
conectadas a utilização sustentável dos recursos naturais. Essas ideias possuem em 
sua base, novos princípios e valores, que passam a questionar a problemática 
construída através de paradigmas científicos na civilização contemporânea. Por 
tanto todo processo de entendimento sobre a EA torna-se possível na compreensão 
de que a Educação Ambiental constrói no indivíduo, valores sustentáveis para o 
desenvolvimento em coletividade, tanto no atual momento como ao longo da 
história. 
Para que venhamos entender as diferentes formas de trabalho escolar deve-
se observa as diretrizes elaboradas pelas escolas, e analisar como elas se 
comportam diante da temática da Educação Ambiental. Nelas devemos entender 
que elas carregam consigo alguns parâmetros que regularizam o seu trabalho, como 
os conteúdos formados a partir da elaboração de ideias dos educandos. Nesse 
ponto, cada escola é analisada pelos Parâmetros Curriculares. 
 
 
26 
 
3.7 PARÂMETROS CURRICULARES – PCN 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são propostas de certas 
referências que se constituem na busca de uma unidade mínima para a educação 
desenvolvida no Brasil. A função dos PNC se concentra na orientação e disposição 
das garantias que ocorrem nos investimentos do sistema educacional, na 
elaboração e atuação das pesquisas, socializando debates, subsidiando o conjunto 
do corpo docente e sua participação nas ações educativas, e desenvolvimento dos 
conteúdos a serem abordados. 
A proposta colocada para o desenvolvimento das ações educativas dentro 
dos PCN é observada como forma flexível, onde estás decisões são observadas nos 
âmbitos regionais e locais, e atuam em uma realidade educacional empreendida por 
formas institucionais do Estado. Nos modelos governamentais, escolas e gestão, 
agem de maneira interdisciplinar, onde estas ações são colocadas como propostas 
pelas instituições escolares, os quais não formam ou se configuram modelos 
curriculares únicos, ou seja, "homogêneos". 
Toda demanda está normatizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelos 
Estados, não podendo as propostas, se sobrepor às diretrizes colocadas pelo poder 
Político Executivo do Estado e Municípios, sejam elasparticipantes da diversificação 
sociocultural do nosso país, ou das próprias instituições e corpo docente. 
 
[...] o ensino deve ser organizado de forma a proporcionar oportunidades 
para que os alunos possam utilizar o conhecimento sobre o Meio 
Ambiente para compreender a sua realidade e atuar nela, por meio do 
exercício da participação em diferentes instâncias: nas atividades dentro 
da própria escola e nos movimentos da comunidade. PCN – TEMAS 
TRANSVERSAIS (1998, p. 190). 
 
No entendimento do Profissional da Educação, o Educador Ambiental tem por 
objetivo a elaboração do envolvimento das temáticas, de maneira multidisciplinar e 
transversal, onde dessa forma, as problemáticas podem ser debatidas e entre a 
sociedade e o corpo escolar. 
Portanto é de se considerar que a temática ambiental seja ponto 
indispensável na formação do individuo, sendo necessária uma exploração mais 
aprofundada no contexto educacional, pois no atual cenário em que vivemos, áreas 
27 
 
primárias como da indústria, agricultura, mineração, pesca e pecuária se encontram 
instáveis no país. Grande parte do atual cenário mundial está com dificuldades em 
diversos setores devido à instabilidade econômica, política e social, e tais fatores 
geram reflexos em outros lugares, como a falta recursos alimentícios e de moradia 
de milhares de pessoas. 
 
