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Conceitos iniciais da farmacologia

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TERAPÊUTICA – 12/02/2021 
Conceitos iniciais da Farmacologia 
 É a ciência que estuda a ação de 
substâncias químicas em um 
organismo vivo 
 Objetiva: 
o Uso racional de medicamentos 
o Minimizar a toxicidade dos 
fármacos 
o Evitar interações 
medicamentosas 
o Gerar conhecimentos para 
avaliar os efeitos colaterais 
o Tratamento de possíveis 
intoxicações 
 
 Farmacologia é uma ciência de amplo 
espectro que analisa os elementos 
químicos, suas combinações e seus 
efeitos sobre os seres vivos 
 Tem o propósito de encontrar soluções 
da doença 
 As substâncias medicamentosas 
podem ser usadas para: 
 
 
 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 Os dois conceitos mais utilizados e 
importantes são: 
1. Fármaco: efeito benéfico 
o Farmacologia 
2. Agente tóxico: efeito maléfico 
o Toxicologia 
 Farmacologia e toxicologia são 
estudadas juntas por se 
complementarem 
o Fármacos (ou princípios ativos) 
são substâncias que possuem 
habilidade terapêutica e que 
podem apresentar efeito tóxico 
(depende do mecanismo de 
ação, estrutura da substância 
ou da dose utilizada) 
o Existem substâncias que não 
apresentam efeitos benéficos, 
apenas efeitos maléficos  
principal foco da toxicologia 
o Para ser considerado um 
fármaco deve apresentar mais 
efeitos benéficos que maléficos 
 
 Medicamento ≠ Remédio 
o Todo medicamento é um 
remédio, mas nem todo remédio 
é um medicamento 
o Remédio é aquilo que pode 
trazer um bem estar físico e 
mental ao paciente 
 Uma atividade física, por 
exemplo, pode trazer 
uma melhora ao 
paciente, um bem estar a 
ele, logo, pode ser 
considerado como 
remédio 
 Substância animal, 
vegetal, mineral ou 
sintética; procedimento 
(ginástica, massagem, 
acupuntura, banhos); fé 
ou crença; influência 
(usado com intenção 
benéfica) 
 Ou seja, remédio é tudo 
que vai ser utilizado com 
finalidade de cura 
o Medicamento tem que ser uma 
substância química e com sua 
atividade comprovada, além de 
ter resultados reprodutíveis 
 Uma dipirona, por 
exemplo, deve 
apresentar as mesmas 
características, 
independente de ser 
usada na hora ou daqui 
três anos 
 Ou seja, é um fármaco 
com propriedades 
DIAGNÓSTICO PREVENÇÃO TRATAMENTO 
 
benéficas, comprovadas 
cientificamente 
 É o que se compra na 
farmácia 
 Placebo é algo usado para “enganar” 
um paciente 
o Oferta-se ao paciente algo que 
vai curar, fazendo com que o 
paciente acredite e apresente o 
efeito esperado 
o Conhecido como “remédio de 
farinha” 
o Não apresenta nenhuma 
estrutura que tenha atividade 
farmacêutica comprovada (não 
tem o princípio ativo que o torna 
um medicamento com atividade 
farmacológica específica, só 
tem compostos relacionados às 
substâncias inativas) 
 Droga é uma substância (que não seja 
componente alimentício ou da dieta) 
que modifica a função fisiológica de um 
organismo vivo 
o Produz alterações benéficas ou 
maléficas 
 Fármaco é uma estrutura química 
conhecida (utilizada para diagnóstico, 
tratamento e profilaxia) que visa um 
efeito benéfico 
o Apresenta propriedade de 
modificar uma função fisiológica 
já existente 
o Refere-se ao princípio ativo 
o Não cria função 
o Atua em uma atividade já 
existente no organismo, 
aumentando ou diminuindo essa 
função 
 Agente tóxico caracteriza-se por ser 
uma estrutura química conhecida 
o Apresenta propriedade de 
modificar uma função fisiológica 
já conhecida 
o Tem efeito maléfico 
 Efeitos adversos de um fármaco pode 
ser altamente tóxico e levar o paciente 
à morte 
 