3.8 ORGANIZAÇÃO DOS PARÂMETROS CURRICULARES TRANSVERSAIS 
 
O progresso dos objetivos colocados para o ensino fundamental necessita de 
atividades educativas, e que possuam como eixo a formação de cidadãos 
participativos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) contêm direções 
didáticas que são elementos à idéia de como é perpassada o ensino. 
 No aspecto assumido dos PCN, os estudantes formam idéias a partir de 
várias interações. Cada um desses alunos torna-se sujeito de um processo 
produzido por eles, enquanto o docente é colocado como mediador dessa interação, 
onde o processo de desenvolvimento com diversas temáticas de conhecimentos no 
método de ensino é compreendido pelos alunos como forma de socialização. 
As direções apresentadas focalizam primeiramente na intervenção do docente 
no processo de criação ou ensino. Como forma transversal os PCN têm a 
característica de que cada tema e área de conhecimento obedecem a normas 
colocadas como formas didáticas e de caráter completo. 
Este conhecimento colocado para as orientações didáticas dos docentes é de 
forma geral a concepção do ensino, como ela é proposta, e como é executada. Para 
cada conteúdo abordado nos PCN, existem conteúdos que correspondem às 
orientações didáticas específicas, das aos professores. 
Os conteúdos apresentados nos PCN expressam determinados assuntos que 
podem permear o ensino da EA de forma explicitados. No entanto, existem 
considerações que confirmam que o ensino educacional não pode estar limitado a 
um determinado assunto, nem estabelecer um padrão único de intervenção aos 
alunos. 
 As práticas educativas são bastante difíceis em alguns aspectos por não 
apresentarem manifestações de relação a outras variáveis. São considerados 
28 
 
essenciais para a base de ensino pelos docentes: Autonomia; Diversidade; Interação 
e Cooperação. 
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais a autonomia as questões transversais 
são tomadas como competência a ser ampliada pelos estudantes, e como princípio 
norteador geral, é orientado pelas as práticas pedagógicas institucionais. 
As propostas dos Parâmetros Educacionais apontam para atos praticados e 
que possuem um fundamento importante, possibilitando uma ampliação nas 
relações alunos/ educadores, fazendo com que estes, construam entre si, uma 
instituição escolar que busque melhorias e pratique melhorias. 
Nos âmbitos ambientais os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), 
preveem adaptações para que ajam diversidade e interdisciplinaridade nas 
temáticas abordadas em de sala de aula. 
Nos objetivos estabelecidos pelos PCN está o item: Perceber-se integrante, 
dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as 
interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente. 
Nas estruturas apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais do 
Ensino, é observada a construção dos objetivos gerais em relação às temáticas 
dadas aos alunos. Dentre elas estão relacionadas às disciplinas da seguinte forma: 
 
Figura 1: ESTRUTURA DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA O 
ENSINO. 
 
 
 
FIGURA 1 - Esquema das Estruturas Curriculares: PCN Meio Ambiente 
(2015). 
 
A principal função da temática “Meio Ambiente” é colaborar para o 
desenvolvimento de cidadãos conscientes, capazes para definirem e operarem 
29 
 
práticas socioambientais, de um modo em que a vida humana e ambiental seja 
comprometida. 
Para isso é preciso que os elementos formados na caracterização e 
desenvolvimento das disciplinas das escolas estejam de acordo com as ações, 
formação de valores, ensino e o desenvolvimento dos conteúdos apresentados. 
Os Procedimentos ambientais corretos serão desenvolvidos quando a prática 
do ensino ambiental se torna constante na escola. Alguns exemplos são colocados 
como formas de práticas ambientais, como: Arborização e Ambientalização, Práticas 
Informativas das questões ambientais, Hábitos de Higiene Pessoal, 
Desenvolvimento da Coleta Seletiva. 
Segundo o PCN a sociedade tem papel essencial na existência de outros 
componentes que ajudam a escola nessa tarefa de sociabilização. Neste ponto, a 
sociedade contém padrões de comportamentos familiares, e estás informações são 
conduzidas por outros meios para influenciar crianças e jovens. Quando nos 
referimos a EA educacional, muitas informações e valores são direcionados às 
crianças no sistema de educação em que elas observam, ou já observaram, e que 
nesse aspecto é o lar familiar. 
 
3.9 GESTÃO ESCOLAR 
 
A Gestão Escolar através das suas atribuições busca ser uma instituição 
democrático-participativa, onde apresenta algumas características essenciais a ela, 
como: Desenvolvimento de atividades que envolvam toda a comunidade e as 
próprias escolas, como por exemplo: 
A construção dos Projetos Políticos Pedagógicos são componentes que 
também fazem partes da instituição formadora, onde por meio delas, são feitas 
reuniões recorrentes com cada setor da escola, a fim de saber os anseios, dúvidas, 
desejos e planos para um bom desenvolvimento escolar. Segundo o autor Libâneo 
dentro do contexto escolar deve haver decisões necessárias para a construção 
estrutural escolar, como ele mesmo aborda nesta na citação: 
 
 
 
30 
 
“A participação na gestão democrática implica decisões sobre as 
formas de organização e gestão. É preciso que a direção e os 
professores entrem em acordo sobre as práticas de gestão. Por 
exemplo, define-se que as decisões são tomadas coletivamente, que 
todos entrem em acordo sobre elas e a partir de um consenso mínimo. 
Entretanto, uma vez tomadas as decisões, cada membro assume sua 
parte no trabalho, admitindo o exercício da direção para coordenar, 
acompanhar e avaliar o trabalho de cada um. A decisão é coletiva, mas 
implica responsabilidades.”. (LIBÂNEO, 2004, p.129). 
 
A idealização e desenvolvimento de projetos e planos são essenciais, já que 
neles estarão explicitadas as finalidades a serem atingidos, os objetivos a serem 
direcionados e seguidos, e quais recursos serão utilizados e quais estão disponíveis. 
Diante disso, as avaliações devem ser repensadas e, quem sabe, alteradas 
para se chegar aos objetivos cobiçados. Sendo assim, o planejamento é algo 
importante para a construção escolar e desenvolvimento estudantil, onde este deve 
ser maleável as condições da instituição e sociedade. Para (LIBÂNEO, 2004), o 
planejamento é conhecimento, e através dele é acessado algumas portas essenciais 
para o desenvolvimento das problemáticas. 
 
“O planejamento é umprocesso contínuo de conhecimento e análise 
da realidade escolar em suas condições concretas, de busca de 
alternativas para a solução de problemas e de tomada de decisões, 
possibilitando a revisão dos planos e projetos, a correção no rumo das 
ações”. (LIBÂNEO, 2004, p.124). 
 
Desta forma, a atuação do professor em sala de aula deve mostrar aos alunos 
atenção as necessidades interdisciplinares dentro do cenário socioambiental. 
A temática do Meio Ambiente é tema central nessas áreas, pois através dela 
podemos perceber as grandes mudanças climáticas, o aumento da emissão por 
gases na atmosfera, estes, responsáveis em grande parte pelas indústrias, onde 
temos o efeito estufa impactando assim o sistema global, ondas de calor e chuvas 
inesperadas. 
Fatores como estes, mostram a importância que se tem este tema. As ideias 
acerca da inserção da EA nas escolas são relembradas através de assuntos que 
mostram essa preocupação, como o debate ocorrido no ano de 1987. 
31 
 
Naquele ano foi apresentado o conceito de desenvolvimento sustentável, 
tema recorrente em diversos setores hoje no Brasil, e que teve a sua participação de 
maneira essencial na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, feita no Rio de Janeiro no ano de 1992. 
 
4 METODOLOGIA 
 
Segundo Minayo (2002), a pesquisa é uma ferramenta fundamental para se 
observar a realidade cotidiana, e por isso "nada pode ser intelectualmente um 
problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática". 
Neste sentido, o problema que se quer analisar demandou o contato com 
documentos e normativas que regulamentam as práticas escolares das instituições 
de ensino públicas da Educação Básica, da região do Vale do São Francisco. 
O método de coleta da analise de dados foi através da aplicação da Pesquisa 
Documental, sendo realizada a partir da compilação e análise dos Projetos Políticos 
Pedagógicos de oito escolas públicas da região do Vale do São Francisco. 
A pesquisa é de base Qualitativa. Os PPP foram compilados, transcritos e 
copiados com a participação dos gestores, onde estes por vez descreveram como a 
temática ambiental está sendo inserido no planejamento escolar, a fim de facilitar a 
análise. Os trechos foram colocados na seção “Trechos dos Documentos que 
Abordam a Educação Ambiental”. 
A discussão e interpretação dos documentos foram desenvolvidas com base 
na Análise de Conteúdo, de Laurence Bardin (1977). 
Para que ocorresse uma análise com maior exatidão na pesquisa, a amostra 
foi constituída de instituições de ensino de diversas localidades das duas cidades, 
como: Regiões Periféricas, Centro da Cidade e de Áreas Rurais, para observar 
como agregavam em seus planos de aulas e funcionamento do currículo, as 
temáticas ambientais e a participação social. 
Para tanto, a finalidade da pesquisa estava relacionada nas classificações 
dos documentos de dados (PPP), e seu desenvolvimento nessas ações, onde ficou 
verificada que das oito escolas observadas, a maioria possui: Documentos Políticos 
Pedagógicos, Planos de Gestão Escolar, Propostas de Aulas, Planos Diretores, 
Regimentos e outros, que variam de instituição para instituição. 
32 
 