CONCEITOS GERAIS 
 Tolerância é a redução da sensibilidade 
a uma droga 
o O organismo deixa de responder 
a determinado medicamento, 
levando a diminuição do efeito 
o Não está relacionado apenas 
com substâncias 
medicamentosas 
o Pode ser: 
1. Adquirida: quando se faz 
uso da substância há 
muito tempo e, com o 
passar do tempo, ela 
deixa de fazer efeito 
 Exemplo: cerveja 
2. Inata: já nasce com o 
indivíduo 
 Exemplo: um 
medicamento 
produz efeito em 
um organismo e 
em outros não 
3. Cruzada: quando se é 
tolerante a um fármaco 
e o médico prescreve 
outro semelhante 
(provavelmente vão 
atuar no mesmo local de 
ação) 
 Paciente não 
responde 
 Pode ser 
passageira, mas 
normalmente não 
é 
4. Passageira: 
desenvolvida quando se 
está em contato com a 
substância 
 Ao ser retirada e 
o paciente passa 
um tempo sem 
usá-la, a 
tolerância 
desaparece 
5. Permanente: tolerância 
criada e não há como 
reverter 
 Exemplo: 
antimicrobianos 
(antibacterianos) 
 
 Posologia: quantidade a ser 
administrada de um medicamento 
o Horário 
 
o Número de vezes 
o Duração 
 Dose: quantidade a ser administrada 
de uma vez afim de produzir efeitos 
terapêuticos 
 Dose letal: consiste no efeito 
observado da morte dos animais de 
experimentação 
o Somente em animais 
 Dose máxima: maior quantidade de 
uma droga capaz de produzir efeitos 
terapêuticos 
o Tem que tomar cuidado pra dose 
máxima não se aproximar com 
os valores de uma dose tóxica 
 Dose mínima: menor quantidade de 
uma droga capaz de produzir efeitos 
terapêuticos 
 Dose tóxica: menor quantidade de uma 
droga que causa efeitos adversos 
o Mais observado em animais 
o É a droga que causa efeitos 
adversos, sejam elas baixas ou 
não 
 Dose de manutenção: dose necessária 
para manter os níveis desejáveis de 
medicamento na corrente sanguínea e 
tecidos 
 
 Toxicidade: efeitos farmacológico 
maléfico 
o Dose exacerbada ou inadequada 
o Por insuficiência renal ou 
hepática 
 Índice terapêutico: expressa a margem 
de segurança que um determinado 
fármaco apresenta em relação a seus 
efeitos tóxicos e terapêuticos 
o Quanto maior o índice 
terapêutico, maior é a 
segurança do fármaco 
o Medicamentos com menor 
índice são geralmente 
medicamentos restritos 
o Estabelece o regime de doses 
apropriado 
 
𝐼𝑇 =
𝐷𝑇50
𝐷𝐸50
 
 
 
 
 
 
 
MEDICAMENTOS 
 Existem 2 tipos de classes 
medicamentosas: 
1. Alopático: representa cerca de 
98% dos medicamentos 
disponíveis no mercado 
 Medicamento que 
trabalha através dos 
contrários, ou seja, tem o 
Para o desenvolvimento de um 
medicamento, de um fármaco, vários 
aspectos são levados em consideração e, 
muitos deles, não podem ser testados em 
humanos 
 Não é permitido pelo Comitê de 
Ética 
 São usados animais de laboratório 
Não existe, até o momento, uma 
substância tida como princípio ativo ou 
medicamento completamente seguro, livre 
de riscos e adversos 
 Por menor que seja o 
desenvolvimento dos efeitos, pode 
ser que aconteça 
 Medicamento deve ser tomado de 
forma estritamente racional 
 
 
objetivo específico de 
fazer com que se fique 
curado do processo o 
mais rápido possível 
 Age na raiz do problema 
para erradica-lo 
2. Homeopático: representa 1-1,8% 
 Homeopatia é tida, hoje, 
como uma terapia 
alternativa 
 Medicamento que 
trabalha através dos 
similares, ou seja, 
trabalha-se com uma 
substância que aumenta 
o “problema” para fazer 
com que o organismo 
reaja a ele 
 Trabalha com o princípio 
de que o corpo reaja a 
doença a qual foi exposto 
 Tratamento homeopático 
demora mais para “curar” 
 