As escolas públicas foram contatadas e convidadas a participar 
voluntariamente da pesquisa. Foram exibidos os objetivos e metodologias aos 
gestores destas escolas, bem como foram garantidos o sigilo e o anonimato das 
informações coletadas. 
As amostras das oito escolas públicas da educação básica foram constituídas 
de quatro escolas na cidade de Petrolina-PE e quatro na cidade de Juazeiro-BA, as 
quais disponibilizaram seus PPPs para consulta e análise. 
O período da pesquisa iniciou-se no mês de outubro de 2017 com a definição 
da problemática, e foi finalizada no mês de fevereiro de 2018. As etapas colocadas 
para o desenvolvimento da monografia englobaram reuniões com o orientador e 
pesquisa de campo. A coleta dos dados foi feita a partir da análise e o aceite das 
escolas em participar nas etapas da investigação. 
Também foram coletadas informações de pesquisa semelhante do Banco de 
Dados do Projeto de Pesquisa e Extensão da UNIVASF, Projeto Escola Verde 
(PEV), do qual o presente pesquisador também faz parte. A fim de comparação e 
complementar informações. 
 
4.1 LOCAL E PERÍODO DA PESQUISA 
 
A pesquisa bibliográfica foi realizada através do estudo em material didático 
próprio, bibliotecas, além de busca em sites da Internet, durante os meses de 11/17 
a 04/2018 contando com o período escolha do material analisado. 
Com relação à pesquisa de campo, foi realizada a coleta de dados por meio 
do protocolo de pesquisa documental (Apêndice A), que se iniciou no dia 15/12/2017 
e se estendeu até o dia 05/02/2018, nas cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. As 
pesquisas se concentraram em oito colégios estaduais e municipais, onde foram 
feitas solicitações aos gestores das instituições para acesso aos documentos 
escolares e realização da pesquisa documental. 
A pesquisa foi realizada em oito escolas públicas da região do Vale do São 
Francisco, sendo quatro escolas de Petrolina (PE) e quatro escolas de Juazeiro 
(BA). Destas escolas foram analisados oito (8) Documentos; sendo todos Projetos 
Políticos Pedagógicos, num total de 482 páginas analisadas. 
33 
 
Dentro dos Projetos Políticos Pedagógicos as temáticas ambientais estavam 
concentradas em quatro locais diferentes, que variam desde a sua elaboração nas 
“Propostas Curriculares”, como nos “Objetivos, Cronogramas e Projetos”. 
A amostra coletada foi do tipo não-probabilística e as escolas foram 
selecionadas dentre as instituições que desenvolvem ações do Projeto Escola 
Verde, da UNIVASF. 
Foi utilizado como critério de inclusão na amostra o fato de serem escolas de 
áreas sócio-demográficas diferenciadas, de tal forma que contemplasse áreas 
centrais, periféricas e rurais dos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. 
No que se refere à pesquisa de campo, foi utilizado o protocolo de pesquisa 
documental para o levantamento dos dados. 
O procedimento de coleta de dados da pesquisa bibliográfica foi realizado 
através de uma leitura crítica de livros, artigos, monografias e outras obras, as quais 
possibilitaram identificar os dados que analisavam a Educação Ambiental e sua 
atuação nas práticas desenvolvidas em sala de aula e nas escolas. 
Na pesquisa de campo, foi aplicado o protocolo de pesquisa documental, com 
perguntas referentes à inclusão do ensino ambiental nos programas curriculares das 
escolas, nível de ensino, data de aprovação do documento, se aborda ou não as 
questões da EA, em que seção é tratada a temática ambiental e o quantitativo de 
páginas dedicado a EA, dando ênfase a capacitação e inclusão da mesma. 
Para o processamento e análise dos dados foram utilizadas as respostas 
dadas no questionário (Apêndice A) proposto aos sujeitos, e posteriormente, os 
dados foram dispostos tanto em texto como em figuras, tabelas e gráficos. 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A análise dos protocolos levou a discussão sobre a melhor maneira de 
solucionar a introdução da EA nas escolas. O desenvolvimento do estudo desta 
problemática se mostra ainda escasso no âmbito acadêmico e escolar. A proposta 
de classificar as abordagens dos documentos das escolas mostrou que os itens 
analisados possuem uma grande variação para o planejamento educacional, mas 
com pouca riqueza e expressão das problemáticas socioambientais. 
Para fins de sistematização dos resultados da pesquisa foram levados em 
34 
 
conta quatro aspectos relacionados ao planejamento escolar. Estes aspectos são 
tidos como elementos-chave nessa estrutura, e base funcional no processo 
educativo do indivíduo, ligando “Escola-Sociedade”, sabendo que é a partir de um 
conjunto de conhecimentos que a escola é concebida como instituição multiplicadora 
de ideias e saberes socioambiental.Os quatro aspectos são a Escola, a Capacitação dos Professores, a Didática 
Escolar em Sala de aula, e a Inserção da Temática nos conteúdos didáticos. A 
Figura 2 apresenta um esquema das interações entre esses elementos. 
 
 
FIGURA 2 - Esquema ilustrativo dos elementos-chave da EA. FONTE: 
Elaborado pelo autor (2018). 
 
A estrutura física escolar é o primeiro ponto nessa análise de ensino 
educativo ambiental, pois através desse espaço, é possível oferecer possibilidades 
de ensino prático aos alunos no aprendizado e replicação do conteúdo abordado, ou 
seja, buscar caminhos de uma transformação de ideias em ações práticas. É nela 
que observamos os planos de aulas, as metas e a aplicação desses do ensino. Este 
é um dos pontos mais importantes dentre esses elementos, por que nem sempre as 
escolas estão aptas à análise de campo, e documental. 
O segundo ponto é a capacitação dos educadores. Nesse elemento os 
profissionais da área da educação são em sua grande maioria despreparados nas 
ministrações dos conteúdos da EA, isto se reflete na análise documental abordada 
no protocolo entregue aos docentes, onde foi possível notar que o ensino 
35 
 
fundamental e médio nos colégios, tem poucas informações acerca do envolvimento 
com a temática nos programas políticos pedagógicos. 
O terceiro elemento é a didática nas ministrações sobre a temática da 
Educação Ambiental. Este é um elemento essencial na abordagem com os alunos, 
pois o seu modo de aplicação irá depender de como o Educador se comporta com 
as práticas ambientais fora e dentro da sala de aula, além disso, acarreta consigo o 
quarto ponto desses elementos, que é a sua inserção nos conteúdos ministrados 
nas salas de aula. 
 
O quarto e último elemento é a inserção ambiental, onde este, é o reflexo das 
ações sociais do homem, e o seu conteúdo é de extrema importância, além de 
mostrar aos educandos o sentido da conservação ambiental no cenário mundial. 
 
5.1 ANÁLISE ESCOLAR 
 
Das oito escolas escolhidas para pesquisa documental nas duas cidades, 
todas aceitaram o pedido formalmente de participar do levantamento de dados, 
mediante ao pedido do entrevistador aos gestores. 
A partir disso, observou-se que das escolas que participaram das pesquisas, 
todas as oito nos forneceram algum tipo de documento ou material para análise. 
Destas, quatro ainda não tinham terminado a construção dos seus documentos 
estruturais escolares com o corpo docente, a fim de cedê-los para a análise logo 
com o seu termino. O que significa que 50% das escolas visitadas não apresentaram 
qualquer documentação completa para investigação. 
A partir da tabulação e cálculos realizados, foram analisadas as respostas 
concernentes à inclusão dos programas curriculares baseados na educação 
ambiental nos programas políticos pedagógicos, a fim de constatar se havia alguma 
diferença significativa e as eventuais correlações entre grupos de respostas. 
As questões seguintes se referem ao protocolo anexado da pesquisa da 
análise quantitativa, e foram agrupadas para obter as respostas das informações 
desta pesquisa: 
 
 
36 
 
Pergunta 1 – Nível de Ensino; 
Pergunta 2 – Cidades; 
Pergunta 3 – Documentos existentes na escola; 
Pergunta 4 – Documento Analisado; 
Pergunta 5 – Data da Aprovação; 
Pergunta 6 – Total de páginas; 
Pergunta 6 – Aborda a EA? Sim ou Não?; 
Pergunta 7 – Seção que trata da EA; 
Pergunta 8 – Total de páginas dedicadas a EA. 
Iniciando as análises dos dados coletados com os protocolos documentais 
observam-se os seguintes resultados, mostrados na tabela 1. 
 
Tabela 1: Descrição dos Documentos Analisados. 
 