 Fitoterápico: é um medicamento 
alopático cuja base são as plantas 
medicinais 
o Para ser considerado um 
fitoterápico, trabalha-se com 
extratos derivados de plantas 
 Medicamento referência: inovador 
o Registrado na vigilância 
sanitária 
o Passa por todas as fases de 
pesquisa 
o Demora mais tempo pra ser 
desenvolvido 
o O tempo que demorou pra ser 
produzido é o tempo que a 
indústria detém a patente 
o É considerado mais caro 
 Medicamento genérico: mesma coisa 
que o referência 
o Lei 9.787/99 da anvisa 
o Medicamento referência e 
genérico não podem diferenciar 
em nada 
 Medicamento similar: podem diferir no 
tamanho, forma, prazo de validade, 
embalagem, rotulagem, excipiente e 
veículo 
o Preço mais acessívelo Não pode trocar um 
medicamento referência por um 
similar  pode surgir um efeito 
diferente no paciente 
 
Exemplo de como as nomenclaturas podem 
vir: 
o Nome químico (nome presente na 
bula): [METIL-5-(PROPIL-TIO)-1H-
BENZIMIDAZOL-2-IL] CARBAMATO 
o Nome genérico: ALBENDAZOL 
o Nome comercial: ALBEL 
 
DESCOBERTA DE UM NOVO MEDICAMENTO 
 Demora cerca de 15 – 20 anos 
o Planejamento e pesquisa: 1 ano 
o Testes pré-clínicos: 5 anos 
o Testes clínicos: 8 anos 
o Aprovação: 6 meses 
o Comercialização 
 Ensaios clínicos: 
1. Pré-clínicos: laboratoriais e em 
animais 
 Estudos de toxicidade de 
dose única (aguda) 
 Toxicidade de doses 
repetidas 
 Genotoxicidade 
 Tolerância total 
 Carcinogenicidade 
 Avaliação da segurança 
farmacológica 
 Toxicocinética 
(administração, 
distribuição, 
metabolismo e excreção) 
2. Clínicos: fases (I, II, III e IV) 
 Fase I: testa o 
medicamento pela 1ª vez 
o Objetivo: avaliar a 
segurança do 
produto 
o Grupos de 10-30 
pessoas, 
voluntários sadios 
o Exceções: 
medicamentos 
para câncer ou 
HIV-aids 
 Fase II: medicamentos 
para determinada doença 
o Objetivo: 
comparar com o 
 
tratamento padrão 
existente 
o Grupos de 30-100 
pessoas 
o Uso de voluntários 
que apresentam 
os sintomas da 
doença que se 
quer tratar 
 Fase III: ensaios 
randomizados 
o Objetivo: avaliar a 
eficácia 
o Comparação com 
2 medicamentos 
o Grupos de 100-
1000 pessoas 
o Não é realizada 
pelo pesquisador 
que está 
desenvolvendo 
o Tem que ter 2 
grupos saudáveis 
e 2 doentes  uso 
de placebo e 
medicamento  
comprovação que 
o pesquisador e a 
empresa "não 
mentiram” 
o Comprova que o 
medicamento não 
é tóxico e tem 
atividade 
 Fase IV: medicamento já 
aprovado para ser 
comercializado 
o Objetivo: 
acompanhar os 
efeitos a longo 
prazo 
o Primeiros 5 anos 
do medicamento 
no mercado  
farmacovigilância 
 
RAMOS DA FARMACOLOGIA 
 Farmacocinética: observa-se todo o 
caminho que o medicamento percorre 
no corpo, desde a administração até a 
excreção da substância 
o Fases observadas: 
1. Administração 
2. Liberação 
3. Absorção 
4. Distribuição 
5. Metabolização 
6. Excreção 
 Farmacodinâmica: analisa-se os locais 
de ação, mecanismo de ação (como o 
medicamento atua) e os efeitos 
apresentados pelo medicamento 
o Fases analisadas: 
1. Local de ação 
2. Mecanismo de ação 
3. Efeitos 
 
REAÇÃO ADVERSA – RAM 
 “Qualquer efeito prejudicial ou 
indesejável, não intencional, que 
aparece após a administração de um 
medicamento em doses normalmente 
utilizadas” – OMS 
 Efeito colateral: efeito exacerbado 
relacionado ao medicamento com as 
doses usuais 
o Pode ser considerado uma RAM 
 Efeito toxicológico: causa maiores 
problemas quando se toma doses 
maiores do medicamento

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