ESCOLAS 
DOCUMENTOS 
EXISTENTES ITEM ANALISADO 
MÊS/ANO DE 
APROVAÇÃO 
1 – BA – MUNICÍPAL 
PPP PPP fev/16 
2 – BA – MUNICÍPAL 
PPP PPP fev/16 
3 – BA – ESTADUAL 
PPP PPP fev/11 
4 – BA – ESTADUAL 
PPP PPP fev/12 
5 – PE – MUNICÍPAL 
PPP PPP mar/17 
6 – PE – MUNICÍPAL 
PPP PPP fev/17 
7 – PE – ESTADUAL 
PPP PPP mar/17 
8 – PE – ESTADUAL 
PPP PPP mar/17 
Fonte: Pesquisa Documental, 2018. 
 
As distribuições na tabela acima mostram que não existe diferença 
significativa entre os grupos existentes em relação a análise de documentos, isto por 
que, em relação aos PPP, as escolas podem ter além dos Projetos Políticos 
Pedagógicos, outros documentos que possam participar da formação estrutural 
escolar, como planos curriculares, planos de aulas ou regimentos internos. 
 A tabela ainda mostra que das oito escolas analisadas, quatro delas tem 
seus projetos pedagógicos atrasados, demonstrando uma falha na formação 
estrutural dos planos de aulas atuantes pelos os docentes. 
 
 
 
37 
 
5.2 ANÁLISE DOCUMENTAL 
 
A partir dos documentos colhidos através da pesquisa documental, observou-
se que todas as oito escolas permaneceram até a data da análise, com seus 
projetos pedagógicos atrasados ou em processo de atualização. Para que ocorresse 
a análise documental, foram verificadas partes dos Projetos Políticos Pedagógicos, 
utilizando como fonte de observação a construção de quatro PPPs de instituições de 
ensino distintas, sendo duas escolas da cidade de Juazeiro-BA e duas escolas da 
cidade de Petrolina-PE, observando seus regimentos curriculares e projetos 
desenvolvidos. 
 
• ESCOLA 1 – PE – REGIMENTO (PPP) – 2017 – ULT. ATUAL. (MARÇO) 
• ESCOLA 2 – PE – REGIMENTO (PPP) – 2017 – ULT. ATUAL. (MARÇO) 
• ESCOLA 3 – BA – REGIMENTO (PPP) – 2016 – ULT. ATUAL. (FEVER) 
• ESCOLA 4 – BA – REGIMENTO (PPP) – 2016 – ULT. ATUAL. (FEVER) 
 
No primeiro Projeto Político Pedagógico analisado na Escola (1) percebeu-se 
um grande envolvimento e interessante participativo da escola na gestão 
educacional, como o compartilhamento de saberes, desenvolvimento sócio 
educacional com a comunidade, quebrando os intrincados processos de 
aprendizagem e mostrando a necessidade social de se mudar atitudes de maneira 
completa. 
O seu Projeto Político Pedagógico é composto por 16 tópicos, onde a EA é 
inserida seção dos “Cronogramas Disciplinares”. O seu regimento abordar a escola 
como articuladora nos processos de ensino. 
Contudo, na análise do regimento escolar do ano de 2017, mostra que a 
participação do ensino a educação ambiental não é uma temática explicita, mas sim, 
abordada de maneira implícita nas atividades e propostas da escola, como 
demonstrado abaixo. 
 
 
 
 
38 
 
“O currículo da escola deve contemplar o local, o global, as 
complexidades, as divergências propostas por cada ciência, seja a 
Matemática, a Biologia, a história, a geografia, a Filosofia, a sociologia, 
a Física, a arte e as demais disciplinas, devem ser organizadas 
metodologicamente para assegurar a vivência da cultura e da 
tecnologia proporcionando uma aprendizagem significativa e dinâmica. 
O currículo deve respeitar o contexto e seus condicionantes: 
econômico, político, social e cultural. Deve partir do desejo e do 
sentimento contido nas pessoas que hora estão percorrendo o 
currículo”. (PPP/PE, 2017, p.20). 
 
Descrever toda atenção no desenvolvimento dos Projetos Políticos 
Pedagógicos, também é dedicar-se a formação de educadores nas áreas 
ambientais, onde esta proposta é uma das prioridades que o sistema educacional 
deve ter, tanto no que se entender como capacitação inicial do docente, como à 
formação continuada dele. Para que isso aconteça, é de extrema importância que se 
aprofunde as relações de fomento nas parcerias com outras instituições de ensino 
fundamental, médio e superior, especialmente com as universidades públicas. 
Na análise documental, também foi possível encontrar referências sobre 
como a direção escolar deve se posicionar no processo de formação profissional. De 
acordo com uma das gestões pesquisadas, a equipe a direção deve assumir um 
papel central nesse processo de desenvolvimento de formação, observando as 
normativas federais através de leis e diretrizes, articulando as ações pedagógicasno 
âmbito institucional. 
“ A gestão deve assumir um papel de liderança, respeitando as 
legislações em vigor, gerindo com transparência e eficiência no que diz 
respeito a gestão de recursos financeiros, humanos, pedagógicos, 
valorizando os encaminhamentos pedagógicos e administrativos. ” 
(PPP/PE, 2017, p.23). 
 
Diante disso, o aspecto crítico apresentado é demonstrado por construções 
pedagógicas atemporais, sem uma construção de fatos ou ideais. Estes aspectos 
devem ser existentes promovendo relações, envolvendo a educação social e sendo 
caracterizado por princípios ainda não inseridos nas formações do educador. 
A partir do entendimento que Educação Ambiental crítica rompe críticas e 
processos pedagógicos antigos, observa-se o regimento da Escola (2). O método 
sócio educacional do homem tem revelado a importância e necessidade de um 
desenvolvimento coletivo, onde todos os setores “Gestores, Professores, 
Professores, Alunos e Pais” devem participar ativamente, procurando solucionar as 
39 
 
problemáticas existentes, e criando alternativas para que se viabilize melhorias no 
sistema de ensino. 
 Na estrutura da Escola (2), observa-se que a sua composição é feita por 10 
tópicos no seu Projeto Político Pedagógico, onde a seção da Educação Ambiental é 
inserida no tópico “Projetos” e incluído como forma participativa nas atividades feitas 
na escola, por meio do Projeto Escola Verde. O mesmo age como projeto 
estruturante nas ações realizadas na escola como demonstrado abaixo. 
 
“O planejamento das sequências didáticas a serem vivenciadas em 
sala de aula deve contribuir de modo a desenvolver no aluno: A 
compreensão do mundo e suas transformações. A construção dos 
conceitos de cidadania, justiça e sociedade. O respeito à integridade 
do meio ambiente. A ética na relação ciência, tecnologia e sociedade. 
A autonomia de pensamento e ação. A mudanças de linguagem. A 
mudanças conceituais e o respeito às diferenças de opiniões”. 
(PPP/PE, 2017, p.130). 
 
Os fatos revelados nesse contexto pedagógico mostram aos profissionais 
ambientais um item extremamente importante, e que vai além de uma forte 
tendência global, que é a de que à Educação Ambiental seria apenas inserida 
apenas nos conteúdos e conhecimentos das Ciências e Biologia, onde as condutas 
apresentadas apontam para a sensibilização comportamental do indivíduo. 
Compreendendo, portanto, a crítica apresentada acerca da EA nos âmbitos 
escolares ou fora dele, e que se propõem a melhoria da qualidade de vida, é que 
analisasse o terceiro (3) regimento escolar e seu Projeto Político Pedagógico. De 
acordo com este regimento escolar, a prática da Educação Ambiental é uma das 
ferramentas sociais formadores de desenvolvimento sustentável, e por isso deve ser 
utilizada no processo educativo do homem, como ela mesma expressa em seu PPP. 
 
“A prática da educação ambiental como prevista em lei pode ser uma 
ferramenta para garantir direitos e mudar a concepção de nossa 
sociedade do que é desenvolvimento sustentável ”. (PPP/BA, 2016, 
p.13). 
 
A instituição de ensino em questão desenvolveu o seu Projeto Político 
Pedagógico em 11 tópicos, e a sua inserção ambiental estava localizada na seção 
40 
 
“Propostas Pedagógicas” englobada com as seções “Princípios da Educação e 
Gestão Pedagógica”. 
Segundo o regimento escolar analisado, o documento escolar ainda que 
construído enquanto exigência normativa, é visto como um documento que perpassa 
seu objetivo central, sendo ele uma ferramenta “Ideológica, política, e que visa, 
sobretudo, a gestão dos resultados de aprendizagem, através da projeção, da 
organização, e acompanhamento de todo o universo escolar” (PPP/BA, 2016, p. 3). 
É imprescindível ter lucidez sobre os contornos das instituições de ensino, 
sabendo que ela é tida como provedora de programas que promovem a 
transformação socioambiental. O quarto regimento diante deste contexto aborda a 
composição e os regimentos escolares em áreas ambientais de maneira diversa. 
O documento em questão é colocado como a escola que tem uma maior 
estrutura pedagógica das cidades baianas, isto porque a sua estrutura base, é 
composta por 17 tópicos pedagógicos estruturados, onde os assuntos ambientais 
são tratados em grande maioria na seção “Projetos Escolares”. 
Para a escola pesquisada, todo desenvolvimento é tido como um fenômeno 
objetivo que pode ser manipulado e o comportamento humano altera-se em função 
de condições exteriores, isto incluindo aspectos ambientais, dando a importância 
devida esta abordagem e sua organização nas mais diversas situações, sugerindo 
mudanças no sistema de aprendizagem. 
 
“Três aspectos precisam ser considerados para que a formulação das 
relações entre um organismo e seu meio ambiente seja adequada: a) 
ocasião desencadeadora de resposta. b) a natureza da resposta. c) 
presença de reforço. Skinner é favorável ao relativismo cultural, 
considerando que cada cultura tem seu próprio conjunto de coisas 
boas e que o critério de bom, aplicado a um contexto, não é aplicável a 
outro. “Qualquer ambiente, físico ou social, deve ser avaliado de 
acordo com os efeitos sobre a natureza humana”. (PPP/BA, 2016, p.8). 
 
Nos documentos analisados também foram observadas que dentro do 
contexto dos quatro Projetos Políticos Pedagógicos, palavras que correlacionem à 
temática ambiental como “Interdisciplinaridade e Meio Ambiente”, aparecem numa 
totalidade de 50 vezes, sendo 22 relacionadas a temática ambiental e 28 em 
assuntos que agregam a participação de outras disciplinas de maneira transversal. 
41 
 
5.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DA BAHIA 
 
O panorama e as prioridades da Educação Ambiental no Estado da Bahia se 
agregam no objetivo de envolver as instituições públicas federais, estaduais, 
municipais e organizações da sociedade civil para trabalhar com a temática 
educacional e socioambiental de maneira interdisciplinar, na busca de debater as 
estratégias e Programas que envolvem a Educação Ambiental no estado, de 
maneira articulada. 
O Programa de Educação Ambiental do Estado da Bahia (PEA-BA) consiste 
na educação ambiental voltada ao público envolvido nas várias esferas 
estabelecidas, utilizando ações educativas para o enfrentamento da problemática 
socioambiental. O PEA está respaldado numa proposta de trabalho para uma 
Educação Emancipadora, e tem como finalidade gerar e desenvolver suas 
atividades, despertando no indivíduo a consciência ambiental para que ele possa 
atuar no meio em que está inserido de modo consciente. 
O PEA-BA é um Programa que proporciona características peculiares, pois 
sua formação foi constituída com a participação da sociedade civil e sob a lógica da 
democracia participativa. Tais propostas, ações e orientações do programa, estão de 
acordo com a Política de Educação Ambiental da Bahia, bem como os princípios e 
diretrizes, cujo conceito básico está alinhado de forma em que a comunicação, 
transversalização e avaliação nos 27 territórios de identidade, sejam partes do 
sistema de busca e melhoramento sócio educacional do Estado. 
 
5.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DE PERNAMBUCO 
 
Discorrer acerca da Educação Ambiental é abordar a "educação" como uma 
nova extensão: O Universo Ambiental, contextualizado é adaptado ao modo 
contemporâneo interdisciplinar do ensino, onde este, é vinculado a temas ambientais 
e globais. Para isso, a nova abordagem sistêmica do ensino ambiental, procura o 
conhecimento crítico que permite o juízo e a interferência de todos as áreas sociais, 
dando força a um descobrimento de métodos em que a preservação dos recursos 
naturais, sejam ajustadas com os recursos econômicos da população. 
42 
 
No Estado de Pernambuco, o desenvolvimento ambiental se dá por varias 
formas, e é praticado por diversos órgãos e instituições, uma delas é o Programa 
Fazendo Educação Ambiental (PFEA)

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